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O mercado e conceitos morais Profª Me. Érica Rios [email protected]

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O mercado e

conceitos morais

Profª Me. Érica Rios

[email protected]

LIBERDADE DE

MERCADO

Mercantilização de todos

os aspectos da vida?

Trocas justas?

Oferta e demanda?

Liberdade individual x bem

estar comum

Convocar soldados ou contratá-los?

Alistamento compulsório (EUA, 1862) – dever cívico? Taxa para isentar-se

de servir?

Discussões sobre o preço da vida

Ricos poderiam isentar-se, pobres não (discriminação de classe)

Alistamento “voluntário” (EUA hoje) – contratação:

Ricos têm outras opções de carreira, pobres às vezes não (inequidade e coerção)

É correto que uma sociedade democrática recrute soldados por meio do mercado?

Por que não contratar mercenários de outras nacionalidades? (Ex.: Legião

Estrangeira na França)

Por que não terceirizar a guerra para empresas com fins lucrativos? (Ex.: Blackwater

já tem contratos bilionários com o governo norteamericano)

Convocar jurados para o tribunal do

júri ou contratá-los?

Convocação traz transtornos, mesmo fundamentada em dever

cívico e participação democrática. A coerção é uma boa forma

de atrair os cidadãos para participarem da vida pública?

Contratação poderia atrair somente pessoas mais pobres, que

provavelmente têm menos estudo formal. Isso seria um problema

para a boa administração da justiça ou supor que os mais ricos e

educados julgariam melhor parte de uma falsa premissa?

Rousseau (1762): transformar o dever cívico em mercadorianegociável implica em diminuição da liberdade, que residiria em

optar por sempre servir ao Estado e à coletividade em primeiro

lugar.

Barriga de aluguel – direito

reprodutivo ou projeto de vida?

Mercantilizar a reprodução humana? (Venda de bebês, aluguel de

corpos femininos)

O pagamento é pela criança ou pelo serviço?

Só casais ricos poderiam ter o direito reprodutivo efetivado?

Empresas intermediárias com fins lucrativos: comércio de direitos maternos e bebês?

O consentimento de uma mulher em extrema pobreza ao assinar o

contrato é viciado?

Antes de parir, uma mulher tem informação suficiente para poder

contratualmente abrir mão de seu laço com a criança que nascerá?

A gestante tem direito a optar por não entregar a criança ou o contrato

lhe obriga a fazê-lo? Moralmente, esse contrato é justo?

Seleção de embriões

Mercantilização das características

genéticas consideradas “melhores”

Seleção artificial – consequências

futuras desconhecidas

Eugenia disfarçada de contrato?

Expressão disfarçada de fascismo?