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Informativo Maçônico Online Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J Vitória-ES, Março de 2013 - Ano V - Nº 44 - Circulação em todo território nacional - e-mail: [email protected] Sapientíssimo Irmão Alcy Ribeiro da Costa O Malhete presta uma homenagem especial ao Sapientíssimo Irmão Alcy Ribeiro da Costa que está com- pletando 84 anos de idade, sendo 65 anos ininterruptos dedicados à Maçonaria. Página 05

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Informativo Maçônico OnlineFiliado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

Vitória-ES, Março de 2013 - Ano V - Nº 44 - Circulação em todo território nacional - e-mail: [email protected]

Sapientíssimo Irmão Alcy Ribeiro da Costa

O Malhete presta uma homenagem especial ao Sapientíssimo Irmão Alcy Ribeiro da Costa que está com-pletando 84 anos de idade, sendo 65 anos ininterruptos dedicados à Maçonaria. Página 05

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02 Março 2013 Opiniões

Durante toda a história da humanidade existiram os movimentos ocultos que, orientados pelos Excelsos Seres do Governo Oculto do Mundo, conduziram os

destinos da humanidade. A LEI bem certa, utiliza-se de mecanismos, que até hoje nossa mente, ainda, pouco desperta, não adquiriu capacidade de perceber essa “Trama Divina”.

Nem precisaríamos voltar muito no tempo para elucidar fatos que marcaram, acintosamente, a presença desses movimentos na história da evolução da mônada humana. Remontemos aos séculos 10 e 11 e encontraremos na Alemanha, os Franco-Juízes, enfraquecendo o feudalismo e o poder clerical. Essa mesma Ordem e tantas outras, recebiam poder e inspirações das regiões aghartinas. Assim, nos séculos 12, 13 e 14, nas universidades da Espanha, foram difundidos os ensinamentos dos adeptos árabes, iluminando a Europa e libertando o espírito humano dos asfixiantes tentáculos fabricados nos concílios e utilizados pelos Curas a serviço dos senhores feudais.

O Islamismo na Europa levou Roma a inventar as

Cruzadas, donde saiu, após a derrota dos Cristãos, a Ordem dos Templários, com o fito de criar os Estados Unidos da Europa e prosseguir no combate ao Poder Feudal e Clerical. Ao lado dessa Ordem, surge a Ordem Terceira de São Francisco. Com o fim dos Templários, aparecem as Ordens de Malta, de Aviz, de Jerusalém, Rosacruz, Maçonaria Moderna, do Cristo e tantas outras, que nos bastidores da história, alavancaram o progresso e a evolução humana, libertando o homem dos grilhões da escravidão e da ignorância.

Das Fraternidades de Luxor e Kaleb surge Cagliostro (Kadir) – Coluna B de São Germano – Grão Copta da Maçonaria egípcia - expressão de Rigden Djiepo, que destruiu de vez o feudalismo. Esse movimento tinha por fim, preparar o ambiente na América para o Advento da manifestação de Maitreya.

Por Martins Pasquali – o Iluminismo – tinha como intuito fazer um movimento espiritualista, a fim de salvar os Assuras encarnados na nobreza europeia.

Os movimentos Martinismo e Vilermismo que, ao contrário dos Franco-Maçons, seguiam as orientações dos Iluministas.

Já em terras brasileiras, poderemos citar, dentre tantos outros, o Excelso Kadir, como Antônio Maceió, orientando o presidente Getúlio Vargas, dando as diretrizes para preparar o país que servirá de palco da manifestação do Avatara Maitreya.

E tantos outros, que fiéis a Lei Divina, conduzem seu

pesado fardo e nem mesmo são percebidos, porém, cônscios de suas responsabilidades, deixa-nos um impecável exemplo de conduta, para nós.

“Se tua mente é pura de Luz,Teu coração transbordante de Amor,Carrega contigo a Cruz, Peregrino da Vida, essa Lei

que seduz...”

E assim, tomemos para nós, os exemplos daqueles que se deram sem medida, para a efetivação da Grande Obra. Este é o brado que nos compete, num trabalho altruístico, participarmos, positivamente, da Obra do Eterno na face da Terra.

Fiquemos por aqui!

As discussões políticas e religiosas já tinham sido proibidas, anteriormente, dentro das lojas pelos estatutos de Anderson. Essas discussões são também proibidas na Maçonaria contemporânea com o mesmo rigor.

Essa proibição se concretizou em 1723 na Constituição de Anderson, onde, no Capítulo referente a “Deus e Religião” ficou estabelecido que as opiniões religiosas seriam particulares e a Ordem (Craft) teria a Religião que todos os homens concordam.

Isto, obviamente, era baseado na política dessa nova Grande Loja (fusão de 04 Lojas, ocorrida em 1717, em Londres) para evitar discussões religiosas e políticas,

sendo estas os principais motivos de discórdia e destruição da harmonia na época.

Devemos observar que os maçons já tinham conhecimento, naqueles tempos, dos perigos apresentados nas discussões sobre religião e política. A Grande Loja foi formada, em Londres, logo após a rebelião abortiva de James Stuart, o “Antigo Pretendente” (filho de James II). Opiniões políticas e religiosas eram conduzidas de modo duro e amargo, e a desunião entre os Whigs (Hanoverianos) e os Toris (Stuarts) era muito profunda. O primeiro grupo era, na maioria, Protestantes e o segundo grupo, Católicos Romanos.

Uma introdução de qualquer tendência na Política e/ou Religião na Francomaçonaria, naquele estágio, poderia ser desastrosa.

Além disso, a guilda de pedreiros tinha como princípio fundamental a Fraternidade – acima das divisões humanas, tendências políticas, filosóficas ou religiosas. Se optassem por uma das definições teológicas já existentes na época,

estariam filiando a Maçonaria à instituição que emitira aquele conceito, e desse modo, afastariam todos aqueles que pensassem de maneira diferente; se propusessem uma nova concepção, estariam dando à Ordem os contornos de uma nova religião, e assim afastariam também os sinceros adeptos de todas as outras (Eleutério N. Conceição).

Os trabalhos no Tempo de Estudo, ou as Conferências, devem evitar esse assunto com cuidado e, por essa razão, o Venerável Mestre reserva-se o direito de proibi-las, se o assunto anunciado, sobre o qual deve estar informado, lhe parecer indesejável.

Até fora da Loja, essas discussões são proibidas, e admite-se que perguntar a um irmão quais são as suas opiniões políticas seja uma indiscrição. Aparentemente, nas Obediências irregulares, essa regra é violada de maneira permanente, e pode-se até dizer que as conferências “anti-religiosas’ constituem o essencial dos programas de certas lojas em que o velho anticlericalismo está longe de estar morto. (Alec Mellor – Dic. da Franco Maçonaria – pag. 105).

Revista Arte Real

IrAlfério Di Giaimo NetoVenerável Mestre da

ARLS L'Aquila Romana nº3365

A realidade dos dias atuais é bem diferente do que vivenciávamos até pouco tempo atrás, pois a veloci-dade é outra e isto nos obriga a revermos constante-mente nossas atitudes para nos mantermos em sintonia com o compasso dos tempos.

Seja nas minhas crônicas e/ou quando estou ministrando uma palestra procuro sempre dosar muito otimismo, motivação e perseverança, porque acredito que quando temos um objetivo e persevera-mos com vistas a não perder de vista o foco das nossas ações, as possibilidades de atingir este objetivo crescem de forma significativa.

Recentemente participei de uma convenção de vendas e na fala de abertura de um dos diretores da empresa, suas palavras foram dosadas de muito otimismo, perseverança e determinação quando de forma clara e objetiva disse que para se conquistar um objetivo, é preciso primeiro despertar a nossa grande-za interior, porque todos nós somos dotados de muitos

talentos e que precisamos usá-los de forma inteligente para nos adequarmos à realidade do mundo moderno, procurando investir mais nas nossas potencialidades e agir de forma justa e coerente para que possamos fortalecer cada vez mais uma autoestima positiva com vistas a conquistar relacionamentos duradouros, seja no âmbito familiar, seja no campo profissional.

Todos nós sabemos que existem pessoas que enxergam temas de autoajuda como uma leitura destinada somente para quem realmente está preci-sando de uma injeção de ânimo e pouco agregando valor naquelas que já têm muitos anos de experiência. Ledo engano, o processo evolutivo é contínuo, o nível de dificuldades aumenta a cada novo dia e muitas vezes bloqueiam a capacidade mental para que se consiga enxergar soluções óbvias e consequentemen-te possibilitar uma visão mais ampla com vistas à conquista de uma melhor qualidade de vida.

Sabemos também, que algumas pessoas têm características em comum, no entanto, diferem sempre em alguma coisa, pois pensam diferentes, têm valores e objetivos diferentes, enfim, suas perspecti-vas de vida muitas vezes são bem diferentes das nossas.

Assim sendo, não basta apenas pensar, é preciso agir, porque ter atitude e não agir é permanecer no campo da intenção e intenção sem ação é mera ilusão.

Portanto, é fundamental que procuremos agir rápido para que possamos conquistar de fato a nossa

grandeza interior, uma vez que a grandeza pessoal não é medida apenas quando as coisas correm de forma previsível e natural, a verdadeira grandeza é conquis-tada principalmente quando estamos sendo testados nos momentos de adversidades.

Desse modo, perseverem e jamais desanimem ou desistam quando se defrontarem com alguns obstácu-los, pois eles fazem parte do nosso cotidiano e servem para medir o tamanho da nossa perseverança.

Uma coisa é certa, se você pensar positivamente e acreditar que este pensamento vai se concretizar conforme teus desejos, com esforço e perseverança seguramente acontecerá. Agora, se você se deixar influenciar por pensamentos negativos e acreditar neles, é óbvio que a probabilidade de tudo dar errado é infinitamente maior. Portanto, acreditem e pensem positivamente caminhando sempre com muito otimismo, perseverança e determinação, porque o sucesso pertence àqueles que acreditam nele!

Para finalizar, gostaria que fizessem uma reflexão ao se defrontarem com momentos de adversidade, acreditando nesta máxima, que extraí de um trecho de um filme motivacional da Nike:

“A tua grandeza é do tamanho da tua vontade”.

E, parafraseando, digo ainda que a tua vontade vai determinar o tamanho da tua perseverança. Pensem nisso!

Ir Tomé CastroConsultor Comercial

e Palestrante

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Março 2013 03

Passou a comoção. Notícia sobre a tragédia de

Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em razão

do incêndio da Boate Kiss, já não vende jornal.

A notícia de uma ou outra morte que se segue ocupa

minúsculo espaço no jornal. A vida continua...

Falar do incêndio da Boate Kiss neste momento

parece querer remoer um passado doloroso, mas o meu

propósito aqui não é falar das vítimas, isto a imprensa

já fez com grande estardalhaço e mostrou todas as pro-

vidências que as autoridades estão tomando. Prende-

ram os músicos responsabilizados pelo incêndio,

caçou o alvará de funcionamento que já estava venci-

do, fizeram e aconteceram e não perderam nenhuma

oportunidade de se postarem diante das câmeras de

televisão para falar das providências que tomaram.

Mais de 500 casas noturnas foram fechadas quer

por alvarás vencidos, quer por insuficiência de saída de

emergência. Mais de 500 casas noturnas foram reaber-

tas quer tenham renovado seus alvarás quer tenham

apresentado justificativa satisfatória de não alterar a

situação das saídas de emergência.

Para não perder a dinâmica vamos lembrar logo

aqui que uma das casas noturnas de Vitória fez um pro-

jeto de saída de emergência pela frente e a Prefeitura

Municipal de Vitória não permitiu porque, no projeto,

a porta abria para fora, como é obrigatório no caso de

saída de emergência e o Código de Postura não permite

porque abrindo para fora atrapalha os transeuntes.

Lembrar também que uma boate de Vila Velha (que

eu bem conheço) que mais parece uma grande sauna

porque o ingresso é labiríntico e a saída é obrigatoria-

mente pela mesma via, foi uma das primeiras a ser

fechadas; não sei se foi uma das primeiras a ser reaber-

tas, mas sei que logo, logo voltou a funcionar rigorosa-

mente como antes.

Mas, no caso da tragédia de Santa Maria, as autori-

dades continuam trabalhando com afinco. Neste

momento estão cadastrando todos os sobreviventes e

parentes de falecidos a fim de os compensarem pelos

danos. Quisera eu saber como (e com o quê) vão com-

pensar aquela senhora que, sentada no chão, não que-

ria se levantar depois de reconhecer os corpos de todos

os seus quatro filhos. Eu não sei; nunca vou saber. Mas

as autoridades que estão tomando providências devem

saber.

Agora, uma pergunta: Se o alvará estava vencido,

por que a casa estava funcionando? Se o material iso-

lante acústico constava do memorial descritivo da

obra, por que essa surpresa depois do acontecido? Por

que depois da tragédia concluíram que a saída de emer-

gência era insuficiente. Antes da apuração dos fatos, o

representante do Corpo de Bombeiros afirmou diante

das câmeras que a casa atendia plenamente as condi-

ções de segurança. Falou e repetiu!

Nada contra prenderem os donos da casa de espetá-

culo e os músicos, mas, pelo que me consta, existe um

instrumento de administração chamado controle. O

controle é, talvez, a mais simples das ferramentas de

administração, mas é responsável por impedir aciden-

tes de percurso. Qualquer restaurante sabe quando terá

de repor o estoque de arroz porque se não souber corre

o risco de seu garçom voltar ao cliente com o pedido na

mão e dizer: desculpe, o arroz acabou... Toda prefeitu-

ra deve ter em seus computadores um relatório instan-

tâneo que lista “alvarás com vencimento em tal data”

e, diariamente fica sabendo quais não foram renovados

no tempo hábil. Se não tem computador, a fichinha de

cartolina funciona com a mesma precisão; se não tem

ficha, um caderno resolve. O controle é mais antigo do

que o papel!

No serviço público, para fazer valer a eficácia do

controle, existe um instrumento chamado fiscalização.

O controle adverte e o fiscal constata se o fato continua

a se consumar ou se tornou inerte. A função do fiscal é

muito importante e, se exercida com idoneidade, pode

salvar muitas vidas.

E aqui eu insisto na pergunta: por que só os músicos

e os donos do estabelecimento foram presos? Erraram

sozinhos?

Há dias uma marquise desmoronou em Vitória e

uma autoridade da Prefeitura veio a público discorrer

sobre toda competência e toda eficiência da sua secre-

taria e concluir que a responsabilidade pelo fato era tão

somente do dono do imóvel. Ah, sim, a responsabilida-

de pela manutenção do imóvel é do proprietário, isso é

óbvio, mas a quem compete fiscalizar? Isso não lhe

ocorreu! Conclusão, ou ele não sabe quais são as suas

atribuições, ou está tentando enganar a população. Em

qualquer das hipóteses ele teria de ser responsabiliza-

do se o desmoronamento da marquise atingisse

alguém. Entretanto, com o mesmo cinismo com que se

esquivou da sua responsabilidade, mandaria imediata-

mente lavrar um auto de infração e multar o proprietá-

rio que, por outra autoridade seria enquadrado civil e

criminalmente.

Como diria meu irmão Deo Mário, enquanto tudo

isso acontece o povo vê, extasiado, o BBB.

A impunidade já se perpetuou no nosso país porque

as autoridades sabem como desviar as atenções e

transferir para o periférico a responsabilidade central.

Os verdadeiros responsáveis estão aí responsabilizan-

do aqueles mais próximos do nariz do povo.

Geral

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04 Março 2013 Geral

Por Kennyo Smail

Alguns intelectuais maçons tem apregoado a necessidade da Maçonaria Brasileira tornar a ser uma “elite estratégica” do país. Infelizmente, essa

ideia tem sido atualmente abraçada por líderes e candidatos a líderes da instituição, sem muita ou qualquer reflexão sobre o que isso significa.

Mas o que diabos é uma “elite estratégica”? Trata-se de uma minoria dominante, a qual se considera superior hierarquicamente ao restante da sociedade, e que tem a pretensão de definir o futuro do país. Só isso. Legal né? Só se for para o Darth Vader.

O conceito de elite estratégica tem por raiz a Teoria das Elites, cujos pensadores pioneiros foram Gaetano Mosca e Vilfredo Pareto. Porém, antes deles, Maquiavel, Montesquieu, Marx e outros já haviam alertado para esse fenômeno de minorias governantes. No caso da elite estratégica, o grupo minoritário exerce seu poder influenciando política, econômica e intelectualmente tanto o governo quanto a sociedade. Pretensiosos, não?

O termo “elite estratégica” caiu nas graças dos milicos durante a Ditadura Militar, passando o alto escalão das Forças Armadas a se autodeclarar a elite estratégica do país, posição essa mantida por meio de métodos arbitrários e violentos contra seus opositores, como os pensadores da

Teoria das Elites já haviam previsto. A velha-guarda intelectual da Maçonaria Brasileira, educada nessa época, parece não apenas ter aprendido o termo como também almejar ser considerado como pertencente de tal.

Entretanto, os desejosos de tal posição para a Ordem Maçônica parecem ter esquecido apenas de um pequeno detalhe: o conceito de elite estratégica é contrário aos princípios maçônicos de igualdade e de emancipação do homem por meio da razão, além de ser incoerente com o consenso mundial de democratização da informação, democratização do conhecimento, democratização da comunicação, democratização do ensino, gestão participativa e tantos outros conceitos cujo objetivo em comum é o de dar à maioria condições e espaço para participarem das decisões que, infelizmente, hoje se concentram nas mãos da minoria, da “elite”.

O mais irônico de tudo isso é que os sonhadores da Maçonaria Brasileira como elite estratégica costumam declarar em seus discursos defender “ideais iluministas”. Talvez seja necessário recapitular qual era o principal ideal iluminista para melhor compreender tamanha ironia. A ideia central do movimento iluminista era a de que a razão, e não a fé ou a tradição, deveria constituir o principal guia para a conduta humana. Dessa forma, por meio da razão, o homem poderia se libertar das amarras da ignorância, da tirania e do fanatismo, e não mais precisar se sujeitar à opressão das

elites. Assim sendo, desejar a existência de uma elite estratégica enquanto se fala em ideais iluministas é como defender a necessidade de uma ditadura enquanto se declara ser um democrata. Em outras palavras, uma total incoerência de discurso.

Por fim, sem o risco de exageros, desejar ser membro de uma elite estratégica é quase a mesma coisa que desejar ser dono de escravos. A diferença é que na escravatura convencional o escravo sabe que é escravo e o dono não esconde o chicote. Já a elite estratégica é covarde, é “eminência parda”. E agora, depois da Maçonaria em todo o Continente Americano ter lutado, entre o final do Século XVIII e o do XIX, pela igualdade entre os homens e pela independência de seus países, para então poder deixar de ser elite e se juntar às massas, atualmente também compostas por homens pensantes, eis que surgem aqueles ávidos por retroceder no tempo e na evolução que houve com o mesmo. Parecem preferir uma Maçonaria Brasileira feita por 100 membros influentes da classe alta, do que por 200.000 membros livres e de bons costumes de todas as classes, ignorando completamente o fato de que a Maçonaria existe para servir a sociedade, e não a sociedade para servir a Maçonaria. E o que a sociedade brasileira parece querer hoje é uma Maçonaria solidária, que realmente procure colaborar com a felicidade da humanidade, estendendo a mão ao próximo e reduzindo o sofrimento dos enfermos e menos afortunados. Não um grupo de “elite”, mas um grupo de “iguais”, organizados e engajados nessa nobre causa.

Rito e Ritual: costuma-se fazer grande confusão entre esses dois termos, principalmente na Maçonaria. Alguns acreditam serem sinônimos, outros que se trata de coletivo e unidade. Há ainda algumas explicações filosóficas complexas ou mesmo reflexões etimológicas sobre os termos, que, muitas vezes, mais complicam do que explicam.

Ao pesquisar sobre os termos na literatura maçônica, você pode se deparar com afirmações de que Rito é a teoria e Ritual é a prática. Ou que Rito é conteúdo e Ritual é forma. Ou que o Rito é um conjunto de graus, sendo que cada grau é um Ritual.

Em homenagem aos doutos do direito, os quais compõem parcela significativa dos membros da Ordem Maçônica, utilizemos de analogia com dois termos jurídicos para explicar o que é Rito e o que é Ritual. Pois bem, se Rito fosse lei, Ritual seria instrução normativa.

Um Rito é realmente como uma lei. É um conjunto de preceitos e obrigações gerais que produz efeitos sobre aqueles que estão sob seu alcance. Assim como uma lei, um Rito reflete princípios que o orientam, possui elementos históricos, além de buscar um objetivo específico. Para ilustrar essa afirmação, podemos utilizar o Rito Escocês Antigo e Aceito – REAA, devido à sua expressividade no cenário maçônico brasileiro. Da mesma forma que uma lei é desenvolvida com base em valores de uma determinada sociedade e normas éticas oriundas desses valores, o REAA tem por base os princípios de Fraternidade, Tolerância, Caridade e Verdade, conforme

missão declarada do Supremo Conselho do Rito Escocês “Mãe do Mundo”. Assim como uma lei surge de uma demanda social presente em um contexto histórico específico para tratar de um conflito ou situação que necessite ordenamento, o REAA surgiu, em Maio de 1801, para trazer ordem ao caos em que se encontrava o Rito de Heredom nos EUA, com dezenas de diferentes autoridades conferindo os graus de diferentes formas. E assim como uma lei atende a um objetivo específico por meio de sua observância, o REAA tem por objetivo o desenvolvimento moral e espiritual de seus membros por meio de sua prática.

Já o Ritual é como uma instrução normativa, um manual de procedimentos que determina e regulamenta como essa lei deve ser praticada e observada. Uma lei pode ter várias instruções normativas, quando necessário. Como bem registrou Vincenzo Cuoco, “sem instrução, as melhores leis tornam-se inúteis”. Do mesmo modo, o Ritual é o manual de procedimentos que determina a prática do Rito, o qual pode ter vários rituais. E sem os rituais, não há como praticar o Rito. O Rito está morto.

Uma instituição que possui um sistema de ritos e rituais que podem colaborar para suas compreensões é a Igreja Católica. A Igreja possui vários ritos: Rito Ambrosiano, Rito Bracarense, Rito Galicano, Rito Bizantino, Rito Romano, etc. Cada um desses Ritos possui diferentes Rituais para sua prática: missa, batismo, crisma, casamento, natal, etc. E mesmo dentro de um Rito específico, como o Rito Romano, há variações nos Rituais, conforme país, movimentos, etc.

Retornado ao exemplo do REAA, algo similar ocorre, havendo Rituais diferentes de um mesmo grau conforme país e Obediência Maçônica. Assim sendo, ao contrário dos prejulga-mentos inconsequentes de alguns maçons quando dizem que “o Rito Escocês deles é diferente do nosso”, ou ainda pior,

“isso não é Rito Escocês”, a variação não é no Rito e sim nos Rituais. Essas diferenças nos Rituais são algo totalmente natural e esperado, e cuja única consequência negativa são as ofensas que a fraternidade sofre com tal ignorância e intolerân-cia de alguns pelo que é diferente do que se está acostumado.

É também por esse motivo que o Ritual de Emulação é chamado de Ritual e não de Rito, pois se refere a um manual com textos e práticas específicas, que segue estritamente as diretrizes do sistema inglês, sistema esse que a Grande Loja Unida da Inglaterra opta por não chamar de Rito. Há na Inglaterra outros tantos rituais diferentes: Bristol, East End, Falcon, Goldman, Henley, Humber, Logic, Newman, Oxford, Paxton, Stability, Sussex, Taylor, Universal, Veritas, West End, etc. Porém, todos esses Rituais, assim como o de Emulação, como boas instruções normativas que são, também seguem as mesmas diretrizes da “lei” maçônica inglesa pós-1813.

O próprio Rito de York, o legítimo, norte-americano, não fica de fora de ter diferentes rituais. Há nos graus simbólicos diferentes versões do Ritual de Webb, além do Ritual de Duncan e tantos outros pouco conhecidos por grande parte dos maçons, mas todos provenientes do Antigo Rito de York.

Enfim, como registrado anteriormente, a existência de diferentes Rituais é algo natural e esperado em todos os Ritos Maçônicos. Entretanto, essas definições de Rito e Ritual, tão básicas e essenciais para a Maçonaria, infelizmente não estão presentes na educação maçônica convencional, cabendo a cada um de nós colaborar para que esse conhecimento seja compar-tilhado entre nossos Irmãos.

Por Kennyo Smnail

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Março 2013 05

A Ordem Maçônica está, e desde sempre esteve, representada por verdadeiros homens livres e de bons costumes. A História do Brasil e do

mundo está repleta de personalidades maçônicas que marcaram o seu nome ao longo dos tempos, dando a sua contribuição de forma substancial para o aprimoramento e desenvolvimento da humanidade, e na sociedade capixaba não é diferente. A centenária Maçonaria do Espírito Santo sempre dignificou a Maçonaria Universal através de Irmãos devotados ao bem comum e à filantropia por vocação.

Sem querer declinar nomes, pois são muitos, um maçom capixaba merece especial e carinhosa atenção. Trata-se do Irmão ALCY RIBEIRO DA COSTA, iniciado na Loja Maçônica “Liberdade e Luz”, nº 1.029, de Guaçuí/ES, em 20 de setembro 1947, o jovem Irmão então com dezoito anos de idade, assumiu, com seriedade o ônus das responsabilidades que lhe foram delegadas, ao mesmo tempo que, encontrou na Maçonaria a oportunidade de conviver com valorosos e fraternos Irmãos, que lhe permitiram aperfeiçoar a sua conduta de cidadão, uma vez que desde sua tenra idade ele perdeu o convívio e os aconselhamentos dos seus pais.

No ano de 1949 o Irmão Alcy, muda-se para Cachoeiro de Itapemirim/ES e em 05 de maio daquele mesmo ano filia-se à Loja Maçônica “Fraternidade e Luz”, nº 623.

Seu Curriculum Vitae Maçônico é vastíssimo. Se fossemos aqui descrevê-lo tomaria, com certeza, algumas páginas. Ele ocupou os cargos de Cobridor do Templo, Secretário, Tesoureiro, Venerável Mestre

(por três vezes), 1º Vigilante, Deputado Federal em duas legislaturas e Deputado Estadual de 1987 a 2011, onde foi Presidente daquela Casa de Leis (por três vezes). Em 22 de maio de 2006, através do ato nº 5954, O Irmão Laelso Rodrigues, então Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil concede ao Irmão Alcy a mais alta condecoração maçônica do Brasil: a “Comenda da Ordem do Mérito Dom Pedro I”, um justo reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à Ordem.

Entre títulos honoríficos, de honra ao mérito, benemérito, honorário, título de cidadania, diplomas e medalhas o Irmão Alcy, durante sua brilhante caminhada já recebeu de diversas Lojas, do Grande Oriente do Brasil, do Grande Oriente do Brasil do Espírito Santo, da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa, de Departamentos Femininos, de Câmaras Municipais e da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, exatas setenta e uma condecorações, títulos e homenagens.

No dia 10 de abril de 2010, o Grão Mestre Geral do Brasil, Irmão Marcos José da Silva, certifica que a Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul – Departamento Feminino “Fraternidade e Luz”, nº 623 de Cachoeiro de Itapemirim/ES, foi idealizado e criado em 17 de dezembro de 1958, sendo oficialmente fundado no dia 04 de abril de 1959 (segundo mandato do Irmão Alcy como Venerável Mestre), sendo a Instituição deste gênero mais antiga dentre as registradas no Grande Oriente do Brasil. Mais um feito brilhante, e histórico, do incansável

Irmão que nunca mediu forças para alavancar ainda mais o nome da Ordem Maçônica com o seu trabalho árduo e seus ideais progressistas.

Outro ponto importante na vida maçônica do Irmão Alcy, foi a sua nomeação como coordenador do Programa Mamografia Express (preventivo do câncer de mama), pelo Grande Oriente do Brasil Espírito Santo, em junho de 2010. Sua dedicação a esse projeto foi total e prazerosa, uma vez que levava às mulheres pobres a oportunidade de realizar um exame tão importante e necessário.

Mas acima de tudo, o Irmão Alcy Ribeiro da Costa tem uma virtude que o faz um maçom de primeira grandeza. Sua humildade. Incapaz de alardear qualquer feito que tenha realizado, ou mesmo se vangloriar deles, o Irmão Alcy é incansável na prática da filantropia paras os Irmãos e os menos favorecidos. Sempre ajudando nas horas mais difíceis, não pede nada para si, sempre para o próximo. No topo dos seus oitenta e quatro anos, físico esguio e elegante, tem a mente aberta ao diálogo com fundamento, sabedoria e tolerância, e uma memória de dar inveja a muito garoto. Cortez no tratamento com o outro, jamais levanta a voz, não precisa, se faz respeitar pela conduta ilibada e a moral inabalável de quem sempre viveu a vida de forma simples e honrada.

Sempre com ele, sua prestimosa esposa Vera Costa, a “Verinha”, pequenina no tamanho, mas uma gigante ao lado daquele homem que tanto a admira, a ama e a respeita. “Verinha” é uma daquelas “cunhadas de avental”, aprendeu a gostar da Maçonaria com os exemplos passados pelo Irmão Alcy. Juntos há trinta e três anos, ela está sempre disposta a trabalhar em prol do Departamento Feminino da Loja. Eximia conhecedora de culinária e mestre na arte de trabalhos manuais, dedica sem limites os seus préstimos ao bom andamento das comemorações , jantares e homenagens oferecidos pela Loja Maçônica. Nunca reclama, só trabalha, é uma verdadeira abnegada da causa maçônica.

Pai de duas filhas, Alcyrema e Lucybelle, e avô de duas netas Julia e Joana, o Irmão Alcy tem raízes fincadas na Maçonaria. Seu avô paterno era maçom, teve três tios maçons e dois irmãos carnais também maçons: José Ribeiro Filho e Sebastião Ribeiro da Costa. Atualmente ainda tem dois sobrinhos maçons, Robson Barroso Ribeiro e Antônio César Dutra Ribeiro, ambos seus admiradores por tudo que o Irmão Alcy representa pra eles e para a Maçonaria Capixaba.

Por isso e por muito mais, devemos nós, os maçons capixabas, prestarmos uma justa e perfeita homenagem ao Irmão Alcy Ribeiro da Costa e à sua esposa Vera Costa, pelo bem que eles fazem em conviver entre nós, nos dando, sempre, o prazer da sua companhia, dos seus ensinamentos e do seu trabalho, sem pedir nada em troca.

Texto: Antônio César Dutra RibeiroFotos: Arquivo O Malhete

Irmão Alcy Ribeiro e a cunhada Verinha

Irmãos Alcy Ribeiro e Laelso Rodrigues

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06 Março 2013

GASTROENTEROLOGIA - COLOPROCTOLOGIACIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO

ENDOSCOPIA DIGESTIVA

IrDr. Jairo Rocha FilhoCRM-ES 3043

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Dicas de Saúde

A FDA (agência reguladora de medicamentos dos EUA) divulgou um comunicado nesta quinta (14) afirmando que investiga novas evidências de risco aumentado de pancreatite e outros problemas em pacientes que tomam remédios contra diabetes da classe dos análogos de incretina --hormônio produzido pelo sistema digestivo--, que inclui o Victoza, fabricado pela Novo Nordisk, e o Byetta, da Eli Lilly.

Pesquisadores retiraram amostras do pâncreas de pacientes com diabetes que haviam morrido por várias causas. Detalhes do estudo ainda não foram publicados, mas a FDA afirmou estar buscando mais informações.

O risco de pancreatite já havia sido divulgado pela agência, mas não o de lesões pré-cancerosas. Por enquanto, só existe uma investigação e não uma conclusão.

A agência afirma que os pacientes devem continuar a tomar os remédios normalmente até conversarem com seus médicos.

Esses remédios fazem parte de uma nova geração de drogas

contra diabetes que imitam hormônios produzidos naturalmente pelo corpo para aumentar a produção de insulina após uma refeição. Pessoas com diabetes tipo 2 em geral não produzem insulina o suficiente para metabolizar carboidratos ou se tornam resistentes ao hormônio, que controla a taxa de açúcar no sangue.

O Victoza ganhou fama no Brasil após começar a ser indicado por médicos para perda de peso. Ainda não há estudos conclusivos sobre o efeito do remédio como emagrecedor.

Em 2011, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um comunicado afirmando que o medicamento não era indicado como emagrecedor.

OUTRO LADOA Novo Nordisk, fabricante do Victoza, afirmou, em nota,

que a FDA não chegou a nenhuma conclusão sobre o potencial risco de segurança de nenhuma droga da classe das incretinas. "Estudos clínicos têm demonstrado a eficácia e segurança de

Victoza para pessoas com diabetes tipo 2", diz o comunicado. A empresa afirma ainda que continuamente monitora o perfil de segurança do remédio.

A Eli Lilly, que produz o Byetta, afirma que a substância foi utilizada por mais de 2 milhões de pacientes em todo o mundo desde sua introdução ao mercado, em 2005, e tem um histórico "bem estabelecido" de segurança.

Segundo a nota enviada pela empresa, a maioria dos estudos não achou risco significativamente aumentado de pancreatite aguda em pacientes usando o Byetta em comparação com outros medicamentos de redução da glicose.

«É importante ressaltar que, independentemente do tratamento adotado, pacientes com diabetes tipo 2 são normalmente propensos a desenvolver pancreatite, em comparação com quem não possui a doença.", afirma a nota da Eli Lilly.

Fonte: O Estado de São Paulo

Pessoas com pressão alta, diabetes e obesidade fazem parte dos chamados grupos de risco para problemas renais. Casos da doença na família,

idade superior a 50 anos e uso de remédio sem orientação médica também ampliam as chances de o problema ser diagnosticado. O alerta foi feito pela Sociedade Brasileira de Nefrologia no Dia Mundial do Rim, no ultimo dia 14 de março.

Dados do órgão indicam que cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de disfunção renal. A taxa de prevalência é 50 casos para cada 100 mil habitantes. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da sociedade, Daniel Rinaldi, destacou que sem um diagnóstico preciso, a maioria dos pacientes morre sem sequer ter acesso à diálise (principal tratamento para a doença em estágio avançado).

“Nossa intenção é alertar esses grupos de risco para que possam perguntar ao médico como está a função dos seus rins. Temos dois exames extremamente simples e baratos para diagnosticar precocemente a doença renal – a creatinina no sangue e o exame de urina para detectar perda

de sangue e albumina [um tipo de proteína]”, explicou.Rinaldi lembrou que o diagnóstico precoce pode conter

o avanço da doença renal crônica. Dessa forma, pacientes que sofrem de diabetes, por exemplo, não precisam se submeter à diálise, mas controlar a alimentação, enquanto pessoas com pressão alta devem reduzir a ingestão de sal e ingerir bastante líquido.

“Esses exames têm que fazer parte do check up. Todo mundo conhece seu colesterol e sua glicemia, mas quase ninguém sabe como está a sua creatinina”, disse. A estimativa da sociedade é que mais de 35 milhões de brasileiros sejam hipertensos e que 8 milhões sejam diabéticos.

Os números mostram ainda que em torno de 100 mil brasileiros fazem diálise no país atualmente. A taxa de internação hospitalar para esse tipo de serviço é 4,6% ao mês. Mais de 70% dos pacientes que iniciam o tratamento descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos. A taxa de mortalidade entre eles aumentou 38% na última década.

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

Estudo realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP) analisou como o ambiente no qual se vive influencia na qualidade de vida de portadores de diabetes mellitus.

Desenvolvido pela nutricionista Simara Maria Barboza, o estudo fez um levantamento da qualidade de vida dos pacientes diabéticos em quatro domínios: físico, psicológico, meio ambiente e relações sociais. Ao todo, participaram do estudo 90 pacientes com diabetes tipo 2 divididos em dois grupos: um com controle glicêmico satisfatório e outro com controle glicêmico insatisfatóri. Esse índice foi medido através da realização de exame de hemoglobina glicada. Os voluntários tinham idade média entre 40 e 79 anos e pelo menos um ano de diagnóstico da doença. Um grupo controle serviu como base de comparação.

Os voluntários responderam a dois questionários: um referente às características sócio-demográficas e clínicas; e outro chamado WHOQOL-BREF, que buscou mensurar a qualidade de vida através de questões que mensuravam os quatro domínios (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente).

A pesquisadora explica que o domínio físico refere-se à dor, de desconforto, energia, fadiga, repouso, mobilidade, atividades da vida cotidiana, dependência de medicação ou de tratamentos e capacidade de trabalho. O domínio psicológico trata dos sentimentos positivos e negativos, pensar, aprender, memorizar, concentração, auto-estima, aparência e espiritualidade. Já o domínio das relações sociais se refere ao apoio social e atividade sexual. E o domínio meio ambiente traz o próprio ambiente

físico, o transporte, a segurança física, ambiente no lar, recursos financeiros, cuidados de saúde, oportunidades de adquirir novas informações e habilidades, oportunidades de lazer.

Analisando os resultados de cada domínio, a pesquisa mostra que existe baixa satisfação da qualidade de vida nos domínios psicológico, seguido pelo físico, pelas relações sociais e, por último, pelo meio ambiente, sendo que esse foi o que mais influenciou a qualidade de vida dos entrevistados.

Nos quatro domínios estudados, as médias de pontuação entre os participantes com diabetes foi maior do que no grupo controle, embora nos domínios relações sociais e meio ambiente as diferenças tenham sido significativas.

Fonte: Boa Saúde

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Março 2013Crônicas

A casa pequena incrustada na pedra no morro de Argolas com acesso através de uma escadaria com corrimão nos proporcionava uma vista inesquecível: a baía de Vitória

com seus botes movidos a catraieiros circulando temerariamente meio sob, meio entre navios de incontáveis bandeiras e feitios. Alguns se atracavam no Pela Macaco para receber ferro em estado bruto vindo das gerais bem antes do Tubarão, o mega porto, ser o centro do mundo na sua especialidade.

O bonde fazia seu trajeto a partir do viaduto de Paul com destino a Jaburuna, Vila Velha, cruzando, em rotineiro caminho, bairros e logradouros cujas identidades ainda hoje permanecem, só que o número de moradores multiplicou-se na mesma proporção que outros bairros nasceram nas adjacências. Nos mais tradicionais ocorriam eventos de saudosa memória e hilárias histórias, além de certos acidentes difíceis de explicar embora reais. Uma queda de bicicleta que vitimou o recém aprovado vestibulando a caminho da praia em busca do mergulho comemorativo; o acidente com o passageiro do bonde cuja cabeça encontrou entre o balaustre/estribo uma das pilastras do viaduto. A queda do casal de jornalistas em lua de mel que resolveu "dar um pique" depois do baile no clube Atlântico, o qual rendeu a um, bons arranhões e ao outro gesso...

Aliás, Paul é um capitulo à parte na minha auto- capixabilização: como esquecer o time do Twist jogando no campo do Leopoldina? As aparições seresteiras do cantor

Altemar Dutra nas escadarias do "sobrado" da Rua Alfa? A horta da Rua do Cisco e a moça da Escola Normal, platonicamente inesquecível? O novo ônibus que a Viação Alvorada botou para circular com o número 206 e com pintura vermelha com metálico? O choque ideológico causado pela prisão do advogado, pai do amigo ido, ao qual tanta indignação a simples menção da sigla 3º BC passou a constranger? Quem ousava peitar "sirizinho" e suas cabeçadas mesmo quando por ele incomodado? Por que ir para Vitória era o mesmo que ir na cidade? Viver era ver Vitória?

Era.O "Menino no espelho" coincidentemente previa que, sim,

airotiV rev e reviV, para desespero e escândalo dos bem nascidos e sua monossonica pergunta - De que família você é? - abre alas de diálogos surreais amalgamados por um inofensivo preconceito até que a morte da menina os obrigasse a perceber que o chapot, digo chapéu, cabe em qualquer cabeça que tenha ou não tenha tido berço. Mas para chegar à ilha, canelas verdes e afins podiam se dar o luxo de escolher os catraieiros ou a Viação Alvorada, mesmo com risco de ter rejeitado seu enlevo sonoro por assobiar baixinho o Tem mais samba daquele garoto de São Paulo, hoje up mas na oportunidade inconveniente aos ouvidos de uma das sister "bicama", inteligentemente loiras, ”assim” com as agências e redações; cherches les femmes! Via galeria do banco mineiro, a trilha sonora diurna começava cedo, sem lenço e com documento, pra evitar sopa pros rights, atentos e na moda por detrás do ray ban verde oval. Acima os passes escolares, à frente e atrás do Gloria, churrasco grego. Na miséria mesmo só o beco e seu caldo costapereiriano...

Jeff Chandler e afins traziam para a fila do Jandaia, entre outros, gibis e figurinhas para o exercício inconsciente do velho escambo deixando uns felizes outros com gostinho de "tomei uma manta" triste. Mas tanto o ato quanto o filme em technicolor

deixavam os corações pocando de felicidade até a próxima sessão. Isso se o lanterninha não cochilasse, pois havia os que juravam ver o filme folheando Roy Rogers e se a cadeira do meio vazia ficasse, ainda sobrava habilidade pra um jogo de bafo no escuro com chance de alguém casar uma carimbada por engano... Claro que depois dos gols do canal 100 e do voo do urubu com direito a onomatopeia... O tempo não parava na curva do Saldanha e na praça 8 o relógio o contava com precisão muito parecida com o Big Ben, anunciando a hora dos compromissos aos passantes e frequentadores da chapelaria, do café, da Klinger ou do ponto de taxi; na mais amena paz até que - meu Deus!- alguém perseguiu e atirou em um senhor que, no desespero buscou abrigo sob um daqueles veículos estacionados.

Na eletrola da Helal Magazin o Tata tocava o LP Tropicália e Caetano premonitoriamente assumia "estou aqui de passagem, sei que adiante um dia vou morrer de susto, de bala ou vicio"... O fato em si chocou mas, não ficou isolado. No clube da praça que limitava ingresso sob uso das famigeradas e desajeitadas calças Lee os disparos feitos por determinado rapaz de sobrenome em outro, cara do gringo-cantor com blue eyes, antecipava o sacrifício da menina, aquela que a poucos passos do hospital infantil quedou anjo. E conhecemos a dor coletiva já então geradora de consumo pelas ondas do rádio cuja programação, que ninguém duvide encontrava-se em ótimas mãos de Durvais, Haroldos e Jairos provando harmonicamente que a madrugada também era mulher.

O acidente mais falado parecia, mas não era e se referia a um abalroamento de um fusca que teve como vítima um massagista do glorioso capa preta de Jucutuquara de alcunha Sobrado Velho que os que viram garantem deu um salto acrobático sobre o capô do fusquinha que saiu, ele sim, amassado, gerando bela matéria ao locutor-senador... A música teimava em permanecer no ar e o anfiteatro da ETFES foi morada de Whole lotta of Love no bojo do Zepelin lado a lado com o Bituca que insistia feito um rouxinol na geográfica poesia que sentenciava: Minas e o Beco do Mota!!! No palco: a peça, os meninos e o espelho.

O UFC 157 realizado em Anaheim, nos Estados Unidos,

entrou para a história. O evento foi o primeiro do Ultimate a

ter uma luta entre mulheres, Ronda Rousey vs. Liz Car-

mouche e me fez lembrar uma luta ocorrida na minha que-

rida Aimorés.

Na década de 60, como já disse anteriormente, Aimorés

não disponha praticamente de nenhum tipo de diversão. Mas

para alegria geral, finalmente a Televisão havia chegado. Se

é que poderia chamar “aquilo” de Televisão. Era bem dife-

rente das modernas televisões de hoje com tela de LCD,

LED e até com acesso a internet. O som falhava, não tinha

imagem, via-se apenas alguns vultos, mesmo assim com

muitos ajustes e Bombril na antena. Colocava-se também na

frente da tela uma película tricolor para tentar melhorar a

imagem e dar a impressão que a TV era colorida. Com todo

esse sacrifício, e também por falta de opção o programa pre-

ferido era o Telecatch com Teddy Boy Marino, Verdugo,

Tigre Paraguaio, Rasputim e outros. Telecatch era um pro-

grama criado na extinta TV Excelsior do Rio, dedicado à

exibição de combates de lutas que pareciam verdadeiras, mas

eram combinadas e coreografadas.

Um belo dia, chegou em nossa cidade um Circo anunci-

ando em sua programação um “telecatch” de mulheres. Todo

mundo queria ver o “Telecatch” principalmente aqueles que

não possuíam a tal televisão. Começou a luta e o público que

não estava acostumado com aquele espetáculo “ao vivo”

percebeu de imediato que o negócio não era “à vera” e come-

çou a vaiar. Depois de alguns minutos da estrondosa vaia,

uma das lutadoras, visivelmente irritada, interrompeu a luta e

desafiou qualquer um homem da plateia para enfrentá-la.

Fez-se silencio sepulcral. O espetáculo acabou e o público

ofendido e humilhado por não ter aparecido nenhum varão

disposto a enfrentar a lutadora, se retirou sem fazer nenhum

comentário.

No dia seguinte, da Rua Seca à Barra Preta não se falava

outra coisa, além do que, tinha também a gozação daqueles

que lá não estiveram.

De tanto se comentar o ocorrido, o assunto chegou aos

ouvidos de “LIDIM” que trabalhava como estivador na

Rodoviário Astória e que apesar de ser conhecido no dimi-

nutivo não tinha nada de pequeno. Possuía uma descomunal

força física, que lhe permitia carregar quatro sacos de cimen-

to de uma só vez, sendo dois na cabeça e um embaixo de

cada braço. Depois de meditar e tomar umas “pinguinhas”

no Bar Gato Preto, “LIDIM” também se sentiu ofendido e

resolveu aceitar o desafio. O dono do Circo, muito esperto,

de olho na bilheteria, marcou para o sábado seguinte a reali-

zação de evento, criando uma enorme expectativa. A ZYV-

28 Rádio Cultura de Aimorés anunciava de hora em hora

aquela que seria a luta do século.

Enfim chegou o grande dia. O circo estava lotado. Não

cabia mais uma viva alma, nem nas cadeiras e nem no polei-

ro, inclusive, tivemos extrema dificuldade para “furar a

lona” (entrar sem pagar). Depois de toda programação nor-

mal do circo, foi anunciada a ultima atração: A luta, que seria

no estilo livre, até a desistência de um dos oponentes. Soou

o gongo e “LIDIM” embora tivesse a força, não tinha nenhu-

ma técnica nem prática do ramo. Confiando em sua força

bruta, partiu pra cima querendo encerrar o combate o mais

rápido possível. Foi recebido com um golpe de judô que o fez

girar no ar e cair de costas no tatame. Ainda meio atordoado,

ele viu que precisava mudar a sua tática, pois se ficasse de pé,

iria cair novamente. Saiu de quatro pés e abraçou a lutadora

pelas pernas, e derrubando-a passou a torcer um de seus pés.

Impossibilitada de se livrar daquela “chave” e já sentindo

bastante dor, a lutadora bateu no tatame, sinalizando que

havia desistido. Acontece que Lidim não conhecia regras

nem sinais convencionados, só pensava em não perder e

continuou torcendo o pé de sua oponente que gritava deses-

perada. Os organizadores invadiram o Ringue, interrompe-

ram a luta e constataram que a lutadora estava com o pé que-

brado e pela intensidade da dor, tinha sofrido uma incômoda

incontinência urinária. “LIDIM” foi chamado de ignorante

de animal e outros adjetivos menos qualificativos, mas foi

declarado vencedor e aclamado pelos presentes. Para nós

era o que importava, o nosso herói tinha lavado a honra dos

homens Aimoreenses com sangue, ou melhor, com urina. O

Circo foi embora no dia seguinte e a meninada cantava feliz

da vida: Hei, hei, hei, “LIDIM” é o nosso Rei.

*O Irmão Cecílio Andrade de Oliveira

é Grão-Mestre Honorário do GOB-ES

*Ir Cecílio Andrade de Oliveira

CecilianasCrônicas

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" Tô falando....não param de me perseguir! Estão sempre contra a minha pessoa. E ainda se dizem irmãos. O negócio é que a Loja estava um marasmo. "Tava um saco".

A l i á s , p o r f a l a r n i s s o , s e m p r e p r e f e r i AMASSARMARIA à Maçonaria, vocês sabem. Só tem um negócio lá que atrai: O PODER!

Foi aí que resolvi: quero ser Venerável! Comecei a conversar com os caras, mas eles me vieram

com um papo de que era cedo, que eu não tinha sido secretário...!

Função subalterna, trabalha mais do que fala. Jamais! Não tenho tempo para isso... QUERO MESMO É SER VENERÁVEL! Mas tudo tem seu jeito. Os dias passaram, bati papo com uns e outros, fui enrolando. Fiz um leilãozi-nho de cargos.

Pouco trabalho e muita pose. As Vigilâncias vão para dois alérgicos ao trabalho. Nada de preparar Instruções. Se elas já estão escritas, quem quiser que leia, bolas.

A oratória vai para um caso patológico de exibicionis-mo que precisa de platéia - vai ter sempre! E por ai continuei...

Quanto àquelas condições de elegibilidade, atropelei todas. Pra freqüência, atestado médico comprovando ‘Mal de Escroque’. Nada como uns livrinhos misticistas. Dou uma cheirada neles e viajo no esoterês...

Bons costumes? Não tem problema, eles ainda não me conhecem direito...

Capacidade administrativa? Bah, administração é coisa para jogar em cima do secretário. Meu negócio é bater malhete e usar paramento. O resto, eu leio e só assino. Mas tem uma turminha que se acha dona da Loja só porque não falta, arruma e desarruma o Templo, chega cedo, comparece no Tronco ou na obra de amor e outras besteiras dessas. Eles resolveram lançar um candidato deles. Mesmo que ele não tenha chance, não custa pichar um pouco.

Como dizia meu guru, "da calúnia sempre fica alguma coisa..." Fui armando nos bastidores, fazendo cabalas com minha grande capacidade de persuasão... Vocês sabem, ele é muito jovem, não presta para mandar...

Comprei presentinhos, fiz longos discursos e botei algumas notas no Tronco (pô que desperdício). Prometi, bajulei e menti.

Beijei criancinhas, abracei sogras, fui a batizado e enterro. Enfim, tornei-me o candidato ideal.

O outro boboca, coitado, nem fez campanha.

Apresentou um tal plano de trabalho que fazia jus ao nome, só falava de trabalho. Argh! Ninguém deve ter gostado.

Chegou o grande dia da eleição, eu lá tranqüilo, já até pensando na reeleição. Aliás preciso até ver quantas vezes é permitido, de repente, dá até para mudar o regulamen-to... Por falar nisso, será que venerável é como comprar toca-fitas: instalação é de graça? Não importa. Se não for, ponho na conta da Loja, junto com as dos paramentos, que já mandei fazer, bordados a ouro.

Enfim, o grande momento. Começa a apuração.Há Unanimidade, estão dizendo. É a glória. Eu

mereço...O quê...? Ganhou o outro? Não absurdo! É roubo! E o

meu voto e os compars..., quero dizer, correligionários? Heim...? Não tínhamos freqüência? Vocês não me merecem. Vou fundar uma outra Loja, para ser Venerável.

Vo c ê s a i n d a v ã o v e r a ‘ V I G A R I C E & PICARETAGEM’ em funcionamento ainda este ano. Quero meu Quit Placet! O quê? Tem de pagar? Deixa pra lá então!"

Fonte: revista engenho e arte

Humor Maçônico

Crônica atribuida a Millôr Fernandes

08 Março 2013

Informativo Maçônico OnlineFiliado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião de O Malhete

Publicação da Edzam Editora Zamille Ltda ME Circulação em todo o Brasil

Diretor Responsável: Ir Luiz Sérgio de Freitas CastroJornalista Resp.: Ir Danilo Salvadeo - FENAJ-ES 0535-JPAssessoria Jurídica: Ir Edson Neves Said - OAB-ES 5120

Redação: Av. João Felipe Calmon, 839 - Centro - Linhares-ES CEP.: 29.900-023Tel.: (27) 3371-6244 - Cel. 9968-5641 - e-mail: [email protected]

Geral

Há muito venho percebendo o número reduzido de Irmãos em muitas Lojas. Por que será que isto vem ocorrendo? Será insegurança em sair à noite, devido à

violência urbana; problemas de saúde; decepção com alguns Irmãos ou com a Ordem; compromissos particulares; problemas financeiros; ou mesmo preguiça? Creio que ocorram todas essas alternativas.

Não estou aqui generalizando a situação, seja com relação à nossa Ordem ou aos Irmãos, nem tampouco causar querelas ou cizânias; estou apenas expondo meu pensamento; que também não é um desabafo, e sim observações.

- Vejamos os fatores:

* InsegurançaMuitos Irmãos, principalmente os de idade mais

avançada, quando não se encontram com problemas de saúde, evitam ir à Loja com medo de se expor à violência das ruas; por este motivo é que muitas Lojas já anteciparam seus horários de início dos Trabalhos, a fim de que terminem mais cedo.

* DecepçãoA vaidade e as atitudes anti maçônicas são as grandes

causadoras de nossas decepções. Todos nós sabemos que o que predomina em nossa liturgia é o simbolismo; porém muitos Irmãos se aproveitam disto e encaram nosso “juramento” também como sendo “simbólico”. Desta forma, não cumprindo com seus juramentos, ou por descaso ou por vaidade, entre outros, decepcionam muitos Irmãos, que acabam desanimando-se e se afastando das Lojas, e, às vezes até da Ordem. E por falar em “vaidade”; muitos Irmãos quando ainda Aprendizes e Companheiros são pura humildade; porém quando vestem o Avental de Mestre Maçom, e ainda mais, quando ocupam cargos em Loja, vão perdendo a pureza da humildade. Será que a humildade está na candura do Avental branco? Se for este o caso acho que deveríamos começar pela ordem inversa, ou seja, para o Aprendiz daríamos aqueles Paramentos cheios de pompas, e conforme o Irmão ia galgando os degraus suas indumentárias ficariam mais simples até chegar ao Avental branco. (a todo o momento peço que se lembrem de que não estou generalizando).

Muitos Profanos, quando descobrem que somos Maçons, perguntam logo (já respondendo): “Vocês se ajudam uns aos outros, não é?!”.

Infelizmente nem sempre é assim. Existem Irmãos que se desdobram para ajudar o outro, mas também existem muitos

Irmãos que são capazes de ajudar um vizinho de porta, ou um colega do futebol; mas não ajudam um Irmão. Tem Irmão que nem diz o que faz; com medo que o outro venha a lhe pedir um favor. “Juramento Simbólico”; lembram?

- *Compromissos particularesMuitos Irmãos adquirem compromissos particulares que

os impedem ou prejudicam suas freqüências em Loja; mas e o compromisso com a Ordem?

É claro que existem aqueles compromissos particulares como os familiares e profissionais que devem estar em 1º plano; mas será que não dá para conciliá-los?

Quando o Irmão é Aprendiz e depois Companheiro, ele vem cheio de gás, vibrador, com fome de aprender; além disso, ele tem um prazo estabelecido para cumprir com suas obrigações para chegar até o Grau de Mestre Maçom. Nesta etapa não aparece nenhum compromisso particular mais importante do que a Ordem; será “coincidência”?

A fim de manter sua regularidade maçônica, com relação à freqüência, esse Irmão não poderia freqüentar outra Loja temporariamente, ao invés de se afastar?

- *Problemas financeirosPara muitos brasileiros a situação financeira nem sempre é

confortável, isso acaba por deixar o Irmão com dificuldades em cumprir com sua obrigação pecuniária com sua Loja e com a Ordem causando o seu afastamento.

Neste caso se o Irmão se dedica à Loja com afinco, entendo que a Loja, na medida do possível, tem que ajudar este Irmão; pois ela estaria perdendo um Irmão valioso, que se envolve com os Trabalhos da Loja; o verdadeiro Obreiro “útil e dedicado”. Claro que a Loja precisa de Metais, mas ela sem Obreiros não funciona, e, conseqüentemente, não tem Tronco.

- *Preguiça – Um dos Sete pecados CapitaisPercebo que alguns Irmãos têm qualidades de um Maçom,

mas não possuem aquele “espírito Maçônico”. São aqueles que entraram para a Ordem sem aquela firmeza do “querer ser”, e quando entram não se enquadram na dinâmica do “ser Maçom”; talvez não fosse aquilo que eles esperavam. Para esses Irmãos (normalmente Mestres) qualquer pedrinha no caminho é motivo para não irem às Sessões da Loja; ou é uma chuvinha, ou o frio, o calor, a calça que ele mais gosta está molhada no varal, e por aí vai.

Quando vão à Loja, assim o faz para que não levem uma bronca de seus Padrinhos, por estarem faltando muito às

Reuniões; ou então porque receberam alguma ligação do Venerável, Tesoureiro ou Chanceler, cobrando-lhes freqüência. E nas Sessões agem como se fossem o “arroz” de nossas refeições, que apenas acompanham o prato principal, ou seja, está ali apenas com o corpo, pois a mente e o espírito

estão longe; tão longe que se há uma votação eles acompanham os outros, aprovando sem nem mesmo saberem do que se trata.

Esses não sabem fazer nada em Loja, pois não se preocupam em se envolver com nada, apenas pagam a Loja e vão eventualmente, para cumprir pelo menos com suas obrigações “mínimas” de freqüência, ou seja, vão uma vez a cada 90 dias.

Parte desta culpa são das Lojas que funcionam quinzenalmente ou uma vez por mês; pois percebo que isso deixa muitos Irmãos mal acostumados (descansados).

Graças ao Grande Arquiteto nossa Ordem não é composta apenas de Maçons do tipo “arroz”, do tipo “vaidoso”, daqueles que só vão a ágapes fraternais, ou daqueles que só entraram na Maçonaria por status ou para obterem vantagens. Estes são a minoria. Nossa Ordem se mantém graças àqueles Irmãos que respiram Maçonaria; que tem a Ordem no sangue; que vestem o Avental e trabalham com amor; Obreiros realmente úteis e dedicados.

Somos todos combustíveis da chama da Maçonaria e graças a esses Irmãos valorosos esta chama não se apagará; mas precisamos, de alguma forma, aumentar esta chama dando uma levantada nestes Irmãos desanimados, para que eles retornem às suas Lojas com toda Força e Vigor de quando eram Aprendizes Maçom; e quiçá nossa Ordem volte a atuar como atuava na época das grandes conquistas como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates), a Guerra dos Farrapos, a Sabinada, a Revolução Pernambucana, a Independência do Brasil, a Proclamação da República, o Levante do Governo Republicano e a Abolição da Escravatura. Em todos estes movimentos a Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas de caráter maçônico, já existente, tais como: "Cavaleiros da Luz" na Bahia e "Areópago de Itambé" na divisa da Paraíba e Pernambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de Maçons.

Para isso também devemos esclarecer mais, “e muito mais”; aos futuros Candidatos, sobre o que é a Maçonaria, o que é ser Maçom e as responsabilidades de um Maçom.

Volto a dizer aqui que não estou generalizando a situação, e se algum Irmão se sentiu ofendido, peço desculpas, mas apenas estou exercendo o direito de expor meu pensamento, minha opinião.

Um TFA e que o Grande Arquiteto do Universo ilumine a todos.

Unir sempre, separar jamais!

Por Irmão João Bianco - Fonte: JB News

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Março 2013 09Maçons que mudaram a Maçonaria

William Preston era um escocês nascido em Edimburgo. Em 1760 mudou-se para Londres e dois ou três anos depois iniciou na Maçonaria. Fascinado pela Ordem, Preston começou a se aprofundar nos estudos maçônicos, visitando inúmeras Lojas, pesquisando antigos documentos, estatutos, manus-critos e livros, e trocando correspondências com os maiores estudiosos de maçonaria da época.

Em 1772, Preston publicou um livro com o enten-dimento de uma década inteira de estudos, sua verda-deira obra-prima, intitulado “Ilustrações de Maçonaria” (Ilustrações no sentido de “esclarecimen-tos”). Essa obra serviu de base para que Thomas Smith Webb desenvolvesse os graus simbólicos do Rito de York. Se Webb é considerado o “pai do Rito de York” então, com certeza, Preston é o avô.

Em 1774, Preston se tornou Venerável Mestre da “Lodge of Antiquity #1” a mais antiga das quatro Lojas fundadoras da Primeira Grande Loja da

Inglaterra. Em 1777, Preston promoveu uma visita dos membros de sua Loja devidamente paramentados

a uma Igreja, localizada próxima à Loja. Essa atitude não foi bem vista pela Grande Loja, que tratou de expulsá-lo. Por conta disso, a Loja número 01 da Grande Loja desligou-se da mesma, promovendo então a fundação de uma “pequena Grande Loja”. A repercussão negativa e a pressão de vários ilustres irmãos a favor de Preston fizeram com que, 10 anos depois, a Grande Loja voltasse atrás e promovesse o retorno de Preston, sem qualquer prejuízo dos títulos e honrarias que ele possuía anteriormente.

Alguns poucos dias antes de sua morte, Preston concedeu à Grande Loja uma verba para ser destinada ao desenvolvimento de leituras anuais sobre o sistema de graus simbólicos adotado pela “Lodge of Antiquity #1” e que ele havia organizado e publicado, essas leituras foram chamadas de “Leituras Prestonianas”. Seu desejo foi cumprido até 1862, quando o projeto foi paralisado. Quando revivido em 1924, foi-se retirada a obrigação do conteúdo ser relativo às obras de Preston, podendo ser qualquer tema maçônico escolhido pelo escritor indicado. As “Leituras Prestonianas” ou “Palestras Prestonianas”, como alguns preferem, permanecem populares no meio maçônico até os dias de hoje.

(07/08/1742 a 01/04/1818)

(12/03/1807 – 20/06/1881),

Albert G. Mackey

Albert Gallatin Mackey foi um médico americano, e é mais conhecido por ter sido autor de vários livros e artigos sobre a Maçonaria, sobretudo, nas Landmarks da Maçonaria. Ele serviu como Grande Secretário da Grande Loja de Carolina do Sul; e Secretário-geral do Conselho Supremo do Antigo e Aceito Rito da Jurisdição Sul dos Estados Unidos.

Nascido na cidade de Charleston, no estado americano da Carolina do Sul, Albert Mackey graduou-se com honras na faculdade de medicina daquela cidade em 1834. Praticou sua profissão por vinte anos, após isso se dedicou quase que completamente sua vida à obra maçônica.

Participou como membro ativo de muitas lojas, inclusive a legendária “Solomon’s Lodge”, fundada em 1734, que é, ainda hoje, a mais famosa e mais antiga Loja operando continuamente na América do Norte.

As Potências Maçônicas em todo o continente americano, via de regra, adotam a classificação de 25 Landmarks compilada por Albert Gallatin Mackey. Deve-se a isto a frequência com que o Mackey é mencionado também entre nós.

Albert Gallatin Mackey passou ao oriente eterno em Fortress Monroe, Virgínia, em 20 de junho de 1881, aos 74 anos. Foi enterrado em Washington em 26 de junho, tendo recebido as mais altas honras por parte de diversos Ritos e Ordens.

Fonte: No Esquadro

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Os rituais antigos registram que a forma da Loja é a de um “quadrado oblongo”. Talvez você esteja pensando: “Como é possível um quadrado ser

oblongo? Aí não seria quadrado, e sim retângulo! Esse termo está errado!”

Se você pensou algo parecido, saiba que muitos ritualistas ao longo dos últimos séculos pensaram como você. Esses ritualistas também acharam o termo de certa forma contraditório e foram substituindo-o ao longo do tempo. Hoje, vê-se “quadrilongo” e até a aberração “retângulo alongado”! Ora, se é retângulo, então já é alongado, não é mesmo?

A verdade é que o quadrado oblongo, o quadrilongo e o retângulo são apenas nomes diferentes para a mesma figura geométrica. Nenhum deles está errado, nem mesmo o “quadrado oblongo”, o mais antigo deles. Entenda o porquê:

Procure na bíblia a palavra “retângulo”. Aliás, não procure porque você não encontrará. Isso não significa que não há objetos e construções retangulares descritos na bíblia. Simplesmente, o termo não existia.

Para que se entenda melhor a questão, deve-se compreender o verdadeiro significado da palavra “quadrado”. Quadrado vem do “quadratus”, que é o particípio passado do verbo em latim “quadrare”, que significa “esquadrar”. Assim sendo, quadrado, no sentido original, era toda forma geométrica de quatro lados formada por ângulos retos. Quando os quatro lados eram do

mesmo tamanho, o quadrado era “quadrado perfeito”, e quando dois lados paralelos eram maiores que os outros dois, era “quadrado oblongo”. A palavra retângulo veio surgir muito tempo depois.

Mas quais as medidas corretas?“Sem simetria e proporção não pode haver princípios

na concepção de qualquer templo.” VitrúvioO quadrado oblongo, como todo retângulo, pode ter

qualquer tamanho, desde que dois lados paralelos sejam maiores do que os outros dois. Um templo maçônico, tendo a forma de um quadrado oblongo, também pode ter qualquer tamanho, conforme o espaço físico, interesse e recursos financeiros permitem. Mas a questão que interessa aos maçons é se há uma proporção correta a ser respeitada, como bem sinalizou Vitrúvio, autor das primeiras obras que detalham as Ordens de Arquitetura, tão importantes para a

Maçonaria.Nesse sentido, existem duas teorias:A primeira é de que a proporção é de 1×2, ou seja, as

paredes do Norte e do Sul devem ter o dobro do comprimento das paredes do Oriente e Ocidente. Essa teoria se sustenta na proporção conhecida como “ad quadratum”, de origem romana e que foi muito usada na construção de igrejas góticas.

A segunda teoria, e mais aceita, é da Proporção Áurea, que é de aproximadamente 1×1,618. Essa famosa proporção, também conhecida como Proporção de Ouro e Divina Proporção, foi utilizada na concepção do Parthenon e adotada por artistas como Giotto. Também está presente na natureza, como em algumas partes do corpo humano e nas colméias, além de vários outros exemplos envolvendo o crescimento biológico, o que torna tal proporção ainda mais intrigante. Pitágoras, figura extremamente importante na Maçonaria, registrou a presença da Proporção Áurea no Pentagrama, tornando esse o símbolo de sua Escola. O próprio Vitrúvio era fã devoto da proporção. O retângulo feito com base na Proporção Áurea é chamado de “Retângulo de Ouro”. Para se ter uma ideia de sua influência e aplicação até nos dias de hoje, os cartões de crédito convencionais respeitam a Proporção Áurea.

Desvendado o “mistério do quadrado oblongo”, é importante observar que a Maçonaria apenas declara que o templo tem tal formato, sem explicitar qual seria a proporção adequada. Mas se você é adepto de uma das proporções e não encontrá-la no templo de sua Loja, não se preocupe. Afinal de contas, não se fazem mais templos como antigamente.

A forma da LojaPor Kennyo Smail

A verdade é que a espada não tinha presença tão forte e tão variados papeis no Antigo Ofício. Nos rituais mais antigos só há uma única espada na Loja: a do “Tyler”, do Cobridor. Espada Flamejante??? Nem pensar! E essa “escassez de espada” ainda pode ser vista nas Lojas americanas e inglesas, mesmo quando no grau de Mestre Maçom.

Antes de alguém cogitar a ideia de achar estranho um Mestre Maçom sem espada ou uma Loja sem Espada Flamejante, raciocinemos: o que é “maçom”? Nossa Maçonaria Especulativa originou-se do que?

Maçom é pedreiro. A Maçonaria Especulativa originou-se da Maçonaria Operativa, ou seja, das associações de artífices, sindicatos de pedreiros. Por um acaso os pedreiros usavam espada? Espada é uma ferramenta de trabalho de um pedreiro?

Se você pensar bem, uma espada entre esquadro, compasso, régua, maço, cinzel, nível, prumo, alavanca, é um objeto um tanto quanto estranho e dissonante. Isso porque quem usa espada não é pedreiro. É cavaleiro. E já está mais do que claro que Maçonaria Simbólica nada tem com Templários, mesmo Ramsay tendo desejado o contrário.

Então de onde surgiu essas espadas presentes no grau de Mestre em tantos ritos? Observa-se que a espada como

acessório oficial do Mestre Maçom está presente nos Ritos de origem francesa: REAA, Moderno, Adonhiramita. Isso porque, quando a maçonaria surgiu na França, foi pelas mãos dos escoceses exilados na França, os stuartistas. As primeiras Lojas eram compostas de nobres escoceses, nobres franceses e militares franceses. Todos esses usavam espadas e parece que elas acabaram adentrando aos templos com certa facilidade. É fácil entender o raciocínio desses pioneiros na França: eles eram nobres e militares.

Combinaria mais com eles serem sucessores de cavaleiros medievais do que de pedreiros! Ramsay teria sido apenas o porta-voz da vontade desses senhores.

E a espada flamejante? Ela tem tudo a ver com isso. Quem se ajoelha para ser recebido e consagrado com uma espada sobre a cabeça definitivamente não é o pedreiro, e sim o cavaleiro. E numa Loja em que todos têm uma espada, a espada da sagração, visto ter exatamente o objetivo de “sagrar”, precisa ser diferente, precisa ser sagrada, imaculada. Daí então, as Sagradas Escrituras serviram de inspiração para a adoção duma Espada Flamejante, cujo porte pelos querubins imprime uma imagem sacra e o fogo simboliza purificação. Por isso, esqueça aquela baboseira escrita por um dos grandes “sábios” da maçonaria brasileira, de que a espada flamejante é um “raio jupteriano” que fulmina o candidato se encostar em sua cabeça. Pelo menos, aconteceu comigo na minha iniciação e eu não morri!

Foi assim que as espadas tiveram ingresso na Maçonaria Simbólica, fugindo da simbologia do Antigo Ofício, mas caindo nas graças da burguesia que, até aquela época, não portava espadas e não se sentava na mesma mesa que os nobres. Característica da cavalaria inclusa nas antigas tradições maçônicas, vista por uns como aberração e justificada por outros como evolução.

Por Kennyo Smail

Arte: João Guilherme

As Espadas na Maçonaria Simbólica

10 Março 2013 Simbologia

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Ao assumir, por dois mandatos, o cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de Goiás, coloquei como objetivo principal resgatar o

valor da mulher dentro da instituição, que hoje, não pode prescindir de sua atuação. Nos trabalhos ritualísticos, ainda não, mas na essência maçônica a mulher é fundamental, como é na família, na orientação cristã e educacional dos filhos e no suporte ao homem, seu companheiro. Homem frágil, que é dependente das mulheres em todos os momentos de sua vida. O homem não existe sozinho. Sozinho ele se torna um solitário e triste.

Não se falando na contribuição da mulher, hoje com seu poder aquisitivo, na maioria das vezes, menor que o homem, é força para manutenção de milhares de lares, com seu trabalho crescente em campo profissional. A população brasileira é constituída em mais de 50% por mulheres.

Não deveria exist ir só um dia para esta comemoração. O valor da mulher companheira, mãe, trabalhadora dia e noite, ser humano continuadamente ligado ao seu produto, que são os filhos, deveria ser comemorado todos os dias, todas as noites e constantemente.

Vou ao escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo, famoso por suas crônicas e textos de humor, para reafirmar meu respeito e admiração pelas mulheres, na maçonaria denominadas cunhadas, pelo dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher.

Veríssimo em um de seus escritos intitulado “Mulher, sua origem e seu fim”, com perspicácia assim se expressa:

“Existem várias lendas sobre a origem da Mulher. Uma diz que Deus pôs o primeiro homem a dormir, inaugurando assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher. E que a

primeira provação de Eva foi cuidar de Adão e aguentar o seu mau humor enquanto ele convalescia da operação.

Uma variante desta lenda diz que Deus, com seu prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando "Depois eu melhoro", e mais tarde, com o tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher, que é "melhor" em aramaico.

Outra lenda diz que Deus fez a mulher primeiro, e

caprichou nas suas formas, e aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora.

Pergunta na crônica: “Mas de onde veio a primeira mulher, já que podemos descartar tanto a evolução quanto as fantasias religiosas e mitológicas sobre a criação?

Inclino-me para a tese da origem extraterrena. A mulher viria (isto é pura especulação, claro) de outro planeta. Venho observando-as durante anos - inclusive casei com uma, para poder estudá-las mais de perto - e julgo ter colecionado provas irrefutáveis de que elas não são deste mundo.

Observei que elas não têm os mesmos instintos que nós, e volta e meia são surpreendidas em devaneio, como que captando ordens de outra galáxia, embora disfarcem e digam que só estavam pensando no jantar. Têm uma lógica completamente diferente da nossa. U l t imamente , t êm ten tado d i s s imula r sua peculiaridade, assumindo atitudes masculinas e

fazendo coisas - como dirigir grandes empresas e xingar a mãe do motorista ao lado - impensáveis há alguns anos, o que só aumenta a suspeita de que se trata de uma estratégia para camuflar nossas diferenças, que estavam começando a dar na vista”.

Conclui o texto: “São de uma civilização superior, o que podem nossos tacapes contra os seus exércitos de encantos? Breve dominarão o mundo”.

Sempre em minhas falas e palestras, declamo uma poesia que me toca profundamente, intitulada “Meu nome é Mulher”. Sua autora é Fátima Aparecida Santos de Souza, ou simplesmente Pérola Negra, como também se identifica. É uma policial militar na cidade de Mauá, São Paulo, que luta pelo reconhecimento do seu trabalho.

Transcrevo o poema em homenagem às leitoras que me distinguem com sua qualificada atenção todos os sábados.

“No princípio eu era Eva, Nascida para a felicidade de Adão, E meu paraíso tornou-se trevas, Porque ousei libertação!

Mais tarde fui Maria, Meu pecado redimiria, Dando à luz Aquele, Que traria a salvação! Mas isso não bastaria, Para eu encontrar perdão!

Passei a ser Amélia, “A mulher de verdade”, Para a sociedade! Não tinha a menor vaidade, Mas sonhava com igualdade!

Muito tempo depois decidi: “Não dá mais! Quero minha dignidade, Tenho meus ideais!”

Hoje não sou só esposa ou filha; Sou pai, mãe, arrimo de família. Sou caminhoneira, professora, taxista, piloto de avião, advogada, policial feminina, operária em construção! Ao mundo peço licença, Para atuar onde quiser! Meu sobrenome é Competência, O meu nome é Mulher!”

Esta última estrofe eu a declamo, fazendo uma introdução pessoal em homenagem à mulher brasileira:

“Sou presidente da República, Ao mundo peço licença! Meu sobrenome é Competência, O Meu Nome é Mulher!

Março 2013Geral 11

IrBarbosa Nunes

Grão-Mestre do GOB-GO

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12 Março 2013 Fatos e Flashs

[email protected]

Unindo duas datas de grande significado, membros

da ARLS Caridade e Esperança, Oriente de

jacaraipe - Serra - ES realizaram no dia 03 de

março, em companhia de diversos amigos e irmãos

com os quais celebraram os 22 anos de fundação

da Loja e homenagearam a todas as mulheres

envolvidas no evento e aquelas que tornam as

colunas fortes e belas.

O sucesso foi total e a satisfação de podermos

oferecer uma confraternização em sintonia com a

importância das datas e a chance de fazer ação

filantrópica ficou clara nos olhos dos mais de

trezentos participantes .

Loja Caridade e Esperança nº 2620 comemora 22 anos de fundação

A ARLS Universitária Ir.'. Professor Carlos Magno Rodrigues Bravo N° 3839, Oriente de Alegre -ES realizou sessão Magna de iniciação de mais 04 (quatro) novos amados irmãos e amigos, sendo eles: Anderson Rodrigues, João Hélio Valentim, João Otavio Malaquias e Warlen Lemos e a filiação de dois amados Irmãos e amigos do Oriente de Espera Feliz MG, Leonardo Simões e Maurício Padilha. A sessão foi abrilhantada pela presença Grão-Mestre do GOB-ES Américo Pereira da Rocha, que concedeu condecoração máxima da Ordem (na esfera estadual) ao Irmão Eustáquio Delatorre.

Registram-se também as presenças do Poderoso Grande Secretário de Administração e Patrimônio Ir.'. Hélio Soares da Luz Sodré e do Poderoso Deputado Federal Ir.'. Carlos Alberto Conde, Veneráveis Deputados

Estaduais ; IIr.'. Ademir Couzi, Eli Silveira, Wilson Rosa, Jefferson Pereira, Veneráveis membros do Conselho

Estadual da Ordem GOB-ES IIr.'. Robson Cypriano e Ulysses de Campos, Veneráveis Mestres IIr.'. Francisco Carlos da Liberdade e Luz, Walter Rodrigues da Obreiros do Vale do Itabapoana, João Henrique da Amor e Justiça II, Leonardo Simões da Fraternidade e Prudência e Luz de Espera Feliz MG, Mestre Instalados. IIr.'. Roberto Martins, Marcelo Pavesi, Rui Barbosa, Alvarez Marchito, Wilson da Fonseca, José Vicente, José Eustáquio, Maurício Padilha.

Ressalta-se a participação e o envolvimento de todos

os obreiros da oficina, onde sonharam e realizaram uma

das mais belas iniciações presenciadas por muitos e pelo

zelo no cumprimento de nosso ritual Adonhiramita,

fazendo com que os candidatos saíssem diferentes da

maneira de como entraram e totalmente energizados no

desafio em desbastar a pedra bruta.

Na noite de 26 de Fevereiro de 2013 os Irmãos das Lojas Acadêmica Uberabense N° 3661, Estrela da Damasco N° 2512, Estrela Uberabense N° 0941 e Fraternidade Uberabense N° 2958 do Oriente de Uberaba em Minas Gerais, receberam a visita do Eminente Secretário Geral de Administração e Patrimônio do Grande Oriente do Brasil o Irmão Ronaldo Fidalgo Junqueira e do Chefe de Gabinete Eminente Irmão João Francisco Guimarães, que atua coordenando a Implementação dos Projetos do GOB Nacional.

No evento, foi possível demonstrar pelo Analista de Negócios do GOB Sr. Wellinton Prazeres o avanço que permite que cada Obreiro possa no conforto do seu lar, certificar seus dados de forma integrada, podendo ao final do processo visualizar seu Novo Cartão com foto e que conta ainda com a inovação do Selo Digital de Segurança.

O Selo Digital é ecológico e econômico pois irá reduzir substancialmente a necessidade de troca dos cartões, uma vez que a regularidade do Obreiro poderá ser autenticada on-line em tempo real inclusive via celular, a grata

surpresa foi realizar todas as operações locais via Banda Larga 3G com impressão do Cartão acessando diretamente o Data Center do Grande Oriente do Brasil.