curso rosacruz grau quatro philosuphus

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Estudo da Filosofia Rosacruz.

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  • CURSO ROSACRUZ GRAU QUATRO PHILOSUPHUS (SRIA)

    1

    Instituto Brasileiro de Ensino Manico www.ibemac.com.br

    1. Edio 2013 IBEMAC So Paulo

  • CURSO ROSACRUZ GRAU QUATRO PHILOSUPHUS (SRIA)

    2

    Instituto Brasileiro de Ensino Manico www.ibemac.com.br

    2013 Edio Do Autor

    Editor: Instituto Brasileiro de Ensino Manico

    Produo, Reviso e Capa: Enart

    Direitos Autorais: Professor Radams, transferidos legalmente para

    o IBEMAC

    ______________________________________________________

    ______________________

    Ficha Catalogrfica

    Instituto Brasileiro de Estudos Manicos.

    Curso de Mstico Rosacruz- SRIA/BR/ IBEMAC/SP, Ed.2013

    1.Rosacruz. 2. Ritual. 3. Phiposuphus. 4. Grau Quatro. I-Ttulo

    ______________________________________________________

    _____________________

    Proibida a reproduo total ou parcial desta obra de qualquer forma

    ou de qualquer meio eletrnico, mecnico, inclusive por meio de pro-

    cessos xerogrficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permis-

    so do Instituto Brasileiro de Ensino Manico, na pessoa do seu edi-

    tor (Lei 9.610, de 19-2-98) Todos os direitos desta edio, em lngua

    portuguesa, reservados pelo Editor. Proibida a traduo sem autori-

    zao.

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    Instituto Brasileiro de Ensino Manico www.ibemac.com.br

    Sumrio com Hiperlinks

    Como se tornar um sbio? ................................................ 5

    Segundo Ciclo ................................................................... 8

    Palavras Iniciais ................................................................. 9

    Saudaes do Mestre Incgnito da sua Classe .............. 10

    Preparando-se para estudar ........................................... 11

    Aprendendo a preparar o seu Sanctum do Lar ............ 13

    Os Filsofos ..................................................................... 19

    Pitgoras ......................................................................... 20

    Orfeu ............................................................................... 22

    Scrates .......................................................................... 24

    Aprendendo a raciocinar ................................................ 28

    Raciocnio indutivo .................................................................................................................. 28

    Deduo e induo .................................................................................................................. 29

    Tese, anttese e sntese ................................................... 29

    Induo em Aristteles ................................................... 30

    Induo e mtodo cientfico ........................................... 31

    Mtodo dedutivo ............................................................ 31

    Histria .................................................................................................................................... 32

    Na literatura ............................................................................................................................ 32

    Aplicaes................................................................................................................................ 33

    Exemplos ................................................................................................................................. 33

    Sofismas .......................................................................... 33

    Mtodo indutivo ............................................................. 33

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    Exemplos ................................................................................................................................. 34

    Exemplo 1 ............................................................................................................................ 34

    Exemplo 2 ............................................................................................................................ 34

    SILOGISMO ..................................................................... 35

    Palavras finais ................................................................. 38

    Questes da apostila quatro ........................................... 40

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    Como se tornar um sbio?

    Certo dia um jovem foi visitar um sbio, a quem perguntou: "Senhor,

    o que devo fazer para tornar-me um sbio?" O sbio no se dignou

    responder. Depois de repetir a pergunta certo nmero de vezes sem

    melhor resultado, o jovem foi embora, mas voltou no dia seguinte com

    a mesma pergunta. No obtendo resposta ainda, voltou pela terceira

    vez e novamente fez a pergunta: "Senhor, o que devo fazer para tor-

    nar-me um sbio?"

    Finalmente o sbio deu-lhe ouvidos, e ento desceu a um rio pr-

    ximo. Entrou na gua convidando o jovem e levando-o pela mo.

    Quando alcanaram certa profundidade o sbio, pondo todo seu

    peso sobre os ombros do rapaz, submergiu na gua, apesar dos es-

    foros que este fazia para livrar-se. Por fim o sbio largou-o, e

    quando o jovem recuperou alento perguntou-lhe:

    "Meu filho, quando estavas debaixo d'gua o que mais desejavas?"

    O jovem respondeu sem hesitar: "Ar, ar! eu queria ar!"

    "No terias antes preferido riquezas, prazeres, poder ou amor, meu

    filho? No pensaste em nenhuma dessas coisas?" indagou o sbio.

    "No, senhor! Eu desejava ar, s pensava no ar que me faltava", foi

    a resposta imediata.

    "Ento", disse o sbio, "para te tornares sbio deves desejar a sabe-

    doria com a mesma intensidade com que desejavas o ar. Deves lutar

    por ela e excluir de tua vida qualquer outro objetivo. Essa e s essa

    deve ser, dia e noite, tua nica aspirao. Se buscares a sabedoria

    com esse fervor, meu filho, certamente tornar-te-s sbio."

    Introduo - *Ateno! Leia, de grande importncia para voc.

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    Instituto Brasileiro de Ensino Manico www.ibemac.com.br

    A inteno do IBEMAC (Instituto Brasileiro de Ensino Manico) divulgar

    a doutrina dos Rosacruzes principalmente aos no-iniciados, possibilitando

    desta forma, que um grande nmero de pessoas, ainda que no ligados direta-

    mente a Ordem Rosacruz, possam conhecer um pouco dos nossos estudos, sem

    contudo adentrar aos segredos desta Ordem Secular.

    Seguindo este raciocnio, o IBEMAC preparou o Curso Mstico da Rosa-

    cruz, dividido em cinco estgios ou ciclos, que correspondem aos onze graus

    acadmicos para o estudo da filosofia Rosacruz.

    Os ensinamentos rosacruzes deste curso so baseados nas apostilas de

    estudos da Societatis Rosacrucis in Anglia para o Brasil, traduzidas do ingls

    para o portugus e adaptadas para o estudante brasileiro. O IBEMAC o nico

    Instituto no Brasil autorizado a divulgar com exclusividade - esse material im-

    presso ou no formato Arquivo PDF.

    Ao final de cada uma das lies encontra-se um questionrio o qual de-

    ver ser respondido e enviado para o IBEMAC para fins de correo e nota;

    somente receber o Certificado de Aprovao e o selo de apto para o prximo

    grau o aluno que responder as questes e obtiver nota mnima 5,0 (cinco).

    Juntamente com as apostilas do curso, ao final de cada grau, o aluno receber

    uma folha avulsa contendo todas as questes, poder responder nessa folha e

    envia-la para a Caixa Postal do IBEMAC neste endereo: IBEMAC - Caixa Pos-

    tal n 51 Cep 15150-970 Monte Aprazvel/SP. A folha de exame corrigida ser

    devolvida para o candidato com a nota final obtida e o carimbo de aprovado.

    Os alunos que optaram pelo curso na modalidade Arquivo PDF devero

    fazer uma cpia da folha de questes respondida e envi-la via e-mail para se-

    [email protected]

    Preste ateno durante a leitura da lio pois as frases que foram utiliza-

    das para formar o questionrio esto todas no texto. Ao terminar o Curso Rosa-

    cruz o aluno que obtiver nota mnima de 5,0 (cinco) em cada um dos graus, com

    mdia final 5,0 (cinco) ser indicado, caso seja de sua vontade, para uma das

    Lojas Manicas filiadas ao IBEMAC e poder tornar-se um Aprendiz Maom,

    caso preencha os requisitos bsicos para ingresso na Maonaria.

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    Instituto Brasileiro de Ensino Manico www.ibemac.com.br

    As Lojas manicas filiadas ao IBEMAC todas trabalham com os concei-

    tos de maonaria aliado aos conceitos rosacruzes da Societatis Rosacrucis In

    Anglia.

    Todo acadmico regularmente matriculado no IBEMAC pertence a LOJA

    ROSACRUZ JOIA DO NILO fundada pelos Mestres Rosacruzes do Instituto

    Brasileiro de Estudos Manico, com a finalidade de atender as necessidades

    dos alunos e dirimir as dvidas que naturalmente surgem durante o perodo de

    estudos.

    O Mestre da sua classe sempre atender s suas solicitaes e durante

    o curso manter contato para orient-lo da melhor forma possvel para a conclu-

    so dos estudos. Ele tambm ser o seu padrinho para um futuro e possvel

    ingresso na Maonaria ou na SRIA Societatis Rosacrucis In Anglia para o Bra-

    sil.

    Todo aluno regularmente matriculado no IBEMAC est autorizado a

    se identificar como ROSACRUZ do ramo SRIA - Societatis Rosacrucis In

    Anglia para o Brasil, podendo assim se apresentar perante reunies de tra-

    balho, msticas, religiosas, polticas, sociais e outras. Convm que o aluno

    informe ao IBEMAC que ir participar de tais reunies ou que delas j tenha

    participado. O aluno faz a sua identificao com a apresentao da sua

    Credencial de Rosacruz (Carteira de Estudante) e do Certificado de Conclu-

    so do Grau.

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    SOCIETATIS ROSACRUCIS IN ANGLIA (SRIA)

    Segundo Ciclo

    GRAUS QUATRO, CINCO E SEIS (Philosuphus)

    I Zelador : Este o primeiro ano da Sociedade, onde o aspirante

    recebido em uma cerimnia mais impressionante e colorido e onde

    ele exortado a iniciar a sua busca da verdadeira sabedoria. Todos

    os negcios do Colgio so transacionado neste grau.

    II Theoricus : Como sugere o ttulo, o ritual de admisso preocu-

    pado com os aspectos tericos da divindade em todas as suas for-

    mas. Esta srie incorpora uma palestra erudita na cor.

    III Praticus : O estudo e ritual desta classe tem referncia especial

    faceta espiritual da antiga arte da alquimia. A prtica da telepatia,

    vibroturgia, reconhecimento da aura humana, cura metafsica e sons

    msticos (mantras), bem como a preparao para o desdobramento

    da conscincia ou projeo astral, construo do Sanctum do Lar e

    ingresso no Sanctum Celestial o trabalho que espera o Praticus

    nesta apostila e nas prximas do Segundo Ciclo

    IV Philosophus: Neste grau o acadmico rosacruz ter um encontro

    muito especial com os antigos e atuais filsofos e seus raciocnios

    que marcaram a humanidade. Aprender as formas corretas e cien-

    tficas do raciocnio humano. Ter seu primeiro contato com a mon-

    tagem fsica do seu Sanctum do Lar. Conhecer as lendas que os

    rosacruzes preservam at os dias de hoje.

    Nesta Quarta Apostila Geral que a Segunda do Segundo

    Ciclo voc estudar as teorias e prticas do Grau 4. Phi-

    losuphus.

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    Acima esto os princpios essenciais dessa Monografia. Releia-os durante a prxima semana para mant-los em sua memria.

    Palavras Iniciais

    Mensagem de Perseverana diria e constante

    A pacincia um grande teste, e uma das ferramentas favo-

    ritas pelas quais o Universo tenta a sua devoo nas chamas da

    prtica espiritual. Lembre-se de sempre perseverar se voc no vir

    progresso no incio. No dado a todos ns avanarmos rapida-

    mente, mas com pacincia e prtica consistente, todos podem

    avanar.

    Formas de Identificao: Relembre e pratique.

    PAZ PROFUNDA: Esse antigo cumprimento dos rosacruzes

    utilizado ainda hoje no mundo todo pela maioria dos segmentos

    da Rosacruz. Dessa forma o estudante poder se identificar

    com outro rosacruz, basta mencionar Paz Profunda, essa

    forma de identificao utilizada antes ou logo aps o cumpri-

    mento normal de cordialidade: bom dia, boa tarde ou boa noite.

    Dentro da Linguagem prpria dos Rosacruzes, encontramos

    dois termos que so muito utilizados, so eles: Frater identi-

    fica o irmo da rosacruz; Soror identifica a irm na rosacruz.

    Nas Cartas e nos e-mails, os rosacruzes sempre comeam

    saudando aos irmos da seguinte forma: Saudaes nas Trs

    Pontas do Sagrado Tringulo e ao final, no encerramento do

    documento: votos de Paz Profunda.

    Salutem Punctis Trianguli a saudao rosacruz mais utili-

    zada nas correspondncias.

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    O Philosuphus se identifica acrescentando em sua assinatura

    o smbolo alfa a primeira letra do alfabeto grego que se as-

    semelha a nossa letra a. Os gregos utilizavam a expresso

    do alfha ao mega ( ) para simbolizar o incio e o fim de

    todas as coisas.

    Durante o curso o aluno aprender outras palavras e for-

    mas de identificao tpica dos rosacruzes.

    Saudaes do Mestre Incgnito da sua Classe

    Ns, da Societatis Rosacrucis in Anglia (SRIA), divulgado atra-

    vs do convnio com o Instituto Brasileiro de Ensino Manico

    os recebemos com grande alegria em nossa comunidade.

    nosso desejo sincero que o nosso relacionamento com essa

    nova classe aprendizes que se inicia, reflita o verdadeiro esp-

    rito de fraternidade e que juntos, com a ajuda do Grande Arqui-

    teto do Universo, possamos com tranquilidade estudar e com-

    preender os primeiros princpios dos ensinamentos da Rosa-

    cruz.

    GRAU QUATRO PHILOSUPHUS

    Comea aqui os ensinamentos do Grau Trs de Philosuphus,

    ele compreende os estudos esotricos intermedirios e repre-

    senta o incio de um ciclo, o segundo.

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    O estudo terico muito importante nessa fase, somente o co-

    nhecimento atravs da leitura dos textos explicativos que

    abrira a mente do aluno e aumentara a sua compreenso do

    que o mundo, Deus, a matria e o esprito.

    Ao final desta apostila o aluno receber alguns exerccios pr-

    ticos, mais um de uma srie que ocorrero durante todo o

    estudo e tem a finalidade de aprimorar a tcnica da prtica ms-

    tica, que ao final do curso, caso o aluno siga corretamente to-

    das as orientaes, far com que alcance o conhecimento dos

    antigos magos da Rosacruz.

    Preparando-se para estudar

    No Grau Um Zelator recomendamos que voc separasse um dia

    por semana para os seus estudos rosacruzes. No Grau Trs Prati-

    cus mudamos essa recomendao orientando que seu estudo seja

    sempre s 5. Feiras e explicando o motivo desse dia ser escolhido

    como o dia dedicado aos estudos rosacruzes no mundo todo. Vamos

    recordar um pouco sobre a quinta-feira: Por que a quinta-feira? Sim-

    plesmente porque, segundo a tradio de nossa Ordem a primeira

    convocao do primeiro Conselho Supremo da Rosa-Cruz ocorreu

    no templo de Karnak, no Egito, durante o reinado do fara Tutms III,

    numa noite de quinta-feira.

    Tambm recomendamos que mantivesse um caderno para suas ano-

    taes, esse caderno, em forma de dirio confidencial deve conti-

    nuar ao seu lado. Alm dos estudos prticos, (Grau Trs Praticus)

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    agora o aluno conhecer o lado filosfico da ordem (Grau Quatro Phi-

    losuphus), Neste grau falaremos sobre os principais filsofos que a

    humanidade conheceu (Hermes Trimegistos, Djoser, Scrates, Pit-

    groas, Plato etc). Dentro deste Segundo Ciclo o aluno conhecer as

    principais formas de raciocnio (dedutivo, indutivo, silogismo, tese,

    anttese) e passar a compreender com mais profundidade todas as

    situaes que se lhe apresentam, podendo resolve-las com maior sa-

    bedoria evitando que o acaso ou um palpite possa resolver uma

    questo muito importante da sua vida. Muitas pessoas encontram-se

    hoje em situaes difceis justamente pela falta de uma tcnica mais

    apurada que pudesse ser aplicada na escolha da melhor soluo

    para os vrios assuntos que se apresentam a ns o tempo todo. No

    a sorte o fator que determina se algum ir se sair bem ou no na

    vida, a forma de solucionar os problemas e resolver as questes

    que a vida nos apresenta que determina isso; a partir de agora, do-

    minando a tcnica da filosofia utilizada pelos antigos sbios voc

    tambm ir determinar a qualidade do seu presente e ainda mais do

    seu futuro. Uma outra grande mudana nos seus estudos, prende-

    se ao fato de que a partir de agora o aluno dever construir o seu

    Sanctum Sanctorum ou Sanctum do Lar, ns o ensinaremos

    passo a passo como fazer isso, uma vez que o aluno ingressou no

    Segundo Ciclo e precisar ter o seu lugar sagrado para se dedicar

    aos estudos; Realmente necessrio evitar interrupes de parentes

    e amigos, pois as demais pessoas no iro compreender nada do

    que voc est praticando.

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    Aprendendo a preparar o seu Sanctum do Lar

    Comece desse j, separe um lugar especial para os

    seus estudos, pode ser uma escrivaninha no seu

    quarto, um local na sala ou a mesa da cozinha, note

    que so ambientes comuns, mas que sero consa-

    grados no momento dos estudos. Acostume-se a ter

    uma vela branca por perto, um espelho e um copo

    com gua. No momento do incio dos seus estudos comece por acen-

    der a vela branca (vela comum pequena), mentalize que surja a Luz

    Divina; apoie o espelho de modo que voc veja seu rosto refletido

    nele enquanto estuda; mantenha o copo de gua pela metade, pr-

    ximo da vela; se possvel utilize um pano branco como forro para o

    local onde voc ir apoiar a sua apostila de estudos; antes de iniciar

    a leitura dedique esse momento a Grande Fraternidade Branca, faa

    uma orao simples: Peo ao Deus do meu corao e a Grande

    Fraternidade Branca que ilumine a minha mente para que eu possa

    compreender cada vez mais os estudos da Rosacruz. Que Assim

    Seja! Faa o sinal da cruz Rosacruz como demonstrado na figura ao

    lado.

    Como voc talvez nunca tenha feito este sinal da cruz, vamos orient-

    lo como fazer passo a passo, preste ateno e pratique-o durante o

    dia. Primeiro, junte os dedos polegar, indicar e mdio da mo direita

    e posicione a mo na altura do peito, distante uns 10 centmetros do

    corpo; segundo, suba a mo at a altura dos olhos em linha reta e

    desa-a at a altura do ombro esquerdo; terceiro, agora trace uma

    linha reta ligando o ombro esquerdo ao ombro direito; quarto, suba

    com a mo novamente em direo altura dos olhos; quinto, desa

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    com a mo at a altura do peito aproximadamente no mesmo local

    onde iniciou o sinal. Enquanto utiliza o brao e a mo direita para

    fazer o sinal, o brao esquerdo permanecer estirado e a mo junto

    ao corpo.

    Agora que j fez a sua orao inicie os seus estudos sempre com

    muita seriedade, desligue todos os aparelhos que possam atrapalhar

    sua concentrao nesse momento (som, tv, celular etc) e concentre-

    se unicamente nos estudos; ao final do perodo de estudos tome a

    gua que est no copo, lembre-se que a gua no recipiente est pela

    metade, isso para simbolizar a dualidade do universo em que vive-

    mos; mire-se no espelho por alguns segundos enquanto mentaliza a

    orao de encerramento: Agradeo ao Deus do meu corao e a

    Grande Fraternidade Branca por este perodo de estudos e que real-

    mente minha mente possa compreender tudo o que aqui estudei e

    pratiquei. Que Assim Seja!. Faa novamente o sinal da cruz Rosa-

    cruz. Agora apague a chama da vela, mas lembre-se que o mstico

    nunca sopra a chama, para isso utilize-se de um abafador de velas,

    caso voc no o tenha improvise um, qualquer objeto em forma c-

    nica que possa ser colocado sobre a vela para que a chama se ex-

    tinga por abafamento servir para esse fim.

    Montagem Fsica do Sanctum do Lar

    Seguindo a figura abaixo o aluno poder observar a correta monta-

    gem e disposio do local que servir como Sanctum; importante

    observar a no obrigatoriedade de seguir os pontos cardeais verda-

    deiros (Norte, Sul, Leste e Oeste), mas compreender que o local onde

    estar a mesa do Sanctum ser sempre o lado do Oriente ou do

    Leste, lembre-se desta frase: A Luz que vem do Leste; o local dire-

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    tamente oposto ao Oriente ou ao Leste o Ocidente ou Oeste, geral-

    mente nas Lojas o local da porta de acesso ao templo; o Norte e o

    Sul so os pontos cardeais tomados tendo como referncia o altar;

    logicamente, se o Rosacruz puder utilizar uma bssola para orientar

    o seu Sanctum estar direcionado corretamente para os pontos car-

    deais e disso poder obter maiores e melhores resultados durante o

    perodo de estudos ou exerccios.

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    Mais detalhes sobre a disposio dos mveis do Sanctum do Lar

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    Na figura um (01) o Sanctum est montado sobre uma plataforma

    fixada a parede, na qual uma toalha branca serviu para forrar a tampa

    do altar, o espelho foi posicionado encostado a parede, dois castiais

    para as velas e um porta incenso, alm claro, da Cruz Rosacruz

    que item primordial para o seu Sanctum.

    Na figura dois (02) a mesma disposio do Sanctum com uma nica

    diferena, foi montado sobre uma mesa.

    Nesse Grau Quatro de Philosuphus, o aluno notar que no ir ape-

    nas estudar a biografia dos filsofos famosos, mas aprendera uma

    sntese da prtica de como eles pensavam, resolviam seus proble-

    mas dirios e aconselhavam aos outros uma forma de resolver cada

    qual seus problemas.

    O presente estudo est dividido em trs partes, na primeira parte

    voc aprendeu como montar o seu Sanctum do Lar, na segunda

    parte vera a biografia de alguns filsofos consagrados e na terceira

    parte aprendera tudo sobre as vrias formas de raciocnio. Vamos a

    aula,

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    Caro Frater (homem) Cara Soror (mulher)

    Plural: Frateres e Sorores

    A formao de uma nova classe de Postulantes rosacruzes e sempre

    um acontecimento feliz e importante em nossa tradio, Em si

    mesma ela e a prova efetiva do desejo e da necessidade de espiritu-

    alidade que animam um nmero cada vez maior de buscadores.

    Como Mestre de sua Classe, eu lhe dou as boas-vindas em nome de

    todos os Mestres de nossa fraternidade mstica e, neste dia memo-

    rvel, transmito-lhe a mais fraternal saudao.

    Os Filsofos

    Neste Grau, nosso estudo no dar nfase especial a nenhum dos

    grandes filsofos que deixaram sua contribuio para todos ns, mas

    focaremos o tipo de vida e a dedicao que esses homens tiveram

    com a filosofia que o estudo da amizade pela sabedoria ou res-

    peito pela sabedoria poder-se-ia dizer, alm da traduo deste

    termo que vem do grego (philo=.amizade ou amor fraterno e

    shophia= saber ou sbio, conhecer, estudar), inclusive Pitgoras de

    Samos teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence

    aos deuses, mas que os homens podem desej-la ou am-la, tor-

    nando-se filsofos. Este estudo, neste grau, preenche a necessi-

    dade que o estudante rosacruz no Grau de Philosuphus tem em ad-

    quirir esse tipo de conhecimento, no o de conhecer todos os filso-

    fos pelo nome e pelas obras, mas sim adquirir a forma de pensa-

    mento filosfico. Para auxiliar nos estudos, fornecemos uma relao

    contendo alguns filsofos de grande importncia para que sirvam de

    exemplo ao estudante, so eles: Tales de Mileto, Anaximenes, Ana-

    ximandro, Parmnides, Herclito, Demcrito, Scrates, Plato, Aris-

    tteles, Pitgoras, Descartes, Spinoza, Locke, Hume, So Toms de

    Aquino, Berkeley, Kant, Hegel, Kierkegaard, Marx Darwim. Os Fil-

    sofos brasileiros devem ser estudados neste grau, segue uma rela-

    o deles que no contm todos os nomes de destaque, apenas

    como referncia, so eles: Claudio Ulpiano, Toms Adalberto da

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    Instituto Brasileiro de Ensino Manico www.ibemac.com.br

    Silva Fontes, Tobias Barreto de Menezes, Tarcio Meirelles Padilha,

    Silvio Tibiria de Almeida, Silvio Donizetti de Oliveira Gallo, Srgio

    Paulo Rouanet, Renato Janine Ribeiro, Raimundo Teixeira Mendes,

    Plinio Salgado, Olgria Chain Feres Matos, Olavo Luiz Pimentel de

    Carvalho, Newton Carneiro Affonso da Costa, Mrio Ferreira dos

    Santos, Marilena de Sousa Chaui, Jos Guilherme Merquior, Huberto

    Rohden, Jos Herculano Pires, Celso Charuri, Caio da Silva Prado

    Jnior, Bento Prado de Almeida Ferraz Jnior, Apolinrio Jos Go-

    mes Porto-Alegre, Arsnio Palcio. Recomenda-se que o aluno du-

    rante o Ciclo de Philosuphus trace um plano de estudos sobre os

    filsofos acima relacionados e, mais do que a biografia de cada um,

    procure entender o esprito e a mente desses homens e mulheres

    que com suas ideias contriburam e continuam contribuindo para o

    progresso da humanidade.

    Pitgoras

    Foi o fundador da Escola Pitagrica, que reunia todas as artes

    como matrias obrigatrias para a educao do ser humano. A sua

    inteno era apresentar todas as instrues para que o aluno, conhe-

    cendo-as, pudesse optar por qual rea do conhecimento humano ti-

    nha maior dom ou inclinao. Pitgoras costumava observar seus

    alunos a ponto de definir se eram inspirados (j nasciam com a ten-

    dncia para certas artes) ou se eram capacitados (aqueles que ti-

    nham disciplina para aprender o que o dom natural no lhes dera

    desde o nascimento). Dessa forma, instituiu um ensino livre, que pos-

    sibilitava ao aluno tornar-se um adulto realizado com sua ocupao.

    Seus discpulos, aps vencerem as primeiras etapas da escola, eram

    classificados em iniciados e os pblicos. Pblicos eram os alunos da

    escola normal. Iniciados eram aqueles chamados para a Escola de

    Mistrio, fechada para a maioria. A venerao dos alunos iniciados

    pelo Mestre era tanta que costumavam dizer: assim o Mestre disse

    e com essa frase encerravam qualquer possibilidade de discusso

    sobre o assunto. Pitgoras admitia a existncia de um nico Poder

    Criador, mas no emprestava nenhum nome ou ttulo para a divin-

    dade, com isso pretendia no criar rtulos humanos para algo que

    estava muito acima da capacidade de entendimento do homem. Era

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    um grande estudioso dos nmeros, e reduzia tudo a eles: letras, pa-

    lavras, fatos e locais. A prpria alma era um nmero. Explicava a cri-

    ao do universo atravs da seguinte frmula: a grande mnada o

    nmero um, tinha produzido o binrio ou nmero dois, depois criou o

    ternrio ou nmero trs e assim por diante at a formao de todos

    os nmeros que compem o universo. Reconhecia na alma duas

    partes distintas: a razo e a paixo. Ensinava aos seus adeptos que

    deveriam conhecer ambas as partes e evitar que a fera da paixo

    os dominasse. Seus iniciados estudavam e acreditavam na me-

    tempsicose como a transmigrao da alma para outro corpo de

    forma consciente, bem como entendiam ser possvel a reencarna-

    o consciente onde o indivduo deixava este mundo levando con-

    sigo a conscincia do que estava acontecendo, guardando todos os

    seus conhecimentos, conservando-os no momento de voltar a vida.

    Os iniciados estuda-

    vam todas as cincias,

    principalmente os mis-

    trios, que eram consi-

    derados uma cincia

    parte, ensinada de

    forma velada para evi-

    tar perseguies por

    parte da populao que

    acredita em outras dou-

    trinas. Mantendo sigilo sobre a sua Escola de Mistrios, Pitgoras

    criou, segundo os observadores profanos uma ceita religiosa que

    era mais fcil de aceitar do que uma escola secreta. Atravs dos

    estudos e da observao da astronomia, Pitgoras descobriu o duplo

    movimento de rotao da Terra. Foi ele quem criou o vocbulo filo-

    sofia para definir o que entendemos hoje em dia como sendo os

    amantes da sabedoria. Toda a base da Maonaria, principalmente

    do Rito Escocs Antigo e Aceito est calcada sobre os ensinamentos

    de Pitgoras, nas medidas, nos nmeros, na geometria, enfim, todas

    as dimenses do Templo so pitagricas, sendo Pitgoras Gro-

    Mestre Maom por excelncia. Pitgoras foi um grande iniciado Ro-

    sacruz que obteve a sua iniciao no interior da Grande Pirmide de

    Quops. Destaca-se, ainda nos seus ensinamentos, a forma como

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    via e conduzia sua escola, tanto a pblica quanto a velada, para que

    todos os alunos vivessem em comunidade, praticassem a meditao

    e o jejum, tivessem liberdade de expresso. A prtica da contempla-

    o, que depois foi distorcida e se tornou sinnimo de ociosidade, era

    praticada na escola de Pitgoras como um exerccio para levar o

    aluno a compreender a natureza e a vida, com a finalidade de formar

    adultos mais conscientes dos seus deveres e direitos frente ao

    mundo e aos seus semelhantes. A atual situao da escola e da edu-

    cao, tanto no Brasil quanto no mundo (com raras excees) fruto

    de uma estrutura de ensino que prepara as crianas para se tornarem

    adultos competidores, e os ensina, desde a mais tenra idade a dis-

    putar vagas nas faculdades e nos cobiados cargos pblicos ou pri-

    vados que o Estado e a sociedade capitalista oferecem. Os valores

    morais e ticos no

    so ensinados nem

    to pouco pratica-

    dos; a contempla-

    o, ensinada na es-

    cola de Pitgoras faz

    falta na formao do

    carter da criana

    que se torna um

    adulto inconse-

    quente.

    Orfeu

    A Rosacruz que deveria ser imutvel em seus ensinamentos infeliz-

    mente no ; alguns dos responsveis pelas atuais escolas rosacru-

    zes acabaram retirando dos estudos e portanto das iniciaes aquela

    que possivelmente era a mais profunda, a mais bela, de significado

    mais intrigado para o estudante rosacruz: A Lenda de Orfeu. A

    SRIA/BR talvez tenha sido a nica escola rosacrucina que manteve

    em seus rituais essa lenda durante a iniciao do Ciclo de Philosu-

    phus. Explicaes parte, passemos a Orfeu. O Grau de Philosu-

    phus sempre foi dedicado a Pitgoras (matemtico) e Orfeu (simbo-

    lismo). Lembra-se muito de Pitgoras e no se faz referncia alguma

    a Orfeu, sinal que a Rosacruz alterou seus ensinamentos. Orfeu era

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    lembrado por Pitgoras e Plato em seus discursos. As Escolas de

    Mistrios Pitagricos tinham em Orfeu a mxima inspirao para um

    dos seus graus. Muitos achavam e acham at hoje que Orfeu ape-

    nas uma lenda para justificar o surgimento da msica ou ainda do

    instrumento chamado Lira que continha sete cordas as quais Orfeu

    acrescentaram mais duas num total de nove cordas. Outros dizem

    que Orfeu foi um deus e ainda o confundem com Morfeu.

    A origem de Orfeu foi entre os egpcios. O que importa para o Grau

    de Philosuphus conhecer mais essa lenda (se que podemos cha-

    mar assim), diz ela: Orfeu se apaixonou perdidamente por Eurdice,

    a jovem mais bela que existia no mundo, porem no dia do casamento

    e antes de se casarem, a noiva morreu subitamente. Orfeu, inconfor-

    mado chorava e tocava sua lira, com uma melodia to triste que im-

    pressionou os deuses da manso dos mortos, os quais lhe deram

    permisso para que entrasse naquela manso e resgatasse Eurdice,

    com uma condio: que no olhasse na face dela at o momento em

    que estivessem de volta na manso dos vivos; descendo ao subter-

    rneo, Orfeu encontrou a sua amada e a resgatou, porem descum-

    prindo as ordens recebida, olhou por um instante para a bela face

    dela, naquele momento abriu-se um abismo e tragou a jovem para

    as profundezas da manso dos mortos e Orfeu nunca mais a viu,

    perdendo assim, a chance de ter o seu amor de volta por um simples

    descuido de sua parte, descumprindo as ordens dos deuses. Essa

    lenda nos leva a refletir sobre a influncia da matria e sua beleza

    sobre ns, sobre nossa disciplina e que por vezes perdemos algo de

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    belo que buscamos e alcanamos simplesmente por no respeitar-

    mos a lgica da vida e da existncia. O que simbolizava a beleza de

    Eurdice? E o casamento entre Orfeu, um sbio, e Eurdice, a jovem

    mais bela da face da terra? E a morte dela no dia do casamento? E

    a msica que tocou os deuses? E o quase renascimento da bela?

    Por que Orfeu desobedeceu aos deuses, olhou para a face dela e a

    perdeu para sempre? Essas questes de reflexo, por si s dariam

    um livro sobre o grau. de vital importncia que o Philosuphus co-

    nhea essa lenda, estude e reflita sobre ela, por isso as indagaes

    no so acompanhadas das respostas, justamente para que cada um

    obtenha as suas solues.

    Scrates

    Filosofo grego, Scrates nasceu em Atenas no ano de 470 a.C. . De

    origem modesta, era filho de Sofronisco, escultor, e de Fenarete, par-

    teira, com quem dizia ter aprendido a arte de obstetra de pensamen-

    tos.

    Era casado com Xantipa, cujo nome se tornou provrbio.

    Abandonando a arte de seu pai dedicou-se inteiramente a misso de

    despertar e educar as conscincias, tendo como influncia a filosofia

    de Anaxgoras. Sempre entre jovens, sempre em discusses, espe-

    cialmente com os sofistas, nada escreveu. Por isso, o seu pensa-

    mento tem que ser reconstitudo sobre testemunhos, nem sempre

    concordes, de Xenofonte, de Plato e de Aristteles.

    Viveu sempre em Atenas, tendo participado das batalhas de Potidea

    (onde salvou a vida de Alcebades) de Delion e de Anfipolis.

    Em 399 a.C., a sua atividade e a sua vida foram finalizadas pela con-

    denao morte, sob a acusao de corromper os jovens contra a

    religio e as leis da ptria. Ao se dirigir aos atenienses que o julga-

    vam, Scrates disse que lhes era grato e que os amava, mas que

    obedeceria antes ao deus do que a eles, pois enquanto tivesse um

    sopro de vida, poderiam estar seguros de que no deixaria de filoso-

    far, tendo como sua nica preocupao andar pelas ruas, a fim de

    persuadir seus concidados, moos e velhos, a no se preocupar

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    nem com o corpo nem com a fortuna, to apaixonadamente quanto

    a alma, a fim de torn-la to boa quanto possvel.

    Denunciado, ento, como subversivo, foi condenado morte ignomi-

    niosa, tendo de beber a cicuta na priso de Atenas em fevereiro de

    399 a.C. .

    Segundo Scrates, a Cincia fala de ser justo em relao ao cosmos,

    fala da modificao da alma, purificando o esprito em sua unidade e

    totalidade, o qual no mais capaz de erro e de pecado.

    CINCIA = VIRTUDE = FELICIDADE

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    Esta a equao Socrtica, que quer dizer que o bem igual ao til.

    Ou seja, as pessoas fazem o bem por interesse prprio, porque o

    que vai lev-las a felicidade. Ele achava que as pessoas deveriam

    agir corretamente, pois estando no caminho certo, a tendncia ser

    essa pessoa ser feliz. Mesmo assim, eventos externos podem modi-

    ficar o resultado dos eventos.

    Scrates queria que as pessoas se desenvolvessem na Virtude. A

    virtude um agir timo, procurar fazer o bem, que o correto, o

    ideal. Ser virtuoso o mximo que se pode ser. O ato virtuoso de-

    pende do fim que se colocar para ele. As coisas so virtuosas a me-

    dida que elas fazem bem as coisas para as quais elas foram feitas.

    O caminho para a virtude no s o intelecto, razo, o conheci-

    mento mstico tambm. Para Plato, as principais virtudes so: fora,

    coragem, justia e piedade. A virtude abrange, tambm, criar rique-

    zas.

    A virtude da alma a sabedoria, que o que a aproxima de Deus

    A sabedoria tem a ver com humildade intelectual e no com a quan-

    tidade de saber. O ignorante arrogante porque pensa que sabe.

    No descobrindo em si mesmo espcie alguma de sabedoria, onde

    quer que estivesse, interrogava seus interlocutores a respeito de coi-

    sas que, por hiptese, deveriam saber. Ao interrog-los, verificou que

    no sabem o que julgam saber, e o que mais grave, no sabem

    que no sabem. Assim, Scrates se achava mais sbio porque pelo

    menos sabia que nada sabia, ao passo que as outras pessoas pen-

    savam que sabiam. O importante para a sabedoria o que voc faz,

    no o que voc sabe. A sabedoria modifica o ser e purifica a alma

    de forma que seus objetivos fiquem mais fcil de serem atingidos.

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    Ou seja, o que h de comum entre todas as virtudes a sabedoria,

    que, segundo Scrates, o poder da alma sobre o corpo, a tempe-

    rana ou o domnio de si mesmo. Permitindo o domnio do corpo, a

    temperana permite que a alma realize as atividades que lhe so pr-

    prias, chegando a cincia do bem. Para fazer o bem, basta, portando,

    conhec-lo. Todos os homens procuram a felicidade, quer dizer, o

    bem, e o vcio no passa de ignorncia, pois ningum pode fazer o

    mal voluntariamente.

    Para Scrates, a filosofia vem de dentro para fora e sua funo

    despertar o conhecimento, ou seja, o Autoconhecimento, pois a ver-

    dade est dentro de cada um. Para conhecer a si mesmo preciso

    conhecer o outro. A alma do outro como se fosse o espelho da

    prpria alma. Por meio da comparao com o olho, Plato utiliza o

    mtodo indireto da auto-observao (mtodo da introspeco.)

    O conhecer-te a ti mesmo, que era, na inscrio de Delfos (onde

    Scrates foi proclamado o mais sbio), uma advertncia ao homem

    para que reconhecesse os limites da natureza humana, tem dois sig-

    nificados : Ter a conscincia da condio humana, no tentar ser

    mais do que para os homens serem, no tentar ser Deus, no ser

    arrogante, devendo os limites do homem serem respeitados para que

    se viva bem, ou seja, a conscincia da seriedade e gravidade dos

    problemas, que impede toda presuno de fcil saber e se afirma

    como conscincia inicial da prpria ignorncia; E, o conhecimento in-

    terior, para o grego, conhecer o que permanece oculto, isto , as

    coisas divinas eternas, o que as pessoas nem sabem que podem ser.

    Ou seja, necessrio conhecer o mundo para conhecer a si mesmo.

    O conhecimento da prpria ignorncia no a concluso final do fi-

    losofar, mas o seu momento inicial e preparatrio.

    preciso um caminho indireto, como a ironia (mtodo de ensino de

    Scrates), porque o caminho para o conhecimento interior indivi-

    dual a cada um.

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    A Ironia possui duplo aspecto: a refutao e a maiutica. Atravs da

    refutao, Scrates faz uma cadeia de raciocnio para provar que a

    base do que o outro est pensando est errado. Levava ao ridculo

    homens considerados sbios. O emprego da refutao para liberta-

    o do esprito de origem eletica. Scrates tira-a de Zeno, que

    o criador. Procurava na filosofia o melhor caminho da libertao das

    almas do erro, do pecado e da condenao ao ciclo de nascimento.

    A refutao faz parte da maiutica, que a arte de Scrates projetar

    ideias, fazer nascer a verdade. Atravs da maiutica, Scrates fingia

    ser capaz unicamente de interrogar, mas no de ensinar alguma

    coisa, mas levava o interlocutor, mediante uma srie de perguntas

    habilmente formuladas, a tomar conscincia da prpria ignorncia e

    a confess-la. Reconhecido isto em relao ao que se julgava e pre-

    sumia saber, procura-se extrair da sua alma o conceito que nela per-

    manecia oculto, desenvolvendo seu prprio pensamento, ou seja, re-

    encontrando, por si mesmos, conhecimentos que j possuam sem o

    saber. O exemplo clssico da aplicao da maiutica encontrado

    no dilogo platnico intitulado Mnon, no qual Scrates leva um es-

    cravo ignorante a descobrir e formular vrios teoremas de geometria.

    A sabedoria plena buscada atravs do autoconhecimento, que tem

    como mtodo indireto a ironia.

    Aprendendo a raciocinar

    Raciocnio indutivo

    Na lgica, um raciocnio indutivo um tipo de raciocnio ou argu-

    mento que partindo de premissas particulares obtm uma concluso

    universal. Alternativamente, pode ser definido como um argumento

    no qual a concluso tem uma abrangncia maior que as premissas.

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    Deduo e induo

    O raciocnio indutivo parte de premissas para inferir uma concluso.

    As premissas so observaes da natureza e de fatos do mundo.

    H uma pretenso neste tipo de raciocnio: a concluso de um parti-

    cular fundamentado numa proposio geral, mas, como a proposi-

    o geral fruto da observao, ela no geral.

    Por exemplo:

    1 Aps uma extensa pesquisa sobre gansos, um cientista consta-

    tou numa populao de 10 milhes de gansos, que todos eles eram

    brancos. Desta constatao, ele fez a seguinte proposio: 'Todos

    os gansos so brancos.' Um colega deste cientista telefonou-lhe di-

    zendo que enviou para ele um ganso. O cientista que props a teo-

    ria acima tem certeza de que o ganso que ir receber branco? A

    resposta no. Sua teoria est fundamentada em 10 milhes de

    gansos e no em todos os gansos. Portanto, um caso particular - 10

    milhes de gansos, no pode fundamentar outro caso particular -

    um ganso.

    2 Olhando bem sua para sua pele, uma mulher de 70 anos perce-

    beu muitas rugas e concluiu, para seu, conforto, que todo homem e

    toda mulher nesta faixa etria tm muitas rugas.

    Concluso: Um argumento que tem como forma um raciocnio

    indutivo no lgico.

    Raciocnio dedutivo

    O raciocnio dedutivo conclui um particular de um geral. O geral sempre uma hiptese. Quando se diz que 'Todo homem mortal. Scrates homem. Logo, Scrates mortal.', est se dizendo: 'Se todo homem mortal. Se Scrates homem. Logo, Scrates mor-tal.' Agora podemos entender melhor o argumento dedutivo e lgico sobre os gansos: 'Se todos os gansos so brancos. E se irei rece-ber um ganso enviado por um colega. Logo, este ganso branco.'

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    Pelo visto at agora, podemos chegar a seguinte concluso: o raci-ocnio dedutivo partindo de uma hiptese geral no tem referncia com o mundo real, mas tem referncia com o que o cientista, fil-sofo ou pensador imagina sobre o mundo. J o raciocnio indutivo parte de uma observao feita do mundo, de uma realidade, de um evento, de um fato.

    Para concluir, a fonte de verdade para um dedutivista a l-gica, para um indutivista a experincia.

    Tese, anttese e sntese

    A lgica diferencia duas classes fundamentais de argumentos: os de-

    dutivos e os indutivos. Os argumentos dedutivos so aqueles que as

    premissas fornecem um fundamento definitivo da concluso, en-

    quanto nos indutivos as premissas proporcionam somente alguma

    fundamentao da concluso, mas no uma fundamentao conclu-

    siva, identificando dessa maneira os conceitos de deduo e racioc-

    nio vlido. Uma outra maneira de expressar essa diferena dizer

    que numa deduo impossvel que as premissas sejam verdadeiras

    e a concluso falsa, mas no raciocnio indutivo no sentido forte isso

    possvel, mas pouco provvel. Num raciocnio dedutivo a informa-

    o da concluso j est contida nas premissas, de modo que se

    toda a informao das premissas verdadeira, a informao da con-

    cluso tambm dever ser verdadeira. No raciocnio indutivo a con-

    cluso contm alguma informao que no est contida nas premis-

    sas, ficando em aberto a possibilidade de que essa informao a

    mais cause a falsidade da concluso apesar das premissas verda-

    deiras.

    Induo em Aristteles

    A palavra grega epagog [] traduzida geralmente por in-

    duo, mas o sentido em que foi usada por Aristteles no coincide

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    totalmente com o conceito moderno. Esse filsofo afirma na Metaf-

    sica que Scrates foi o primeiro a usar a induo e a dar definies.

    Induo e mtodo cientfico

    Raciocinar indutivamente partir de premissas particulares, na busca

    de uma lei geral, universal, por exemplo:

    O ferro conduz eletricidade

    O ferro metal

    O ouro conduz eletricidade

    O ouro metal

    O cobre conduz eletricidade

    O cobre metal

    Logo os metais conduzem eletricidade.

    Os indutivistas criam que as explicaes para os fenmenos adivi-

    nham unicamente da observao dos fatos.

    O princpio de induo no pode ser uma verdade lgica pura, tal

    como uma tautologia ou um enunciado analtico, pois se houvesse

    um princpio puramente lgico de induo, simplesmente no haveria

    problema de induo, uma vez que, neste caso, todas as inferncias

    indutivas teriam de ser tomadas como transformaes lgicas ou tau-

    tolgicas, exatamente como as inferncias no campo da Lgica De-

    dutiva.

    Mtodo dedutivo

    Mtodo dedutivo a modalidade de raciocnio lgico que faz uso da

    deduo para obter uma concluso a respeito de determinada(s) pre-

    missa(s).

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    A induo normalmente se contrasta deduo.

    Essencialmente, os raciocnios dedutivos se caracterizam por apre-

    sentar concluses que devem, necessariamente, ser verdadeiras

    caso todas as premissas sejam verdadeiras.

    Possui base racionalista e pressupe que apenas a razo pode con-

    duzir ao conhecimento verdadeiro. Partindo de princpios reconheci-

    dos como verdadeiros e inquestionveis (premissa maior), o pesqui-

    sador estabelece relaes com uma proposio particular (premissa

    menor) para, a partir de raciocnio lgico, chegar verdade daquilo

    que prope (concluso).

    Histria

    O mtodo dedutivo surgiu na Grcia antiga, com o silogismo do fil-

    sofo Aristteles e tambm foi desenvolvido por Descartes, Spinoza e

    Leibniz.

    Entretanto, importante frisar que a deduo (e, consequentemente,

    o mtodo dedutivo) no oferece conhecimento novo, uma vez que

    sempre conduz particularidade de uma lei geral previamente co-

    nhecida. A deduo apenas organiza e especifica o conhecimento

    que j se possui. Ela tem como ponto de partida o plano do inteligvel

    (ou seja: da verdade geral, j estabelecida) e converge para um ponto

    interior deste plano.

    Na literatura

    O mtodo dedutivo se tornou popular principalmente com as publica-

    es das obras de Sir Arthur Conan Doyle, criador do clebre Sher-

    lock Holmes. Doyle demonstrou que toda deduo lgica, uma vez

    explicada, torna-se infantil, pois a concluso provoca espanto e ad-

    mirao apenas enquanto os passos de seu desenvolvimento inves-

    tigativo ainda so desconhecidos.

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    Aplicaes

    Processos similares aos do mtodo dedutivo so amplamente em-

    pregados na criminalstica forense, porm amparados pela metodo-

    logia da abduo e da induo, que so outras modalidades de raci-

    ocnio lgico.

    Exemplos

    Todo vertebrado possui vrtebras. Todos os cavalos so vertebra-

    dos. Logo, todos os cavalos tm vrtebras.

    Todo metal conduz eletricidade. O mercrio um metal. Logo, o mer-

    crio conduz eletricidade.

    Nos exemplos apresentados, as duas premissas so verdadeiras,

    portanto a concluso verdadeira.

    Sofismas

    Ao constituir uma observao lgica Aristotlica, deve-se tomar cui-

    dado com o sofismo. Sofismo um raciocnio falso, mas com apa-

    rncia lgica. Exemplo:

    As galinhas tm dois ps, homens tem dois ps, logo homens so

    galinhas.

    Os nazistas eram nacionalistas, norte-americanos so nacionalistas,

    logo norte-americanos so nazistas.

    Mtodo indutivo

    Mtodo indutivo, ou induo, o raciocnio que, aps considerar um

    nmero suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral.

    A induo, ao contrrio da deduo, parte da experincia sensvel,

    dos dados particulares Prprio das cincias naturais tambm apa-

    rece na Matemtica atravs da Estatstica. Utilizando como exemplo

    a enumerao, trata-se de um raciocnio indutivo baseado na conta-

    gem. importante que a enumerao de dados (que correspondem

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    s experincias feitas) seja suficiente para permitir a passagem do

    particular para o geral. Entretanto, a induo tambm pressupe a

    probabilidade, isto , j que tantos se comportam de tal forma,

    muito provvel que todos se comportem assim.

    Em funo desse salto, h maior possibilidade de erro nos racioc-

    nios indutivos, uma vez que basta encontrarmos uma exceo para

    invalidar a regra geral. Por outro lado, esse mesmo salto em dire-

    o ao provvel que torna possvel a descoberta, a proposta de no-

    vos modos de compreender o mundo. Por isso, a induo o tipo de

    raciocnio mais usado em cincias experimentais.

    Exemplos

    Exemplo 1

    Retirando uma amostra de um saco de arroz, observa-se que apro-

    ximadamente 80% dos gros so do tipo extrafino. Conclui-se, ento,

    que o saco de arroz do tipo extrafino.

    Exemplo 2

    A pesquisa eleitoral outro exemplo do raciocnio indutivo. Atravs

    da amostragem de eleitores realiza-se a pesquisa que ir ser utili-

    zada para encontrara a porcentagem/percentual de votos de cada um

    dos candidatos.

    claro que a validade dos resultados depende da representatividade

    da amostra e o mtodo estatstico sua base de sustentao. No

    exemplo 1 podemos ao retirar 1 gro de arroz constatar que ele no

    se encaixa nos padres definidos para o tipo extrafino e a pesquisa

    eleitoral pode prever como ganhador o candidato errado, embora

    possamos retirar um gro de arroz que se encaixe nos padres e

    acertar o resultado da eleio.

    As concluses obtidas por meio da induo correspondem a uma ver-

    dade no contida nas premissas consideradas, diferentemente do

    que ocorre com a deduo. Assim, se por meio da deduo chega-

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    se a concluses verdadeiras, j que baseada em premissas igual-

    mente verdadeiras, por meio da induo chega-se a concluses que

    so apenas provveis.

    Comparando o mtodo dedutivo e o indutivo, conclumos que en-

    quanto o pensamento dedutivo leva a concluses inquestionveis,

    porm j contidas nas hipteses, o raciocnio indutivo leva a conclu-

    ses provveis, porm mais gerais do que o contedo das hipteses.

    Silogismo

    extrado de duas premissas: uma premissa maior e outra premissa

    menor. A primeira a universal, a mais abrangente; a segunda tem

    o foco reduzido, mais particular se comparada com a primeira que

    genrica e universalista.

    Comparando-se as duas premissas temos um outro elemento: a con-

    cluso.

    Para que voc entenda esse tipo de raciocnio, utilizado pelos filso-

    fos desde os pr-socrticos at os de hoje em dia, daremos aqui al-

    guns exemplos:

    Exemplo mais clssico que conhecemos este

    -Todo homem mortal; (premissa maior)

    Scrates homem; (premissa menor)

    Logo, Scrates mortal. (Concluso)

    Anttese uma figura de linguagem que pode ser explicada por

    uma associao/aproximao de palavras ou expresses que repre-

    sentem ideias opostas. Foi muito utilizada durante a poca barroca,

    cuja produo ficou conhecida como arte do conflito.

    No confunda anttese com paradoxo, que muito mais que o uso

    conjunto de ideias contrrias; no paradoxo, a ideia passada foge da

    realidade e no tem lgica se no a potica. Por exemplo:

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    Anttese: Aqui o cu, l o inferno.

    Paradoxo: O inferno o cu.

    Lista de antteses atravs de palavras:

    Morto e vivo

    Feliz e triste

    Amor e dio

    Preto e branco

    Grande e pequeno

    Sim e no

    Claro e escuro

    Jovem e idoso

    Agora e depois

    Rico e pobre

    Dormir e acordar

    Ir e voltar

    Formal e informal

    Ligar e desligar

    Dia e noite

    Sol e lua

    Doce e salgado

    Bonito e feio

    Novo e velho

    Cheio e vazio

    Incio e fim

    Passado e futuro

    Caro e barato

    Lembrar e esquecer

    Viver e morrer

    Digital e analgico

    Comear e terminar

    Querer e desprezar

    No entanto, no pode-se esquecer que existe tambm antteses

    atravs de ideias contrrias, o que torna mais difcil percebe-la. An-

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    dar de carro pode se opor ao andar p. Bondade pode formar an-

    ttese com a palavra maldade, mas tambm com palavras que re-

    presentam seu oposto, como amargo, num contexto em que bon-

    dade doce; escurido, se bondade claridade; sujeira, se com-

    paro bondade com limpeza, etc

    A anttese um dos termos da dialtica, de Hegel. O mtodo dia-

    ltico compe-se de trs termos:

    A tese, que uma afirmao, a anttese, que a negao da

    tese/afirmao contrria, e a sntese, que, como o prprio nome in-

    dica, concilia as duas primeiras ideias em um meio-termo. A sntese

    supera a tese e a anttese (portanto, algo de natureza diferente),

    ao mesmo tempo em que conserva elementos das duas. E, na se-

    quncia, d origem a uma nova tese, que inicia novamente o ciclo.

    Exemplo:

    Tese: Hoje vai cair uma tempestade.

    Anttese: Hoje vai fazer um caloro.

    Sntese: Hoje o dia ser quente, porm nublado.

    Nova tese: Hoje o dia ser quente e nublado e chover a tarde.

    E inicia-se uma nova discusso

    Agora que voc conheceu mais sobre as formas de raciocnios

    utilizadas pelos filsofos, deve colocar em prtica imediatamente o

    eu aprendeu; daqui por diante ao se deparar com situaes no dia a

    dia que necessitam de uma soluo, antes de decidir, avalie a situa-

    o de forma crtica, utilize os mtodos dedutivo e indutivo e cheque

    at um silogismo, aplique os conceitos de tese, anttese e sntese,

    voc observar que as suas decises acertadas sobre todas as situ-

    aes sero bem maior do que eram at ento e observar tambm

    que passar a errar menos quanto tomar decises. Essa frmula sim-

    ples de solucionar questes prticas da vida um grande segredo

    utilizado pelos filsofos, pelos homens de negcios bem sucedidos,

    pelos rosacruzes e pelos maons no mundo todo. Pense nisso, voc

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    agora est de posse de uma ferramenta fantstica para soluo de

    problemas, utilize-a a seu favor e comece a dominar o seu destino.

    Com os melhores votos de Paz Profunda,

    Sincera e fraternalmente

    O MESTRE DE SUA CLASSE

    NOTA - O smbolo que aparece logo abaixo em sua

    monografia um smbolo rosacruz muito antigo, En-

    contramo-lo em manuscritos de nossa Ordem, alguns dos quais tm

    vrios sculos e muitos dos quais esto escritos mo e em diversas

    lnguas. o smbolo da letra grega Phi portanto da palavra filosofia

    e filsofo. Esse smbolo e o que representa tradicionalmente a seo

    em que voc se encontra como Postulante da SRIA, Cada vez que

    voc mudar de seo e de Grau, um outro smbolo lhe ser revelado.

    Encerre agora seu perodo de Sanctum, revise todo este estudo en-

    quanto aguarda a prxima apostila.

    Palavras finais

    Nessa monografia preocupamo-nos em estudar o que e como

    montar o seu Sanctum do Lar. Mostramos exerccios e estra-

    tgias para ajud-lo a experimentar o seu raciocnio. Isso exa-

    tamente o que ele , uma experincia baseada no acmulo de

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    sua prpria vivncia, sua prpria vida. Como tal, nico e sig-

    nificativo para cada um de ns. Seu sistema de raciocnio lgico

    permite tomar decises acertadas, principalmente se estiver

    amparado por sua intuio, sendo certo que um no exclui a

    outra. Dessa forma voc estar apto a aplicar a intuio em

    conjunto com o raciocnio lgico sua vida diria.

    Ao final desta lio esperamos que o aluno tenha compreendido bem

    o texto, aconselhamos que releia e anote as dvidas. Caso elas ainda

    persistam recomendamos que entre em contato com o Mestre da

    vossa classe para que ele possa ajud-lo. Na prxima apostila, que

    a segunda do Ciclo Dois Grau Adeptus Minor , aprender como

    visualizar e acessar o Sanctum Celestial e enfim adentrar aquilo

    que ns rosacruzes chamamos de Manso das Almas e poder se

    juntar aos milhares (talvez milhes) de mentes rosacruzes que para

    l tambm se direcionam.

    Com os Votos de Paz Profunda!

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    FIM DA APOSTILA QUATRO DO GRAU DE PHILOSUPHUS

    NA PRXIMA APOSTILA DO CICLO DOIS: ADEPTUS MINOR

    Questes da apostila quatro

    Marque se o texto abaixo est certo ou errado

    1. Nas Cartas e nos e-mails, os rosacruzes sempre comeam

    saudando aos irmos da seguinte forma: Saudaes nas

    Trs Pontas do Sagrado Tringulo e ao final, no encerra-

    mento do documento: votos de Paz Profunda.

    ( ) certo ( ) errado

    2. Salutem Punctis Trianguli a saudao rosacruz mais uti-

    lizada nas correspondncias. ( ) certo ( ) errado

    3. O Philosuphus se identifica acrescentando em sua assina-

    tura o smbolo alfa a primeira letra do alfabeto grego que

    se assemelha a nossa letra a. Os gregos utilizavam a ex-

    presso do alfha ao mega ( ) para simbolizar o incio e

    o fim de todas as coisas. ( ) certo ( ) errado

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    4. No Grau Trs Praticus mudamos essa recomendao ori-

    entando que seu estudo seja sempre s 5. Feiras e expli-

    cando o motivo desse dia ser escolhido como o dia dedicado

    aos estudos rosacruzes no mundo todo. Vamos recordar um

    pouco sobre a quinta-feira: Por que a quinta-feira? Simples-

    mente porque, segundo a tradio de nossa Ordem a pri-

    meira convocao do primeiro Conselho Supremo da Rosa-

    Cruz ocorreu no templo de Karnak, no Egito, durante o rei-

    nado do fara Tutms III, numa noite de quinta-feira.

    ( ) certo ( ) errado

    5. Seguindo a figura abaixo o aluno poder observar a correta

    montagem e disposio do local que servir como Sanctum;

    importante observar a no obrigatoriedade de seguir os

    pontos cardeais verdadeiros (Norte, Sul, Leste e Oeste),

    mas compreender que o local onde estar a mesa do Sanc-

    tum ser sempre o lado do Oriente ou do Leste, lembre-se

    desta frase: A Luz que vem do Leste;

    ( ) certo ( ) errado

    6. Foi o fundador da Escola Pitagrica, que reunia todas as ar-

    tes como matrias obrigatrias para a educao do ser hu-

    mano. A sua inteno era apresentar todas as instrues

    para que o aluno, conhecendo-as, pudesse optar por qual

    rea do conhecimento humano tinha maior dom ou inclina-

    o. Pitgoras costumava observar seus alunos a ponto de

    definir se eram inspirados (j nasciam com a tendncia para

    certas artes) ou se eram capacitados (aqueles que tinham

    disciplina para aprender o que o dom natural no lhes dera

    desde o nascimento). ( ) certo ( ) errado

    7. Seus iniciados estudavam e acreditavam na metempsi-

    cose como a transmigrao da alma para outro corpo de

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    forma consciente, bem como entendiam ser possvel a re-

    encarnao consciente onde o indivduo deixava este

    mundo levando consigo a conscincia do que estava acon-

    tecendo, guardando todos os seus conhecimentos, conser-

    vando-os no momento de voltar a vida. ( ) certo ( ) er-

    rado

    8. Orfeu se apaixonou perdidamente por Eurdice, a jovem

    mais bela que existia no mundo, porem no dia do casamento

    e antes de se casarem, a noiva morreu subitamente. Orfeu,

    inconformado chorava e tocava sua lira, com uma melodia

    to triste que impressionou os deuses da manso dos mor-

    tos, os quais lhe deram permisso para que entrasse na-

    quela manso e resgatasse Eurdice, com uma condio:

    que no olhasse na face dela at o momento em que esti-

    vessem de volta na manso dos vivos; ( ) certo ( ) er-

    rado

    9. ...descendo ao subterrneo, Orfeu encontrou a sua amada

    e a resgatou, porem descumprindo as ordens recebida,

    olhou por um instante para a bela face dela, naquele mo-

    mento abriu-se um abismo e tragou a jovem para as profun-

    dezas da manso dos mortos e Orfeu nunca mais a viu, per-

    dendo assim, a chance de ter o seu amor de volta por um

    simples descuido de sua parte, descumprindo as ordens dos

    deuses. ( ) certo ( ) errado

    10. Em 399 a.C., a sua atividade e a sua vida foram finaliza-

    das pela condenao morte, sob a acusao de corromper

    os jovens contra a religio e as leis da ptria. Ao se dirigir

    aos atenienses que o julgavam, Scrates disse que lhes era

    grato e que os amava, mas que obedeceria antes ao deus

    do que a eles, pois enquanto tivesse um sopro de vida, po-

    deriam estar seguros de que no deixaria de filosofar, tendo

    como sua nica preocupao andar pelas ruas, a fim de per-

    suadir seus concidados, moos e velhos, a no se preocu-

    par nem com o corpo nem com a fortuna, to apaixonada-

    mente quanto a alma, a fim de torn-la to boa quanto pos-

    svel. ( ) certo ( ) errado

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    11. Denunciado, ento, como subversivo, foi condenado

    morte ignominiosa, tendo de beber a cicuta na priso de Ate-

    nas em fevereiro de 399 a.C. ( ) certo ( ) errado

    12. Para Scrates, a filosofia vem de dentro para fora e sua

    funo despertar o conhecimento, ou seja, o Autoconheci-

    mento, pois a verdade est dentro de cada um. Para conhe-

    cer a si mesmo preciso conhecer o outro. A alma do outro

    como se fosse o espelho da prpria alma. Por meio da

    comparao com o olho, Plato utiliza o mtodo indireto da

    auto-observao (mtodo da introspeco.)

    ( ) certo ( ) errado

    13. O mtodo dedutivo surgiu na Grcia antiga, com o silo-

    gismo do filsofo Aristteles e tambm foi desenvolvido por

    Descartes, Spinoza e Leibniz. ( ) certo ( ) errado

    14. Ao constituir uma observao lgica Aristotlica, deve-se

    tomar cuidado com o sofismo. Sofismo um raciocnio falso,

    mas com aparncia lgica. Exemplo:

    As galinhas tm dois ps, homens tem dois ps, logo homens so

    galinhas. Os nazistas eram nacionalistas, norte-americanos so na-

    cionalistas, logo norte-americanos so nazistas.

    ( ) certo ( ) errado

    Fim das Questes da Apostila Quatro

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    Observao sobre o questionrio: 1. Se voc recebeu o seu curso em for-

    mato Arquivo PDF, ter recebido um anexo em Word contendo estas mes-

    mas questes, responda no Word e envie atravs de e-mail para secreta-

    [email protected] 2. Se recebeu o curso no formato impresso, note que

    dever fazer uma cpia da pgina de questes respondida e enviar pelo

    correio para a secretaria do IBEMAC. 3. Sem as respostas no possvel

    obter o Certificado de Concluso do Curso.

    Direitos autorais: proibido qualquer forma de reproduo desta obra sem

    autorizao expressa do autor. Os direitos autorais desta edio foram

    transferidos legalmente para o Instituto Brasileiro de Estudos Manicos

    em conformidade com a Lei de Direitos Autorais. Registro na Fundao Bi-

    blioteca Nacional.

    INFORME PUBLICITRIO: Os objetos e vestes utilizados pelos Rosacruzes

    podem ser encontrados no IBEMAC que os comercializa legalmente den-

    tro do Brasil. Caso tenha interesse em algum objeto (anel, cruz rosacruz

    para lapela ou mesa, avental e faixa do grau, castial para velas etc.) entre

    em contato com a [email protected]