o lÚdico como facilitador no ensino-aprendizagem de genÉtica · respeito à área da genética...

39
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CAMPUS PATOS JOSÉ ELINALDO DA SILVA OLIVEIRA O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA Patos, PB 2016

Upload: vuongduong

Post on 08-Nov-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CAMPUS PATOS

JOSÉ ELINALDO DA SILVA OLIVEIRA

O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM

DE GENÉTICA

Patos, PB

2016

Page 2: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

JOSÉ ELINALDO DA SILVA OLIVEIRA

O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM

DE GENÉTICA

Trabalho de conclusão de curso, apresentado à

Unidade acadêmica de Ciências Biológicas da

Universidade Federal de Campina Grande,

Campus Patos PB, como requisito para

obtenção do grau de Licenciado em Ciências

Biológicas.

ORIENTADORA: Profa. Dra. MERILANE DA SILVA CALIXTO

Patos, PB

2016

Page 3: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG

O944l

Oliveira, José Elinaldo da Silva

O lúdico como facilitador no ensino-aprendizagem de genética / José Elinaldo da Silva. – Patos, 2016. 37f.: il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas) – Universidade

Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2016.

"Orientação: Profa. Dra. Merilane da Silva Calixto”

Referências.

1. Auxílio. 2. Alternativas. 3. Metodologia tradicional. I. Título.

CDU 37: 664

Page 4: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

JOSÉ ELINALDO DA SILVA OLIVEIRA

Page 5: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

A Educação qualquer que seja ela, é sempre

uma teoria do conhecimento posta em

prática.

Paulo Freire

Page 6: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter me proporcionado forças para

ter chegado onde cheguei apesar de inúmeras dificuldades.

À minha orientadora Merilane Calixto por ter me acolhido de braços abertos para

esse projeto, sempre me ajudando atenciosamente.

À minha família que sempre esteve ao meu lado me dando forças e me apoiando,

aos meus amigos que foram importantes na minha trajetória acadêmica e fora dela em

especial aos meus amigos Maria Aparecida Felix, Giselly Campos, Rafael Medeiros,

Larrissa Araújo, Euda Anatielly e Davi Ajemiro.

Agradecer a todos que compõem a Escola Estadual Francisco Romano da Silveira

pelo ótimo acolhimento durante meu projeto.

Em especial, em memória de minha mãe Maria Ana, agradecer por tudo que ela

me ensinou e dizer que tudo o que conquistei foi graças a ela que sempre me ensinou a

nunca desistir dos meus sonhos.

Page 7: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

RESUMO

Materiais didáticos são ferramentas fundamentais no processo de ensino-aprendizagem,

sendo o jogo didático uma importante alternativa por favorecer a construção do

conhecimento do aluno. Por tanto, o objetivo deste trabalho foi aplicar jogos lúdicos, em

sala de aula, como estratégia facilitadora no ensino-aprendizagem de Genética a fim de

apresentar o conteúdo da aula de forma dinâmica e prática, evitando uma aula tradicional,

muitas vezes exaustiva e monótona, devido o conteúdo de Genética ser considerado

difícil. O trabalho foi desenvolvido na Escola Francisco Romano da Silveira, da Rede

Estadual de Ensino, no Município de Mãe D´água, Paraíba. A amostra utilizada foi de 32

alunos do terceiro ano do Ensino Médio, que responderam um mesmo questionário

durante uma oficina pedagógica, explorando os conceitos já vistos em sala pelos

professores, para uma análise comparativa dos dados através de abordagem quantitativa.

Foi realizada uma oficina “Genética na Escola”, onde foram aplicados dois jogos,

respectivamente: O bingo das Ervilhas (1ª lei de Mendel) e o segundo: Construindo

Heredogramas. Nos resultados da aplicação do primeiro jogo, percebeu-se um aumento

significado no número de acertos, de 27,8% para 82,8%, com índice bastante elevado no

declínio da taxa de erros (55%). Na aplicação do segundo jogo, os resultados também

mostraram um elevado percentual de acertos ao comparar o pré e pós-testes, aumentando

de 18,8% para 91,4%, com uma diminuição no número de erros de 12,5%. Já nos

questionários sem respostas antes do jogo houve um declínio bastante significativo, de

43,8% para 0% após o jogo. Os resultados mostram que após a aplicação dos jogos houve

um elevado aumento percentual de acertos e redução de erros. Os resultados obtidos

indicam uma melhoria na fixação de conteúdos e um melhor aprendizado dos alunos com

a aplicação de jogos didáticos, comparando os percentuais obtidos nos pré e pós-testes.

Dessa forma, é notório que metodologias alternativas, como jogos lúdicos, são

facilitadores no processo ensino-aprendizagem, permitindo aos alunos o alcance do

conhecimento de forma efetiva, prazerosa e eficaz, potencializando a aprendizagem e

gerando condições que ampliam a construção de conhecimentos. Além de ter um caráter

motivacional, o lúdico pode ser utilizado até mesmo em escolas que não possuam uma

infraestrutura completa, ou seja, sem laboratórios e/ou com um baixo custo financeiro.

Palavras-chave: auxílio; alternativas; metodologia tradicional.

Page 8: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

ABSTRACT

Teaching materials are critical tools in the teaching-learning process, and the didactic

play an important alternative for enabling the construction of the student's knowledge.

Therefore, the objective of this study was to apply educational games in the classroom, as

a facilitator strategy in the teaching of genetics in order to present the contents of the

class dynamic and practical way, avoiding a traditional classroom, often exhausting and

monotonous because the genetic content be considered difficult. The study was conducted

at the School Romano Francisco da Silveira, the State Schools in the Municipality of

Mother D'água, Paraíba. The sample was 32 students of the third year of high school,

which answered the same questionnaire during an educational workshop, exploring the

concepts already seen in the classroom by teachers, for a comparative analysis of the

data using a quantitative approach. a 'Genetics in the School "workshop, where they

were applied was carried out two games, respectively: Bingo of peas (1st Mendel's law)

and the second: Building Genetic maps. The results of applying the first game, it was

noticed an increase in significance in the number of hits, from 27.8% to 82.8%, with very

high rates in declining error rate (55%). In application of the second game, the results

also showed a high percentage of success when comparing the pre- and post-tests,

increasing from 18.8% to 91.4%, with a decrease in the number of errors of 12.5%.

Already in the questionnaires unanswered before the game there was a fairly significant

decline, from 43.8% to 0% after the game. The results show that after the application of

the games there was a high percentage increase of trial and error reduction. The results

indicate an improvement in securing content and better student learning with the use of

educational games, comparing the percentages obtained in the pre and post-tests. Thus,

it is clear that alternative methods, such as educational games, are facilitators in the

teaching-learning, allowing students to the scope of knowledge of effective, enjoyable

and effective way, enhancing learning and creating conditions that enhance the

development of knowledge. Besides having a motivational character, the playfulness can

be used even in schools that do not have a complete infrastructure, ie without

laboratories and / or low financial cost.

Keywords: aid; alternative; traditional methodology.

.

Page 9: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Modelo da cartela do bingo das ervilhas e os genótipos a serem utilizados

durante o jogo. Fonte: Ferreira e colaboradores, (2010)....................................................13

Figura 2: Jogo: Construindo heredogramas. A figura representa a construção de três

heredogramas com indivíduos afetados para surdez, albinismo e polidactilia. Foto: Autor

(2016).................................................................................................................................14

Page 10: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Conteúdos abordados pelas questões dos testes de cada jogo. Fonte: Autor

(2016).................................................................................................................................15

Tabela 2– Frequência relativa das respostas para pré e pós-teste do jogo O bingo das

ervilhas..............................................................................................................................17

Tabela 3 – Frequência relativa do pré e pós- teste do jogo de Heredogramas..................17

Page 11: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

SUMÁRIO

1. Introdução..................................................................................................................................10

2. Metodologia...............................................................................................................................11

2.1. Local de estudo........................................................................................................................11

2.2. A seleção dos jogos..................................................................................................................12

2.3. Confecção.................................................................................................................................12

2.3.1. O bingo das ervilhas..............................................................................................................12

2.3.2. Construindo heredogramas...................................................................................................13

2.4. Como jogar...............................................................................................................................13

2.4.1. O bingo das ervilhas.............................................................................................................13

2.4.2. Construindo heredogramas...................................................................................................14

2.5. Teste dos jogos........................................................................................................................14

2.6 Elaboração de questionários.....................................................................................................15

2.7 Aplicação dos questionários.....................................................................................................16

3. Resultados e Discussâo..............................................................................................................16

4. Conclusão...................................................................................................................................19

5 Agradecimentos..........................................................................................................................20

6 Referências bibliográficas.........................................................................................................20

7 Anexos.........................................................................................................................................22

Anexo A - Fotografias da aplicação dos jogos..............................................................................23

Anexo B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido............................................................24

Anexo C - Questionários................................................................................................................26

Anexo D- Normas da Revista.........................................................................................................30

Page 12: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

10

1. Introdução

O ensino-aprendizagem nas escolas públicas brasileiras vem se modernizando

cada vez mais para possibilitar um melhor aprendizado por parte dos alunos. No que diz

respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante

atenção, pois a mesma apresenta um vocabulário científico, o qual dificulta ainda mais a

aprendizagem do alunado na fixação de conteúdo, sendo uma ciência que envolve vários

conceitos, sendo essencial que no Ensino Médio os fundamentos desta sejam bem fixados

(Salim, 2007).

Dessa forma, o ensino de Genética tem contribuição na formação de alunos,

estimulando o pensamento crítico, como futuros cidadãos, que possam

compreender os fundamentos científico-tecnológicos criando opiniões

próprias, sendo capazes de solucionar problemas impostos, tanto na vida

pessoal ou profissional, na medida em que proporciona situações nas quais

possam construir modelos, fazer explicações do mundo natural e

desenvolver a capacidade de escolher entre distintas opções ou explicações

(Zohar & Nemet, 2002).

A maioria das pesquisas recentes na área de Ensino de Genética parte da

identificação de tais problemas, na tentativa de propor metodologias diferenciadas para o

processo de ensino-aprendizagem (Baker & Lawson, 2001; Ayuso & Banet, 2002).

Com isso, é importante uma organização de temas e conteúdos com estratégias

metodológicas para facilitar o aprendizado do corpo discente no que diz respeito tanto à

genética como em outras áreas da biologia, como por exemplo, a utilização de práticas

pedagógicas, a qual facilita de forma benéfica e eficaz o aprendizado dos mesmos, os

tornando seres pensantes e críticos tanto na vida acadêmica como também na pessoal.

De acordo com Gardner (1985), teoria das inteligências múltiplas, cada aluno tem

uma forma individual de aprendizagem e cabe ao professor buscar alternativas distintas

que atendam às individualidades de cada um, fazendo com que desenvolvam suas

competências e habilidades cognitivas. O professor deve auxiliar seus alunos na

formulação e releitura de conceitos instigando o conhecimento prévio de cada um,

introduzindo a matéria e fazendo uso de recursos didáticos para facilitar a compreensão e

absorção do conteúdo pelos alunos (Pozo, 1998).

O professor precisa ser um incentivador de conhecimento e fazer com que os

alunos sejam motivados a pensar e a contribuir com seu desenvolvimento, suas

Page 13: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

11

habilidades e competências, e não somente ser aquele transmissor de informações que faz

de seus alunos meros espectadores. Nesse sentido, os professores podem utilizar jogos

didáticos como ferramentas auxiliares na construção dos conhecimentos em qualquer área

de ensino (Cunha, 2012).

O jogo lúdico apresenta-se como uma ferramenta prática na resolução da

problemática contextualizada no ensino, apontada pelos educadores, onde a falta de

estímulo, a ausência de recursos e o uso de aulas repetitivas podem ser resolvidos com

êxito, pois os jogos associam o lúdico e a diversão com o aprendizado (Jann; Leite,

2010).

O jogo permite que o professor observe e conheça não só como cada um está

lidando com o conteúdo educacional objeto do jogo, mas também perceba os aspectos

comportamentais, de liderança, cooperação e ética. Por meio de atividades lúdicas, o

professor pode colaborar com a elaboração de conceitos, reforçar conteúdos, promover a

sociabilidade entre os alunos e trabalhar a criatividade (Brito et al., 2012).

Nos últimos anos, a elaboração e aplicação de jogos no ensino de genética vêm

aumentando, pois possibilitam a maior compreensão dos conceitos, atuando

principalmente na autoconfiança do aluno além de propiciar um aprendizado sólido, não

importando a complexidade do jogo desde que possibilite ao aluno uma maior

competência, habilidade e potencial (Fulan et al., 2014).

Com isso, o presente estudo buscou apresentar aos alunos do Ensino Médio uma

metodologia alternativa de ensino por meio de jogos lúdicos para o ensino de Genética,

com o intuito de estimular o interesse pelo tema, afim de facilitar o processo ensino-

aprendizagem, promovendo uma participação ativa dos educandos e consequentemente

visando uma melhoria na qualidade do ensino.

2. Metodologia

2.1. Local de estudo

Os jogos foram aplicados com o total de 32 alunos matriculados no terceiro ano

médio da Escola Francisco Romano da Silveira, do município de Mãe D´água, localizado

na mesorregião do sertão paraibano. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizada

uma abordagem quantitativa.

Page 14: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

12

2.2. A seleção dos Jogos

A seleção dos jogos foi feita a partir de buscas bibliográficas realizadas em artigos

eletrônicos, trabalhos de conclusão de curso e revistas científicas que abordam o devido

tema. Entretanto, foram escolhidos e confeccionados modelos didáticos para sala de aula

como ferramenta facilitadora para o ensino.

Foram selecionados dois jogos, um bingo com cartelas contendo cruzamentos da

1ª Lei de Mendel, O bingo das ervilhas, e um modelo esquemático representativo

chamado Construindo heredogramas.

O bingo das ervilhas criado por Ferreira e colaboradores (2010), trabalha com

conceitos básicos da Genética e 1ª Lei de Mendel. Para a montagem de heredogramas os

assuntos específicos dão enfoque às concepções pré-mendelianas e às leis de Mendel.

2.3. Confecção

A seleção dos jogos foi feita por meio de trabalhos que apresentam roteiros para

sua montagem passo a passo, a confecção dos mesmos foi realizada com algumas

adaptações. Utilizou-se materiais acessíveis de baixo custo para sua elaboração,

mostrando praticidade na construção dos jogos e favorecendo seu uso ao serem aplicados

nas escolas, uma vez que não necessitam de materiais relevantes e de altos investimentos

financeiros.

2.3.1. O bingo das ervilhas

Nessa confecção usou-se material impresso, tanto os genótipos a serem sorteados

pelo ministrante do jogo como as cartelas com desenhos coloridos das ervilhas para

correlação com os genótipos de cada cruzamento. Depois, as cartelas foram recortadas

para uso individual do aluno durante o jogo.

Page 15: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

13

2.3.2. Construindo heredogramas

Nesse jogo foram feitos quatro kits, onde as peças foram feitas de acetato-vinilo

de etileno (E.V.A), representando os símbolos que são alfinetados em painéis de isopor,

para representação dos cruzamentos. A confecção de kits possibilitou que vários grupos

jogassem simultaneamente.

2.4. Como jogar

2.4.1. O bingo das ervilhas

Os genótipos foram recortados e colocados dentro de um envelope, e

posteriormente retirados e anunciados para que cada jogador que recebeu uma cartela

fizesse o cruzamento e marcasse em sua cartela os fenótipos com as figuras coloridas

(Figura 1). O jogador que preencheu os 12 fenótipos da cartela avisou e neste instante o

mediador interrompeu o bingo para conferir a cartela, anunciando se de fato o jogador

havia ganho o jogo de bingo.

Figura 1: Modelo da cartela do bingo das ervilhas e os genótipos a serem utilizados

durante o jogo. Fonte: Ferreira e colaboradores, (2010).

Page 16: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

14

2.4.2. Construindo heredogramas

Esse jogo é simples e objetivo, para cada painel de isopor foi formado um grupo

de alunos com a tarefa de montar três heredogramas à partir das situações-problema e,

além disso, indicar as gerações e genótipo dos indivíduos (Figura 2).

O jogo teve início em um mesmo momento para todos os grupos e o tempo foi

cronometrado, vencendo o grupo que concluiu em menos tempo e de forma correta os

três heredogramas propostos.

2.5.Testes dos Jogos

Os jogos foram confeccionados e em seguida foi feito o teste para verificação e

demonstração da praticidade e simplicidade de cada um, cronometrando sempre o tempo

durante a sua aplicação, que foi ajustado para realização na escola.

Figura 2: Jogo: Construindo heredogramas. A figura representa a construção de três

heredogramas com indivíduos afetados para surdez, albinismo e polidactilia. Foto:

Autor (2016).

Page 17: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

15

O bingo das ervilhas é um jogo onde os participantes contam com a sorte de

saírem todos os genótipos cujos fenótipos estão presentes em suas cartelas para marcação

correta e assim concluir com êxito em torno de 15 a 20 minutos.

No jogo construindo heredogramas, cerca de 20 a 25 minutos é o suficiente para

que se conclua uma rodada, mas trata-se de um jogo que requer um entendimento sobre

os símbolos e como montá-los ordenadamente, dessa forma, através da simbologia se tem

a compreensão de como as características genéticas são transmitidas dentro de uma

família e identificação de possíveis genótipos, uma etapa em que se tem um gasto maior

de tempo, para que só assim se possa concluir o jogo.

2.6. Elaboração de Questionários

Foram elaborados questionários com os conteúdos específicos abordados nas

aulas e que estão contidos nos jogos. Estes foram desenvolvidos para serem usados com

os alunos participantes a fim de verificar a eficiência da aplicação do lúdico no ensino de

genética.

Em cada jogo (Tabela 1), os questionários foram concluídos da seguinte forma:

dez questões para o jogo do bingo, ambos com perguntas objetivas e discursivas e, cinco

para o jogo heredograma, sendo uma objetiva e quatro discursivas, das quais duas

discursivas apresentavam subitens a serem respondidos, como por exemplo, as

simbologias ou interpretação de genealogias.

Testes Assuntos abordados

O bingo das ervilhas (1ª Lei de Mendel) Conceitos básicos da genética e 1ª Lei de

Mendel.

Construindo heredogramas As concepções sobre hereditariedade:

concepções pré-mendelianas e as leis de

Mendel.

Tabela 1 - Conteúdos abordados pelas questões dos testes de cada jogo. Fonte: Autor

(2016).

Page 18: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

16

2.7. Aplicações dos Jogos

Num primeiro momento, os questionários preparados para cada jogo a ser

trabalhado foram respondidos pelos alunos, em um tempo pré-estabelecido, cerca de 20

minutos, explorando os conceitos já vistos em sala pelos professores regentes das turmas.

Em seguida, iniciou-se a oficina onde os alunos puderam jogar os dois jogos

apresentados, O bingo das ervilhas (1ª Lei de Mendel) e Construindo heredogramas.

No bingo das ervilhas foram trabalhados conceitos iniciais da genética como

genótipo, fenótipo, homozigose, heterozigose, entre outros, motivando os participantes a

fazerem os cruzamentos para que pudessem relacionar os genótipos das ervilhas com seus

respectivos fenótipos, realizando a dinâmica do jogo, fixando e melhorando a absorção

desses conceitos e do conteúdo da 1ª Lei de Mendel. Na construção de heredogramas, os

estudantes, em grupos, deveriam interpretar situações-problema e montar as genealogias,

vencendo a equipe que obtivesse êxito em menor tempo, possibilitando o

desenvolvimento de maior capacidade de interpretação de heredogramas, fixação das

simbologias usadas e entendimento da funcionalidade de caracteres hereditários.

Para finalizar, após a aplicação dessa ferramenta didática os estudantes

responderam novamente os mesmos testes aplicados anteriormente, referentes a cada

jogo para análise comparativa dos dados verificando o resultado da intervenção do

instrumento lúdico.

3. Resultados e Discussão

Os resultados mostram que após a aplicação dos jogos houve um aumento no

percentual de acertos, com consequente redução de erros, ainda tendo questões onde os

alunos não responderam por não saber ou até mesmo por não quererem responder.

Nos resultados do primeiro jogo aplicado, O bingo das ervilhas, percebe-se que

houve um aumento significado no número de acertos, de 27,8% para 82,8%, onde houve

um índice bastante elevado no declínio da taxa de erros sendo o mesmo de 55% (Tabela

2).

Page 19: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

17

Conhecimento Classificação das respostas

C E SR

Antes 27,8 37,8 34,4

Depois 82,8 16,8 0,4

C – Certa; E - Errada; SR – Sem resposta.

Tabela 2 - Frequência relativa das respostas para pré e pós-teste do jogo O bingo

das ervilhas.

Os testes analisados anteriormente à atividade lúdica mostram que havia uma

confusão, onde os conceitos de genótipo e fenótipo eram confundidos, assim como

também sobre definição de gene recessivo e dominante, e também em interpretações de

cruzamentos. Reforçando que o jogo “O Bingo das Ervilhas” tem um papel crucial no

que diz respeito a uma aula expositiva prática, facilitando a memorização do aluno, bem

como o raciocínio rápido que os mesmos terão dos cruzamentos (Ferreira et al., 2010).

“O Bingo das Ervilhas” foi trabalhado de forma similar no trabalho de Ferreira et

al. (2010), que relatam que esse jogo tem um papel crucial no que diz respeito a uma aula

expositiva prática, por facilitar a memorização do aluno, bem como o raciocínio rápido

que os mesmos terão na realização dos cruzamentos.

Na montagem e interpretação de heredogramas de forma lúdica presente no jogo

Construindo heredogramas, onde são reforçadas concepções de hereditariedade, os

resultados mostram que o percentual de acertos também foi elevado em comparação ao

pré e pós-testes, aumentando de 18,8% para 91,4%, com uma diferença no percentual de

acertos em 72,6% relacionado o pré ao pós-teste. Após o jogo, as questões sem respostas

antes do jogo tiveram um declínio bastante significativo, indo de 43,8% para 0% de

questões sem respostas após o jogo (Tabela 3).

Conhecimento Classificação das Respostas

C E CP SR

Antes 18,8 17,9 19,5 43,8

Depois 91,8 5,4 3,2 0

C – Certa; E - Errada; CP - Certa em parte; SR – Sem resposta.

Tabela 3 – Frequência relativa do pré e pós-teste do jogo de Heredogramas.

Page 20: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

18

No contexto, foi observada uma eficiência no processo de ensino aprendizagem

através da aplicação do jogo ao se comparar o antes e o depois. Esse jogo mostrou uma

participação interessante por parte dos alunos, onde os mesmos obtiveram uma melhor

compreensão sobre o processo de hereditariedade, e manipulavam os genótipos de

indivíduos afetados com alguma anomalia, caracterizando como são passadas as

características dos pais paras seus filhos.

Os resultados do pós-teste apresentados, mostraram que houve uma melhoria na

fixação de conteúdos e um melhor aprendizado com a aplicação dos jogos didáticos

comparando percentuais apresentados pelo pré-teste. Na realização das atividades notou-

se o entusiasmo dos alunos que foram motivados pelo espírito de competição que o jogo

apresenta, levando à atenção e à concentração durante a competição. Além disso,

estimulou o trabalho em equipe e a interação do grupo de forma espontânea durante a

aplicação do lúdico.

Assim, a participação espontânea e o interesse de cada um pela atividade realizada

mostram que ferramentas alternativas, como os jogos didáticos têm a tendência de

motivar o aluno, além de auxiliar no desenvolvimento da cooperação, da socialização e

das relações afetivas (Pedroso, 2009).

Embora eficiente no processo de ensino-aprendizagem, a prática da utilização de

jogos didáticos em sala de aula ainda é pouco utilizada. Em um trabalho desenvolvido

por Neves et al. (2010), foi observado que 80% dos alunos não têm acesso a essa

metodologia. Os autores utilizaram essa ferramenta, e ao questionar os alunos sobre a

importância da mesma, obtiveram que 90% dos alunos responderam que os jogos

contribuem para o aprendizado.

Apesar da importância da utilização dessa metodologia no ensino da Biologia, os

conteúdos de genética ainda são os mais problematizados para compreensão, uma vez

que envolvem definições abstratas e de difícil visualização como, por exemplo, os genes

de uma célula (Fulan et al., 2014).

Trabalhar conceitos de genética envolve a compreensão de muitos conteúdos

confusos e a correlação entre eles, então o uso de outros recursos se faz necessário para

que se possa entender o tema e torná-lo útil em sua jornada (Temp, 2011). Corroborando

com essa concepção, Nascimento e colaboradores (2012) evidenciam que devido à

atuação das atividades prazerosas no organismo, as atividades lúdicas facilitariam a

Page 21: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

19

aprendizagem por sua própria acepção, pois os mecanismos para os processos de

descoberta são intensificados.

Todavia, os jogos permitem aos alunos o alcanço do conhecimento de forma

efetiva e prazerosa de forma eficaz potencializando a aprendizagem e gerando condições

que ampliam a construção de conhecimentos (Kishimoto, 1999). Além de ter um caráter

motivacional, o lúdico pode ser utilizado até mesmo em escolas que não possuam uma

boa infraestrutura completa, ou seja, sem laboratórios e/ou com um baixo custo

financeiro, como apontado por Vieira et al. (2005).

4. Conclusão

Foi perceptível que os estudantes apresentam dificuldade na compreensão da

genética em alguns conteúdos, isso pode estar relacionado a diversos fatores, como por

exemplo, pela genética ser uma área considerada de difícil compreensão, podendo levar

ao desinteresse dos alunos em relação ao mesmo. Um outro fator é a falta de recursos nas

escolas para a elaboração e manutenção de atividades alternativas, o que leva o professor

a manter-se adaptado de forma exclusiva ao livro e ao quadro.

Os jogos didáticos podem ser considerados como um novo método alternativo

para o ensino, pois o mesmo apresenta formas práticas eficazes no auxílio de ensino-

aprendizagem, fazendo com que os alunos possam usar de forma saudável a imaginação.

Os dados coletados e analisados por meio dos pré e pós-testes, nos mostra que a

utilização do lúdico como metodologia alternativa de ensino pode ser bastante eficiente

no processo de ensino-aprendizagem de genética. Isto reforça e auxilia na fixação dos

conteúdos após terem sido ministrados pelo professor em aula, uma vez que os alunos

podem trabalhar em grupos trocando informações e conhecimentos da área, além de

proporcionar uma discussão entre os mesmos, fazendo com que o aluno se interesse por

novos métodos de ensino de forma a aprimorar seu conhecimento.

Page 22: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

20

5. Agradecimentos

Agradecer a todos que compõem a Escola Estadual Francisco Romano da Silveira

pelo recepção e colaboração na realização do trabalho.

6. Referências Bibliográficas

Ayso, E. & Banet, E. (2002). Alternativas a la enseñanza de la genética en educación

secundaria. Enseñanza de las Ciencias, 20(1):133-157.

Baker, W.P. & Lawson, A.E. (2001). Complex instructional analogies and theoretical

concept acquisition in college genetics. Science Education, 85:665-683.

Brito, L. C; Borges, A.P.A; Borges, C. O; Santos, G; Marciano, E. P; Nunes, S. M.T.

(2012). Avaliação de um minicurso sobre o uso de jogos no ensino. Revista brasileira de

pós-graduação, Brasília, supl. 2, v. 8, p. 589.

Cunha, M.B. Jogos no ensino de química: considerações teóricas para sua utilização em

sala de aula. Química na Escola, v. 34, n.2, p. 92-98, 2012.

Fulan, J.A.; Moraes Cabral, A.; Nogueira, G. G.; Leite, P.R.M.; Garcia, S.N.O. (2014).

Experiências de jogos pedagógicos no ensino de genética: heredograma e aberrações

cromossômicas. Scientia Amazonia, v. 3, n.1, p.5357.

Ferreira, F.E; Celeste, J.L.L; Santos, M.C; Marques, E.C.R; Valadares, B.L.B; Oliveira,

M.S. (2010). “Cruzamentos mendelianos”: O Bingo das Ervilhas. Genética na escola,

v.5, n.1, p. 05-12.

Gardner, H. (1985). Frame of mind. New York, Basic Books Inc.

Jann, P.N; Leite, M.F. (2010). Jogo do DNA: um instrumento pedagógico para o ensino

de ciências e biologia. Ciências & Cognição, v.15, n.1, p.282-293.

Kishimoto, T.M. (1999). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez.

Nascimento, R.M; Neto, N.T.A; Saint’clair, E.M; Calomeni, M.R. (2012). Lúdico como

ferramenta pedagógica no processo ensino aprendizagem. Perspectiva online: Ciências

Biológicas e da Saúde, v.5, n.5, p. 23-30.

Neves, M.A; Araujo, K.C.M; Serejo, M.T.T; Rojas, M.O.I; Oliveira, M.M. (2010).

Influência dos jogos como atividades lúdicas no curso de formação de professores em

Page 23: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

21

Química do IFMA. In: XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) –

Brasília, DF, Brasil.

Pedroso, C.V. (2009). Jogos didáticos no Ensino de Biologia: Uma proposta

metodológica baseada em módulo didático. In: IX Congresso Nacional de Educação-

EDUCER III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia.

Pozo, J.I. (1998). Teorias cognitivas da aprendizagem. 3. ed. Porto Alegre: Artes

médicas, p. 284, 1998.

Salim, D.C.; Akimoto, A.K.; Ribeiro, G.B.L.; Pedrosa, M.A.F.; Klautau G,M.N.;

Oliveiro, S.F. (2007). O baralho como ferramenta no ensino de genética. Genética na

Escola, V. 1, P. 6-9,. Disponível em: <http://www.geneticanaescola.com.br/Ano2vol1.ht

ml>.Acesso em: 09 Julho. 2016.

Temp, D.S. (2011). Facilitando a Aprendizagem de Genética: Uso de Materiais Didáticos

e Análises dos Recursos Presentes em Livros de Biologia. 85 f. Dissertação (Mestrado

em Educação em Ciências) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2011.

Vieira, V.; Bianconi, M. Lucia & Dias, M. (2005). Espaços não-formais de ensino e o

currículo de ciências. Cienc. Cult. [online]. v. 57, n. 4, pp. 21-23. ISSN00096725

Zohar, A.; Nemet, F. (2002). Fostering Students’ Knowledge and Argumentation Skills

Through Dilemmas in Human Genetics. Journal of Reserch in Science Teaching, v. 39, n.

1, p. 35-62.

Page 24: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

22

ANEXOS

Page 25: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

23

ANEXO A - Fotografias da aplicação dos jogos

Page 26: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

24

ANEXO B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CAMPUS DE PATOS

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Convidamos o (a) Sr (a) Diego Camboim da Silva para participar da Pesquisa “O lúdico

como facilitador no ensino-aprendizagem de Genética”, sob a responsabilidade da

pesquisadora Merilane da Silva Calixto, a qual pretende analisar como anda o

conhecimento pelo corpo discente da escola Francisco Romano da Silveira, Mãe D´água,

e com isso proporcionar aos alunos do ensino médio metodologias alternativas de Ensino-

aprendizagem por meio de jogos lúdicos para complementação de conteúdos de Genética.

Sua participação é voluntária e se dará por meio da participação respondendo a um

questionário sobre o tema O lúdico como facilitador no ensino-aprendizagem de genética,

não existindo riscos decorrentes de sua participação na pesquisa. Se você aceitar

participar, estará contribuindo para a mensuração do conhecimento sobre o tema além de

servir como divulgador das informações apresentadas. Se depois de consentir em sua

participação o Sr (a) desistir de continuar participando, tem o direito e a liberdade de

retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, seja antes ou depois da coleta

dos dados, independente do motivo e sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O (a) Sr (a) não

terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração. Os resultados da

pesquisa serão analisados e publicados, mas sua identidade não será divulgada, sendo

guardada em sigilo. Para qualquer outra informação, o (a) Sr (a) poderá entrar em contato

com o pesquisador no endereço Avenida Universitária S/N - Bairro Santa Cecília,

Patos/PB, pelo telefone (83) 3511-3000, ou poderá entrar em contato com o CEP/ HUAC

- Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, Rua: Dr. Carlos Chagas, s/n, São

José, Campina Grande- PB. Telefone: (83) 2101-5545.

Page 27: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

25

Page 28: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

26

ANEXO C - Questionários

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS

Projeto: O lúdico como facilitador no ensino-aprendizagem de Genética

QUESTIONÁRIO - O BINGO DAS ERVILHAS - 1ª LEI DE MENDEL

1. Cruzando-se ervilhas verdes vv com ervilhas amarelas Vv, os descendentes serão:

a) 100% vv, verdes;

b) 100% VV, amarelas;

c) 50% Vv, amarelas; 50% vv, verdes;

d) 25% Vv, amarelas; 50% vv, verdes; 25% VV, amarelas;

e) 25% vv, verdes; 50% Vv, amarelas 25% VV, verdes

2. Se cruzarmos dois gatos, sendo ambos heterozigóticos (Aa), obteremos:

a) Apenas indivíduos Aa;

b) Indivíduos AA e aa, na proporção de 3:1, respectivamente;

c) Indivíduos AA e aa, na proporção de 2:1, respectivamente;

d) Indivíduos AA, Aa e aa, na proporção de 1:2:1, respectivamente

3. Defina genótipo:

4. O que é fenótipo?

a) É o conjunto de características decorrentes da ação do ambiente

b) Influi no genótipo, transmitindo a este as suas características

c) É o conjunto de características decorrentes da ação do genótipo

d) É o conjunto de características de uma espécie

e) É o conjunto de caracteres exteriores de um indivíduo

Page 29: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

27

5. As células de um indivíduo, para um determinado locus, apresentam o mesmo

gene em ambos os cromossomos homólogos. Esse indivíduo é denominado:

a) Hemizigoto b) Heterozigoto c) Heterogamético d) Homozigoto e) Haplóide

6. Dois genes alelos atuam na determinação da cor das sementes de uma planta: A,

dominante, determina a cor púrpura e a, recessivo, determina a cor amarela. A

tabela abaixo apresenta resultados de vários cruzamentos feitos com diversas

linhagens dessa planta:

CRUZAMENTO RESULTADO

I x aa 100% púrpura

II x aa 50% púrpura; 50% amarela

III x aa 100% amarela

IV x Aa 75% púrpura; 25% amarela

Apresentam genótipo Aa as linhagens:

a) I e II b) II e III c) II e IV d) I e IV e) III e IV

7. O que é um gene recessivo?

8. O que é um gene dominante?

9. No milho, um gene produz grãos vermelhos se a espiga for exposta à luz, mas, se

as espigas ficarem cobertas, os grãos permanecem brancos. O fenômeno descrito

ilustra: a) A atuação do meio das mutações;

b) O processo da seleção natural;

c) A influência do ambiente na alteração do genótipo;

d) A interação do genótipo com o meio ambiente;

e) A transmissão dos caracteres adquiridos.

10. Nas ervilhas, a cor vermelha da flor é condicionada por um gene dominante B

e a cor branca, pelo seu alelo recessivo b. Que tipos de gametas produzem as

plantas BB, bb e Bb?

Page 30: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

28

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA

GRANDE CENTRO DE SAÚDE E

TECNOLOGIA RURAL UNIDADE

ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Projeto: O lúdico como facilitador no ensino-aprendizagem de Genética

QUESTIONÁRIO: CONSTRUINDO HEDREDOGRMAS

1. Conceitue cada uma das simbologias abaixo:

○-------------------------------------------- □--------------------------------------------

◊-------------------------------------------- ●---------------------------------------------

■--------------------------------------------- ♦--------------------------------------------

2. Numere no heredograma abaixo as gerações I, II, III e IV e os respectivos

indivíduos:

a) Quantos homens estão representados nessa genealogia?_

b) Quantas mulheres estão representadas?

c) Quantos indivíduos estão aí representados?

d) Quantos afetados?

e) Indique (pelos respectivos números) que casais possuem maior número

de descendentes.

f) Faça uma seta indicando o indivíduo III.6

Page 31: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

29

3. Desenhe um heredograma representando os seguintes dados genéticos:

Um casal normal para visão em cores teve quatro filhos: Três mulheres e um homem, todos

normais, nessa ordem de nascimento. A primeira filha casa-se com um homem normal e têm quatro

crianças, todas normais, sendo duas mulheres um homem e uma mulher, nessa ordem. A segunda filha

casa-se com um homem normal e também tem quatro crianças: uma menina normal, um menino

daltônico, um menino normal e o último daltônico. Os demais filhos do casal ainda não têm

descendentes.

4. Analise o heredograma e assinale a alternativa correta:

a) Nesta família há 3 casais, 7 homens, o indivíduo 5 é tio de 14, 12 é primo de 16, 1 é avô de 10. O

caráter representado em preto é recessivo. Não é possível afirmar o genótipo de 3 pessoas.

b) Nesta família há 3 casais, 7 homens, o indivíduo 5 é tia de 14, 12 é primo de 16, 1 é avó de 10. O

caráter representado em preto é recessivo. Não é possível afirmar o genótipo de 3 pessoas.

c) Nesta família há 3 casais, 7 homens, o indivíduo 5 é tia de 14, 12 é primo de 16, 1 é avô de 10. O

caráter representado em preto é dominante. Não é possível afirmar o genótipo de 3 pessoas.

d) Nesta família há 3 casais, 7 homens, o indivíduo 5 é tia de 14, 12 é primo de 16, 1 é avô de 10. O

caráter representado em preto é recessivo. Não é possível afirmar o genótipo de 5 pessoas.

e) Nesta família há 3 casais, 7 homens, o indivíduo 5 é tia de 14, 12 é primo de 16, 1 é avô de 10. O

caráter representado em preto é recessivo. Não é possível afirmar o genótipo de 3 pessoas.

Page 32: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

30

ANEXO D - Normas da Revista : Ciências e Cognição

Page 33: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

31

Page 34: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

32

Page 35: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

33

Page 36: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

34

Page 37: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

35

Page 38: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

36

Page 39: O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA · respeito à área da genética não é diferente. A genética é uma área que requer bastante atenção, pois a

37