o jornalismo ea informa
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Luciana de Queiroga Bren
o JORNALISMO E A INFORMA<;:AO ON-LINE COMO
APRENDIZAGEM
Curitiba
2005
Luciana de Queiroga Bren
o JORNALISMO E A INFORMAc,;;AO ON-LINE COMO
APRENDIZAGEM
Monografia apresentada ao Curso de P6s-Gradua/t8o em EstratE~gias da Comunicayao, Selorde Ciencias Humanas, da Universidade Tuiuli doParana, como requisito parcial a obtenyao de titulode Especialista.
Orientador: Dr. Marco Antonio Maschio CardozoChaga
Curitiba
2005[CONSULTA I
INTERN"\
ISETORIAl BIiHIGUI
Luciana de Queiroga Bren
o JORNALISMO E A INFORMA(:Ao ON-LINE COMO
APRENDIZAGEM
Esla monografia foi julgada e aprovada para a obtent;;ao do grau Especialisla no Curso de Estrategias
da Comunicat;;ao da Universidade Tuiuti do Parana.
Curitiba, de novembrode 2005
--;;arc AntonioMasc/acardOZO ChagaCoordena or do Curso Estrategias da Comunic8<;ao
Universidade Tuiuti do Parana
Orientador: Professor Dr. Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga
Dedico esta monografia a minha filha Agatha, que ainda em meu ventre me deu
forgas para concluir 0 trabalho.
AGRADECIMENTOS
A Deus, peJa vida~
Aos meliS pais, pelo cstudo e forma9ao moral;
Ao mell marido, pelo incentivo;
Ao Prof. Marco Chaga, pelos ensinamentos e orienta9ao na condm;:ao deste trabalho.
SUMARIO
RESUMO ..
1INTRODUC;iiO ..
2 Do impresso ao on-line ..
3 Oesenvolvimento hist6rico dos jornais on-line ..
4 Novas tecnologias e educa<;ao ...
5 Mudanc;as na forma-;:ao profissional do jornalista ..
5.1 Redaryao on-line ..
6 Jornalismo criativo e interpretativo ..
6.1 Escrevendo para a Internet...
7 0 conteudo jornalistico da Internet.. ..
7.1lnformary8o para as formadores de opiniao ..
7.2 Jornalismo: 0 chamariz dos portals ..
a Perspectivas para as jornais impressa eon-line ..
8.1 Interatividade em sala de aula ..
9 CONCLUsiio ..
10 REFERENCIAS ..
iv
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RESUMO
o presente trabalho visa demonstrar que a informaC;:8o em rede e capaz de propiciarnoves conhecimentos e inaugurar um novo aprendizado, promovendo a educ8yaocontinuada, permanente e a distfmcia. Atraves de matarias jornalisticas,conhecimentos tecnicos ou cientificos, a informaC;8o on-line, via Internet,disponibiliza a sociedade 0 conhecimento, ampliando a dimensao espac;o-temporaldos espac;:os e informac;ao tradicionais, democratizando 0 aces SO a cultura einformayao.o jornalismo on-line, a atividade jornalistica na Internet, e apenas urn dos meiDs deobtenc;ao do conhecimento da informaC;2Io em rede. Por1anto, 0 trabalho tambemtraC;8 urn panorama do processo de prodw;;ao do jornalismo on-line, considerando aascensao da midia Internet e enfatizando os aspectos que foram herdados do jornalimpresso, sempre focado na informaC;8o em rede como possibilidade de auto-aprendizado.Foram realizadas pesquisas em livros, artigos e sites com 0 objetivo de obtermaterial suficiente para uma ampla discussao sobre a assunto, chegando-se aconclusao que no ambito educacional, a Internet favorece autonomia, integrac;ao emcomunidades virtuais de aprendizagem e a apropriac;ao global do conhecimento.
Palavras-chave: informac;ao em rede; conhecimento; jornalismo on-line; auto-aprendizado.
iv
1 INTRODUCAO
A informa~ao esta em alta e em ritmo acelerado nesta nova era globalizada, mas
a infonnay80 apenas nao basta. E preciso que esta informa<;:Bo a que temas acesso
transforme-s8 em conhecimento e possa ser colocada em pratica. Oesta forma, as
ac;oes provenientes do conhecimento adquirido gerarao as solw;oes de que
necessitamos, ternandO-s8 uma grande vantagem competitiva e sustentavel do novo
seculo.
Urn trabalho de pesquisa em comunic8ry8o e importante para que estudantes e
profissionais conhe<;:ammelhor suas ferramentas de trabalho, principal mente quando S8
tratam de novas tecnologias, para que nao S8 [imitem a repetir 0 que ja foi criado e
busquem novidades atraves do conhecimento.
Estamos vivendo urn novo paradigma, que representas mudanc;a na organizac;ao
da sociedade como um todo e da economia. E urn novo movimento global, de excelente
potencial transformador das dimens6es econ6micas e sociais, em virtude de promover
a integrac;ao mediante a difusao da infonnac;ao atraves das redes cooperativas de
comunicac;ao ao reduzir distancias entre pessoas, e aumentar 0 seu nrvel de acesso ainfonnac;ao, decorrentes da contribuiryao de infonnac;6es, no que lange a relac;ao de
proximidades dos negocios, empreendimentos e culturas.
"Educar, conhecer e aprender em urna sociedade da informatyao e muitornais do que treinar pessoas para 0 uso das novas tecnologias; trata-sede forrnar cidadaos para aprender a aprender de forma a prepara-lospara continua e acelerada transformayao da base tecnol6gica que bateem nossas portas numa velocidade quase que inexplicavel»(GONt;ALVES, 2005)
As novas formas de comunicac;ao fundamentam as relac;oes sociais, e e a
educac;ao 0 elemento basico para construc;ao e ampliac;ao de uma sociedade da
infonnaC;8o, caracterizando-se como a condiC;8o essen cia I para que as pessoas e
organizac;6es estejam aptas a lidar com a novo. Neste sentido, propiciar novas
conhecimentos, atraves da informac;ao em rede, e inaugurar 0 novo aprendizado, e
prornover urna edUCay80 continuada, permanente e a distancia, base ados na Internet e
em redes cooperativas de informaC;ao, mediante formas de auto-aprendizado nas
formas da tecnologia da informac;ao, resignificando 0 conceito de cultura.
Desta forma, 0 presente trabalho pretende demonstrar que a informac;ao on-line,
via Internet, adequa-se a esse paradigma, seja atraves da publicac;ao de materias
jornalisticas, conhecimentos tecnicos ou cientfflcos, noticias nos variados aspectos,
cujo principal merito e disponibilizar a sociedade 0 conhecimento sobre 0 que acontece
em todo 0 mundo.
A infonnayao digital ou 0 jomalismo on-line tem se apresentado nasociedade contemporanea como uma forma de aprendizagemcolaborativa, que amplia a dimensao espar;:o-temporal dos espayos deinformayao tradicionais, democratizando 0 acesso a cultura einformayao, proporcionando as pessoas oportunidades deaperfeiyoamento, informar;:aoe conhecimento, com a mesma qualidadepropiciada pela midia impressa (GON9ALVES, 2005).
o jornaHsmo on-line e tambem chamado de webjornalismo, ciberjomalismo e
jornalismo digital. Entretanto, 0 termo escolhido para guiar este trabalho foi "jornalismo
on-line", que diz respeito a qualquer jomalismo praticado na internet, enquanto 0 termo
"jomalismo digital" refere-se a toda tecnologia que trabalhe com digitos (e nao somente
ao computador), a termo "webjomalismo" refere-se so mente ao jomalismo praticado na
web (apenas urn dos servic;os da internet, embora 0 mais importante) e a termo
"ciberjomalismo" esta relacionado com a cibernetica, uma ciencia em particular.
Entretanto, ignorando a terminologia da palavra, todos estes termos podem ser usados
para nomear a atividade jornalistica na internet.
Muitos sao os questionamentos que surgiram em torno do jornalismo on-line, que
tem conquistado cada vez mais leitores e anunciantes. Sera que 0 jomal impresso esta
com seus dias contados? 0 que pode ser feito para solucionar a crise enfrentada pelos
impressos? E quanto aos jornais on-line, quais sao suas metas? Estao obtendo lucra ou
sao apenas estrategias de consciemcia de marca dos jornais tradicionais? Enfirn, qual 0
meio de divulgac;ao de informac;oes que oferece maiores possibilidades aos leitores?
Desta forma, este trabalho tambem mostra 0 pracesso de praduC;8o dos jomais
on-line, considerando a ascensao da midia internet e enfatizando os aspectos que
foram herdados do jomal impressa, e tambem, apontanda as vantagens da internet
para 0 jomalismo, tanto no aspecto econ6mico quanto profissional, sempre focado na
infonnac;ao em rede como possibilidade de auto-aprendizado.
1550 porque a infonnac;ao em rede permite ao leitor gerenciar seu tempo,
obedecenda 0 ritma de leitura de cada urn. 0 trabalho ainda baseia-se no princfpio de
que qualquer pessoa e capaz de aprender, conhecer e informar-se por si 56, com a
mediac;ao de recursos didaticos sistematica mente organizados, apresentados em
diferentes suportes de informac;ao, utilizados isoladamente ou combinadas, e
veiculados por diferentes meios de comunicac;ao.
Faz parte desse movimento entender esse novo modelo como uma habilidade
indispensavel a vida do homem contemporfmeo. Ja e sabido que os ambientes de
infonnaC;ao em mundos virtuais estao a cada dia mais ao alcance do homem e nao mais
se trata de uma obra de ficc;ao cientitica: 0 numero de redes mundiais de computadores
aumenta vertiginosamente a cada dia, passando a ser visto como uma utilidade e
ferramenta informacional, com novas atitudes de produc;ao e acesso ao saber. Nesta
perspectiva, a pratica do jomalismo on-line em ambientes viriuais resultara numa nova
pratica de tazeres e saberes preparatorios para 0 exercicio da cidadania.
Por isso, 0 trabalho tambem visa incentivar novos faze res da pratica de produc;ao
e leitura, oferecendo novas possibilidades de conhecimento da infonnac;ao. Sabe-se
que a maior dificuldade do jornalismo on-line e despertar 0 interesse do leitor e faze-lo
ler urn texto integralmente, pOis os usuarios disp6em de pouco tempo e procuram
praticidade. Assim, 0 jornal on-line precisa diferenciar-se do impresso, explorando os
diversos recursos que a Internet oferece.
Para realizar esta tareta, 0 jomalista precisa conhecer a intluencia da tecnologia
no jomalismo impressa e suas conseqOencias, para nao cometer os mesmos erros que
tem reduzido os leitores e anunciantes dos impressos, problemas estes que pod em ser
solucionados no jornalismo on-line com 0 correto planejamento do website e dominio da
midia internet.
A gerac;ao de receita pelos jomais on-line e outro problema consideravel. Os
jornais on-line nao possuem assinaturas como os impressos, dependendo quase que
tatalmente das verbas publicitarias. He tontes altemativas de receitas, mas estas
representam uma pequena porcentagem. Esta dependencia em relaC;ao a publicidade
acaba resultando em uma certa convergencia que influencia toda a produyao on-line,
inclusive 0 conteudo editorial.
Seria possivel entao, uma relayao saudavel - do ponto de vista etico e
profissional - entre jornalismo e publicidade? Como funciona a venda de espayos
publicitarios dentro dos jomais on-line? Como e vista na internet a questao dos press
releases? Enfim, e preciso um estudo aprofundado sobre a influencia da tecnologia e
da publicidade na prodU/;ao jomaHstica on-line.
o mercado de trabalho para 0 jomalista on-line esta crescendo. 0 jornalismo na
internet tornau-se uma area respeitada, um mercado de trabalho em ascensao que
exige conhecimentos especificos dos profissionais. Muitas empresas ja desenvolveram
redac;6es especificamente para a web e 0 jornal tradicional que nao possuir sua versao
on-line estara logo ultrapassado.
Os anunciantes estao transferindo parte de suas verbas publicitarias para a
intemet. Entre os sites mais anunciados estao os jomais on-line, 0 que exige dos
jornalistas, tanto conhecimentos em informatica quanto 0 empreendedorismo
publicitario, para que possam exercer suas atividades de forma eficaz.
Par issa, canhecer a influencia da tecnologia e saber lidar com a dependemcia da
publicidade e essencial para que 0 trabalho jornalistica on-line seja etico e coerente
com suas func;6es sociais, respeitando os limites impostos pela concentrada fonte de
receita na publici dade.
2 Do impressa ao on-line
Os primeiros indicios de impressao surgiram na China do sEkula VIII, civilizac;:ao
que ja dominava a produc;:ao de papais, tintas e prensas de marmore au madeira, em
que as paginas eram cuidadosamente esculpidas. De todo este processo, a reslo do
munda s6 conhecia a papel, cuja produc;:ao fai futuramente revelada aos arabes e em
seguida aas europe us.
Na Europa medieval, as livros canstituiam abras primas de artesanata, frulas da
dedicac;:aa religiasa das manges capistas, produzidas manualmente sabre papeis
preciosas, com vinhetas, cabec;:alhos e margens ricamente ilustradas. A gradual
ascensaa camercial e cansequente carrasao do sistema feudal expandiram a numero
de letrados cansideravelmente, sendo necessaria desenvolver metodos rna is eficazes
para reproduzir as obras ate entao religiosas.
A capia manual foi aos poucos substituida pela xilografia e metalografia,
sistemas de impressao em que as paginas eram entalhadas em madeira e metal
respectivamente. Estes procedimentos ainda nao ofereciam a praticidade adequada
para impress6es em grande escala, sendo que, em mead os do seculo XV, Johannes
Gutenberg desenvolveu os tipos m6veis, permitindo que as livros fossem impressos
letra por letra de forma eficiente.
Apesar do grande progresso iniciado pela tipografia, fai samente no SEkula XIX
que Friedrich Konig desenvolveu a impressara a vapor (capaz de imprimir cerca de mil
exemplares par hara) e Ottmar Mergenthaler inventou a maquina linotipo (que podia
imprimir linhas completas e nao so mente tipos individuais).
Em mead os do seculo XX, 0 sistema de fotocomposiC;ao criado par Rene
Higonnet deu origem aos modemos metodos de impressao ~a frioH, caracterizados pela
praticidade e economia, dis pando de ampla variedade de tintas e papais. Oesta forma,
as editorias passaram a oferecer seus produtos por custos menores, utilizando as artes
gn3ficas para criar suas identidades visuais e impulsionar suas vendas.
Oesde a criaC;ao dcs primeiros cursos de Jomalismo ao final da decada de 1960,
a estrutura curricular oferecida passou par canstantes atualizac;oes. Isla parque, a
profissao jornalfstica se transforma proporcionalmente ao desenvolvimento tecnologico
e informatica.
Fornecer noHcias implica em rapidez e agilidade, utilizando as mais recentes
tecnologias para faze-Io no menor tempo posslvel. Em busca de eficacia, as reda.yoes
atuais possuem bancos de dados infonnatizados, computadores, scanners, impressoras
de ultima gera.yao e todo tipo de aparato jornalistico, visando sempre superar as
publica.yoes concorrentes na busca pelas noticias.
Neste contexto, os profissionais necessitam cada vez mais de habilidades
especificas - sejam em comunica.yao ou informatica - para lirar maior proveito de si
mesmos. 0 que nem sempre agrada aos jornalistas, que muitas vezes se opoem as
exigencias do mercado por nao desejarem se tomar apenas engrenagens do sistema
mercantil atraves da especializa.yao profissional:
"Os jornalistas alegaram haver ainda muitas restri.y6es quanto a profissao e ao
trabalho desenvolvido, pois 0 jornal tornou-se um produto de con sumo como qualquer
outro do mercado" (VIANNA, 1992, p. 132).
Entretanto, a processo de informatiz8yaO foi inevitavel, decorrendo do desejo dos
proprietarios pela otimiza.yao na preparac;ao e distribuic;ao do periodico, reduc;ao no
tempo de fechamento, ampliac;ao da circulac;ao e criac;ao de novos cadernos, alem da
conseqOente especializa<;;:ao profissional e reduc;ao de seus funcionarios, 0 que resultou
em uma grande economia, conforme Vianna (1992).
Em 1984, a Folha de S. Paulo dispensou cerca de 100 revisores declarando
extintos lais postos de trabalho. A partir de 1986, implantou mainframes que
processavam os textos eletronicamente, substituinda par complete a fun.y80 des
datilografos e revisores (PEREIRA, 2004)
Antes da chegada dos terminais de video nas redayoes, a Folha contavacom cern datilografas, dais engenheiros eletr6nicos, quatro tecnicos, 95pestapistas, 56 fotocompositores e 102 revisores. Com 0 usa efetivo dosterminais de video, a revisao foi extinta par completo, e as datilografastransferidas para a digitayao. 0 proximo setor a desaparecer seria 0 dearte-final (VIANNA, 1992, p. 32).
Os jomalistas precisaram se adaptar para poder competir no novo mercado de
trabalho ditado pela informatiza~ao Em 1988, a Folha de S. Paulo lan~ou urn curso de
jornalismo para suprir as falhas tecnologicas das universidades da epoca e preparar
seus futuros ernpregados (KREINZ, 2004).
Numa atitude de pioneirismo e disposiyao economica, a Folha de S. Paulo
apostou na informatizac;;ao e qualificayao profissional para superar seus concorrentes,
como afirma 0 engenheiro e diretor industrial Pedro Pineiroli Jr:
A informatizatyao deveu-se, em primeiro lugar, a uma atitude depioneirismo com relatyao a tecnologia, uma caracteristica marcante daFolha. Sempre que uma nova tecnologia e lanyada no mercado, e issoQcorredesde 1962, 0 jornal tenta implanta-Ia no Pais, antes que Qutros 0fa<;am.Em segundo lugar, porque tomava 0 jornal mais viavel (do pontode vista economico), racionalizando tempo e agilizando a informayao(PINCIROLI JR, citado por VIANNA, 1992, p. 32).
Depois do grande saito dado pela Folha de S. Paulo, informatizando toda sua
redayao, todos os jornais brasileiros comeyaram sua busca pelas novas tecnologias
que as permitissem competir em condiyaes de igualdade. Para Mario de Paulo
Gusmao, proprietario do jomal NH, de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sui, a
informatizayao ocorreu por diferentes motivos em cada setor do periodico:
Na area da redayao, para modernizar 0 sistema de composiyao dostextos, na area administrativa, para agilizar 0 sistema de infonnayoes: ena area de circula<;ao, para permitir eficiemcia nos registros decobran<;as de assinaturas e listagem de entrega dos jornais (GUSMAOcitado por VIANNA, 1992, p. 104-105).
Atentos para a questao economica, os jornais brasileiros buscaram na
informatizay8o uma maneira de evitar a falemcia, possibilidade enfrentada pelos
peri6dicos desde 0 surgimento do radio e da televisao. As publicac;;oes precisavam
diminuir os custos de produyao (principal mente em mao-de-obra) e oferecer urn serviyo
atual que fosse valorizado no rnercado.
Assim, as decadas de 1970-80 foram marcadas por grandes mudan<;as na
prodU<;80 jomaHstica brasileira. Ate entao, eram utllizados maquinarios antiquados, 0
processo jornalistico era lento e as
tomavam invitweis a medida que a televiseo e radio diminuiam a importancia dos
impressos, segundo Vianna (1992).
Oesde a iniclo, a informatizaC;8o provocou mede de demiss6es em massa e
acumul0 de tarefas nas redac;oes, 0 que realmente ocorreu, chegando a serem extintos
varios dos antigos departamentos como montagem e foto-mecanica. Hoje, todo a
material jomaHstico e produzido pela reda~o, que e responsavel pela noticia desde a
pauta ao fechamento.
Ap6s a conviv€mcia e 0 devido treinamento com os computadores, as antigos
joma1istas deixaram de lado os temores e passaram a aceitar suas novas ferramentas
de trabalho, que continuam a depender do conhecimento humano em qualquer area
profissional:
"( ... ) a qualidade da informac;ao nao muda apenas pelo usa de um sistema de
term ina is de computadores. Ela continua dependendo do jomalista, do profissional que
esta por tras ou de maquina de escrever ou de urn terminal de video" (VIANNA, 1992, p.
95).
o computador simplesmente agilizou a produC;80 jomalistica, permitindo que os
textos sejam modificados a qualquer momento, mesmo que minutes antes da
impresseo. Sua capacidade de armazenar dados e imensa, a cOrret;80 dos textes e facH
e instantanea, otimizando a eficiencia das editorias e oferecendo ao jemalista mais
tempo para buscar e apurar informac;oes.
Os calculos necessarios para diagramar as paginas tambem foram eliminados,
facilitando a programa<;8o visual des publicac;6es:
Ao iniciar seu trabalho, 0 diagramador ja sabe, com precisao matematicafornecida pelo terminal, as dimens6es que 0 texto tera quando composto(Iargura e altura), sem fazer qualquer calculo, nao correndo a risco de-estourar" 0 texto, quer dizer, criar algo maior que 0 espa~o disponivelna pagina, a que geralmente e 0 maior problema enfrentado pelossecretarias de ·oficina~e um das fatores de atrasa da edi~ao (FREJATcitada par VIANNA, 1992, p. 79).
Asslm, lnformatiza~o dos jornais proporcionou aos profissionais maior
!iberdade de expressao e criatividade, pois e!iminou processos antiquados que
limitavam as artes graficas. As publica<;oes agora utilizam fortes apelos visuais para
atrair 0 leitor e ofereeer urn produto de qualidade.
As mudanyas ocorridas no jomalismo modemo nao foram somente visuals, mas
tambem ideol6gicas. A informatizac;ao das redac;oes nao signifieou necessaria mente
maior renda para as editorias, pOis 0 mercado jomalistico 58 tomou in stave I e
extremamente competitiv~, obrigando os profissionais a se especializarem para
valorizarem suas func;oes.
A televisao, a radio e a internet submeteram a mfdia impressa a 'novas regras,
algumas beneficas e outras nao. Se por um lado, as editorias passaram a se segmentar
para atender urn publico especifico e procurar agrada-Io, por outro, fol obrigada a eortar
pessoal, diminuir salarios, distorcer Infonna<;6es e depender das verbas publicitarias.
A diminuis:ao das receitas com publicidade tern forr;ado umaremodelayao em todo 0 setor editorial. Urn grande numero de revistas ejornais, incluindo alguns dos melhores e mais respeitados, desapareceupor completo. Muitas das publicas:ees sobreviventes tem-se voltado parafusees e aquisiyoes para aliviar suas dificuldades financeiras. Essasaquisiyoes sao geralmente levadas a cabo par corporas:6es da grandemidia, com 0 objetivo de incorporar uma grande quantidade de materialja publicado em operayoes multimidia que muitas vezes incluemrecursos de televisao, cinema e de TV a cabo, bem como tecnologiasmais recentes em informatica (OIZARD JR, 2000, p. 226 - 227).
Os ''furos''jornallsticos nos impressos se tornaram ut6picos, ja que podem ser
antecipados em ate 24 horas pelas novas midias, que sao, atualmente, a fonte primaria
de infonnacyao da maio ria da popula<;ao. Em muitos casas, as pessoas se recusam a
pagar por infonnac;oes que podem receber gratuitamente de outras midias.
Os joma!s diarios perderam com isso grande parte do prestigio do inieio do
seculo XX - a chamada BelJe Epoque. Hoje, estao cada vez mais pareeidos com as
coneorrentes, tratando dos mesmos assuntos e eompartilhando as mesmas fontes de
informac;6es. ConseqOentemente, estao vendendo cada vez menes:
A Associa<;aoAmericana de Jomais entrevistou 4.003 adultos com maisde 18 anos nos dOis primeiros meses de 2000 (...).A pesquisa revelouque a uti!izayao da internet como fonte de noticias aumentou nosEstados Unidos em 127% entre 1997 e 2000. No mesmo periodo, 0
10
consumo de jornais despencou quase 12% e as telejomais nacionais emundiais perderam 14% de sua aUdiencia (NOBLAT, 2003, p. 14).
"( ..) entre man;:o de 2001 e man;:o de 2002, as 15 maiores jomais brasileiros,
responsaveis par 74% do volume total de exemplares vendidos no pais, diminuiram sua
circula,ao em 12%" (NOBLAT, 2003, p. 14).
"A direc;ao do The New York Times descobriu em 2001 que seus leitores mais
fieis s6liam 10% dojoma!" (~JOBLAT, 2003, p. 15).
Na Frany3, (...) a Galaxia de Gutenberg [grifa do autor] perdeu, emquarenta anas, um milhao de leitores diaries, e 0 que e piar: nesteperiodo, a popula.;:aofrancesa cresceu de 39 para 52 milh6es (...); Parisenterrou, desde entao, 24 diarios de infonnas;aogeral (BATALHA citadopor SM!TH citado por MARSHALL, 2003, p. d6).
o publico adolescente, em geral, nao se interessa pelos jornais diarios, que
editam pouco au nenhum conteudo destin ado a esta promissora fatia de mercado.
Segundo Ricardo Noblat (NOBLAT, 2003), isto pode influenciar decisivamente na
vitalldade dos jernais impresses, peis S8 estes nao atrairem os jovens, futuramenle nae
terao rna is leitores.
Cern toda esta crise vivenciada pelos diaries, as anuncianles estao migrando
suas verbas publicitarias para as outras mfdias, encontrando na internet urn veiculo
promissor que agrada principalmente as jovens, consumidores em potencial para
diversos produtos e servil;os:
Ate 2010, os jornais deverao perc!erpara a web de 10 a 30% de suareceita cern publicidade, segundo executivos de area Quvidos em 2001pela Innovation Intemacional Media Consulting Group [grifo do autor]Somente nos Estados Unidos, a publicidade online sa!tou de 200milh6es de d61aresem 1996 para 4 bilhoes a 12 bilh6es de d61aresem2000, a depender da fonte que se consulte (NOBLAT, 2003, p. 14w15).
Os jomais precisam agora enfrentar duas mudan<:as em especial: tomarem-se
empresas eficientes que aceitam a informal;ao como prod uta e a publicidade como
principal fonte de renda, e adquirirem certos aspectos do jomalismo de revista, que
aprofunda, interpreta, analisa, explica e complementa as fatos que ja ocorreram e foram
divulgados, utilizando uma serie de recursos graficos que facilitam a compreensao.
II
o fato e que leitor da mais importancia a credibilidade do veiculo do que aos
Mfuros" jomalisticos. A informa9~10 e valorizada nao necessariamente quando e inedita,
mas sim completa, precisa e, aeirna de tudo, confiavel. A velocidade com que as
infonna96es sao transmitidas - em tempo real, faz com que a notieia inedita ja nao 0
seja rapidamente, a que vale tambem para a internet:
Os leitores raramente percebem quem fai 0 primeiro a dar a naticia - e,na verdade, nem se importam com issa. Uma naticia superficial,incompleta ou descontextualizada causa pessima impressao. E sempremelhor caloca-Ia no ar com qualidade, ainda que dez minutes depois dosconcorrentes (FERRARI, 2003, p. 49).
Portanto, a jornal deve investir na oferta de noticias e reportagens pr6prias,
evitando utilizar assuntos ja cobertos pelos demais vefculos, e neste caso, selecionar
os fatos relevantes, dando-Ihes uma explicaC;:8o competente e inserindo uma vi sao de
suas conseqOemcias. As transformac;:oes do jomalismo impresso devem ser vistas como
oportunidades, que possibilitam inovac;:oes e maior liberdade de expressao.
Os sobreviventes serao as organiza~6es que se ada pta rem asrealidades tecnol6gicas e econ6micas em transforma~a.o. Os perdedoressera.o os dinossauros empresariais, grandes e pequenos, que naopodem ou nao que rem mudar - todos candidatos a fusees. aquisi~6es ousimplesmente a falemcia (OIZARO JR, 2000, p. 22).
Em conseqOencia da crise enfrentada pelo jornal impresso, 0 jornalista, al9m de
acumular func;:6es nas redac;:6es, tamb9m 9 pressionado diariamente pelo deadline e
pela responsabilidade de superar a concorrencia. Os salarios sao baixos e 0 risco de
demissa a 9 constante. A soluc;:ao encontrada para garantir seu emprego e valorizar sua
profissao 9 especializar-se em determinadas areas e atualizar-se academicamente:
Exige-se do candidato a uma vaga nas reda~6es que seja profissionalcomplete e polivalente. Ele tern de deminar todas as tecnicas para 0exercicie da profissao, manejar os instrumentos capazes de ajuda-Io afazer 0 melhor trabalho e ter a nitida compreensao do seu papel dejornalista multimidia (NOBLA T, 2003, p. 36).
Uma das poucas certezas com que os novos profissionais de midiapodem contar no futuro e que estarao constantemente lidando com 0
12
impacto das mudanr;as tecnol6gicas e com a intensificar;30 da demandapar maior envolvimento intelectual e habilitar;ao academica" (OIZARDJR, 2000, p. 21).
Embora sejam muitas as eriticas contra a industria cultural e a informar;ao
massificada, as pessoas tomararn-se mais informadas, conscientes e exigentes e nem
sempre aceitam tudo aquila que meies de comunicac;ao veiculam.
o leitar contemporaneo sabe, que aeirna de tudo, e urn consurnidor, que
raciocina e S8 comporta de acordo com as padr5es capitalistas de sua epoca. No
entanto, ele procura a melhor forma de satisfazer suas necessidades, avaliando as
vantagens que as diferentes empresas oferecem para 56 entaD cumprir a seu papel na
sociedade: consumir.
o avan90 tecnol6gico da rnfdia acabou gerando um receptor rnaisinform ado, mais seletivo, rnais exigente, mais participativ~, rnaisconhecedor dos seus direitos, rna is preparado para exercer de corpointeiro a cidadania. A qualidade tecnica dos produtos, tanto quanto osseus conteudos, sao cotejados, sao comparados, sao avaliados 0 tempotodo por esse receptor do novo seculo que ja nao se deixa enganar. Elemuda de canal quando 0 prograrna de radio ou de TV estaexcessivamente chato. verborragico, desagradavel, agressivo, false etc.Este e 0 seu modo de punk a inforrnalYao de rna qualidade (CAMPOS,2004).
o jomal impressa precisa, portanto, diferenciar-se dos concorrentes e oferecer
urn produto de qualidade, fomecendo informac;6es detalhadas e direcionadas para as
diferentes nichos de consumidores, sem, no entanto, abrir mao da credibilidade tao
exigida no mercado de informac;oes.
Par multo tempo, pensava-se mais no status que detenninada materia geraria
nos circulos jornalisticos do que em sua real importancia para a publico, a que tern
mudado progressivamente com a cancorrencia feroz do impressa contra as jornais em
tempo real. Desta forma, tanto a jarnalista do impressa como do on-line, tern de ser um
profissional multirnidia que pensa e escreve para a leitor.
Oiante das perdas tanto de leitores quanta de anunciantes, a jarnal impressa
precisa passar par varias transformac;oes para garantir sua sobrevivencia. Uma delas -
e talvez a rnais importante - e a utilizaC;8o de certas caracteristicas do jarnalismo de
revis\a, publica,ao es\a que ob\eve sucesso mesmo com a aus(mcia dos cobiyados
13
"fUrDS" jornalisticos, apresentando detalhes ineditos de fatos que ja fcram cobertos
pelas novas midias.
A tendelncia do jomalismo maderno e absorver as novas tecnologiaspara melhor apresentar 0 seu produto ao consumidor. A cada dia 0jamal impressa adquire a personalidade morfol6gica da revista,utilizando modemas tecnicas de impressao, estil05 requintados depadronizar.;:aovisual e variado layout (SILVA, 1985, p. 44).
As revistas sao public890es segmentadas, destinadas a publicos especfficos
cujas caracterlsticas influenciam no conteudo e no design. Sua maior vantagem eoferecer mais recursos graficos do que 0 jamal, alem de utilizar papa is de melhor
qualidade visual e tintas que nao sujam as maos dos leitores.
A diagrama9<30 das revistas deve oferecer ao leitor um produto visualmente
agradavel que Ihe desperte 0 interesse de compra. Os elementos graficos de suas
capas devem ser 0 mais persuasivos possiveis, pais as exemplares ficarn expostos por
mais tempo nas bancas e sao muito mais caras que os jomais diarios.
Fundamentalmente, a revista mistura jornalismo e entretenimento. Sua escrita
pode ser estetica e Iiten3ria, fugindo da linguagem referencial dos jomais. Por iSso,
acaba se tornando um complemento na educa98o, uma fonte alternativa de cultura que
nao se esgota ao distanciamento dos fatos e podem permanecer interessantes par
muito mais tempo que a jornal - temos como exemplo as montes de revistas em
residencias e consult6rios, que continuam sendo lidas mesmo anos ap6s serem
adquiridas
Muitas vezes as revistas abordam temas comerciais sem necessariamente
comprameter sua integridade editorial. 0 fato e que muitos leitores se interessam
tambem pel os anuncios publicitarios, pOis estes 0 ajudam a fazer suas OP90es de
consumo numa sociedade movida pelo capital.
Revistas, na verdade, podem ser chamadas de ~supermercadosculturais~ Elas refletem a cultura dos lugares, 0 estilo de vida, e, numasociedade consumistas como a em que vivemos, nao e de se estranharque, apesar da crise economica, as revistas que incentivam a febrepelas compras estejam em alta e representem uma tend€mciasignificativa do mercado editorial (SCALZO, 2003, p. 44·45).
14
"( .. ) pesquisas tern espantado ate 05 diretores de jomais ao revelarem que as
olhos erraticos dos leitores (... ) S8 deliciam par igual com as anuncios e os textos
noticiosos" (MCLUHAN citado por MARSHALL, 2003, p. 110).
Par atender a urn publico especifico, ela pode aprofundar determinados
assuntos, focalizando temas e noticias para dar ao leitor fatos com continuidade, que
muitas vezes sao esquecidos pelos jornais que dao preferencia as ocorremcias mais
bombasticas. Sua interatividade com 0 leitor e tambem urn exemplo a ser seguido pelos
jornais
Toda revista reserva 0 seu "espar;o do leitor', cnde ests pode gerar discuss6es
sobre determinados temas que fcram abordados em ediyoes passadas, sugerir pautas,
elogiar au criticar jomalistas e a pr6pria publicac;:80. E neste contato com 0 publico que
a redac;:ao pode se auto-avaliar e planejar as edi90es futuras, construindo aos poucos
uma relac;:ao de fidelidade com 0 leitor, que sera convertida em credibilidade e
preferencia pela publicac;:ao.
Por distanciar-se das noticias em tempo real - que 56 sao possiveis nas midias
eletr6nicas e digitais, a revista con segue fugir da superficialidade da retina, apurando os
fatos com maior prazo de fechamento, adicionando detalhes que enriquecem a
informac;:ao e que nao sao possiveis na correria diaria pelo ''furo''.Isto tambem permite
oferecer urn layout mais arrojado, trabalhar as informac;:oes visualmente com
infograficos chamativos e compreensiveis.
o leitor de revistas espera receber informac;:6es de farma prazerosa, nao
mac;:ante como na maiaria dos jomais. Eles geralmente ja sabem as ultimas noticias
pelas novas midias, mas querem tambem compreends-Ias, procurando materias,
reportagens e artigos que mostrem como tudo aconteceu - e porque aconteceu.
Exatamente como as pessoas adoram saber a opiniao dos amigos, elas querem
saber a opiniao dos jomalistas, profissionais que lidam com a informac;ao e possuem
ampla visao de mundo. Par iSso, 0 texto opinativo tern ganhado cada vez mais espac;:o
nas publicac;:6es, pois alem de interpretar os fatos, humanizam a informaC;:8o e dao
credibilidade aos textos que trazem a assinatura do autor.
Com isso, podemos concluir que 0 jornal diario, apesar de possuir fechamento
mais curto e linguagem referencial, pode aos poucos aderir ao jomalismo de revista
15
para poder competir com as jomais em tempo real Sua vantagem especifica e que
pode trabalhar a fato no dia seguinte em que ocorreu, enquanto a revista circula com
maior espayo de tempo. Isto permite que a diario seja urn meio-termo entre a jomal em
tempo real e a revista.
o jomal hoje e muito mais entretenimento do que era e ele vai cada vezmais ser um vefculo de analise e entretenimento. 0 que valera cada vezmais sera a analise completa dos fatos; a opiniao do colunista. Umjornalde conteudo mais elaborado, mais perene, que com 0 tempo carrega acredibilidade do jomal. Na internet, 0 conteudo vai ser mais descartavel,mais simples. Nao adianta, 0 jornal e ate mais portatn e possu] uma senede caracteristicas que a intemet nao substitui. Talvez com a intemetmovel isso mude urn pouco. Mas eu acho que cada um tem seu espac;:o(GORON cit.do por RAMOS, 2004).
3 Desenvolvimento hist6rico dos jornais on-line
A internet e uma imensa rede de camp uta dares interconectados atraves de
linhas telef6nicas, satelites e outros sistemas de telecomunicac;6es. Esta imensa rede
abrange diversas sub-redes que, em primeiro nivel, sao institucionais, administrando as
acessos nacionais e regionais, e em segundo nivel, sao particulares, provendo acesso
direto aos usuarios, seja pago au gratuito.
Seu surgimento data de 1969, quando os Estados Unidos lanc;ou urn programa
chamado "Grande Sociedade", tendo como parte de suas prapostas 0 projeto de
interconectar os municfpios atraves da linha telef6nica.
No mesmo periodo, os altos custos dos computadores obrigaram os
pesquisadores da ARPA (Advanced Research Projects Agency) a trabalharem com
equipamentos localizados em diferentes regi6es. Desenvolveram entao a prajeto
Arpanet (Advanced Research Projects Agency Network), formando uma rede entre
universidades e unidades mllitares, mas com somente quatro servidores.
A Arpanet rnostrau-se urn excelente instrumento para traca de docurnentos
militares e governamentais, al9m de evitar que tais informac;oes S8 concentrassem em
urn unico local, protegendo-as em caso de ataques nucleares
Isla a fez expandir-se rapidamente ate atingir 23 servidores, obrigando a
reestruturac;ao do prajeto inicial em 1972. A ARPA passou entao a ser administrada
pelo Ministeno da Delesa dos Estados Unidos, sendo renomeada para DARPA (The
Defense Advanced Research Projects Agency).
Sua expansao continuou ate 1983, quando a rede havia se tornado grande
demais para garantir a seguranc;a das informac;6es militares, sendo necessario fundar
uma rede especial, a Milnet (Militar Network). A partir de entao foram criadas varias
redes particulares para cientistas e civis, que em POUCD tempo S8 juntaram para formar
a Arpa-intemet - luturamente denominada somente intemet (a partir 1990) - abrangendo
inicialmente 250 mil servidores e 1.500 sub-redes (PINHO, 2003).
17
o termo internet fai cunhado com base na expressao inglesaINTERaction or INTERconnection between computer NETworks [grifodoautor]. Assim, a internet e a rede das redes, 0 con junto das centenas deredes de computadores conectados em diversos parses dos seiscontinentes para compartilhar a informaC;:<3oe, em situa90es especiais,tambem recursos computacionais (PINHO, 2003, p. 41).
Em 1991 hauve a suspensila pel a NSF (National Science Fandatian) da
proibiyBO ao usa comercial da rede, abrindo caminho para 0 comercio eletronico. Assim,
os empreendimentos on-line atrairam muitos investidores rapidamente, dando inicia ao
vasto imperio das sites ".cam" (PINHO, 2003).
No Brasil, a rede fai estabelecida em 1989 para usa cientifico, sob iniciativa do
MCT (Ministetia de Ci{mcia e Tecna/agia) que desenvalveu a RNP (Rede Nacianal de
Pesquisa). Mas somente em 1995 a internet foi aberta ao setor privado, visando aexploraC;ao comercial por parte dos primelros provedores de acesso discado. A RNP
deixou entao de ser um backbone restrito ao meio academico para permitir 0 acesso
publico a rede.
A World Wide web foi criada por volta de 1990 pelo engenheiro britanico Tim
Berners-Lee, no CERN (Center for European Particle Research) em Genebra, Sui<;a,
permitindo a qualquer usuario disponibilizar e compartilhar grandes volumes de
infamna<;6es em inlimeras paginas. Em seguida, no ana de 1992, a NSCA (National
Center for Supercomputing Applications) come90u a desenvolver os browsers -
navegadores.
o primeiro browser recebeu 0 nome de Mosaic e foi desenvolvido por Marc
Andreesen em 1993. Apesar de nao ser a primeira tentativa do genera, a Mosaic foi
pioneira ao estabelecer uma interface grafica que tornou a internet acessivel para os
usuarios comuns. Em 1994, Andreesen fundou a Mosaic Communications, futuramente
renomeada para Netscape Communications, uma das maiores empresas de
comunicaC;30 digital dos anos 90.
Neste mesmo periodo, 1994, a web S8 torna 0 segundo servic;o mais popular da
internet, perdendo so mente para 0 e-mail. Os sites comerclais e pessoais multiplicam-
se e comec;am a surgir os prlmeiras mecanismos de busca. Em 1996, ja existiam 56
milh6es de usuarios no mundo, conforme PINHO (2003).
Atualmente, a web e 0 recurso mais utilizado da internet, sen do praticamente um
sin6nimo da mesma, permit indo 0 acesso as informa90es em qualquer lugar, a qualquer
momento. Ate mesmo 0 e-mail se tornou parte da web, atraves dos webmails que sao
contas de e-mail acessadas por sites e nao mais por programas, 0 que permite 0 envio
e recebimento de mensagens em qualquer computador, requisitando somente a senha
do usuario.
Como meio de comunica9aO, a internet se tomou uma das principais apostas das
empresas comerciais que agora pod em estabelecer contato direto com os
consumidores e disponibilizar informa90es sobre seus produtos 24 horas por dia, sete
dias por semana, nas paginas de seus sites.
A rede tornou-se um importante meio com capacidade para difusao massiva e
instantanea de informat;ao. A partir dos recursos multimidia disponiveis, contamos com
novas possibilidades de comunicat;:ao. Para a jomalismo, foi urn grande salta, pois as
notfcias podern ser publicadas em tempo real, alteradas a qualquer momenta e
disponibilizadas todo 0 tempo. A internet estabeleceu urn novo conceito de midia,
desmassificado, cujo enorme publico nao possu; comportamento determinado e pode
criar sua pr6pria programayc3o.
Um jomal virtual e a expressao maxima da realidade. Paradoxal, masverdadeiro. Nao se encerra, esta sempre em movimento, e a cores, temimagens, e global e instantaneo. E a vida real. Nao tem horas fixas,materias pre-destinadas, paginas fechadas (DELGADO citado porFERRARI, 2003, p. 46).
"A internet chegou para ficar. Nao e uma moda passageira e nao havera
retraces so. Jamais as usuarios de e-mail voltarao a escrever cartas e deslocar-se ate 0
correia para posta-las" (FERRARI, 2003, p. 21).
As primeiras experiencias de jornalismo on-line ocorreram nos Estados Unidos,
ao exemplo do The New York Times, que, em 1970, criou urn banco de dados com 0
conteudo mats importante de suas ediyoes impressas. Em 1993, cerca de 20 jomais
norte-american as ja estavam on-line.
A partir de entaD, varias empresas fizeram experiencias em divulgat;ao de
noticias via internet, mas foi somente em 1995 que 0 seu verdadeiro potencial veio a
'9
tona, devido aD atentado de Oklahoma, que resultou na morte de 168 pessoas. Foram
incluidos na rede comunicados da Casa Branca, fotos dos estragos, lisla de vitimas e
reportagens atualizadas sobre 0 desastre (MOHERDAUI, 2000).
Islo foi urn grande impulso para 0 jornalismo on-line, pennitindo que pessoas do
mundo todo, inclusive jomalistas, acompanhassem as declara90es oficiais sobre 0
atentacto e suas consequencias atraves da rede, obtendo as informa90es
imediatamente ao inves de esperar pela TV, radio au 0 jamal impressa do dia seguinte.
Porem, os conteuctos disponibilizados ainda eram totalmente reaproveitados dos meies
tradicionais, 0 que pode ser considerado urn desperdicio dos diversos recursos que a
internet oferec8. 0 primeiro jomal verdadeiramente on-line toi a Personal Jouma/,versao digital do The Wall Street Journal, lanyado em 1995 e entendido como 0
"primeiro jornal de um exemplar" (MOHERDAUI, 2000). A web comel'ou entao a moldar
produtos editoriais interativos com qualidades convidativas: custo zero, grande
abrangencia de temas e personaliza9ao.
A primeira iniciativa brasileira partiu do 0 Estado de Sao Paulo, que, ainda em
1995, colocou a Agencia Estado na internet. Em seguida, no mesmo ano, vieram 0
Jomal do Brasil, a Folha de SaoPaulo, 0 Globo, 0 Estado de Minas, Zero Hora, Oiiario
de Pernambuco e Diario do Noroeste (MOHERDAUI, 2000).
Em 1999 ocorre a prime ira cobertura on-line internacional, sobre a guerra do
Kosovo, que chegou a ser apelidada de "a guerra da internet", conforme Moherdaui
(2000). 0 Portal UOL (Universo Online) tambem publicou varios relatos de pessoas que
estavam pr6ximas as areas de confrito, cujo maior destaque foi a materia especial do
jornalista Waites Faceta Junior.
Durante a cobertura da queda do Concorde, em Paris, 2001, os jornais on-line
braslleiros divulgaram imediatamente uma cobertura extensiva, com muitas fotos e
mapas - ate mesmo imagens do aviao em queda - fazendo com que praticamente nada
fosse adicionado pelos jornais impressos do dia seguinte (MOHERDAUI, 2000).
Neste mesmo ano, 2001, a jornalismo on-line come<;ou a se consolidar no Brasil.
Em pouco tempo, se tornou um grande concorrente para as veiculos tradicionais, tendo
urn aumento de 184% na audiencia em rela<;8o a setembro de 2000, segundo
levantamento do instituto Ibope eRatings (MOHERDAUI, 2000), 0 que significa que a
20
audiencia dos jornais on-line brasileiros cresceu mais que 0 tr13fe90 na internet daquele
periodo.
Oesde entao, 0 jornalismo on-line S8 tomou uma importante fonte de informa9ao,
oferecendo as mais variados conteudos jomalisticos em diversos sites, sejam de
public890es impressas que procuram refon;ar suas marcas na internet, sejam os jomais
em tempo real com reda90es pr6prias ou ate mesmo sites de jomalismo especializado,
sites das agemcias de not[cias, porta is, sites institucionais OUcomerciais.
o Portal UOL, par exemplo, alem de ser urn dos pioneiros, e urn dos melhores
jornais on-line do Brasil, contando com 0 conteudo editorial de diversas empresas de
comunic89ao - incluindo a Editora Abril e a Fe/ha de Sao Paulo. Foi fundado em 1996,
inicialmente enfrentando problemas tecnicos e financeiros, trabalhando com uma
equipe de apenas 20 pessoas em uma sala no predio da Folha. Atualmente, emprega
cerca de mil profissionais e possui urn predio proprio.
4 Novas tecnologias e educar;ao
As transforma90es nas formas de comunica980 e de intercambio de
conhecimento, desencadeadas pelo usa generalizado das tecnologias digitais nos
distintos ambitos da sociedade contemporanea demand am uma reformula9ao das
rela90es de ensino e aprendizagem, tanto no que diz respeito ao que e feito nas
escolas, quanta a como e feito.
Ha muitos anos, as escolas utilizam jomais, TVs e revistas em programas de
atfabetiza9ao e de estimulo a leitura. Agora, precisamos comec;ar a pensar no que
realmente pode ser feito a partir da utiliza9ao dessas novas tecnologias,
particularmente a Internet, no processo educativo.
As especificidades tecnicas, a potencial pedag6gico e as possibilidades que 0
ciberespa90 oferece para a criac;ao de novas padr6es de aquisi9ao e constrw;::ao dos
conhecimentos, ao perrnitir 0 usa integrado e interativo de diversas midias, a
explora9fIQ hipertextual de uma volume enorme de informa96es e a comunica9ao a
disti:'mcia sao os principais desafios de explorac;ao para 0 professor e 0 aluno neste
contexto.
o professor nao e mais 0 centro das aten96es, ele e apenas mais uma OP9ao de
aprendizado, como diz Gilberta Freire. As paredes das salas de aula tradicional, com
seu giz e sua lou sa, estao sendo implodidas para dar passagem as novas tecnalogias
que penetram os corredores, salas e paredes da velha escola. A tecnologia que
favorece a ciberjornalismo pede novas exercicios de linguagem para um publico-alva
mais escolarizado, mais jovem, mais exigente, que agora nao e apenas receptor do
discurso, mas, tambem, em issar, como lembra Pierre Levy, ja nao e mais a rela9ao de
um para todos, mas todos para muitos.
Essa horizontalidade, que implode e explode 0 mundo tradicional do ensino,
conduzira a professor, sensivel e bem informado, por um labirinto de novas estrategias
pedag6gicas relacionadas com grupos de discuss6es on-line, e-seminars, e-mails,
blogs interativos, ensino a distancia, troca de informa90es entre estudantes da mesma
22
area par todo 0 Pars e tambem pelo exterior, relacionamento com as fontes, criac;ao de
pequenas agencias de natleias, entre Qutros.
Dentro da Internet, a jornalismo pode ser uma das tontes de informacyao a serem
exploradas na escola. MARTINS (2005) pensa a jomalismo como forma de
conhecimento, entendendo 0 jornalismo como instrumento de educayao, como urn fator
de conhecimento historica, da economia, da geografia, da sociologia, da matematica e
de Qutros elementos da cultura geral.
De acordo com Machado (2005, p.2), 0 processo de educa980 vai muito alem da
escola formaL "Numa sDciedade mediatizada como a nos sa, e evidente que os meies
de comunicac;ao cumprem com uma func;:ao essencial na educac;ao das pessoas. Nao
podemos esquecer que uma boa parte dos jomais, revistas e meios de comunica<;8o no
pars ja mantem programas de estlmulo a leitura em escolas. Como uma instituiyao que
detem um poder real na sociedade, a jomalismo desempenha uma fun<;Elo concreta de
educa<;Elo, de alfabetiza<;8o das pessoas. Para bern cumprir com sua missElo, nao tenho
duvidas de que as organiza<;6es jomalisticas devertam passar constantemente par
reciclagens para aperfei<;oar os seus procedimentos profissionais"
Para ele, 0 jomalismo nao deve ser visto como um instrumento, mas sim como
uma parte constitutiva no processo de educa<;Elo nas sociedades contemporimeas.
5 Mudan~as na forma~ao profissional do jornalista
A formac;ao profissional do jornalista mudou ao longo dos anos. Hoje, a grade
curricular das faculdades de Jornalismo brasileiras nem sempre garantem ao futuro
profissional uma fonnaC;ao condizente com a necessidade do mercado. De acordo
MARTINS (2005), he boas escolas, estruturas curriculares excelentes e adequadas,
mas por outro lado, nao se pode entender que elas sao permanentes.
"Nossa atividade, nossa profissao e dinamica e necessita de atualizac;6es
constantes. De maneira geral, muitas estruturas curricula res estao longe das
necessidades profissionais e sociais do jornalismo" (MARTINS, 2005, p.3)
o jornalismo on-line esta afetando a audiE!ncia de outros meios tradicionais,
como TV, radio e impresso. Segundo MACHADO (2005), todas as pesquisas empiricas
realizadas tanto por especialistas brasileiros quanto estrangeiros, nos ultimos 10 anos,
revelam que 0 aumento do uso de infonnac;6es do jomalismo digital significa uma
redU(~;aoda atenc;ao dedicada aos chamados meios convencionais.
Este tipo de comportamento e compreensivel porque enquanto 0numero de novos meios aumenta, 0 tempo dos usuarios dedicado aouso destes meios perrnanece 0 mesmo. Neste sentido, 0 novo meioprovoca uma altera9ao nos habitos ate entao vigentes (MACHADO,2005, p. 15).
No caso especlfico do aparecimento do jornalismo digital, 0 que se vertfica e que
existe uma reduc;ao significativa nas tiragens dos jornais e revistas e no numero de
horas dedicadas ao uso das infonnac;6es de TV, principalmente no que se refere aobtenc;ao de informac;6es em tempo real.
Sobre 0 assunto, COSTA (2005) ressalta a importancia do jornal enquanto
empresa e do jornalista, enquanto profissional, estarem atentos para os desafios que se
apresentam e a decorrente busca de nov os metodos e processos de gerenciamento.
Ele ainda destaca a importancia que adquiriu 0 jornalismo regional e a necessidade
dessa pn3tica voltar-se rnais para a comunidade, para a educac;ao, extrapolando a visao
2"
que S8 tern do leitor como mera consumidor de informayao, para ve~lo como cidadao,
parceiro da elaboray8o e reflexao dos fatas noticiados.
Uma mudan98 ja confirmada no jornalismo e a transferencia da narrativa em
terceiro pessoa para a primeira pessoa, a partir do weblog. Durante decadas, a
jornalismo foi quase urn sinonimo de texto na terceira pessoa. 0 reporter era 0
intermediario entre 0 protagonista da noticia e 0 leitor, 0 que 0 transformava num
narrador, na terceira pessoa. 0 radio e a televisao come9aram a quebrar esta regra
mas, agora, ela esta perdendo status de dogma profissional par causa do fen6meno
weblog, que esta consagrando narrativa baseada no eu.
o texto encontrado no blog do site Observat6rio da Imprensa "A polemica do
jornalismo na prime ira pessoa" (2005), diz que 0 texto na primeira pessoa ainda
incomoda a maioria dos jomalistas, pois e geralmente associado ao protagonismo,
atitude vista como urn pecado capital no exercicio da profissao, mas na web e cada dia
maior 0 numero de profissionais que acabaram incorporando 0 personalismo dos
cham ados jornalistas arnadores, surgidos na crista da onda de web logs.
A nova postura diante do texto na primeira pessoa entrou na agenda da grande
imprensa e das principais universidades norte~americanas movida pela pressao dos
weblogs, onde os autores sao ao mesmo tempo protagonistas. A rede de televisao ABC
criou urn segmento noiicioso chamado First Person (Primeira Pessoa) onde 0
protagonista se dirige diretamente a audiencia, sem a participa980 de um reporter. Ecada vez maior 0 numero de jornais que substituem 0 relato de rep6rteres pelo dos
protagonistas.
Urn centro de estudos especializado em jomalismo na Florida (EUA), chamado
Steve Outing, lanc;ou a tese de que 0 jomalismo na prime ira pessoa e uma formula
narrativa hibrida, que combina 0 estilo tradicional e 0 genero contador de historias,
adotado pela maioria esmagadora dos blogueiros.
o uso do eu em narrativas jornalisticas nao e novo. Icones do jomalismo norte-
americano como Gay Talese e Tom Wolfe cunharam a expressao Novo Jomalismo, nos
anos 70, para identificar textos escritos na primeira pessoa. 0 inedito e a generalizac;ao
do eu na grande imprensa, ate em redutos da tradic;:ao como 0 The New York Times.
25
A pesquisadora de jornalismo online Amy Graham levou a questeo para 0 terreno
da credibilidade, Ela acredita que tanto faz 0 eu como a 81e, mas a questao naD pareee
ser tao simples. E evidente que quase todas as regras e rotinas do joma1ismo 85t130
mudando, mas 0 reporter ainda e visto como 0 profissional que certifica a credibilidade
de um relato, principalmente quando 0 entrevistado e desconhecido pelo publico.
Com 0 crescimento dos weblogs, tambem esta S8 mudando a matriz informativa
dos chamados formadores de opini8o no Brasil. A influemcia de weblogs indica que urn
setor dos fonnadores de opini8o passou a preferir a notfcia personalizada e opinativa
em vez da informar;8o impessoal dos jornais, revistas, radios e telenoticias. As pessoas
estao agora seguindo as depoimentos 80 vivo via TV Senado ou GloboNews, com a
outro olho nos blogs politicos. A grande mudanc;a neste processo e a redw;ao da
importancia rei at iva dos comentaristas e analistas de jomais e da televise a em favor
dos blogs. 0 fato dos blogs estarem assumindo uma forr;a crescente na interpretar;80
personalizada de fatos marcantes na agenda publica nacional assinala tambem uma
pulverizar;eo do nucleo de analistas politicos da imprensa brasileira. A credibilidade e
visibilidade obtidos nos jamais, revistas e TV ainda e um fator decisivo no ranking dos
blogs politicos mais consultados na web brasileira, mas 0 quadro ja comer;ou a mudar,
na esteira do fen6meno Noblat.
5.1. Redagao on-line
A disciplina "Jomalismo on-line" ja esta presente nos principais cursos de
comunica980 do pais e algumas universidades passaram a oferecer especializar;flO,
visanda abastecer 0 mercado com profissionais capacitados para entender e atuar
neste novo jomalismo, que exige um alto grau de conhecimento das midias envolvidas.
Os desafios do jornalismo digital estao sem duvida relacionados anecessidade de preparar as redayoes, como urn todo, e aos jornalistasem particular, para conhecer e !idarcom essas transforrnayoes. Alem danecessidade de trabalhar com varios tipos de midia, e precisodesenvolver uma visao multidisciplinar, com noyoes comerciais e demarketing (FERRARI, 2003, p. 39-40).
26
o jornalismo on-line naD pode ser definido apenas como 0 trabalho de produzir
au colocar reportagens na internet, pois compreende todos as noticiarios, sites e
produtos jornaHsticos que nasceram diretamente na web. Assim, as veiculas dig ita is
sao obrigados a ter todos as departamentos de uma reda98o: fotografia, editoriais,
produ980 grafica, financeiro, arte, entre Qutros.
Atualmente, ha duas modalidades de produ980 jomalistica na internet. A prime ira
delas e a produy8o especificamente on-line, divulgada em tempo real. A segunda e a
transpOsiy80 de conteudo, especialmente da midia impressa, adaptados para a internet
Sao sites que apenas reproduzem 0 conteudo de Qutras midias, adaptando seu formata
para a reds. Existem quatro tipos de conteudos on-line:
o conleudo eslatica e qualquer infonna980 que nao esteja sujeita a mudan9a, au
possa sofrer uma atualizayao esporadica e eventual. E: a expediente do jarnal on-line ou
a politica de pJivacidade adotada pelo site.
o canleuda dinamico esta presente na seyao de ultimas noticias, atualizadas
quase minuto a min uta, nas noticias antigas, reportagens e artigos publicados
diariamente, nos links e nas refer€mcias disponibilizadas para as usuarios.
o conteuda funciona/ e dado principalmente por menus e barras de navegaC;8o.
o conteude interativD estimula a interaC;80 com as usuarios, como f6runs e salas
de bate-papo (chat). (WARD citado por PINHO, 2003)
o publico on-line tende a ser mais ativo do que as de veiculos impressos e ate
mesmo do que um espectador de TV, optando par buscar mais informac;oes em vez de
aceitar passivamente a que Ihe e apresentado. Par iss 0, a redalor do texlo precisa
antecipar a motivo pelo qual 0 usuano esta visitando aquele site e certificar-se de que a
que ele ve esta em urn contexte estabelecido, urna navegaC;8o apropriada e, par ultimo,
se vai satisfazer plena mente as suas necessidades de informac;flo.
A capacidade de adapta'Y<3osera uma caracteristica muito valorizada noprofissional on-line. Profissionais que trabalham com a transposi4Y<3odasmidias, traduzindo as notlcias da linguagern impressa para a web, emsites de jomais e revistas, sao classificados como jornalistas on-line. Eesse formato que precisa ser dominado por quem alrneja ser urn editorweb, profissional que enfrenta 0 desafio e conceber e manter na redeprodutos jorna1isticos capazes de gerar receita (FERRARI, 2003, p. 40).
27
Quem e capaz de mexer em varias midjas ao mesmo tempo e, ah~mdisso, escreve corretamente e em portugues culta, tern grandes chancesde tomar-5e urn ciberjomalista. (...) E preciso ter background culturalpara conseguir contextualizar a informag8:o e empacota-Ia de um jeitodiferente a cada necessidade editorial (FERRARI, 2003, p. 42).
Contextual1zar a informa<;3o e saber criar hierarquias de importancia para a
noticia - sempre da mais para a menDS importante. Ser fapido no raciocfnio e ter 0
conceito de instantaneidade ajudam na questao do fechamento continuo. Ter
familiaridade com a computador, com softwares de tratamento de imagem e de
comunic898o (chats e instant messengers), e ser um usuario avan9ado da web faz com
que 0 profissional consiga espa90 nas reda90es on-line (FERRARI, 2003)
Etapas da produ9ao on-line:
Pesquisa: e a fase de levantamento de informa90es, seja em publica90es
impressas, internet, entrevistas au qualquer outra fonte.
Organiza9ao da informa9ao: Disponibilizar as informa90es de forma 16gica,
considerando a estrutura do site e as necessidades da audiencia.
Reda9ao: Redigir as infarma90es em linguagem clara e concisa, com textos
curtos e tltulas chamativas
Edi9ao e revisao: Verificar se existem erros nos textos, efetuando poss;veis
cortes para deixa-Ios enxutos. Selecionar as imagens que serao anexadas aos textos,
verificando se e possivel substituir parte destes par elementos visuais.
Webdesign: Formatar 0 texto para adequa-Io ao layout do site, inserindo as
imagens que acompanham as textos, mas evitanda que as elementos visuais
prejudiquem a navegabilidade do site. (PINHO, J.B., 2003)
A pesquisa jomalistica na rede mundial e feita com quatro prop6sitos gerais. 0
primeiro e a busca de informa9ao, que pode incluir documentos, dadas, fotografias,
audio e video. 0 segundo objetivo consiste em procurar e localizar pessoas
especializadas em temas au assuntos que estejam sendo cobertos pelo rep6rter. 0
terceiro e a de checar determinadas informa90es usanda recursos de referencia on-line.
a quarto objetivo estabelecido e a de analisar determinada infarma9ao, em especial
dadas.
Tres perguntas basicas devem ser feitas para que a pesquisa jornalistica na
Internet resulte em infonnac;oes confiaveis: Quem esta por tras do site? 0 tipo de
organizac;ao respansavel pelo site pode ser identificado par meio dos c6digos u.com~,
para empresas comerciais, ".gav" para entidades do governo federal, au ".Edu" I ".br"
para instituic;6es de ensina superior.
Quando ocarreu a ultima atualizac;aa? A respeitabilidade da instituic;ao e a
credibilidade dos responsaveis pelo site tambem devem ser verificadas. Sites com
conteudo desatualizado nao merecem canfianc;a. 0 conteudo contem erras
artograficos?
Textos e informac;6es carretamente redigidos constituem urn indicador de
qualidade e resultam em confiabilidade para 0 conteudo do site (PINHO, J.B., 2003).
6 Jornalismo criativo e interpretativo
Sacudida pelos avan90s da informayao eletronica, a imprensa escrita tern
procurado artiffcios de sobrevivemcia que nem sempre se coadunam com a sua
vocayao: informar e educar. De acordo com COSTA (2005), muitas analises sobre 0
jornalismo popular ressaltam a utiliza9ao especifica da Ilnguagem como 0 diferencial em
relayao aos vefculos "tradicionais" A aproximayao com a linguagem oral e 0 usa das
tecnicas narrativas seriam taticas para agradar a urn publico diferenciado, com um
menor nivel cultural ou educacional
Para alguns autores, a oralidade e a coloquialidade - caracterlsticas das formas
narrativas - sao especfficas dos jornais populares. Segundo DIAS (1996), por essa
Utentatlva de uma maior aproxima9ao com 0 leitor das classes mais modestas da
papula9aa, [as jamais populares] optam por uma linguagem coloquial, popular". (p. 39)
Algumas estrategias lingOisticas sao enfatizadas, como 0 usa da fun9ao fatica, a
extrema coloquialidade, 0 uso de gloas e palavr6es, 0 aparecimento de marcadores
conversacionais. Nesse ponto, 0 jornalismo acaba constituindo-se como urn campo
intermediario entre a conversayao e a ficyao, estabelecendo formas de envolvirnento e
fragmenta,ao comuns aDs dois tipos de discursa (DIAS, 1996).
Enquanto isso, os jornais nao-populares se colocam "num espayo - urn tanto
vaga - entre a linguagem liter,;ria e a falada" (DIAS, 1996).
WOLF (1995) apanta como um dos aspectos centrais para a defini,ao da
noticiabilidade a imagem que os jornalistas tern do publico. Essa imagem condiciona as
praticas dos produtores e interfere diretamente nas rotinas jornaHsticas, uma vez que os
jornalistas buscam estrategias de a~o para adequar seu trabalho as expectativas
culturais dos leitores, assim como os leitores buscam nas suas matrizes culturais os
referenciais para a leitura dos produtos. 0 genero faz esse intercambio, atualizando as
matrizes culturais de produtores e consumidores das formas simb6licas. A capacidade
de prender a atenyao do publico e importante no jomalismo como um fim em si mesma,
mas tam bern como instrumento para outros objetivos.
30
Nesse sentido, a criatividade pode ser um excelente instrumento de atra9ao no
jornalismo. Segundo BUENO (1985), 0 conceito de criatividade ocupa posi,ao central
nas diversas teorias que pretendem examinar a chamada industria cultural. De maneira
geral, a postura basica e retirar das manifesta<;6es expHcitas da cultura contemporanea
o seu valor criativo, sob a argumento de que a cultura industrializada, contaminada pela
ansia do lucre e pela massifica9ao, nao permite a livre expressao de criatividade. Essa
e a opiniao de te6ricos de Frankfurt, como Theodor Adorno, critico da industria cultural.
Para ele, "as mercadorias culturais da industria se orientam (... ) segundo a prindpio de
sua comercializa9aO e nao segundo 0 seu pr6prio conteudo e sua figura9ao adequada.
Toda a praxis da industria cultural transfere, sem mais, a motiva9ao do lucra as cria96es
espirituais. A partir do momenta em que essas mercadorias asseguram a vida de seus
produtos no mercado, elas ja estao contaminadas por essa motiva9ao (... ). As
produ96es do espirito no estilo da industria cultural nao sao mais tambem mereadorias,
mas 0 sao integralmente". (COHN, 1977, p.288-9)
A idela e que, integrado as engrenagens que impulsionam a industria da cultura,
a profissional nao se realiza enquanto criader. Sua obra, quase sempre parcela de um
trabalho coletivo, esta desfigurada, naa se exterioriza como produto individual. 1510 e,ela nao reflete 0 estilo profissional que a elabora. Segundo MOLES (1974), a
criatividade e a aptidao de criar ao mesmo tempo 0 problema e sua SOIU<;30, em todo
caso a de cerrar formas constitufdas de elementos disparatados, fragmentados de
pensamento, atomos de raciodnio, denominados semantemas. (p.59)
A criatividade na industria cultural fica, portanto, restrita a contribuic;ao minima de
urn profissional (0 criader) dentro de urna obra coletiva. No jornalismo, desde a
aquisi<;ao ou fornecimento dos dadas, interpreta<;aa dos mesmas, elabora<;ao dos
dados e forma<;aa da mensagem, ate a difusao ou comunica<;3a ao publica da
mensagem, e passivel existir atividade criativa.
A pratica jornalistica tem demonstrado que as profissionais divergem na
obten<;ao dos dados e que uns, mais do que autros, imprimem as informa<;6es que
registram um carater 16giea. Ha alga de pessoal, de esfar<;o intelectual difereneiado
nesse processo de capta<;8a de infarma<;6es.
11
De acordo com BUENO (1985). a criatividade pode ser verificada no universQ
vocabular utilizado, na consulta de Fontes especializadas, na visao crltica e na
identificac;ao com as expectativas do publico leitor.
6.1. Escrevendo para a Internet
Webwriting e arte de escrever para internet. Embora 0 resultado seja urn texto
simples, sua pratica exige conhecimentos te6ricos das caracteristicas desta midia, que
alia texto, design e tecnologia em urn unico componente: a infonma9ao (RODRIGUESa,
2001). Nao par acaso, alguns cursos de especializa9ao tern surgido para preparar as
profissionais desta area.
o texto na web nao e alterado, a que muda e sua apresentaC;80, que deve ser
extrema mente direta e agradavel, alern de poder contar com Jinks para paginas
complementares sobre 0 assunto, dando aD leitor todo a contexto da noticia. Desta
forma, e passivel explorar materias antigas atraves de uma noticia de tema semelhante.
(...)0 texto on·linedeve estar numa linha entre 0 jomalismo impresso eo eletronico. E mais conciso e multimidia do que 0 texto impresso,porem mais literal e detalhado do que 0 de TV, por exemplo. Um bomtexto de midia eletronica usa sententyas concisas, simples edeclarativas, que se atem a apenas uma ideia. Evitam·se lon90speriodos e frases na voz passiva (FERRARI, 2003, p.49).
Como 0 jomalista tern na escrita sua principal ferramenta de trabalho, e preciso
conhecer os fatores que condicionam a reda<;ao na web. Bruno Rodrigues
(RODRIGUESa, 2001), especialista em webwriting, afirma que esta atividade e urn
exercicio constante de planejar e repensar 0 conteudo, obedecendo a tres principios
basicos: objetividade, visibilidade e navegabilidade
Objetividade: 50% do texto impresso pode ser eliminado para a intemet, pais a
tela do monitor deixa a leitura 25% mais lenta (NIELSEN, 2000).
A luz do monitor pode causar fadiga visual (ardencia, visao emba9ada ou
embaralhada), alem de dores de cabe9a (PINHO, 2003).
Por isso, seja direto e nao utilize linguagem subjetiva au complexa. Escreva s6 0
necessario, substituindo palavras longas por sinonimos curtos
32
No jomalismo on-line 0 texto precisa ser claro, conciso e objetivo - "jogos de
palavras, piadinhas e brincadeiras nos titulos e textos nao fun cion am. E preciso dizer
logo a noticia" (VISONE Citado por PINHO, 2003, p. 198). Deve-se assim, evitar 0 uso
de termos pouco conhecidos, reduzindo 0 usc de itens lexicos (palavras e express6es)
eo de operadores (regras gramaticais) de uso corrente, para otimizar a comunica980 e
agilizar a produl'ilo do texto (FERRARI, 2003).
Visibilidade: Evite textos longos e continuos. Organize 0 texto em pari3grafos
curtos, com subtitulos, e se posslvel, resuma as informa90es mais importantes em
topicos. Assim, se 0 usuario nao quiser ler todo 0 texto, obtera as informa<;oes que
precisa ao passar os olhos pela pagina.
A principal audiencia da web esta concentrada nos leitores scanners, que se
Ilmitam a fazer uma leitura superficial, ou seja, um "varrimento" visual em busca de
palavras ou frases que Ihes interessem (PINHO, 2003).
Um estudo conduzido em 1997 pela Sun Microsystem revelou que 79%das pessoas que visltam os sites da web carrem os olhos par toda a telae fixam-se em urn outro lugar, em vez de ler a pagina lntelra, palavra porpalavra (...). Dessa maneira 0 internauta que navega em paginas dehlpertexta val acumulando conhecimento, segundo 0 seu interesse e atese satisfazer (HOLTZ citado par PINHO, 2002, p.S6).
Para lidar com este publico, texto e design devem trabalhar juntos na web.
Persuadir 0 leitor a navegar pelas paginas de um site exige uma estrutura editorial
aliada ell pro9rama9aO visual. As paginas devem ser arejadas, com poueo texto e
irnagem, sendo fundamental a correta utilizaC;80 do espac;o em branco para criar urn
ambiente agradavel.
Navegabilidade: Paginas pesadas desestirnularn os visitantes. Estabelec;a urn
limite de 20 linhas por pagina e segmente os textos longos em varias paginas. Nilo
coloque Ilnks no corpo do texto. Os links internos devem fiear no topo da pagina e os
externos no final
Os usuarios desejarn encontrar informac;oes rapidamente. A pagina principal
deve exibir apenas os fatos mais recentes, relevantes e de eornprovado interesse do
visitante, deixando as outras informac;oes acesslveis atraves de um menu bern
estruturada e, se passivel, ate no terceiro clique.
33
Em relac;ao as noticias, e essencial dlzer rapidamente 0 fata atraves do lead e
persuadir 0 leitof a partir para Dutro texto relacionado, seja urn arti90, uma materia ou a
mesma notfcia escrita de fonna mais elaborada. Os titules devem apresentar 0 assunto
em poucas palavras e os 5ubtftulos devem resumir a noticia em frases curtas. Ambos
devem conter verbos na voz ativa e no presente - com poucas exc8yoes, dependendo
do acontecimento.
Segundo 0 Manual de Estilo da Universidade de Yale (YALE UNIVERSITY,
2004), menes de 10% dos usuarios utilizam as barras de rolagem do browser para if ate
o final dos documentos. Par isso, assim como nos jamais impressos, e necessario
utilizar a pifamide invertida, concentrando as infonnac;6es rna is importantes no inieio do
texto, que estara na parte mais visivel da pagina.
Neste aspecto, 0 hiperlink e a melhor ferramenta da web, pOis permite que 0
texto seja segmentado em quantas paginas for necessario. Mas e preciso cautela ao
utiliza~lo, pois pode interromper a leitura do usuario. Enquanto uma imagem pode
segurar sua aten9ao por alguns segundos, um hiperlink pode leva~lo para outra pagina
e a pessoa dificilmente retomara para ler e resta do texto.
Os programas de radiojomalismo tern algo a ensinar: no final de umbloeo de notieias, exatamente antes dos eomerciais, os ouvintes saoconvidados a perrnanecer sintonizados na ernissora para ouvir outrasinteressantes e importantes historias. A interrupvao da ayao ao final docapitulo de urn livro, a conclusao de uma parte do filme ou de urnsegrnento do show mostrados na TV, sao equivalentes ao final de umapagina web que requer urn clique. Faya 0 link trabalhar para voce (DEWOlK citado por PINHO, 2003, p. 190).
"Estruture esses textas em uma hiper~ret6rica, dando ao visitante a falsa
impressiio de controle sobre os links, enquanto 0 leva para 0 ponto desejado" (PINHO,
2003, p. 187).
Um site naturalmente passui divers os elementos que disputam a atenyao do
leitor com 0 texto. Por isso, as hiperlinks devern ser posicionados de mado que nao
interrompam a leitura. Evite ao maximo inserir hiper1inks no corpo do texte, em especial
as que levarn para outros sites - chamados de links externos. A interatividade da rede
34
deve ser respeitada, mas pode ser manipulada. Par is so, 56 insira links entre 0 texto
casa sejam intemos - apontem para Dutra pagina do me sma site.
Par quest6es de credibilidade, 0 texto do hiper1ink deve apresentar uma ideia real
do que havera na proxima pagina e cumprir 0 prometido. Os links externos devem ser
de qualidade e relevancia, pois recomendac;:5es ruins podem frustrar as usuarios em
relaC;8o ao seu site. Hiperlinks de texto sao mais efetivos do que as de imagens. 0 texto
tern a vantagem de indiear aD usuario 0 tipo de conteudo da pagina seguinte.
o radio, 0 cinema e a televisao, cada urn no seu tempo, surgiram comconteudos que reproduziam as midias que os precederam. A medidaque eles fcram amadurecendo, as conteudos tornaram-se aos poucosmais adequados ao formato do novo meio. Finalmente foramdesenvolvidas formas proprias, como a linguagem radiofonica, alinguagem cinematografica e a linguagem televisiva, que explorammelhor as caracteristicas de cada meio e permitem tirar a maximoproveito das suas potencialidades (PINHO, 2003, p. 181).
A internet ainda esta em gesta~ao, a caminho de uma linguagempropria. Nao podemos encara-Ia apenas como uma midia que surgiupara viabilizar a convergencia entre radio, jomal {impressa]e televisao.A internet e outra coisa, uma outra verdade e conseqlientemente umaoutra midia, multo ligada a tecnologia e com particularidades lmicas(FERRARI, 2003, p. 45).
Portanto, assim como as midias tradicionais, a internet possui uma linguagern
propria, que a torna (jnica. Entre seus principals desafios, esta a necessidade de
escrever para paginas que podem ser acessadas independentemente do restante do
site, pois na rede, nao ha urn caminho unico, as pessoas podem anotar a endere90 de
uma pagina especffica au ate mesmo encontra-Ia par urn mecanismo de busca.
Nas demais midias a suporte de apresentayao do conteudo e fixo, mesmo no
caso da televisao: todos as telespectadores veem a mesma imagem, apesar dos
diferentes tamanhos da tela de TV em suas casas. As duas caracterfsticas proprias da
web - nao ser dotada de urn suporte fixo e permitir que as usuarios acessem as paginas
de mane ira nao previsivel - exigem que 0 redator desenvolva um conteudo coerente e
adequado tanto para a pagina web como para 0 monitor, cujo tamanho nao pode de ser
previsto.
35
Oesta forma, as paginas nae S8 encadeiam sequencialmente e devern, portanto,
fomecer as informac;6es que contextualizem 0 texto au famecer hiperlinks relacionados.
E preciso tambem redigir para urn espac;o flexivel, que depende da resolu980 do
monitor e da configurac;ao pessaal do usuario, 0 que dificulta a previsao da estrutura
estatica do texto.
Acompanhando as caracteristicas da internet - destaquemos a interatividade, 0
texto na internet e uma mistura de redaC;8o jornalistica e publicitaria, pais busca ao
mesmo tempo infonnar e persuadir. Segundo Bruno Rodrigues (RODRIGUESa, 2001),
e preciso despertar 0 vendedor que existe em todo webwriter, pois 0 texto na internet
precisa ser persuasivo:
"Primeiro, porque webwriting nao e uma linguagem jornalistica au publicitaria (. ..)
- e uma mistura das duas. Depois, porque para embarcar nessa viagem e preciso um
razoavel dominio da reda,;;o" (RODRIGUESa, 2001, p. 10).
Entre as tres estilos de redayao - formal, semi-formal e informal- a semi-formal, derivado da publicidade, e utilizado com mais eficacia nainternet. 0 estilo formal chegou a ser usado no inicio da web comercial,mas ausencia de empatia provocou rejei9Bo imediata. 0 estilo informal eutilizado com sucesso em sites pessoais, blogs e sites de humor oucritica, mas e obviamente restrito (RODRIGUESb, 2004).
Par fim, apesar de utilizar muitos elementos do texto impressa, a web permite
estilos nao convencionais de reda980 - ate mesmo "ousadias publicitarias" 0 publico
on-line e mais receptiv~ e precisa ser seduzido, 0 que permite que 0 texto possa ser
mais criativo que nas midias tradicionais. 0 que deve prevalecer sempre e a
objetividade.
70 conteudo jornalistico da Internet
o centeudo jornalistico e urn grande atrative na Internet. Os sites brasileiros rna is
visitados oferecem natfcias e autras infanna90es em suas paginas, recursa empregada
com sucessa para atrair e manter seus visitantes.
Os recursos mais usados da internet sao os serviyos de informac;oes enoticias e a e-mail. As salas de bate-papa tambem sao populares.Pesquisas indicam que, em 1999, as assinantes da AOL gastaram 45milhoes de horas batendo papa eletronicamente. 0 significado dessesnumeros para as organizayoes de midias classicas e que elesrepresentam a tempo que nao foi gasto com a TV, jomais impressos oucinema (DIZARD JR, 2000, p. 43).
o fato e que, quanta maior for a numero de usuarios on-line e quanta mais tempo
eles gastarem na internet, menos tempo dedicarao em outras atividades, incluindo ler
jornais e revistas, assistir TV e escutar radio.
Isto tem provocado a transfere!ncia de verbas publicitarias dos meios tradicionais
para a internet, especial mente dos jarnais impresses, que comparados ao radio e a TV,
of ere cern poucas vantagens competitivas contra a internet, alem, e claro, de serem
pagos, enquanto as outros meios sao gratuitos (com excer;ao da TV par assinatura).
o advento da web reduziu a utilizay30 dos meios de comunicac;aotradicionais entre os seus usuarios. Segundo estudo do Qualibestrealizado com intemautas no periodo de 22 de agosto a 8 de setembrode 2002, a diminuiyao do uso dos jomais impressos foi de 33%; dasrevistas e da TV aberta, de 17% cada, e do radio, de 13%. A TV paga ea que menos concorre com a internet, pois apenas 3% dos internautasdisseram que veem menos TV por assinatura. Dos entrevistados,apenas 17% disseram nao terem reduzido as atividades realizadasantes (BOTTONI citado por PINHO, p. 116).
(...) pesquisa da European internet Advertising Association indica que,em media, as consumidores f;cam online 11 horas por semana,enquanto dedicam 5 horas por semana para a leitura de jornais. 0tempo online representa 20% do total do consumo de midia, enquantoas horas reservadas para 0 jornal [impresso] correspondem a 11% -queda em relayao aos 13% apurados em 2003 (BLUE BUSa, 2004).
37
( ) em uma pesquisa realizada nos EUA pela InsightExpress (...) a web( )e vista como a mais informativa das midias (37%) e aquela que daao usuario maior contrale (49%). A TV, por outra lado, e a midia que asconsumidores procuram em 10 lugar (40%) e aquela que e considerada'mais facil de usar' (42%). Nos dais casas, a internet aparece em 20
lugar, apontada par 34% e 24% dos consumidores, respectivamente(BLUE BUSb, 2004)
De acordo com uma pesquisa realizada em janeiro de 2004 pela Network
Wizards (NETWORK WIZARDS, 10/07/04), 0 Brasil ocupa 0 8° lugar no ranking mundial
de servidores web, possuindo 3.163.349 Sites cuja extensao e ".br". Considerando que
muitas sites brasileiros tambem sao hospedados em servidores estrangeiras au
possuem apenas a extensaa ".com", como e a casa do portal Globo.com, 0 Brasil euma das maiores potemcias mundiais em internet.
Outra pesquisa realizada pelo {bope eRatings revelou que, em junho de 2002, a
audiencia total dos jornais on-line no Brasil cresceu cerca de 130% em relac;ao a 2001,
superando a crescimento total da audiencia da internet, que corresponde a apenas
23,2%. 0 publico total dos jomais on-line, estimado em 1,226 milhao em 2001, passou
a 2,854 milh6es em 2002.
Este consideravel aumento de usuarios on-line esta contribuindo para a
expansao do cornercio eletronico, e neste aspecta, as mulheres sao urn segmento
multo importante. Acredita-se que, pelo fato das mulheres tomarem as principais
decis5es de compras para 0 lar, a aurnento de sua presenc;a na internet esta resultando
em grandes avanc;os sabre as vendas on-line.
Pesquisas recentes indicarn que a USU3riO brasileiro media da internet ainda
pertence a cIa sse A e B, mas Jentamente vern crescendo a participac;ao de integrantes
da classe CeO, principalmente devido ao acesso gratuito oferecido par alguns portais.
Outro fator que deve ser considerado e a percentual de leitura dos jornais on-line, que e
superior ao do impresso:
Um estudo do instituto norte-americana Poynter mostrou que 75% dosartigos on-tine sao lidos na integra, percentual muito superior ao dosveiculos impressos, em que nao mais que 25% dos textos sao lidosinteiros. 1550 ocorre porque a leitar impressa nao realiza nenhuma tarefapara chegar ate 0 final da reportagem, enquanto 0 leitor on-line precisaclicar e escalher a que quer ler (FERRARI, 2003, p. 51).
Enquanto 0 percentual de leitura do jomal impressa vern caindo, devido a
diversos fat ares como: falta de conteudos destinados aos jovens, ausencia de temas
cotidianos, ulilizac;:ao de grandes agencias de noticias fazendo com que se tornem cada
vez rna is parecidos, entre outros falores, as jomais on-line tern conquistado cada vez
mais 0 respeito e atenyao dos leitores. Rapidamente e sem pagar nada, a usuario pode
verificar infonnac;:oes em veiculos concarrentes au simplesmente procurar par outras
infonnac;:oes.
Isto faz com que urn usuario gere audiencia em diversos sites noticiosos,
tornando as investimentos publicitarios ainda mais compensadores, pois urn site nao
possui urn publico restrito de assinantes como 0 jomal impresso. Por exemplo, qualquer
usuario po de ver diferentes fotos de urn evento em diferentes sites, enquanto poucas
pessoas podem pagar pela assinatura de varios jomais para conferir as diferentes
vers6es de uma mesma informac;:ao.
Inicialmente, a internet naa era uma ameaya econ6mica Serla para jarnais,
revistas, emissoras de radio e televisao, pOis os servic;:os on~line eram apenas
suplementares e nao substitutos para as mfdias tradicionais.
Mas, atualmente, parte das verbas publicitarias que eram investidas nas
primeiras mfdias esta fluindo para a web. A principal razaa e a possibilidade de
mensurac;:ao precisa, ja que, atraves da programac;:ao interna dos sites, e possivel
monitorar com exatidao sua audiencia, qual pagina e mais aces sad a e em que horario.
Isto permite urn direcionamento preciso, utilizando ape los publicitarios produzidos de
acordo com as caracteristicas do publico-alva, que serao deduzidas considerando a
conteudo de uma pagina especifica au de todo a site.
Oesta fonna, assim como ocorre com as diversos cademos de urn jamal, a
publicidade sera inserida em sua devida categoria dentro do site, com a diferenc;:a que 0
espac;:o a ser inserida sera avaliado confonne sua audiencia, alga impassivel de ser
contabilizado no jornal impresso, cuja mensurac;:ao, pelo contra rio, e imprecisa.
Apesar do impresso possibilitar a direcionamento da publicidade de acordo com
°conteudo editorial de suas sess5es, e impossivel garantir que uma publicidade sera
vista. Em urn website, e passivel, atraves do numero de visitantes e tempo que
pennanecem navegando em suas paginas, saber se 0 conteudo de cad a pagina
39
recebeu a atenc;:eo do usuario, e ate mesmo, saber se houve resposta direta ao
anuncio, atraves da quantidade de cliques que a pec;a publicitaria recebeu, levando 0
usuario ao site do anunciante.
Alem disso, quando 0 usuiuio e levado para 0 site do anunciante, fica exposto a
todo momenta a sua marca e seus produtos, a que faz com que a internet supere ateleviseo no aspecto tempo de expesiyao, que na TV e page por segundo e veiculado
com resqu[cio devido ao alto valor cobrado pelas emissoras, mas que na web, seu
custo e irrisorio e 0 site estara disponfvel a to do momenta com todas as infonnac;6es
sobre todos os produtos, algo impossivel nas midias convencionais que cob ram par
tempo ou espac;o.
Cria-se, assim, uma relac;:eo benefica de interdependemcia: as anuncios mais
direcionados obtem melhores resultados, as agencias de publicidade se sentem
estimuladas a anunciar mais, os sites jomalisticos aumentam suas receitas, melhoram
os seus servic;:os e atraem mais consumidores.
(...) alguns acreditam que [a internet] esta surgindo como urn novo eimportante canal de veiculayao publicitaria que vai reivindicar umaparcela importante dos investimentos publicitarios totais. Se issoacontecer, sera que os meios de comunicayao mais antigos seraoprejudicados? Em caso afirmativo, qual sera mais? Sera que a internetvai reforyar 0 impacto da televisao e dos jornais e se apropriar de umaparcela ainda maior da renda publicitaria ja bern reduzida dos jornais?Ou sera que a internet vai comeyar a corroer 0 pedaryo do bolo datelevisao, assim como a televisao fez com os jornais [impressos]? Ousera que a internet e realmente uma novidade, como afirma a maiorparte de seus defensores entusiasticos, que nao vai apenas oferecer umnovo canal a formas tradicionais de publicidade, mas vai gerar novasformas de comercio que van ah:§m das categorias existentes depublicidade e marketing? Sera que a internet vai criar um "mercadoeletr6nico· radicalmente novo com sua propria ''webeconomia''?(ADLERe FIRESTONE, 2002, p. 34).
o fato e que a internet esta afetando toda a economia e nao somente as
empresas de comunicacyao. Conforme os consumidores estao se acostumando a fazer
compras on-line, as empresas tem a possibilidade de ampliar sua atuacyao no mercado
oferecendo seus produtos para um publico distante territorialmente, mas por outro lado,
podem perder seus clientes locais devido a prec;os menores encontrados na internet.
40
Toda esta competitividade aeaba exigindo maiores 9a5t05 com publicidade,
principalmente na internet, 0 que abre novas possibilidades para as jornais on-line, que,
devido a sua audiemcia, e uma das primeiras opc;6es para quem anuncia na rede.
7.1 Informa<;8o para os formadores de opiniao
o publico da intemet, em geral, e jovem e qualificado, com alto nivel de
escolaridade, elevado poder aquisitivo e perfil ocupacional em que predominam as
posic;oes de empresario, executivo e autonomo. Par essas caractensticas, a audi€mcia
da internet merece atenC;80 como importante forma dora de opiniao.
Os jovens de 18 a 25 anos sao seus potenciais consumidores. Sao eles que S8
sentem atraidos pelas vendas on-line, home-banking, entretenimento e principalmente,
informayao, 0 que os tornam a principal audiEmcia dos jornais on-line. Oificilmente
desembolsarn dinheiro pelo jomal impresso - preferem acessar seus sites preferidos
para saber das notfcias. Assim, as sites jornalfsticos vern tomando 0 espayo dos livros,
jornais, programas de TV e ouiros meios de comunicac;ao tradicionais.
Comparada as outras midias, a internet e urn dos meios mais baratos e de maior
alcance para divulgar e vender produtos, dispondo de varios recursos. A campanha
publicitaria on-line esta sempre atualizada e pennite 0 contato direto com 0 consumidor,
o que e chamado de marketing direto. Assim, os jornais on-line pod em obter lucra
inserindo anuncios publicitarios em suas paginas ou criando um sistema de
classificados on-line, alem de poder manter uma area de conteudo pago, cujo
direcionamento de conteudo e interesse compravado pelo pagamento do leitor, pod era
atrair anuncios estritamente destinados a detenninado publico-alvo.
A majoria dos sites supre apenas urn nicho de mercado e e isto que toma a
internet interessante para investirnentos publicitarios, que sao feitos por empresas com
pradutos igualmente segmentados, interessados em atingir exatamente tal publico-alva.
Sites bern direcionados pod em cobrar valores mais altos pelos anuncios, pais, apesar
de possuirem urn espa90 limitado para vender, conseguem atingir uma audiencia em
particular.
41
Tendo a audiemcia mais facada, a publicidade em sites de conteudo etipicamente mais cara do que a inser980 em sites genericos, pois os usuarios estao
interessados no conteudo especffico que esses sites veiculam e isto e urn 6timo
direcionamento.
Alem de seus custos competitivos, a internet e a midia mais precisa para abter
numeros de audiencia e perfil dos usuarios. Os profissionais de marketing on-line
podem utilizar softwares para analisar seus sites, au ainda, contratar empresas
terceirizadas para caletar as dados dos seus arquivos de registro para produzir
relat6rios e analises.
Tendo em vista que as consumidores confiam em editoriais, as advettoria/s
(anuncios veiculados como conteudo editorial; ex: materias pagas e press releases)
geram maiores taxas de resposta do que outros tipos de publicidade na web. No
entanto, os anunciantes precisam tomar cuidado para nao gerarem uma eventual
sensayao de falsidade atraves dos advertoria/s, criando imagens negativas de suas
marcas. Os advertoria/s sao mais eficientes se oferecerem 0 conteudo que 0
consumidor espera receber, como informayoes te§Cnicas de produtos, que apesar de
prom over a empresa, cumpre a funyao do jomal de informar.
7.2 Jornalismo: 0 chamariz dos porta is
Portais sao sites que servem de entrada para varios outros sites relacionados de
alguma forma. Por exemplo, existem portals de culinaria, portais de entretenimento, etc.
Pela possibilidade de reunir milhoes de pessoas conectadas ao mesmo tempo, os sites
do genero assumiram 0 comportamento de midia de massa.
Se fizermos uma analogia com a organiza<;:ao dos corredores deshoppings, iremos perceber que os portais tambem estao divididos emancoras e canais, como nos grandes centr~s comerciais onde existemas prayas de alimentayao, as redes varejistas, as alamedas de servi<;:oscom sapataria, chaveiro, lavanderia e as lojas genericas (FERRARI,2003, p. 19).
o conteudo jornalistico tem sido 0 principal chamariz dos portais. Sao porta is
com conteudos variados, muita informa9ao e atualiza9ao em tempo real. Organizayoes
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noticiosas que tern dominic sobre as mercados locais de informay8o estao na melhor
POSiC;80 para aproveitar as oportunidades oferecidas pelo conceilo de portal.
Apresentam audie!ncia segmentada, com trafego con stante e dirigido.
Estima-se que 80% do tratego na web tern origem nos portais de busca, caminho
natural de quem procura qualquer informa98o na web. Oaf a importfmcia de posicionar
bern urn site nas ferramentas de busca, urn trabalho minucioso que requer 0
conhecimento das regras de inclusao e posicionamento nos buscadores.
Existe uma diferen98 sutil entre urn mecanisme de busca e urn diretorio. Ambos
permitem que S8 f898m pesquisas por palavras-chave. No entanto, urn diret6rio pas sui
uma classific8C;80 hierarquica de paginas par assuntos, arganizadas como uma arvore
genealogica, enquanto urn mecanisme de busca faz uma varredura pela web a procura
de palavras-chave indicadas pelo usuario.
A maio ria dos diretorios e compilada par seres humanos e nonnalmente exigem
que a responsavel pelo site fa<;a a devido cadastre em seu banco de dados, que sera
avaliado antes de ser disponibilizado. as mecanismos de busca passu em softwares
que pesquisam atraves da web buscando pelas palavras que a usuario indicou.
Geralmente, os portais de busca possibiHtam os dais metodos de procura: par diretorio
e por mecanismo
Uma das primeiras providencias para divulgar urn site consiste em submeter a
nome e a URL aos mecanismos de busca, diret6rios, guias na web, sites e outros
veiculos de divulga<;ao apropriados.
As formas e as criterios de indexa<;ila dos cataJogos (au diret6rios), dos
mecanismos de busca e dos meta-buscadores sao diferentes. Par isso, a visibilidade de
urn site na rede mundial pode de pender, entre outras medidas, da correta indexa<;ao do
conteudo e das paginas.
o titulo de uma pagina na web e aquele texto apresentado pel a browser no alto
da janela. Ele e a elemento mais importante para os mecanismos de busca. Em
primeiro lugar porque as palavras contidas no titulo sao indexadas na base de dados e
tern grande prioridade nas buscas. Alem disso, os titulos sao mostrados nos resultados
de uma busca, e par issa, devem ser atraentes para chamar a atenr;:ao do usuario.
43
Muitos designs que sao agradaveis a visualizat;;ao podem nao ser eficientes paraa indexa<;8o dos mecanismos de busca, como par exemplo paginas que utilizam muitos
frames (molduras) e sites feitos predominantemente de imagens. 0 ideal e que toda
imagem inclua 0 tag "HTML AL T=", inserindo uma descriyao curta da imagem para 0
casa de nao ser passivel carrega-Ia.
Alguns autores sugerem a inser980 de palavras como "xxxft, "sexo", "gratis" eoutras, para que 0 site apare,a entre as pesquisas mais populares (ZEFF e ARONSON,
2000). 0 problema e que muitos bloqueadores de sites impr6pnos nao aces sam sites
cuja meta contenha esses termes. Par fim, e melhor nao coleca-Ios
8 Perspectivas para os jornais impressa eon-line
o jarnal impressa nao sera extinto, mas e fate que esta sofrendo profundas
alterac.;:oes. Os diarios agora se preocupam em estabelecer estrategias de vend as tao
audazes quanta das empresas camerciais, numa tentativa de vender seus produtos:
noticias e outras informac.;:oes.
A internet acompanha esta tendencia, ampliando-a, pais nao ha assinaturas ou
alguma fonna de cobranc.;:a cansideravel, e as jamais on-line tem de trac.;:ar suas
estrategias a fim de obterem anunciantes, esforc.;:ando-se para que as anuncios exibidos
sejam tambem acessados, pois sao comuns as contratos com esta condi<;ao.
(...) 0 que cada vez mais as pessoas que fazem e trabalham na webprecisam compreender e que todas as tecnologias caminham para umponto de convergencia. Nao havera supremacia de uma tecnoideia [grifodo autor] sobre as outras, mas uma integrac;ao, uma soma (CORTES"2004).
Saira vitorioso quem compreender e souber gerir esse processo demudanc;:a, quem for mais inteligente na disseminac;:ao de conteudosinformativos e na busca de parcerias para a criac;:ao de novastecnologias e novos produtos. A midia e nova e esta em mutayao, parisso 0 papel do jornalista na internet e fundamental (FERRARI, 2003, p.22).
o consideravel aumento do numero de usuarias na internet fez com que os
jomais on-line deixassem de ser apenas a transposic.;:ao do impresso para a digital. Para
prender a atenc.;:8o dos usuarios avidos par inforrnac.;:6es, as jomais on-line come<;aram a
preencher a espa<;o dispon[vel com fORJnS, chats e muitos outros servicyos. Porem, e
sempre em busca de conteudo - ate mesmo mais do que de servicyos - que as pessoas
aces sam a maiaria dos sites.
A grande vantagem da internet sob a midia impressa e que ela e nao-linear, os
usuarios podem acessar as informa<;oes livremente e eontam com varios hiperlinks que
aprofundam as notidas, alem, e claro, de nao haver limite de espacyo para os conteudos
(texta), pois a capacidade de armazenagem de um site e imensa. Assim, os
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an unci antes encontraram na internet urn veiculo promissor que agrada principal mente
aos jovens, consumidores em potencial para diversos produtos e serviYos.
"Em um mundo on de 0 tempo de d~usiio e com prado por segundo e 0 espayo
impressa e comprado par polegadas, as web sites oferecem uma rara oportunidade de
apresentar toda a riqueza das informa90es de forma van ada" (WILLIANS e TOLLETT,
2001, p. 83)A nova midia em geral fomecs servi90s especializados a varios pequenos
segmentos de publico. Entretanto, sua inov8c;ao mais importante e a distribuic;ao de
audio, video e texto num canal comum, muitas vezes em formatos interativQs
bidirecionais que dao aos consumidores maior controle sobre as servic;os que recebem,
quando obte·los e de que forma.
Enquanto na mfdia impressa qualquer altera<;ao e arriscada, devendo ser
discutida e planejada, na internet, a atualiza980 pode e deve ser constante. oesta
forma, 0 design de um site acaba se tornando dinamico, devendo estar sempre sendo
replanejado.
Poram, ao ler no papel, a luz e refletida, deixando as letras mais escuras,
dotadas de profundidade e excelente resolu<;80, alem de 0 leitor natural mente afastar
ou aproximar 0 documento de seus olhos para permitir uma distancia correta de leitura.
o mesmo, obviamente, nao ocorre com 0 monitor de urn computador.
Mas 0 problema dos impressos esta no custo de produc;80 e distribui980,
enquanto a internet e relativamente pouco dispendiosa. Oepois dos investimentos
iniciais em hardware e software, 0 uso da rede tern um custo pequeno. Publicar
informa<;oes na internet e enviar e-mails geram despesas irrisorias e 0 site estara
sempre disponivel ao usuario, sen do possivel saber onde 0 leitor clica, algo impensavel
na midia impressa.
Devido a sua natureza pregui90sa, 0 ser humano gosta de ter acesso facil a tudo
° que precisa, encontrando na internet toda a facilidade necessaria para ficar bern
informado. Param, como a bombardeada diariamente per uma quantidade avassaladora
de informa90es, 0 usuario nao se sente fiel a qualquer veiculo digital. No caso dos
jomais impressos, ocorre a inverso. A fidelidade do leitor a visivel.
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Os impressos fazem parte da civilizac.;ao e pademos ate cansidera-Ios urn indicia
desta. A histona abrange diverses episodias em que 0 hemem lutou pela liberdade de
imprensa e isto prova sua importimcia na sociedade. Como resultado desta intima
relac.;ao que as pessoas possuem com as publicac.;oes impressas, a internet fol baseada
no tradicional modelo impressa. Apesar de todos os seus recursos multimidia, °texto
predomina na rede, pais e muito mais facil para 0 usuario interagir com urn produto que
Ihe parec.;8 familiar de alguma forma.
Geralmente, a "pagina" de abertura dos sites noticiosos funciona como uma
primeira pagina do jornal impresso, com uma manchete em destaque, alguns resumos
das malarias mais importantes e links para os respectivos textos. As divis6es das
sec.;oes tambem seguem um padrao similar as publicac.;oes tradicionais, possibilitando
ao usuario seguir uma estrutura editorial semelhante a publicac.;80 impressa.
8.2 Interalividade em sala de aula
A internet e uma midia interativa, e como tal, permite ao usuario (aluno) trac.;ar
seu prOprio caminho pela rede de informac.;oes, ao contrario dos meios tradicionais que
disp6em de poucas possibilidades de acesso e deixam 0 receptor praticamente
passivo. Embora 0 telespectadar possa escolher 0 canal que ira assistir e 0 leitor
folhear 0 jarnal em busca das notfcias de seu interesse, estes dependem do meio para
obterem infarmac;oes.
Na internet, 0 meio e que depende do receptor, pais as informa90es sao apenas
disponibilizadas, aguardando que a usuario as acesse num movimento ativo. Portanto,
nao se trata de escolher entre programa90es pre-estabelecidas ou paginas com roteiros
pre-determinados, mas sim procurar e acessar qualquer inforrnac;:ao ou servic.;o, na
ordem e no momenta desejado.
Devida a esta estrutura nao-linear, a internet a considerada uma midia pufl - que
deve "puxar" 0 interesse e a atenc;:ao do usuario, enquanto a TV e 0 radio sao midias
push, nas quais a mensagem e "empurrada" diretamente ao receptor, mesmo sem
solicitac.;8a.
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Para lidar com esta liberdade de navegar;ao dos usuarios, 0 jornalismo on-line
aeaba assimilando profunda mente alguns princfpios de marketing e publicidade,
utilizando estrategias persuasivas na estrutura dos websites e nas chamadas dasnoticias, planejando apelos visuais que exploram a impulsividade dos leitores e lentarn
conquistar suas aten90es, tude para faze-los visitarem a vasta rede de paginas atraves
dos hiperlinks.
A interatividade deve ser amplamente explorada na web, atraves de 8-mails,
f6runs, chats e newsletters, para que a USUiHio(aluno) faya parte do processo
jornallstico, afinal, e a ele que S8 destina 0 conteudo editorial. Para 0 marketing, nao hanada melhor do que conhecer 0 consumidor e seus desejos, e neste aspecto a internet
possibilita a intera980 do meio com 0 receptor como nenhuma outra midia e capaz de
fazer.
A facilidade de utiliza980 do e-mail e a velocidade de transferencia das
mensa gens fazem do correio eletr6nico um meio muito mais eficaz de feedback do que
as antigas cartas a reda9ao. Isto significa que os jornalistas podem conhecer rnelhor 0
seu publico, a partir de uma interac;ao multo mais pr6xima e imediata, e as mat arias e
reportagens podem vir a refletir mais de perto os interesses e valores dos leitores.
Recentemente, esta se popularizando a utilizagao do newsletter, um sistema de
mala-direta onde as noticias sao enviadas aos leitores, em lugar de esperar que eles as
procurem. Para receber a newsletter, a usuario s6 precisa cadastrar seu e-mail no site
de noticias, especificando quais assuntos sao de seu interesse. Desta forma, 0
webjomal enviara por e-mail urn pacote de notidas selecionadas, inserindo inclusive,
publicidades adequadas ao perfil das noticias.
9 Conclusao
As novas tecnologias obrigaram as pessoas a um esfon;o continuo para adquiri-
las, abdicando muitas vezes da compra de produ<;:oes intelectuais para nao se
defasarem tecnologicamente. 0 abstrato e artistico foi aos poucos substituido pelo
concreto e descartavel: Ilvres sao xerocados sem gran des preocupacyoes, musicas e
softwares sao distribuidos ilegalmente pela internet e as noUcias sao fomecidas
gratuitamente pelo radiO, tv e websites. A propriedade intelectual, de certa forma, esta
perdendo valor monetario e individual, devendo adaptar-se ao modelo capitalista de
distribuicyao de massa.
Neste contexto, os jornais impressos vem perdendo leitores e anunciantes que, a
cada dia, estao adotando a internet como principal meio de comunicacyao. Os leitores
apreciam a gratuidade e agilidade dos sites noticiosos, que permaneeem acessiveis a
tad a a momenta e sempre atualizados.
Aproveitando a aumento dos eonsumidores on-line, as anunciantes estao
transferindo parte de suas verbas publicitarias para a internet, apostando na infinidade
de recursos como focalizacyao, mensuracyao, distribuicyao e, principalmente,
interatividade. Com isso, a jornalismo on-line tomou-se uma area promissora que esta
exigindo dos jomalistas - alem do 6bvio conhecimento em informatica - caracteristicas
empreendedoras que permitam ao profissional mesclar jornalismo e publicidade.
o mercado editorial passou a se preocupar mais seriamente com a integracyao
entre conteudo de qualidade, design acessivel e viabilidade financeira, que e obtida nao
mais com assinaturas ou vendas individuais, mas com a obtencyao de reeerias atraves
da publicidade, um caminho bern rna is dificil, uma vez que exige a massifica<;:8o da
informa<;:ao para que seja posslvel atingir altos indices de audielncia e exibir as anuncios
para urn publico maior.
Por fim, fai constado que a tecnologia e as midias eletronicas foram as principais
responsaveis pela reduCY80 tanto de leitares quanta de anunciantes dos jamais
impressos ate 0 final do seculo XX. Com a chegada da internet (midia digital), a crise
agravou-se ainda mais, ja que as leitores podem acessar as informacy6es gratuitamente
49
e a qualquer momento, e ainda consultar bancos de dados com notlcias anteriores que
as ajudem a contextualizar os noves acontecimentos
Portanto, 0 mercado de trabalho para a jornalista on-line e promissor e exige
profissionais preparados, que escrevam bern, conhe9am webdesign, saibam lidar com a
publicidade e dominem a mfdia em questeo.
No ambito educacional, muda 0 ensina, muda a aprendizagem. Hoje, a 8980
pedag6gica utiliza a telematica em ambientes de aprendizagem e as vantagens sao
inumeras. A internet favoreee autonomia, a integray30 em comunidades virtuais de
aprendizagem e a apropria98o global do conhecimento. Integrados a urn projeto
pedagogica, as recursos da infonnatica favorecem a constrw;ao cooperativa do
conhecimento.
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