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    O Holocausto

    Quando Adolf Hitler assumiu o comando da Alemanha em 1933, aquele pas iniciou a

    institucionalizao de uma ideologia mortfera. Se por um lado a repulsa aos judeus e

    outras categorias j existia na Europa h sculos, seria indita a postura assumida pelo

    governo para lidar com essa situao. Sustentados por um pensamento pseudo-cientfico

    conhecido como darwinismo social, os nazistas perseguiram e executaram milhes de civis

    em um episdio que ficou conhecido como Holocausto.

    Apesar do tema ser exaustivamente trabalhado, as dvidas a seu respeito so numerosas.

    Boa parte do que se "sabe" sobre o holocausto baseado em filmes que s vezes partem

    para o apelo emocional, fugindo realidade. No campo cientfico os estudiosos acabamsendo mais cuidadosos com nmeros e anlises.

    Este artigo rene alguns dos principais fatos sobre a perseguio e extermnio massivo de

    milhes de pessoas. Afinal, quem, quando e quantos foram atingidos? Quem foi o

    responsvel e quais suas motivaes? Existe algum nvel de exagero ou distoro da

    verdade?

    1 - O Holocausto era sustentado por uma pseudo-cincia

    Uma pseudo-cincia que chegou a ser lecionada em universidades est diretamente ligada

    s prticas desumanas aplicadas durante o Holocausto: a Eugenia. Seu principal objetivoera desenvolver maneiras de manipular e otimizar a evoluo humana de acordo com os

    princpios darwinistas aplicados humanidade (darwinismo social). Na prtica se tornou

    terreno para legitimar o racismo e defender prticas extremamente polmicas, como a

    esterilizao e extermnio de grupos genticos inteiros. Por questes que envolvem tica e

    a prova da inexistncia de diferentes raas humanas, a eugenia j no mais considerada

    uma cincia, entretanto ainda nos dias de hoje possvel observar a aplicao e defesa de

    seus princpios principalmente em pases europeus.

    2 - O Holocausto comeou antes da Segunda Guerra Mundial

    Desde o comeo da dcada de 1930, quando os nazistas chegaram ao poder, comearama surgir diversas leis de cunho racista que visavam limitar os direitos dos judeus, as novas

    regras proibiam desde a realizao de casamentos entre judeus e arianos at mesmo a

    frequentar locais pblicos (inclusive hospitais). Pode parecer estranho imaginar que a

    comunidade internacional conviveu com isso por anos, mas esta a realidade. Enquanto

    os judeus mais ricos simplesmente fugiram para outros pases, os mais pobres ficaram at

    o cerco se fechar.

    3 - O Holocausto no se resumiu aos judeus

    No h dvidas que o povo mais perseguido pela Alemanha Nazista foi o judeu, mas no

    foram somente eles que sofreram perseguies, prises e execues sumrias. Entre osindesejveis do Terceiro Reich tambm figuravam outros grupos tnicos no-arianos, como

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    os ciganos e eslavos. Outras categorias como aleijados, homossexuais e inimigos polticos

    (comunistas, anarquistas, testemunhas de jeov, etc...) tambm acabaram em campos de

    concentrao.

    4 - Muitos prisioneiros foram usados como cobaias para experimentos mdicos

    O uso de cobaias humanas hoje em dia algo extremamente delicado e sua discusso

    sobre questes ticas acaba impondo limites s realizaes de determinados testes. No

    contexto do holocausto alguns mdicos nazistas realizaram experincias mortferas que

    envolviam homens, mulheres e at mesmo bebs. O principal responsvel por essas

    experincias foi Josef Mengele, conhecido como O Anjo da Morte, mdico chefe do temido

    campo de extermnio Auschwitz-Birkenau. Fontes indicam o uso de milhares de

    prisioneiros em experincias quase sempre fatais, e quando a vtima sobrevivia, era

    executada para uma anlise de seu cadver. Entre as experincias realizadas podemos

    citar: exposio radiao, congelamento, consumo exclusivo de gua do mar e at

    mesmo dissecao de vivos para observar a evoluo de doenas e infeces.

    5 - A poltica de perseguio evoluiu gradualmente para um sistema de extermnio em

    propores industriais

    Como j foi dito anteriormente, a perseguio comeou de fato com a imposio de leis

    limitadoras cada vez mais incmodas. Os judeus foram afastados de todos os cargos

    pblicos, suas crianas foram expulsas das escolas e se criaram instituies para expuls-

    los do territrio alemo. Com o incio da Segunda Guerra os cuidados para maquiar o anti-

    semitismo para a comunidade internacional cessaram, judeus agora eram obrigados a

    andar com uma estrela de identificao, gradualmente foram forados a habitar regies

    segregadas (os chamados guetos) onde faltava tudo, desde moradias suficientes at

    alimentao e ofertas de trabalho. Quando o conflito mostrou maiores dificuldades para a

    vitria nazista, entrava em cena a chamada Soluo Final: prisioneiros eram levados para

    campos de extermnio, verdadeiras "fbricas de morte" movidas a envenenamento com um

    gs pesticida chamado Zyklon B.

    6 - A propaganda sobre o Holocausto foi muito explorada na Segunda Guerra Mundial

    Ao longo do conflito os rumores sobre o que os nazistas faziam com seus inimigos foram

    explorados ao mximo. Por anos essas informaes eram vistas com muita desconfiana.

    Do lado nazista a mensagem que se passava era que os prisioneiros estavam em lugares

    agradveis e o dio antissemita s aumentava uma vez que a evoluo da guerra deixou

    claro que a derrota seria inevitvel. Do lado dos aliados se explorou o Holocausto como

    forma de convocar pases em um esforo contra as atrocidades do eixo. O excesso de

    simbolismo usado pelo Terceiro Reich facilitava a propaganda: imensas bandeiras,

    susticas, runas e a liderana caricata de Adolf Hitler despertavam emoes intensas que

    variavam entre amor e dio.

    7 - Apesar das denncias e forte propaganda, a libertao dos prisioneiros no era

    prioridade dos Aliados

    Uma contradio amarga a ser lembrada que os Aliados no direcionaram o esforo de

    guerra para a liberao dos judeus. Ao invs disso, se observou uma corrida pelaaniquilao do Estado Nazista. Isso remete s divergncias nos interesses polticos das

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    duas partes que formaram as Potncias Aliadas, o nico elemento que ligava a Unio

    Sovitica ao ocidente era o inimigo em comum (Hitler), no mais, eles eram adversrios.

    Sendo o rpido avano sovitico no front oriental uma forte ameaa da dominao

    comunista no continente europeu.

    8 - Nem todos os aliados de Hitler colaboraram com o Holocausto

    Entre civis, diplomatas e at mesmo governantes, vale lembrar que nem todos aqueles que

    estavam alinhados com os interesses do Eixo ofereceram cumplicidade no Holocausto.

    Diferentemente de pases como a Itlia Fascista e a Frana Colaboracionista, que

    aplicaram leis antissemitas e deportaram seus cidados para campos de extermnio, houve

    casos de gente que ofereceu resistncia e at se arriscou para salvar alguns judeus. A

    ttulo de exemplo, diplomatas de diversos pases como Portugal e Espanha abrigaram

    judeus e outras minorias em suas embaixadas. No caso da Espanha foi notvel a maior

    resistncia em entregar judeus, mas descobertas recentes evidenciaram que o ditador

    fascista Francisco Franco (ao contrrio do que ele disse comunidade internacional)

    entregou cerca de 6 mil judeus para Hitler.

    9 - A populao alem em geral no sabia exatamente o que se passava nos campos de

    concentrao

    A demonizao da ideologia nazista um tema extremamente delicado quando lembramos

    que Hitler chegou ao poder de forma democrtica e boa parte da populao da Alemanha

    aprovava calorosamente o regime. De fato o racismo era algo presente naquela nao,

    mas isso no significa muita coisa: se voc observar com cautela os principais jornais

    circulantes na Inglaterra e Estados Unidos naquele perodo, vai perceber que o racismo e

    a segregao tambm existia nesses pases. Apesar de haver casos de violncia explcita

    contra judeus por parte de civis alemes, as atrocidades cometidas nos campos de

    concentrao eram mantidas em sigilo pelo alto comando nazista.

    10 - Os dois lados da guerra tentaram distorcer o Holocausto

    Quando se fala em Holocausto comum remeter s grandes produes cinematogrficas

    a respeito. Isso grave, precisamos contextualizar o evento e o momento de sua revelao

    ao mundo: com o fim da Segunda Guerra Mundial a descoberta dos campos de

    concentrao aqueceu o desejo de estabelecer uma ptria para os judeus, assim, se

    procurou potencializar o episdio com diversos artifcios. Muitas fotografias tiveram um

    cenrio forjado, soldados recolheram e empilharam corpos, prisioneiros doentes foram

    selecionados a dedo para compor imagens chocantes.

    Entendida a posio Aliada, deve-se observar com ainda mais ateno a postura dos

    chamados revisionistas. Entre estudiosos e completos leigos, eles utilizam fontes

    duvidosas para questionar uma das atrocidades mais bem documentadas da histria. Eles

    so impulsionados por pensamentos simpticos ao nazismo ou dio religioso relacionado

    aos conflitos com a formao do Estado de Israel e a populao palestina. O xiita

    Mahmoud Ahmadinejad, atual presidente do Ir, em uma declarao pblica chamou o

    Holocausto de "mito", posicionamento comum entre os islmicos mais radicais. A reviso

    da histria, quando feita com seriedade, um papel muito importante para desconstruircertas iluses. A necessidade de reanalisar o Holocausto no seria de tamanha polmica

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    se dezenas de pases no considerassem crime a sua prtica, atitude gravssima, uma vez

    que no existe tema histrico de veracidade incontestvel.