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O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA uto Brasileiro de Sociologia Aplicad

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Page 1: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

O FUNDEB E O FINANCIAMENTO

DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSAIBSA

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FINANCIAMENTO DO ENSINO PÚBLICO

Vinculação da Receita Proveniente de Impostos

...é procedimento estabelecido desde a Constituição Federal 1934, repetido nas Constituições de 1946 e de 1967, nesta com a Emenda nº 24, de 1983 (mais conhecida como “Emenda Calmon”, nome do parlamentar autor de sua proposição). Antes dessa Emenda, na Constituição de 1967, a vinculação, restrita aos Municípios, foi restabelecida pela EC nº 1, de 1969: 20%, pelo menos, de sua receita tributária (§ 3º alínea f, do art. 15).

Page 3: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

...na Constituição Federal de 1988:

Art. 212 - A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Vinculação da Receita Proveniente de Impostos

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• Estados

Impostos Próprios:

I - sobre transmissão “causa mortis” e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD);

II - sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS, do qual 25% pertencem aos Municípios);

III - sobre propriedade de veículos automotores (IPVA, do qual 50% pertencem aos Municípios).

Vinculação da Receita Proveniente de Impostos

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•Estados Transferências de Receita de Impostos da União:

I - produto da arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Estados, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem (IRRF);

II - Fundo de Participação dos Estados constituído com parte da arrecadação da União (21,5%) do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados (FPE);

III - dez por cento do produto da arrecadação da União sobre produtos industrializados proporcionalmente ao valor das respectivas exportações deduzida a parte transferida para os Municípios (IPI/Exportação);

IV - setenta e cinco por cento da compensação financeira estabelecida na LC nº 87/96, relativa à desoneração do ICMS nas exportações de produtos primários e semi-elaborados (Lei Kandir).

Vinculação da Receita Proveniente de Impostos

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• Municípios

Impostos Próprios:

I - sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU);

II - sobre a transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI);

III - sobre serviços de qualquer natureza, exceto os de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação da competência do Estado (ISS).

Vinculação da Receita Proveniente de Impostos

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MunicípiosTransferências de Receita de Impostos da União e dos Estados:

I - produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Municípios, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem (IRRF);

II - Fundo de Participação dos Municípios constituído com parte da arrecadação da União (23,5%) do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados (FPM);

III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis localizados no território respectivo (ITR);

Vinculação da Receita Proveniente de Impostos

Page 8: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

IV - vinte e cinco por cento da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS);

V - vinte e cinco por cento da compensação financeira estabelecida na LC nº 87/96 relativa à desoneração do ICMS nas exportações de produtos primários e semi-elaborados (Lei Kandir);

VI - vinte e cinco por cento da parte transferida aos Estados (10%) do produto da arrecadação da União sobre produtos industrializados proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de tais produtos (IPI/Exportação);

VII - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto dos Estados sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).

Vinculação da Receita Proveniente de Impostos

MunicípiosTransferências de Receita de Impostos da União e dos Estados:

Page 9: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Na Constituição Federal de 1988, Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), artigo 60, caput (Texto original).

• “Nos dez primeiros anos da promulgação da Constituição, o poder público desenvolverá esforços, com a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com a aplicação de, pelo menos, cinqüenta por cento dos recursos a que se refere o art. 212 da Constituição, para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental”.

Subvinculação da Receita Proveniente de Impostos

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Na Constituição Federal de 1988, Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), artigo 60, caput (EC nº 14/1996)

• Art.60 - Nos dez primeiros anos da promulgação desta Emenda, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão não menos de sessenta por cento dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal, à manutenção e ao desenvolvimento do ensino fundamental, com o objetivo de assegurar a universalização do seu atendimento e a remuneração condigna do magistério.

Subvinculação da Receita Proveniente de Impostos

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Na Constituição Federal de 1988, Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), artigo 60, caput (EC nº 53/2006).

• Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições: ...

Subvinculação da Receita Proveniente de Impostos

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FUNDEB é a sigla empregada para designar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Trata-se de um fundo de natureza contábil, de âmbito estadual e abrangendo todos os Estados brasileiros, mais o Distrito Federal. No âmbito de cada Estado o FUNDEB reúne os governos em níveis estadual e municipal. Instituído em modelagem única, o FUNDEB é singular, Estado a Estado e no Distrito Federal: os vinte e sete FUNDEBs implantados não se correlacionam, nem interagem entre si.

FUNDEB

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Na administração pública, FUNDO ESPECIAL “é o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação”. É como está descrito na Lei 4320/64, que estabelece normas gerais de direito financeiro para a elaboração e o controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

O QUE É FUNDO?

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Na administração pública, fundo é uma conta titulada na contabilidade governamental, cujo título a identifica para fins administrativos dirigidos; com identidade administrativa, mas destituído de personalidade jurídica. Na administração pública, fundo é também um “caixa especial” que mantém e movimenta recursos financeiros em separado do “caixa geral”; exceção feita ao princípio de “unidade de caixa”, ou “caixa único”, que orienta a gestão do dinheiro público em cada unidade da Federação.

O QUE É FUNDO?

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Captação e Distribuição dos Recursos

Os recursos concentrados no FUNDEB de cada Estado, à medida que entram, são repartidos na proporção do número de alunos matriculados na educação básica das redes de ensino estadual e municipais. Admitindo-se o cômputo, nessas matrículas, de matrículas em creche e educação especial (nesta, quando com atuação exclusiva na modalidade) de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, observados os requisitos e regras estabelecidos no artigo 8º da Lei nº 11.494, de 2007; e, nos primeiros quatro anos do FUNDEB, também o cômputo das matrículas na pré-escola, do censo escolar de 2006, dessas mesmas instituições qualificadas com base nos mesmos requisitos e regras. (Decreto nº 6253/2007com alterações e acréscimo dos Decretos: 6278/2007 e 6571/2008).

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Para o cômputo das matrículas deverão obrigatória e cumulativamenteatender:

I — oferecer igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e atendimento educacional gratuito a todos os seus alunos;

II — comprovar finalidade não lucrativa e aplicar seus excedentes financeiros em educação na etapa ou modalidade previstas nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo;

III — assegurar a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional com atuação na etapa ou modalidade previstas nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo ou ao poder público no caso do encerramento de suas atividades;

IV — atender a padrões mínimos de qualidade definidos pelo órgão normativo do sistema de ensino, inclusive, obrigatoriamente, ter aprovados seus projetos pedagógicos;

V — ter certificado do Conselho Nacional de Assistência Social ou órgão equivalente, na forma do regulamento.

Nota: Os recursos destinados às instituições conveniadas somente poderão ser destinados às categorias de despesa previstas no art. 70 da Lei nº 9.394/1996.

FUNDEB: Lei nº 11.494, § § 2º e 6º (nota) do artigo 8ºInstituições Comunitárias Conveniadas com o Poder Público

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Decreto nº 6.253, de 2007

“Art. 9º -A. Admitir-se-à, a partir de 1º de janeiro de 2010, para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, o cômputo das matrículas dos alunos da educação regular da rede pública que recebem atendimento educacional especializado, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular.Parágrafo único. O atendimento educacional especializado poderá ser oferecido pelos sistemas públicos de ensino ou pelas instituições mencionadas no art. 14”. (NR)

Para efeito de distribuição dos recursos do FUNDEB,referindo-se à EDUCAÇÃO ESPECIAL, cabe destacar as disposições do artigo 9º - A, acrescido ao texto do Decreto nº 6.253, de 2007 (regulamenta a Lei nº 11.494, de 2007), pelo Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008:

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Representação esquemática da captação e da distribuição dos recursos

Governo do Estado

Municípios

ICMSFPE

IPI/ExportaçãoLC nº 87/96

IPVAITCMD

ICMSFPM

IPI/ExportaçãoLC nº 87/96

IPVAITR

Recursos Entregues Recursos Entregues

FUNDEB de âmbito Estadual: Capta e distribui recursos de e entre Estado e Municípios, a distribuição processada proporcionalmente às respectivas matrículas na educação básica

Recursos Recebidos(FUNDEB Estadual)

Recursos Recebidos (FUNDEB Municipal)

Educação BásicaEstadual

Educação Básica Municipal

FUNDEB

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Os recursos do FUNDEBProvimento dos Recursos

Comparativo entre FUNDEB e FUNDEF

Provimento dos Recursos

FUNDEB FUNDEF%1º ano % 2º ano % 3º ano %

ICMS 16,66 18,33 20,00 15,00

FPE/FPM 16,66 18,33 20,00 15,00

IPI/Exportação 16,66 18,33 20,00 15,00

“Lei Kandir” (LC nº87/96) 16,66 18,33 20,00 15,00

ITR 6,66 13,33 20,00

IPVA 6,66 13,33 20,00

ITCMD 6,66 13,33 20,00

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• 25% dos recursos provenientes da receita de impostos próprios dos Municípios (IPTU, ISS e ITBI, inclusive referindo-se ao Distrito Federal);

• 25% dos recursos provenientes da receita do IRRF de Estados, Municípios e Distrito Federal;

• 5% dos recursos provenientes das mesmas fontes da subvinculação que contempla o FUNDEB, a partir do 3º ano (nos dois primeiros anos, os percentuais são os das diferenças entre o que é destinado ao FUNDEB e os 25% da vinculação constitucional obrigatória).

Recursos da Vinculação de Impostos que ficam fora do FUNDEB

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FUNDEB: Etapas, modalidades e tipos de estabelecimento de ensino

1 - creche em tempo integral 2 - pré-escola em tempo integral 3 - creche em tempo parcial 4 - pré-escola em tempo parcial 5 - séries iniciais do ensino fundamental urbano 6 - séries iniciais do ensino fundamental no campo 7 - séries finais do ensino fundamental urbano 8 - séries finais do ensino fundamental no campo 9 - ensino fundamental em tempo integral10 - ensino médio urbano11 - ensino médio no campo12 - ensino médio em tempo integral13 - ensino médio integrado à educação profissional14 - educação especial15 - educação indígena e quilombola16 - educação de jovens e adultos com avaliação no processo17 - educação de jovens e adultos integrada à educação profissional de nível médio, com avaliação no processo

Distribuição dos Recursos

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Comparativo entre FUNDEB e FUNDEF, integração das matrículas

Níveis e Modalidades de Ensino

FUNDEB FUNDEF

Inclusão Progressiva Inclusão não Progressiva

1º ano% 2º ano % 3º ano % %

Educação Infantil

Creche 33,33 66,66 100,00

Pré-Escola 33,33 66,66 100,00

Ensino Fundamental

Séries Iniciais (Urbano) 100,00 100,00 100,00 100,00

Séries Iniciais (Rural) 100,00 100,00 100,00 100,00

Séries Finais (Urbano) 100,00 100,00 100,00 100,00

Séries Finais (Rural) 100,00 100,00 100,00 100,00

Ensino Médio

Regular 33,33 66,66 100,00

Educação Especial

Ensino Fundamental 100,00 100,00 100,00 100,00

Ensino Médio 33,33 66,66 100,00

EJA 33,33 66,66 100,00

Distribuição dos Recursos

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FUNDEB

Etapas, Modalidade e Tipos de Estabelecimento de

Ensino

Fatores de Ponderação

2007 2008 2009

(1º Ano) (2º Ano) (3º Ano)

Ensino Fundamental

Anos Iniciais

Urbano 1,00 1,00 1,00

no Campo 1,05 1,05 1,05

Tempo Integral 1,25 1,25 1,25

Anos Finais

Urbano 1,10 1,10 1,10

no Campo 1,15 1,15 1,15

Tempo Integral 1,25 1,25 1,25

Distribuição dos Recursos

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“...no mínimo, as seguintes pontuações (§ 2º do art. 36 da Lei nº 11.494, de 2007): a partir de 2006:

I - creche pública em tempo integral - 1,10 (um inteiro e dez centésimos);

II - creche pública em tempo parcial - 0,80 (oitenta centésimos);

III - creche conveniada em tempo integral - 0,95 (noventa e cinco centésimos);

IV - creche conveniada em tempo parcial - 0,80 (oitenta centésimos);

V - pré-escola em tempo integral - 1,15 (um inteiro e quinze centésimos);VI - pré-escola em tempo parcial - 0,90 (noventa centésimos).”

FUNDEB

Etapas, Modalidade e Tipos de

Estabelecimento de Ensino

Fatores de Ponderação

2007 2008 2009

(1º Ano) (2º Ano) (3º Ano)

Educação Infantil

Creche

Tempo Integral

Pública 0,80 1,10 1,10

Conveniada 0,80 0,95 0,95

Tempo Parcial

Pública 0,80 0,80 0,80

Conveniada 0,80 0,80 0,80

Pré-escola

Tempo Integral

Pública 0,90 1,15 1,20

Conveniada 0,90 1,15 1,20

Tempo Parcial

Pública 0,90 0,90 1,00

Conveniada 0,90 0,90 1,00

Distribuição dos Recursos

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FUNDEB

Etapas, Modalidade e Tipos de Estabelecimento de

Ensino

Fatores de Ponderação

2007 2008 2009

(1º Ano) (2º Ano) (3º Ano)

Ensino Médio

Urbano 1,20 1,20 1,20

no Campo 1,25 1,25 1,25

Tempo Integral e Integrado à Ed. Profissional

1,30 1,30 1,30

Educação Especial (Pública e Conveniada)

Infantil 1,20 1,20 1,20

Fundamental 1,20 1,20 1,20

Médio 1,20 1,20 1,20

EJA 1,20 1,20 1,20

Indígena e Quilombola

Infantil 1,20 1,20 1,20

Fundamental 1,20 1,20 1,20

Médio 1,20 1,20 1,20

Educação de Jovens e Adultos (EJA)*com Avaliação no Processo 0,70 0,70 0,80

Integrado à Ed. Profissional 0,70 0,70 1,00

Distribuição dos Recursos

*A apropriação dos recursos em função das

matrículas na modalidade EJA, observará, em cada

Estado e no Distrito Federal, percentual de até 15% (quinze por cento) dos

recursos do Fundo respectivo (conforme art. 11 da Lei nº 11.494/2007)

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COMISSÃO INTERGOVERNAMENTAL DE FINANCIAMENTOCOMISSÃO INTERGOVERNAMENTAL DE FINANCIAMENTO

Lei nº 11.494/2007Art. 12. Fica instituída, no âmbito do Ministério da Educação, a Comissão

Intergovernamental de Financiamento para a Educação Básica de Qualidade, com a seguinte composição: I - um representante do Ministério da Educação, que a presidirá; II- 1 (um) representante dos secretários estaduais de educação de cada uma das 5 (cinco) regiões político-administrativas do Brasil indicado pelas seções regionais do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Educação - CONSED;III - 1 (um) representante dos secretários municipais de educação de cada uma das 5 (cinco) regiões político-administrativas do Brasil indicado pelas seções regionais da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação - UNDIME.

Art. 13. No exercício de suas atribuições, compete à Comissão: I - especificar anualmente as ponderações aplicáveis entre diferentes etapas, modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica, observado o disposto no art. 10; II - fixar anualmente o limite proporcional de apropriação de recursos pela educação de jovens e adultos, observado o disposto no art. 11 (percentual de até 15% dos recursos do Fundo respectivo).

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COMISSÃO INTERGOVERNAMENTAL DE FINANCIAMENTOCOMISSÃO INTERGOVERNAMENTAL DE FINANCIAMENTO

III - fixar anualmente a parcela da complementação da União a ser distribuída para os Fundos por meio de programas direcionados para a melhoria da qualidade da educação básica, bem como respectivos critérios de distribuição, observado o disposto no art. 7o;

IV – elaborar, requisitar ou orientar a elaboração de estudos técnicos pertinentes, sempre que necessário;

V - elaborar seu regimento interno, baixado em portaria do Ministro de Estado da Educação.

§ 1o Serão adotados, como base para a decisão Comissão, os dados do censo escolar mais atualizado realizado pelo INEP.

§ 2o A Comissão exercerá suas competências em observância às garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do art. 208 da Constituição e às metas de universalização da educação básica estabelecidas no plano nacional de educação.

Page 28: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

“Art. 15. O Poder Executivo federal publicará, até 31 de dezembro de cada exercício, para vigência no exercício subseqüente:

I - a estimativa da receita total dos Fundos;II - a estimativa do valor da complementação da União;III - a estimativa dos valores anuais por aluno no âmbito do Distrito Federal e de cada Estado;IV - o valor anual mínimo por aluno definido nacional-mente.”(......)

FUNDEBDisposições da Lei nº 11.494 de 2007

Complementação de Recursos da União

Page 29: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

“Art. 6º......................................................... § 2º A complementação da União a maior ou menor em função da diferença entre a receita utilizada para o cálculo e a receita realizada do exercício de referência será ajustada no 1º (primeiro) quadrimestre do exercício imediatamente subseqüente e debitada ou creditada à conta específica dos Fundos, conforme o caso.” (......)

Lei nº 11.494/2007

Complementação de Recursos da União

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Complementação de Recursos da União

Quadro Comparativo Em R$ mil

Estados Beneficiários

FUNDEF FUNDEB

2006 2007 2.008 2009

Alagoas   76.798,40 97.272,2 192.293,0

Amazonas     61.718,9

Bahia   472.307,20 774.997,4 1.109.910,9

Ceará   308.391,10 440.071,8 656.213,0

Maranhão 202.600,00 558.868,50 789.927,4 1.141.459,0

Pará 111.100,00 490.942,90 801.913,9 1.082.644,9

Paraíba   4.909,30 3.317,3 114.067,2

Pernambuco   19.881,60 132.974,6 447.729,5

Piauí 80.301,0 133.824,9 264.113,5

Total 313.700,00 2.012.400,00 3.174.300,10 5.070.150,00

Nota: FUNDEF 2006 e FUNDEB 2007 e 2008, realizado efetivo; FUNDEB 2009, estimativa revista MEC

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FUNDEBDefinição do Valor Aluno/Ano - Mínimo Nacional

1. Ordenação decrescente dos valores anuais por aluno obtidos nos Fundos de cada Estado e do Distrito Federal.

2. Complementação do último Fundo até que seu valor anual por aluno se iguale ao valor anual por aluno do Fundo imediatamente superior.

3. Uma vez equalizados os valores anuais por aluno dos Fundos, conforme operação 2, a complementação da União será distribuída a esses dois Fundos até que seu valor anual por aluno se iguale ao valor anual por aluno do Fundo imediatamente superior.

4. As operações 2 e 3 são repetidas tantas vezes quantas forem necessárias, até que a complementação da União tenha sido integralmente distribuída, de forma que o valor anual mínimo por aluno resulte definido nacionalmente em função dessa complementação.

Complementação de Recursos da União

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FUNDEBs 2009 - Estimativas MEC

Unidade da Federação

Contribuição de Estados, Distrito Federal e Municípios (Em R$ mil)

Complementação da União (Em R$ mil)

Valor Aluno /Ano Séries Iniciais Ensino Fund. Urbano (Em R$)

ACRE 517.463,3 - 2.096,40

ALAGOAS 1.070.101,9 182.283,2 1.350,09

AMAPÁ 442.360,7 - 2.072,72

AMAZONAS 1.517.798,9 36.829,1 1.350,09

BAHIA 4.378.795,5 1.161.889,9 1.350,09

CEARÁ 2.448.155,3 662.277,2 1.350,09

DISTRITO FEDERAL 1.104.576,2 - 2.102,79

ESPÍRITO SANTO 2.072.662,8 - 2.466,46

GOIÁS 2.171.035,1 - 1.653,95

MARANHÃO 1.793.297,0 1.174.953,2 1.350,09

MATO GROSSO 1.570.124,8 - 1.886,96

MATO GROSSO DO SUL 1.370.514,7 - 2.130,78

MINAS GERAIS 7.939.540,7 - 1.707,01

PARÁ 2.103.993,1 1.097.424,5 1.350,09

PARAÍBA 1.257.330,7 126.833,7 1.350,09

PARANÁ 4.076.117,6 - 1.580,84

PERNAMBUCO 2.729.442,9 380.436,2 1.350,09

PIAUÍ 1.066.751,7 247.223,0 1.350,09

RIO DE JANEIRO 4.854.998,6 - 1.515,49

RIO GRANDE DO NORTE 1.246.571,3 - 1.482,51

RIO GRANDE DO SUL 4.623.492,8 - 2.012,29

RONDÔNIA 781.550,4 - 1.732,65

RORAÍMA 377.370,4 - 2.890,08

SANTA CATARINA 2.550.636,2 - 1.796,48

SÃO PAULO 21.078.493,6 - 2.263,05

SERGIPE 896.751,1 - 1.602,10

TOCANTINS 831.698,4 - 2.007,57

Soma 76.871.625,7 5.070.150,0 Fon

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Page 33: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

FUNDEBs 2009 - Estimativas MEC - Revistas

Unidade da FederaçãoContribuição de

Estados, Distrito Federal e Municípios(Em R$ mil)

Complementação da União

(Em R$ mil)

Total de Recursos(Em R$ mil)

ValorAluno / Ano

(Em R$)

Acre 448.949,9 448.949,9 1.879,89

Alagoas 943.094.8 192.293,0 1.135.387,9 1.221,34

Amapá 417.522,4 417.522,4 1.994,79

Amazonas 1.344.647,5 61.718.9 1.406.366,4 1.221,34

Bahia 3.902.371,2 1.109.910,9 5.012.282,1 1.221,34

Ceará 2.157.584,3 656.213.0 2.813797,2 1.221,34

Distrito Federal 966.549,7 966.549,7 1.956,95

Espírito Santo 1.793.945,6 1.793.945,6 2.134,79

Goiás 1.921.465,6 1.921.465,6 1.463,82

Maranhão 1.543.715,5 1.141.459,0 2.685.174,5 1.221,34

Mato Grosso 1.389.568,6 1.389.568,6 1.669,97

Mato Grosso do Sul 1.188.027,6 1.188.027,6 1.847,06

Minas Gerais 6.836.243,6 6.836.243,6 1.469,80

Pará 1.813.460,4 1.082.644,9 2.896.105,3 1.221,34

Paraíba 1.138.092,4 114.067,2 1.252.159,6 1.221,34

Paraná 3.602.728,6 3.602.728,6 1.413,79

Pernambuco 2.365.567,1 447.729,5 2.813.296,5 1.221,34

Piauí 924.550,2 264.113,5 1.188.663,8 1.221,34

Rio de Janeiro 4.408.305,0 4.408.305,0 1.376,06

Rio Grande do Norte 1.045.523,5 1.045.523,5 1.327,12

Rio Grande do Sul 4.158.268,8 4.158.268,8 1.809,81

Rondônia 693.205,2 693.205,2 1.536,80

Roraima 315.029,2 315.029,2 2.501,33

Santa Catarina 2.277.915,8 2.277.915,8 1.604,39

São Paulo 18.524.055,3 18.524.055,3 2.027,61

Sergipe 790.898,8 790.898,8 1.412,99

Tocantins 718.646,6 718.646,6 1.734,68

Soma 67.629.933,2 5.070.150,0 72.700.083,2

Fon

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Page 34: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

AnoValor Aluno/AnoMínimo acional

(Em R$)Estados

2007 941,68 AL BA CE MA PA PB PE PI

2008 1.172,85 AL BA CE MA PA PB PE PI

2009 1.221,34 AL AM BA CE MA PA PB PE PI

FUNDEBValor Aluno/Ano Mínimo NacionalAnos Iniciais do Ensino Fundamental Urbano

Notas: 2007 e 2008, realizado efetiva; 2009, estimativa MEC revista. O Estado de maior valor aluno/ano do ensino fundamental urbano, anos iniciais é Roraima: R$ 2.504,13, em 2007; R$ 2.709,30, em 2008; R$ 2.501,33 em 2009.

Page 35: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

O percentual de crescimento do valor aluno/ano mínimo nacional fixado no FUNDEB, anualmente, também passou a servir de base para a atualização do piso salarial nacional do magistério público, com a Lei nº 11.738, de 2008.

“Art. 5º - O piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009.

Parágrafo único. A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007”.

Piso Salarial Profissional Nacional

Page 36: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Art. 32. O valor por aluno do ensino fundamental, no Fundo de cada Estado e do Distrito Federal, não poderá ser inferior ao efetivamente praticado em 2006, no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimentodo Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério FUNDEF, estabelecido pela Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro de 1996. .......................................§ 2º ............ corrigido, anualmente, com base no INPC do IBGE, período de 12 meses encerrados em junho do ano imeditamente anterior.

Distribuição de Recursos

Lei nº 11.494/2007

Page 37: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

FUNDEF Valor Aluno / Ano do Ensino Fundamental Urbano (Anos Iniciais) Em R$

Unidades de Federaçção 2006 2007 2008 2009

Acre  1.685,41  1.685,41 1.752,32 1.879,89

Alagoas  723,82  723,82 752,55 807,34

Amapá  1.788,43  1.788,43 1.859,43 1.994,79

Amazonas  955,57  955,57 993,5 1.065,83

Bahia  744,68  744,68 774,24 830,6

Ceará  744,71  744,71 774,27 830,64

Distrito Federal  1.754,50  1.754,50 1.824,16 1.956,95

Espírito Santo  1.624,30  1.624,30 1.688,78 1.811,73

Goiás  1.087,21  1.087,21 1.130,37 1.212,66

Maranhão  682,60  682,60 709,7 761,37

Mato Grosso  1.193,21  1.193,21 1.240,58 1.330,89

Mato Grosso do Sul  1.428,86  1.428,86 1.485,59 1.593,74

Minas Gerais  1.093,05  1.093,05 1.136,44 1.219,17

Pará  682,60  682,60 709,7 761,37

Paraíba  834,93  834,93 868,08 931,28

Paraná  1.267,53  1.267,53 1.317,85 1.413,79

Pernambuco  863,13  863,13 897,39 962,72

Piauí  773,28  773,28 803,98 862,51

Rio de Janeiro  1.206,18  1.206,18 1.254,06 1.345,36

Rio Grande do Norte  1.190,14  1.190,14 1.237,06 1.327,12

Rio Grande do Sul  2.242,56  2.242,56 1.546,96 1.659,58

Rondônia  1.487,89  1.487,89 1.322,54 1.418,82

Roraima  1.272,04  1.272,04 2.331,59 2.501,33

Santa Catarina  1.388,60  1.388,60 1.443,72 1.548,83

SÃO PAULO  1.817,85  1.817,85 1.890,02 2.027,61

Sergipe  1.200,38  1.200,38 1.248,04 1.338,89

Tocantins  1.519,02  1.519,02 1.579,32 1.694,30

Distribuição de Recursos

Page 38: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB

LEI 11.494/2007

Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, serão utilizados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em que lhes forem creditados, em ações consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

§ 1º Os recursos poderão ser aplicados pelos Estados e Municípios indistintamente entre etapas, modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica nos seus respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal.

§ 2º Até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta dos Fundos, inclusive relativos à complementação da União recebidos nos termos do § 1º do art. 6º desta Lei, poderão ser utilizados no 1º (primeiro) trimestre do exercício imediatamente subseqüente, mediante abertura de crédito adicional. (...)

Page 39: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

LDB LEI Nº 9394/96Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação;II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino;III - uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.

UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB

Page 40: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

LEI Nº 11.494 / 2007

Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:

I - no financiamento das despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, internas ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao financiamento de projetos, ações ou programas considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica.

UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB

Page 41: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

LDB LEI Nº 9394/96Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural;III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos;IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar;VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.

UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB

Page 42: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

SUBVINCULAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

Lei nº 11.494/2007Art. 22. Pelo menos sessenta por cento dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública. Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, considera-se:

I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes;

II - profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência, incluindo-se direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica; e

III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II, associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica existente.”

Page 43: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Acompanhamento e Controle SocialAcompanhamento e Controle Social

Lei nº 11.494/2007O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos dos Fundos serão exercidos, junto aos respectivos governos, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por conselhos instituídos especificamente para esse fim.

A criação dos conselhos se dá por legislação específica, editada no âmbito governamental da União, de cada Estado, do Distrito Fe-deral e de cada Município brasileiro, observados critérios diferenciados em relação a cada nível de governo. No FUNDEB, o número de membros e decorrente representatividade dos mencionados conselhos, nos níveis governamentais respectivos, é sempre maior, comparativamente ao FUNDEF, que também esteve sujeito ao mesmo acompanhamento e controle.

Page 44: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Em âmbito federal, o Conselho é formado por, no mínimo, 14 (quatorze) membros

Em âmbito federal

Membros Representação

até 4 Ministério da Educação

1 Ministério da Fazenda

1 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

1 Conselho Nacional de Educação

1 Conselho Nacional de Secretários de Estado da Educação – CONSED

1 Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE

1 União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME

2 Pais de alunos da educação básica pública

2

Estudantes da educação básica pública, um dos quais indicado pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES

Acompanhamento e Controle SocialAcompanhamento e Controle Social

Page 45: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Em âmbito estadual, no mínimo 12 (doze) membros

Em âmbito estadual

Membros Representação

3Poder Executivo estadual, dos quais pelo menos 1 (um) do órgão estadual responsável pela educação básica

2 Poderes Executivos Municipais

1 Conselho Estadual de Educação

1 Seccional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação - UNDIME

1 Seccional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE

2 Pais de alunos da educação básica pública

2Estudantes da educação básica pública, 1 (um) dos quais indicado pela entidade estadual de estudantes secundaristas

Acompanhamento e Controle SocialAcompanhamento e Controle Social

Page 46: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Em âmbito municipal, no mínimo 9 (nove) membros

Em âmbito municipal

Membros Representação

2

Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) pertencente à Secretaria Municipal de Educação ou órgão educacional equivalente

1 Professores da educação básica pública

1 Diretores das escolas de educação básica públicas

1 Servidores técnico-administrativos das escolas básicas públicas

2 Pais de alunos da educação básica pública

2Estudantes da educação básica pública, um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas

Quando houver:

1 Conselho Municipal de Educação

1 Conselho Tutelar

Acompanhamento e Controle SocialAcompanhamento e Controle Social

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Para o Conselho Municipal de Educação integrar o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, no Município, devem ser observadas as disposições do artigo 37, caput, e § 1º, da Lei nº 11.494, de 2007:

“ Os Municípios poderão integrar, nos termos da legislação local específica e desta Lei, o Conselho do Fundo ao Conselho Municipal de Educação, instituindo câmara específica para o acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do Fundo, observado o disposto no inciso IV do § 1º e nos §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 24 desta Lei. A câmara específica de acompanhamento e controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do FUNDEB terá competência deliberativa e terminativa.”

Acompanhamento e Controle SocialAcompanhamento e Controle Social

Page 48: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Indicação dos Representantes

I - Pelos dirigentes dos órgãos federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal e das entidades de classes organizadas, nos casos das representações dessas instâncias.

II - Nos casos dos representantes dos diretores, pais de alunos e estudantes, pelo conjunto dos estabelecimentos ou entidades de âmbito nacional, estadual ou municipal, conforme o caso, em processo eletivo organizado para esse fim, pelos respectivos pares.

III - Nos casos de representantes de professores e servidores, pelas entidades sindicais da respectiva categoria.

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São impedidos de integrar os Conselhos

I - Cônjuge e parentes consangüíneos ou afins, até 3º (terceiro) grau, do Presidente e do Vice-Presidente da República, dos Ministros de Estado, do Governador e do Vice-Governador, do Prefeito e do Vice-Prefeito, e dos Secretários Estaduais, Distritais ou Municipais, no âmbito respectivo.

II - Tesoureiro, contador ou funcionário de empresa de assessoria ou consultoria que prestem serviços relacionados à administração ou controle interno dos recursos do Fundo, bem como cônjuges, parentes consangüíneos ou afins, até 3º (terceiro) grau, desses profissionais.

III - Estudantes que não sejam emancipados.

IV - Pais de alunos que:a) exerçam cargos funções públicas de livre nomeação e exoneração no âmbito dos órgãos do respectivo Poder Executivo gestor dos recursos; oub) prestem serviços terceirizados, no âmbito dos Poderes Executivos em que atuam os respectivos conselhos.

O presidente dos conselhos será eleito por seus pares em reunião do colegiado, sendo impedido de ocupar a função o representante do governo gestor dos recursos do Fundo no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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Incumbe aos Conselhos junto aos respectivos governos

O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos dos Fundos. Para tanto, os registros contábeis e os demonstrativos gerenciais mensais, atualizados, relativos aos recursos repassados e recebidos à conta dos Fundos, assim como os referentes às despesas realizadas ficarão permanentemente à disposição dos conselhos responsáveis, bem como dos órgãos federais, estaduais e municipais de controle interno e externo, e ser-lhes-á dada ampla publicidade, inclusive por meio eletrônico.

Supervisionar o censo escolar anual e a elaboração da proposta orçamentária anual, no âmbito de suas respectivas esferas governamentais de atuação, com o objetivo de concorrer para o regular e tempestivo tratamento e encaminhamento dos dados estatísticos e financeiros que alicerçam a operacionalização dos Fundos.

Acompanhar a aplicação dos recursos federais transferidos à conta do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar - PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos e, ainda, receber e analisar as prestações de contas referentes a esses Programas, formulando pareceres conclusivos acerca da aplicação desses recursos e encaminhando-os ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE.

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Salvaguardas conferidas aos Conselhos e aos conselheiros

• Atuação com autonomia, sem vinculação ou subordinação institucional ao poder executivo local.• A atuação dos membros dos Conselhos:- assegura isenção da obrigatoriedade de testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício de suas atividades de conselheiro, e sobre as pessoas que lhes confiarem ou deles receberem informações;- veda, quando os conselheiros forem representantes de professores e diretores ou de servidores das escolas públicas, no curso do mandato:

a) exoneração ou demissão do cargo ou emprego sem justa causa, ou transferência involuntária do estabelecimento de ensino em que atuam;b) atribuição de falta injustificada ao serviço, em função das atividades do Conselho;c) afastamento involuntário e injustificado da condição de conselheiro antes do término do mandato para o qual tenha sido designado;d) veda quando os conselheiros forem representantes de estudantes em atividades do Conselho, no curso do mandato, atribuição de falta injustificada, nas atividades escolares.

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I - apresentar ao Poder Legislativo local e aos órgãos de controle interno e externo manifestação formal acerca dos registros contábeis e dos demonstrativos gerenciais do Fundo;II - por decisão da maioria de seus membros, convocar o Secretário de Educação competente ou servidor equivalente para prestar esclarecimentos acerca do fluxo de recursos e a execução das despesas do Fundo, devendo a autoridade convocada apresentar-se em prazo não superior a 30 (trinta) dias;III - requisitar ao Poder Executivo cópia de documentos referentes a:

• licitação, empenho, liquidação e pagamento de obras e serviços custeados com recursos do Fundo;• folhas de pagamento dos profissionais da educação, as quais deverão discriminar aqueles em efetivo exercício na educação básica e indicar o respectivo nível, modalidade ou tipo de estabelecimento a que estejam vinculados;• documentos referentes aos convênios com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas relacionados ao cômputo de matrículas da educação infantil e educação especial, para efeito de repasse de recursos do FUNDEB;• outros documentos necessários ao desempenho de suas funções;

IV - realizar visitas e inspetorias in loco para verificar: • o desenvolvimento regular de obras e serviços efetuados nas instituições escolares com recursos do Fundo;• a adequação do serviço de transporte escolar;• a utilização em benefício do sistema de ensino de bens adquiridos com recursos do Fundo.

Os conselhos poderão, sempre que julgarem convenientes:

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Conforme dispõe o artigo 26 da Lei nº 11.494, de 2007:

“A fiscalização e o controle referentes ao cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição Federal e do disposto nesta Lei, especialmente em relação à aplicação da totalidade dos recursos dos Fundos, serão exercidos: I - pelo órgão de controle interno no âmbito da União e pelos órgãos de controle interno no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - pelos Tribunais de Contas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, junto aos respectivos entes governamentais sob suas jurisdições; III - pelo Tribunal de Contas da União, no que tange às atribuições a cargo dos órgãos federais, especialmente em relação à complementação da União.”

Quanto às prestações de contas referentes ao FUNDEB, no artigo 27 e seu parágrafo único, da Lei nº 11.494, de 2007, está posto:

“Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios prestarão contas dos recursos dos Fundos conforme os procedimentos adotados pelos Tribunais de Contas competentes, observada a regulamentação aplicável. Parágrafo único. As prestações de contas serão instruídas com parecer do conselho responsável, que deverá ser apresentado ao Poder Executivo respectivo em até 30 (trinta) dias antes do vencimento do prazo para a apresentação da prestação de contas prevista no caput deste artigo”.

Os Tribunais de Contas e sua atuação no FUNDEB

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Referindo-se ao Ministério Público, a Lei nº 11.494, de 2007, contempla sua atuação nos termos do artigo 29 e seus §§ 1º e 2º:

“A defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e individuais indisponíveis, relacionada ao pleno cumprimento desta Lei, compete ao Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal e Territórios e ao Ministério Público Federal, especialmente quanto às transferências de recursos federais.

A legitimidade do Ministério Público prevista no caput deste artigo não exclui a de terceiros para a propositura de ações a que se referem o inciso LXXIII do caput do art. 5º e o § 1º do art. 129 da Constituição Federal, sendo-lhes assegurado o acesso gratuito aos documentos mencionados nos arts. 25 e 27 desta Lei.

Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados para a fiscalização da aplicação dos recursos dos Fundos que receberem complementação da União.”

O Ministério Público e sua atuação no FUNDEB

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O FUNDEB DO ESTADO DO AMAZONAS

Recursos recebidos:

Em 2007 (realizado).............................R$ 917.862.300 Valor aluno/ano........R$ 998,21

Em 2008 (realizado)............................R$ 1.253.356.400 Valor aluno/ano.....R$ 1.237,24

Em 2009 (estimativa MEC revista).....R$ 1.344.647.500 (incluem R$ 61.718.900 da compl. recursos da União)

Valor aluno/ano......R$ 1.221,34

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Unidade da Federação

Contribuição de Estados, Distrito Federal e

Municípios (Em R$ mil)

Complementação da União Valor Aluno / Ano Séries Iniciais Ensino

Fund. Urbano

Port.Intermin. 173/2008 (Em RS mil)

Port.Intermin. 598/2008 (Em RS

mil)

Port.Intermin. 1.027/2008 (Em R$ mil )

Port.Intermin. 173/2008 (Em

R$)

Port.Intermin. 598 e 1.027/2008

(Em R$)

Acre 405.850,5       1.974,84 1.967,54

Alagoas 836.908,2 115.683,3 112.442,9 112.459,3 1.137,30 1.132,32

Amapá 372.277,5       2.057,05 2.055,71

Amazonas 1.124.680,4 23.083,6 22.367,6 22.387,4 1.137,30 1.132,32

Bahia 3.368.161,7 731.098,3 727.622,5 727.693,3 1.137,30 1.132,32

Ceará 1.909.014,3 418.404,0 419.561,1 419.601,4 1.137,30 1.132,32

Distrito Federal 851.273,9       1.880,33 1.878,65

Espiríto Santo 1.614.685,8       2.239,75 2.233,36

Goiás 1.664.326,0       1.396,56 1.396,47

Maranhão 1.373.903,9 785.403,7 795.406,2 795.443,7 1.137,30 1.132,32

Mato Grosso 1.135.992,0       1.576,32 1.574,53

Mato Grosso do Sul 1.000.487,0       1.788,59 1.789,16

Minas Gerais 5.852.590,3       1.417,09 1.415,03

Pará 1.646.796,3 757.057,2 757.206,5 757.248,0 1.137,30 1.132,32

Paraíba 998.063,9 45.149,6 42.569,6 42.587,6 1.137,30 1.132,32

Paraná 3.042.310,1       1.350,62 1.349,90

Pernambuco 2.110.336,5 171.292,0 167.484,3 167.523,6 1.137,30 1.132,32

Piauí 826.121,9 126.828,5 129.339,3 129.355,8 1.137,30 1.132,32

Rio de Janeiro 3.760.431,3       1.345,79 1.344,56

Rio Grande do Norte 972.691,2       1.332,31 1.327,73

Rio Grande do Sul 3.498.567,4       1.684,55 1.683,93

Rondônia 602.974,6       1.538,10 1.534,81

Roraíma 286.188,3       2.572,73 2.569,05

Santa Catarina 1.945.187,8       1.563,87 1.563,01

São Paulo 16.243.926,1       2.056,68 2.056,18

Sergipe 695.004,4       1.419,86 1.414,56

Tocantins 631.518,8       1.717,36 1.712,57

Soma 58.770.270,1 3.174.000,2 3.174.000,0 3.174.300,1    

FUNDEBs 2008 – Estimativas MEC – (Destaque Estado do Amazonas)

Page 57: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

FUNDEBs 2008 - Realizado Efetivo (Destaque Estado do Amazonas)

Unidade da FederaçãoContribuição de

Estados, Distrito Federal e Municípios(Em R$ mil)

Complementação da União

(Em R$ mil)

Total de Recursos(Em R$ mil)

ValorAluno / Ano

(Em R$)

Acre 426.469,6 426.469,6 2.067,50

Alagoas 886.053,5 97.272,2 983.325,8 1.172,85

Amapá 399.268,6 399.268,6 2.204,75

Amazonas 1.253.356,4 1.253.356,4 1.237,24

Bahia 3.467.364,0 774.997,4 4.242.361,5 1.172,85

Ceará 1.971.837,1 440.071,8 2.411.909,0 1.172,85

Distrito Federal 875.425,4 875.425,4 1.931,94

Espírito Santo 1.685.432,4 1.685.432,4 2.331,21

Goiás 1.805.309,8 1.805.309,8 1.514,76

Maranhão 1.457.016,4 789.927,4 2.246.943,9 1.172,85

Mato Grosso 1.180.851,2 1.180.851,2 1.636,70

Mato Grosso do Sul 1.040.913,7 1.040.913,7 1.861,45

Minas Gerais 6.257.040,8 6.257.040,8 1.512,81

Pará 1.688.121,7 801.913,9 2.490.035,7 1.172,85

Paraíba 1.074.557,7 3.317,3 1.077.875,0 1.172,85

Paraná 3.302.234,7 3.302.234,7 1.465,23

Pernambuco 2.226.363,2 132.974,6 2.359.337,9 1.172,85

Piauí 855.829,6 133.824,9 989.654,5 1.172,85

Rio de Janeiro 3.997.290,0 3.997.290,0 1.429,24

Rio Grande do Norte 1.016.067,7 1.016.067,7 1.386,93

Rio Grande do Sul 3.798.271,8 3.798.271,8 1.828,18

Rondônia 640.497,6 640.497,6 1.630,32

Roraima 301.811,9 301.811,9 2.709,30

Santa Catarina 2.056.192,1 2.056.192,1 1.652,20

São Paulo 16.623.890,0 16.623.890,0 2.104,27

Sergipe 747.485,0 747.485,0 1.521,37

Tocantins 686.968,9 686.968,9 1.862,94

Soma 61.721.922,1 3.174.300,0 64.896.222,1

Page 58: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Fonte: IBSA, com base em informações obtidas junto ao FNDE/MEC.

Receita Proveniente de

ImpostosEstado Municípios

Total (Estado + Municípios)

ICMS 3.464.696.250 1.154.898.750 4.619.595.000

FPE/FPM 1.249.414.715 662.762.830 1.912.177.545

IPI/Export. 30.229.684 10.076.561 40.306.245

LC nº 87/96 (Lei Kandir) 14.740.245 4.913.415 19.653.660

IPVA 63.318.500 63.318.500 126.637.000

ITCMD 4.065.000 4.065.000

ITR 802.862 802.862

Total 4.826.464.394 1.896.772.918 6.723.237.312

Vinculado ao FUNDEB 20%

Provimento dos Estados e dos Municípios

965.292.879 379.354.583 1.344.647.462

Complementação da União 61.718.900

Recursos do FUNDEB 1.406.366.362

Estado do Amazonas Recursos do FUNDEB (3º ano) - Estimativa MEC (revista)Exercício 2009 Em R$ 1,00

Page 59: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

-

10

20

30

40

50

60

70

80

ICMS FPE/FPM Demais

Estado do AmazonasRecursos Movimentados pelo FUNDEB Amazonense 2009 (Estimativas MEC)

Especificação e Participação Relativa da Receita Subvinculada (%)

Page 60: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

FUNDEB Amazonense 2009

Governo do Estado Municípios

Recursos entreguesR$ 965.292.879

Recursos entreguesR$ 379.354.583

Recursos entregues ao FUNDEBR$ 1.344.647.462

28,21%

71,79%

Governo do Estado Municípios

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Nível e Modalidade de Ensino

Matrículas 2008Fatores de

Ponderação (A)

Matrículas Ponderadas

Estado (1)

Municípios (2) SomaEstado (1x A)

Municípios (2 x A) Soma

Educação Infantil 98.460 98.460 96.766,60 96.766,60

Creche Integral 1.848 1.848 1,10 2.032,80 2.032,80

Creche Parcial 9.796 9.796 0,80 7.836,80 7.836,80

Pré-escola Integral 405 405 1,20 486,00 486,00

Pré-escola Parcial 86.411 86.411 1,00 86.411,00 86.411,00

Ens. Fundamental 291.928 404.707 696.635 313.118,30 423.250,20 736.368,50

Séries Inic. Urbano 108.426 187.898 296.324 1,00 108.426,00 187.898,00 296.324,00

Séries Inic. Campo 3.920 101.788 105.708 1,05 4.116,00 106.877,40 110.993,40

Séries Fin.Urbano 155.650 76.461 232.111 1,10 171.215,00 84.107,10 255.322,10

Séries Fin. Campo 5.537 38.323 43.860 1,15 6.367,55 44.071,45 50.439,00

Tempo Integral 18.395 237 18.632 1,25 22.993,75 296,25 23.290,00

Ensino Médio 148.834 148.834 179.750,50 179.750,50

no Urbano 134.920 134.920 1,20 161.904,00 161.904,00

no Campo 4.834 4.834 1,25 6.042,50 6.042,50

Integral 8.499 8.499 1,30 11.048,70 11.048,70

Integr. Educ.Profis. 581 581 1,30 755,30 755,30

Educação Especial 1.333 3.184 4.517 1,20 1.599,60 3.820,80 5.420,40

EJA 37.923 40.173 78.096 30.338,40 32.138,40 62.476,80

Aval. no Processo 37.923 40.173 78.096 0,80 30.338,40 32.138,40 62.476,80

Integ. Prof. Médio 1,00

Indíg./Quilombola 9.398 48.771 58.169 1,20 11.277,60 58.525,20 69.802,80

Entid. Conven. 655 123 778 786,00 127,20 913,20

Creche Integral 0,95

Creche Parcial 51 51 0,80 40,80 40,80

Pré-Escola Integral 72 72 1,20 86,40 86,40

Pré-Escola Parcial 1,00

Educ. Especial 655 655 1,20 786,00 786,00

Soma 490.071 595.418 1.085.489 536.870.40 614.628,40 1.151.498,80

Coeficientes 0,466236178447 0,533763821553 1,000000000000

Estado do AmazonasMatrículas na Educação Básica - Ano Letivo 2008 (3º ano do FUNDEB, com matrículas integrais)

Page 62: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

Nível e Modalidade de Ensino

Fatores de PonderaçãoValor Aluno/Ano

(R$)

Educação Infantil    

Creche Tempo Integral 1,10 1.343,47

Creche Tempo Parcial 0,80 977,07

Pré-Escola Tempo Integral 1,20 1.465,60

Pré-Escola Tempo Parcial 1,00 1.221,34

Ensino Fundamental  

Séries Iniciais no Urbano 1,00 1.221,34

Séries Iniciais no Campo 1,05 1.282,40

Séries Finais no Urbano 1,10 1.343,47

Séries Finais no Campo 1,15 1.404,54

Tempo Integral 1,25 1.526,67

Ensino Médio  

no Urbano 1,20 1.465,60

no Campo 1,25 1.526,67

Tempo Integral e Integrado Educação Profissional 1,30 1.587,74

Educação Especial 1,20 1.465,60

EJA

Avaliação no Processo 0,80 977,07

Tempo Integral e Integrado Educação Profissional  1,00 1.221,34

Indígena e Quilombola 1,20 1.465,60

Entidades Conveniadas

Creche Integral 0,95 1.160.27

Creche Parcial 0,80 977.07

Pré-Escola Integral 1,20 1.465,60

Pré-Escola Parcial 1,00 1.221,34

Ed. Especial 1,20 1.465,60

FUNDEB Amazonense 2009 (3º ano) - Estimativa MEC (revista)Valores Aluno/ano Valores em R$

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Nível e Modalidade de EnsinoMatrículas 2008

Valores Aluno/Ano

Recursos Distribuídos pelo Fundo (Matrículas X Valores Aluno/Ano)

Estado Municípios Estado Municípios Soma

Educação Infantil   98.460        

Creche Integral   1.848 1.343,47   2.482.733 2.482.733

Creche Parcial   9.796 977,07   9.571.378 9.571.378

Pré-escola Integral   405 1.465,60   593.568 593.568

Pré-escola Parcial   86.411 1.221,34   105.537.211 105.537.211

Ens. Fundamental 291.928 404.707  

Séries Inic. Urbano 108.426 187.898 1.221,34 132.425.011 229.487.343 361.912.354

Séries Inic. Campo 3.920 101.788 1.282,40 5.027.008 130.532.931 135.559.939

Séries Fin.Urbano 155.650 76.461 1.343,47 209.111.105 102.723.060 311.834.165

Séries Fin. Campo 5.537 38.323 1.404,54 7.776.938 53.826.186 61.603.124

Tempo Integral 18.395 237 1.526,67 28.083.095 361.821 28.444.915

Ensino Médio 148.834

no Urbano 134.920 1.465,60 197.738.752 197.738.752

no Campo 4.834 1.526,67 7.379.923 7.379.923

Integral 8.499 1.587,74 13.494.202 13.494.202

Integr. Educ.Profis. 581 1.587,74 922.477 922.477

Educação Especial 1.333 3.184 1.465,60 1.953.645 4.666.470 6.620.115

EJA 37.923 40.173

Aval. no Processo 37.923 40.173 977,07 37.053.426 39.251.833 76.305.259

Integ. Prof. Médio 1.221,34

Indíg./Quilombola 9.398 48.771 1.465,60 13.773.709 71.478.778 85.252.486

Entid. Conven. 655 123

Creche Integral 1.160,27

Creche Parcial 51 977,07 49.831 49.831

Pré-Escola Integral 72 1465,60 105.523 105.523

Pré-Escola Parcial 1.221,34

Educ. Especial 655 1.465,60 959.968 959.968

SOMA 490.071 595.418   655.699.259 750.668.666 1.406.367.923

FUNDEB AMAZONENSE - 2009 - Estimativa (revista)Distribuição de Recursos Valores em R$

Page 64: O FUNDEB E O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA IBSA Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada IBSA

FUNDEB Amazonense 2009

Recursos Distribuídos pelo FUNDEBR$ 1.406.366.362,00

Governo do Estado Municípios

Coeficiente de distribuição

0,466236178447

Coeficiente de distribuição

0,533763821553

Recursos recebidosR$ 655.698.878,10

Recursos recebidos R$ 750.667.483,90

46,6% 53,4%

Municípios

Governo do Estado

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FUNDEB do Estado do Amazonas 2009 (3º ano) - Estimativa MEC (Revista) “Ganho” / “Perda” de Recursos

Provimento e Repartição

RecursosDiferença

“Ganho” (+) “Perda” (-)Entregues

(-)Recebidos

(+)

União 61.718.900 (-) 61.718.900

Estado 965.292.879 655.698.891 (-) 309.593.988

Municípios 379.354.583 750.667.471 (+) 371.312.888

Total 1.406.366.362 1.406.366.362

Valores em R$ 1,00

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Dos 62 Municípios do Estado do Amazonas, na diferença para mais (ganho) e para menos (perda), entre o que recebem e entregam ao FUNDEB Amazonense 2009 (Estimativa MEC revista), 60 têm “ganho” e 02 têm “perda”. Os cinco de maiores “ganho” são (em R$ milhões): Manaus, 131,9; Parintins, 17,8; Itacoatiara, 17,1; Maués, 13,4; Tabatinga, 10,4. Os que têm “perda” são (em R$ milhões): Presidente Figueiredo, 1,9; Coari, 1,8.

FUNDEB Amazonense 2009Participação dos Municípios Amazonenses