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O FARISEU E O PUBLICANO FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Livro II Ensinos e Parábolas de Jesus Módulo III Ensino por Parábolas Roteiro 6

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O FARISEU E O

PUBLICANO

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita

Livro II – Ensinos e Parábolas de Jesus

Módulo III – Ensino por Parábolas

Roteiro 6

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Objetivo

Interpretar a parábola do fariseu

e do publicano à luz do

entendimento espírita.

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Para reflexão

Podemos ler uma mesma passagem bíblica mil vezes e

ainda na vez seguinte Deus falará algo novo conosco:

este é o poder vivo que somente sua mensagem

contém.

Jesus, através das parábolas, ensina ao nosso coração

tudo aquilo que precisamos para ser muito mais felizes

do que temos sido até o presente momento, pois o

Evangelho é remédio certo e sem contraindicações

para o nosso coração e tem o poder de penetrar

em regiões íntimas do nosso ser. FEB -

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Texto evangélico – Lucas, 18: 9-14

Contou ainda esta parábola

para alguns que, convencidos

de serem justos, desprezavam

os outros:

“Dois homens subiram ao Templo,

a orar, um fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, de pé,

orava interiormente deste modo: Ó Deus, graças te dou,

porque não sou como os demais homens, ladrões, injustos

e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas

vezes na semana e pago os dízimos de todos os meus

rendimentos. FEB -

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Texto evangélico – Lucas, 18: 9-14

Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!

Eu vos digo que este último desceu justificado

para sua casa, o outro não; porque qualquer que a

si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer

que a si mesmo se humilha será exaltado.

O publicano, porém,

estando em pé, de longe,

nem ainda queria levantar

os olhos ao céu,

mas batia no peito dizendo

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Malefícios

do

orgulho

Benefícios

da

humildade

Qual a maneira

correta de orar?

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Aquisição de conhecimento Ciência e filosofia

Benefícios

da

humildade

Apreensão

de valores

morais

Religião 0

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4

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8

10

12

1 2 3 4 5

Ligação da criatura

com o Criador

...

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.

.

Amor e Sabedoria

Processo evolutivo Autovalorização e autopreservação das experiências humanas

Experiências reencarnatórias

Processo de espiritualização humana

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Religião

Sentimento Divino, cujas exteriorizações são

sempre o AMOR, nas expressões mais sublimes.

XAVIER, F.C. O consolador. Pelo espírito Emmanuel. Questão 260.

Prece

Recurso Divino em nosso benefício.

Deve ser cultivada, não para que sejam revogadas as disposições da

lei divina, mas a fim de que a coragem e a paciência inundem o

coração de fortaleza nas lutas ásperas, porém necessárias.

A alma, em se voltando para Deus, não deve ter em mente senão a

humildade sincera na aceitação de sua vontade superior.

XAVIER, F.C. Pérolas do além. Pelo espírito Emmanuel. Verbete “Prece”.

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E disse também esta parábola a

uns que confiavam em si mesmos,

crendo que eram justos, e

desprezavam os outros...

Orgulho

Do orgulho procedem todas as megalomanias,

das mais grotescas às mais perigosas, como aquela

que tem por escopo o domínio do mundo.

VINICIUS, P.C. Na seara do mestre. Capítulo Bem-aventurados os humildes de coração.

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Dois homens subiram ao templo,

a orar, um fariseu, e o outro,

publicano.

Templo

Entendido com um espaço sagrado,

destinado às práticas religiosas,

ao louvor, agradecimento e súplicas dirigidas a Deus.

É sempre visto como um local de oração.

Templo íntimo

Centro de nossas cogitações íntimas e autênticas,

onde trazemos gravados nossos sonhos e ideais.

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Fariseus

Do hebreu parush = divisão, separação

Origem remonta a 180 ou 200 A.C.

Seita judaica muito influente à época

de Jesus. Ensinava que só se devia

depositar fé nas escrituras.

Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis

cumpridores das práticas exteriores do culto e das

cerimônias, cheios de um zelo ardente de proselitismo,

inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade

de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa

devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho

e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação.

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Publicanos

Cobradores de impostos/tributos

definidos pelo domínio romano.

Postura = conduta

Ambos subiram ao templo para orar,

mas com atitudes completamente diferentes: o

fariseu ficava em pé, altivo (se achava certo e muito

íntimo de Deus, e se auto intitulava como guardião

da Lei de Deus); já o publicano ficou à distância,

nem ousava olhar para o céu (temia a Deus, nem

ousava se aproximar pois sabia que estava errado). FEB -

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O fariseu, estando em pé, orava consigo desta

maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não

sou como os demais homens, roubadores,

injustos e adúlteros; nem ainda como este

publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou

os dízimos de tudo que possuo.

A oração tem expressões infelizes que refletem,

sobretudo, orgulho religioso e vaidade perniciosa.

Trata-se mais de uma vaidosa autolouvação.

Revela preconceito e discriminação quando se

compara com o publicano - imaturidade espiritual.

Foco nas manifestações de culto externo.

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O publicano, porém, estando em pé, de

longe, nem ainda queria levantar os olhos

ao céu, mas batia no peito dizendo:

Ó Deus, tem misericórdia de mim,

pecador!

Apresenta atitude de respeito e humildade ao se dirigir,

em prece, a Deus. Não havia desejo de ser ouvido por

ninguém além de Deus. Demonstra que conhece seus

defeitos. Na cultura judaica, bater no peito era um sinal

externo de demonstrar a dor na sua alma. Ele reconhecia

sua natureza pecaminosa e estava angustiado por isso.

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Atividade Vamos refletir sobre o assunto,

correlacionando as perguntas com

suas respectivas repostas.

1. Por que devemos orar em secreto?

2. Por que foi dito que “eles já receberam sua recompensa”?

3. Quer dizer, então, que não têm valor as preces que fazem nas

sinagogas, templos e igrejas?

4. Por que não devemos pedir muito em nossas preces?

5. Por que não devemos orar alimentando mágoa de alguém?

6. O que evidenciou o comportamento do fariseu?

7. Por que o publicano teve mais mérito em sua oração?

8. Como podemos enumerar as qualidades da prece?

9. Como podemos interpretar esse ensinamento de Jesus?

10. Será necessário, realmente, pedir a Deus, uma vez que ele conhece

nossas necessidades?

11. Quando uma prece é eficaz?

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Que tal agora refletir sobre o

assunto e correlacioná-lo à aplicação

prática em nosso cotidiano?

Como as pessoas podem desenvolver

a humildade no mundo atual,

governado pelo materialismo?

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Reflexões Finais

“Se alguém quer ser o primeiro, será

o último e o servo de todos.” Jesus ( Mc,

9:35)

... Ao contrário dos valores utilizados pelos homens, sua força

extraordinária é constituída pelo Amor, pela Bondade, pela

Humildade, pela Paciência, pela Tolerância, pela Fé absoluta

no Poder Supremo.

SOUZA, Juvanir Borges. Amai-vos. Instruí-vos.

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HUMILDADE

A humildade é virtude muito esquecida entre vós. Bem

pouco seguidos são os exemplos que dela se vos têm

dado. Entretanto, sem humildade, podeis ser caridosos

com o vosso próximo?

Oh! não, pois que este sentimento nivela os homens,

dizendo-lhes que todos são irmãos, que se devem

auxiliar mutuamente, e os induz ao bem.

Sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que

não possuís, como se trouxésseis um vestuário para

ocultar as deformidades do vosso corpo. Lembrai-vos

d’Aquele que nos salvou; lembrai-vos da sua humildade,

que tão grande o fez, colocando-o acima de todos os

profetas. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 7, item 11.

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LEI DO AMOR

... Amar, no sentido profundo do termo, é o homem

ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros

o que queira que estes lhe façam; é procurar em

torno de si o sentido íntimo de todas as dores que

acabrunham seus irmãos, para suavizá-las; é

considerar como sua a grande família humana,

porque essa família todos a encontrareis, dentro de

certo período, em mundos mais adiantados; e os

Espíritos que a compõem são, como vós, filhos de

Deus, destinados a se elevarem ao infinito. ...

KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 11, item 10.

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AMOR E JUSTIÇA DE DEUS

“Disse o Cristo: Queira cada um para os outros o que

quereria para si mesmo. No coração do homem

imprimiu Deus a regra da verdadeira justiça, fazendo

que cada um deseje ver respeitados os seus direitos.

Na incerteza de como deva proceder com o seu

semelhante, em dada circunstância, trate o homem de

saber como quereria que com ele procedessem, em

circunstância idêntica. Guia mais seguro do que a

própria consciência não lhe podia Deus haver dado.”

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questão 876.

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AMOR AO PRÓXIMO

Se o amor do próximo constitui o princípio da

caridade, amar os inimigos é a mais sublime

aplicação desse princípio, porquanto a posse

de tal virtude representa uma das maiores

vitórias alcançadas contra o egoísmo e o

orgulho.

KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 12, item 3.

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NECESSIDADE DO PERDÃO

Por mais graves te pareçam as faltas do

próximo, não te detenhas na reprovação.

Condenar é cristalizar as trevas, opondo

barreiras ao serviço da luz. [...].

Usa, pois, a bondade, e desculpa

incessantemente.

Ensina-nos a Boa Nova que o Amor cobre a

multidão dos pecados. XAVIER, F.C. Fonte Viva. Cap 135.

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