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o ESTUDO DAS REPRESENTAÇOES SOCIAIS: UMA CONTRI- BUiÇÃO À PSICOLOGIA SOCIAL NO NORl;)ESTE ANGELA M. S. ARRUDA Departamento de Filosofia e Psicologia Curso de Psicologia URNe - Campina Grande, Parafba Resenha comentada de trabalhos relacionados com problemas do Nordeste, nos quais se lança mão das Representações Sociais para atingir um entendimento destes problemas. A partir de tais traba- lhos, discute-se o papel da ReprGsentação Social como processo di- nâmico na formação do comportamento e do pensamento sociais, ao situar-se na articulação do social e do psicológico, tornando-se um instrumento da Psicologia Social para compreender e transformar a realidade. O modelo teórico das Representações Sociais da autoria "de Serge Moscovici e Denise Jodelet é apresentado de forma esque- mática, ressaltando a sua contribuição espec(fica à Psicologia Social: a visão que tem do homem e do conhecimento. 1-Introdução o Nordeste é uma região singular no Brasil, e evidentemente eu não sou a pessoa mais indicada para falar de sua especificidade, sendo uma recém-chegada e dirigindo-me a um auditório que conhece sobejamente o tema. Apenas, como recém-chegada, não posso calar a minha perplexidade diante dessa realidade con- traditória.isituada num ninho ecológico que varia do mar até o sertão, povoada por essa qente tão ligada a sua terra e no entanto em constante migração ..:.do campo para a cidade; daqui para ali, do Norte para o Sul. Uma realidade aparen- temente entorpecida sob o peso de suas dificuldades e ao mesmo tempo em transformação, devido talvez a essas próprias dificuldades. Uma realidade em que convivem o árido e o fértil, o rural e o urbano, o tradicional e o moderno intera- gindo e modificando-se mutuamente, ainda que lentamente. Uma realidade em que o indivfduo sofre o jugo da ecologia tanto quanto a normatividade da sociedade, e onde o cruzamento das duas gera uma ou várias culturas peculiares Rev. de Psicologia, 1 (l): Pág. 5-14, jan.jdez. 1983 5

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o ESTUDO DAS REPRESENTAÇOES SOCIAIS: UMA CONTRI-BUiÇÃO À PSICOLOGIA SOCIAL NO NORl;)ESTE

ANGELA M. S. ARRUDADepartamento de Filosofia e Psicologia

Curso de PsicologiaURNe - Campina Grande, Parafba

Resenha comentada de trabalhos relacionados com problemasdo Nordeste, nos quais se lança mão das Representações Sociais paraatingir um entendimento destes problemas. A partir de tais traba-lhos, discute-se o papel da ReprGsentação Social como processo di-nâmico na formação do comportamento e do pensamento sociais, aosituar-se na articulação do social e do psicológico, tornando-se uminstrumento da Psicologia Social para compreender e transformar arealidade. O modelo teórico das Representações Sociais da autoria"de Serge Moscovici e Denise Jodelet é apresentado de forma esque-mática, ressaltando a sua contribuição espec(fica à Psicologia Social:a visão que tem do homem e do conhecimento.

1 -Introdução

o Nordeste é uma região singular no Brasil, e evidentemente eu não sou apessoa mais indicada para falar de sua especificidade, sendo uma recém-chegada edirigindo-me a um auditório que conhece sobejamente o tema. Apenas, comorecém-chegada, não posso calar a minha perplexidade diante dessa realidade con-traditória.isituada num ninho ecológico que varia do mar até o sertão, povoadapor essa qente tão ligada a sua terra e no entanto em constante migração ..:.docampo para a cidade; daqui para ali, do Norte para o Sul. Uma realidade aparen-temente entorpecida sob o peso de suas dificuldades e ao mesmo tempo emtransformação, devido talvez a essas próprias dificuldades. Uma realidade em queconvivem o árido e o fértil, o rural e o urbano, o tradicional e o moderno intera-gindo e modificando-se mutuamente, ainda que lentamente. Uma realidade emque o indivfduo sofre o jugo da ecologia tanto quanto a normatividade dasociedade, e onde o cruzamento das duas gera uma ou várias culturas peculiares

Rev. de Psicologia, 1 (l): Pág. 5-14, jan.jdez. 1983 5

e, como dizia Fernando Henrique Cardoso (1) denunciando o desconhecimentodessas variações no homem brasileiro, apresenta nesse domínio um terreno àindapouco explorado do conhecimento.

Partí então, além da vivência concreta da nova situação, para a busca de re-ferenciais para a compreensão dela no acervo da produção intelectual soore aregião. E me deparei com um volume de trabalhos que abordam o impacto dascondições de vida assim como os fenômenos ligados à mudança e seus reflexossobre as mentalidades, as, maneiras de pensar, de perceber e de viver das pessoas.Nesta busca, terminei ultrapassando as fronteiras regionais para encontrar subsí-dios para o entendimento, e é o conjunto dos aspectos encontrados que gostariade debater com vocês, assim como as conclusões e proposições que surgiram aolongo desse caminho, na medida em que elas trazem águas ao moinho da Psicolo-gia Social, tema sobre o qual focalizo meu interesse.

2 Uma Resenha RápidaNão tenho a pretensão de acreditar que obtive um conhecimento abrangente

e final no pouco tempo em que estive acumulando informações. Mas creio quepossuo alguns elementos para iniciar uma discussão sobre pontos que considerode interesse para minha disciplina no Nordeste, e para me inscrever entre os quedesejam trabalhar com esta realidade.

Considerando, portanto, que os importantes aspectos da Psicologia Comuni-tária, tais como se desenvolvem através do Mestrado de Psicologia Social da Uni-versidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, são de fácil acesso para todos, ten-do talvez até representantes aqui, passarei a abordar o que é hoje minha pequenabagagem específica para uma participação junto à Psicologia Social no Nordeste.

Na minha busca, pude constatar que os cientistas sociais de diferentes áreasque se interessaram pela região não ficaram indiferentes às questões que meneio-nei no início desta exposição, fornecendo dados preciosos sobre a economia, asociologia e a antropologia locais. Sobretudo, coisa que nos toca mais de perto,em seus estudos sobre as condições de vida, a cultura, a educação e a saúde, en-contramos elementos tangenciais à nossa discipl ina que nos enriquecem e aju-dam. Assim, vemos por exemplo que antropólogos corr.o Doris Rinaldi Meyer,em sua tese de mestrado oublicada sob o título A Terra do Santo e o Mundo dosEngenhos (2), para explicar as relações sociais existentes numa comunidade ruralde Pernambuco, faz apelo à identidade social dos habitantes e as categorias queutilizam para estruturar a sua visão do mundo. Também o economista José Sér-gio Leite Lopes, no seu livro O Vapor do Diabo(3) sobre os operários da cana namesma região, faz uso de representações sociais para o entendimento da relação

(1) CARDOSO. F.H. - A fome e a crença: sobre Os Parceiros do Rio Bonito. In: Lafer C.,org. Esboço de figura: homenagem a Antonio Candido. Duas Cidades, S. Paulo.

(7) RIo de Janeiro, Paz e Terra.( ) RIo de Janeiro, Paz e Terra.

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relações e não simplemente os reproduz ou reage a estímulos exteriores. Não são',portanto, simples "opiniões sobre" ou "imagens de", mas verdadeiras "teoriascoletivas" sui generis, destinadas à interpretação e elaboração do real. Assim, re-presentar uma coisa, um estado, não consiste apenas em desdobrá-lo , repeti-to oureproduzi-lo: é reconstitu í-Io, retocá-lo, modificá-Io. (11) ~ isto que constata apesquisa sobre a representação da psicanálise, que revela a transformação de talciência operada pelos grupos interrogados.

Muitos dos trabalhos existentes apresentam uma ótica da RepresentaçãoSocial enquanto produto sócio-cultural captado no discurso, através da descriçãodo conteúdo do pensamento, mas que não explica como ela se articula comoutros fatores, como a ideologia, por exemplo, ou como ela se organiza. A outraótica, de que estamos tratando, busca entender o modus operandi da Representa-ção Social, já que ela é processo, é pensamento constituinte e a sua dinâmica éproduzida por sujeitos que são parte de uma sociedade, de uma cultura. Outroaspecto desta ótica consiste em encarar a representação também como mediadorsimból ico entre o sujeito e o meio, e , para captá-Ia, ultrapassam-se os conteúdosconscientes verbal izados para atingir todas as manifestações onde esta relaçãoentre o sujeito e o objeto possa se expressar: comportamentos, práticas etc.

As representações sociais constituem, pois, uma forma de pensamento típicade nossas sociedades, onde a visão de um mundo estruturado dá lugar pouco apouco a um mosaico de idéias, as quais não têm tempo de sedimentar-se e virartradições e passam continuamente por nós. As representações sociais fazem partedeste movimento, encontrando-se também em circulação na sociedade.

Muito mais haveria a ser dito sobre as suas características, mas, para não meestender demasiado, passarei a discorrer resum idamente sobre a~I ise das repre-sentações sociais. Esta tem etapas diferentes. Parte, em primeiro lugar, dos ele-mentos que constituem a representação, também chamados dimensões dela. Sãoelas:

a informação, ou seja, o nível de informação dos sujeitos a respeito doobjeto representado;

- a atitude com relação 'ao objeto;- o campo de representação, isto é, a abrangência da representação, sendo

tal abrangência organizada, o que significa que compreende uma hierar-quia de seus componentes.

A segunda etapa se dedica ao entendimento da elaboração, da produção darepresentação social, que inclui dois processos principais:

- a objetivação - é o processo que dá material idade às idéias, tornando-asobjetivas, concretas, palpáveis. Por exemplo, na pesquisa sobre a Psicaná-lise, pode-se constatar a existência de um modelo de pensamento ingênuoque torna palpáveis noções abstratas para os sujeitos. Seria assim:

Consciente .>:Rec~lque ComplexoIncdnsciente

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Graças a modelos assim, cada um pode reconhecer os complexos de umapessoa como atributos desta pessoa, sem nem mesmo associá-I os obrigatoriamen-te à psicanál ise. (12)

O outro processo é o que foi chamado de "amarração" ou ancoragem, emostra o trabalho social sobre o objeto de representação. Como? Trans-formando o objeto estranho em conhecido e eliminando assim o elemen-to ansiógeno que representa o desconhecido. ~. ele que explica que, parao leigo, o psicanalista seja associado ao padre, a sessão psicanalítica à con-fissão. Desta forma, o que era paradoxal, chocante, torna-se concreto einteligível.(13)Ou seja, a partir de nossa bagagem nacional, com seus conhecimentos, etambém de nossa experiência anterior e inserção social, ancoraremos o"objeto não identificado" no cais de nosso universo de idéias, tranfor-mando-o que nos é desconhecido em algo familiar.

Vemos também que são objeto de representação todas as "novidades" comociências, teorias, situações, assim como tudo aquilo que abriga uma certa fluidezou um certo conflito de idéias e de valor, como a cultura, a saúde, ou ainda obje-tos socialmente significativos, como o corpo. Estudos da representação da cultu-ra no meio operário e da saúde mental feitos na França por René Kaus e Claudi-ne Korzlich, respectivamente, trouxeram interessantes resultados para a compre-ensão de sua elaboração social.(14) A evolução de uma representação (a do cor-po) ao longo das modificações culturais sofridas por uma sociedade também fo-ram estudadas com um intervalo de quase 15 anos, durante o qual se verificou omovimento de Maio de 68, e pode-se observar as transformações da maneira deviver, falar e relacionar-se com seu corpo, demonstradas por Denise Jedelet.l 15)

Além das dimensões e processos constitutivos, é preciso levar em conta oque determina a representação social, e é um dado adquirido que a estrutura dasociedade onde ela se insere é a determinação central. Mas isto não pode ser con-siderado de maneira simples nem exclusiva. A estrutura social não determina nomesmo grau todos os aspectos da representação. Assim, vê-se a diferença entre adeterminação central, que regiria o surqirnento dela e de seu conteúdo, a uma de-terminação lateral, menos direta, relacionada com os aspectos cognitivos e ex-pressivos. Desta forma, a representação não reflete apenas o lugar do indivíduona estrutura social definida de maneira estática. Ela expressa a maneira como eletoma consciência dessa estrutura e responde a esta situação, numa sociedade emmovimento. (16)

(12) MOSCOVICI, S. - op.cit' p. 119 e 112(13) MOSCOVICI, S. - Communication présentée au Colloque sur les Représentations So-

ciales, 8-10 janvier 1980, Paris, EHESS.(14) KAES, R. - Imagesde Ia Culture chez les Ouvriers Français, Paris, Cujas.(16) JOOELET, O. - op. cito(16) HERZLlCH, C. - La Representation Sociale. In: Introduction à Ia Psychologie Sociste,

Moscovici, S. (orq.}, Paris, Larousse.

12 Rev. de Psicologia, 1 (1): Pág. 5-14, jan./dez. 1983

Finalmente ao constituir-se em sistema de cateqorização, a representaçãotorna-se, por sua vez, um elemento que constitui o real, sendo reaplicada na ~eali-dade pelos seus detentores. Um exemplo disto seria o das pessoas que, a partir domomento que adotam o modelo do complexo que já vimos, passam a utilizá-Iono julgamento dos outros, classificando-os como complexad~s ou. ~ão._ Nesteprocesso classificatório, a representação serve também para a identificação gru-paI. Por exemplo: a imprensa comunista francesa de há 15 anos atrás representa-va a psicanálise como uma ideologia de evasão, destinada a afastar as pessoas daconsciência dos conflitos sociais, difundida pelos americanos. Ou seja, a psicaná-lise, ao não ser uma ciência, só podia ser uma ideoloqia, para os comunistas fran-ceses da época, o que reforçava as suas perspectivas fundamentais enquantogrupo, estabelecendo este contraste, ê implica uma definição de tipo "Quem nãoestá comigo, está contra mim". Aqui, a representação social fu~ciona ~o. me~~otempo como elemento de identidade grupal e como categorta classificatórla,cumprindo uma dupla função na comunicação social.

Assim como a negação (pelo contraste) que acabamos de ver, outros proces-sos cognitivos são postos em evidência na análise da organização da repres~nta-ção, mas evitaremos a sua discriminação aqui, recomendando para tal a leiturados trabalhos teóricos.

Para encerrar, queria apenas fazer menção à questão metodológica, comocoletar representações sociais. Os exemplos vistos, em sua maioria, corresponderna trabalhos de pesquisa baseados em entrevistas ou questionários, já que o discur-so constitui uma matéria-prima preciosa para a decantação das representações ..Entretanto, inúmeras técnicas são utilizadas além destas, complementando-as,enriquecendo-as e inovando-as. Entre elas, a análise de conteúdo de textos, a di-nâmica de grupo. No caso da representação social de lugares como cidades, porexemplo, ou uma pesquisa pediu-se aos sujeitos que desenhassem um mapa comos pontos mais importantes da cidade para eles, ou os limites da cidade, o quemostrou algumas constantes surpreendentes para a maioria dos participantes, in-dicando a existência de elementos remanescentes de outros tempos na visão dacidade, em um caso.(17) Em outro, mostraram-se fotografias e se pediu que fos-sem identificadas as partes da cidade que representavam.Uêl Isto apenas paramostrar como é ampla a gama de possibilidades nesse domínio, a depender doobjeto de estudo, das circunstâncias e da imaginação do pesqu'lsador.

6 Conclusão

Com esta meteórica visao da teoria não pretendo havê-Ia esgotado, nemmesmo ter deixado uma visão precisa da mesma entre os que me ouvem, mas tãosomente despertar sua curiosidade pondo em tela uma possibilidade a ser explo-rada, propor uma alternativa para aprofundamento posterior.

(17) JOOELET, O., M. Igram, S. - Cerres mentales et images sociales de Paris. Paris,O.G.R.S.T.

(18) LEORUT, R. Les images de Ia vil/e. Paris, Anthropos.

Rev. de Psicologia, 1 (1):Pág. ~-14,jan./dez. 1983 13

Vimos na resenha inicial que a representação vem sendo utilizada com fre-qüência para o estudo dos fatos psicossociais, independentemente ou não doquadro teórico que acaba de ser esboçado. Isto só faz reforçar o interesse danoção.

Podemos dizer também que o enfoque proposto traduz uma concepção di-nâmica do homem' e do conhecimento, no sentido que são vistos, o primeiro,como ser capaz de criar, e ambos em contínua transformação. Apresenta, alémdisso, uma perspectiva mais democrática do saber, ao conferir ao "senso co-mum" o lugar de objeto de pesquisa que contribui para a compreensão dos fenô-menos psicossociais, e erigindo a Representação Social ao nível de um outro sa-ber, situado por fora do saber convencional ou elitista, e para além do desconhe-cido. Tudo isto nos leva a ver este enfoque como uma vertente promissora paranosso trabalho.

Ele vem sendo aplicado com êxito por colegas na África e América Latinacomo uma forma esclarecedora da real idade sobre a qual queremos intervir. Cabeaos que o util izam usar de criatividade para burilá-to teoricamente no sentidoque Ihes interessa e adaptá-lo às suas necessidades.

Se o objeto da nossa ciência deve ser o de entender como se transformamconceitos em fatos, ou idéias em atos, questão que se coloca desde os temposimemoriais, e cujo alcance hoje e sempre permanece inesgotável, as Representa-ções Sociais com suas características e funções podem constituir uma contribui-ção de peso para a Psicologia Social em geral, e igualmente no Nordeste.

7 Referências Bibliográficas

CAMPOS, M. S. Poder, Saúde e Gosto. São Paulo, Cortez Editora, 1982.CARDOSO, F.H. A Fome e a Crença: sobre Os Parceiros do Rio Bonito. In: LAFER, C., org.

Esboço de Figura: Homenagem a Antonio Candido. São Paulo, Duas Cidades, 1978.HERZLlCH, C. La Représentation Sociale. In: MOSCOVICI, S., org. Introduction à Ia Psy-

chologie Sociale. Paris, Larousse, 1972:JODELET, D. La Représentation Sociale du Corps. Paris, EHESS, 1976.---, & MILGRAM, S. Cartes Mentales et Images Sociales de Paris. Paris, DGRST, 1977.KAES, R. Images de Ia Culture chez les Ouvriers Français. Paris, Cujas, 1968.LANE, S.T.M. O que é Psicologia Social. São Paulo, Brasiliense, 1981.LEDRUT, R. Les Imagesde Ia Vil/e. Paris, Anthropos, 1973.LEITE LOPES, J.S. O Vapor do Diabo. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978.MEYER, D. R. A Terra do Santo e o Mundo dos Engenhos. Rio de Janeiro, Paz e Terra,

1979.; MOSCOVICI, S. A Representação Social da Psicanálise. Rio de Janeiro, Zahar, 1978.---, Communication présentée au Colloque sur les Représentations Sociales, 8-10 janvier

1979, Paris, EHESS.WH ITAKE R, D.C.A. Ideologia Urbana e Cultura Rural. Ciência e Cultura, São Paulo, 34 (7):

888-891.

14 Rev. de Psicologia, I (I): Pág. 5-14,jan./dez. 1983