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Exames: saiu Fernando Pessoa Benfica Negócio de Jesus complicou-se em Braga Já não é hoje... Está a correr mal o diálogo entre o treinador e o Sporting de Braga. Pág.12 » Presidência da República País precisa de visão e equilíbrio A mensagem foi deixada na ina- guração dos Paços do Concelho de Vila Nova de Ourém. Pág.5 » Alta velocidade Lino diz que decisão é para tomar em Outubro O calendário do processo man- tém-se e prevê uma decisão defi- nitiva em Outubro. Pág.5 » Gripe A OMS preocupada com efeitos nos países pobres A pandemia de Gripe A poderá destruir os serviços de saúde nos países pobres mais vulneráveis. O alerta é da OMS, cujo mais recente balanço contabiliza mais de 35 mil casos, em 76 países, e 163 mortos. Pág.8 » OPINIÃO Falando de exames... Maria do Rosário Carneiro Fernando Pessoa, a par de Miguel Torga e Luís de Sttau Monteiro, compu- seram uma “obra fácil” para os alunos do 12º ano. Foram 73 mil que hoje abriram a “época dos apertos”… Pág.4 » Irão Vice-ministro nega fraude eleitoral Mehdi Safari, vice-ministro iraniano dos Ne- gócios Estrangeiros, está em Lisboa e conce- deu uma entrevista à Renascença. Contesta as acusações de fraude nas eleições do seu país, onde prosseguem as manifestações mar- cadas pela violência. Págs.2 a 3 » Ano Paulino D. José Policarpo faz balanço positivo O Ano Paulino em análise, hoje, no “A Três Dimensões”, às 23h00, na Renascença. Pág.9 » Ascot Começaram as corridas mais elegantes do ano É um must hípico e social. Os chapéus mostram-se, de novo, em Ascot. Pág.11 » Pág.4 » Amanhã Hoje Porto Lisboa man Am h h oje H Li Lisboa boa Quinta Por Po to o Porto Lisboa Quarta Gratuito OPERAÇÃO FURACÃO: Buscas em curso a empresas do grupo Visabeira - TERREIRO DO PAÇO: Tribunal suspende obras Leia mais ÚLTIMAS Directora Graça Franco Editor Raul Santos Grupo Renascença www.rr.pt www.rfm.pt www.mega.fm www.radiosim.pt Terça-feira 16 Junho de 2009 A 16 de Junho... 1950: inauguração do Maracanã Pág.13 » STR/EPA

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Exames: saiu Fernando Pessoa Benfi ca

Negócio de Jesus

complicou-se em Braga

Já não é hoje... Está a correr mal o diálogo entre o treinador e o Sporting de Braga. Pág.12 »

Presidência da República

País precisa de

visão e equilíbrio

A mensagem foi deixada na ina-guração dos Paços do Concelho de Vila Nova de Ourém. Pág.5 »

Alta velocidade

Lino diz que decisão é

para tomar em Outubro

O calendário do processo man-tém-se e prevê uma decisão defi -nitiva em Outubro. Pág.5 »

Gripe A

OMS preocupada com efeitos nos países pobresA pandemia de Gripe A poderá destruir os serviços de saúde nos países pobres mais vulneráveis. O alerta é da OMS, cujo mais recente balanço contabiliza mais de 35 mil casos, em 76 países, e 163 mortos. Pág.8 »

OPINIÃO

Falando de exames...

Maria do Rosário Carneiro

Fernando Pessoa, a par de Miguel Torga e Luís de Sttau Monteiro, compu-seram uma “obra fácil” para os alunos do 12º ano. Foram 73 mil que hoje abriram a “época dos apertos”…

Pág.4 »

Irão

Vice-ministro nega fraude eleitoral

Mehdi Safari, vice-ministro iraniano dos Ne-gócios Estrangeiros, está em Lisboa e conce-deu uma entrevista à Renascença. Contesta as acusações de fraude nas eleições do seu país, onde prosseguem as manifestações mar-cadas pela violência. Págs.2 a 3»

Ano Paulino

D. José Policarpo faz

balanço positivo

O Ano Paulino em análise, hoje, no “A Três Dimensões”, às 23h00, na Renascença. Pág.9 »

Ascot

Começaram as corridas

mais elegantes do ano

É um must hípico e social. Os chapéus mostram-se, de novo, em Ascot. Pág.11 »

Pág.4»

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Gratuito OPERAÇÃO FURACÃO: Buscas em curso a empresas do grupo Visabeira - TERREIRO DO PAÇO: Tribunal suspende obras Leia mais ÚLTIMAS

DirectoraGraça Franco

EditorRaul Santos

Grupo Renascençawww.rr.pt

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www.radiosim.pt

Terça-feira16 Junho de 2009

A 16 de Junho...

1950: inauguração

do Maracanã

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GRUPO RENASCENÇA, 2009

O Conselho dos Guardiães, o órgão mais infl uente no Irão, já confi rmou que apoia a recontagem dos votos das eleições presidenciais da última sexta-feira.Depois de o Supremo Líder, ayatollah Ali Khamenei, ter pedido, ontem, ao Conselho que investigasse alegadas fraudes, este órgão revelou hoje que vai dar início à recontagem, o que pode resultar numa alteração dos resultados fi nais. Os primeiros resultados deram a vitória ao Presiden-te Mahmoud Ahmadinejad, o que causou uma onda de protestos no país. O principal candidato da oposição, Housein Mousavi, pediu a anulação das eleições.

Novas manifestaçõesNovas manifestações

Para o início desta tarde, estavam previstas novas ma-nifestações, tantyo dos apoiantes do regime de Ahma-

dinejad como da oposição.Ontem, sete pessoas morreram em protestos seme-lhantes, durante confrontos com as forças da auto-ridades, o que levou, nas últimas horas, o candidato Housein Mousavi a apelar aos seus apoiantes para que não participem em protestos. Mousavi diz que só assim poderão ser poupadas vidas.O presidente do Parlamento, Ali Larijani, culpou o ministro do Interior pelos ataques a civis e, particu-larmente, a estudantes e hoje Mohammad Ali Abtahi, um antigo vice-presidente, conotado com o movimento reformista, foi preso. São factores que poderão contri-buir para perturbar mais a sociedade iraquiana.

Ahmadinejad em MoscovoAhmadinejad em Moscovo

Apesar da onda de protestos, o Presidente do Irão via-

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Entrevista Renascença

Vice-ministro iraniano nega fraude eleitoralO vice-ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mehdi Safari, diz, na Renascença, que as eleições no seu país foram mais democráticas do que as eleições para o Parlamento Europeu. Ahmadinejad seguiu, entretanto, para a Rússia e em Teerão anunciam-se novos protestos.

José Pedro Frazão(*) »

Barack Obama

Interferências externas

Democraticidade do país

Democraticidade das eleições

Digo-lhe, francamente, que temos o sistema mais democrático, no qual acre-ditamos. É claro que, como dizem muitas pessoas, isso de acordo com a nossa cultura, a nossa religião, e com o que está previsto na Constituição.

Olhe para os europeus: quantas pessoas participa-ram nas recentes eleições? No máximo 40%! Isso signifi -ca que as pessoas não estão contentes.RR - Acredita que, no Irão, a participação foi de 80%?Os resultados foram anun-ciados. Algumas pessoas têm objecções, protes-taram… Mas, se forem calmas, se não magoarem ninguém, eles são livres de o fazer. E este é o processo democrático.RR - Considera que as eleições iranianas foram mais democráticas do que as europeias?Acredito que sim. Porquê não comparar? Dê-me pro-vas em como não é assim!(...)Pessoalmente, posso dizer que não houve fraude. Mas na minha posição não posso julgar. Não estou na posição de julgar. Essa não é a minha responsabilida-de, está fora das minhas capacidades.

Claro que alguns países estão a tentar manipular esta situação, mas não quero especifi car quais. O que nós dizemos é que este é um problema interno e que o Governo e o povo do Irão devem decidir sobre este assunto. Não devem ser os de fora a julgar e a interferir na nossa vida.

Barack Obama devia falar também dos outros países que, embora respeitando os Estados Unidos, não têm liberdade de expressão, não têm uma democracia. O Irão é uma democracia com a participação do povo.

As manifestações

Não deram autorização a essas manifestações, mas, seja como for, foram paciífi cas e calmas. Mas eu creio que quem chega e in-cendeia bancos, bancas de jornais ou lojas está a agir contra o interesse do povo. Esses têm que ser presentes a tribunal e sofrer uma punição.

O Irão e a crise

Fizemos o nosso melhor para minimizar os efeitos desta crise. Claro que o governo está a tentar minimizar os problemas e proporcionar uma vida melhor para as pessoas.

Mehdi Safari em discurso directo

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jou hoje para a Rússia.Ahmadinejad participa na reunião da Organização de Cooperação de Xangai, na qual o Irão tem um papel de observador, em conjunto com o Paquistão e a Mon-gólia.O líder reeleito chegou um dia depois do início da ci-meira, que decorre na cidade de Yekaterinburgo, na ligação entre território europeu e território asiático. Ahmadinejad foi acolhido com grande satisfação pelo Presidente russo, Dmitry Medvedev, que se congratulou pelo facto de a primeira viagem ao estrangeiro do che-fe de Estado iraniano ser à Rússia.Medvedev e Mahmoud Ahmadinejad decidiram “conti-nuar a cooperação em matéria económica e humani-tária”. De acordo com Natalia Timakova, porta-voz do Presidente russo, citada pela agência ofi cial RIA No-vosti, as partes concordaram também em “manter os contactos”.

Obama “perturbado”Obama “perturbado”

Entretanto, o Presidente dos Estados Unidos afi rmou-se “profundamente perturbado com a violência” no Irão, mas reiterou que, “muito claramente, é aos iranianos que cabe decidir quem dirigirá” o país. Durante um encontro na Sala Oval com o Primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, Barack Obama ga-rantiu que os EUA respeitam “a soberania iraniana” e querem evitar tornar-se “o problema no Irão”.

(*) com Hugo Monteiro e Raul Santosr »

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Ângelo Correia é um observador atento da política internacional e esteve, esta manhã, em directo, na Infor-mação da Manhã da Re-nascença para ajudar a compreender o mo-mento que se vive no Irão e aquilo que pode-rá suceder-se no país.

Rádio Renascença – Que signifi cado tem a deslocação de Ahmadinejad à Rússia, num momento tão conturbado no seu país?Ângelo Correia – Ahmadinejad quer fi ngir que o problema não é grave. Tenta demonstrar à opinião pública interna-cional que o que se está a passar no seu país não é im-portante, desmentindo uma realidade óbvia. E o grande desmentido desta realidade, no meu ponto de vista, vem da segunda declaração do grande líder espiritual da Repú-blica Islâmica do Irão, o ayatollah Khamenei. No dia se-guinte às eleições, ele dizia que não iria sequer meter-se no problema. Não havia fraude, não punha essa hipótese de intervenção pessoal, no sentido de apaziguar aquilo que já se percebia serem as primeiras fervuras no seio da rua. Disse isso e, já ontem, disse que era melhor o Conselho dos Guardiães da Constituição analisar o problema, com alguma seriedade e rapidez, e que, apesar de ele não se envolver pessoalmente na questão, achava que o problema era sério. Quando alguém faz essa declaração desmente Ahmadinejad e, sobretudo, coloca o problema numa nova perspectiva, porque a própria liderança suprema do Irão, o líder espiritual Khamenei, esse próprio, considera que, a longo prazo, se a situação evoluir negativamente, ela pode

estar em risco. RR - Estas manifestações, estes protestos de rua podem, então, provocar fendas no governo de Ahmadinejad…AC - Não é no governo, porque esse governo é monolítico. No Irão não há governo e presidência. Há uma administra-ção gerida por um presidente. O problema é que a tutela suprema e absoluta do poder no Irão é sempre submetido a um crivo da liderança suprema. Em segundo lugar, a pró-pria orientação estratégica dá umas políticas que precisam de ser contestadas pelo grande líder espiritual. Ora, está em causa esse próprio líder e esse próprio poder pode es-tar em causa. A natureza do regime pode, eventualmente, estar em causa. Não está neste momento, obviamente. Mas se a situação se tornar instável ao ponto de, nas ruas, as pessoas não pararem e arriscarem a vida, estaremos peran-te a primeira defl agração séria e na primeira contestação séria que não é, do meu ponto de vista, apenas às eleições. É ao actual modo de vida iraniano.

RR - Na sua opinião, qual será a estratégia da oposição? AC - Desta oposição interna de Mousavi e dos que se agre-gam à volta dele, a estratégia é continuar na rua até ao reconhecimento de novas eleições, coisa que acho muito difícil o regime iraniano aceitar. Isso seria a prova de que o presidente Ahmadinejad e toda aquela corte que anda em volta e que o sustenta - as milícias religiosas, o exér-cito, os guardas revolucionários, o aparelho do Ministério do Interior, a polícia do combate ao vício e da promoção da virtude - são, em conjunto, instrumentos do Estado. Se porventura se demonstrasse que tudo isso tinha falhado e tinham provocado umas eleições falsas, a reacção interna seria dramática. Por isso, não creio que se vá tão longe e se reconheça a necessidade e a possibilidade real de umas segundas eleições. Não acredito…

Ângelo Correia não acredita em alteração profunda

Ahmadinejad, aqui a ser recebido por Dmitry Medvedev, viajou para a

Rússia, tentanto passar a mensagem de que tudo está tranquilo no Irão

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Falando de exames…

Começam hoje os exames nacionais (do secundá-rio e do básico) e acerca deste facto tive a opor-tunidade de ler alguns textos dando conselhos, dicas e estratégias para que os alunos envolvidos logrem obter os melhores resultados. Trata-se naturalmente de uma época de grande tensão, em que todos, ou pelo menos quase todos, dão tudo por tudo para terem os melhores resulta-dos, para assim se aproximarem da possibilidade de realizarem tantas expectativas e sonhos. Tive também oportunidade de ler algumas refl exões acerca da circuns-tância de alunos, reconhecidos como bons alunos, terem maus resultados, por precipitações, atrasos ou esque-cimentos. De facto, a verdade é que nem sempre quem estudou mais tem melhores resultados, quem pensa habitualmente de forma mais estru-turada e sistematizada o consegue demonstrar no momento crucial do exame.As dicas, as estratégias, as recomendações são sempre úteis mas não são sufi cientes para supri-rem a incapacidade de controlo emocional indis-pensável a uma boa prestação. Em 1995 Daniel Goleman publica um livro intitulado “Inteligên-cia Emocional”. De então para cá muitas outras

obras sobre o mesmo tema têm sido publicadas, muitas aulas e conferências o têm desenvolvido, contudo o impacto de tanta refl exão não é visível nem nas estruturas curriculares nem nos compor-tamentos dos alunos.O desenvolvimento da inteligência emocional é objectivo manifestamente negligenciado pelas famílias e pela escola. De facto, não depende

de uma conversa específi ca ou de um conteúdo curricular estrito, bem pelo contrário, tem a ver com atitudes precisas tendo em vista a aquisição e desenvolvimento de competências de relação, de au-todisciplina, de persistência, de aprendizagem do insucesso, de hu-mildade, de paciência, ensinados e ensaiados continuadamente nos quotidianos familiares, escolares, sociais. Saber esperar, repetir, insistir, re-

fazer, querendo dizer que o resultado demora, que só se faz bem o que se repete muitas ve-zes, que quando não sai bem é preciso tentar até que resulte, que tantas e tantas vezes é preciso recomeçar para poder acabar, faz parte de uma aprendizagem de competências, emocionais, nu-cleares para o sucesso.

O desenvolvimento da inteligência emocional é objectivo manifestamente negligenciado pelas famílias e pela escola

Maria do Rosário CarneiroDeputada Socialista

Exames Nacionais

Prova de português foi “acessível”

Mais de 73 mil alunos de todo o país fi zeram, hoje, o exame nacional do 12º ano de Português. Os alunos ti-veram de responder a questões sobre as obras de Fer-nando Pessoa, Miguel Torga e Luís de Sttau Monteiro. A maioria dos alunos ouvidos pela Renascença, em es-colas de Viseu, Vila Nova de Gaia e Torres Vedras consi-derou a prova fácil e também a Associação de Professo-res de Português considerou o exame muito acessível.Edviges Ferreira, vice-presidente da associação, disse à Renascença que a prova estava bem estruturada, mas que o grau de exigência poderia ter sido superior: “Foi uma prova sem questões dúbias, cumpriu o programa. Agora, pensamos que a prova, a nível de difi culdade, foi uma prova relativamente simples”.

Governo optimistaGoverno optimista

A primeira fase dos exames nacionais do Ensino Secun-

dário decorre até dia 23 de Junho.O Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, ma-nifesta-se optimista quanto à forma como este período de exames vai decorrer. O governante não receia que o clima de protestos vivido ao longo do ano, possa ter refl exos neste período de avaliação dos alunos.Diferente é, no entanto, o ponto de vista do antigo mi-nistro Pedro Lynce, do Governo de Durão Barroso, para quem a instabilidade tem, necessariamente refl exos ao nível do comportamento dos alunos.Por sua vez, Júlio Pedrosa, antigo ministro da Educação do Governo de António Guterres, diz que os professores preservam o profi ssionalismo, pelo que não se deve re-fl ectir no aluno a instabilidade vivida ao nível do corpo docente.Já o presidente da Confederação das Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeida, diz que os exames não são a forma mais justa de avaliar os alunos.

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Caso BPP

Sindicato dos Magistrados critica ministro das Finanças

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) defendeu, na última noite, na Renascença, que o ministro das Finanças deveria preocupar-se mais com a actuação do Banco de Portugal no caso do Banco Privado Português (BPP) do que com a investigação judicial.João Palma reagiu, deste modo, às palavras de Teixeira dos Santos, que, na semana passada, pediu celeridade à Justiça na investigação deste caso. Palma considera que é ao ministro das Finanças que cabe resolver o pro-blema, em vez de o atirar por completo para os tribunais.O caso do BPP joga-se, nesta altura, em duas frentes: uma do lado da Justiça, outra do lado do Governo. Palma defende que as duas esferas não podem nem devem misturar-se.“Espanta desde logo que o senhor ministro das Finanças não responsabilize o Banco de Portugal, mas apenas o Ministério Público. Obviamente, os tri-bunais e a investigação criminal têm um âmbito importante, mas restrito, e há outros instrumentos, designadamente o Banco de Portugal”, disse João Palma.A Justiça está em condições de fazer o seu papel, mas não de resolver o problema BPP, sublinhou o presidente do SMMP, que deixou, ainda, uma advertência ao ministro das Finanças: se sabe de “situações que indiciam crime”, elas devem ser denunciadas.

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Presidência da República

País precisa de visão e equilíbrioO Presidente da República apelou hoje a uma “utilização efi caz dos recursos es-cassos de que o país dispõe” e alertou que Portugal tem que se preparar para agarrar novas oportunidades. “Precisamos de uma visão que ultrapasse o pátio da aldeia”, disse hoje Cavaco Sil-va, em Vila Nova de Ourém, onde inaugu-rou os novos Paços do Concelho.

O chefe de Estado sublinhou que importa preparar o país para o futuro “sem desperdícios, sem opulência, sem consumismos excessivos”, adver-tindo para o facto de o país ter que se preparar para “agarrar as oportu-nidades que vão surgir talvez já no próximo ano”, se quiser estar do lado dos vencedores, passada a crise económica e fi nanceira. Para o Presidente, o país deverá “estar bem preparado, sem desequilíbrios excessivos, com uma qualifi cação dos recursos humanos adequada e projectos bem prepa-rados para depois dar o salto em frente”.

Alta velocidade

Lino diz que andamento do processo só permite decisão em Outubro

O ministro das Obras Públicas ga-rante que não vai acelerar o pro-cesso da alta velocidade, pelo que a decisão fi nal fi cará para depois das eleições legislativas. “O andar normal das coisas leva a que só na próxima legislatura - lá para Outubro - haja condições, nun-ca antes, para assinar o contrato de concessão” do troço Poceirão-Caia, o primeiro concurso lançado, disse o Mário Lino, à margem da inaugu-ração da sede da Agência Europeia de Segurança Marítima, em Lisboa, Lino explicou que o concurso para a construção e exploração do troço Poceirão-Caia está na “fase fi nal de apreciação de propostas e negocia-ção com os dois [consórcios] con-correntes”, liderados pela Brisa/Soares da Costa e pela Mota-Engil. “Não é plausível nem é possível” ter o processo concluído até às elei-ções, até porque o Governo “não pode nem quer ultrapassar etapas”, afi rmou o ministro.

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Consumo

Gás desce 3,9%

Os preços do gás natural vão descer este ano, em média, 3,9%, para os consumidores domésticos. A decisão da descida dos preços do gás natural foi anunciada pela Enti-dade Reguladora para o Sector Ener-gético (ERSE), revelando-se inferior à proposta de redução de 4,1%, avançada pelo regulador, em Abril.Nestes ajustamentos trimestrais, as tarifas para os consumidores in-dustriais também vão baixar entre 2,1% e 4,2%A ERSE explica, em comunicado, que a decisão fi nal sobre o custo das tarifas para o gás natural teve em consideração o parecer do Conselho Tarifário e os comentários da Autori-dade da Concorrência e das empre-sas reguladas.A descida das tarifas entra em vi-gor já no próximo dia 1 de Julho, prolongando-se até 30 de Junho de 2010, e varia conforme as regiões e as empresas que providenciam os serviços.

Caso BPN

Constâncio, o ingénuo...O governador do Banco de Portugal admitiu, perante a Comissão Parla-mentar de Inquérito ao caso BPN, que a instituição que dirige pode ter sido ingénua.Na audição, que se prolongou por oito horas, Vítor Constâncio revelou que os acontecimentos o surpreenderam: “Nenhum de nós pensou que o dr. Oliveira Costa fosse capaz do tipo de coisas que aconteceram no BPN. Nunca”. Constâncio sublinhou que Oliveira e Costa é e era “alguém que foi director da supervisão do Banco de Portugal, entrou outros aspectos do seu percurso pessoal”, pelo que “realmente, não houve essa suspeita. Será ingenuidade? Talvez e admito que possa considerar isso”, concluiu.

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Saúde/Lisboa

Urgências reforçadas no Verão

As equipas de urgência dos hospitais da Grande Lisboa foram reforçadas para evitar as habituais difi culdades nos meses de Verão. O plano de reforço implicou a redistribuição de pessoal, a remarcação de férias e o recurso a horas extraordinárias – tudo negociado entre médicos e hospitais ao longo dos últimos três meses.A medida vai vigorar até 15 de Setembro e obrigar a deslocações pontuais de equipa médicas de cirurgia plástica, otorrinolaringologia e urologia. “Os [hospitais] que têm mais recursos vão colmatar defi ciências de recursos hu-manos em outros, essencialmente em três especialidades”, explicou o pre-sidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa, Rui Portugal. “Esta movimentação é feita para que a população no conjunto possa ir ao seu hospital de referência e ter o atendimento com todas as especialida-des”, adiantou o responsável, acrescentando acreditar que, se o plano for cumprido à risca, não haverá rupturas nas Urgências este Verão.No ano passado, o principal problema foi na especialidade de Obstetrícia.

Prisões

Fuga de Caxias leva a mudanças na direcçãoA Direcção-Geral dos Serviços Pri-sionais vai mudar a direcção e a chefi a dos guardas prisionais da Ca-deia/Hospital de Caxias.A decisão surgiu depois da fuga, durante o fi m-de-semana, de cinco reclusos, entretanto recapturados.Em comunicado, o Ministério da Justiça informou de que os resulta-dos preliminares do inquérito que ainda decorre revelam que existe um número sufi ciente de guardas por recluso neste estabelecimento prisional, pelo que o problema terá estado mesmo nas pessoas que che-fi avam os guardas.O relatório adianta ainda que foram detectadas falhas nos procedimen-tos de segurança no momento de distribuição da medicação aos re-clusos, o que terá também permi-tido a fuga.Na Prisão/Hospital de Caxias há 75 guardas para 108 internados.

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PS

Sócrates suaviza discurso

O secretário-geral do PS, José Sócrates, deixou cair do seu discurso a expressão “maioria absoluta”, fa-lando, agora, em “maioria parlamentar”.À entrada para a reunião da Comissão Política do partido, na última noite, Sócrates falou, também em “entendimentos” para governar o país. “O PS empenhar-se-á numa solução de maioria par-lamentar que dê ao Partido Socialista condições para governar”, afi rmou o líder socialista, admitindo que “existe um certo desgaste” do Governo.Sócrates considera necessário “explicar melhor” aos portugueses as reformas feitas nos últimos anos, bem como os resultados obtidos.“O que acho abusivo é as oposições transformarem as eleições europeias, em que se perguntou aos por-tugueses que deputados querem ter no Parlamento Europeu, em eleições legislativas. Nas eleições le-gislativas pergunta-se que Governo querem. É evi-dente que a questão que se vai colocar nas eleições legislativas é que Primeiro-ministro os portugueses querem”, sublinhou o líder do PS.

Novo porta-voz e outros nomes…Novo porta-voz e outros nomes…

Da reunião da comissão política do PS saíram, en-tretanto, os nomes dos coordenadores das próximas eleições.José Vieira da Silva, ministro da Segurança Social, man-tém-se como coordenador da organização, enquanto

António Vitorino e Vitalino Canas serão os responsáveis pela elaboração do Programa de Governo.O porta-voz do partido passará a ser João Tiago Silvei-ra, que é secretário de Estado da Justiça.

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Depois da Coreia do Norte, o Irão. A política de diálogo do presi-dente Obama esbarrou, primeiro, no militarismo agressivo e pe-rigoso da Coreia do Norte. Agora, com a contestada reeleição do presidente do Irão, o extremista Ahmadinejad, também parece que o diálogo não vai funcionar para travar as ambições nucleares de Teerão. Em ambos os casos estão em causa armas de destruição maciça.

É certo que as muito participadas eleições no Irão não foram livres nem limpas. E que quem manda realmente no país é o ayatollah Ali Khamenei, um líder religioso não eleito que impõe a linha dura. Também é verdade que, no Líbano, as eleições da semana passada ditaram a derrota do Hezbollah, movimento extremista patrocinado pelo Irão.

Nem tudo é negativo, pois. E em Israel o Primeiro-ministro Ne-tanyahu deu um pequeno passo na direcção das ideias de Obama quanto à paz no Médio Oriente, ao aceitar um Estado palestiniano. Mas colocou tantas condições que, na prática, esta posição pouco adianta. Os próximos tempos não vão ser fáceis para a diplomacia americana.

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Nuclear

Tóquio proíbe exportações para a Coreia do Norte

O governo japonês decidiu, hoje, impor um embargo total às exporta-ções com destino à Coreia do Norte.A decisão decorre do ensaio nuclear norte-coreano, de 25 de Maio, se-gundo revelou fonte do ministério do Comércio do governo de Tóquio.“O governo aprovou um embargo total às exportações com destino à Coreia do Norte”, declarou o porta-voz.A decisão surge alguns dias depois de uma resolução votada pelo Con-selho de Segurança da ONU, que reforçou o embargo sobre as armas e endureceu as sanções fi nanceiras contra Pyongyang.O Japão já tinha proibido as expor-tações de produtos de luxo para a Coreia do Norte e aplica, agora, as sanções da ONU relativas à venda de equipamentos militares ao regi-me de Pyongyang.

Ponto de vista

Obstáculos ao diálogo

Francisco Sarsfi eld CabralJornalista

GRUPO RENASCENÇA, 2009

Guantánamo

União Europeia e Estados Unidos chegam a acordo

A União Europeia (UE) chegou a acordo com os Estados Unidos sobre as condições para a transferência de de-tidos de Guantánamo para a Europa.“Apoiando a determinação dos EUA em encerrar Guan-tánamo, a UE espera contribuir para mudar a política” norte-americana e ajudar “a virar a página”, esclarece um comunicado conjunto. Na declaração, aprovada sem discussão prévia pelos ministros dos Estrangeiros da UE, os dois lados subli-nham que a “primeira responsabilidade de encerrar Guantánamo e de encontrar locais de residência para

os ex-detidos é dos Estados Unidos”. O presidente da República Checa, país que detêm a presidência rotativa da UE, espera que a declaração marque “um novo arranque na cooperação anti-ter-rorista com base nos valores partilhados, do direito internacional, do respeito pelos direitos humanos e estado de direito”.A França já acolheu um dos detidos - o único, até agora. A Alemanha, depois de recusar receber uigures (muçulmanos chineses), recusou também outros ex-detidos originários da Tunísia e Síria.

Iraque

Americanos deixam de intervir na manutenção da ordem

As forças norte-americanas não vão voltar a intervir nas operações de manutenção da ordem após a reti-rada das cidades iraquianas no fi m do mês, afi rmou o primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki, numa en-trevista ao jornal francês “Le Monde”.“Não lhes pedimos mais para intervir nos combates

ou nas operações de manutenção da ordem. Acabou”, referiu Maliki, na entrevista hoje publicada. Segundo Maliki, o governo iraquiano pedirá ajuda “unicamente para as necessidades logísticas”.Esta decisão já tinha sido admitida pelo comandante das tropas dos EUA no Iraque, general Ray Odierno.

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Air France 447

Governo francês nega pagamento de indemnizações

O Governo francês disse hoje que nunca assumiu a intenção de pagar as indemnizações às famílias das vítimas do voo 447 da Air France.O Presidente brasileiro, Lula da Silva, tinha, nos últimos dias, garantido ter recebido do presidente francês, Nicolas Sarkozy, a promessa de ajudar as famílias.De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Lula teria dito que o Presidente francês lhe prometera as indemnizações durante um almoço privado.No entanto, e de acordo com a edição de hoje do mesmo jornal, fonte do Ministério dos Transportes francês, garantiu que todas as indemnizações fi carão por conta da Air France.

Corpos chegam a Fernando de NoronhaCorpos chegam a Fernando de Noronha

Entretanto, seis corpos das vítimas do voo 447 chegaram, esta manhã, a Fernando de Noronha. De acordo com uma nota divulgada pelas assessorias de imprensa da Aeronáutica e da Marinha brasileiras, os seis corpos foram resgatados por um navio francês no atlântico e transportados para a Fra-gata brasileira Bosísio.Em Fernando de Noronha, peritos da Polícia Federal e da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco estão a realizar os primeiros trabalhos de identifi cação das vítimas. Numa segunda fase, estes corpos serão encami-nhados para o Instituto Médico Legal do Recife.A mesma nota ofi cial diz, ainda, que já foram realizadas mil horas de voo nas operações de busca no oceano Atlântico, no local onde se despenhou o Airbus da Air France.

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Gripe A

OMS alerta para consequências nos países pobres

A directora da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, ad-vertiu, em Nova Iorque, que a actual pandemia de Gripe A poderá destruir os serviços de saúde nos países pobres mais vulneráveis.“Os países em desenvolvimento apresentam maior vulnerabilidade e me-nor capacidade de resistência. Serão eles os mais afectados e vão levar mais tempo a recuperar”, disse Chan durante um fórum organizado na ONU sobre “os meios para promover a saúde à escala mundial em tempos de crise”. “O desafi o colocado por uma pandemia, acrescentado ao aumento das doenças crónicas, poderá só por si tornar inoperantes os serviços de saúde já frágeis” nos países em desenvolvimento, acrescentou Chan. Ressalvando que o estado de preparação do Mundo para esta pandemia não tem “precedentes”, a directora sublinhou que “o nível de preparação e a capacidade de fazer frente à doença estão profundamente desequilibra-dos a favor dos países ricos”.

Mais de 35 mil casos confi rmadosMais de 35 mil casos confi rmados

De acordo com o último balanço da Organização Mundial da Saúde já foram confi rmados 35928 casos de infecção pelo vírus H1N1 em 76 países, com um total de 163 vítimas mortais.O número representa um aumento de aproximadamente seis mil casos e 18 mortes em comparação com os últimos dados publicados pela OMS na sexta-feira passada.Os Estados Unidos registaram o maior aumento de casos desde o último balanço, com mais de 4 mil e quinhentas infecções a mais, o que eleva o total de doentes no país a 17855, dos quais 45 acabaram por morrer.

Zona Euro

Infl ação cai em Maio

A infl ação homóloga na União Euro-peia em Maio caiu para 0,7%, reve-lou hoje o Eurostat. Portugal, Irlanda, Luxemburgo, França e Espanha registaram uma infl ação negativa, de acordo com o gabinete de estatísticas europeu. Na Zona Euro, confi rmou-se a infl a-ção homóloga de 0,0% em Maio, que já tinha sido avançada numa esti-mativa rápida divulgada no fi nal do mês passado. Em Fevereiro, a taxa de infl ação homóloga dos 16 países da moeda única era ainda de 1,2%. A taxa é resultado, sobretudo, dos custos da energia e do abrandamen-to global da actividade que obriga as empresas a baixar os preços. Este nível é o mais baixo desde a criação da Zona Euro em 1999, e até o mais baixo desde a criação de estatísticas para esta zona em 1996 (recalculadas pelo Eurostat).

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Guiné-Bissau

UE preocupada com segurança

O chefe da missão de observação da União Europeia às eleições pre-sidenciais antecipadas da Guiné-Bissau considerou hoje que existe uma grande preocupação com a situação de segurança, que afecta “seriamente o processo eleitoral”. “É claro que as graves violações dos direitos humanos, os assassinatos e a prisão de dirigentes políticos e militares compromete a estabilida-de institucional e a segurança e cria um clima de medo e de intimidação que afecta seriamente este proces-so eleitoral”, disse à agência Lusa o eurodeputado belga Johan Van Hecke.Entretanto, a Comunidade dos Pa-íses de Língua Portuguesa (CPLP) vai dialogar “de forma mais inten-sa” com as autoridades de Bissau para que compreendam o alcance e objectivos do envio de uma missão militar africana para aquele país, disse à Lusa o secretário-executivo da organização. Domingos Simões Pereira, que parte quinta-feira para Bissau, salientou que têm falhado os argumentos que sustentam a necessidade de envio de uma força militar para o país.

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EUA

Fundação diz que Pio XII foi um “verdadeiro herói”

A fundação “Pave the Way”, que promove o diálogo inter-religioso, afi rma ter encontrado mais de 2300 pá-ginas de documentos que provam o esforço de Pio XII para salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial.A descoberta foi anunciada pelo presidente da fun-dação, Gary Krupp, que é ele mesmo um Judeu. Os documentos terão sido encontrados num mosteiro em Avellino, em Itália.O papel desempenhado por Pio XII tem estado no cen-tro de uma polémica aberta entre a Igreja Católica e grupos de judeus que acusam o Papa italiano de não ter feito o sufi ciente para ajudar os judeus perseguidos durante a guerra.Os católicos ripostam, afi rmando que o Papa fez tudo ao seu alcance, mas que não podia fazê-lo abertamen-te por causa da ameaça nazi às portas do Vaticano, e para preservar as populações católicas nos territórios ocupados, incluindo na Alemanha.Os papéis agora encontrados, garante Krupp, revelam “vários exemplos de acções directas e do ministério

pastoral de Eugénio Pacelli no sentido de salvar judeus da tirania nazi”. Contêm ainda provas da sua interces-são junto dos turcos otomanos em favor dos judeus na Palestina em 1917.A pesquisa permite chegar à “conclusão inegável” de que “Pio XII foi um verdadeiro herói” da Segunda Guer-ra Mundial, que possivelmente salvou mais judeus do que todos os líderes religiosos e políticos do mundo, juntos.“Num espírito de verdadeiro heroísmo, fez tudo isto perante a ameaça directa de espingardas alemãs a 100 metros da sua janela”, diz Krupp.

A Três Dimensões

Patriarca faz balanço positivo de Ano Paulino

D. José Policarpo considera que a iniciativa de Bento XVI de consagrar este último ano, que termina este mês, a São Paulo foi da maior utilidade para a Igreja.O Patriarca de Lisboa realça a importância de São Paulo para a Igreja, não obstante a densidade de alguns dos seus textos. “Foi uma boa ideia, uma boa iniciativa. Eu saudei-a com muita alegria. Os textos de Paulo e os ac-tos, nos quais ele é o actor principal, são a parte mais volumosa do Novo Testamento. É o único autor que se lê praticamente todos os domingos do ano”.Declarações de D. José Policarpo ao programa A Três Dimensões, que pode ouvir, esta noite, na Renascença, a partir das 23h00.

Coreia

Mais de cem mártires propostos para beatifi caçãoHá 125 mártires propostos para be-atifi cação pela Coreia, na sua es-magadora maioria leigos que mor-reram pela fé na península coreana entre 1791 e 1884.A petição foi entregue à Congre-gação para a Causa dos Santos por uma delegação coreana, liderada pelo presidente da Conferência Episcopal da Coreia e pelo embai-xador da República Coreia junto da Santa Sé.O Prefeito da Congregação, Mon-senhor Angelo Amato, explicou que existem neste momento cerca de 2000 processos de beatifi cação para estudar. Contudo, a prioridade será dada aos candidatos africanos e asiáticos.A Igreja na Coreia nasceu fi nalmen-te em 1784 graças sobretudo ao esforço de leigos. O embaixador Francesco Kim Ji-Young, também ele católico, mostrou-se esperan-çoso no bom desenrolar do proces-so: “enquanto leigo rezo para que os 125 mártires sejam elevados ao estatuto de beatos e de santos o quanto antes”.Dos 125 mártires, apenas um era sacerdote, o padre Thomas Choe Yang-eop. R

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Belgais

Difi culdades “não implicam fecho da Escola da Mata”

As difi culdades da Associação Belgais “não implicam o fecho da Escola da Mata mas apenas a necessidade de encontrar outras formas de gestão do projecto educativo”, defende o Ministério da Educação.

Em resposta a questões da Lusa, o Gabinete de Comunicação do ministério referiu ter bloqueado subsídios “por falta de comprovativo de despe-sas” e revelou que parte do fi nanciamento tem servido para pagar dívidas de Belgais à Seguran-ça Social e Finanças.Joana Pires, presidente da direcção da Associa-ção Belgais, adiantou ontem à Lusa que a Escola do 1º Ciclo da Mata deverá encerrar “devido a um arresto de bens” que está a bloquear os sub-sídios.O projecto, que integra uma componente artísti-

ca no ensino básico de 40 crianças, foi criado por Maria João Pires. A fi lha, que actualmente o dirige, referiu que após o encerramento da escola e do Coro Infantil, “não deve restar nada do projecto de Belgais”.O ministério garantiu à Lusa que “o que bloqueia os subsídios não é o ar-resto, mas o facto de estes serem concedidos a partir da apresentação de despesa comprovada”. “A associação só conseguiu comprovar 32% do va-lor que estava previsto para este ano lectivo”, cujo fi nanciamento global aprovado rondou os 172 mil euros, referiu.Por outro lado, Belgais “tem dívidas à Segurança Social e Finanças, que obrigam o Ministério a proceder a transferências de 25% para cada uma destas entidades, dos montantes que tem vindo a transferir para a associa-ção”. O ministério garantiu ainda que o arresto do Tribunal de Trabalho de Castelo Branco “foi efectuado sobre equipamentos pertencentes à asso-ciação, não sobre o mobiliário básico da escola”. “Não cabe ao ministério encontrar soluções para problemas que estão sob a alçada de tribunais”.Segundo Joana Pires, a acção “parece ter sido movida por quatro ex-fun-cionários”, despedidos a meio do ano e que discordarão das indemnizações que lhes foram pagas. O valor do arresto ronda “os 78 mil euros”, disse.

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Teatro

Companhias criticam política “centralista”

Os seis grupos de teatro que participaram, em Castro Daire, no Festival das Companhias Descentralizadas lamentam ter sido “ignorados pela Adminis-tração Central, cujos discursos ‘descentralizadores’, são permanentemen-te contrariados por práticas centralistas”.Em comunicado enviado à Lusa, as companhias, fi xadas fora dos grandes centros urbanos, sustentam que a política do Ministério da Cultura para o sector “assenta num profundo desconhecimento sobre o que acontece no terreno e ignora as especifi cidades do trabalho realizado longe dos centros de decisão política, económica e mediática”.As companhias concluíram que o que aconteceu no festival “é, em si mes-mo, um exemplo dessa desconsideração”, visto que a Direcção Geral das Artes não compareceu ao debate sobre as normas do fi nanciamento públi-co da criação artística.Os grupos decidiram fazer novas recomendações aos decisores políticos, a primeira das quais passa pela necessidade de se “retomar a discussão com os agentes culturais sobre o modelo de fi nanciamento público às artes”.Exigem, nomeadamente, “a separação entre apoios à criação e apoios à programação, em nome da clareza e da efi cácia do investimento público” e solicitam “que seja diferenciado o apoio a estruturas de criação dos apoios a projectos pontuais e a novos criadores”.

Lisboa

Cinema português de várias épocas em revistaA mostra de cinema português “Mostra-me” arranca quinta-feira, no Cinema São Jorge, em Lisboa, com quatro mini-ciclos (Imagem, Som, Música e Animação), que se prolongam até 4 de Outubro.Iniciativa do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) em parceria com a EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultu-ral, a mostra é coordenada pela ac-triz e realizadora Inês de Medeiros.No programa, estão obras antigas e outras mais recentes. No primeiro grupo incluem-se fi lmes como “Uma Abelha na Chuva”, de Fernando Lo-pes, de 1972, um “retrato social de um país pobre e amordaçado por uma ideologia totalitária” que será exibido esta quinta-feira às 16h00. Entre as obras mais recen-tes, encontram-se, por exemplo, “Alice” (quinta, às 18h00), de Mar-co Martins, e “Aquele Querido Mês de Agosto” (sexta, às 16h00), de Miguel Gomes.

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Cinema

Harrison Ford é o actor mais bem pago

Harrison Ford é o actor que mais dinheiro ganha no cinema. Segundo a revista “Forbes”, com apenas um fi lme, “Indiana Jones e a Caveira de Cristal”, ganhou 46,9 milhões de euros, entre Junho de 2008 e Junho de 2009.Segundo a “Forbes”, Ford terá do-ado parte do dinheiro aos estúdios Paramount. O fi lme arrecadou, ao todo, mais de 504 milhões de eu-ros.No topo da lista estão também Adam Sandler, Will Smith, Eddie Murphy e Nicolas Cage.

Maria João Pires

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Ascot

Começaram as corridas mais elegantes do ano

As corridas de Ascot, no Reino Unido, que começaram hoje, ao início da tarde, são muito mais do que um pon-to alto do calendário hípico internacional.As corridas constituem um dos mais emblemáticos acon-tecimentos sociais do ano, num país que sabe preservar as suas tradições. Ascot é um palco para o jet-set e, claro, Ascot são os chapéus excêntricos.A prova existe há quase três séculos, decorre na locali-dade de Ascot, em Berkshire, no sudeste de Inglaterra e é a prova hípica favorita da rainha Isabel II.As primeiras corridas ocorreram em 1711, quando a Rai-nha Ana saiu do Castelo de Windsor, com a sua família, para um dia de desporto, em Ascot, a cerca de 12 quiló-metros. Além da vertente desportiva, o evento tornou-se, logo à nascença, num dos pontos de encontro mais apreciados da aristocracia inglesa, a par da regata de Henley e do festival de ópera de Glyndebourne.Devido à sua popularidade crescente, Ascot viu chegar, nos últimos anos, um público menos preocupado com as normas do vestuário, a tal ponto que, em 2008, os organizadores foram obrigados a recordar aos homens a conveniência do uso da cartola e às mulheres de vestido e chapéu.Em Ascot, as mini-saias são proibidas, os ombros devem estar cobertos e as calças do conjunto devem ser de “cor adequada”, segundo o regulamento, que ameaça os incumpridores com a expulsão do recinto.De acordo com a imprensa britânica, por ano, ao longo da semana de corridas, os espectadores consomem 170 mil garrafas de champagne, dez mil lagostas, cinco mil ostras e dezoito mil embalagens de morangos.Os Windsor em peso deverão marcar presença, este ano

como nos outros. A rainha, o príncipe Fi-lipe e o príncipe Car-los são esperados em Ascot. Aliás, seis ca-valos que pertencem à rainha participam nesta edição. Até à data, pelo menos vinte cavalos per-tencentes à família real venceram provas. O primeiro a fazê-lo foi o “Choir Boy”, em 1953.Adeptos das corridas de cavalos e das apostas nas cor-ridas de cavalos, os britânicos já começaram a fazer as suas jogadas. No ano passado, Aidan O’Brien e Jo-hny Murtagh dominaram as corridas (ver caixa). São a aposta mais certa e, por isso, as que dão menos lu-cro...

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12José Mourinho

Pessoas do futebol deviam estar caladas quanto à transferência de Ronaldo

José Mourinho diz que as pessoas do fute-bol devem “estar caladas” relativamen-te ao valor da transferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid, mas admite que a nível político e social pode haver comentários críticos “perfeitamente aceitáveis”.Quando lhe foi pedido para dizer para que direcção se dirige o futebol quando um clube paga quase 94 milhões de euros por um futebolista, o treinador do Inter de Milão afi rmou à agência Lusa: “Não me consigo pôr numa posição crítica”.“Têm dinheiro, pagam. O Manchester aceitou, o Cristiano aceitou. O Cristiano está contente, o Manchester está con-tente, senão não vendia. O Real paga, se paga é porque está contente. Portanto, não vejo que nós, do futebol, possamos ser críticos”, sublinhou.Mourinho admite que, “a nível político, a nível social, pode haver outro tipo de comentários perfeitamente aceitáveis”, mas considera: “Nós, do futebol, devemos estar calados”.

Segunda oportunidade para QuaresmaSegunda oportunidade para Quaresma

Nesta entrevista à agência Lusa, Mourinho revelou que vai dar uma se-gunda oportunidade a Ricardo Quaresma no Inter de Milão, reconhecendo ainda que quer contratar Ricardo Carvalho e que não acredita que Zlatan Ibrahimovic deixe o clube.O treinador não se comprometeu a afi rmar que Quaresma fi ca toda a época no plantel, mas disse que lhe vai dar uma segunda oportunidade, uma vez que o internacional português “não teve uma adaptação fácil” ao Inter, porque “chegou tarde”, já com o campeonato em curso, e houve “coisas que o bloquearam um bocadinho”.

Taça das Confederações

Egipto contesta vitória do Brasil

A federação de futebol do Egipto vai apresentar uma reclamação à FIFA, acusando a arbitragem de re-correr à ajuda do vídeo para assi-nalar a grande penalidade que, nos últimos minutos, deu, ontem, ao Brasil o triunfo por 4-3, no segundo dia da Taça das Confederações em futebol.“É muito estranho: o árbitro apitou canto, o assistente também, mas veio a decisão do quarto árbitro, que está em frente a um monitor de televisão”, explicou Chawki Gharib. O adjunto do seleccionador disse, por isso, que “a federação do Egip-to vai apresentar queixa na FIFA”. Aos 89 minutos, e com um empate 3-3 no resultado, Lucio viu Al Muha-madi, em cima da linha de baliza, negar-lhe o golo com o braço. De-pois dos protestos do Brasil, o inglês Howard Webb assinalou grande pe-nalidade. “Não acusamos o árbitro, mas o problema é que ele esperou três minutos até alterar a decisão. Durante esse tempo teve contacto com os assistentes”, disse Gharib. Já o seleccionador do Brasil, Dunga, disse aos jornalistas que “o penâl-ti foi evidente” e que “confi rmá-lo em vídeo é um progresso”.A Taça das Confederações prossegue amanhã com os jogos Espanha-Ira-que e África do Sul-Nova Zelândia.

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Benfi ca

Complicou-se saída de Jorge Jesus de Braga

As negociações para a saída de Jorge Jesus do Sporting de Braga complicaram-se nas últimas horas. Um litígio entre o treinador e o Sporting de Braga, por causa do pagamento de um prémio, que este exige ao clube, pode ser um obstáculo à saída de Jesus. O Sporting de Braga quer que o técnico rescinda até ao fi nal do dia, ou então poderá ser obrigado a cumprir o contrato ou a sair em litígio.Ontem foi anunciado que Jorge Jesus seria o novo trei-nador do Benfi ca, assinando contrato até 2011, sendo que os encarnados iriam pagar 700 mil euros ao Spor-ting de Braga.

Movimento pronuncia-seMovimento pronuncia-se

As eleições no Benfi ca estão marcadas para o dia 3 de Julho e, depois de ontem Luís Filipe Vieira ter assu-mido a sua candidatura, este fi nal de tarde será a vez do movimento “Benfi ca, Vencer, Vencer” pronunciar-se

sobre o processo eleitoral.

Carvalho questiona legalidadeCarvalho questiona legalidade

O prazo de entrega de listas às eleições do Benfi ca ter-mina na segunda-feira e, por enquanto, o único candi-dato assumido para defrontar Vieira nas urnas é Bruno Carvalho. Esta manhã, em declarações à Renascença, Carvalho sustentou que as eleições antecipadas não têm base legal porque Luís Filipe Vieira e Manuel Vi-larinho decidiram antecipar o acto, sem razões que o justifi cassem.Bruno Carvalho reage, desta forma, às declarações do presidente da Assembleia Geral do Benfi ca que defen-deu que não reúne, ao abrigo dos estatutos, condições para apresentar uma candidatura. O director do Porto Canal garante que o pode fazer e que tem um parecer nesse sentido, pelo que não exclui a possibilidade de impugnar as eleições se não for aceite.

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A 16 de Junho de 1950...

Inauguração do Maracanã, o maior estádio do mundoHugo Monteiro »

Um jogo entre as selecções do Rio de Janeiro e de São Paulo, que os paulistas venceram por 3-1, mar-cou, a 16 de Junho de 1950, a inauguração do Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido por Maracanã, por se situar no bairro com esse nome, na zona norte do Rio de Janeiro.O carioca Didi marcou o primeiro golo naquele que era, na altura, o maior estádio do mundo, cuja cons-trução tivera início dois anos antes. O primeiro jogo ofi cial teve lugar oito dias depois, a 24 de Junho, com o Brasil a derrotar, por 4-0, o México. A parti-da contava para o Campeonato do Mundo de 1950 e, dias depois, o Maracanã seria palco da “tragédia” que foi, para muitos brasileiros, a derrota da sua se-lecção frente à do Uruguai, na fi nal da prova.De aíaté hoje, ao longo de 59 anos, o Maracanã foi palco de grandes momentos do futebol brasileiro e mundial e foi lá que Pelé marcou o seu milésimo golo. Em 2014, o Maracanã poderá receber a fi nal do Mundial, como aconteceu em 1950.Depois de diversas obras de modernização, a capaci-dade do estádio desceu dos cerca de 200 mil especta-dores para 92 mil. É, ainda assim, o maior do Brasil.António Simões, “glória” do Benfi ca, recorda, ao Pá-gina1, que o segundo jogo que fez na selecção nacio-nal foi, precisamente, no Estádio do Maracanã. Tinha 18 anos (estava-se em 1962) e Simões integrou uma digressão da selecção pelo Brasil. Portugal defrontou o “escrete” em São Paulo, primeiro, perdendo por

2-1, e depois no Maraca-nã, onde voltou a per-der, mas por 1-0.Simões diz que jogar ou apenas en-trar no Ma-racanã “era uma sensação extraordinária”, uma vez que a sua di-mensão “faz dele um estádio mítico, ligado à história do futebol mundial e à história dos grandes jogado-res”. O antigo esquerdino do Benfi ca recorda “duas sensações que fi cam quando se joga no Maracanã: à entrada para o relvado, o estádio é intimidatório. À saída, fi ca o orgulho de ter jogado lá”.Simões voltou ao Maracanã em 1963 e 1964, para jo-gos em que “estiveram quase 200 mil pessoas”, crian-do um ambiente “impressionante”. Falhou a Minico-pa, em 1972, por se encontrar lesionado.António Simões reconhece que os estádios de hoje são “mais agradáveis para os espectadores”, mas su-blinha que estádios como o do Maracanã são “intem-porais”. O antigo futebolista sabe que este tipo de estádio tem “tendência para desaparecer, tal como aconteceu com o velho Wembley”, mas isso é inevitá-vel: “Faz parte do trajecto natural da vida”.

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Uma fotografi a divulgada hoje mostra uma enorme manifestação em Pyongyang, que

terá acontecido ontem. Segundo a agência de notícias ofi cial norte-coreana, 100 mil pessoas participaram no protesto contra

as sanções impostas pela ONU à Coreia do Norte, que dizem respeito, sobretudo, à

exportação e importação de armamento. Foto: KCNA/EPA

Os arquitectos Miguel Feldman e António D. Carneiro

observam a maqueta do Maracanã, em 1949

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Indústria Automóvel

GM vende Saab

A construtora automóvel General Motors assinou um acordo prelimi-nar de venda da Saab Automobile à fabricante de automóveis de luxo Koenigsegg.Em comunicado, o presidente da General Motors Europe, Carl-Peter Forster, afi rma que o acordo “re-presenta uma oportunidade para a Saab emergir como uma construto-ra mais forte.O valor da operação não foi divul-gado. A Saab foi uma das aquisições dos tempos áureos da General Motors, mas que a companhia de Chicago pôs recentemente à venda. A GM está também em negociações com um grupo chinês para vender a Hummer, a unidade que fabrica je-eps de luxo que apresentam linhas semelhantes às dos veículos milita-res.

Ténis/Wimbledon

Machado e Neuza seguem em frente

O tenista português Rui Machado, 115º do ranking ATP, venceu o ita-liano Giancarlo Petrazzuolo, por 2-0 (6-1, 6-4), num encontro da primei-ra ronda do qualifying do Torneio de Wimbledon. A partida iniciou-se ontem e só terminou hoje, depois de ser interrompida pela chuva.No scetor feminino, Neuza Silva também ganhou por 2-0 (6-2,6-3) à britânica Amanda Elliott, enquanto Frederica Piedade foi afastada por Ksenia Palkima, do Quirguistão, perdendo por 2-0 (6-4, 6-4).

Operação Furacão

Empresas do grupo Visabeira alvo de buscasMinistério Público, Inspecção Tribu-tária e Brigada Fiscal da GNR estão a realizar buscas ao grupo Visabei-ra.As diligências começaram esta ma-nhã, mas ainda decorrem, preven-do-se que se estendam por todo o dia, principalmente, nas cidades de Viseu e de Lisboa. As buscas estão a decorrer não só em várias instalações do grupo Vi-sabeira, mas também em casa dos administradores. Em causa estão suspeitas de crimes económicos, entre os quais, evasão fi scal e bran-queamento de capitais.

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Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa co-lectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luis Ramos Pinheiro, Luís Manuel David Soromenho de Alvito, Gonçalo Cruz Faria de Carvalho e Luiz Gonzaga Torgal Mendes Ferreira. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcoal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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22ºC/16ºC 20ºC/16ºC

Tribunal “pára” Terreiro do Paço

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa mandou parar as obras relativas ao novo modelo de circulação da Baixa. A decisão surge na sequência da providência cau-telar apresentada pelo Automóvel Clube de Portugal con-tra o projecto de remodelação da Praça do Comércio.

Leoni antecipa fi m de lay-off O lay-off na fábrica da Leoni, de Viana do Castelo, ter-minou antes do prazo previsto: Julho. Os trabalhadores estão a cumprir mais uma hora de trabalho por dia.

Título título título título títul

As vendas de automóveis ligeiros novos recuaram pelo 13º mês consecutivo na Europa Ocidental, em Maio. A quebra homóloga foi de 4,9%. Dados da ACEA.

Morreu Rui Sanches

O antigo ministro das Obras Públicas Rui Sanches morreu, hoje, em Lisboa. O funeral realiza-se amanhã, em Arga-nil. Rui Sanches foi ministro de Marcello Caetano.