o estado verde 10/05/2016

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Nanico, o carro elétrico compacto de R$ 15 mil, que será desenvolvido no Ceará, tem dois lugares, pesa 280 quilos, e poderá atingir a velocidade de 80 km/h. PÁGINA 8 Cadastro Ambiental Rural foi prorrogado até março de 2017. Cerca de 2.650 milhões de propriedades rurais já foram inseridas na base de dados do sistema do CAR. PÁGINA 7 Ambientalistas chiaram e senador Álvaro Dias (PV) desiste de Projeto de Lei que excluiria o termo “agrotóxico” da legislação e adotaria a expressão “defensivos agrícolas”. PÁGINA 3 O ESTADO Ano VIII Edição N o 439 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 10 de maio de 2016 PÁGINAS 4 e 5 GARI Não há dúvida, ele merece reconhecimento

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Jornal O Estado (Ceará)

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Page 1: O Estado Verde 10/05/2016

Nanico, o carroelétrico compacto de R$ 15 mil, que será desenvolvido no Ceará, tem dois lugares, pesa 280 quilos, e poderá atingir a velocidade de 80 km/h. PÁGINA 8

CadastroAmbiental Rural foi prorrogado até março de 2017. Cerca de 2.650 milhões de propriedades rurais já foram inseridas na base de dados do sistema do CAR. PÁGINA 7

Ambientalistas chiaram e senador Álvaro Dias (PV) desiste de Projeto de Lei que excluiria o termo “agrotóxico” da legislação e adotaria a expressão “defensivos agrícolas”. PÁGINA 3

O ESTADO Ano VIII Edição No 439 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 10 de maio de 2016

PÁGINAS 4 e 5

GARINão há dúvida,ele merecereconhecimento

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2 VERDE

[email protected]

O Estado Verde é uma iniciativa do INVEXP, com apoio do jornal O Estado. EDITORA Tarcilia Rego JORNALISTA Katy Araújo DIAGRAMAÇÃO E DESIGN J. Júnior TELEFONES (85) 3033.7500/3033 7505 E (85) 8844.6873 ENDEREÇO Rua Barão de Aracati, 1320 — Aldeota. Fortaleza, CE — CEP 60.115-081. www.oestadoce.com.br/o-estado-verde

Ferramenta via internet ao alcance do consumidor cearense

Registrar uma reclamação contra uma empresa e ter o problema solucionado sem precisar se deslocar até um órgão de defesa do consumi-dor. Isto é possível graças ao Portal Consumidor (www.consumidor.com.br), um ser-viço público para solução al-ternativa de conflitos de con-sumo através da internet.

Através do espaço digital, o consumidor se comunica diretamente com as empresas participantes, que se compro-meteram em receber, analisar e responder as reclamações de seus consumidores em até 10 dias, investindo esforços na resolução dos problemas relatados pelo consumidor.

Criado em 2014 pela Se-cretaria Nacional do Con-sumidor, do Ministério da Justiça (Senacon/MJ), a pla-taforma é administrada no Ceará pelo Programa Esta-dual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), do Ministério Público do Esta-do do Ceará (MPCE).

Segundo a secretária-exe-cutiva do Decon, promo-tora de Justiça Ann Celly Sampaio, o consumidor.gov.br, não substituirá os canais tradicionais de ser-viço prestado pelos órgãos de defesa do consumidor, o site é mais um diferencial no incentivo aos consumidores que querem reivindicar os seus direitos. “O consumi-dor.gov.br é uma ferramenta importantíssima ao alcance de todos os consumidores. Qualquer pessoa com acesso à internet pode formalizar uma queixa”, ressalta.

SinistrosA cada 15 segundos, 115 trabalhadores têm um acidente em

algum lugar do mundo e todos os dias 6.300 pessoas morrem por causa de acidentes. No contexto da América Latina, há 11,1 mor-tes por 100.000 trabalhadores na indústria, agricultura 10,7 e 6,9 no setor dos serviços. Construção, mineração e agricultura, em 2015, registraram a maior taxa de acidentes de trabalho (percen-tagem de sinistros em relação ao número de trabalhadores).

A informação está no relatório produzido pelas pesquisadoras e especialistas na área de segurança do trabalho, Cristina Mendez e Nuria Gabarda Cuevas, em parceria com a Universidade de Va-lencia International (VIU).

Ontem, o Instituto Itaú Cultural reuniu jornalista em São Paulo na sua sede na Avenida Paulista, e anunciou os selecionados entre os inscritos na mais recente edição do Rumos, o programa do institu-to voltado ao mapeamento e apoio à produção cultural brasileira.

O anúncio foi feito por Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural e Ana de Fátima Sousa, gerente de Comunicação do instituto, ao lado da atriz e presidente da Fun-dação de Cultura do estado do Acre Karla Martins e do cineasta Jeferson De – estes, membros da Comissão de Seleção. À noite, todos participaram de um jantar de confraternização

Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, iniciou o processo de consulta com a Conferência das Partes da Con-venção do Clima, informando sua intenção de nomear Patrícia Espinosa Cantellano (México) como secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o norueguês Erik Solheim para o Programa das Nações Unidas para o Meio Am-biente (Pnuma).

“Estou muito orgulhosa de assumir esse papel”, disse Cate Blanchett, que acaba de ser no-

meada, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugia-dos (Acnur), como embaixadora global da Boa Vontade.

Em 2015, viajou ao Líbano para se reunir com refugiados sírios e ouvir sobre suas experiências como parte de seu apoio à cam-panha #IBelong do Acnur. Em-baixadores da Boa Vontade têm um papel importante, o cargo sempre é ocupado por celebrida-des, que utilizam seu reconheci-mento social para representar os refugiados perante a ONU.

Alguém um dia me falou que “todo governo populista terminal mal”. Tem razão, Hitler, Nicolás Maduro são dois bons exem-plos para mim. Não importa o tamanho da Nação, o povo é quem sempre perde. Por isso o populismo é um mal a ser com-batido, é uma estratégia usada por governantes para subjugar o povo e sempre termina dividindo a população entre ricos e pobres.

Recicla Nordeste. Vem aí a 6ª edição da feira que acontece de 15 a 17 de junho, no Centro de Eventos do Ceará. A Recicla é uma realização do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais do Estado do Ceará (Sindiverde-CE).

De 10 a 12 de maio International Climate Change Adaptation Conference – Adaptation Futures 2016

Hoje, começa em Roterdã, na Holanda, mais uma edi-ção do International Climate Change Adaptation Confe-rence – Adaptation Futures. A conferência bianual, que acontece até o dia 12, discuti-rá os impactos do clima e as opções de adaptação. Vai reu-nir pesquisadores, tomadores de decisão e profissionais, de países desenvolvidos e em de-senvolvimento, para compar-tilhar abordagens, métodos e resultados de pesquisa no tema. O evento faz parte do Programa Global de Pesqui-sa sobre Mudança Climática Vulnerabilidade, Impactos e Adaptação (Provia). A edição de 2014 aconteceu em Forta-leza, no Hotel Vila Galé.

13 de MaioDia da Libertação dos Escravos

Trazidos da África para o Brasil, amontoados em con-dições desumanas em porões dos navios, chamados de negreiros, muitos africanos morriam, antes mesmo do desembarcarem nos portos brasileiros. Os sobreviven-tes eram comercializados e vendidos como mercadorias. Mas, no dia 13 de maio de 1888, foi extinta a escravidão no País, após a assinatura da Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), pela princesa Isabel.

13 de maioDia do Zootecnista

O dia é comemorado em todo o Brasil em referência à aula inaugural do primeiro curso su-perior de Zootecnia instalado no País, dia 13 de maio de 1966. Segundo o Guia do Estudante Abril, zootecnista é o profissio-nal que atua em toda a cadeia produtiva animal. Ele coordena a criação de rebanhos bovinos, ovinos, suínos e aves. Faz o pla-nejamento agropecuário, pro-move o melhoramento genético, define sua nutrição e aplica téc-nicas de reprodução, seja para fins comerciais ou de preserva-ção. Trabalha também na indús-tria alimentícia, na produção de alimentos de origem animal, como embutidos e laticínios.

16 de maioDia do Gari

No Brasil, os garis são os profissionais da limpeza. Re-colhem o lixo domiciliar e o dos grandes geradores, princi-palmente, além de varrer ruas, praças e parques. Também, capinam a grama, lavam e de-sinfetam as vias públicas. O nome gari é uma referência ao francês Aleixo Gary, pioneiro no setor de limpeza. O empre-sário assinou contrato em 11 de outubro de 1876 com o Minis-tério Imperial para organizar o serviço de limpeza do Rio de Janeiro e permaneceu no cargo até o vencimento do contrato, em 1891, quando foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade.

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3VERDE

Princípio do Direito Fundamental ao Meio Ambiente

O Direito Ambiental, como os demais ramos do direito, pauta-se por princípios da maior importân-cia com vistas a compreensão dos postulados que norteiam esse direito humano fundamental, o qual se imbrica decisivamente com o direito à vida. O primeiro princípio listado é reconhecidamente de validade superior. Trata-se do Princípio do Direi-to Humano Fundamental ao Meio Ambiente Sadio, que tem assento no caput do artigo 225, da Consti-tuição da República. A garantia da utilização e con-tinuidade dos recursos naturais é o que este princí-pio busca assegurar. Esses recursos essenciais à vida podem ser devidamente utilizados, mas carecem de proteção, para que possam servir às futuras gera-ções e não sejam esgotadas em razão da irresponsa-bilidade ou negligência das gerações atuais.

[email protected]

Obrigação É uma obriga-ção das atuais gerações zelar para que o meio am-biente seja usado de for-ma sustentável e não em desarmonia ambiental. É direito inalienável das pessoas e dos seres vivos viverem em um ambien-te sadio e livre de polui-ção sobre qualquer das formas, sem que sejamos postos diante de situações que acarretem prejuízos à qualidade de vida, em ra-zão de posturas contrárias aos dogmas de preserva-ção do meio ambiente.

Dogma Princípio do Direi-to Humano Fundamental ao Meio Ambiente Sadio é de indiscutível importân-cia na dogmática do Direi-to Ambiental não apenas em nível nacional, mas em termos do Direito Interna-cional, como assim sinali-za claramente a Declara-ção de Estocolmo (1972), que definiu como direito fundamental do ser hu-mano, a garantia de con-dições de vida adequadas, em um meio ambiente de qualidade, suficiente para assegurar o bem-estar.

Alerta A Conferência Eco-

92, realizada Cidade do Rio de Janeiro, em 1992, reconheceu o Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio como o direito dos seres huma-nos a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza, conside-rando-o como o mais im-portante a dar sustentação ao Direito Ambiental, de-vendo interpretado como um alerta ao aplicador das normas ambientais. Além de representar uma garan-tia ao ser humano, o prin-cípio constitui exigência de que o administrador público destine especial atenção à preservação do meio ambiente nas mais diversas formas apresen-tadas pela legislação am-biental.

Necessidade A interpreta-ção do Princípio do Direi-to Humano Fundamental ao Meio Ambiente Sadio deve ser formulado como a necessidade de o Esta-do definir suas ações em medidas de preservação, apenas acolhendo subsi-diariamente outras medi-das de repressão ou de re-composição dos prejuízos ambientais.

Novo posto de recebimento de embalagens de agrotóxicos no Ceará

INTERIOR

Nova unidade no município de Ubajara tem capacidade para receber até 100

toneladas do material por ano, e atende a PNRS

DA REDAÇÃO DO [email protected]

Orecolhimento de emba-lagens pós-consumo de agrotóxicos ganha espaço novo no Ceará. O inpEV

- Instituto Nacional de Proces-samento de Embalagens Vazias acaba de inaugurar novas insta-lações do Posto de Recebimento (PR), em Ubajara (CE).

A unidade, que ficava em ou-tro endereço, foi ampliada para melhor atender produtores rurais da região. O local, com capacida-de para receber 100 toneladas do material por ano, aberto dia 5 de maio, permanecerá sob a gerên-cia da Associação do Comércio Agropecuário de Ibiapaba (Acai).

AbrangênciaSegundo, Harthimes Gomes,

coordenador regional de opera-ções do inpEV, no Ceará, Mara-nhã, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte, a unidade atenderá direta-mente todos os agricultores dos

municípios da Serra da Ibiapaba: Carnaubal, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, São Benedito, Tianguá e Viçosa do Ceará.

Disse ainda que, por meio do recebimento itinerante, “esten-de sua área de abrangência para qualquer região do Ceará, como Cariri, Centro-Sul e perímetros de irrigação presentes no Estado”. O descarte incorreto de defensi-vos agrícolas, além de prejudicar a saúde das pessoas e dos ani-mais, polui o meio ambiente.

FacilidadesSegundo Luiz de Melo Gomes,

presidente da Acai, “o posto faci-litará o acesso de produtores de pequeno e grande porte, contri-buindo para que seja cumprida a legislação que prevê a destinação ambientalmente correta do ma-terial.”

Todas as embalagens de de-fensivos agrícolas recebidas no posto de Ubajara serão encami-nhadas para a central de recebi-mento de Teresina (PI), gerencia-

da pela Associação do Comércio Agropecuário do Piauí (Acapi). O inpEV é responsável pela des-tinação final do material, recicla-gem ou incineração.

inpEV Fundado em 14 de dezembro

de 2001, o inpEV é uma entidade sem fins lucrativos, criada pela indústria fabricante de defensi-vos agrícolas para realizar a ges-tão pós-consumo das embalagens vazias de seus produtos de acor-do com a legislação, antes mesmo da criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) .

Logística ReversaA Lei nº 12.305/10, que institui a PNRS,

contém instrumentos para permitir avanços necessários no enfrentamento dos principais problemas socioambientais e econômicos, decorrentes do manejo dos resíduos sólidos.

Dentre estes, encontra-se a Logística Re-versa (LR). O instrumento engloba diferen-

tes atores sociais na responsabilização da destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Gera obrigações, espe-cialmente do setor empresarial, de realizar o recolhimento de produtos e embalagens pós-consumo, assim como reassegurar seu reaproveitamento no mesmo ciclo produtivo

SERVIÇO Posto de UbajaraEndereço: Rod CE-187 – Km 157 - Zona Rural - Ubajara/CE (a 400 metros do Posto do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE), entre Tianguá e Ubajara) Funcionamento: Segundas, quartas e sextas, das 8h às 14h. *Com informações da assessoria do inpEV

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Garantir a segurança do trabalho do gari também é tarefa da sociedade

DIA DO GARI

Fortaleza possui em torno de dois mil garis trabalhando ativamente na limpeza da cidade que produz em média cinco toneladas de lixo por dia

Odia 16 de maio é a data que se comemora o Dia do Gari, profissio-nal que tem um papel

fundamental para o bem-estar da população porque impede que o lixo se acumule nas ruas e nos bueiros, evitando as en-chentes e a proliferação de bi-chos e doenças.

Os materiais de trabalho dos garis não se resumem em vassoura, pá e carrinho de lixo. De acordo com o superinten-dente operacional da Ecofor Ambiental (concessionária da Prefeitura Municipal de For-taleza responsável pela Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos), João Júlio Sombra, é de extrema importância o uso dos Equipa-mentos de Proteção Individual (EPI). “O uniforme da empre-sa é essencial, por ser feito com tecido especial para a função, assim como o uso de um calça-do específico, dos meiões e das luvas. O conjunto contribui para reduzir os riscos de infecção ainda ressaltou que os garis são supervisionados por técnicos em Segurança do Trabalho, que os orientam e ensinam o modo correto de prevenir acidentes, usando os EPI. De acordo com ele, as orientações são bem re-cebidas pelos funcionários que, na maioria das vezes, seguem a risca cada concelho. “Os técni-cos orientam os coletores como proceder na hora de recolher o lixo, em especial os perfuro-cor-tantes. É uma maneira de garan-tir a saúde deles”, enfatizou.

Além dos equipamentos, esses acidentes podem ser evi-tados com a conscientização da população. É o que ressalta Everton Melo, gari há três anos,

ele já sofreu alguns cortes nas pernas devidos o mau condi-cionamento do resíduo. “As pessoas podem facilitar o nos-so trabalho, embalar os objetos cortantes, reforça a sacola para que não rasgue na hora que a gente tira o lixo da rua, são pequenas atitudes que facilita nosso dia a dia e evita algum acidente”, apontou.

OrgulhoO trabalhador de 26 anos,

afirma sentir orgulho da sua

profissão e lembra o quanto é importante seu serviço para a cidade. “O lixo é fonte de bac-térias e de doenças se não re-colhido, então imagina como ficaria a cidade se deixarmos de fazer a coleta apenas por um dia? Acho que a sociedade iria sentir nossa falta, não é mes-mo? Então, sei da importância que tenho para cidade, mesmo, muitas vezes, não sento reco-nhecido”, afirmou.

O trabalho que o coletor rea-liza contribui para o asseio das

ruas, o combate às pragas ur-banas, que aumentariam sem a coleta dos resíduos e a manu-tenção do meio ambiente. No entanto, apesar de ser funda-mental a profissão ainda sofre muita discriminação, passando, muitas vezes, despercebidas nas portas das casas da cidade.

“A discriminação já dimi-nuiu muito, mas não é difícil sermos chamado de lixeiro, das pessoas virarem a cara quando estamos passando, são pequenas atitudes que ofende, apesar de já

estarmos acostumado”, lamentou.De acordo com dados do

Sindicato dos Empregados em Empresa de Asseio e Conser-vação e Administração de Imó-veis Comerciais, Residenciais, Flats, Imobiliária e Limpeza Pública do Estado do Cea-rá (SEEACONCE), Fortaleza possue em torno de dois mil garis trabalhando ativamente na limpeza da cidade.

ResíduosSegundo a Prefeitura, Forta-

leza passou a produzir 595.574 toneladas de resíduos domici-liar em 2014, quando em 2011 gerava 443.932 toneladas. Dia-riamente, cada pessoa produz 1,89 quilos de lixo na capital cearense, número superior ao produzido por alguém no Rio de Janeiro (1,61) e equivalente a uma pessoa em Nova Iorque. Por dia, os fortalezenses pro-duzem uma média de cinco to-neladas de lixo.

EducaçãoDe acordo com o diretor

social do SEEACONCE, Ama-deus Oliveira Paixão, a asso-ciação vem realizando diver-sas ações com a intenção de mostrar a população a impor-tância do gari. “Nós procura-mos dialogar com a sociedade para mostrar a importância desse trabalho, além disso, realizamos panfletagem, co-locando para a sociedade o quanto a profissão é funda-mental”, informou.

A Ecofor informou que na área de educação ambiental, a empresa mantém o programa Ecocidadão que promove ati-tudes conscientes para a pre-

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servação do meio ambiente em comunidades carentes com ne-cessidade de diminuir a quan-tidade de pontos de lixo solto. As ações implantadas contri-

buem para o desenvolvimento socioambiental e a melhora na qualidade de vida da popula-ção.

Desde o início do progra-

ma, em 2005, a Ecofor regis-trou, nos bairros onde o pro-jeto é realizado, uma redução de mais de 70% dos resíduos dispostos de forma inadequa-

da. Uma equipe de educado-res ambientais que expõem conceitos básicos de higiene e informam como tratar correta-mente o lixo. E assim, formam

líderes comunitários e alunos das escolas tornam-se agentes multiplicadores que estimulam atitudes responsáveis para a preservação ambiental.

Cuidados com o lixo domésticoLâmpadas, copos, louças e

embalagens de vidro podem não parecer perigosos, mas são um risco em potencial, já que podem quebrar com o manuseio. E para não machucar o coletor, a Ecofor aconselha a procurar um material mais rígido para o acondicionamento desses matérias, como jornal, papelão, latas, garrafas pet ou mesmo embalagens de leite. Os cacos de vidro podem ser embalados dentro de latinhas de leite em pó ou achocolatado.

Materiais perfurantes como pregos, parafusos, arames e, até mesmo, as lascas de madeiras, devem ser colocados em latas, embalagens plásticas ou embrulhados em grandes volumes de jornal. Quanto aos pregos e parafusos, é interessante entortá-los com martelo, sempre que possível. A tampa serrilhada da lata de conserva também pode machucar e a recomendação é

dobrá-la para dentro, pois assim a serrilha estará protegida pela própria lata. E por fim, caso o volume do lixo seja excessivo ou muito pesado, deve-se utilizar dois sacos para acondicioná-lo.

CURIOSIDADEVocê sabia que a profissão

de gari surgiu no Rio de Janeiro? Tudo aconteceu quando um empresário francês chamado Aleixo Gary assinou contrato com o governo para organizar o serviço de limpeza das ruas e praias da cidade. O nome gari é justamente uma referência ao francês. Aleixo assinou contrato em 11 de outubro de 1876 com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza do Rio de Janeiro e permaneceu no cargo até o vencimento do contrato, em 1891, quando foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade.

Uma empresa de energia positiva!

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085 3392.6950

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6 VERDE

DA REDAÇÃO DO [email protected]

Após críticas de ambientalistas, o Projeto de Lei (PL), de autoria do sena-dor Álvaro Dias (PV-PR), que preten-dia substituir a palavra “agrotóxicos”, pela expressão “produtos fitossanitá-rios” na legislação, foi arquivado.

O PL, que tinha como objetivo pa-dronizar a nomenclatura destes produ-

tos de acordo com as normas vigentes no Mercosul, já havia sido aprovado pela representação brasileira no Parla-mento do Mercosul (Parlasul) do Con-gresso Nacional.

Conforme assessoria do senador, “como o projeto previa somente a mu-dança do nome, Alvaro Dias achou melhor retira-lo e assim encerrar as polêmicas, mantendo a nomenclatura como agrotóxicos”.

Esconder perigosDe acordo com o movimento

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, caso a pro-posta avançasse no Senado, poderia aniquilar todo o conceito de agricul-tura orgânica no Brasil. “Assim, en-tendemos que mudar o nome é tentar esconder o perigo que os agrotóxicos causam para a saúde da população”, afirmou o movimento.

CâmaraNa Câmara Federal já está tramitando

outra proposta sobre o mesmo tema, e que deve tirar o sono do movimento ambienta-lista. Trata-se do projeto de Lei 3200/2015, de autoria do deputado federal Covatti Fi-lho (PP-RS), que cria a Política Nacional de Defensivos Fitossanitários. O projeto além de considerar agrotóxicos em geral como produto fitossanitário, classifica os transgênicos como fitossanitário.

Nada de defensivo, senador desiste de projeto que excluiria o termo “agrotóxico” da lei

AINDA BEM

Para ambientalistas, caso a proposta avançasse no Senado, poderia aniquilar todo o conceito de agricultura orgânica no Brasil

Oito em dez brasileiros identificam selos ambientaisA pesquisa “Identificação e

conexão do consumidor com os selos ambientais”, realiza-da pelo instituto de pesqui-sa e opinião pública, Market Analysis, em parceria com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), apre-sentou 27 selos ambientais

para 906 adultos de onze ca-pitais do Brasil e perguntou se eles reconheciam esses selos. Oito em cada dez consumi-dores conseguiram identificar pelo menos um dos selos como símbolo do trabalho realizado por Governo, empresas ou ou-tras entidades em prol do meio

ambiente (81%).Em Salvador e Brasília os

selos são mais conhecidos: 99% e 96% dos entrevistados, respectivamente, afirmam re-conhecer pelo menos um deles. Por outro lado, os residentes de Porto Alegre, Curitiba e Rio Ja-neiro exibem mais dificuldades

em reconhecê-los (50%, 69% e 71% conhecem pelo menos um selo, respectivamente). O mais conhecido é o selo do Progra-ma Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).

Do ponto de vista sociode-mográfico, o conhecimento dos selos pelos brasileiros é o

seguinte: maior conhecimen-to entre os jovens de 18 a 24 anos (91%), entre a população de renda mais alta (85% dos que pertencem às classes A e B) e de maior escolaridade (95% entre os que possuem pelo menos o ensino superior incompleto).

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7VERDE

POR TARCILIA [email protected]

O Mais um ano. A Me-dida Provisória (MP) N° 724, publicada no Diário Oficial do dia 05, prorrogou o prazo para que os imóveis com até quatro módulos fiscais façam o Cadastro Ambiental Rural (CAR), com direito aos benefícios trazidos pelo Código Florestal, Lei N° 12.651/2012, até o dia 05 de maio de 2017.

Segundo o diretor ge-ral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Raimun-do Deusdará, a medida é uma maneira de ampliar a inclusão dos agricultores familiares, tendo em vista que os mesmos, conforme o Código Florestal, têm direi-to a apoio do Poder Público. O SFB é o órgão responsável pela gestão do CAR, vincu-lado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).

“Uma característica do novo Código é tratar os diferentes, de maneira diferente. Com a prorro-gação do prazo, teremos mais um ano para pres-tar apoio aos pequenos, conforme previsto na Lei”, afirmou Deusdará.

O CAR é uma base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento

das florestas e demais for-mas de vegetação nativa do Brasil, bem como para pla-nejamento ambiental e eco-nômico dos imóveis rurais.

330 milhõesCom relação aos nú-

meros do CAR, a expec-tativa de Deusdará é que até o último dia 5, mais de três milhões de imó-veis rurais tenham sido cadastrados e que a área total alcance 330 milhões de hectares, o que “corres-ponde a quase dez vezes o tamanho da Alemanha”.

Até março de 2016, em todo o Brasil, já foram in-seridos na base de dados do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), 2.647 milhões de propriedades rurais, totalizando uma área de 279.633.315 hectares. No

Ceará, 31.755 imóveis que correspondem a 28,63% da área total a ser cadastrada.

A prorrogação era de-fendida pela Confedera-ção da Agricultura e Pe-cuária do Brasil (CNA), diante das dificuldades operacionais enfrentadas pelos agricultores. Para o coordenador de Sustenta-bilidade da CNA, Nelson Ananias Filho, “os grandes e médios produtores ru-rais conseguiram superar as dificuldades e fizeram o cadastramento, mas os pe-quenos proprietários estão ficando para trás”.

Ananias defendia mais prazo, por considerar que a questão é preocupante, especialmente nos estados nordestinos e naquelas áreas onde a rede de inter-net é precária. Ele mostra que a adesão ao CAR en-

frenta obstáculos técnicos exatamente no caso dos pe-quenos produtores rurais.

Por região, os números estão assim distribuídos: Norte (85,8%), Sudeste (71,4%), Centro-Oeste (67,9%), Nordeste (43%) e Sul (41,4%). No total, levando-se em conside-ração toda a área passível de cadastramento, 70,2% já fizeram a adesão. Mas, em relação ao número de propriedades, o quadro é pouco mais de 50%.

CearáA técnica, Tereza Farias, da

Diretoria Florestal (Diflo) da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), órgão responsável pelo CAR no Ceará, explica que no Sul e no Nordeste é diferente, e apresenta a maior concen-tração de minifúndios. “Nas

áreas grandes é mais fácil”, rebate Tereza.

“A nossa realidade é outra, com faixas de terras muito estreitas, enquan-to cadastramos de sete a dez mil imóveis em uma determinada área, o tama-nho desta área correspon-de a uma só propriedade na Região Norte. Quanto maior o parcelamento, mais necessidade de preci-são. Um hectare de erro de coordenada pode causar um grande problema de sobreposição.”

Ela disse ainda que além dos minifúndios, o grau de instrução do agri-cultor nordestino é mais baixo, dificultando até o acesso à internet e o ma-nuseio do sistema. Com relação à prorrogação, ela entende que a MP é bené-fica, vai contribuir para

maior inserção dos pro-prietários agricultores.

“A falta deste registro impossibilita que o órgão ambiental responsável emita licenças e autori-zações para os empreen-dimentos e todas as ati-vidades que requerem supressão vegetal. Além disso, representa uma ação de cidadania e responsabi-lidade, frente aos bens am-bientais, sem contar que o agricultor fica impossibili-tado de fazer financiamen-to”, encerra.

A inscrição no CAR será exigida pelas institui-ções financeiras para con-cessão de crédito agrícola e também dá ao produtor acesso aos mercados que já vem exigindo o cadas-tro com comprovação da regularidade ambiental.

CADASTRO RURAL

Até março, já foram inseridos na base de dados do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), 2.647 milhões de propriedades rurais

Prorrogação do CAR beneficiará agricultores e meio ambiente

SERVIÇO

Mais informação em: http://www.car.gov.br/A tabela com o módulo fiscal por município pode ser conferida em: http://www.incra.gov.br/tabela-modulo-fiscal

Programas de Regularização AmbientalA prorrogação dos benefícios associados

ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) vale apenas para as propriedades ou posses rurais com menos de quatro mó-dulos fiscais, unidade de medida que varia de acordo com o município do país, indo de 5 a 110 hectares. Além de possibilitar o

planejamento ambiental e econômico do uso e ocupação do imóvel rural, a inscri-ção no CAR, acompanhada de compro-misso de regularização ambiental quando for o caso, é pré-requisito para acesso à emissão das Cotas de Reserva Ambiental e aos benefícios previstos nos Programas

de Regularização Ambiental (PRA) e de Apoio e Incentivo à Preservação e Recupe-ração do Meio Ambiente, ambos definidos pela Lei 12.651/12.

Dentre os benefícios desses programas podemos citar: possibilidade de regularização das APP e/ou Reserva Legal vegetação natural

suprimida ou alterada até 22/07/2008 no imó-vel rural, sem autuação por infração admi-nistrativa ou crime ambiental e suspensão de sanções em função de infrações administra-tivas por supressão irregular de vegetação em áreas de APP, Reserva Legal e de uso restrito, cometidas até 22/07/2008. (Fonte, MMA)

Page 8: O Estado Verde 10/05/2016

DA REDAÇÃO DO [email protected]

Você com certeza já comeu uma bana-na nanica, mas di-rigir um carro na-

nico, talvez não. Mas este é o nome de um veículo compacto e que só poderá ser encontrado no Ceará. Criado pelo designer bra-sileiro Caio Strumiello, a fabricação do Nanico para comercialização, deve co-meçar no Brasil, em 2016.

Strumiello e seu sócio, o físico Paulo Roberto, estão negociando com a Prefeitura do município cearense de São Gonçalo do Amarante, a cerca de 60 quilômetros de For-

taleza, a construção da fábrica para produzir o modelo na cidade. Com dois lugares e 280 quilos, o veículo poderá atingir a velocidade máxima de 80 km/h. Ele terá air bags e

freios com ABS para aten-der aos requisitos de car-ros produzidos no Brasil.

InvestimentosPara atrair o empreen-

dimento, a administração

municipal prometeu doar o terreno e conceder bene-fícios fiscais. Com investi-mento inicial de cerca de R$ 8 milhões, a unidade deverá ter capacidade para montar até 500 veículos

por mês, gerando cerca de 100 empregos diretos.

Segundo publicado no portal EcoD, “Paulo Ro-berto explicou ao Broa-dcast, serviço de notícias em tempo real da Agên-cia Estado, que a Prefei-tura de São Gonçalo se comprometeu em doar um terreno de 12 hec-tares, fora do perímetro urbano”. Caso o negócio se concretize, será a se-gunda montadora a se instalar no Ceará. Caso o negócio se concretize, será a segunda montado-ra a se instalar no Ceará.

125 cilindradas Até agora, o Nanico

Car só foi produzido ar-

tesanalmente no País. Já foram fabricadas 15 uni-dades em São Paulo. Os modelos têm 1,90 metros de comprimento, motor de 125 cilindradas, com capacidade para trans-portar duas pessoas e versões a gasolina ou a gás natural (GNV).

O modelo a ser produ-zido no Ceará terá a ver-são a gás e a com motor elétrico, "que deve acabar dominando a produção, pois o custo para o con-sumidor será menor, com poluição zero". A pro-jeção do físico é de que, depois de regulamenta-do, o modelo produzido comercialmente custe a partir de R$ 15 mil.

Carro elétrico compacto de R$ 15 mil será desenvolvido no Ceará

NANICO

Veículo compacto e que só poderá ser encontrado no Ceará, tem nome estranho, dois lugares e atinge velocidade de 80 km/h

FOTO DIVULGAÇÃO

Nanico terá air bags e freios ABS para atender aos requisitos da legislação no Brasil

CEARÁ: Documentário destaca a importância dos primeiros anos da vidaHoje, o Governo do Estado,

por meio do Gabinete da primei-ra-dama, e o Instituto da Infância (IFAN) promovem no Ceará, o lançamento do filme "O Come-ço da Vida". O evento acontece a partir das 14h30, no Cinetea-tro São Luiz (Rua Major Facun-do, 500 – Centro). A sessão será aberta ao público e contará ainda com um momento especial com os realizadores da ação e uma palestra proferida por Estela Ren-ner, diretora do filme.

Para realizar o documentário,

Estela Renner entrevistou es-pecialistas e visitou famílias das mais diversas culturas, etnias e classes sociais nos seguintes paí-ses: Brasil, Canadá, Índia, China, Quênia, Itália, Argentina, Esta-dos Unidos e França, mostrando como os cuidados e as relações nesse período são fundamentais para o desenvolvimento do indi-víduo e têm impacto em todos os anos posteriores.

O Começo da Vida é uma produção da Maria Farinha Fil-mes, apresentado pelas institui-

ções Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, especialista em Primeira Infância; Fundação Bernard Van Leer, que busca le-var oportunidades a crianças ca-rentes; Instituto Alana que tem como missão “honrar a criança” e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Programa Mais Infância Ceará

Alguém pode perguntar sobre a pertinência do Programa Mais Infância Ceará, idealizado pela

primeira-dama do Estado, Oné-lia Leite Santana, com a exibição do filme, e a resposta será: Tudo! Através da exibição, o Mais Você, iniciativa que busca contemplar a complexidade de promover o desenvolvimento infantil, espera capacitar gestores, pais, cuidado-res e profissionais que lidam dire-tamente com as crianças.

A primeira-dama está à fren-te do Programa Mais Infância que estrutura-se em três pilares: Tempo de Brincar, Tempo de Crescer e Tempo de Aprender.

SERVIÇO O Começo da VidaEstreia: 10 de maioDuração: 90 minutosOnde: Cineteatro São Luiz – Rua Major Facundo, 500 – Centro – FortalezaHorário: A partir das 14h30 (14h30 - Recepção | 15h - Abertura | 15h30 - Exibição do longa-metragem | 17h - Encerramento com diretora do filme.)*Com informações da assessoria de imprensa.

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