o estado verde 18/08/2015

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Cidade resiliente planeja e coloca o cidadão como a peça central de sua expansão, e especialistas alertam sobre fenômeno climático El Niño, atualmente em curso. PÁGINA 3 Prefeitura intensifica fiscalização a veículos poluentes. Os que emitirem poluição, fora dos padrões, serão notificados e poderão pagar multa ambiental de pelo menos R$ 5 mil. PÁGINA 10 Movimento Pró-Árvore decidiu mapear os percursos de conservação e manutenção das árvores em Fortaleza. Começou visitando a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb). PÁGINA 12 O ESTADO Ano VI Edição N o 402 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 18 de agosto de 2015 SHOPPING SUSTENTÁVEL Conforto, praticidade, segurança e responsabilidade socioambiental Páginas 6, 7 e 8

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Jornal O Estado (Ceará)

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Page 1: O Estado Verde 18/08/2015

Cidade resiliente planejae coloca o cidadão como a peça central de sua expansão, e especialistas alertam sobre fenômeno climático El Niño, atualmente em curso. PÁGINA 3

Prefeitura intensifica fiscalização a veículos poluentes. Os que emitirem poluição, fora dos padrões, serão notificados e poderão pagar multa ambiental de pelo menos R$ 5 mil. PÁGINA 10

Movimento Pró-Árvore decidiu mapear os percursos de conservação e manutenção das árvores em Fortaleza. Começou visitando a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb). PÁGINA 12

O ESTADO Ano VI Edição No 402 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 18 de agosto de 2015

SHOPPING SUSTENTÁVEL

Conforto, praticidade, segurança e responsabilidade

socioambientalPáginas 6, 7 e 8

O ESTADO Ano VI Edição No 402 Fortaleza, Ceará, BrasilTerça-feira, 18 de agosto de 2015

Page 2: O Estado Verde 18/08/2015

2 VERDE

NO CLIMA DE PARISA temperatura da Terra já subiu quase 1%, desde a revolução industrial

até agora. Por essa razão os países precisam entrar em um acordo e assinar ao final da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris, na França, aquele que já está sendo chamado de o maior acordo climático do mundo: o Protocolo de Paris.

O novo documento substituirá o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005. Ao contrário do acordo anterior, que tinha metas específicas para um grupo de menos de 40 países desenvolvidos, o Protocolo de Paris será um acordo global que envolverá mais de 190 países que fazem parte da Conven-ção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).

O intuito é estabilizar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), “para que, ao final do século, não ultrapasse aquecimento superior a 2 graus Celsius (°C) em relação ao que havia no período pré-industrial”.

O governo brasileiro está trabalhando na elaboração do projeto que será enca-minhado ao secretariado da COP21, até 1º de outubro.

Quem te viu, quem te vê. Nem em seus piores pesadelos, líderes do Partido dos Trabalhadores, certamente, não “sonharam” que o fim da administração petista, à frente do Brasil, terminasse em “Pixuleco”, 40 ministérios, aumento da criminalidade, desemprego, descontentamento social e... (a lista é grande).

Uma pena, o PT perdeu a chance de passar o Brasil a limpo, e ao invés disso, reforçou e tirou proveito do que tinha de pior na política, e de novo, tudo termina em corrupção ativa e formação de quadrilha. Só falta a pizza, espero que dessa vez não seja servida. Os anões do orçamento, agora, me parecem anjinhos diante de tudo que está sendo descortinado pela Lava-Jato.

Enquanto o Governo Federal reduz os investimentos em cisternas, os gastos com carros-pipa cresceram. Nos últimos três anos, só o Governo Federal investiu R$ 2,4 bilhões na contratação dos "pipeiros". Ao todo, são 6.705 "pipeiros" contratados em 780 em cidades do Nordeste.

Durante palestra na Universidade Tres de Febrero, em Buenos Ayres, o ex- ministro,

Celso Amorim, defendeu o Mercosul e criticou a proposta de Renan Calheiros, de acabar com o bloco para acelerar acordos comerciais do Brasil com outros países. “Os que acreditam que o Mercosul seja um fracasso devem voltar aos livros", afirmou Amorim. Será? Duvido.

Senador Cristovam Buarque (PDT) vai proferir palestra para os estudantes do Curso de Jornalismo da Unifor, na próxima sexta-feira (21/8), no Teatro Celina Queiroz. O tema da palestra: “Por Um Mundo Melhor e com Menos Dívida”. Estarei lá.

Feira de negócios Apacace (Amigos e Parceiros de Calçados e Acessórios) encerrou programação, dia 13, doando sapatos e acessórios para o Lar Torres de Melo e o Lar Batista, que transformarão os produtos em renda para as duas entidades. O evento reuniu cerca de 1.000 pequenos e médios lojistas de Fortaleza, do interior do Ceará e dos estados do Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte. Segundo os coordenadores Carlos Pompeu e Clóvis Maia, a Apacace 2015 bateu recordes de participação e de vendas.

O Estado Verde (OeV) é uma iniciativa do Instituto Venelouis Xavier Pereira, com o apoio do jornal O Estado, para fomentar o desenvolvimento sustentável no Ceará. EDITORA Tarcilia Rego CONTEÚDO Equipe OeV. JORNALISTA Katy Araújo DIAGRAMAÇÃO E DESIGN J. Júnior e Vladimir Pezzole TELEFONES (85) 3033.7500/3033 7505 E (85) 8844.6873 ENDEREÇO Rua Barão de Aracati, 1320 — Aldeota, Fortaleza, CE — CEP 60.115-081. www.oestadoce.com.br/o-estado-verde

Dia 19 de agosto 80 anos Sinditêxtil:

manifesto “Valorização da Moda Local”

O ano de 2015 será marcado pela realização dos 80

anos do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral

do Estado do Ceará (Sinditêxtil--Ce), que vai comemorar com um

manifesto intitulado “Valorização da Moda Local”, identi� cado também pela sigla VML. O objetivo da ação é mobilizar a sociedade para o con-sumo da moda local, fomentando, consequentemente, a valorização dos elos que fazem a moda.

O movimento será anunciado no evento de lançamento do Ce-

ará Moda Contemporânea - Salão Nacional e Internacional de Moda e Negócios, dia 19 (quarta-feira), às 8h30, na cobertura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

Dia 20 de agosto

Fórum de Oportunidades de Negócios sobre Energias Renováveis

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) promove dia 20 (quinta-feira), a partir das 8h, no auditório Luiz Esteves Neto, na sede da Fiec, mais uma edição do Fórum de Oportunidades de Negócios em Energias Renováveis - Oportunida-des de Carreira. O objetivo é apre-sentar as demandas atuais e futuras de pessoal das empresas que atuam no setor, assim como as oportunida-des de carreira e a oferta de capacita-ção das várias instituições de ensino em ambos os níveis, de modo que o setor possa atrair e capacitar pro� s-sionais de elevado nível.

O moderador do evento será o presidente da Câmara Setorial das Energias Renováveis e também co-ordenador do Núcleo de Energia, Ju-randir Picanço. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail erbrilhante@s� ec.org.br.

21 de agostoDia da Habitação

Em referência a aprovação da Lei n°4.380 de21 de agosto de 1964, que criou o Sistema Financeira de Habi-tação (SFH), comemora-se todo 21 de agosto, o Dia Nacional da Ha-bitação. Além de criar o SFH, a Lei 4.380 facilita e promove a construção e a aquisição da casa própria ou mo-radia, especialmente pelas classes de menor renda da população.

De 18 a 20 de AgostoExposucata 2015

Começa em São Paulo a 10ª edição da EXPOSUCATA – Feira e Congres-so Internacional de Negócios da Indústria da Reciclagem apresen-ta sua décima edição. O evento que começou hoje, e segue até quinta--feira (20), no Imigrantes Exhibition & Convention Center, em São Paulo (SP). A Exposucata 2015 é um evento de negócios internacional – o maior e mais importante da América Latina – especialmente desenvolvido para pro� ssionais e empresas que buscam lucro com a reciclagem em escala in-dustrial.

Em paralelo acontece a EXPOLI-XO - Feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de Limpeza Pública, Resíduos Urbanos e Indus-triais à Exposucata, juntamente com o Congresso Internacional de Negó-cios do Mercado de Limpeza Pública, Resíduos Urbanos e Industriais.Veja mais em: www.exposucata.com.br.

A temperatura da Terra já subiu quase 1%, desde a revolução industrial até agora. Por essa razão os países precisam entrar em um acordo e assinar ao final da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris, na França, aquele que já está sendo chamado

O novo documento substituirá o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005. Ao contrário do acordo anterior, que tinha metas específicas para um grupo de menos de 40 países desenvolvidos, o Protocolo de Paris será um acordo global que envolverá mais de 190 países que fazem parte da Conven-

O intuito é estabilizar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), “para que, ao final do século, não ultrapasse aquecimento superior a 2 graus Celsius (°C) em

Dia 19 de agosto 80 anos Sinditêxtil:

manifesto “Valorização da Moda Local”

anos do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral

do Estado do Ceará (Sinditêxtil--Ce), que vai comemorar com um

manifesto intitulado “Valorização da Moda Local”, identi� cado também pela sigla VML. O objetivo da ação é mobilizar a sociedade para o con-sumo da moda local, fomentando, consequentemente, a valorização dos elos que fazem a moda.

O movimento será anunciado no evento de lançamento do Ce-

REFLEXÃO: “O pessimista é aquele que transforma as oportunidades em dificuldades; o otimista é aquele que transforma as dificuldades em oportunidades.”

Harry Truman, 33º presidente dos EUA.

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2 VERDE

NO CLIMA DE PARISA temperatura da Terra já subiu quase 1%, desde a revolução industrial

até agora. Por essa razão os países precisam entrar em um acordo e assinar ao final da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris, na França, aquele que já está sendo chamado de o maior acordo climático do mundo: o Protocolo de Paris.

O novo documento substituirá o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005. Ao contrário do acordo anterior, que tinha metas específicas para um grupo de menos de 40 países desenvolvidos, o Protocolo de Paris será um acordo global que envolverá mais de 190 países que fazem parte da Conven-ção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).

O intuito é estabilizar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), “para que, ao final do século, não ultrapasse aquecimento superior a 2 graus Celsius (°C) em relação ao que havia no período pré-industrial”.

O governo brasileiro está trabalhando na elaboração do projeto que será enca-minhado ao secretariado da COP21, até 1º de outubro.

Quem te viu, quem te vê. Nem em seus piores pesadelos, líderes do Partido dos Trabalhadores, certamente, não “sonharam” que o fim da administração petista, à frente do Brasil, terminasse em “Pixuleco”, 40 ministérios, aumento da criminalidade, desemprego, descontentamento social e... (a lista é grande).

Uma pena, o PT perdeu a chance de passar o Brasil a limpo, e ao invés disso, reforçou e tirou proveito do que tinha de pior na política, e de novo, tudo termina em corrupção ativa e formação de quadrilha. Só falta a pizza, espero que dessa vez não seja servida. Os anões do orçamento, agora, me parecem anjinhos diante de tudo que está sendo descortinado pela Lava-Jato.

Enquanto o Governo Federal reduz os investimentos em cisternas, os gastos com carros-pipa cresceram. Nos últimos três anos, só o Governo Federal investiu R$ 2,4 bilhões na contratação dos "pipeiros". Ao todo, são 6.705 "pipeiros" contratados em 780 em cidades do Nordeste.

Durante palestra na Universidade Tres de Febrero, em Buenos Ayres, o ex- ministro,

Celso Amorim, defendeu o Mercosul e criticou a proposta de Renan Calheiros, de acabar com o bloco para acelerar acordos comerciais do Brasil com outros países. “Os que acreditam que o Mercosul seja um fracasso devem voltar aos livros", afirmou Amorim. Será? Duvido.

Senador Cristovam Buarque (PDT) vai proferir palestra para os estudantes do Curso de Jornalismo da Unifor, na próxima sexta-feira (21/8), no Teatro Celina Queiroz. O tema da palestra: “Por Um Mundo Melhor e com Menos Dívida”. Estarei lá.

Feira de negócios Apacace (Amigos e Parceiros de Calçados e Acessórios) encerrou programação, dia 13, doando sapatos e acessórios para o Lar Torres de Melo e o Lar Batista, que transformarão os produtos em renda para as duas entidades. O evento reuniu cerca de 1.000 pequenos e médios lojistas de Fortaleza, do interior do Ceará e dos estados do Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte. Segundo os coordenadores Carlos Pompeu e Clóvis Maia, a Apacace 2015 bateu recordes de participação e de vendas.

O Estado Verde (OeV) é uma iniciativa do Instituto Venelouis Xavier Pereira, com o apoio do jornal O Estado, para fomentar o desenvolvimento sustentável no Ceará. EDITORA Tarcilia Rego CONTEÚDO Equipe OeV. JORNALISTA Katy Araújo DIAGRAMAÇÃO E DESIGN J. Júnior e Vladimir Pezzole TELEFONES (85) 3033.7500/3033 7505 E (85) 8844.6873 ENDEREÇO Rua Barão de Aracati, 1320 — Aldeota, Fortaleza, CE — CEP 60.115-081. www.oestadoce.com.br/o-estado-verde

Dia 19 de agosto 80 anos Sinditêxtil:

manifesto “Valorização da Moda Local”

O ano de 2015 será marcado pela realização dos 80

anos do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral

do Estado do Ceará (Sinditêxtil--Ce), que vai comemorar com um

manifesto intitulado “Valorização da Moda Local”, identi� cado também pela sigla VML. O objetivo da ação é mobilizar a sociedade para o con-sumo da moda local, fomentando, consequentemente, a valorização dos elos que fazem a moda.

O movimento será anunciado no evento de lançamento do Ce-

ará Moda Contemporânea - Salão Nacional e Internacional de Moda e Negócios, dia 19 (quarta-feira), às 8h30, na cobertura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

Dia 20 de agosto

Fórum de Oportunidades de Negócios sobre Energias Renováveis

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) promove dia 20 (quinta-feira), a partir das 8h, no auditório Luiz Esteves Neto, na sede da Fiec, mais uma edição do Fórum de Oportunidades de Negócios em Energias Renováveis - Oportunida-des de Carreira. O objetivo é apre-sentar as demandas atuais e futuras de pessoal das empresas que atuam no setor, assim como as oportunida-des de carreira e a oferta de capacita-ção das várias instituições de ensino em ambos os níveis, de modo que o setor possa atrair e capacitar pro� s-sionais de elevado nível.

O moderador do evento será o presidente da Câmara Setorial das Energias Renováveis e também co-ordenador do Núcleo de Energia, Ju-randir Picanço. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail erbrilhante@s� ec.org.br.

21 de agostoDia da Habitação

Em referência a aprovação da Lei n°4.380 de21 de agosto de 1964, que criou o Sistema Financeira de Habi-tação (SFH), comemora-se todo 21 de agosto, o Dia Nacional da Ha-bitação. Além de criar o SFH, a Lei 4.380 facilita e promove a construção e a aquisição da casa própria ou mo-radia, especialmente pelas classes de menor renda da população.

De 18 a 20 de AgostoExposucata 2015

Começa em São Paulo a 10ª edição da EXPOSUCATA – Feira e Congres-so Internacional de Negócios da Indústria da Reciclagem apresen-ta sua décima edição. O evento que começou hoje, e segue até quinta--feira (20), no Imigrantes Exhibition & Convention Center, em São Paulo (SP). A Exposucata 2015 é um evento de negócios internacional – o maior e mais importante da América Latina – especialmente desenvolvido para pro� ssionais e empresas que buscam lucro com a reciclagem em escala in-dustrial.

Em paralelo acontece a EXPOLI-XO - Feira e Congresso Internacional de Negócios do Mercado de Limpeza Pública, Resíduos Urbanos e Indus-triais à Exposucata, juntamente com o Congresso Internacional de Negó-cios do Mercado de Limpeza Pública, Resíduos Urbanos e Industriais.Veja mais em: www.exposucata.com.br.

A temperatura da Terra já subiu quase 1%, desde a revolução industrial até agora. Por essa razão os países precisam entrar em um acordo e assinar ao final da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro próximo, em Paris, na França, aquele que já está sendo chamado

O novo documento substituirá o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005. Ao contrário do acordo anterior, que tinha metas específicas para um grupo de menos de 40 países desenvolvidos, o Protocolo de Paris será um acordo global que envolverá mais de 190 países que fazem parte da Conven-

O intuito é estabilizar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), “para que, ao final do século, não ultrapasse aquecimento superior a 2 graus Celsius (°C) em

Dia 19 de agosto 80 anos Sinditêxtil:

manifesto “Valorização da Moda Local”

anos do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral

do Estado do Ceará (Sinditêxtil--Ce), que vai comemorar com um

manifesto intitulado “Valorização da Moda Local”, identi� cado também pela sigla VML. O objetivo da ação é mobilizar a sociedade para o con-sumo da moda local, fomentando, consequentemente, a valorização dos elos que fazem a moda.

O movimento será anunciado no evento de lançamento do Ce-

REFLEXÃO: “O pessimista é aquele que transforma as oportunidades em dificuldades; o otimista é aquele que transforma as dificuldades em oportunidades.”

Harry Truman, 33º presidente dos EUA.

3VERDE

“C onstruindo Cidades Re-silientes: Minha cidade está se preparando” é uma iniciativa da Organi-

zação das Nações Unidas (ONU) que

promove e apresenta mensalmente, experiências sobre como os governos locais abordam a gestão de risco nas Américas. Em junho último, a cidade de Indaiatuba, em São Paulo, foi esco-lhida pela ONU como a cidade resi-liente do mês.

Mas o que é uma cidade resiliente?

Indaiatuba, a cidade mais resiliente do mês

POR TARCILIA REGO do OeV

Fortaleza é uma cidade resiliente? Segundo a secretária Águeda Muniz, que também é arquiteta e urbanista, “Fortaleza é, sem dúvidas, uma cidade resiliente, porque investe na recupe-ração de áreas naturais degradadas, como o Parque Rachel de Queiroz, na conservação de seus recursos hídricos, por meio dos Programas Águas da Cidade e de Drenagem Urbana, além de ter constituído um Programa de Ações para Gestão de Resíduos Sólidos, que conta com leis, coleta regular de pequenos geradores, fiscalização dos grandes geradores e a disponibilização para a Rede Catadores de três centros de triagem dos resíduos recicláveis.” A secretária citou, também, o Plano de Arborização de Fortaleza, instru-mento lançado em maio de 2014 para ordenar, sistematizar e incentivar o plantio de novas mudas na Capital cearense. “Em um ano de atividades, já conseguiu plantar 21 mil novas árvores.”

CAMPANHA GLOBAL

Cidade resiliente investe no planejamento e coloca o cidadão como a peça central de sua expansão ao contemplar o acesso e mobilidade de pessoas e bens

Fenômeno El Niño de 2015, um dos mais fortes da história, é batizado de Bruce Lee

E specialistas alertam que o fenôme-no climático El Niño, atualmente em curso, pode ser um dos mais fortes da história. Segundo clima-

tologistas, este já é o segundo mais potente registrado para esta época do ano.

Caracterizado por um aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na região tropical, o El Niño pode afetar o clima regional e global. Os principais efeitos são mudanças dos padrões de ven-to, com reflexos sobretudo sobre os regi-mes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

Bruce Lee Devido à sua provável potência, o El

Niño atual foi informalmente batizado de Bruce Lee, célebre ator de filmes de artes marciais, pelo blog da Noaa (agên-cia de atmosférica e de oceanos do go-verno dos EUA).

Segundo a agência, as temperaturas médias da superfície do mar em uma zona chave do Pacífico equatorial "poderiam al-cançar ou superar os 2 graus Celsius acima do normal, o que só foi registrado três ve-zes nos últimos 65 anos".

ExtremosUm El Niño mais intenso significa boas

notícias para algumas áreas do planeta, mas perspectivas de catástrofes climáticas para várias outras regiões. O fenômeno costuma tornar a temporada de furacões do Atlântico menos intensa. Já os ciclo-nes registrados no Pacífico costumam ficar bem mais fortes do que o habitual-mente registrado.

Cinco anos atrás, no último El Niño, houve uma série de eventos extremos, com destaque para secas anormais na Austrália, Filipinas e Equador, ondas de calor no Brasil e várias inundações no Mé-xico. Até agora, o El Niño mais forte já re-gistrado ocorreu em 1997 e 1998. Mas, ao contrário do deste ano, ele começou fraco e terminou intenso.

Para a titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seu-ma) , Águeda Muniz, “uma cidade re-siliente investe no planejamento e em ações que previnem as interferências humanas e naturais em impactos nos ambientes urbanos”.

E foi o que fez Indaiatuba quando em 2005, após os efeitos de um tornado – um evento raro na região – a adminis-tração da cidade, entendeu, segundo a ONU, “que resiliência significa que todas as ações devem ser orientadas para o desenvolvimento humano, além do bem-estar coletivo”. Ou seja, devem reforçar as ações, no estado de norma-lidade, para diminuir as diferenças so-cioeconômicas e atender as demandas de planejamento de infraestrutura.

“A cidade colocou o cidadão como a peça central de sua expansão ao con-templar o acesso e mobilidade de pes-soas e bens e o desenvolvimento hu-mano sustentável como parte integral desta ampliação e não apenas focar em um crescimento físico espacial.”

Marco de Sendai O mundo agora tem um novo Mar-

co Global para tratar a questão da re-siliência, é o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015 – 2030, aprovado na Terceira Conferên-cia Mundial das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres rea-lizada em março deste ano, na cidade de Sendai, no Japão.

O novo Marco tem como meta al-cançar nos próximos 15 anos: A redu-ção substancial dos riscos de desastres e perdas de vida, meios de subsistên-cia e saúde e dos ativos econômicos, físicos, sociais, culturais e ambientais das pessoas, empresas, comunidades e países. Tem, também, um foco maior na prevenção do risco, estabelece di-retrizes principais, propõe sete me-tas, estabelece uma articulação clara entre as ações a nível nacional, local e regional e global, destaca as ações de reconstrução e saúde, e define as responsabilidades de todas as par-tes interessadas.

FOTO DIVULGAÇÃO

Page 4: O Estado Verde 18/08/2015

4 VERDE

A segunda chamada pública anual do tradicional Edital de Apoio a Projetos de Conservação da Fundação Grupo Boticário de

Proteção à Natureza está com inscrições abertas até 31 de agosto. Para essa edição, serão selecionadas pesquisas no ecossis-tema marinho e costeiro brasileiro. Nes-ses ambientes, são elegíveis iniciativas em todos os estados do país.

A preservação desses ambientes ga-rante a proteção da biodiversidade de diversas espécies, como os cavalos-ma-rinhos e toninhas; e ambientes naturais, como os manguezais e as restingas. Além disso, representa melhor quali-dade de vida para mais 50 milhões de brasileiros que vivem na costa do país.

O apoio a pesquisas em um ecossis-tema específico visa potencializar a ge-ração de conhecimento e consequentes aplicações práticas na região prioritária, gerando resultados efetivos para a con-servação. “Dessa forma, complemen-tamos os esforços públicos de prote-ção dos ambientes relacionados a esse ecossistema e contribuímos para que o país cumpra as metas internacionais das quais é signatário”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, organização sem fins lucra-tivos cuja missão é promover e realizar

ações de conservação da natureza.As linhas de apoio do Edital e o pro-

cesso de inscrição estão disponíveis na seção ‘Editais’ do site www.fundacaogru-poboticario.org.br. Para detalhes adicio-nais, basta encaminhar um e-mail para: [email protected]

Ambiente sensível O litoral brasileiro, um dos mais ricos

do mundo em biodiversidade, e com de cerca de sete mil quilômetros quadrados de extensão, nos quais vivem mais de mil espécies de fauna e flora. Além dis-so, as áreas de estuários e mangues são consideradas berçários da vida marinha e barreiras naturais contra alagamentos e marés altas, essenciais para o equilíbrio da biodiversidade e para a qualidade de vida das populações de seu entorno.

Malu alerta os impactos sobre os ambientes costeiros do Brasil como a pesca industrial excessiva, poluição e ocupações. “Isso compromete a con-servação do ambiente natural e de sua biodiversidade, além do bem-estar das populações que vivem próximas a esses ambientes.” Segundo o Ministério do Meio Ambiente, apenas 1,57% dos cerca de 3,5 milhões de km2 do mar sob ju-risdição do Brasil estão protegidos por unidades de conservação.

Crimes Ambientais A Lei de Crimes Ambientais (Lei N.º

9.605/98), tipifica os crimes e os clas-sifica em cinco tipos diferentes, quais sejam: crimes contra a fauna, contra a flora, poluição ambiental (da água, do ar etc), contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural. Para crimes con-siderados teoricamente de menor lesivi-dade, assim como infrações administra-tivas e quaisquer ações ou omissões que violem regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente, a Lei de Crimes Am-bientais disciplinou-os em seus artigos. 70 a 76, havendo ainda regulamentação pelo Decreto nº. 6.514.

Contra a fauna Os artigos 29 a 37 da LCA definem:

são as agressões cometidas contra ani-mais silvestres, nativos ou em rota mi-gratória, como a caça, pesca, transporte e a comercialização sem autorização; os maus-tratos; a realização experiências dolorosas ou cruéis com animais quan-do existe outro meio, independente do fim. Também estão incluídas as agres-sões aos habitats naturais dos animais, como a modificação, danificação ou destruição de seu ninho, abrigo ou cria-douro natural. A introdução de espé-cimes animal estrangeiras no país sem a devida autorização também é consi-derado crime ambiental, assim como a morte de espécimes devido à poluição.

Contra a flora Os artigos 38 a 53 da LCA inscrevem:

Causar destruição ou dano a vegetação

de Áreas de Preservação Permanente -APP em qualquer estágio, ou a Unida-des de Conservação; provocar incêndio em mata ou floresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocá-lo em qualquer área; extração, corte, aquisição, venda, exposição para fins comerciais de madeira, lenha, car-vão e outros produtos de origem ve-getal sem a devida autorização ou em desacordo com esta; extrair de flores-tas de domínio público ou de preser-vação permanente pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineral; impedir ou dificultar a regeneração natural de qualquer forma de vegetação; destruir, danificar, lesar ou maltratar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia; co-mercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização.

Poluição ambiental Os artigos 54 a 61 da LCA tratam das

atividades poluidoras. As atividades hu-manas produzem poluentes (lixo, resí-duos, e afins), no entanto, apenas será considerado crime ambiental passível de apenamento a poluição acima dos limites estabelecidos por lei. Além des-ta, também é criminosa a poluição que provoque ou possa provocar danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa da flora. As-sim como, aquela que torne locais im-próprios para uso ou ocupação humana, a poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público e a não adoção de medidas preventivas em caso de risco de dano ambiental gra-ve ou irreversível.

[email protected]

Projetos serão selecionados em chamada pública

CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Edital já está aberto e iniciativas do litoral podem se inscrever até 31 de agosto

Metas de Aichi O edital também busca contribuir para que o Brasil cumpra as vinte Metas de

Aichi, de� nidas em 2010, durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em Nagoya, Província de Aichi, no Japão. Algumas metas envolvem o ecossistema marinho, como a 11ª, que indica que até 2020, pelo menos, 10% das áreas costeiras e marinhas devem ser conservadas, por meio de áreas de proteção.

Reunidas em cinco objetivos estratégicos, as Metas de Aichi buscam estabe-lecer ações concretas para deter a perda da biodiversidade planetária fazem re-ferência à conservação da biodiversidade, e são a base do planejamento vigente relacionado à implementação da CDB.

CRIMES AMBIENTAIS NO ORDENAMENTO JURÍDICO Considerado bem fundamental para a existência humana, o meio ambiente

é assim compreendido de forma ampla pelo ordenamento jurídico brasileiro, em especial pela Carta Magna de 1988, dita Constituição Cidadã. O artigo 225 de nossa Lei Maior assim o expressa de forma inequívoca. Ali está posto e re-conhecido o direito das pessoas a um meio ambiente sadio,o que, em suma, significa o direito à vida, seja pelo aspecto da própria existência física e saúde dos seres humanos, seja quanto à dignidade desta existência, medida pela qua-lidade de vida. Este reconhecimento impõe ao Poder Público e à coletividade a responsabilidade pela proteção ambiental. Na legislação infraconstitucional destacamos a Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, denominada Lei dos Cri-mes Ambientais, a qual estipula as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

5VERDE

Projetos serão selecionados em chamada pública

O ano de 2015 poderá - e deverá - tornar-se decisivo para a ação no combate às mudanças cli-máticas. Trata-se, efetivamente,

de um problema muito sério, de âmbito global e de solução extremamente com-plexa, exigindo esforço concentrado de todos os países. Por esta razão, a nego-ciação climática internacional tem cará-ter diplomático e é conduzida pela Or-ganização das Nações Unidas (ONU).

A conferência da entidade sobre o clima (COP 21) ocorrerá em Paris em dezembro e reunirá uma série de assun-tos que foram discutidos ao longo dos últimos anos. Espera-se do encontro um novo acordo entre os países, que deverá trazer ações efetivas para conter as emis-sões de gases de efeito de estufa para a at-mosfera e que vigorará a partir de 2020.

Alcançando alto desempenho com o LEED

ARTIGOPedro Sirgado

Diretor do Instituto EDP

Não tenhamos mais ilusões: a crise ambiental está relacionada com todos, seja por suas escolhas e comportamentos de consumo, seja por suas opções políticas.

Mais empresas passam a publicar as emissões de gases de efeito estufa

O Programa Brasileiro GHG Pro-tocol, maior iniciativa da Amé-rica do Sul para a publicação de inventários corporativos de

Gases de Efeito Estufa (GEE), realizou no dia 11, em São Paulo (SP), a 7ª edi-ção do evento anual. Na ocasião, foram publicados 313 inventários – sendo 133 de organizações membros da iniciativa.

Coordenada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da EAES-P-FGV, a iniciativa tem como objetivo a difusão da cultura de realização de inventários de GEE entre organiza-

ções brasileiras e, desde sua criação em 2008, possui em seu Registro Públi-co de Emissões de GEE mais de 1.100 inventários de GEE disponíveis para consulta. O Registro Público de Emis-sões permite ao participante do Progra-ma declarar, contabilizar e registrar as emissões e gerar Relatório Público que apresenta uma síntese dos dados decla-rados e dos indicadores de intensidade do participante.

LC Corporate Green é o primeiro edifício do N/NE a receber certi� cado LEED de sustentabilidade

O empreendimento LC Cor-porate Green Tower, construído pela Luciano Cavalcante Imóveis, re-

cebeu este mês o selo de susten-tabilidade Leadrship in Energy and Enviromental Design (LEED) na categoria Silver (Prata) e se tornou o primei-ro edifício comercial do Nor-te e Nordeste a conquistar o certificado concedido pela US Green Building Council (USGBC). Loca-

lizado a duas quadras da Beira Mar, o LC Corporate, desde o seu planejamen-

to, adequou-se às exigências para a obtenção do Selo LEED, atin-gindo um total de 55 pontos na avaliação, recebendo a cer-tificação Silver. Entre os crité-rios observados pela USGBC estão a aplicação de projetos de eficiência energética, uso

racional de água, aprovei-tamento de materiais,

espaço sustentável e tecnologia.

Um exemplo disso foi a recente visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos. Na reunião, realizada em ju-nho, ela e o presidente Barack Obama firmaram um pacto para aumentar o percentual de energia renovável usada na matriz energética dos dois países.

Dos atuais 7% para 20% em 2030, isso sem levar em conta os 60% da ge-ração hidrelétrica. Além disso, a man-datária brasileira se comprometeu, no período de 15 anos, a zerar o desma-tamento ilegal, o que representaria um grande avanço.

Esta preocupação tem fundamento, já que as alterações do clima, em gran-de parte, são causadas pela produção e o consumo desenfreado de países de-senvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos. O país já sofre com os efeitos de um clima mais agressivo (seria, já sofre com reflexos climáticos agres-sivos?), mas, ao contrário das nações mais pobres, os americanos dispõem de condições econômicas para se adaptar e propor ações que mitiguem os impactos para sua população.

Por isso, as mudanças climáticas ga-nharam contornos de injustiça social e mereceram a atenção do Papa Francis-co. O pontífice publicou uma importan-te encíclica, com enorme repercussão mundial, e que terá um efeito mobiliza-dor, não só nas discussões no âmbito po-lítico, mas também no meio empresarial e nas conversas de cidadãos comuns.

Em sua análise sobre o meio ambien-te, o Papa diz que “o progresso huma-no autêntico possui um caráter moral e pressupõe o pleno respeito pela pessoa humana, mas deve prestar atenção tam-bém ao mundo natural” e, como já disse João Paulo II, “ter em conta a natureza de cada ser e as ligações mútuas entre

todos, num sistema ordenado”.Não tenhamos mais ilusões: a crise

ambiental está relacionada com todos, seja por suas escolhas e comportamen-tos de consumo, seja por suas opções políticas. Temos responsabilidades indi-viduais; nas sociedades mais desenvol-vidas, podemos escolher o quê, quando e como consumir - premiando produtos e serviços com menor impacto ambien-tal e social. Há informações suficientes para que possamos consumir de manei-ra mais consciente e responsável.

Por outro lado, um acordo climático internacional que resulte em um texto com ações praticáveis, depende da von-tade dos países e de seus cidadãos. Nas democracias, delegamos aos políticos esta responsabilidade e se, como dize-mos, não existe vontade política, temos também responsabilidades individuais, já que escolhemos os políticos e pode-mos influenciar suas decisões.

Os grandes problemas ambientais do passado eram, geralmente, locais; um determinado foco de poluição, conta-minava a área envolvente e, em situa-ções mais extremas, regiões mais vastas. A alteração do clima é um fenómeno global, pois os gases de efeito estufa não reconhecem fronteiras. Finalmen-te, precisamos entender que o planeta constitui um todo, interligando nossas ações e consequências globais.

Assim, espera-se que na Conferência do Clima em Paris no final deste ano, diplomatas do mundo inteiro discutam, em nome dos cidadãos do mundo intei-ro, o futuro de nosso planeta, tal como o conhecemos hoje. É imperativo que to-dos tenhamos consciência do momento e, pelo menos, busquemos estar infor-mados para podermos cobrar ações efe-tivas dos nossos governantes.

Além das discussões lideradas pela ONU, muitos países se reúnem para debater soluções para as mudanças cli-máticas e definir ações em conjunto.

O ano de 2015 poderá - e deverá

Alcançando alto desempenho com o LEED

porate Green Tower, construído pela Luciano Cavalcante Imóveis, re-

cebeu este mês o selo de susten-tabilidade Leadrship in Energy and Enviromental Design (LEED) na categoria Silver (Prata) e se tornou o primei-ro edifício comercial do Nor-te e Nordeste a conquistar

Corporate, desde o seu planejamen-to, adequou-se às exigências para

a obtenção do Selo LEED, atin-gindo um total de 55 pontos na avaliação, recebendo a cer-tificação Silver. Entre os crité-rios observados pela USGBC estão a aplicação de projetos de eficiência energética, uso

racional de água, aprovei-

FOTO DIVULGAÇÃO

Page 5: O Estado Verde 18/08/2015

4 VERDE

A segunda chamada pública anual do tradicional Edital de Apoio a Projetos de Conservação da Fundação Grupo Boticário de

Proteção à Natureza está com inscrições abertas até 31 de agosto. Para essa edição, serão selecionadas pesquisas no ecossis-tema marinho e costeiro brasileiro. Nes-ses ambientes, são elegíveis iniciativas em todos os estados do país.

A preservação desses ambientes ga-rante a proteção da biodiversidade de diversas espécies, como os cavalos-ma-rinhos e toninhas; e ambientes naturais, como os manguezais e as restingas. Além disso, representa melhor quali-dade de vida para mais 50 milhões de brasileiros que vivem na costa do país.

O apoio a pesquisas em um ecossis-tema específico visa potencializar a ge-ração de conhecimento e consequentes aplicações práticas na região prioritária, gerando resultados efetivos para a con-servação. “Dessa forma, complemen-tamos os esforços públicos de prote-ção dos ambientes relacionados a esse ecossistema e contribuímos para que o país cumpra as metas internacionais das quais é signatário”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, organização sem fins lucra-tivos cuja missão é promover e realizar

ações de conservação da natureza.As linhas de apoio do Edital e o pro-

cesso de inscrição estão disponíveis na seção ‘Editais’ do site www.fundacaogru-poboticario.org.br. Para detalhes adicio-nais, basta encaminhar um e-mail para: [email protected]

Ambiente sensível O litoral brasileiro, um dos mais ricos

do mundo em biodiversidade, e com de cerca de sete mil quilômetros quadrados de extensão, nos quais vivem mais de mil espécies de fauna e flora. Além dis-so, as áreas de estuários e mangues são consideradas berçários da vida marinha e barreiras naturais contra alagamentos e marés altas, essenciais para o equilíbrio da biodiversidade e para a qualidade de vida das populações de seu entorno.

Malu alerta os impactos sobre os ambientes costeiros do Brasil como a pesca industrial excessiva, poluição e ocupações. “Isso compromete a con-servação do ambiente natural e de sua biodiversidade, além do bem-estar das populações que vivem próximas a esses ambientes.” Segundo o Ministério do Meio Ambiente, apenas 1,57% dos cerca de 3,5 milhões de km2 do mar sob ju-risdição do Brasil estão protegidos por unidades de conservação.

Crimes Ambientais A Lei de Crimes Ambientais (Lei N.º

9.605/98), tipifica os crimes e os clas-sifica em cinco tipos diferentes, quais sejam: crimes contra a fauna, contra a flora, poluição ambiental (da água, do ar etc), contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural. Para crimes con-siderados teoricamente de menor lesivi-dade, assim como infrações administra-tivas e quaisquer ações ou omissões que violem regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente, a Lei de Crimes Am-bientais disciplinou-os em seus artigos. 70 a 76, havendo ainda regulamentação pelo Decreto nº. 6.514.

Contra a fauna Os artigos 29 a 37 da LCA definem:

são as agressões cometidas contra ani-mais silvestres, nativos ou em rota mi-gratória, como a caça, pesca, transporte e a comercialização sem autorização; os maus-tratos; a realização experiências dolorosas ou cruéis com animais quan-do existe outro meio, independente do fim. Também estão incluídas as agres-sões aos habitats naturais dos animais, como a modificação, danificação ou destruição de seu ninho, abrigo ou cria-douro natural. A introdução de espé-cimes animal estrangeiras no país sem a devida autorização também é consi-derado crime ambiental, assim como a morte de espécimes devido à poluição.

Contra a flora Os artigos 38 a 53 da LCA inscrevem:

Causar destruição ou dano a vegetação

de Áreas de Preservação Permanente -APP em qualquer estágio, ou a Unida-des de Conservação; provocar incêndio em mata ou floresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocá-lo em qualquer área; extração, corte, aquisição, venda, exposição para fins comerciais de madeira, lenha, car-vão e outros produtos de origem ve-getal sem a devida autorização ou em desacordo com esta; extrair de flores-tas de domínio público ou de preser-vação permanente pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineral; impedir ou dificultar a regeneração natural de qualquer forma de vegetação; destruir, danificar, lesar ou maltratar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia; co-mercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização.

Poluição ambiental Os artigos 54 a 61 da LCA tratam das

atividades poluidoras. As atividades hu-manas produzem poluentes (lixo, resí-duos, e afins), no entanto, apenas será considerado crime ambiental passível de apenamento a poluição acima dos limites estabelecidos por lei. Além des-ta, também é criminosa a poluição que provoque ou possa provocar danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa da flora. As-sim como, aquela que torne locais im-próprios para uso ou ocupação humana, a poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público e a não adoção de medidas preventivas em caso de risco de dano ambiental gra-ve ou irreversível.

[email protected]

Projetos serão selecionados em chamada pública

CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Edital já está aberto e iniciativas do litoral podem se inscrever até 31 de agosto

Metas de Aichi O edital também busca contribuir para que o Brasil cumpra as vinte Metas de

Aichi, de� nidas em 2010, durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em Nagoya, Província de Aichi, no Japão. Algumas metas envolvem o ecossistema marinho, como a 11ª, que indica que até 2020, pelo menos, 10% das áreas costeiras e marinhas devem ser conservadas, por meio de áreas de proteção.

Reunidas em cinco objetivos estratégicos, as Metas de Aichi buscam estabe-lecer ações concretas para deter a perda da biodiversidade planetária fazem re-ferência à conservação da biodiversidade, e são a base do planejamento vigente relacionado à implementação da CDB.

CRIMES AMBIENTAIS NO ORDENAMENTO JURÍDICO Considerado bem fundamental para a existência humana, o meio ambiente

é assim compreendido de forma ampla pelo ordenamento jurídico brasileiro, em especial pela Carta Magna de 1988, dita Constituição Cidadã. O artigo 225 de nossa Lei Maior assim o expressa de forma inequívoca. Ali está posto e re-conhecido o direito das pessoas a um meio ambiente sadio,o que, em suma, significa o direito à vida, seja pelo aspecto da própria existência física e saúde dos seres humanos, seja quanto à dignidade desta existência, medida pela qua-lidade de vida. Este reconhecimento impõe ao Poder Público e à coletividade a responsabilidade pela proteção ambiental. Na legislação infraconstitucional destacamos a Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, denominada Lei dos Cri-mes Ambientais, a qual estipula as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

5VERDE

Projetos serão selecionados em chamada pública

O ano de 2015 poderá - e deverá - tornar-se decisivo para a ação no combate às mudanças cli-máticas. Trata-se, efetivamente,

de um problema muito sério, de âmbito global e de solução extremamente com-plexa, exigindo esforço concentrado de todos os países. Por esta razão, a nego-ciação climática internacional tem cará-ter diplomático e é conduzida pela Or-ganização das Nações Unidas (ONU).

A conferência da entidade sobre o clima (COP 21) ocorrerá em Paris em dezembro e reunirá uma série de assun-tos que foram discutidos ao longo dos últimos anos. Espera-se do encontro um novo acordo entre os países, que deverá trazer ações efetivas para conter as emis-sões de gases de efeito de estufa para a at-mosfera e que vigorará a partir de 2020.

Alcançando alto desempenho com o LEED

ARTIGOPedro Sirgado

Diretor do Instituto EDP

Não tenhamos mais ilusões: a crise ambiental está relacionada com todos, seja por suas escolhas e comportamentos de consumo, seja por suas opções políticas.

Mais empresas passam a publicar as emissões de gases de efeito estufa

O Programa Brasileiro GHG Pro-tocol, maior iniciativa da Amé-rica do Sul para a publicação de inventários corporativos de

Gases de Efeito Estufa (GEE), realizou no dia 11, em São Paulo (SP), a 7ª edi-ção do evento anual. Na ocasião, foram publicados 313 inventários – sendo 133 de organizações membros da iniciativa.

Coordenada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da EAES-P-FGV, a iniciativa tem como objetivo a difusão da cultura de realização de inventários de GEE entre organiza-

ções brasileiras e, desde sua criação em 2008, possui em seu Registro Públi-co de Emissões de GEE mais de 1.100 inventários de GEE disponíveis para consulta. O Registro Público de Emis-sões permite ao participante do Progra-ma declarar, contabilizar e registrar as emissões e gerar Relatório Público que apresenta uma síntese dos dados decla-rados e dos indicadores de intensidade do participante.

LC Corporate Green é o primeiro edifício do N/NE a receber certi� cado LEED de sustentabilidade

O empreendimento LC Cor-porate Green Tower, construído pela Luciano Cavalcante Imóveis, re-

cebeu este mês o selo de susten-tabilidade Leadrship in Energy and Enviromental Design (LEED) na categoria Silver (Prata) e se tornou o primei-ro edifício comercial do Nor-te e Nordeste a conquistar o certificado concedido pela US Green Building Council (USGBC). Loca-

lizado a duas quadras da Beira Mar, o LC Corporate, desde o seu planejamen-

to, adequou-se às exigências para a obtenção do Selo LEED, atin-gindo um total de 55 pontos na avaliação, recebendo a cer-tificação Silver. Entre os crité-rios observados pela USGBC estão a aplicação de projetos de eficiência energética, uso

racional de água, aprovei-tamento de materiais,

espaço sustentável e tecnologia.

Um exemplo disso foi a recente visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos. Na reunião, realizada em ju-nho, ela e o presidente Barack Obama firmaram um pacto para aumentar o percentual de energia renovável usada na matriz energética dos dois países.

Dos atuais 7% para 20% em 2030, isso sem levar em conta os 60% da ge-ração hidrelétrica. Além disso, a man-datária brasileira se comprometeu, no período de 15 anos, a zerar o desma-tamento ilegal, o que representaria um grande avanço.

Esta preocupação tem fundamento, já que as alterações do clima, em gran-de parte, são causadas pela produção e o consumo desenfreado de países de-senvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos. O país já sofre com os efeitos de um clima mais agressivo (seria, já sofre com reflexos climáticos agres-sivos?), mas, ao contrário das nações mais pobres, os americanos dispõem de condições econômicas para se adaptar e propor ações que mitiguem os impactos para sua população.

Por isso, as mudanças climáticas ga-nharam contornos de injustiça social e mereceram a atenção do Papa Francis-co. O pontífice publicou uma importan-te encíclica, com enorme repercussão mundial, e que terá um efeito mobiliza-dor, não só nas discussões no âmbito po-lítico, mas também no meio empresarial e nas conversas de cidadãos comuns.

Em sua análise sobre o meio ambien-te, o Papa diz que “o progresso huma-no autêntico possui um caráter moral e pressupõe o pleno respeito pela pessoa humana, mas deve prestar atenção tam-bém ao mundo natural” e, como já disse João Paulo II, “ter em conta a natureza de cada ser e as ligações mútuas entre

todos, num sistema ordenado”.Não tenhamos mais ilusões: a crise

ambiental está relacionada com todos, seja por suas escolhas e comportamen-tos de consumo, seja por suas opções políticas. Temos responsabilidades indi-viduais; nas sociedades mais desenvol-vidas, podemos escolher o quê, quando e como consumir - premiando produtos e serviços com menor impacto ambien-tal e social. Há informações suficientes para que possamos consumir de manei-ra mais consciente e responsável.

Por outro lado, um acordo climático internacional que resulte em um texto com ações praticáveis, depende da von-tade dos países e de seus cidadãos. Nas democracias, delegamos aos políticos esta responsabilidade e se, como dize-mos, não existe vontade política, temos também responsabilidades individuais, já que escolhemos os políticos e pode-mos influenciar suas decisões.

Os grandes problemas ambientais do passado eram, geralmente, locais; um determinado foco de poluição, conta-minava a área envolvente e, em situa-ções mais extremas, regiões mais vastas. A alteração do clima é um fenómeno global, pois os gases de efeito estufa não reconhecem fronteiras. Finalmen-te, precisamos entender que o planeta constitui um todo, interligando nossas ações e consequências globais.

Assim, espera-se que na Conferência do Clima em Paris no final deste ano, diplomatas do mundo inteiro discutam, em nome dos cidadãos do mundo intei-ro, o futuro de nosso planeta, tal como o conhecemos hoje. É imperativo que to-dos tenhamos consciência do momento e, pelo menos, busquemos estar infor-mados para podermos cobrar ações efe-tivas dos nossos governantes.

Além das discussões lideradas pela ONU, muitos países se reúnem para debater soluções para as mudanças cli-máticas e definir ações em conjunto.

O ano de 2015 poderá - e deverá

Alcançando alto desempenho com o LEED

porate Green Tower, construído pela Luciano Cavalcante Imóveis, re-

cebeu este mês o selo de susten-tabilidade Leadrship in Energy and Enviromental Design (LEED) na categoria Silver (Prata) e se tornou o primei-ro edifício comercial do Nor-te e Nordeste a conquistar

Corporate, desde o seu planejamen-to, adequou-se às exigências para

a obtenção do Selo LEED, atin-gindo um total de 55 pontos na avaliação, recebendo a cer-tificação Silver. Entre os crité-rios observados pela USGBC estão a aplicação de projetos de eficiência energética, uso

racional de água, aprovei-

FOTO DIVULGAÇÃO

Page 6: O Estado Verde 18/08/2015

6 VERDE

EMPREENDIMENTO SUSTENTÁVEL

Shopping RioMar Fortaleza, que economiza até 35% de energia por mês, foi construído considerando as tecnologias limpas, por isso, já nasceu certificado

A responsabilidade socioambiental por trás de um templo do consumo

S upõe-se que a cada 30 dias, em todo o mundo, algo em torno de 1,35 bilhões de pessoas vão ao shopping center, consumir. Mas

o que têm esses espaços, considerados por muitos, os “templos do consumo”, para atrair e seduzir tanta gente? Certa-mente porque precisam de algo, seja um produto ou um serviço, e nada como ir ao shopping, onde é possível encontrar uma combinação de conforto, praticida-de e segurança, além de muita coisa para ser consumida.

Mas, por trás do conforto, praticidade e segurança que esse tipo de empreendi-mento proporciona , existe algo muito maior do que a bela arquitetura, deco-ração e o consumo, existe a premissa da responsabilidade socioambiental, como é o caso do RioMar Shopping Fortaleza.

Em operação há quase um ano, ele já foi concebido, de acordo com o ge-rente de desenvolvimento socioam-biental do Grupo JCPM (João Carlos Paes Mendonça), Sérgio Maffioletti , levando em consideração as caracte-rísticas físico-geográficas do entor-no onde foi construído, associadas às modernas tecnologias chamadas de limpas. “Ele nasceu com a certificação de sustentabilidade AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental), alcançada nas etapas de projeto e construção.”

Atualmente, o shopping está em processo para a validação da mesma certificação, mas em caráter defini-tivo, ou seja, a de operação. Significa que está buscando certificar um siste-ma de qualidade estruturado de con-formidade ambiental e que atende re-quisitos previamente definidos e que é competente para realizar suas ativida-des com confiança.

A certificação AQUA é concedi-da pela Fundação Vanzolini e leva em consideração rigorosos critérios de sus-tentabilidade, que incluem a redução dos impactos ambientais e as melhores condições de conforto e saúde do edifí-cio ao longo do ciclo de vida. No último dia 11 de agosto, membros da Fundação visitaram as instalações do RioMar para as devidas vistorias de avaliações.

O coordenador executivo, Manuel Carlos Reis Martins, da Fundação Van-zolini, explica que a certificar é um meio de reconhecer publicamente que foram de fato desenvolvidos os proces-sos, desde o projeto até a construção e depois na operação do shopping, com menor impacto sobre o meio ambien-te. “Consome menos recursos, menos energia, menos água e proporciona mais conforto e saúde para quem tra-balha e frequenta o empreendimento.”

Mais do que atender requisitos e ter ganhos de imagem, a certificação signi-fica, de acordo com o gerente Maffio-letti, um dos diferenciais do empreen-dimento comercial que é “apresentar ao cliente, não apenas um ambiente propício ao consumo, com lazer e com qualidade, mas que também expresse o compromisso socioambiental que o shopping tem em relação ao cliente e à comunidade”.

Entre as categorias observadas como excelente pelo Processo AQUA, estão às relações do edifício com o entorno, gestão de água, energia e de resíduos na operação. Quanto a isso o, Maffioletti e o coordenador de Desenvolvimento Socioambiental, Fabiano Mehmeri, do Grupo JCPM, apresentou para a equipe do caderno O Estado Verde, com exclu-sividade as instalações sustentáveis do primeiro shopping do Grupo, no Ceará, e considerado um dos mais modernos centro de compras do País.

Por KATY KAROLINEEdição TARCILIA REGO

FOTO BETH DREHER

7VERDE

Sérgio Maffioletti

Ele nasceu com a certificação de sustentabilidade AQUA-HQE

RESÍDUOSO RioMar também possui uma Cen-

tral de Resíduos, que recebe, segregar e destina cerca de 70% do lixo para a re-ciclagem. A Central estava funcionando em fase de teste, mas, no final de julho já estáva funcionando plenamente. Ao longo do semestre, ainda na experimen-tal, foram arrecadadas 153 toneladas de material reciclado, entre papel, papelão, plástico, vidro, metal e alumínio.

A administração do espaço é feita pela Cooperativa de Desenvolvimento So-cioambiental Sustentável Nossa Senho-ra Aparecida em pareceria com a ONG Instituto Internacional de Pesquisa e Responsabilidade Socioambiental Chico Mendes, e toda a renda arrecadada com a venda do material reciclado é para os próprios cooperados. A Cooperativa é formada por catadores da Comunidade do Pau Fininho e, atualmente, cerca de 30 famílias estão sendo beneficiadas com a renda gerada pela Central.

A catadora Antônia da Silva Barroso, moradora do Pau Fininho, trabalha na Central de Resíduos desde outubro de 2014, e disse à nossa reportagem que “gosta muito” de trabalhar neste setor

do shopping. “É tudo muito organiza-do, nem parece que estou trabalhando com lixo”, disse , destacando o senti-mento de pertencimento em relação ao local. “Trabalho aqui desde o início, sou pensionista, mas é com este trabalho que completo minha renda e vivo mais tranquila, agora”.

Sérgio explica que durante a constru-ção do shopping boa parte dos resíduos (obra e administração do canteiro) foi encaminhada para os catadores do Ins-tituto Chico Mendes e para o programa Ecoelce da Coelce. No entanto, com a proximidade da operação do shopping foi percebido a necessidade da Central de Resíduos dentro do empreendimen-to. “Para garantir o gerenciamento da central, o Instituto garantiu a formação da cooperativa”.

Atualmente, o shopping possui também uma parceria com Programa Ecoelce, da Companhia Energética do Ceará (Coelce) que troca os resíduos dos clientes por bônus na conta de luz. Além de oferecer os descontos na conta, o programa garante a destinação corre-ta dos recicláveis contribuindo para a melhoria do meio ambiente.

ENERGIASegundo Maffioletti, o empreendi-

mento economiza até 35% de energia, por mês. E isso é possível por que a estrutura foi planejada e construída de modo a maximizar o aproveitamento de iluminação natural que ilumina o shopping durante 60% do dia. Além disso, a utilização de lâmpadas fluo-rescentes compactas ou de nível LED, também impacta na economia de ener-gia em 19%.

“O teto de vidro tem a proposta não só de permitir essa entrada de luz na-tural, mas permitir que o calor não entre. A gente tem a transferência da frequência luminosa, mas no entanto, não temos a transmissão da frequên-cia térmica, porque existe um vidro que ele possui camadas que garantem a não transmissão de calor. Então, au-tomaticamente o sistema de refrigera-ção trabalha menos para garantir mais conforto hidrotérmico, ou seja, tempe-ratura e umidade”.

O sistema de ar-condicionado, tam-

ÁGUAEm relação ao consumo de água, o

uso de sanitários a vácuo e os sensores nas torneiras e mictórios garantem a economia de até 86% em comparação aos sistemas convencionais. De acordo com o gerente, ao invés de usar água para a saída do efluente, é usado força do vá-cuo. “O aparelho convencional usa de 3 a 6 litros de água, esse usa no máximo 1 litro por sanitário. Então, a economia vem do uso desse equipamento”, ressalta.

“Além disso, o shopping usa um sis-tema de irrigação automatizado, com estação meteorológica, programada para irrigar de acordo com as condições cli-

máticas, nos horários mais adequados para não acarretar perdas por evapora-ção, além do uso e água dos poços locais.”

Antônia da Silva Barroso, moradora do Pau Fininho trabalha na Central de Resíduos desde outubro de 2014

Sistema de esgoto a vácuo demandará 80% menos de água para descargas.

bém é garantia de ecoeficiência, utili-za água gelada e vigas frias, que otimizam a climatização com menor consumo elétrico. “Essa água gelada é acumulada em tanques. A água circula por serpentinas, que são as chamadas vigas frias, e isso garante uma menor utilidade desses refrige-radores, que trabalham durante o dia, mas no período do final da tarde até o final do expediente nós trabalhamos somente com o tanque de água gelada”, explica Maffioletti.

FOTO BETH DREHER FOTO BETH DREHER

Page 7: O Estado Verde 18/08/2015

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Sérgio Maffioletti

Ele nasceu com a certificação de sustentabilidade AQUA-HQE

RESÍDUOSO RioMar também possui uma Cen-

tral de Resíduos, que recebe, segregar e destina cerca de 70% do lixo para a re-ciclagem. A Central estava funcionando em fase de teste, mas, no final de julho já estáva funcionando plenamente. Ao longo do semestre, ainda na experimen-tal, foram arrecadadas 153 toneladas de material reciclado, entre papel, papelão, plástico, vidro, metal e alumínio.

A administração do espaço é feita pela Cooperativa de Desenvolvimento So-cioambiental Sustentável Nossa Senho-ra Aparecida em pareceria com a ONG Instituto Internacional de Pesquisa e Responsabilidade Socioambiental Chico Mendes, e toda a renda arrecadada com a venda do material reciclado é para os próprios cooperados. A Cooperativa é formada por catadores da Comunidade do Pau Fininho e, atualmente, cerca de 30 famílias estão sendo beneficiadas com a renda gerada pela Central.

A catadora Antônia da Silva Barroso, moradora do Pau Fininho, trabalha na Central de Resíduos desde outubro de 2014, e disse à nossa reportagem que “gosta muito” de trabalhar neste setor

do shopping. “É tudo muito organiza-do, nem parece que estou trabalhando com lixo”, disse , destacando o senti-mento de pertencimento em relação ao local. “Trabalho aqui desde o início, sou pensionista, mas é com este trabalho que completo minha renda e vivo mais tranquila, agora”.

Sérgio explica que durante a constru-ção do shopping boa parte dos resíduos (obra e administração do canteiro) foi encaminhada para os catadores do Ins-tituto Chico Mendes e para o programa Ecoelce da Coelce. No entanto, com a proximidade da operação do shopping foi percebido a necessidade da Central de Resíduos dentro do empreendimen-to. “Para garantir o gerenciamento da central, o Instituto garantiu a formação da cooperativa”.

Atualmente, o shopping possui também uma parceria com Programa Ecoelce, da Companhia Energética do Ceará (Coelce) que troca os resíduos dos clientes por bônus na conta de luz. Além de oferecer os descontos na conta, o programa garante a destinação corre-ta dos recicláveis contribuindo para a melhoria do meio ambiente.

ENERGIASegundo Maffioletti, o empreendi-

mento economiza até 35% de energia, por mês. E isso é possível por que a estrutura foi planejada e construída de modo a maximizar o aproveitamento de iluminação natural que ilumina o shopping durante 60% do dia. Além disso, a utilização de lâmpadas fluo-rescentes compactas ou de nível LED, também impacta na economia de ener-gia em 19%.

“O teto de vidro tem a proposta não só de permitir essa entrada de luz na-tural, mas permitir que o calor não entre. A gente tem a transferência da frequência luminosa, mas no entanto, não temos a transmissão da frequên-cia térmica, porque existe um vidro que ele possui camadas que garantem a não transmissão de calor. Então, au-tomaticamente o sistema de refrigera-ção trabalha menos para garantir mais conforto hidrotérmico, ou seja, tempe-ratura e umidade”.

O sistema de ar-condicionado, tam-

ÁGUAEm relação ao consumo de água, o

uso de sanitários a vácuo e os sensores nas torneiras e mictórios garantem a economia de até 86% em comparação aos sistemas convencionais. De acordo com o gerente, ao invés de usar água para a saída do efluente, é usado força do vá-cuo. “O aparelho convencional usa de 3 a 6 litros de água, esse usa no máximo 1 litro por sanitário. Então, a economia vem do uso desse equipamento”, ressalta.

“Além disso, o shopping usa um sis-tema de irrigação automatizado, com estação meteorológica, programada para irrigar de acordo com as condições cli-

máticas, nos horários mais adequados para não acarretar perdas por evapora-ção, além do uso e água dos poços locais.”

Antônia da Silva Barroso, moradora do Pau Fininho trabalha na Central de Resíduos desde outubro de 2014

Sistema de esgoto a vácuo demandará 80% menos de água para descargas.

bém é garantia de ecoeficiência, utili-za água gelada e vigas frias, que otimizam a climatização com menor consumo elétrico. “Essa água gelada é acumulada em tanques. A água circula por serpentinas, que são as chamadas vigas frias, e isso garante uma menor utilidade desses refrige-radores, que trabalham durante o dia, mas no período do final da tarde até o final do expediente nós trabalhamos somente com o tanque de água gelada”, explica Maffioletti.

FOTO BETH DREHER FOTO BETH DREHER

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A Cogerh a título de esclarecimen-tos, vem apresentar algumas correções e informações complementares com relação ao conteúdo do artigo Gestão das Águas, assinado pelo engenheiro Agrônomo, Evandro Bezerra, divulga-do no caderno O Estado Verde, jornal O Estado, na data 04 de agosto, que jul-gamos fundamental para que os leitores obtenham informações mais corretas e completas sobre esse tema que é vital para a sociedade.

Com base no princípio legal que prio-riza a água para o consumo humano em situação de escassez hídrica, a Cogerh vem realizando um esforço extraordi-nário para dotar o Estado e os Comi-tês da Bacias Hidrográficas (CBH's) de

condições de gerenciar a água a fim de minimizar os impactos da seca para os diversos setores usuários da água, prio-rizando o abastecimento dos centros urbanos. Uma das importantes ações realizadas nesse intuito é o programa de batimetrias de açudes, é elegíveis para esse estudo, considerando aqueles com maior tempo de construção, ou que este-jam com baixa reserva e que abastecem importantes centros urbanos.

Através do processo de alocação de água, a Cogerh, com base na capacida-de dos reservatórios e nos prognósticos da Funceme vem subsidiando os CBH para que tomem decisões sobre a libe-ração de água dos açudes com priori-dade ao abastecimento urbano. Como resultado, já em 2012 e 2013, diversos reservatórios suspenderam a liberação de água para perenização de rios a fim de garantir água para o abastecimen-

to de centros urbanos, suspendendo o fornecimento de água para irrigação. Vale ressaltar que priorizar o abasteci-mento humano não significa suspender totalmente o abastecimento de água para outras atividades como irrigação, pecuária ou indústria, exceto em situa-ções extremas, pois seria incalculável os prejuízos sociais e econômicos para nosso Estado se tais medidas fossem to-madas de forma precipitada.

Em relação ao setor industrial, vale destacar que trata-se de uma modalida-de de consumo com prioridade relati-vamente alta, ficando abaixo apenas do abastecimento humano e animal. O se-tor é estratégico para o desenvolvimento e a economia dos estados e normalmen-te envolve investimentos vultuosos, sen-do a segurança hídrica um dos fatores de atração de empresas do setor para o Estado. Desta forma, é justificável que,

na medida do possível, se preserve o su-primento de água para a indústria, con-siderando que em geral são usuários que adotam tecnologias para uso eficiente e reúso de água, além do fato do consumo da indústra representar apenas 3,1% de toda a demanda de água do açude Cas-tanhão, no caso das indústrias da RMF, que inclui o CIPP e Distrito Industrial de Maracanaú.

Portanto, a Cogerh em parceria com a Sohidra, Cagece Defesa Civil do Ceará, tem sido fundamental para mitigar os impactos da seca e garantir o abasteci-mento prioritário dos centros urbanos, através da solução inovadora das Aduto-ras de Montagem Rápida, que de forma preventiva, consegue evitar o colapso, garantindo o abastecimento de cerca de 40 sedes municipais em nosso Estado, destacando cidades como Crateús, Tauá, Acopiara e Canindé.

Fundação Vanzolini Instituição privada, sem fins lucra-

tivos, criada, mantida e gerida pelos professores do Departamento de En-genharia de Produção da Escola Poli-técnica da Universidade de São Paulo (USP), desde 1967, a Fundação Van-zolini certifica sistemas de gestão no

Brasil, onde foi pioneira. “Como principal certificadora

da construção civil, com mais de 17 anos de experiência no setor, integra o IQNet – International Certification Network, presente em mais de 150 países, e é, desde 2008, membro fun-dador e detém assento na SBAlliance (SustainableBuilding Alliance).”

FOTO BETH DREHER

Direito de resposta da Cogerh

Artigo à Imprensa

Instituto JCPM: Compromisso com a sociedade local

Um dos pontos exigidos pela Cer-tificação AQUA–HQE é que o empreendimento além de ter compromisso ambiental, tenha

o compromisso social. Com isso, antes mesmo de entrar em operação, o RioMar iniciou, em setembro de 2012, o trabalho do Instituto João Carlos Paes Mendon-ça (IJCPM) de Compromisso Social, em Fortaleza, com mobilização e formação de profissionais da comunidade local, a fim de no primeiro momento capacitá--los para trabalhar na obra.

Destas pessoas, 3.800 foram emprega-

das para trabalhar na obra. Em abril de 2014, o Instituto começou a atuar com o Programa de Qualificação do Varejo em parceria com o Senac, com o objetivo de qualificar jovens moradores das comu-nidades das áreas de influência do sho-pping, para a inserção dos mesmos no mercado de trabalho, e assim promover o desenvolvimento social e o local.

No entanto, na “contramão” aos an-seios do RioMar Shopping Fortaleza, o delegado titular do 15º Distrito Policial, Hélio Marques, afirmou que o número de Boletins de Ocorrência aumentou

desde a instalação do empreendimento. O 15º Distrito abrange os bairros Pa-picu, Cocó, Cidade 2000, Praia do Fu-turo e Vicente Pinzón. De acordo com o delegado, o maior número de registros é de assaltos.

Uma moradora da Rua Ribamar Lobo, que pediu para não ser identifi-cada, ao contrário do delegado, disse que agora ficou muito mais tranquila

para caminhar a pé pela região. “Eu nunca me atrevia atravessar a Avenida Santos Dumont para aquele lado (re-feria-se a passar pela comunidade Pau Fininho), agora, vou tranquilamente a pé, para o shopping”, conta. Ela dis-se também, que a chegada do RioMar “deu outra cara para a região”, referin-do-se as melhorias de infraestrutura e aspectos ambientais.

Certificação AQUA-HQENota a imprensa, encaminhada à

Redação do OeV, afirma que a certifi-cação AQUA-HQE™ (Alta Qualidade Ambiental) é a “melhor solução para agregar reconhecimento às boas prá-ticas na construção e operação sus-tentável de edifícios. O conceito ho-lístico nasceu na França, foi adaptado ao Brasil e está presente em todos os continentes. O processo abrange todo o ciclo de vida de um edifício, desde o planejamento até o funcio-namento sustentável, passando pelo projeto, construção, manutenção e renovação.”

Lançada em 2008, pela Funda-ção Vanzolini, a acreditação trouxe a proposta de mudança na cultura da construção civil brasileira. Desde então, obteve grande sucesso no mer-cado, com mais de 41 mil unidades habitacionais certificadas, além de empreendimentos do setor do co-mércio e varejo, indústria e logística, escritórios e edifícios escolares, hos-pedagem, lazer, bem estar, eventos e cultura e bairros e loteamentos.

Jovens do entorno do shopping participam do Programa Qualificação para o Varejo

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A Cogerh a título de esclarecimen-tos, vem apresentar algumas correções e informações complementares com relação ao conteúdo do artigo Gestão das Águas, assinado pelo engenheiro Agrônomo, Evandro Bezerra, divulga-do no caderno O Estado Verde, jornal O Estado, na data 04 de agosto, que jul-gamos fundamental para que os leitores obtenham informações mais corretas e completas sobre esse tema que é vital para a sociedade.

Com base no princípio legal que prio-riza a água para o consumo humano em situação de escassez hídrica, a Cogerh vem realizando um esforço extraordi-nário para dotar o Estado e os Comi-tês da Bacias Hidrográficas (CBH's) de

condições de gerenciar a água a fim de minimizar os impactos da seca para os diversos setores usuários da água, prio-rizando o abastecimento dos centros urbanos. Uma das importantes ações realizadas nesse intuito é o programa de batimetrias de açudes, é elegíveis para esse estudo, considerando aqueles com maior tempo de construção, ou que este-jam com baixa reserva e que abastecem importantes centros urbanos.

Através do processo de alocação de água, a Cogerh, com base na capacida-de dos reservatórios e nos prognósticos da Funceme vem subsidiando os CBH para que tomem decisões sobre a libe-ração de água dos açudes com priori-dade ao abastecimento urbano. Como resultado, já em 2012 e 2013, diversos reservatórios suspenderam a liberação de água para perenização de rios a fim de garantir água para o abastecimen-

to de centros urbanos, suspendendo o fornecimento de água para irrigação. Vale ressaltar que priorizar o abasteci-mento humano não significa suspender totalmente o abastecimento de água para outras atividades como irrigação, pecuária ou indústria, exceto em situa-ções extremas, pois seria incalculável os prejuízos sociais e econômicos para nosso Estado se tais medidas fossem to-madas de forma precipitada.

Em relação ao setor industrial, vale destacar que trata-se de uma modalida-de de consumo com prioridade relati-vamente alta, ficando abaixo apenas do abastecimento humano e animal. O se-tor é estratégico para o desenvolvimento e a economia dos estados e normalmen-te envolve investimentos vultuosos, sen-do a segurança hídrica um dos fatores de atração de empresas do setor para o Estado. Desta forma, é justificável que,

na medida do possível, se preserve o su-primento de água para a indústria, con-siderando que em geral são usuários que adotam tecnologias para uso eficiente e reúso de água, além do fato do consumo da indústra representar apenas 3,1% de toda a demanda de água do açude Cas-tanhão, no caso das indústrias da RMF, que inclui o CIPP e Distrito Industrial de Maracanaú.

Portanto, a Cogerh em parceria com a Sohidra, Cagece Defesa Civil do Ceará, tem sido fundamental para mitigar os impactos da seca e garantir o abasteci-mento prioritário dos centros urbanos, através da solução inovadora das Aduto-ras de Montagem Rápida, que de forma preventiva, consegue evitar o colapso, garantindo o abastecimento de cerca de 40 sedes municipais em nosso Estado, destacando cidades como Crateús, Tauá, Acopiara e Canindé.

Fundação Vanzolini Instituição privada, sem fins lucra-

tivos, criada, mantida e gerida pelos professores do Departamento de En-genharia de Produção da Escola Poli-técnica da Universidade de São Paulo (USP), desde 1967, a Fundação Van-zolini certifica sistemas de gestão no

Brasil, onde foi pioneira. “Como principal certificadora

da construção civil, com mais de 17 anos de experiência no setor, integra o IQNet – International Certification Network, presente em mais de 150 países, e é, desde 2008, membro fun-dador e detém assento na SBAlliance (SustainableBuilding Alliance).”

FOTO BETH DREHER

Direito de resposta da Cogerh

Artigo à Imprensa

Instituto JCPM: Compromisso com a sociedade local

Um dos pontos exigidos pela Cer-tificação AQUA–HQE é que o empreendimento além de ter compromisso ambiental, tenha

o compromisso social. Com isso, antes mesmo de entrar em operação, o RioMar iniciou, em setembro de 2012, o trabalho do Instituto João Carlos Paes Mendon-ça (IJCPM) de Compromisso Social, em Fortaleza, com mobilização e formação de profissionais da comunidade local, a fim de no primeiro momento capacitá--los para trabalhar na obra.

Destas pessoas, 3.800 foram emprega-

das para trabalhar na obra. Em abril de 2014, o Instituto começou a atuar com o Programa de Qualificação do Varejo em parceria com o Senac, com o objetivo de qualificar jovens moradores das comu-nidades das áreas de influência do sho-pping, para a inserção dos mesmos no mercado de trabalho, e assim promover o desenvolvimento social e o local.

No entanto, na “contramão” aos an-seios do RioMar Shopping Fortaleza, o delegado titular do 15º Distrito Policial, Hélio Marques, afirmou que o número de Boletins de Ocorrência aumentou

desde a instalação do empreendimento. O 15º Distrito abrange os bairros Pa-picu, Cocó, Cidade 2000, Praia do Fu-turo e Vicente Pinzón. De acordo com o delegado, o maior número de registros é de assaltos.

Uma moradora da Rua Ribamar Lobo, que pediu para não ser identifi-cada, ao contrário do delegado, disse que agora ficou muito mais tranquila

para caminhar a pé pela região. “Eu nunca me atrevia atravessar a Avenida Santos Dumont para aquele lado (re-feria-se a passar pela comunidade Pau Fininho), agora, vou tranquilamente a pé, para o shopping”, conta. Ela dis-se também, que a chegada do RioMar “deu outra cara para a região”, referin-do-se as melhorias de infraestrutura e aspectos ambientais.

Certificação AQUA-HQENota a imprensa, encaminhada à

Redação do OeV, afirma que a certifi-cação AQUA-HQE™ (Alta Qualidade Ambiental) é a “melhor solução para agregar reconhecimento às boas prá-ticas na construção e operação sus-tentável de edifícios. O conceito ho-lístico nasceu na França, foi adaptado ao Brasil e está presente em todos os continentes. O processo abrange todo o ciclo de vida de um edifício, desde o planejamento até o funcio-namento sustentável, passando pelo projeto, construção, manutenção e renovação.”

Lançada em 2008, pela Funda-ção Vanzolini, a acreditação trouxe a proposta de mudança na cultura da construção civil brasileira. Desde então, obteve grande sucesso no mer-cado, com mais de 41 mil unidades habitacionais certificadas, além de empreendimentos do setor do co-mércio e varejo, indústria e logística, escritórios e edifícios escolares, hos-pedagem, lazer, bem estar, eventos e cultura e bairros e loteamentos.

Jovens do entorno do shopping participam do Programa Qualificação para o Varejo

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A s brancas cisternas já tão inte-gradas às paisagens de grande parte do Semiárido nordestino, também está mudando a vida

das pessoas de lá. Os reservatórios de água, arredondados, com cobertura em forma de cone, feitos de placas de ci-mento e com pintura branca, permitem que agricultores familiares de baixa ren-da possam conviver com períodos de estiagem sem afetar o plantio e a criação de pequenos animais.

Considerada uma tecnologia social, a implantação das cisternas vem sen-do efetivada pelo Governo Federal que já entregou 128 mil tecnologias sociais para produção. São cisternas do tipo calçadão e de enxurrada, barragens sub-terrâneas e barreiros trincheira, entre outros modelos, com capacidade para até 52 mil litros de água, que armaze-nam água no período da chuva.

ASSISTÊNCIA TÉCNICAEssas tecnologias sociais simples e de

baixo custo se estabeleceram como uma das principais estratégias de convivência com o clima árido da região e dão um alento a 22 milhões de pessoas, famílias que vivem no sertão nos estados de Ala-goas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e de Sergipe.

Além dos reservatórios, eles têm aces-so à assistência técnica especializada, a recursos para investir nas propriedades e à energia elétrica e contam com apoio à comercialização da produção, por meio de compras públicas e privadas.

16 MIL LITROSConviver com a seca também é pos-

sível para aqueles que necessitam de água de qualidade para beber, cozinhar e fazer a higiene pessoal, mas que para isso dependiam de carros-pipa ou da água de poços. Andar quilômetros para conseguir água deixou de fazer parte do cenário de muitas famílias brasileiras.

Desde 2003, quando o Governo Fe-deral começou a implementar as cister-nas para consumo humano, 1,2 milhão de famílias já foram beneficiadas. Cada

reservatório tem capacidade de armaze-namento de 16 mil litros de água e aten-de a uma família de até cinco pessoas num período de estiagem de oito meses.

ÁGUA PARA TODOS A ação Água para Todos do Governo

Federal, é executada pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Integração Nacional, do Meio Ambiente, além da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), da Fundação Banco do Brasil, da Petrobras e do Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também, conta com a parceria de organizações da sociedade civil, como a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), estados, consórcios públicos municipais e bancos públicos, como o Banco do Nordeste.

É SIMPLESO processo de construção das cis-

ternas é simples, e a mão de obra é da própria comunidade. O estoque de água proporciona não só autonomia às famí-lias rurais pobres, como melhores con-dições de saúde e redução do tempo e esforço gastos nos deslocamentos para a obtenção de água.

*Com informações do MDS

CURIOSIDADE

Conviver com a seca é possível

SEMIÁRIDO

A cisterna é uma tecnologia social indispensável para a agricultura familiar

DA REDAÇÃO DO OEV*

Manoel Apolônio: O inventor da cisternaO agricultor sergipano, Manoel

Apolônio, tinha 17 anos, na década de 1950, quando foi tentar a vida em São Paulo. Conseguiu emprego na cons-trução civil, quando um dia, ao cons-truir uma piscina, ele imaginou como seria bom se em sua casa, no municí-pio baiano de Jeremoabo, tivesse um tanque daquele, cheio de água.

Um dia foi demitido do emprego e voltou ao sertão baiano com a ideia na cabeça: construir um tanque grande e cheio de água. Muitos duvidaram, mas com a ajuda de um amigo de seu pai, comprou material e fez a sua primeira cisterna. Para a felicidade de Apolônio, choveu e o que ele construiu “se garan-tiu”, e os moradores de Jeremoabo co-meçaram a acreditar naquele tanque esquisito e arredondado.

“Passei a cobrar por dia para cons-truir cisterna na casa de todo mun-do”, conforme publicado em março de 2014, no antigo suplemento Razão Social do jornal O Globo e repercu-

tido na coluna assinada por Amélia Gonzalez, em 1º/11/2013, no portal G1. Analfabeto, Manoel se casou, teve duas filhas, e conseguiu educá-las com o dinheiro que ganhava na construção das cisternas.

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Chamada pública compra café da agricultura familiar

O Ministério do Desenvolvimen-to Social e Combate à Fome (MDS) lançou chamada pú-blica para a aquisição de duas

toneladas de café agroecológico ou or-gânico produzido por agricultores fa-miliares. A compra será realizada por meio da modalidade Compra Institu-cional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O produto vai aten-der a demanda de consumo no edifício sede do ministério, em Brasília, duran-te um ano.

Os interessados em fornecer os gê-neros alimentícios deverão apresentar os documentos de habilitação e pro-posta de venda até amanhã (19). O limite individual de venda dos agri-cultores familiares será de R$ 20 mil. O café agroecológico ou orgânico deve ser 100% arábica ou robusta. Além dis-so, deve ter o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgâ-nica ou comprovante de cadastro junto ao órgão fiscalizador.

Dispensa de licitação

Já é possível, estados, municípios e órgãos federais da administração

direta e indireta, comprar alimentos da agricultura familiar por meio de chamadas públicas, com seus próprios recursos financeiros, com dispensa de licitação.

O Programa de Aquisição de Ali-mentos – PAA, criado pelo artigo 19 da Lei nº 10.696, de 2 de julho 2003, tem como propósito promover o acesso à alimentação, em quantidade, qualida-de e regularidade necessárias às po-pulações em situação de insegurança alimentar e nutricional, bem como a inclusão econômica e social, com fo-mento à produção sustentável, comer-cialização e ao consumo, por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

SERVIÇO A partir de janeiro de 2016, entra em vigor decreto que estabelece que órgãos federais (administração direta e indireta) deverão destinar, no mínimo, 30% dos recursos aplicados na aquisição de alimentos para a compra de produtos da agricultura familiar.

Confira o edital no Portal O Estado: http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/seguranca_alimentar/Edital/Chamada_Publica_cafe_cha.pdf.pagespeed.ce.OkoMxYFkP5.pdf

FOTO DIVULGAÇÃO / MDS

Page 10: O Estado Verde 18/08/2015

10 VERDE

POLUIU PAGOU

Os veículos que forem identificados emitindo gases fora dos padrões serão notificados e poderá, se não regularizar a situação, pagar multa ambiental de pelo menos R$ 5 mil.

Prefeitura de Fortaleza intensifica fiscalização a veículos poluentes

C om o objetivo de reduzir 20% da emissão de gases até 2030 a Secretaria Municipal do Urba-nismo e Meio Ambiente (Seu-

ma) irá realizar mensalmente uma blitz para fiscalizar veículos que estão emitindo fumaça com opacidade aci-ma do permitido.

A fiscalização só será possível graças à assinatura do Termo de Cooperação Téc-nica entre a Seuma e o Departamento Es-tadual de Trânsito (DETRAN), na última quinta-feira (3), durante a apresentação do Plano de Metas Municipal de Enfren-tamento das Mudanças Climáticas.

Os veículos que forem identificados emitindo gases fora dos padrões serão notificados e poderá, se não regularizar a situação, pagar multa ambiental de pelo menos R$ 5 mil. A primeira blitz foi realizada na última sexta-feira (14), em frente à sede do Seuma, na avenida Paulino Rocha. Dos 62 veículos inspe-cionados, 32 foram notificados e terão um prazo de 30 dias úteis para apresen-tar defesa ou solicitar um prazo para sua regularização. O descumprimento acarretará em bloqueio, pelo Detran, da renovação do Certificado de Registro de Veículos (CRV).

A Prefeitura também assinou um termo de cooperação com a Federação de Transporte Rodoviário do Ceará (Fetrans), para que os ônibus também

sejam monitorados e dados técnicos se-jam trocados para realização de estudos e aferição de estatísticas.

A iniciativa da Prefeitura de Forta-leza vem a ser mais um aliado da Po-lícia Rodoviária Federal e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que intensificaram no início do mês as operações nas estra-das para coibir o boicote dos caminho-neiros ao Arla 32, aditivo que minimiza os óxidos de nitrogênio (NOx) emitidos pelos motores a diesel. O uso é obriga-tório devido aos altos níveis de polui-ção atmosférica provocados pelo gás. O Ibama já aplicou mais de R$ 300 mil em multas e apreendeu 23 veículos.

INVETÁRIO DE EMISSÕESO Plano de Metas Municipal de

Enfrentamento das Mudanças Climá-ticas apresentado pela Seuma, esta-belece metas de redução de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2030 e tem por base o 1º Inventário de Emissão de GEE, realizado em 2012. As iniciativas, além de serem realiza-das nos transportes, serão feitas tam-bém na mobilidade urbana, energia, resíduos e construção civil.

O inventário aponta que o trânsi-to em Fortaleza é responsável por 61% dos gases emitidos e poluidores da at-mosfera, seguido por resíduos - 25%, energia residencial - 8%, comercial - 4% e industrial - 2%, completam o quadro de principais poluentes atmosféricos na capital cearense.

METASAs ações preveem metas de redução,

ainda para este ano, de 4%, tomando por base dados de 2012 . Para a secre-

Prognóstico de FortalezaFortaleza em 2012 com 2.500.194 habitantes, produzia em torno de 1,53 toneladas de gás carbônico por habi-tante (tCO2e/hab), Similar como Recife que produz 2,03 CO2e/habb e Belo Horizonte 1,31 tCO2e/hab. Sem ações para reduzir essa emissão, Fortaleza deverá chegar em 2030 a 2,34 toneladas por habitante. Ao todo, a Cidade produz 3,8 milhões de toneladas de gás carbônico e pode chegar a 7,17 milhões de toneladas nos próximos 15 anos. O plano, apresenta-do pela Prefeitura, mostra medidas que pretendem impedir esse prognóstico.

Principais gases poluentesMONÓXIDO DE CARBONO (CO): gás sem cor ou cheiro que se associa à hemoglobina, provocando dor de cabeça e redução da capacidade respiratória. Em altas concentrações, provoca asfixia e pode até matar. HIDROCARBONETOS (HC): são compostos orgânicos como metano e benzeno, que podem ser cancerígenos em grande concentração. Ajudam a formar oxidantes como o ozônio (O3) e contribuem para o aquecimento global. DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2): resulta da queima do enxofre, que está em maior concentração no diesel. Reduz a visibilidade e causa a chuva ácida, que provoca a corrosão de construções e a destruição da vegetação. DIÓXIDO DE CARBONO (CO2): não faz mal ao homem (é o gás produzido na nossa respiração), mas é o principal causador do efeito estufa. Em um ano, um veículo que roda 20.000 quilômetros lança em média na atmosfera 3,4 toneladas de CO2. ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOX): formam oxidantes como o ozônio (O3), que provoca irritação nos olhos e no sistema respiratório e constituem o smog, névoa de poluição que dificulta a visibilidade. Contribuem para o efeito estufa.

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As blitz de fiscalização serão realizadas, inicialmente, uma vez ao mês

Assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a Seuma e o DETRAN irá facilitar a fiscalização de veículos poluidores

tária da Seuma, Águeda Muniz, a dimi-nuição da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 4% em três anos é re-sultado de ações como as de arboriza-ção, corredores de ônibus, o aumento da rede cicloviária e o sistema de bici-cletas compartilhadas. Para 2020 o pla-no prevê uma redução de 15,5% e para 2030 pode chegar a 20%.

Entre as metas pensadas para o se-tor de mobilidade destinado a 2030, está a extensão da rede cicloviária em 526 Km, a implantação de 12 mil bici-cletas compartilhadas, construir 129,71 Km de BRTs, 200 Km de faixas exclusi-vas e 500 veículos para o programa de carros compartilhados. Entre as metas da energia, está a implantação de 60% de iluminação LED e a contratação de energia solar para instituições públicas em até 30%.

RESÍDUOSEm relação aos resíduos, a expectati-

va é chegar a 40% a produção de recicla-gem e 20% o aproveitamento de resíduos orgânicos. Além disso a Prefeitura está realizando a Requalificação Ambiental da área e do entorno do Complexo Ur-banístico Sustentável Novo Jangurussu, antigo lixão desativado.

Na construção civil, conseguir a cer-tificação sustentável Fator Verde em 20% das construções e plantar 200 mil árvores são metas.

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11VERDE

LANÇAMENTO

INGLATERRA

E nquanto o Governo Federal re-duz os investimentos em cister-nas, os gastos com carros-pipa não param de crescer. Nos úl-

timos três anos, só o Governo Federal investiu R$ 2,4 bilhões na contratação dos “pipeiros”. Eles chegam a percor-rer mais de 100 km em busca de água potável para abastecer áreas rurais.

O investimento é equivalente a quase um terço do orçamento de R$ 8 bilhões da transposição do rio São Francisco, a principal obra de abaste-cimento hídrico em andamento e que está 76,7% executada. Apenas neste ano foram R$ 453 milhões investidos no abastecimento das famílias com carros-pipa. Ao todo, são 6.705 "pi-peiros" contratados em 780 em cida-des do Nordeste.

Dependência"O carro-pipa traz uma dependên-

cia para as famílias e cria currais elei-torais. Há políticos que comandam a distribuição da água e depois, nas eleições, vêm cobrar a fatura", diz José Alves Duarte, do Sindicato dos Traba-lhadores Rurais de Juazeiro. Em nota, o Ministério da Integração Nacional diz que o programa de carros-pipa segue critérios técnicos e que a con-tratação, fiscalização e pagamento dos "pipeiros" é feita pelo Exército.

CisternaO ritmo do programa Água para To-

dos – que prevê a instalação de cisternas em casas da zona rural do Semiárido – foi desacelerado, neste ano, em meio ao cenário de ajuste fiscal nas contas do go-verno. Segundo balanço do PAC (Pro-grama de Aceleração do Crescimento), foram investidos entre janeiro e julho deste ano R$ 174,1 milhões na implan-tação de cisternas –queda de 45% em relação ao ano passado, quando foram aplicados R$ 333,9 milhões no mesmo período. Cada cisterna tem capacida-de para 16 mil litros, o suficiente para abastecer por oito meses uma família

SECA

Investimento é equivalente a quase um terço do orçamento de R$ 8 bilhões da transposição do São Francisco

Governo já gasta R$ 2,4 bilhões com carro-pipa

INDICAÇÃOde Leitura

Um livro que trata de educação, desenvolvimento e personagens políticas, no cenário do Ceará, Rio Grande do Norte e Brasília.

A obra “Vivências de um Pro� ssional” será lançada dia 20 (quinta-feira), no Clube Náutico Atlético Cearense, em Fortaleza. O ex-reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e ex-secretário de Edu-cação do Ceará durante o governo de Virgílio Távora, Antônio de Albuquer-que Sousa Filho, traz em sua segunda obra os desa� os que lhe foram propos-tos desde a formatura em agronomia em 1962, pela a UFC, ao período como funcionário do Sebrae, em 1995.

Para o fortalezense Antônio de Al-buquerque, nascido em 1938, o desa� o deve fazer parte da vida de qualquer pessoa. “Eu sempre tive muitos de-sa� os, de reitor de universidade a secretario do Estado, e pude conhecer toda estrutura de uma secretária e isso, de uma hora para outra, como eu conto no livro.” Depois ele foi para o Ministério da Educação (1981 a 1983) que se mostrou um desa� o maior. “Se antes eu dava conta de um estado, eu passei a trabalhar com o Brasil, todo”, relata Albuquerque.

O livro “Vivências de um Pro� ssio-nal” é uma continuação da primeira publicação de Albuquerque – “Meu percurso na Universidade”, lançado no ano passado, no qual o autor relata a sua história acadêmica como professor, desde a formação, até a sua atuação como reitor; agora, sentiu a necessi-dade de continuar contando a própria história, só que desta vez, no contex-to da política cearense e nacional.

SERVIÇO Lançamento do livro “Vivências de um Profi ssional”Quando: Dia 20Onde: Náutico Atlético CearenseHora: 19h30min

“Vivências de um Profi ssional”

Estradas que recarregam carros elétricos

O s carros elétricos são as novas apostas no setor automobilísti-co. Para que eles sejam produ-zidos em escala ainda é preciso

mais aperfeiçoamento, bem como estra-das capazes de fornecer ferramentas ne-cessárias para que eles possam trafegar.

Pensando nisso, a Inglaterra começa-rá a testar estradas com “carregamento veicular sem fio”. O governo, ao anunciar a novidade, disse que será instalada sob o asfalto em algumas das principais rodovias a tecnologia, para que assim os motoristas não precisem parar para

recarregar as baterias.O estudo para viabilizar o projeto já

existe, com isso, a agência já abriu con-corrência para as propostas de teste de tecnologia. Em contrapartida, alguns especialistas questionam se toda essa in-fraestrutura seria viável economicamente.

de cinco pessoas.Uma das coordenadoras da Articu-

lação do Semiárido Brasileiro (ASA), Valquíria Lima, cobra a retomada do ritmo da instalação de cisternas, consideradas essenciais para garantir água para consumo próprio e produ-ção agrícola. “Esse é um tema que não pode sair da pauta do governo e da so-ciedade, nem ser alvo de cortes com o

ajuste fiscal”, afirma. O Ministério da Integração Nacional

diz que "não houve redução nos investi-mentos do programa Água para Todos" e que os aportes para a implementação das tecnologias de abastecimento foram feitos segundo o fluxo de instalações. Segundo o ministério, a meta inicial de instalação de 750 mil cisternas foi atin-gida em dezembro de 2014.

cessárias para que eles possam trafegar.Pensando nisso, a Inglaterra começa-

rá a testar estradas com “carregamento veicular sem fio”. O governo, ao anunciar a novidade, disse que será instalada sob o asfalto

fraestrutura seria viável economicamente.

Page 12: O Estado Verde 18/08/2015

12 VERDE

H á algumas semanas publicamos n’O Estado Verde um artigo que trata-va da questão das podas, sobre o planejamento e cuidado das áreas

verdes. Diante da angústia sentida a cada árvore suprimida, doente, esquartejada, ou drasticamente podada, decidimos mapear os percursos de conservação e manutenção das árvores em Fortaleza, com o intuito de melhor compreender as atribuições e aon-de estão os erros e acertos das ações que vemos pela cidade.

Nesse quebra-cabeça de entendimen-

Mapeando a questão das podas

OPINIÃOJúlia Manta

Integrante do Movimento Pró-Árvore

Decidimos mapear os percursos de conservação e manutenção das árvores em Fortaleza.

to da questão, a primeira peça lançada foi a da Em-

presa Municipal de Limpe-za e Urbanização - Emlurb,

responsável pela “manuten-ção das vias públicas, a poda

de árvores, varrição de mercados e logradouros públicos, conservação dos parques, jardins, zoológico municipal, horto municipal”.

Ao chegar na sede da Emlurb, eu e Ângela Costa, nos chamou a atenção, uma enorme Tamarindeira, nunca vi tão grande, porém, cheia de caminhos de cupim e alguns galhos adoentados. Fomos bem recebidas pela Rafaele Dantas, agrônoma e diretora do De-partamento Técnico de Urbanização – DTU/Emlurb, o setor que lida dire-tamente com a questão das podas.

São competências ainda da Emlurb as “ações de conservação de lagoas e es-pelhos d’água”, “implantar e conservar a arborização e paisagismo de praças, parques, passeios e canteiros centrais de avenidas do Município de Fortaleza”.

Rafaele nos disse que sua equipe é pequena e que eles terceirizam o ser-viço de plantios e podas. A empresa terceirizada é a Construtora Samaria, que dispõe de um agrônomo, um téc-nico agrícola e um biólogo. São quatro equipes de poda atuando, cada uma com um chefe de turma, o técnico que orienta o podador aonde este deve cor-tar os galhos. Disse-nos ainda que os chefes de turma recebem treinamento dado pela própria Construtora Sama-ria e que está satisfeita com os serviços prestados pela empresa terceirizada.

A decisão do investimento em busca ativa foi tomada após uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados

Falamos da importância das técni-cas de poda, do local correto para o corte, da proteção do local cortado e que a árvore podada tem a capacidade de se regenerar, produzir novas folhas, porém os galhos cortados com feridas abertas eram o foco silencioso de doen-ças. Rafaele concordou e relembrou o que aprendera ainda na faculdade, que a poda era como uma cirurgia num ser humano. Ao ser indagada sobre o por-quê de não utilizarem produtos como a Calda Bordalesa, a diretora apenas disse que seu uso era inviável, não ex-plicando a razão.

Ao falarmos das podas drásticas que vemos em Fortaleza, onde toda a copa da árvore é suprimida sem uma razão plausível, Rafaele lembrou que executam podas também a CoelceE e uma empresa terceirizada pelo órgão responsável pela iluminação pública. Falou ainda que existem ao todo 41 árvores tombadas pelo Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico Nacio-nal (Iphan), que constam num decreto. Disse, por fim, que questões referentes a podas e afins (até 3 árvores) deve-se ligar para a Central de Atendimento da Prefeitura, número 156.

Como fomos sem agendar visita, a reunião foi breve e muitas questões ficaram para um segundo momento. Embora cientes da complexidade da questão e já percebendo alguns indí-cios das falhas no trato da nossa ar-borização, saímos otimistas pelo canal aberto de diálogo e pela possibilidade de dirimir o maltrato que tanto vemos às nossas árvores.

FOTO DIVULGAÇÃO / PRÓ-ARVORE