o equilíbrio em pé e a deambulação não são preconizadas no...

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01 (2012) A unidade funcional do sistema musculoesquelético é a articulação e suas estrutu-ras associadas: membrana sinovial, cápsula, ligamentos e músculos que a cruzam. O exame desse complexo não pode ser completado, se não incluírem as seguintes etapas:

Ⓐ Inspeção, palpação, amplitude de movimentação passiva, estabilidade, amplitude de movi-mentação ativa e força muscular;Ⓑ Inspeção, palpação, amplitude de movimentação passiva, equilíbrio em pé, amplitude de movimentação ativa e deambulação; Ⓒ Inspeção, palpação, amplitude de movimentação passiva, estabilidade, deambulação e transferências; ⒹInspeção, palpação, amplitude de movimentação passiva, estabilidade, amplitude de movi-mentação ativa e equilíbrio sentado.

Alternativa A: CORRETA. De acordo com a proposta do livro de Krusen para avaliação musculo-esquelética, as etapas estão devidamente descritas nesta alternativa. Alternativa B: INCORRETA. O equilíbrio em pé e a deambulação não são preconizadas no exa-me da unidade funcional musculoesquelética. Alternativa C: INCORRETA. A deambulação e as transferências não contemplam uma avaliação específica das articulações e músculos. Alternativa D: INCORRETA. O equilíbrio sentado inviabiliza esta alternativa, pois, esta modalidade de avalição não está relacionada com a unidade funcional do sistema musculo esquelética.

02 (2012) A hipertonia piramidal possui certas características. Com relação a esta alteração do tônus, assinale a alternativa correta.

Ⓐ A hipertonia está presente nos músculos agonistas e antagonistas dos membros, da face e do pescoço. Ⓑ O sinal de roda denteada e o sinal de cano de chumbo sempre se fazem presentes nesta hipertonia. Ⓒ A paralisia motora, hiperreflexia e o sinal de babinsk não estão presentes neste tipo de hipertonia. Ⓓ A hipertonia está presente nos músculos extensores e pronadores do membro superior e nos flexores do membro inferior e flexores plantares do tornozelo. Ⓔ O sinal de canivete, somado à contratura dos músculos que dificultam a movimentação passiva, faz parte desta hipertonia.

Alternativa A: INCORRETA. A síndrome piramidal corresponde a interrupção anatômica da via corticoespinhal (piramidal), que compromete o hemicorpo oposto ao lado lesado do Sistema Nervoso central (SNC), existem uma série de afecções que ocasionam este tipo de distúrbio como a acidente vascular encefálico e doenças desmielinizantes (esclerose múltipla) neuro-degenerativas (esclerose lateral amiotrófica). Alternativa B: INCORRETA. O sinal da roda dentada ou do cano de chumbo não compõe o quadro de sintomas da hipertonia piramidal e está relacional aos distúrbios extrapiramidais como a doença de Parkinson. Alternativa C: INCORRETA. O sintoma deficitário ou negativo da síndrome piramidal a perda ou diminuição da força muscular está presente na fase inicial e a hipereflexia juntamente com o sinal de babinski estão presentes na fase tardia desata síndrome e compõe os sintomas de liberação ou positivos. Alternativa D: INCORRETA. A hipertonia piramidal não fica restrita apenas aos músculos exten-sores e pronadores do membro superior e nos flexores do membro inferior e flexores plan-tares do tornozelo. A depender do grau de lesão o indivíduo pode apresentar hemiplegia, paraplegia ou tetraplegia.

Alternativa E: CORRETA. O sinal do canivete corresponde a hipertonia plástica dos músculos espáticos nesta síndrome e a diminuição da amplitude articular passiva configura uma perda funcional importante nestes indivíduos.

03 (2012) Marque a alternativa que apresente músculos inervados pelo nervo radial:

Ⓐ Extensor longo radial do carpo, extensor curto radial do carpo, extensor ulnar do carpo. Ⓑ Extensor longo radial do carpo, extensor curto radial do carpo, flexor ulnar do carpo. Ⓒ Palmar longo, flexor ulnar do carpo, extensor longo radial do carpo. Ⓓ Flexor radial do carpo, extensor longo radial do carpo, extensor curto radial do carpo.

Alternativa A: CORRETA. O nervo radial faz parte do plexo braquial e inerva todos os músculos da região posterior de antebraço, além do tríceps e dos extensores radiais longo e curdo do carpo. Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa contempla o flexor ulnar do carpo, inviabilizando porque este músculo é inervado pelo nervo ulnar. Alternativa C: INCORRETA. O palmar longo é inernado pelo nervo mediano e o flexor ulnar do carpo é inervado pelo nervo ulnar. Alternativa D: INCORRETA. O flexor radial do carpo inviabilizou esta alternativa, já que é inerva-do pelo nervo mediano.

04 (2012) As principais tarefas do disco articular na articulação temporomandibular são:

Ⓐ deslizamento com fricção aumentada e absorção de pontas de carga. Ⓑ deslizamento com fricção aumentada e dissipação de pontas de carga. Ⓒ deslizamento com fricção aumentada e reforço de pontas de carga. Ⓓ deslizamento com fricção reduzida e distribuição e absorção de pontas de carga. Ⓔ deslizamento com fricção reduzida e aumento de pontas de carga.

Alternativa A: INCORRETA. O disco atenua o impacto e dissipa as forças atuantes na articula-ção, além disto também promove o movimento mais livre estre as superfície articulares. Alternativa B: INCORRETA. O disco reduz a fricção e não aumenta a fricção intrarticular e ate-nua as cargas internas. Alternativa C: INCORRETA. O disco reduz a fricção e não reforça as pontas de cargas, na verda-de, ela ameniza as pontas de cargas. Alternativa D: CORRETA. Conforme descrito o disco reduz a fricção e distribui as pontas de cargas. Alternativa E: INCORRETA. O disco irá reduzir a fricção, mas não irá aumentar as pontas de carga.

05 (2012) Faz parte da cintura escapular:

Ⓐ Juntura clavículoumeral. Ⓑ Articulação glenoacromial. Ⓒ Articulação esternoacromial. Ⓓ Articulação escápulo torácica. Ⓔ Articulação escápulo clavicular.

Alternativa A: INCORRETA. Não existe articulação entre a clavícula e o úmero, pois, anatomica-mente impediria a mobilidade do complexo do ombro.

Alternativa B: INCORRETA. Não existe uma articulação entre a cavidade glenoide e o acrômio, haja visto que as duas estruturas fazem parte da escápula. Alternativa C: INCORRETA. Esta articulação também não existe, pois, entre o acrômio e o exter-no existe a clavícula que une estas duas estruturas. Alternativa D: CORRETA. A articulação escapulo torácica é uma falsa articulação, pois, existe en-tre as costelas e a escápula, os músculos subescapular e serrátil anterior. Esta articulação pos-sui uma grande mobilidade e está diretamente ligada aos movimentos da cintura escapular. Alternativa E: INCORRETA. A articulação escápulo clavicular não existe, o correto seria des-crever como a articulação acrômio clavicular, pois, a única região da escápula que interage diretamente com a clavícula é o acrômio.

06 (2012) As fibras musculares esqueléticas possuem propriedades físicas e metabólicas que as diferenciam. Em relação ao enunciado marque a alternativa correta:

ⒶAs fibras Tipo I são de contração rápida, possuindo alto conteúdo de enzimas glicolíticas. ⒷAs fibras Tipo II são de contração lenta, possuindo um alto conteúdo de mioglobinas. ⒸAs fibras Tipo I são de contração lenta, e a sua principal fonte de ATP é a fosforilação oxida-tiva. Ⓓ As fibras Tipo II são de contração rápida, possuindo um alto conteúdo de mitocôndrias.

DICA DO AUTOR: O quadro abaixo poderá auxiliá-lo na resolução das questões de fisiologia muscular.* Alternativa A: INCORRETA. As fibras do tipo I são conhecidas como fibras tônicas, cuja contra-ção é lenta devido a sua ação oxidativa. Alternativa B: INCORRETA. As fibras do tipo II são conhecidas como fibras tônicas com colora-ção esbranquiçadas devido à baixa concentração de mioglobinas. Estas fibras possuem alto poder de geração de força, porém não resistem a contrações longas. Alternativa C: CORRETA. As fibras do tipo I são realmente de contração lenta, possuem elevada quantidade de mioglobinas do seu interior garantindo a coloração vermelha e a ação oxidati-va pelo consumo do O2 pelas mioglobinas. Alternativa D: INCORRETA. Apesar das fibras do tipo II serem de contração rápida, estas fibras não possuem elevada concentração de mitocôntrias. A presença dessa organela confere o consumo do O2 nas suas atividades, costumeiramente observadas nas fibras do tipo I

07 (2012) A sequência correta das fases do ciclo da marcha é:

Ⓐ Choque do calcanhar; choque do calcanhar até a posição plana no solo; posição plana no solo até a fase de apoio média; fase de apoio média até a elevação do calcanhar; elevação do pé; elevação do pé até a aceleração; aceleração até o balanço médio; balanço médio até a desaceleração. Ⓑ Choque do calcanhar; choque do calcanhar até a posição plana no solo; posição plana no solo até a fase de apoio média; fase de apoio média até a elevação do calcanhar; aceleração até o balanço médio; elevação do pé; elevação do pé até a aceleração; balanço médio até a desaceleração. Ⓒ Balanço médio até a desaceleração; choque do calcanhar até a posição plana no solo; posição plana no solo até a fase de apoio média; fase de apoio média até a elevação do calcanhar; elevação do pé; elevação do pé até a aceleração; aceleração até o balanço médio; choque do calcanhar. Ⓓ Choque do calcanhar; choque do calcanhar até a posição plana no solo; posição plana no solo até a fase de apoio média; fase de apoio média até a elevação do calcanhar; elevação

do pé até a aceleração; elevação do pé; aceleração até o balanço médio; balanço médio até a desaceleração

DICA DO AUTOR: Compreender todas as fases do ciclo da marcha pode lhe ajudar a responder uma série de questões sobre este tema. Portanto, leiam sobre as características cinemáticas e ações musculares de cada fase da marcha. Recomendo a leitura do livro: Jacquelin Perry, Análise de Marcha, vol. I, II e III; Editora Manole, 2004. Alternativa A: CORRETA. Todas as fases estão na sequência correta. Alternativa B: INCORRETA. A fase de elevação do pé está fora da ordem correta. Alternativa C: INCORRETA. A marcha não inicia com a fase de balanço. Necessário que aconte-ça primeiramente o choque de calcanhar. Alternativa D: INCORRETA. A fase de elevação do pé acontece antes da fase de aceleração.

08 (2013) A maior parte do movimento nas principais articulações resulta das estruturas do corpo que atuam como um sistema de alavancas. Sobre as bioalavancas assinale a alternati-va INCORRETA:

Ⓐ A alavanca de 2ª classe é a mais comum entre as bioalavancas. Ⓑ As alavancas de 1ª classe são importantes para manutenção da postura e equilíbrio. Ⓒ Alavancas de 3ª classe são as mais comuns no corpo humano Ⓓ Na alavanca de 3ª classe o braço de força fica localizado entre o eixo da articulação e o braço de resistência.ⒺAs alavancas de 2ª classe possuem grande vantagem mecânica, porém raramente ocorrem no corpo.

Alternativa A: INCORRETA. As alavancas de 2° classe ou inter-resistente, também conhecidas como alavancas de força são raramente encontradas no corpo humano, devido a configura-ção mecânica do nosso aparelho locomotor. Alternativa B: CORRETA. As alavancas de 1° classe ou interfixa, também conhecidas como ala-vancas de equilíbrio, estão presentes no corpo humano e auxiliam na manutenção da postu-ra. Como exemplo, é possível citar a articulação Atlantoocciptal, cuja musculatura anterior e posterior do pescoço sustentam a cabeça. Alternativa C: CORRETA. Devido a configuração mecânica das nossas articulações sinoviais, o braço de força estará localizado entre o eixo e o braço de resistência. Esta configuração ca-racteriza a alavanca de 3° classe e viabilizada a execução dos diversos movimentos realizados pelas articulações. Alternativa D: CORRETA. Braço de alavanca corresponde a distância que vai do eixo até o local aonde a força está sendo aplicada. Na alavanca de 3° classe ou interpotente, o braço de força é menor do que o braço de resistência e está localizado entre o eixo e o braço de resistência. Alternativa E: CORRETA. Na alavanca de 2° classe o braço de força é maior do que o braço de resistência configurando uma vantagem mecânica e raramente é evidenciada no corpo hu-mano. É possível destacar o movimento de flexão plantar em ortostase com um movimento que utiliza este tipo de alavanca.

09 (2014) Assinale a alternativa correta.

Ⓐ Na alavanca de 2ª ordem, se ganha em força, porém se perde em distância. Ⓑ A alavanca de 3ª ordem é aquela onde o fulcro encontra-se em uma extremidade da ala-vanca, sendo seguido, em sequência, pela resistência e pela força, respectivamente. Ⓒ A vantagem mecânica é inversamente proporcional ao braço de força da alavanca. Ⓓ Braço de força, braço de momento e braço de torque são sempre sinônimos.

Ⓔ A alavanca de 2ª ordem é aquela onde o fulcro encontra-se em uma extremidade da ala-vanca, sendo seguido, em sequência, pela força e pela resistência, respectivamente

Alternativa A: INCORRETA. Apesar da alavanca de 2° ordem ou interresistente, também ser chamada de alavanca de força, a distância do fulcro até a força motriz aumenta e não dimi-nui. Alternativa B: INCORRETA. A alavanca de 3° ordem ou interpotente possui o fulcro numa extre-midade, seguido pela força motriz e por fim, pela resistência. Alternativa C: INCORRETA. A vantagem mecânica é diretamente proporcional ao braço de força da alavanca. Quanto maior o braço de alavanca, maior será o torque motor. Alternativa D: CORRETA. Estas terminações expressão a distância entre o fulcro e o local onde a força motriz é aplicada. Alternativa E: INCORRETA. Na alavanca de 2° ordem o fulcro encontra-se em uma extremidade, seguida resistência e pela força motriz.

10 (2012) A ruptura do ligamento cruzado anterior ocorre, habitualmente, como resultado de uma desaceleração rápida, hiperextensão do joelho ou lesão rotacional, envolvendo rara-mente o contato com outro indivíduo. Nos dias atuais, essa lesão é melhor compreendida e tratada. Qual é o exercício inapropriado para pacientes com tal diagnóstico?

Ⓐ Fortalecimento do quadríceps em cadeia aberta entre 15º e 45º de flexão. Ⓑ Fortalecimento dos músculos do joelho em cadeia cinética fechada.Ⓒ Atividade resistida de equilíbrio e coordenação em múltiplos planos. Ⓓ Movimentos laterais e rotacionais resistidos e atividades realizadas em superfícies instá-veis

|ED|| 01. A introdução da propaganda e educação na técnica rotineira de ação da Saúde Pública brasileira é atribuída à reforma :

A) Osvaldo Cruz.B) Carlos Chagas.C) Barros Barreto.D) Almeida Machado.E) N.R.A.

Resposta:(B) Marco importante da evolução da saúde pública brasileira foi a refor-ma Carlos Chagas que, reorganizando os serviços de saúde pública pelo Decreto Legislativo Nº 3.987, de 2 de janeiro de 1920, criou o Depar-tamento Nacional de Saúde Pública. Na administração, Carlos Chagas ocorreu a introdução da propaganda e educação sanitária na técnica rotineira de ação, ao contrário do critério puramente fiscal e policial até então utilizado.Ref.: Rodrigues. Fundamentos de administração sanitária. p.31.

|ED|| 02. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, da receita de impostos da União o Governo Federal deverá dispor para o Setor Educação:

A) 3%.B) 5%.C) 12%.D) 18%.E) 25%.

Resposta:(D) A Constituição Federal de 1988, consoante Artigo 212 da Seção I – da Educação Capítulo III do Título VII, determina que 18% da receita

SAÚDEPÚBLICA

116 Marcelo GurGel carlos da silva

resultante de impostos da União sejam destinados ao Setor Educação. Para os municípios brasileiros, a alocação de recursos para a educação, conforme estipula a Constituição retromencionada, deverá comprome-ter 25% de suas arrecadações tributárias.Ref.: Brasil. Constituição Federal.

|ED|| 03. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, das arrecadações tri-butárias municipais, o município deverá dispor para o Setor Educação:

A) 5%.B) 12%.C) 18%.D) 25%.E) 30%.

Resposta:(D) A Constituição Federal de 1988, conforme o Artigo 212 da Seção I – da Educação – Capítulo III do Título VII, dispõe que para os municípios brasileiros, a alocação de recursos para a educação, deverá fixar 25% de suas arrecadações tributárias.Ref.: Brasil. Constituição Federal.

|ED|| 04. Nos indicadores sociais e econômicos relacionados com a saúde, a OMS, em sua proposta de indicadores para acompanhar os progressos de “Saúde Para Todos no Ano 2000”, recomendava na área de educação:A) a proporção de crianças do primeiro ano escolar que alcança a uni-

versidade.B) a proporção de crianças do primeiro ano escolar que alcança a escola

secundária.C) o índice de alfabetismo de adultos.D) o número de técnicos por 1.000 habitantes.E) a taxa de repetência no primeiro ano escolar.

Resposta:(C) Nos progressos para a “Saúde Para Todos”, provavelmente, se farão sentir profundamente dois fatores sociais que, em geral, não se conside-ram como partes integrantes do Setor Saúde: a educação e a moradia. Um possível indicador da contribuição da educação à saúde é o índice de alfabetismo, comumente definido como percentagem da população de 15 ou mais anos que sabe ler e escrever em qualquer idioma; outros possíveis indicadores educacionais são: número (%) de alunos de 5 a 19 anos matriculados nas escolas, número de alunos por professor e gastos por aluno.Ref.: OMS. Saúde para todos no ano 2000. p.19, 26.

CAP. 4 • EdUcaÇÃo Em saÚdE 117

|ED|| 05. A área de educação está representada no Indicador de Qualidade Mate-rial da Vida (IQMV) por:

A) percentagem de população de 5 a 19 anos matriculadas nas escolas.B) nº de técnicos por 1.000 habitantes.C) percentagem de alfabetismo da população adulta.D) taxa de repetência no primeiro ano escolar.E) nº de alunos que chegam à universidade entre os que ingressaram na

escola primária.

Resposta:(C) A procura de um indicador ideal que traduzisse por um valor nu-mérico o “nível de vida” ou, em menor abrangência, o nível de saúde de uma população sempre foi uma meta de estudiosos da área da saúde e da economia. Grant propôs o uso de um indicador que reúne de forma combinada os valores da mortalidade infantil, da esperança de vida à idade de um ano e da taxa de alfabetismo; é conhecido por Indicador de Qualidade Material de Vida (IQMV) e tem recebido ampla aceitação em vários organismos internacionais.Ref.: Laurenti. In: Gonçalves. p.93-7.

|ED|| 06. Segundo Morris, dentre os diferentes usos da Epidemiologia incluem--se:

I. identificação de grupos mais vulneráveis.II. ajuda a completar o quadro clínico.III. identificação de novas síndromes.IV. identificação dos fatores etiológicos.Desses usos, estão mais vinculados à educação médicaA) somente III e IV. B) somente II e III.C) somente II, III e IV.D) somente I, III e IV.E) todos (I a IV).

Resposta:(C) Classicamente, Morris distinguiu sete usos importantes da Epide-miologia; desses usos, três estavam mais vinculados à Educação Médica, a saber: 1. ajuda a completar o quadro clínico; 2. identificação de novas síndromes; 3. identificação dos fatores etiológicos. A identificação de grupos mais vulneráveis relaciona-se mais ao planejamento em saúde.Ref.: Armijo. Epidemiología. p.37-40.

1 - FUNÇÃO DA PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos que marcam pausas e tentam também transcrever ritmo e melodia da língua.

1. Fundamentalmente, servem para marcar pausas sintáticas:a. Ponto (pausa longa)b. Vírgula (pausa curta)c. Ponto-e-vírgula (pausa intermediária)

▍Observação: O ponto determina final de período e/ou de parágrafo. Vírgula e ponto-e-vírgula não de-terminam final de período.

2. Possuem a função essencial de marcar a melodia e entoação:a. dois-pontosb. ponto de interrogaçãoc. ponto de exclamaçãod. reticênciase. aspasf. parênteses

g. travessões

▍Observação: Uma vírgula pode mudar tudo...Voz do pessimista: “Não vou passar no concurso!”Voz do otimista: “Não, vou passar no concurso!”

Observe, a seguir, uma situação em que podem ser aceitas duas pontuações diferentes. A mudança gera-rá uma interpretação completamente diferente e produzirá uma nova sintaxe no período."Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria se rastejando à sua procura.""Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria se rastejando à sua procura."Observe a pontuação: no 1º período, a vírgula colocada demonstra que o sujeito da forma verbal “tem” é o termo “o homem”, enquanto o sujeito da forma verbal “andaria” é “a mulher”. No 2º período, a vírgula colocada demonstra que “a mulher” é sujeito da forma verbal “tem”, enquanto o “o homem” é sujeito da forma verbal “andaria”.

Leia atentamente o pequeno texto abaixo:“Sentenciou o rei:- O júri condenou. Eu não, absolvo.Escreveu o distraído escrivão:

Português

216 ▕ Pontuação

- O júri condenou, eu não absolvo.”Percebe-se uma total mudança de sentido com a retirada da vírgula após o vocábulo “não”. A mensagem, após a mudança, transmite o oposto do que havia transmitido inicialmente.

(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA FEDERAL DO MARANHÃO - EBSERH) Considere os períodos abaixo.

I. A pessoa que não é preconceituosa, não discrimina ninguém.II. É necessário meu amigo, ter consciência deste problema.III. João, meu colega de classe, está internado.

A pontuação está correta somente em:

Ⓐ I.Ⓑ II.Ⓒ III.Ⓓ I e III.Ⓔ II e III.

Análise das alternativas

Pontuação é um assunto presente nas provas, entretanto o sinal de pontuação mais cobrado é a vírgula. Vamos nos lembrar de que a vírgula é uma pausa de caráter sintático: muitos atrelam a vírgula ao ato de respirar – algo completamente fora da regra gramatical. Atenção para as vírgulas que isolam aposto, adjun-to adverbial deslocado e termos intercalados.Assertiva I: INCORRETA. A vírgula utilizada no período está incorreta, pois, ao usá-la, o sujeito está sendo sepa-rado do predicado. Nesse caso, deveria haver duas vírgulas, isolando a oração adjetiva explicativa –“que não é preconceituosa” -, ou deveria ser retirada a vírgula que foi utilizada após “preconceituosa”. Resumin-do: usam-se duas vírgulas ou usa-se nenhuma.Assertiva II: INCORRETA. O termo “meu amigo” deveria estar entre vírgulas, por se tratar de um vocativo. Lem-bre-se de que o vocativo é um termo isolado, que indica chamamento, apelo. Exemplo: “É necessário, meu amigo, ter consciência deste problema”Assertiva III: CORRETA. O termo “meu colega de classe” está corretamente isolado por vírgulas, pois se trata de um aposto explicativo.▍Resposta: Ⓒ

2 - REGRAS PRÁTICAS DE PONTUAÇÃO

Não se usa pontuação:• Entre sujeito e predicado;• Entre verbo e complementos verbais (objetos);• Entre nomes e complementos nominais;• Nas locuções verbais, separando verbo auxiliar e principal;• Entre o substantivo e o adjunto adnominal.

Conclusão:• Não se usa pontuação entre termos que estiverem em sua ordem direta:

Sujeito + Verbo Complemento + Verbal + Adjunto Adverbial

217▏Paula Barbosa

▍Observação: Em termos intercalados ou explicativos, as vírgulas podem ser substituídas por travessões ou parênteses, sem alteração de ordem sintática ou de ordem semântica.Observe a oração intercalada:A vida, disse o homem sentado à mesa, é bela!A vida – disse o homem sentado à mesa – é bela!A vida (disse o homem sentado à mesa) é bela!Observe o termo explicativo:Aqueles políticos, frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais, não se preocupam com os interesses do povo.Aqueles políticos - frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais - não se preocupam com os interesses do povo.Aqueles políticos (frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais) não se preocupam com os interesses do povo.

(UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - EBSERH) No período “O trabalho, no decorrer da história, foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano”, o uso das vírgulas justifica-se para:

Ⓐ marcar a intercalação do adjunto adverbial. Ⓑ marcar a inversão do adjunto adverbial. Ⓒ marcar a elipse do verbo.Ⓓ isolar o aposto. Ⓔ marcar uma enumeração.

Análise das alternativas

O conhecimento sintático que o candidato trouxer será fundamental para facilitar a resolução dessa ques-tão. Perceba que, embora o assunto seja pontuação, sem conhecer a sintaxe e os termos da oração, prin-cipalmente a localização desses, ficará muito complicado alcançar um gabarito com segurança. O adjunto adverbial é o termo que mais possibilidades possui de ocupar vários espaços na sentença.Alternativa A: CORRETA. O adjunto adverbial está deslocado porque a posição que ele deve ocupar é no final da sentença. Observe que ele está quebrando a linearidade sintática do período. Desse modo, percebe-se claramente que o adjunto adverbial está intercalado no período.Alternativa B: INCORRETA. O período apresenta uma inversão, mas não é uma inversão do adjunto adverbial. A inversão é do período. Como a posição original do adjunto adverbial é no final da sentença e ele está posicionado no meio do período, fica claro que a vírgula é de deslocamento. Logicamente, as alternativas “a” e “b” foram criadas para confundir o raciocínio do candidato.Alternativa C: INCORRETA. Não há, no período, elipse da forma verbal. Todos os termos estão explícitos; não há termos implícitos na sentença.Alternativa D: INCORRETA. O aposto é um termo que explica o substantivo antecedente. Observe que, no perío-do apresentado, não há aposto presente.Alternativa E: INCORRETA. Não há enumeração no período apresentado. Quando há enumeração, estamos diante de aposto enumerativo.

Colocando a teoria em prática...

Observe com atenção o período a seguir:O fato de as pessoas não demonstrarem muito interesse pelo sofrimento alheio é um sinal de que a

sociedade está cada vez mais fria e egoísta.

218 ▕ Pontuação

É fundamental observar a estrutura sintática da sentença acima.Sujeito: O fato de as pessoas não demonstrarem muito interesse pelo sofrimento alheioVerbo de ligação: éPredicativo do sujeito: um sinal de que a sociedade está cada vez mais fria e egoístaA maioria dos alunos sentirá a necessidade de usar uma vírgula após o termo “alheio”, mas cometeria um

erro bastante valorizado, inclusive em provas de concurso: separaria o sujeito do verbo.

(PREFEEITURA DE ARMAÇÃO DE BÚZIOS/RJ - FUNCAB) Assinale a opção cuja reescrita do trecho “Abandonou-o por negócios urgentes, voltou à leitura quando regressava de trem à fazenda; deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens” mantém o seu sentido original e a pontuação correta.

Ⓐ Abandonou-o. Por negócios urgentes, voltou à leitura, quando regressava de trem à fazenda: deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Ⓑ Abandonou-o por negócios urgentes. Voltou à leitura, quando regressava de trem à fazenda. Deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Ⓒ Abandonou-o por negócios urgentes. Voltou à leitura quando regressava de trem. À fazenda, deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Ⓓ Abandonou-o por negócios urgentes: voltou, à leitura, quando regressava de trem à fazenda, deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Ⓔ Abandonou-o por negócios urgentes: voltou à leitura. Quando regressava de trem à fazenda deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.

Análise das alternativas

A mudança de pontuação pode gerar tanto uma infração à norma gramatical, como também pode manter a obediência à norma, entretanto modificar completamente o sentido da sentença original. É fundamental ficar atento às duas situações, principalmente porque o enunciado pode estar trazendo alguma dessas especificidades.Alternativa A: INCORRETA. Observe que, ao colocar um ponto de segmento após “abandonou-o”, muda-se com-pletamente o sentido original de que alguém o abandonou por negócios e passa-se a ter a ideia de que esse alguém “voltou à leitura” por causa dos negócios, o que foge completamente ao sentido original da sentença. Alternativa B: CORRETA. O conteúdo semântico está mantido através da substituição do ponto e vírgula por um ponto de segmento. Além disso, todo o restante da estrutura mantém tanto a correção gramatical quanto o sentido original do período.Alternativa C: INCORRETA. Com a colocação de um ponto de continuidade entre os termos “trem” e “à fazenda”, altera-se o sentido original da sentença. Inicialmente o sujeito voltou “de trem” para a fazenda; após a nova pontuação, a sentença transmite a ideia de que “na fazenda” o sujeito “deixava-se interessar lentamente pela trama”. Alternativa D: INCORRETA. A ausência de pontos de continuação deixa a redação confusa e não mantém a ideia transmitida inicialmente. Observe, inclusive que, ao fazer determinada alteração, a própria leitura impossi-bilita o entendimento do texto.Alternativa E: INCORRETA. A mudança da pontuação compromete a sequência dos fatos. Observe que inicial-mente, o sujeito “voltou à leitura, quando regressava da fazenda”. Após a mudança da pontuação, a ideia expressa é de que ele “deixa-se interessar pela trama, quando volta da fazenda”.

▍Observação: Muitos aprendem que o uso da vírgula está atrelado a uma pausa para respirar. Saliente-se que a vírgula é justificada por uma pausa sintática. Respirar ou não é um procedimento desvinculado da colocação do sinal de pontuação. Cabe, portanto, construir um bom conhecimento sintático para saber usar os sinais de pontuação.

História5Matheus Buente

01. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a eco-nomia açucareira no período colonial, em particular na segunda metade do século XVIII, analise as afirmativas abaixo e, a se-guir, assinale alternativa.

I. Nas áreas do Nordeste e Rio de Janeiro é possível identificar uma situação de recuperação, marcado pelo surgimen-to de um novo mercado consumidor nas regiões mineradoras, a partir do "renascimento agrícola".

II. A política pombalina marca o referido contexto, uma vez que proporcionou a instalação de refinarias em Portugal e a criação das companhias de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.

III. Em paralelo ao contexto da economia açucareira na América Portuguesa, as colônias francesas vivenciaram um aumento da produção de açúcar, era decorrência da queda do produto nas Antilhas.

Ⓐ Somente I está correta Ⓑ Somente II está correta Ⓒ Somente III está correta Ⓓ Somente I e II estão corretas Ⓔ Somente II e III estão corretas

Grau de Dificuldade

Assertiva I: CORRETA. No século XVIII, a eco-nomia açucareira já enfrentava forte con-corrência do açúcar produzido no Caribe, o que causou uma crise no Nordeste e Rio de Janeiro. Com a mudança do polo eco-nômico para a região das Minas Gerais, foi necessário um empenho econômico para abastecer as cidades mineiras que começaram a crescer e dispunham todos os seus recursos para a extração mineral, dessa maneira Rio e Nordeste tiveram o seu "renascimento agrícola", agora com uma produção voltada para o abasteci-mento do mercado interno.Assertiva II: CORRETA. As medidas de Pom-bal visavam aumentar o controle político, econômico e administrativo da metrópole

128 129Matheus BuenteHistória

sobre o Brasil. Objetivavam também au-mentar a exploração dos recursos eco-nômicos, principalmente de ouro, para transformar Portugal numa potente na-ção europeia. Logo, refinar o açúcar em Portugal era um fator para cumprir seu objetivo, assim como a criação de com-panhias de comércio nas novas províncias do Grão-Pará e Maranhão a fim de viabili-zá-las financeiramente.Assertiva III: INCORRETA. As Antilhas se tor-naram em pouco tempo grandes concor-rentes da América Portuguesa na produ-ção e venda do açúcar durante o século XVIII. Logo, não é correto associar uma queda do produto justamente no período em que ele rompeu com a predominância portuguesa.Resposta: Ⓓ

02. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a Re-gência Una e a eleição de Feijó, assinale a alternativa correta.

Ⓐ O contexto que antecede a eleição de Feijó como regente único está marcado pela divisão política em dois grupos: os progressistas, que apoiavam a Ato Adicio-nal de 1834 e aqueles que se opunham a ele, os regressistas.

Ⓑ O Ato adicional que viria a orientar as ações políticas da Regência Una tinha como proposta a centralização do poder em mãos de um regente único, ao passo que buscava a mesma unidade centraliza-dora para as províncias através do com-bate à autonomia local.

Ⓒ Com a eleição de Feijó, as Assembleias Legislativas que possuíam caráter apenas

consultivo cederam espaço aos Conselhos Provinciais, agora com amplos poderes de legislação nas áreas civil e militar.

Ⓓ A vitaliciedade do Senado foi extinta, promovendo o declínio dos restauradores e a resposta aos anseios dos exaltados.

Ⓔ A vitória de Feijó representou a vitória do regressistas e a estabilidade entre as principais forças políticas.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: CORRETA. Com o Ato Adicional de 1834, a organização do Estado Imperial durante a menoridade de Pedro de Alcân-tara passaria a ser administrada por uma Regência Una, cujas eleições ocorreriam a cada quatro anos. Os Progressistas de fato eram a favor da Regência e anos mais tarde seriam a base do Partido Liberal. Já os Regressistas se opunham ao Ato Adi-cional e mais tarde formariam o Partido Conservador, grandes apoiadores da Mo-narquia.Alternativa B: INCORRETA. Apesar de cen-tralizar o poder em um único regente, no aspecto político, a regência de Feijó ficou marcada pela autonomia conseguida pe-las províncias.Alternativa C: INCORRETA. Na realidade eram os Conselhos que possuíam caráter con-sultivo e com a eleição de Feijó, esses Con-selhos perderam espaço para as Assem-bleias que gozavam de amplos poderes.Alternativa D: INCORRETA. Quando a Re-gência Trina foi transformada em Regên-cia Una eleita por voto direto e com um mandato temporário a cumprir. Foi criado o Município Neutro na cidade do Rio de Janeiro e a manutenção da vitaliciedade do Senado, algo que era muito importante

para a estabilidade política do período e para demonstrar um tom descentralizador por parte do novo modelo de regência.Alternativa E: INCORRETA. Os regressistas eram contra a eleição de Feijó e inclusive opunham a regência Una, principalmen-te considerarem os posicionamentos do Padre muito progressistas e/ou liberais, como por exemplo a proposta dele de acabar com o celibato do clero.

03. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) O processo de constituição do Estado nacional bra-sileiro estendeu-se pelo século XIX, após ter sido iniciado pelo imperador D. Pedro I. Sobre o referido processo analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. O Brasil assinou o Tratado de Paz e Aliança com Portugal que, entre ou-tros fatores, obrigava D. Pedro I a ce-der o título honorário de Imperador do Brasil a D. João VI e a não aceitar com qualquer outra colônia portuguesa.

II. Foi adotada uma política livre-cambis-ta que, apesar da tentativa de fomen-tar a indústria nacional, fracassou em função dos baixos preços dos produ-tos britânicos.

III. A Constituição outorgada em 1824, classificou, para fins eleitorais, os ci-dadãos em: cidadãos passivos – não alcançavam renda suficiente para ter direitos políticos; cidadãos ativos vo-tantes – os que possuíam renda sufi-ciente para votar; cidadãos ativos elei-tores elegíveis – os que tinham renda suficiente para ser eleito.

IV. A Confederação do Equador foi um momento crítico daquele período e se caracterizou pela liderança das elites de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Bahia, atingidos pela crise dos produtos típicos da região como o açúcar e o algodão.

Ⓐ Somente I e II estão corretas. Ⓑ Somente II e IV estão corretas. Ⓒ Somente I, II e III estão corretas. Ⓓ Somente I, III e IV estão corretas. Ⓔ Somente II, III e IV estão corretas.

Grau de Dificuldade

Assertiva I: CORRETA. Após o emblemático Grito do Ipiranga, Dom Pedro I teria de to-mar diversas ações que pudessem assegu-rar a autonomia política da nação brasilei-ra, entre elas, o Tratado de Paz e Aliança finalmente oficializou o reconhecimento lusitano. Segundo esse acordo, o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois milhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil. Além disso, Dom João VI, rei de Portugal, ainda preservaria o título de im-perador do Brasil. Essa última exigência, na verdade, manifestava o interesse que o monarca lusitano tinha em reunificar os dois países em uma só coroa.Assertiva II: CORRETA. Em 1828, Dom Pedro I estabeleceu uma política livre-cambista ao estender a taxa alfandegária de 15%, anteriormente exclusiva aos ingleses, a todas as demais nações do mundo. Por fim, essa medida se instituiu como um novo obstáculo para a modernização da nossa economia. Uma vez que os produtos

130 131Matheus BuenteHistória

ingleses continuam com melhores preços e que dificultava a produção interna.Assertiva III: CORRETA. A constituição de 1824 tinha como principal característica eleitoral o voto censitário, que era uma regulação sobre quais brasileiros pode-riam ou não votar e se candidatar aos cargos públicos de acordo com sua ren-da, gerando assim uma categorização de cidadãos no que diz respeito aos direitos eleitorais.Assertiva IV: INCORRETA. A Confederação do Equador não contou com a participação da Bahia, além disso o grande objetivo do movimento era a emancipação da região Nordeste e sua consequente independên-cia de Portugal, deixando essa questão econômica sobre o açúcar e o algodão em segundo plano.Resposta: Ⓒ

04. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Sobre as re-lações entre colonos e jesuítas, no que diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas abaixo e, em segui-da, assinale a alternativa correta.

I. O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os inte-resses da Coroa e nem com os dos je-suítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram a oposição dos inacianos.

II. As relações contrárias aos padres je-suítas por parte dos colonos acen-tuou-se pelo fato de os lusos acredi-tarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas atividades econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena.

III. Os jesuítas foram expulsos da Capita-nia de São Vicente porque os colonos os denunciaram por transformar índios aldeados em escravos da Companhia.

Ⓐ somente I está correta Ⓑ somente II está correta Ⓒ somente III está correta Ⓓ somente I e II estão corretas Ⓔ somente II e III estão corretas

Grau de Dificuldade

DICA DO AUTOR: Ordem Inaciana é referência a Companhia de Jesus, ordem religiosa a qual pertenciam os Jesuítas.Assertiva I: CORRETA. De maneira prática não havia nenhuma oposição por parte da Coroa ou dos Jesuítas a escravização dos índios, porém a insistência no cativeiro começou a "atrapalhar" os ideais de con-versão religiosa dos inacianos. Assertiva II: CORRETA. As atividades eco-nômicas coloniais principalmente na produção da cana de açúcar na Bahia se firmaram fortemente através da escravi-zação dos povos nativos (indígenas). E os Jesuítas tinham como prioridade na rela-ção com os indígenas a catequese e não o trabalho.Assertiva III: INCORRETA. Os jesuítas não tinham como ideal a prática de mão de obra indígena.Resposta: Ⓓ

05. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Sobre a transição do trabalho escravo para o livre na região Centro-Oeste do Brasil, é corre-to afirmar:

Ⓐ as relações de trabalho advindas da mão de obra livre eram baseadas no sis-tema capitalista de assalariamento.

Ⓑ o sul de Goiás, por ter sido ocupado por pequenos trabalhadores livres, teve suas relações de trabalho marcadas pelo re¬gime de colonato e de parcerias.

Ⓒ o trabalho livre foi implantado para acompanhar o avanço da agricultura de alimentos, da agropecuária e, sobretudo, da pecuária extensiva voltada para o mer-cado interno.

Ⓓ o declínio do número de escravos no Centro-Oeste decorreu do tráfico inter-provincial, uma vez que boa parte dos cativos dessa região foi levada para as la-vouras de café do Sudeste.

Ⓔ a ocupação decorrente do avanço da pecuária nessa região, implementada por migrações de mineiros e paulistas, nas primeiras décadas do séc. XIX mudou as relações de trabalho, ao voltar-se para o mercado de exportação de carnes.

Grau de Dificuldade

DICA DO AUTOR: Quando se fala do trabalho e da ocupação da região Centro-Oeste é muito comum usarem o termo COLONATO, porém esse termo representa um anacro-nismo, uma vez que o termo foi cunhado para designar trabalhadores do interior Italiano que iriam ocupar terras até então "desocupados", contudo, no caso brasi-leiro, essa é a única semelhança. O Cen-tro-Oeste era pouco ocupado e pessoas foram incentivas a ir para lá, porém com uma estrutura material e uma relação com a terra muito próprias e diferentes da italiana. Como por exemplo: os italia-

nos tinham posse perpétua da terra, já os brasileiros ocupavam terras do governo.Alternativa A: INCORRETA. A relação de tra-balho com mão de obra livre teve seu mo-delo capitalista de assalariamento pos-terior ao século XIX, sendo consolidado apenas no governo Vargas.Alternativa B: INCORRETA. O sistema de par-cerias foi utilizado muito pouco, tendo em vista os elevados juros cobrados sobre as dívidas dos colonos para o tratamento da terra, bem como da produção agrícola que era pouco valorizada.Alternativa C: CORRETA. Realmente houve o uso do trabalho livre para acompanhar a demanda da economia interna crescente no Brasil.Alternativa D: INCORRETA. Como existia um mercado interno crescente e latente no Centro-Oeste, existiam dificuldades com mão de obra, gerando demanda por tra-balhadores. E essa mão de obra foi encon-trada nos trabalhadores livres que chega-vam, portanto não houve debandada de mão de obra escravizada, uma vez que a economia do Centro-Oeste se desenvol-veu com baixa presença de escravos.Alternativa E: INCORRETA. De forma geral a dinâmica econômica ainda se voltava para o mercado interno.

06. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Analise as afirmativas sobre a economia brasileira do século XIX e, em seguida, assinale a opção correta.

I. O desinteresse do sudeste cafeeiro pela escravidão foi uma forte motiva-

Geografia6Thor Fascio

I. GEOGRAFIA FÍSICA: CLIMATOLOGIA – CLIMAS DO BRASIL

01. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Em relação às massas de ar no Brasil, assinale a alter-nativa correta.

Ⓐ A massa Equatorial Atlântica origina--se no Oceano Atlântico setentrional e influencia diretamente o clima na região Sul do país.

Ⓑ A massa Equatorial Continental origi-na-se na porção norte do país e influen-cia diretamente o clima seco no Nordeste Brasileiro.

Ⓒ A massa Polar Atlântica tem atuação apenas na região Sul do país.

Ⓓ A massa Tropical Continental forma-se na depressão do Chaco e é responsável pelas chuvas frontais na região Nordeste.

Ⓔ A massa Tropical Atlântica influencia diretamente o clima na faixa leste do país.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. A massa Equato-rial Atlântica, quente e úmida, tem forte atuação nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo responsável pelas chuvas de verão nessas regiões. Atua ainda em boa parte da região Centro-oeste e norte da região Sudeste. Ela não atua na região Sul do Brasil.Alternativa B: INCORRETA. Por ter altos ín-dices de umidade, a massa Equatorial Continental, formada sobre a Amazônia, intensifica as chuvas nas regiões Centro--oeste e no sertão nordestino nos meses de novembro a março.Alternativa C: INCORRETA. A massa Polar Atlântica, originada no extremo sul da América do Sul, ganha força no inver-no com o deslocamento da zona de alta pressão para o norte, estacionando nas proximidades do Uruguai. Atua na região Sul, fazendo cair muito as temperaturas. É responsável pela formação de geadas em áreas da região Sul e do interior do Esta-do de São Paulo. Desloca-se em direção ao sul da Amazônia, provocando a queda nas temperaturas, num fenômeno conhe-

142 143Thor FascioGeografia

cido como “friagem” e é responsável pe-las chuvas frontais no litoral do Sudeste e Nordeste.Alternativa D: INCORRETA. A massa Tropical Continental, quente e seca, dificulta a for-mação de nuvens nas áreas onde atua, intensificando a aridez, em áreas da re-gião Centro-oeste, e na porção oeste das regiões Sul e Sudeste.Alternativa E: CORRETA. A massa Tropical Atlântica, formada no Atlântico Sul, é quen-te e úmida. Ela amplia os índices de plu-viosidade atuando no litoral das regiões Sudeste e Nordeste o ano todo. No verão, intensifica as chuvas no interior da região Sudeste e parte da região Centro-oeste. No inverno, ao encontrar-se com a massa Po-lar Atlântica, intensifica as chuvas frontais no litoral do Sudeste e do Nordeste.

02. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Os meses mais chuvosos ou de maior índice pluvio-métrico ocorrem no outono e no inverno, quando se dá o avanço da mPA (Massa Polar Atlântica) e o encontro desta com a mTa (Massa Tropical Atlântica), provocan-do as chuvas frontais. Essas chuvas são, muitas vezes, intensas e que provocam grandes transtornos nas cidades onde ocorrem.

A associação correta entre o tipo climáti-co brasileiro correspondente às caracte-rísticas descritas e o exemplo de cidade onde ele ocorre está na opção:

Ⓐ Clima equatorial úmido – Belém. Ⓒ Clima tropical de altitude – São Paulo. Ⓒ Clima subtropical úmido – Curitiba.

Ⓓ Clima litorâneo úmido – Maceió. Ⓔ Clima tropical típico – Cuiabá.

Grau de Dificuldade

DICA DO AUTOR: apesar da questão apre-sentar uma baixa complexidade de reso-lução, ela exige do candidato o conhe-cimento prévio de características bem específicas de climatologia, o que sugere uma fixação maior do assunto.Alternativa A: INCORRETA. O clima equato-rial úmido é caracterizado por altos índi-ces pluviométricos com chuvas intensas em boa parte do ano. Apresenta umida-de relativa do ar muito elevada, em torno dos 80%; médias térmicas anuais acima dos 25°C, com a menor amplitude térmi-ca anual. Alternativa B: INCORRETA. O clima tropical de altitude caracteriza-se pela sazonali-dade das chuvas, alternando uma estação úmida (Verão) e uma estação seca (Inver-no). As médias térmicas ficam em torno de 16°C e os índices pluviométricos próximos aos 1200 mm.Alternativa C: INCORRETA. O clima subtro-pical úmido tem sua ocorrência nas mé-dias latitudes, atuando, principalmente, na região sul do Brasil. Apresenta índice pluviométrico por volta dos 1500 mm, com chuvas bem distribuídas durante o ano. Tem média térmica em torno dos 15°C e apresenta a maior amplitude tér-mica anual dentre os climas brasileiros. Também é o único a apresentar as quatro estações bem definidas.Alternativa D: CORRETA. O clima litorâneo úmido ou tropical úmido tem o segundo maior índice pluviométrico entre os climas brasileiros, por volta de 2000 mm anuais,

além dos verões chuvosos, característi-cas da tropicalidade. As chuvas aparecem com intensidade no inverno e outono, graças a ação das frentes frias oriundas da atuação da massa polar atlântica. Alternativa E: INCORRETA. O clima tropical típico é o de maior abrangência no ter-ritório brasileiro. Observa-se claramente duas estações, alternando verões quen-tes e úmidos com invernos frios e secos. Tem média térmica anual na casa dos 22°C e índices pluviométricos em torno de 1800 mm.

II. GEOGRAFIA FÍSICA: GEOMORFOLOGIA – FORMAS DE

RELEVO NO BRASIL

03. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Em relação às planícies brasileiras, pode-se afirmar:

Ⓐ Correspondem a 59% do território, sendo que os planaltos, ocupam os 41% restantes.

Ⓑ São formadas por estruturas geológi-cas antigas do período terciário e quater-nário (cenozoico).

Ⓒ Ocupam extensões menores que os planaltos, apesar da sua grande expres-são na Amazônia.

Ⓓ Equivalem em área aos planaltos, pois as áreas classificadas como depressões, fazem parte do conjunto de planícies.

Ⓔ São consideradas superfícies nas quais predominam o processo de desgaste, e consequentemente, são as áreas mais baixas do território.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. O Brasil tem parte de seu território, cerca de 60%, formado por planaltos que se distribuem por duas grandes áreas: o Planalto das Guianas, na região Norte, e o Planalto Brasileiro, co-brindo a maior parte do Brasil, em des-taque para o Centro-oeste. O território apresenta ainda formação de planaltos na região Nordeste, destaque para o Planalto de Borborema, além de várias formações sedimentares conhecidas como mesões e chapadas.Alternativa B: INCORRETA. A formação do relevo brasileiro é muito antiga, algumas estruturas remontam ao período pré--cambriano, como os escudos cristalinos e aos períodos paleozoico e mesozoico, como as bacias sedimentares. A maior parte dos terrenos onde se localizam as planícies de fato, remontam ao período cenozoico sendo, portanto, muito mais recentes.Alternativa C: CORRETA. Pela classificação de relevo proposta pelo professor Jurandyr Ross, boa parte das planícies observadas pelo critério da altitude foi reclassifica-da como depressão relativa, diminuindo muito sua incidência no território brasi-leiro. Entre as terras em torno dos rios, denominadas de planícies típicas, o des-taque fica para planície amazônica.Alternativa D: INCORRETA. As áreas de for-mação de planícies são menores que as de formação de planaltos. Planícies e depressões são classificados separada-mente, por causa dos diferentes fatores de formação. Enquanto na formação das planícies predominam os fatores de sedi-mentação, nas depressões predominam a denudação de sedimentos.

144 145Thor FascioGeografia

Alternativa E: INCORRETA. Com base na nova classificação do relevo brasileiro proposta pelo professor Jurandyr Ross, as planícies são terras baixas onde pre-dominam os fatores de sedimentação. As áreas que são classificadas a partir da predominância dos processos de desgas-te são os planaltos.

04. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Leia o texto abaixo.

Estão no território brasileiro perto de 16% das reservas florestais mundiais, que possuem, como sumidouros, grande importância no ci-clo do carbono. Todavia, tal fato, que poderia ser uma condição favorável, constituindo-se numa grande desvantagem, à medida que a comunidade internacional não crê que o governo brasileiro possa deter as queimadas vinculadas ao desmatamento da Amazônia.

Baseando-se no texto e em seus conheci-mentos sobre a Amazônia Legal, pode-se afirmar que a (o) (s):

Ⓐ desmatamento tem proporcionado à introdução em larga escala da produção agroecológica de alimentos.

Ⓑ queimadas ajudam na abertura de no-vas áreas para a implantação de sistemas de produção sustentável.

Ⓒ mineração, por meio de empresas multinacionais, tem ajudado a melhorar a imagem do Brasil perante grupos interna-cionais de defesa do meio ambiente.

Ⓓ madeiereiras ilegais são quase inexis-tentes na atualidade e a exploração da

(TAVARES, C. A. In VITTE, Carlos Antonio; GUERRA, Teixeira J. A., (org.) Reflexões sobre a geografia física no Brasil. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 2004. (pág 144).).

madeira acontece em áreas de manejo florestal.

Ⓔ forte demanda por recursos naturais no Brasil e no exterior, a visão de desen-volvimento em curto prazo, associada ao rápido enriquecimento, tem norteado po-líticas predatórias.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. A Amazônia legal vem se consolidando como a última fron-teira agrícola brasileira atraindo o avanço dos sistemas agrícolas mecanizados, vol-tados para a produção de commodities para a exportação, o plantation. Esta ex-pansão é responsável, em grande parte, pelo aumento dos índices de desmata-mento da região.Alternativa B: INCORRETA. A queimada ou coivara é geralmente usada para a limpe-za do terreno e está presente nas técnicas mais rudimentares de plantio itineran-te que coexistem com o agronegócio na Amazônia. Os sistemas de produção sus-tentável condenam o uso da queimada, pois seu uso indiscriminado e de forma constante acaba exaurindo o solo, per-dendo-se aquela área agricultável. Alternativa C: INCORRETA. A legislação bra-sileira determina regras de diminuição do impacto ambiental causado pela ativida-de mineradora. Questões ligadas a falta de fiscalização e mesmo o descaso das empresas com relação a legislação fazem com que os danos ambientais sejam agra-vados, contribuindo para a imagem nega-tiva do Brasil perante organismos interna-cionais de defesa do meio-ambiente.Alternativa D: INCORRETA. Apesar de uma significativa parcela de madeira extraída da Amazônia ser de áreas reflorestadas, a

maior parte de madeira negociada a par-tir da extração dessa região é de origem irregular. A situação se agrava com o cres-cimento da atividade de grilagem (apro-priação ilegal de terras) por conta da va-lorização econômica da região.Alternativa E: CORRETA. Sendo a maior re-serva de recursos naturais do Brasil e uma das maiores do mundo, a exploração da região amazônica carece de uma legis-lação específica, fiscalização eficiente e proteção ambiental para evitar a degra-dação da floresta. Com a modernização do campo brasileiro e a expansão de práticas de exploração predatórias a situação se agrava, chegando a níveis alarmantes de desmatamento e degradação ambiental.

III. GEOGRAFIA HUMANA: FONTES DE ENERGIA – FONTES DE ENERGIA NO

BRASIL

05. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a pro-dução de energia no Brasil, analise as afir-mativas e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. A concentração de hidroelétricas na região Centro-oeste ocorreu pela forte demanda da fronteira agrícola.

II. O esgotamento de possibilidades de construção de grande hidroelétricas na região Sudeste levou a uma mudan-ça para modelos menores.

III. As termoelétricas hoje existentes funcionam com matrizes energéticas como o carvão e gás natural.

IV. Os chamados biocombustíveis têm sua matriz em programas anteriores como o Proálcool, criado em 1975.

Ⓐ Somente II está correta. Ⓑ Somente IV está correta. Ⓒ Somente I e IV estão corretas. Ⓓ Somente II, III e IV estão corretas. Ⓔ Todas estão corretas.

Grau de Dificuldade

Assertiva I: INCORRETA. As hidrelétricas brasileiras são concentradas na região Sudeste e a maior de todas, Itaipu, fica na região Sul. A região Centro-oeste tem um elevado potencial hidrelétrico, porém pouco utilizado por causa da irregulari-dade das cheias de suas principais bacias hidrográficas.Assertiva II: CORRETA. Para aumentar a efi-ciência da captação do potencial hidrelé-trico, o governo brasileiro, a partir da dé-cada de 1980, passou a adotar a utilização de turbinas verticais o que possibilitou a construção de usinas de menor porte em maior número ao invés de usinas de gran-de porte. O uso de 92% do potencial hi-drelétrico das bacias do Sudeste associa-do ao alto custo das usinas, foram cruciais para a adoção deste modelo.Assertiva III: CORRETA. Cerca de 25% da ge-ração de energia do brasil são oriundos de usinas termelétricas. Na região sudeste, as termelétricas são movidas a gás natu-ral, proveniente do gasoduto Bolívia-Bra-sil, Gasbol. Na região Sul, as termelétricas são movidas a carvão mineral das jazidas existentes na região. Na região Norte, as termelétricas são movidas a derivados de petróleo e não estão conectadas ao siste-ma elétrico nacional.Assertiva IV: CORRETA. O Brasil foi o pri-meiro país do mundo a introduzir na sua matriz energética com eficiência um bio-combustível. Pressionado pela crise do

146 147Thor FascioGeografia

petróleo de 1973, já que na época o Brasil tinha uma forte dependência de petróleo importado, foi criado o Nacional do Ál-cool (Proálcool), onde linhas de crédito e incentivos fiscais foram criados para esti-mular a mudança do combustível de auto-móveis da gasolina para o álcool.Resposta: Ⓓ

06. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Além de ser um recurso renovável, a água é uma das poucas fontes utilizadas para a pro-dução de energia que não contribui para aquecimento global – um dos problemas ambientais mais discutidos na atualidade (ALMEIDA; RIGOLIN, 2013, p. 711). Contudo, as hidrelétricas, inclusive as brasileiras, apresentam uma série de desvantagens, entre elas:

Ⓐ salinizam os solos com as grandes concentrações de sais que se acumulam nos reservatórios em regiões semiáridas, como no lago de Sobradinho.

Ⓑ promovem a liberação de gás butano em grande quantidade com a decompo-sição da vegetação nas áreas de floresta inundada, como no caso de Balbina.

Ⓒ alteram os regimes dos rios, que pas-sam a ser de regime lacustre, segundo a abertura ou fechamento das comporta das usinas, como no caso dos que com-põem o sistema de Furnas.

Ⓓ inviabilizam a navegação fluvial ao re-presarem e criarem desníveis, necessários à geração de energia, em rios de planícies, como no caso de Araguaia.

Ⓔ inundam cidades e eliminam heranças históricas, como no caso das cidades de

Remanso, Casa Nova, Sento Sé e Pilão Ar-cado no estado da Bahia.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. A salinização é consequência do desequilíbrio entre pre-cipitação e evaporação da água sobre o solo. É um fenômeno observado em ativi-dades agrícolas onde o projeto de irriga-ção não leva em conta o índice de aridez, fazendo com que a terra seja molhada com uma quantidade menor de água do que o necessário. A evaporação decor-rente da exposição do solo ao sol intenso leva ao depósito de resíduos salinos dei-xados pelo processo.Alternativa B: INCORRETA. O processo de construção de hidrelétricas alaga exten-sas áreas de fauna e flora. Essas áreas passam a emitir o gás metano graças a decomposição da matéria orgânica reti-da abaixo da linha da água. Vale ressaltar que o metano provoca 21 vezes mais im-pacto na atmosfera sobre o aquecimento global do que o gás carbônico.Alternativa C: INCORRETA. Não há alteração no regime dos rios que, no caso brasilei-ro, são de regime pluvial (exceção para a bacia amazônica de regime misto). O re-presamento causa alargamento do curso do rio à jusante (abaixo) e aumento do as-soreamento à montante (acima).Alternativa D: INCORRETA. A navegação em rios de planalto é viabilizada a partir da instalação de eclusas que transpõem os desníveis presentes no curso. Muitas des-sas eclusas são instaladas nas barragens das usinas hidrelétricas, como é o caso da eclusa instalada nas imediações da usina

hidrelétrica de Tucuruí, na bacia dos rios Tocantins-Araguaia.Alternativa E: CORRETA. As áreas alagadas pela construção das hidrelétricas geram uma série de transtornos para as popula-ções ribeirinhas como o seu deslocamen-to, a destruição de sítios históricos como os pertencentes à Canudos e cidades cen-tenárias, como as citadas pela alternativa, inundadas em 1974 pela formação do lago artificial de Sobradinho, afetando mais de 70 mil moradores da região.

07. Questão

(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Em relação às fontes de energia no Brasil podemos afirmar:

Ⓐ As regiões Sudeste e Sul juntas parti-cipam com quase 75% da produção e 30% do consumo total de energia elétrica.

Ⓑ O petróleo, devido à opção pelo trans-porte rodoviário, transformou-se em in-sumo energético fundamental para a economia.

Ⓒ O programa nuclear, para atender às necessidades de ampliação da base in-dustrial, instalou suas usinas em diferen-tes pontos do território.

Ⓓ O aproveitamento dos nossos rios de planalto é de aproximadamente 92%, onde se conclui que o Brasil deve buscar outras fontes energéticas, como as nu-cleares e as alternativas.

Ⓔ O carvão mineral é uma importante fonte de energia, sendo que as principais vantagens das jazidas brasileiras são os baixos custos de produção, porém tais recursos são insuficientes para atender a demanda interna.

Grau de Dificuldade

Alternativa A: INCORRETA. O consumo total de energia elétrica das regiões Sul e Su-deste do Brasil correspondem a cerca de 70% da geração total de eletricidade do país. São responsáveis por parte significa-tiva da geração, onde somente Itaipu na bacia do rio Paraná corresponde a cerca de 20% da geração de eletricidade.Alternativa B: CORRETA. Com a implemen-tação do projeto desenvolvimentista no Brasil a partir do governo de Juscelino Kubitscheck, é feita a “opção rodoviária” com vultosas quantias investidas na aber-tura de estradas e na atração de empresas automobilísticas multinacionais. A partir deste momento o petróleo torna-se insu-mo fundamental para o país, ampliando a demanda e tornando o país dependente da importação do produto, condição ape-nas superada em 2006.Alternativa C: INCORRETA. O programa nu-clear brasileiro, criado em 1975, com a as-sinatura de um acordo estratégico com a Alemanha Ocidental, previa a instalação de oito usinas termonucleares das quais apenas duas entraram em operação, am-bas em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro.Alternativa D: INCORRETA. O aproveitamento das bacias hidrelétricas brasileiras está aquém do seu potencial. Estima-se que a capacidade instalada represente menos de 60% do potencial hidrelétrico total. A bacia do rio Paraná é a de maior utilização tendo 92% de utilização do seu potencial. A bacia hidrográfica com menor utilização, cerca de 40%, é a bacia do rio Amazonas.Alternativa E: INCORRETA. As jazidas de car-vão mineral no Brasil ficam concentradas