o elo - aposfurnas.com.br · mas ele aceita r$ 20 bi para perder o controle da eletrobras. qual o...

8
180 JUL/AGO 2017 Informativo Bimestral da Associação dos Aposentados de Furnas O ELO A empresa está sob ameaça. A empresa está sob ameaça. NÓS vamos defender! NÓS vamos defender! EDITORIAL – APÓS-FURNAS 33 anos de lutas... e a luta continua. Quem quer privatizar, e por quê Resolução facilita transferência de Planos para bancos privados Como você deve agir para fortalecer a defesa de Furnas Coral da APÓS-FURNAS faz 15 anos e participa de Encontro Golpes contra idosos: como evitar INSS faz pente fino na invalidez Delfina conta o que fez da sua aposentadoria. FAZENDO O FUTURO ACONTECER

Upload: letram

Post on 26-Nov-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O ELO - aposfurnas.com.br · Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo? A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo ... Dentre

180JUL/AGO2017

Informativo Bimestral da Associação dos Aposentados de FurnasO ELO

A empresa está

sob ameaça.

A empresa está

sob ameaça.

NÓS vamos defender!NÓS vamos defender!

EDITORIAL – APÓS-FURNAS 33 anos de lutas... e a luta continua.

Quem quer privatizar, e por quê

Resolução facilita transferência de Planos para bancos privados

Como você deve agir para fortalecer a defesa de Furnas

Coral da APÓS-FURNAS faz 15 anos e participa de Encontro

Golpes contra idosos: como evitar

INSS faz pente fino na invalidez

Delfina conta o que fez da sua aposentadoria.

FAZENDO O FUTURO ACONTECER

Page 2: O ELO - aposfurnas.com.br · Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo? A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo ... Dentre

uando a APÓS-FURNAS foi criada, em 1984, havia Quma certeza entre seus fundadores: é preciso

defender a Real Grandeza e suas Patrocinadoras para

resguardar os direitos dos aposentados e pensionistas. Isso já

aparece na redação do Artigo 1º e seus incisos, do Estatuto da

Associação.

Esta certeza se consolidou com os anos. Muitas vezes fomos

chamados a defender a Fundação contra manobras

politiqueiras e, pelo menos uma vez, fizemos parte de um

movimento maciço para defender a empresa contra a

privatização.

Há 18 anos, a APÓS-FURNAS e outras entidades se

mobilizaram em todas as esferas políticas e jurídicas para

impedir que Furnas – patrimônio do povo brasileiro – fosse

entregue à iniciativa privada.

A nossa estratégia foi exigir na justiça o reconhecimento da

dívida que Furnas tinha com a Fundação para que essa dívida

passasse a ser responsabilidade dos compradores.

Como acionistas minoritários, a APÓS-FURNAS e a

associada Alzira Silva de Souza, então Conselheira Curadora

da Fundação, entraram com duas ações paralelas com o

mesmo teor, pedindo liminarmente a suspensão da

Assembleia Geral de Acionistas que iria aprovar a privatização,

até que essa dívida fosse calculada e lançada no Balanço da

empresa.

A ação em nome da APÓS-FURNAS, representada pelo então

presidente Adilson de Pinho Chibante, foi distribuída para a 28ª

Vara Federal do Rio de Janeiro e acolhida pelo juiz.

No dia da Assembleia, uma multidão tomava conta do pátio de

Furnas protestando, quando o Dr. Leonel de Castro,

advogado que impetrou a ação da APÓS-FURNAS, abriu

caminho entre as pessoas, e subiu à pé os 16 andares até a sala

onde estava ocorrendo a Assembleia (porque os elevadores

haviam sido desligados) com a liminar que suspendeu a sessão.

A Assembleia acatou a ordem judicial, que se manteve vigente

por mais de 15 anos, até que viesse a sentença definitiva, em

junho de 2015, dando ganho de causa à APÓS-FURNAS.

Mais do que o reconhecimento e o equacionamento da dívida

para com a nossa Real Grandeza, fomos nós, aposentados e

pensionistas, graças a nossa união e empenho, a nossa resiliência

e destemor e, principalmente, a nossa contribuição mensal à

APÓS-FURNAS (porque as inúmeras ações que impetramos

custaram somas expressivas de dinheiro), fomos nós, os

associados, que impedimos que Furnas fosse esquartejada e

privatizada em 1999.

Isso é História: está consignado nos despachos do Juiz e nos

ofícios que a empresa enviou à 28ª Vara Federal do Rio de

Janeiro.

Agora estamos diante de nova ameaça, e temos a obrigação

de responder com igual coragem e ainda mais inteligência e

garra. Porque os privatistas aprenderam com a derrota e estão

vindo com novas estratégias. Precisamos identificá-las e

responder com mais vigor.

Essa luta é de todos, da APÓS-FURNAS e de todas as entidades

ligadas ao sistema Eletrobras. É com a ação conjunta que vamos

frear esse processo e garantir ao povo brasileiro a posse e

domínio dos recursos hídricos e energéticos do país.

E, no nosso universo, assegurar uma patrocinadora forte, que

mantenha sólida a nossa Fundação Real Grandeza.

Essa é a nossa comemoração de 33 anos: . #aposentadosnaluta

Como aposentados, não somos inativos. Muito pelo contrário,

estamos na linha de frente da defesa de Furnas, da Eletrobras e

do Brasil.

Rio de Janeiro, agosto de 2017.

A Diretoria

2 • INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS DE FURNAS2 • INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS DE FURNAS

APÓS-FURNAS: 33 anos lutando

EDITORIAL

Nossa luta continua!

Não teremos gestão sobre a água, tão escassa e

valorizada no mundo todo, e tão abundante no nosso

país. Para o brasileiro, a tarifa de energia vai subir.

Caberá aos assistidos uma conta de R$ 40 milhões

por ano, se o novo controlador não pagar as despesas

administrativas do Plano BD. Por enquanto, o

assunto está sob liminar.

Nossa prioridade sempre será a defesa da Real

Grandeza. Por isso, pedimos que vote nos candidatos

apoiados pela APÓS-FURNAS para a Diretoria de

Ouvidoria e o Conselho Deliberativo (veja na pág. 6).

Fique sempre ao nosso lado.

E SE A PRIVATIZAÇÃO PASSAR?

Page 3: O ELO - aposfurnas.com.br · Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo? A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo ... Dentre

m anos recentes, a Eletrobras resolveu padronizar os Enomes das suas empresas, colocando sua marca de holding (detentora do controle acionário) num

logotipo único para todo o sistema. Furnas passou a ser Eletrobras Furnas, a Chesf passou a ser Eletrobras Chesf e assim por diante.

Essa “unificação”, puramente formal, deu aos privatistas um novo alvo: em vez de privatizar esta ou aquela elétrica, podemos privatizar a Eletrobras.

Todo o parque gerador, de transmissõo e as subsidiárias de distribuição da empresa valem mais de R$ 600 bilhões. Mas o governo só fala em R$ 20 bi. Essas empresas faturam dezenas de bilhões por ano. Mas o governo quer mais R$ 20 bi. O governo precisa sanar um déficit de conta corrente de R$ 38 bilhões. Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo?

A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo uma privatização disfarçada. As EPPs e SPPs, em que as estatais têm participação minoritária, estão assumindo o papel do Estado como investidor na infraestrutura de energia.

Por que agora reduzir sua participação na empresa de 69% (com BNDES e BndesPar) para 47%, e por meros R$ 20 bilhões?

Segundo a revista EXAME, a Eletrobras tem “valor de mercado” de R$ 19,5 bi, o que é sempre um dado enganoso. Assim que foi anunciado o programa de privatização das elétricas, suas ações tiveram uma alta recorde. Esse “valor de mercado” cresceu 38% em poucas horas.

A empresa estatal chinesa Três Gargantas (que administra a maior hidrelétrica do mundo) está de olho. Mas não é só ela. Outros grupos globais de energia vêm se aproximando do país, adquirindo ativos menores para estar presentes na disputa desse controle.

E AQUI NO BRASIL, A QUEM INTERESSA ISSO?

Trabalhadores sabem que vão perder empregos; a população e até os empresários, que sustentam este governo sem votos, sabem que vão pagar mais caro pela energia; os partidos políticos vão perder seus marionetes nas diretorias (é o único ponto positivo neste caso todo).

SE TODO MUNDO VAI PERDER, POR QUE FAZER?

Porque esses grupos estrangeiros vão ganhar. Vão receber um patrimônio de centenas de bilhões, só em usinas, subestações e linhas de transmissão, sem fazer investimento algum. Possivelmente, usando dinheiro do BNDES, como ocorreu com a Vale, Eletrosul, Eletronorte... É comprar e começar a faturar.

E o capitalismo admite ações antiéticas para conseguir o que

procura busca: o maior lucro com o menor ônus – a corrupção não tem limites, temos visto isso todos os dias.

COMO SERÁ A PRIVATIZAÇÃO?

O governo tem uma estratégia bastante simples: vai aumentar o capital das empresas, sem que ele próprio faça aporte. Ou seja, os demais sócios que aportarem dinheiro, ganharão controle acionário e decisório.

QUAL A DESCULPA DO GOVERNO?

Diz que é para completar a reestruturação da Eletrobras para torná-la mais eficiente e rentável. Ou seja, em vez de colocar gestores melhores, no lugar dos tradicionais apadrinhados políticos, entrega as empresas, seu patrimônio e – o mais grave de tudo – a gestão dos recursos hídricos do país, nosso bem mais precioso, a ÁGUA.

Aliás, o governo se vale do descrédito do povo brasileiro quanto à competência e honestidade dos gestores públicos – a própria classe política – para conquistar o apoio popular às privatizações.

COMO REAGIR?

A pressão política é muito importante num ano eleitoral, por isso você e todos os seus familiares, amigos e conhecidos devem escrever para os parlamentares – Deputados e Senadores – por carta ou por e-mail cobrando deles rejeitarem essa ou qualquer outra proposta que reduza a participação do Estado no controle das empresas do setor elétrico.

Participe de todos os atos convocados pela APÓS-FURNAS e entidades ligadas aos trabalhadores e aposentados do setor. Mais uma vez, vamos para a rua por uma boa causa.

Em paralelo, precisamos juntar forças para batalhas jurídicas de longa duração. A APÓS-FURNAS já começou a se preparar para esta luta.

Quem quer (e por que quer) privatizar

#APOSENTADOSNALUTA

DIGA

PRIVATIZAÇÃ

ONÃO!NÃO!NÃO! À

www.aposfurnas.org.br • 201 • 3JUL/AGO 7

Page 4: O ELO - aposfurnas.com.br · Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo? A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo ... Dentre

4 • INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS DE FURNAS

#APOSENTADOSNALUTA

APÓS-FURNAS se manifesta contra a privatizaçãoAlinhada com o pensamento de milhares de

trabalhadores, aposentados, pensionistas e da

maior parcela da população brasileira, a

APÓS-FURNAS tem se mobilizado para

enfrentar a ameaça da privatização do setor

elétrico estatal.

Membros da Diretoria e do Conselho

Deliberativo estiveram presentes na audiência

pública realizada pela ALERJ – Assembleia

Legislativa do Rio de Janeiro para discutir os

efeitos de uma possível privatização na

economia do Estado.

DIGA

PRIVATIZAÇÃ

ONÃO!NÃO!NÃO! À

Estamos todos juntos nesta batalha.

Você não pode ficar aí sentado, esperando para ver o que a APÓS-FURNAS vai fazer, o que as associações e os sindicatos vão fazer contra a privatização.

Estamos enfrentando uma organização poderosa, que tem muitos recursos e muita influência sobre o Congresso. Temos que mostrar nosso poder, também.

A privatização do sistema elétrico brasileiro vai trazer efeitos permanentes para você, para seus filhos e netos, para o País.

Nossa Fundação será enfraquecida com uma patrocinadora privada. Os novos administradores poderão anistiar as dívidas de Furnas, entregar o PLAMES para bancos e seguradoras – que não terão interesse em manter a população mais velha no Plano –, entrar com recursos mais agressivos na Justiça para que paguemos as despesas administrativas da FRG.

Como é iniciativa privada, só onde houver lucro, haverá investimentos e empregos; onde esse lucro for pequeno ou de longo prazo, não haverá empregos nem investimentos. A consequência será a pobreza e o desemprego de milhares de famílias que trabalham no sistema elétrico. E energia somente para os mercados mais lucrativos. Por que iriam gerar e levar energia para pequenas populações do interior do país, a custos altos e com baixa ou nenhuma rentabilidade, se podem se

concentrar nos grandes consumidores – indústrias e grandes centros urbanos?

E para a Nação, significa a perda da gestão da vazão de importantes cursos d’água – o que é inconstitucional! – e pode até criar atritos com Paraguai, Argentina e Uruguai, uma vez que muitas das nossas barragens regulam a vazão de rios que passam nesses países e cuja utilização foi fruto de delicadas negociações diplomáticas..

Todos vamos perder com a privatização. Por isso precisamos da sua força, precisamos que lutem conosco.

COMO PARTICIPAR

Compareça a todos os atos públicos – assembleias, passeatas, reuniões e onde quer que haja uma manifestação contra a privatização. E leve amigos, parentes, vizinhos: precisamos mostrar que somos muitos, que somos a maioria.

Escreva para TODOS os deputados e senadores exigindo que eles representem a vontade da população nesta questão. É hora de trabalhar para manter Furnas e todo o sistema elétrico nas mãos do Brasil.

A APÓS-FURNAS preparou uma sugestão de e-mail para você enviar aos congressistas. Está no nosso site, na página http://bit.ly/NaoPrivat. Escreva, compartilhe, traga mais gente. Essa luta é de todos os brasileiros.

COMO AJUDAR A DEFENDER FURNAS

Page 5: O ELO - aposfurnas.com.br · Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo? A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo ... Dentre

www.aposfurnas.org.br • MAI/jun 2017 • 5

O Coral da APÓS-FURNAS completou 15 anos de atividades em maio deste ano, e ao longo do tempo contou com a partici-pação de quase uma centena de associados amantes da música. Dentre estes, vale destacar Arlete Aor, que aos 98 anos tem no Coral uma de suas atividades. Arlete foi entrevistada no progra-ma de Fátima Bernardes e gravou para o programa Globo Repórter, numa matéria sobre longevidade.

Atualmente sob a orientação do maestro Gabriel Szántó, o grupo tem um considerável repertório de música popular bra-sileira e internacional.

Uma seleção desse repertório foi apresentado no 15º Encontro de Corais, realizado em agosto pela Fraternidade Espírita Irmãos de Cascais, no seu Teatro, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Já é a terceira vez que o Coral da APÓS-FURNAS é convidado

a participar desse evento, que conta sempre com um público muito caloroso.

Se você é associado, a participação no Coral da APÓS-FURNAS é gratuita. Não precisa saber cantar, basta querer. Informe-se pelo telefone (21) 2528-5024.

www.aposfurnas.org.br • JUL/AGO 2017 • 5

Coral faz 15 anos e participade Encontro em Jacarepaguá

OUTRA AMEAÇA

CNPC aprova transferência de gerenciamento sem garantias para os participantesA proposta de resolução sobre transfe-rência de gerenciamento de planos de benefício foi aprovada na reunião de 13/09 no Conselho Nacional de Previ-dência Complementar (CNPC). A ANAPAR apresentou voto contrário e sustentou sua posição, alertando para o risco aos direitos dos participantes. A Associação também chama atenção para o fato de que, no momento em que são muitos os ataques ao sistema fecha-do de previdência complementar, a reso-lução aprovada facilita a transferência dos recursos dos fundos de pensão para o sistema financeiro.

A ANAPAR apresentou, entre outras sugestões de alteração na proposta, três pontos, que não foram contemplados na regulamentação aprovada:

A criação, na entidade de destino, de um Comitê Gestor por plano, de caráter deliberativo;

A transferência de todos os ativos do plano, pelo preço contabilizado, proibindo-se a venda de ativos sem liquidez, desde o momento do anún-cio da intenção de transferência pelo patrocinador, para evitar que tais ativos sejam levados à venda em

momento inadequa-do, com consequen-tes perdas para os participantes dos planos;

Definição de que os custos com o proces-so de transferência sejam de inteira res-ponsabilidade dos patrocinadores, a quem cabe a prorro-gativa de pedir a transferência.

“Não apenas votamos contrariamente à proposta, como tam-bém deixamos registrada nossa posição e os ajustes que considerávamos necessári-os para assegurar os direitos dos partici-pantes”, afirma José Altair Monteiro Sampaio, conselheiro que representou a ANAPAR no CNPC. A ANAPAR é a única entidade representativa dos partici-pantes de fundos de pensão no Conselho.

COMITÊ DE AUDITORIA

Também foi colocada em discussão a proposta de instituição de Comitê de Auditoria nas entidades que foram recen-

temente classificadas pela PREVIC como Entidades Sistemicamente Impor-tantes (ESI). Apesar de achar salutar e necessário o processo de auditoria nas fundações, o representante da ANAPAR entendeu que o assunto necessitaria de maior discussão e pediu vistas.

“A proposta ainda está muito indefinida, sem nenhum parâmetro e direcionada para um grupo de entidades classifica-das pela PREVIC sem a devida normati-zação pelo CNPC. Precisa ser melhor avaliada, até porque envolve aumento de custos a serem suportados, em parte, pelos participantes”, alerta Sampaio.

Page 6: O ELO - aposfurnas.com.br · Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo? A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo ... Dentre

6 • INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS DE FURNAS

NOVOS ASSOCIADOS

Cleise Trevisam Ayres Costa, Glêdes Vieira do Prado, Hélio Dias Rodrigues, Maria de Lourdes Coelho da Silva, Maria Lúcia El-Bainy Barboza Carneiro, Oswaldo Farelli Ferreira e Selma Cristi-na Santiago Baptista, do Rio de Janeiro; Antônio Crisologo Quadros Ferreira e Sebastião Joaquim Pires, de Itumbiara-GO; José Marcial de Godói, de Itapeva-SP, e José Paulo Rodrigues, de Mairin-que-SP. SEJAM BEM-VINDOS!

VERIFIQUE SEU CONTRACHEQUE

Se você ficou sem margem, sua mensalidade não foi recolhida. Procure a e regularize sua APÓS-FURNAS contribuição.

FOTO 3X4

Se você ainda não tem a Carteira de Associado da mande APÓS-FURNAS,uma foto 3x4, com seu nome, matrícula e endereço. Em breve enviaremos a sua Carteira.

GOLPES

Atualize seu cadastro na APOS-FURNAS. Ligue para (21) 2528-5024 ou escreva para [email protected], informando seu endereço, e-mail e telefone celular, para receber todas as comunicações da sua Associação.

6 golpes que tiram dinheiro de idososFonte: BBC Brasil

A aposentada Maria Aparecida Cota, de 72 anos, tem estratégias para evitar golpes: não saca dinheiro em caixa eletrônico nos fins de semana, não passa dados pessoais por telefone e ignora cartas de supostos escritórios de advocacia dizendo que, graças a uma nova lei, aposentados têm direito a um dinheiro extra.

“Gente velha não fica mais esperta, não, tende a precisar mais das pessoas e acaba confiando em quem é gentil. E os golpistas são bons de papo”, diz Aparecida.

O delegado Rafael Souza Horácio, chefe do 1º Departamento da Polícia Civil de Minas Gerais conta que houve mais de 6,8 mil golpes no Estado contra idosos em 2016: “é o crime que mais se comete con-tra os com mais de 60 anos”.

No Rio, em 2012, houve 22 vítimas idosas de estelionato por dia – 8,1 mil casos no ano. São Paulo contabilizou 7.550 denún-cias no Estado em 2016.

Tudo isso apesar do Código Penal prever reclusão de um a cinco anos para crime de Estelionato, o que pode ser duplicado se a vítima for um idoso.

Dicas e golpes

Os estelionatários sempre estão sempre fingindo querer ajudar. Faz parte da sua estratégia a simpatia e simplicidade, simu-lando oferecer ou pedir ajuda, a depender da situação.

Veja algumas das fraudes mais comuns aplicadas contra idosos, e dicas de como evitar ser enganado.

1. Compra equivocada

Por telefone, uma pessoa informa que uma compra de valor elevado foi feita com o cartão do cliente. Ao tentar confir-mar dados como nome, endereço, núme-ro de conta e de cartão, coleta as informa-ções pessoais. Jamais confirme ou for-

neça dados por telefone. Prefira tratar qualquer assunto na sua agência, de preferência com o gerente.

2. Processo judicial

Uma carta ou um telefonema avisa que você tem uma causa ganha na Justiça, mas que precisa pagar os honorários de um advogado ou custas processuais para rece-ber a indenização. O depósito é feito nor-malmente em contas de laranjas e a pessoa nunca recebe nenhum valor. Antes de pagar qualquer coisa, informe-se com a APÓS-FURNAS ou com advogados conhecidos e de sua confiança.

3. Troca de cartão

Golpistas costumam instalar uma máqui-na para reter cartões no caixa eletrônico, normalmente fora do expediente bancá-rio e fins de semana. Se o cartão ficar retido, procure um funcionário cre-denciado dentro da agência ou deixe o cartão na máquina e, depois, por tele-fone. peça que seja cancelado. Sem a senha, não é possível fazer nada com o cartão. Às vezes é melhor deixar lá do que aceitar a ajuda de um estranho.

4. “Ajudante” de banco

Idosos nem sempre dominam tecnologia e às vezes têm dificuldade em fazer opera-ções nos caixas eletrônicos. Golpistas se aproximam das vítimas identificando-se como funcionários do banco e oferecem

ajuda, e acabam coletando dados pessoais como senha e código de segurança do cartão. Recuse ajuda de estranhos e procurar resolver suas dificuldades dentro da agência com funcionários credenciados.

5. Bilhete premiado

Velho golpe no qual uma pessoa, normal-mente aparentando origem humilde, diz ter ganho na loteria ou ter uma indenização, sempre há um impedimento para receber o dinheiro: ou está sem o documento, ou tem uma dívida no banco, ou a agência já está fechada e a pessoa precisa viajar para outra cidade. O golpista repassa à vítima os direi-tos do “prêmio” em troca de um valor mais baixo do que deveria receber e desaparece. Não existe dinheiro fácil. Não tem como levar vantagem econômica de forma rápida. O problema é que muitos querem mesmo é ajudar e acabam sendo vítimas.

6. Carro do sobrinho (ou do neto)

Por telefone, uma pessoa pergunta a quem atende a chamada se ela sabe quem está falando. Chama-a de “tio” ou “vó” e tenta constranger, falando que quem está do outro lado da linha se esqueceu do sobri-nho ou neto querido. Na conversa, tenta fazer com que você diga um nome de uma pessoa que conhece para, em seguida, dizer que é essa pessoa, contar que o carro quebrou no meio da estrada (ou rpoblema parecido) e pedir dinheiro para resolver. O golpista passa seus dados bancários na tentativa de conseguir dinheiro por meio de uma transferência ou depósito. Tente extrair da pessoa que ligou o maior número de informações: seu nome, de quem é filho ou filha, ou qualquer outro detalhe capaz de identificar a pessoa. Na dúvida, desligue e telefone para esse sobrinho ou neto.

Page 7: O ELO - aposfurnas.com.br · Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo? A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo ... Dentre

As técnicas previdenciárias contratadas pela APÓS-FURNAS podem orientar você quanto a este e outros direitos. Agende pelo telefone (21) 2528-5024 ou faça seus

questionamentos pelos Correios.

s aposentados por invalidez do Instituto Nacional Odo Seguro Social (INSS) serão alvos da próxima fase da Operação Pente-Fino, que está revisando os

benefícios por incapacidade. O governo federal anunciou que, após a operação realizada para revisar o pagamento do auxílio-doença, o INSS já está revisando as aposentadorias por invalidez, desde o mês de agosto

Ao todo, serão convocados 1,5 milhão de pessoas que há mais de dois anos estão sem perícia. Dessas, 530 mil recebem o auxílio-doença e mais de 1 milhão são aposentados por invalidez com menos de 60 anos.

Até o momento, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, cerca de 200 mil benefícios de segurados que recebiam o auxílio-doença passaram por auditoria e 160 mil tiveram seus auxílios-doença cancelados.

ISENTOS DA REVISÃO

Segurados que recebem o benefício por incapacidade com idade superior a 60 anos estão livres do pente fino. A lei também determina isenção de perícia aos beneficiários com mais de 55 anos e mais de 15 anos de concessão do benefício.

AGENDAMENTO E ATUALIZAÇÃO DO ENDEREÇO

Quem recebe a aposentadoria por invalidez há mais de dois anos e não passou por avaliação médica receberá do INSS uma carta de convocação, com aviso de recebimento. Depois dessa notificação, os beneficiários terão cinco dias úteis para agendar a perícia pelo telefone 135 da Previdência Social.

As datas marcadas para a perícia devem ser rigorosamente respeitadas. Se não puder comparecer, o beneficiário deverá enviar um representante munido de procuração com firma reconhecida em cartório para justificar o motivo da ausência e fazer novo agendamento da data de perícia.

Caso o segurado falte na data marcada sem apresentar representante e justificativa, o benefício será suspenso até que uma nova perícia seja agendada e realizada de forma que se comprove a incapacidade para o trabalho.

Na terça-feira, 01/08/2017, o INSS convocou, através do "Diário Oficial da União", 55.152 segurados para reavaliação do auxílio-doença que não foram localizados pelos Correios.

Se o benefício for cortado por conta do endereço desatua-lizado o segurado deve se dirigir à agência da Previdência Social e, com os documentos em mãos, tentar agendar a perícia e reaver o benefício mensal. Caso não tenha sucesso, pode ingressar na Justiça para restabelecer os pagamentos, inclusive

os possíveis atrasados.

O segurado que teve o benefício cortado mas, por doença ou lesão grave não pode ir a uma agência do INSS, deve nomear um procurador – familiar, pessoa de confiança ou mesmo um advogado – para tentar solucionar o caso via administrativa.

DOCUMENTOS

É recomendado levar documentos pessoais, como RG e CPF, além de toda a documentação médica que ateste sua incapacidade, como atestados, laudos, receitas e exames.

Laudos anteriores também devem ser incorporados na documentação. A recomendação é que o beneficiário passe em uma consulta com seu médico e solicite laudo atualizado, que indique a existência atual da doença incapacitante para o trabalho.

O segurado deve tirar cópias de todos os documentos que serão levados no dia da perícia. O perito médico retém a documentação original, o que complica argumentar depois, num eventual processo judicial, em caso de cancelamento arbitrário de benefício.

ABUSOS

Apesar da revisão de benefício por incapacidade ter como objetivo combater fraudes no sistema previdenciário e eliminar o pagamento indevido a pessoas que, na verdade, têm condições de trabalhar, especialistas atentam para "abusos" cometidos pela equipe de perícia.

Muitos segurados reclamaram que as perícias foram realizadas de forma muito rápida, sem que os peritos observassem todos os laudos médicos apresentados. Essas perícias insuficientes culminaram em corte de muitos benefícios, até mesmo de quem realmente está incapacitado para ao trabalho e tinha, no auxílio, a sua única fonte de renda.

Qualquer tipo de abuso poderá ser questionado judicialmente. Os médicos que participam do pente fino devem ser guiados exclusivamente pela documentação médica fornecida pelo segurado, além de exames clínicos capazes de, efetivamente, atestar a condição ou falta de condição do mesmo ao trabalho. Qualquer abuso ou erro poderá ser questionado administrativa e judicialmente pelo segurado.

www.aposfurnas.org.br • JUL/AGO 2017 • 7

INSS fará pente-fino em aposentadoria por invalidez;veja como se preparar

(Fonte: G1 – Marta Cavallini 01/08/2017)

PREVIDÊNCIA

Page 8: O ELO - aposfurnas.com.br · Mas ele aceita R$ 20 bi para perder o controle da Eletrobras. Qual o motivo? A verdade é que há vários anos a Eletrobras vem promovendo ... Dentre

“Quer que eu conte o que fiz da minha aposentadoria?”, começa Delfina Maria Carvalho, antes da primeira pergunta do repórter. E começa a contar.

Entrou em Furnas como administrativa em 1970 para trabalhar nos arquivos, participando com a equipe na microfilmagem do acervo de documentos para redução do volume de papéis estocados (na época, até as compras mais simples eram emitidas em seis vias). A coordena-dora da equipe era Gilda Nunes Pinto, e esse time cumpriu sua missão dois anos antes do prazo determinado.

“Eu estava com minha carreira funcional em franca ascensão, quanto tive que fazer uma cirurgia. Ao voltar da licença, fui informada que tinha sido aposentada por invalidez. Lutei por cinco anos para recuperar meu emprego. Vinha a Furnas regularmente, falava com todo mundo, tive o apoio constante da Terezinha Martinez e várias colegas, que me ajudaram na escolha dos trabalhos voluntários a que eu me dediquei desde essa época.”

Para complementar o benefício, reduzido pela aposentadoria precoce, Delfina dava aulas de alemão entre outras atividades. Foi nessa época que descobriu a Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria, criada pelo sociólogo Betinho, recém retornado ao país, e veio a integrar o Comitê Furnas desse movimento.

Tanto trânsito pela empresa um dia lhe rendeu a sugestão dos amigos para uma reunião com o presidente Camilo Pena, que ouviu toda sua história e solicitou imediatamente uma perícia médica ao INSS para comprovar sua sanidade física e mental. E assim foi readmitida com êxito: recuperou a posição e o passado, e aposentou-se em 1997.

“Minha vida voltou-se para justiça social. Meu envolvimento com a questão do idoso é tornar públicas suas perdas sociais. Comecei a visitar asilos e tomei consciência da sua fragilidade e pude praticar minha profissão de psicóloga, em projetos sociais com a terceira idade.”

Um dos mais interessantes, realizado na Favela da Maré, reunia crianças e velhos, para que uns contassem histórias para os outros. Doava livros regularmente para eles lerem essas histórias, levava até a entrada da favela, onde a responsável vinha buscar.

“Um dia fui convidada para a inauguração da biblioteca; para meu espanto ela tinha meu nome! Eu disse 'vamos fazer o seguinte: colocar o nome da moradora mais idosa aqui da comunidade'. Aceitaram a sugestão, ainda bem”, diz rindo.

Delfina participou em 1987 da primeira turma do Programa de Preparação para a Aposentadoria de Furnas “Vislumbrar o futuro e investir no recomeço”, criada pela sempre atuante Terezinha Martinez. “Foi ela quem me disse: 'Delfina, você tem que ir para fora de Furnas, olhar para as políticas públicas'. E então, por indicação de Alzira Silva de Souza, então Presidente da APÓS-FURNAS, filiei-me à Associação Nacional de Gerontologia – ANG/RJ, onde depois fui Diretora Tesoureira, duas vezes Vice-Presidente e estou na terceira gestão como Presidente.”

A ANG-RJ dá assento em Fóruns desde sua criação, e nela surgiu o Curso de Cuidadores de Idosos no Brasil. Em 26/04/2006 Delfina fundou PMI-RJ (Fórum Permanente da Política Municipal do Idoso no Município do Rio de Janeiro). Foi Vice-Diretoria Social da APÓS-FURNAS, junto com Isabel Bauer, onde começaram a participar de outros Fóruns: PNEIRJ (Fórum Permanente da Política Nacional e Estadual do Idoso) e a ter assento no CEDEPI (Conselho Estadual para Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa). “Representamos APÓS-FURNAS na sociedade civil diante do Ministério Público, Defensoria Pública, Prefeitura, Comissão do Idoso e Senado”, enumera ela.

E tudo isso, Delfina faz sem descuidar da família, viajar para o exterior e reunir-se com os filhos e netos dos nove irmãos uma grande família, em “Encontros Familiares” – que em 2018 deve juntar cerca de 90 pessoas em São Luis-MA.

“Toda essa atividade em prol do outro fez minha vida ficar maior”, finaliza com um sorriso de satisfação.

“O que eu fiz da minha aposentadoria”

ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS DE FURNAS

Sede Administrativa Telefones: (21) 2528.5024 I Fax: (21) 2286.8267www.aposfurnas.org.br • [email protected] Executiva: Diretor Presidente Sergio Pires • Vice-Diretor Presidente Agildo da Silva Meireles • Diretora Social Ivone Maria Baptista Marçal • Vice-Diretora Social Leila Ferreira da Fonseca • Diretora Financeira Sonia Maria Félix de Oliveira • Vice-Diretora Financeira Helia Maria de Souza Habibe • Diretor Administrativo Maurílio Fernandes Pessoa • Vice-Diretor Administrativo Eduardo Pires de Oliveira

Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores e não representam, necessariamente, a opinião deste informativo.

Colaboradoras Edilane Espinosa e Rejane ParanhosJornalista responsável Guto Rolim MTB 13880Tiragem 4.000 exemplares

PERFIL