eletrobras demonstrações financeiras 31 12 2012

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    Relatrio deAdministrao

    eDemonstraes

    Financeiras

    2012

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    RELATRIO DE ADMINISTRAO 2012

    1.Mensagem da AdministraoO ano do cinquentenrio foi marcante para a Eletrobras. As comemoraes mostraram 50anos de histria e conquistas de uma grande empresa, com presena de norte a sul dopas. Foram inmeras as manifestaes de orgulho das pessoas que dela fazem parte e orespeito da sociedade em geral pelo papel que a empresa exerce no pas.

    Somos a maior empresa de energia eltrica da Amrica do Sul e temos uma participaopreponderante na implantao e operao do sistema eltrico interligado e sistemasisolados. So sistemas imprescindveis para assegurar o funcionamento e o crescimento daeconomia brasileira e permitir o acesso energia de forma integrada para mais de 190milhes de brasileiros.

    Em todos os aspectos, 2012 foi um ano de grandes conquistas. A realizao doinvestimento foi de R$ 9,9 bilhes, segregado em R$ 5,3 bilhes em gerao, R$ 3,0bilhes em transmisso, R$ 1,0 bilho em distribuio e R$ 0,6 bilho em pesquisa,infraestrutura e qualidade ambiental. Atuando isoladamente ou em parceria, as empresasEletrobras agregaram cerca de 711 MW de energia limpa e renovvel matriz energticabrasileira e 880 km de linhas de transmisso. Na distribuio, por intermdio dos nossos199.935 km de rede, atendemos a 3.653.046 clientes. Adicionalmente, em construo nosegmento de gerao, existem cerca de 22.662 MW, e ainda, 19.040 MW j em estudo. Natransmisso, para os prximos anos, teremos a implantao de mais 13.730 km, o querepresenta um acrscimo de 13.885 MVA em capacidade de transformao.

    Na operao do sistema eltrico, destaque especial para o recorde mundial batido por

    Itaipu Binacional que atingiu 98,3 milhes de MWh e para as usinas de Angra 1 e 2 quechegaram a 16 milhes de MWh. Na transmisso, como resultado de uma poltica quepriorizou investimentos em melhorias e reforos na rede, o nmero de desligamentos por100 Km da rede da Eletrobras obteve uma melhoria de 11% em relao a 2011. Nadistribuio, enquanto o mercado brasileiro obteve um aumento mdio de consumo de3,5%, o mercado das distribuidoras da Eletrobras cresceu cerca de 12,1%. Nessasempresas, os esforos tambm ficaram evidentes. De 2011 para 2012, conseguimosreduzir o ndice total de inadimplncia de 18,9% para 17,6% e as perdas globais, de34,28% para 31,01%.

    Nos programas governamentais geridos pela Eletrobras, como o Luz para Todos, o Proinfae o Procel, os resultados de 2012 foram animadores. O Procel contribuiu para uma

    economia de energia eltrica de cerca de 9,1 mil GWh, enquanto Luz para Todos atingiu ahistrica marca de 3.022.529 ligaes efetuadas desde 2004 e o Proinfa contribuiu para aagregao de 2.656,57 MW matriz eltrica brasileira.

    Em setembro de 2012, a MP579/12, convertida na Lei 12.783, estabeleceu a forma deprorrogao dos contratos de concesso da gerao, transmisso e distribuio. Amotivao pela modicidade da tarifa e reduo dos valores das contas de energia em todasas classes de consumo de energia do pas levou o Governo Federal a propor o vencimentoantecipado dos contratos de concesso, com a automtica prorrogao dentro dascondies estabelecidas e, como alternativa, a relicitao da concesso decorrido o prazocontratual original. A Eletrobras e suas empresas: Chesf, Eletrosul, Furnas e Eletronorteanalisaram as diferentes possibilidades abordando aspectos tcnicos, econmicos eestratgicos e optaram pela prorrogao das concesses dos contratos afetados por 30anos, assegurando assim a preservao de seu porte e importncia.

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    De fato, o resultado financeiro deste ano revelou um grande prejuzo que, no entanto,deve ser encarado como um evento pontual resultante dos efeitos da Lei 12.783. Osnmeros deste ano foram severamente impactados por lanamentos decorrentes dosefeitos da Lei sobre nossos ativos. O ano de 2012, portanto, trouxe um desafio novo.Temos que primar pela eficincia e procurar, dentro do espao legal, reverter todas asprovises regulatrias.

    As perspectivas so de melhoria contnua. Para tanto, um plano diretor para os negcios epara a gesto empresarial j vem sendo preparado, capaz de refletir uma tomada deposio imediata da Eletrobras perante o novo ambiente de negcios do setor eltricobrasileiro. Precisamos reduzir ainda mais os nossos custos em relao s nossas receitas,reestruturando nossos processos empresariais e otimizando os esforos entre asempresas. Precisamos assegurar nossos investimentos, para continuar atendendo ao Brasilem suas necessidades de fornecimento de energia com qualidade e confiabilidade.

    O relatrio que est em suas mos, portanto, segue com a certeza de que muito j foiconstrudo. A Eletrobras cresce ao mesmo tempo em que se moderniza para responder sexpectativas quanto ao seu relevante papel no setor eltrico brasileiro. Nossa histria esta para mostrar que os desafios so, tambm, uma importante fonte de energia. E os queenfrentamos agora nos serviro, certamente, para acelerar as melhorias que j vnhamosperseguindo, na construo de uma empresa cada vez mais eficiente e de um Brasil cadavez mais sustentvel.

    Jos da Costa Carvalho Neto

    Presidente da Eletrobras

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    Eletrobras

    Segmento de Negcio SPEs**

    Gerao 39

    Transmisso 34

    Total 73

    SPEs

    G 4

    T 0

    4

    **A quantidade de SPEs foi ajustada, jque h Sociedades de Propsito Especficoem que participam mais de uma empresaEletrobras.

    Gerao e

    Transmisso

    Gerao Distribuio Participaes

    Societrias

    Gerao

    Transmisso

    CEMAT (40,92%)

    CELPA (34,24%)

    CEMAR (33,55%)

    CEEE - D (32,59%)

    COELCE (7,06%)

    CELPE (1,56%)

    EEB (0,11%)

    CEA (0,02512%)

    CER (0,00262%)

    CETINS (0,000026%)

    CTEEP (35,23%)

    MANGUE SECO 2 (48,99%)

    PAULISTA LAJEADO (40,07%)

    CEB LAJEADO (40,07%)

    LAJEADO ENERGIA (40,07%)

    EMAE (39,02%)

    CEEE - GT (32,59%)

    TANGAR (25,47%)

    NORTE ENERGIA (15,00%)

    AES TIET (7 ,94%)

    CESP (2,05%)

    CGEEP (0,47%)

    CDSA (0,13%)

    Empresas de

    ParticipaesCELESC (10,75%)

    CEB (3,29%)

    ENERGISA (2,98%)

    COPEL (0,56%)

    CELGPAR (0,0701%)

    (100,00%) (83,71%)

    (99,91%)

    (99,99%)

    (50,00%)

    (99,54%)

    (99,58%)

    (99,47%)

    (99,86%)

    SPEs

    G 20

    T 12

    32

    SPEs

    G 10T 7

    17

    SPEs

    G 6

    T 10

    16

    SPEs

    G 9

    T 9

    18

    (100,00%)

    (94,26%)

    (100,00%)

    (100,00%)

    (100,00%)

    (100,00%)

    Distribuio

    2.Perfil da EmpresaA Eletrobras a maior empresa de energia eltrica da Amrica Latina, com capacidadeinstalada total de gerao de 42.333 MW (35,1% do total do pas), dos quais 89,2% sode fontes com baixa emisso de gases de efeito estufa (84,3% de hidrulica, 0,2% deelica/solar e 4,7% de nuclear). A companhia possui ainda uma malha de linhas detransmisso, nica no mundo, de abrangncia nacional com 55.118 km de linhas detransmisso (52% do total do pas), em alta e extra-alta tenso, desde 230 kV at 750 kV.A Eletrobras possui uma rea de distribuio que atende mais de 3,6 milhes deconsumidores por meio de uma rede de distribuio de 199.935 km.

    A Eletrobras tem desempenhado o papel de agente oficial para administrao e aplicaode fundos governamentais setoriais como a RGR, CCC e a CDE. E administra programas degoverno, como o Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica (Procel), oPrograma Nacional de Universalizao do Acesso e Uso da Energia Eltrica (Luz paraTodos) e o Programa de Incentivo s Fontes Alternativas de Energia Eltrica (Proinfa).

    2.1. Estrutura Societria

    A Eletrobras possui sete empresas de gerao e transmisso, incluindo 50% de ItaipuBinacional, seis empresas de distribuio, um centro de pesquisas e uma empresa departicipaes. A companhia ainda possui 73 parcerias para desenvolvimento de novosempreendimentos por meio de Sociedades de Propsito Especfico (SPEs).

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    Ao longo do ano de 2012 no houve significativas alteraes na estrutura societria doSistema Eletrobras. Os fatos mais marcantes foram as integralizaes de capital ocorridasnas empresas controladas de gerao, transmisso e distribuio. Nesse perodo aELETROBRAS realizou Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital em suascontroladas, cujas empresas ELETRONORTE, ELETROSUL, CHESF e CGTEE integralizaramestes valores, aumentando ligeiramente a participao da ELETROBRAS, que j eraprxima a 100%. Alm disso, em outubro de 2012 a Boa Vista Energia passou do controleda ELETRONORTE para a ELETROBRAS, ficando assim todas as Distribuidoras do Sistemacontroladas diretamente pela Holding.

    Nas Assembleias da Eletrobras holding, no houve nenhuma mudana significativa naestrutura do Capital Social. No dia 28/12/2012, por fora da Medida Provisria N 600houve a transferncia de 39.000.000 de aes ordinrias do BNDESPAR para a UnioFederal, refletindo no percentual de participao societria do acionista majoritrio(54,46%).

    Acionistas Ordinrias Preferenciais Classe "A" Pref. Classe B Total

    Total 1.087.050.297 % 146.920 % 265.436.883 % 1.352.634.100 %

    Unio Federal 591.968.382 54,46% 2.252 0,00% 591.970.634 43,76%

    BNDESpar 141.757.951 13,04% 18.691.102 7,04% 160.449.053 11,86%

    BNDES 76.338.832 7,02% 18.262.671 6,88% 94.601.503 6,99%

    FND 45.621.589 4,20% 45.621.589 3,37%

    FGHAB 1.000.000 0,09% 1.000.000 0,08%

    CEF 8.701.564 0,80% 8.701.564 0,64%

    FGI 8.750.000 3,30% 8.750.000 0,65%

    FGO 468.600 0,18% 468.600 0,04%

    Outros 221.661.979 20,39% 146.920 100,00% 219.262.258 82,60% 441.071.157 32,61%

    Cust.CBLC 221.423.953 20,37% 85.508 58,20% 197.295.081 74,33% 418.804.542 30,96%

    Residente 62.118.451 5,71% 85.507 58,20% 75.671.141 28,51% 137.875.099 10,19%

    No Residente 91.394.577 8,41% 1 0,00% 95.637.799 36,03% 187.032.377 13,83%

    Prog. Adr 67.910.925 6,25% 25.986.141 9,79% 93.897.066 6,94%

    Demais 238.026 0,02% 61.412 41,80% 21.967.177 8,27% 22.266.615 1,65%

    Residente 210.297 0,02% 61.385 41,78% 21.967.177 8,27% 22.266.615 1,65%

    2.2. Gerao

    A Eletrobras, em 31/12/2012, atingiu a capacidade instalada de 42.333 MW emempreendimentos de gerao, o que representa 35,1% dos 120.644 MW instalados noBrasil. Cerca de 78,5% desse total, so empreendimentos de propriedade integral dasempresas Eletrobras. Os demais, totalizando 5%, so empreendimentos realizados pormeio de Sociedades de Propsito Especfico (SPEs) ou em propriedade compartilhada.Ainda est includa, representando 19% do total, a metade da capacidade de ItaipuBinacional (7.000 MW), que representa 16,5% do total.

    Do total da capacidade instalada da companhia, 84,5% proveniente de fontes deenergias limpas e renovveis de energia, como elica, solar e hidrulica. Comodecorrncia, a Eletrobras a maior responsvel pelo Brasil possuir a segunda matriz

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    eltrica mais limpa e renovvel do mundo. Em 2012, do total instalado no pas para essetipo de fonte de energia, 43% pertence Eletrobras, com destaque para a fonte deelica+solar que passaram a representar 0,2%. Cabe destaque em 2012 a entrada emoperao da UHE Passo So Joo, com 77 MW, integralmente pertencente Eletrosul, daUHE Santo Antnio, de 3.150 MW, ainda em motorizao, tendo entrado em operao 644MW, dos quais 251 MW correspondem participao de Furnas, e da UHE Mau, de 363MW, tambm em motorizao, tendo entrado em operao 352 MW, dos quais 173 MWcorrespondentes participao da Eletrosul.

    Capacidade Instalada por Fonte - Situao em 31/12/2012 (MW)

    Eletrobras x Brasil Hidrulica NuclearElica+ Solar

    TotalLimpa

    Trmica

    Total2012

    Eletrobras* 35.674 1.990 103 37.744 4.566 42.333

    % por fonte na matriz Eletrobras 84,26% 4,70% 0,24% 89,20%*** 10,80% 100,0%

    Brasil** 84.296 1.990 1.827 87.913 32.731 120.644

    % por fonte na matriz Brasil 69,71% 1,65% 1,51% 72,87% 27,13% 100,0%

    % Eletrobras x Brasil 42,42% 100,00% 5,64% 42,96% 13,97% 35,09%

    * Os valores de SPEs foram incorporados na razo da participao das empresas Eletrobras nessas sociedades.

    ** O valor de capacidade instalada de fonte nuclear da Eletrobras (1.990 MW) diferente do que consta no BIG da Aneel (2.007MW). No entanto, como toda capacidade instalada nuclear pertence a Eletrobras, foi apresentado o percentual de 100% departicipao.

    ***Esse valor contempla a energia nuclear

    Para disponibilizar toda essa energia, a Eletrobras, por meio de suas empresas geradoraspresentes em todo o pas, opera e mantm 40 usinas hidroeltricas, 123 usinas trmicas,2 usinas nucleares e 4 usinas elicas/solar. Desse total de 169 usinas, a empresa tem apropriedade integral de 153. O restante de propriedade compartilhada ou em parceria

    por meio de SPEs.

    No Brasil, a participao da energia eltrica de fonte nuclear em 2012 foi deaproximadamente 4,7% da gerao total. A caracterstica predominantementehidroeltrica do parque gerador nacional assegura uma posio nica para o Brasil, porapresentar uma matriz eltrica calcada em fonte renovvel e com baixa emisso de gasesgeradores de efeito estufa. Contudo, dada a variabilidade caracterstica dos regimeshidrolgicos, h uma necessidade de complementao por meio de energia trmica debase, de forma a assegurar o suprimento de eletricidade em anos mais secos. De acordocom os dados do Operador Nacional do Sistema Eltrico ONS, a participao da geraoeltrica por fonte trmica tem aumentado nos ltimos anos. Nesse contexto, a geraotermonuclear desempenha um papel fundamental, dada a sua caracterstica de operar na

    base com reduzido custo de combustvel.

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    Capacidade e Usinas de Propriedade Integral, Propriedade Compartilhada e SPE:Propriedade Integral

    (Situao em 31/12/2012)

    Hidrulica Trmica Nuclear Elica Total

    MW Usinas MW Usinas MW Usinas MW Usinas MW Usinas

    CGTEE - - 840 4 - - - - 840 4Chesf 10.268 14 347 1 - - - - 10.615 15

    Eletronorte 8.860 4 480 6 - - - - 9.340 10

    Eletronuclear - - - - 1.990 2 - - 1.990 2

    Eletrosul 77 1 - - - - - - 77 1

    Furnas 7.175 8 962 2 - - - - 8.137 10

    Amazonas Energia 278 1 1.926* 109 - - - - 2.204 110

    ED Rondnia 3 1 - - - - - - 3 1

    Subtotal 26.661 29 4.555 122 1.990 2 - - 33.206 153

    Propriedade

    Compartilhada(Situao em 31/12/2012)

    Hidrulica Trmica Nuclear Elica Total

    MW Usinas MW Usinas MW Usinas MW Usinas MW Usinas

    Furnas 766 2 - - - - - - 766 2

    Eletrosul 178 1 178 1

    Itaipu Binacional (50%) 7.000 1 - - - - - - 7.000 1

    Subtotal 7.944 4 - - - - - - 7.944 4

    Sociedade de PropsitoEspecfico (SPE)

    (Situao em 31/12/2012)

    Hidrulica Trmica Nuclear Elica Total

    MW Usinas MW Usinas MW Usinas MW Usinas MW Usinas

    Empresas Eletrobras 1.069 7 11 1 - - 103 4 1.183 12

    Subtotal 1.069 7 11 1 - - 103 4 1.183 12

    Total Geral 35.674 40 4.566 123 1.990 2 103 4 42.333 169

    *Considera os PIEs da Regio Amaznica

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    No mapa a seguir, apresenta-se a distribuio geogrfica dos empreendimentos, exceto susinas dos sistemas isolados do interior do estado do Amazonas que totalizam cem usinas,assim como no quadro, a capacidade, a empresa e a fonte dos empreendimentos daEletrobras.

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    2.3. Transmisso

    As Empresas Eletrobras so responsveis por 55.118 quilmetros de LT, nas tenses 750,600, 500/525, 345 e 230 kV, o que representa cerca de 52% do total das linhas doBrasil. Desses, 52.516 km so de propriedade das empresas Eletrobras e 2.602 km foram

    conquistados em leiles atravs de Sociedade de Propsito Especfico SPE, em parceriacom outras empresas.

    Em 2012, a Eletrobras agregou ao Sistema Interligado Nacional SIN, 698 km de linhasde transmisso atravs deste modelo de parceria, representando aproximadamente 77 %da expanso.

    EmpresasEletrobras

    Existente em 2012 (km)

    Prprio SPEs* Total

    Chesf 18.183 351 18.534

    Eletronorte 8.821 1.209 10.030

    Eletrosul 8.096 790 8.886

    Furnas 17.051 252 17.303

    AmazonasEnergia

    365 0 365

    Total Eletrobras 52.516 2.602 55.118

    Participao (%) 52

    * Os valores de SPEs foram incorporados na razo da participao das empresas Eletrobras nessas sociedades.

    Subestaes de Transmisso

    EmpresasEletrobras

    Quantidade(unidade)

    Potncia(MVA)

    Chesf 83 30.489

    Eletronorte 56 18.802Eletrosul 41 23.087

    Furnas 48 92.907Total 228 165.285

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    A distribuio geogrfica e as linhas de transmisso das empresas Eletrobras esto nomapa a seguir

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    2.4.DistribuioAs empresas de distribuio de energia eltrica da Eletrobras atuam em dois estados daRegio Nordeste e quatro estados da Regio Norte, beneficiando cerca de 3,6 milhes declientes 5% do total brasileiro por meio de redes de baixa, mdia tenso e alta tensocom 199.935 km de extenso e um total de 239 subestaes. As concesses dedistribuio atendem um total de 463 municpios.

    Fonte: ANEEL

    Extenso das Linhas/Redes de Distribuio (km)

    Empresas Eletrobras 2012 2011 Crescimento

    ED Acre 16.591 16.382 209

    ED Alagoas 39.816 35.815 4.001Amazonas Energia 22.113 18.967 3.146

    ED Piau 66.142 64.220 1.922

    ED Rondnia 52.130 50.302 1.828

    ED Roraima 3.143 2.886 257

    Total Eletrobras 199.935 188.572 11.363

    Total Crescimento (%) 6

    Nmero de Clientes na Distribuio (unidade)

    Empresas Eletrobras2012 2011 Crescimento

    ED Acre 222.570 213.094 9.476

    ED Alagoas 949.669 914.843 34.826

    ED Amazonas Energia 777.465 750.727 26.738

    ED Piau 1.062.094 1.010.066 52.028

    ED Rondnia 548.553 512.949 35.604ED Roraima 92.695 88.057 4.638

    Total Eletrobras 3.653.046 3.489.736 163.310

    Total Crescimento (%) 4,7

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    A distribuio geogrfica, nmero de consumidores, a rea de concesso e o mercadoporempresa Eletrobras esto no mapa a seguir.

    3.653.046

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    3. Cenrios Econmico e Setorial

    3.1. Cenrio Econmico

    Ao longo de 2012, a debilidade da economia europeia continuou dificultando a recuperao

    da economia mundial, afetando tambm o comportamento da economia brasileira,especialmente nos segmentos mais diretamente relacionados produo de commodities,como o caso da indstria de metais bsicos, cuja demanda e preos internacionaiscontinuaram em queda. O reflexo disso no mercado industrial de energia eltrica foipraticamente a estabilidade do consumo dessa classe no ano de 2012 em relao ao anoanterior. Este resultado foi particularmente influenciado pelas sucessivas quedas doconsumo industrial no perodo junho-outubro de 2012. Somente no ms de novembro que o consumo industrial de energia eltrica voltou a aumentar 0,6% em relao ao msanterior.

    Segundo dados divulgados pelo IBGE, o ano de 2012 continuou apontando desaceleraoda economia brasileira com o PIB crescendo 0,95%, em contraste com os 7,5% de 2010 e

    os 2,73% de 2011, embora a taxa de desemprego tenha atingido o menor valor desde2002, 5,3%. Por sua vez, conforme divulgado no Boletim Focus do Banco Central, o dlarcomercial americano encerrou o ano de 2012 cotado em R$ 2,0435 contra R$ 1,8758 nofinal de 2011, o que representou aumento de 10,22%. Essa desvalorizao do Realimpactou diretamente o resultado da Eletrobras em 2012, uma vez que parte de seusrecebveis no ano passado ainda estavam denominados nesta moeda estrangeira.

    Em 2012, a inflao medida pelo IPCA atingiu 5,84%, ficando fora do centro da metaestabelecida pelo Governo (4,5%). Todos os contratos de gerao e transmisso deenergia so corrigidos pelo IPCA. O ltimo Boletim Focus, de 01/02/2013, aponta previsode crescimento do PIB de 3,1% para 2013 e projeo para a inflao medida pelo IPCA emtorno de 5,68%. A projeo para a taxa de cmbio, por sua vez, est em R$/US$ 2,043 e

    a expectativa para a taxa Selic em 7,29%.

    A fim de recuperar a atividade da economia, o governo vem adotando medidas deincentivos em diversos setores e sinalizando perspectivas de expanso superiores a 3%em 2013, e acima desse patamar nos anos seguintes.

    Tabela de Indicadores Macroeconmicos (final de perodo)

    Boletim Focus BC 2011 2012 2013 2014

    PIB cresc. (em %) 2,73 0,95 3,10 3,70

    Tx. cmbio (R$/US$) 1,88 2,04 2,05 2,07

    Tx. Selic (em %) 10,91 7,29 7,25 8,25

    IPCA (em %) 6,50 5,84 5,68 5,50

    Fonte: Banco Central do Brasil (www.bc.gov.br).

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    3.2. Cenrio Setorial

    Conforme divulgado pela EPE, apesar de em 2012 o PIB brasileiro ter crescido 0,9%, oconsumo de energia eltrica na rede durante o mesmo perodo (448.293 GWh), aumentou3,5% em comparao com o ano de 2011. Esse descolamento PIB-energia caractersticode fases em que a economia cresce menos, sendo atribudo a elementos inerciaisexistentes no comportamento do consumo.

    O aumento do consumo de energia eltrica em 2012 foi liderado pelas classes de comrcioe servios (+7,9%) e residencial (+5,0%). O consumo de eletricidade pela indstriapermaneceu inalterado em relao a 2011. Somente em novembro de 2012 queapresentou, pela primeira vez, aps cinco quedas consecutivas, crescimento positivo de0,2% em relao a novembro de 2011. Mas j em dezembro o consumo industrial voltou acair (3,2%) em comparao com o mesmo ms do ano anterior.

    Na realidade, a recuperao da atividade industrial ainda no generalizada. Hsegmentos com boa atividade, como o caso de mveis e eletrodomsticos, mas htambm segmentos que ainda seguem em ritmo relativamente lento, como os setores demquinas e equipamentos, qumico e a cadeia mnero-metalrgica.

    A ocorrncia de um maior nmero de dias quentes influenciou significativamente a alta doconsumo residencial nos meses finais de 2012, sobretudo no Sudeste e no Sul. O aumentoda renda e a estabilidade no emprego tambm so fatores que explicam o aumentoestrutural do consumo das famlias (cresceu o estoque de eletrodomsticos nasresidncias, especialmente condicionadores de ar).

    No caso do segmento de comrcio e servios, por exemplo, a elevada temperatura de finalde ano tambm foi responsvel pelo crescimento do consumo (13,7%) em novembro de

    2012 frente ao mesmo ms do ano anterior, sendo a melhor taxa observada para essems desde 2005. A taxa acumulada em 2012 (7,9%) reflete no somente o destaque queessa classe de consumo tem apresentado no ambiente econmico, mas tambm o fato deque o setor comercial tem investido cada vez mais em climatizao ambiental.

    Os nmeros divulgados pelo ONS, sobre a evoluo do requisito total de energia eltricaao parque gerador (carga) em 2012, do conta de um crescimento de 4,2% em relao carga de 2011. A diferena de 0,7 pontos percentuais do crescimento da carga acima doaumento do consumo (3,5%) um aferidor da elevao do nvel de perdas tcnicas ecomerciais do perodo analisado, alm de refletir perodos diferentes de medio deenergia.

    Tabela de Consumo de Energia Eltrica na Rede (GWh)

    Consumo Total/Classe 2012 2011Variao

    2012x2011 (%)

    Brasil 448.293 433.034 3,5

    Residencial 117.567 111.971 5,0

    Industrial 183.488 183.576 0,0

    Comercial 79.286 73.482 7,9

    Outros 67.952 67.952 6,2

    Fonte: Empresa de Pesquisa Energtica (www.epe.gov.br).

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    3.3. Ambiente Institucional e Regulatrio

    Em 2012 a legislao do Setor Eltrico Brasileiro foi bastante alterada, por meio de duasMedidas Provisrias: MP 577/2012 e MP 579/2012, que foram convertidas nas Leis12.767/12 e 12.783/13, respectivamente. A primeira dispe sobre a extino dasconcesses do servio pblico de energia eltrica, com fundamento nos casos decaducidade, falncia ou extino da empresa concessionria e falecimento ou incapacidadedo titular, no caso de empresa individual.

    Em 11 de setembro de 2012, foi publicada a Medida Provisria n 579, convertida na Lein 12.783/2013, de 14 de janeiro de 2013, autorizando a prorrogao de contratosreferentes a concesses vigentes nas reas de negcio de gerao, transmisso edistribuio.

    Visando Modicidade Tarifria, o novo marco legal estabelecido definiu a reduo na contado consumidor final, relativa s amortizaes e depreciaes dos investimentos realizadosnos empreendimentos de gerao e transmisso de energia eltrica com concessesvicendas de 2013 at 2017.

    A prorrogao desses contratos era uma opo das concessionrias e, nesse contexto, aEletrobras e suas empresas controladas realizaram anlises jurdicas, econmico-financeiras e estratgicas, que concluram pela opo da renovao, posteriormenteaprovada nas instncias competentes da sua alta administrao.

    Se a Eletrobras no pudesse renovar nenhuma dessas concesses e no conseguissemant-las atravs de disputa em leilo, os negcios decorrentes da explorao dessesativos seriam encerrados ao trmino do prazo contratual. Assim, ao optar pela renovaoantecipada dessas concesses, a Eletrobras, atravs de suas empresas controladas,

    assegurou, a partir da assinatura dos novos contratos de concesso, mais 30 anos derelevante participao no mercado nacional de gerao, transmisso e distribuio.

    Esta Lei impe efeitos econmico-financeiros s empresas que detm concesses nestasreas de negcio com vencimento das mesmas at 2017. Cumpre destacar, que outrosefeitos de carter operacional e de gesto, lato senso, tambm estaro vigorando a partirda data supramencionada (fevereiro de 2013), com importantes reflexos no equilbrioentre receitas e despesas para as empresas concessionrias que aceitarem a prorrogaodas concesses vincendas, com antecipao de seus efeitos a partir de fevereiro de 2013.A seguir os principais aspectos do novo marco legal/regulatrio definido por esta Lei:

    Indenizao de ativos ainda no totalmente amortizados, e reconhecidos pelo rgoregulador, na forma da Lei, para as instalaes de Gerao, Transmisso eDistribuio;

    Cobertura de custos de operao/manuteno, encargos/tributos (dos ativosalcanados pela Lei 12.783/2013) e remunerao de ativos/investimentos noamortizados/depreciados e reconhecidos pelo rgo regulador na forma da Lei, sendoconsiderados pelo rgo regulador os investimentos prudentes necessrios operao confivel e segura dos ativos;

    Alocao da produo das usinas com concesso prorrogada (garantia fsica deenergia e de potncia) em cotas-parte para o pool das distribuidoras no Ambiente deContratao Regulada (ACR), de forma anloga ao procedimento regulatrio adotado

    para a energia-firme produzida por Itaipu; Valor da garantia fsica de energia e de potncia e respectiva tarifa, para as usinascom concesso prorrogada, definido pelo rgo regulador (Aneel), para o novo prazode concesso, de 30 anos para hidreltricas e 20 anos para termeltricas;

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    A eventual produo decorrente de ampliao das usinas hidreltricas cujasconcesses forem prorrogadas nos termos desta Lei, observado o princpio damodicidade tarifria, ser tambm integralmente distribuda em cotas-parte no ACRconforme descrito anteriormente;

    Alterao dos encargos RGR, CDE, CCC e CFURH para as instalaes/ativos quetenham sido prorrogados ou afetados por esta Lei. Da mesma forma, os encargos deTarifa de Uso do Sistema de Transmisso (TUST) e Tarifa de Uso do Sistema deDistribuio (TUSD), quando couber, tambm sero recalculados pelo rgoregulador;

    Iseno do risco hidrolgico (considerado inclusive o Mecanismo de Realocao deEnergia - MRE) para as hidreltricas que tiveram seus contratos de concessoprorrogados.

    A aplicao desta Lei trar importante reduo de receitas e fluxo de caixa dasconcessionrias de Gerao e Transmisso da Eletrobras, e, em decorrncia, oplanejamento econmico-financeiro de investimentos em expanso nestas reas denegcios, existentes e futuros, poder sofrer alteraes significativas no que concerne ao

    mix capital prprio e de terceiros.

    Ainda, a partir de janeiro de 2013, pela Lei 12.111/2009, a energia de Angra 1 e 2 servendida ao pool de distribuidoras do Ambiente de Contratao Regulada (ACR) tambmem cotas-parte, tal como a energia da Usina Hidreltrica de Itaipu, eliminando odesequilbrio financeiro que havia entre o preo de compra da energia pela EletrobrasFURNAS e o preo mdio de venda nos contratos da chamada energia velha. Ainda pelomarco legal estabelecido na Lei 12.111/09, no perodo de 2013 a 2015, a EletrobrasFurnas ter adicionalmente a cobertura dos dficits financeiros decorrentes dos contratosde compra e comercializao da energia da Eletronuclear (Angra 1 e 2) no mix doscontratos de energia velha, desta forma, recuperando os desequilbrios financeirosocorridos nos anos de 2010 a 2012.

    GeraoA Eletrobras, por meio de suas Empresas Controladas, tinha um grande volume decontratos de concesso de gerao com previso de expirar em 2015 e, at 10 setembrode 2012, a legislao brasileira no permitia a renovao de tais concesses. Se alegislao anterior no sofresse alterao, conforme estabelecido na MP 579/2012, aEletrobras no poderia renovar tais concesses a partir de 2015 e, para mant-las, seriaobrigada a disput-las atravs futuros de leiles determinados pelo Poder Concedente,ofertando estas concesses ao mercado.

    Dos ativos de gerao nacionais, que tiveram seus respectivos contratos afetados pelosdispositivos da MP 579/12, cerca de 55% so de Empresas Controladas da Eletrobras, quetotalizam, aproximadamente, 14 GW.

    A partir de 01/01/13, em funo do marco legal estabelecido pela Lei 12.111/2009, aEletrobras Eletronuclear passa a comercializar a energia de Angra 1 e Angra 2 diretamentecom as Distribuidoras do SIN, conforme cotas-parte definidas pelo rgo regulador dosetor (Aneel), antecipando assim o trmino do contrato de venda de energia para aEletrobras Furnas, previsto para 31/12/2014. A Eletrobras Eletronuclear receber, emcada ano, uma Receita Fixa definida pela ANEEL, faturada mensalmente em duodcimos.O faturamento do ano seguinte ser acrescido ou deduzido, em duodcimos, de umaParcela Varivel (PV) ou de um Ressarcimento (RSS), respectivamente. A PV corresponde 50% da diferena anual positiva entre a garantida fsica de Angra 1 e Angra 2 e aenergia entregue no centro de gravidade, descontados os respectivos consumos internos eas perdas para referi-la ao Centro de Gravidade, valorada pelo PLD (Preo de Liquidao

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    de Diferenas) mdio anual (calculado pela CCEE) e, o RSS, diferena anual negativavalorada pelo maior valor entre a Receita Fixa (em R$/MWh) e o PLD mdio anual.

    A tarifa da gerao produzida pelas usinas Angra 1 e 2 definida anualmente pela Aneel.No faturamento da Eletrobras Eletronuclear Eletrobras Furnas em 2012 foram usadas asseguintes tarifas: para os meses de janeiro a novembro, a tarifa provisria de R$148,79/MWh, conforme RH. Aneel N 1.235/2011; e, para o ms de dezembro, a tarifadefinitiva de R$ 144,57/MWh, conforme a RH. Aneel N 1.406/2012 (ResoluoHomologatria). Salientamos que o faturamento final de 2012 dever ser recalculado emdecorrncia de processo ainda em curso na ANEEL.

    TransmissoA MP 579/2012 tambm prorrogou as concesses de transmisso de energia eltricavicendas at 2017 pelo prazo de at trinta anos, a contar da data de assinatura dos novoscontratos de concesso, tendo como base novas receitas anuais de transmisso RAP e a

    indenizao dos ativos atingidos pela mesma, conforme critrios estabelecidos pelo novomarco legal e regulatrio da Aneel.

    Assim sendo foram estabelecidos termos aditivos aos contratos de concesso N 057/2001da Eletrobras Eletrosul, N 058/2001 da Eletrobras Eletronorte, N 061/2001 da EletrobrasChesf e N 062/2001 de Eletrobras Furnas.

    DistribuioPara a rea de negcios de Distribuio, os reflexos destas regras, por enquantoenvolvendo a gerao e a transmisso, sero sentidos pelas distribuidoras, quando daReviso Tarifria Extraordinria ocorrida em 2013.

    No decorrer do exerccio antes das datas base dos reajustes tarifrios das empresas dedistribuio da Eletrobras, foram procedidos os levantamentos dos dados a seremenviados Aneel, formalizados os pleitos, efetuadas reunies com aquele rgo.

    A partir do incio de 2013 as distribuidoras sofrero impacto econmico-financeirodecorrente da prorrogao das concesses de distribuio no to relevante como nasreas de Gerao e Transmisso, uma vez que as distribuidoras esto sujeitaspermanentemente ao cotejo da tarifa cobrada vis--vis a remunerao dos seus ativos, jconsideradas as devidas amortizaes de investimento e depreciaes. A reviso tarifriaextraordinria decorrente da aplicao da Lei 12.783/13, recair to somente nasredues dos custos de compra da energia de suprimento, bem como redues da

    prestao dos servios de distribuio, sendo assim compatibilizados com a tarifa cobradaaos consumidores finais. O objetivo da reviso tarifria peridica sempre tem sido permitira discusso das condies de atendimento e cumprimento do contrato de concesso eobter junto ao regulador (Aneel) um novo equilbrio econmico-financeiro do contrato,conforme metodologia vigente.

    As concesses de distribuio da Eletrobras j passaram por duas revises tarifrias, 1Ciclo e 2 Ciclo de Reviso Tarifria Peridica e, em 2013, passaro pelo 3 Ciclo deReviso Tarifria Peridica 3CRTP das Distribuidoras da Eletrobras EDEs, cujas datasbase so: para Alagoas e Piau, agosto/2013 e Amazonas, Boa Vista, Acre e Rondnia noincio e fim de novembro/2013. Por outro lado h tambm o Reajuste Tarifrio Anual quetem como objetivo restabelecer o poder de compra da receita obtida por meio das tarifas

    praticadas pela concessionria, conforme destacado a seguir.

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    Reajuste Anual da Tarifa em 2012

    A concesso de distribuio tem suas tarifas reguladas e anualmente homologadas pelaAneel. Os ndices de Reajuste Tarifrio anual (IRT) das empresas distribuidoras daEletrobras estabelecidos pela Aneel em 2012 esto relacionados na tabela abaixo.

    ndice de Reajuste Tarifrio IRT 2012 ED Acre ED AlagoasAmazonas

    EnergiaED Piau ED Rondnia ED Roraima

    IRT Econmico 5,05% 7,83% 2,36% 8,80% 20,48% 1,73%

    Componentes Financeiros 0,41% 1,37% -1,42% 0,19% -7,26% 0,78%

    IRT Total 5,46% 9,20% 0,94% 9,00% 13,22% 2,51%

    Efeito Mdio Consumidor Cativo (preliminar) 8,80% 10,24% -2,09% 6,07% 7,24% 4,54%

    Diferimento* R$ 50 mi - - - - -

    Efeito Mdio Consumidor Cativo (final) 8,80% 10,24% -2,09% 6,07% 7,24% 4,54%

    *A ser considerado como componente financeiro no clculo do prximo reajuste tarifrio da ED Acre, em 2012, atualizado pela variao do IGP-M.

    Entretanto, deve-se destacar que as distribuidoras da Eletrobras, principalmente aquelasno Sistema Isolado, vm sendo impactadas nos seus balanos patrimoniais em funo dovencimento das concesses. Refere-se aplicao do Pronunciamento Contbil CPC01 Reduo ao Valor Recupervel de Ativos. Exigem-se provises de perdas financeiras nosbalanos patrimoniais, caso os valores de crditos tributrios e outros ativos existentesno puderem ser compensados ou resgatados at o fim da concesso (ativos intangveis).A verificao feita no fluxo de caixa de cada empresa, observando as projees at adata de vencimento da concesso junho de 2015.

    Regulao Tcnica e Comercial na Distribuio

    A Aneel vem continuamente estabelecendo normas, regras e procedimentos para ofornecimento adequado aos consumidores finais pelas distribuidoras. A caracterizao dostermos e condies das Audincias Pblicas, Resolues Normativas e Despachosreferentes a este regramento esto detalhados no site da Aneel, cabendo s distribuidoraso cumprimento das mesmas nos prazos estabelecidos para tal.

    O combate s Perdas de Energia outro aspecto importante destacado pela Aneel,notadamente quanto definio da velocidade de reduo das perdas, principalmente asPerdas No Tcnicas.

    Destaca-se ainda a importncia que deve ser dada imobilizao dos ativos econformao da Base de Remunerao com vistas entrega para a Aneel do Laudo deAtivos das concessionrias, pois a Base de Remunerao tem influncia direta nacomposio final do montante da Parcela B no processo de Reviso Tarifria Peridica coma definio dos valores da remunerao e depreciao dos Ativos.

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    Instrumentos de Gesto e

    Governana Corporativa

    Estatuto Social Regimento Interno do CA Regimento Interno do CF Cdigo de tica Manual de Divulgao e Uso de

    Informaes Relevantes

    Plano Estratgico das Empresas Eletrobras Polticas das Empresas Eletrobras

    4. Governana Corporativa

    A gesto da Eletrobras segue as melhores prticas de governana e sustentabilidadeempresarial com transparncia e compromisso permanente com seus stakeholders. Aestrutura de governana corporativa exercida por diversos rgos com responsabilidadescompartilhadas definidos no Estatuto Social da companhia.

    Ligados ao Conselho de Administrao esto a Auditoria Interna e os Comits de apoio,com funes especficas definidas nos respectivos regimentos internos. A DiretoriaExecutiva tambm possui comits no estatutrios relacionados a reas especficas donegcio, com destaque para: Integrao Corporativa de Pesquisa e DesenvolvimentoTecnolgico; Investimentos; Tecnologia da Informao, Telecomunicao e Automao;

    Estratgico de Logstica de Suprimento; e de Riscos.

    A companhia possui implantado desde 2009 um sistema de Controles Internos monitoradoperiodicamente pelo Conselho Fiscal (que exerce as funes de Comit de Auditoria),conforme exigido pela Lei Sarbanes-Oxley (SOX) o qual divulgado anualmente por meiodo Formulrio 20-F encaminhado SEC. Visando assegurar o compromisso com asmelhores prticas internacionais de transparncia e governana corporativa, a Eletrobrasdivulga as informaes mais relevantes da gesto dos negcios e dos resultados dasoperaes e da situao financeira, na seo Fatores de Riscos e Polticas ContbeisCrticas. Esse contedo pode ser visualizado no site www.eletrobras.com no tpico de

    Demonstraes Financeiras da pgina de Relaes com Investidores.

    Em 2012, foram realizadas duas Assembleias Gerais, uma Ordinria que aprovou asdemonstraes financeiras referentes ao exerccio de 2011; a destinao do lucro lquidodo exerccio; a eleio dos membros do Conselho de Administrao, Conselho Fiscal erespectivos suplentes, cujos mandatos encerrar-se-o na primeira Assembleia GeralOrdinria de 2013; e, os honorrios mensais dos administradores e titulares do ConselhoFiscal; e, outra Extraordinria, que deliberou sobre a eleio de membro do Conselho deAdministrao para ocupar a vaga do representante dos acionistas minoritrios; e, aprorrogao dos contratos de concesso da Eletrobras Furnas, Eletrobras Eletronorte,Eletrobras Chesf e Eletrobras Eletrosul, nos termos da Medida Provisria n 579, de11.09.2012, do Decreto n 7.805, de 14.09.2012, das Portarias n 578/MME, de31.10.2012, Portaria MME n 579, de 31.10.2012 e Portaria Interministerial n580/MME/MF, de 01.11.2012.

    Assembleia Geral de

    Acionistas

    Conselho Fiscal

    Conselho de Administrao

    Auditoria Interna

    Comit de Sustentabilidade

    Comit de Remunerao e

    Gesto de Pessoas

    Comit de Auditoria e

    Riscos

    Presidncia

    Diretoria de

    Administrao

    Diretoria Financeira

    e de Relaes com

    Investidores

    Diretoria de

    Gerao

    Diretoria de

    Transmisso

    Diretoria de

    Distribuio

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    Desde 2010 as empresas Eletrobras possuem um Cdigo de tica nico que retrata osprincpios que norteiam as aes e os compromissos de conduta institucionais presentesnas interaes das empresas com seus empregados, colaboradores, fornecedores e demaispblicos de relacionamento.

    A Eletrobras implantou em 2012 o processo de avaliao de desempenho do Conselho deAdministrao e da Diretoria Executiva, conforme metodologia aprovada pelo Conselho deAdministrao. O Estatuto Social foi alterado e passou a incluir a avaliao como atribuiodo Conselho. O cronograma do primeiro ciclo de avaliao em todas as empresasEletrobras teve incio em 2012 e ser finalizado antes da primeira Assembleia GeralOrdinria de 2013.

    Esta ao faz parte da nova atribuio do Conselho de Administrao includa em seuestatuto social em 2011, corroborando com as diretrizes da Resoluo n 3 da ComissoInterministerial de Governana Corporativa e de Administrao de ParticipaesSocietrias da Unio (CGPAR). Essa metodologia est sendo replicada para todas asempresas Eletrobras.

    Conselho de Administrao

    10 vagas, estando 9 preenchidas, dasquais 1 independente, 1 executivo e 1

    representante dos empregados

    Mandato de 1 ano, permitida a reeleioReunio ordinria mensal eextraordinria sempre que necessrio

    O Presidente do Conselho no poderacumular a Presidncia da companhia

    Conselho Fiscal

    5 membros e respectivos suplentes,cabendo aos acionistas minoritrios

    ordinrios e preferenciais o direito a

    indicar 1 representante cada, todos

    eleitos pela Assembleia Geral

    Mandato de 1 ano, permitida areeleio

    Reunio ordinria mensal eextraordinria sempre que necessrio

    Diretoria Executiva

    6 membros, incluindo oPresidente, eleitos pelo Conselho

    de Administrao

    Mandato de 3 anos, permitidaa reeleio

    Reunio semanal

    Conselho de Administrao(Valores em R$)

    2012 2011 2010

    Nmero de Membros 9 8 8

    Remunerao Fixa 424.322,08 350.198,74 322.297,50

    Remunerao Varivel 11.513,52 - -

    Total 435.835,60 350.198,74 322.297,50

    Conselho Fiscal(Valores em R$)

    2012 2011 2010

    Nmero de Membros 5 4 4

    Remunerao Fixa 245.378,12 196.316,77 187.500,00Remunerao Varivel 6.080,65 - -

    Total 251.458,77 196.316,77 187.500,00

    Diretoria Executiva(Valores em R$)

    2012 2011 2010

    Nmero de Membros 6 6 6

    Remunerao Fixa 4.242.974,50 4.120.256,21 3.802.024,89

    Remunerao Varivel 435.476,69 376.899,75 444.800,44

    Total 4.678.451,19 4.497.155,96 4.246.825,33

    Remunerao dos rgos Societrios 5.365.745,56 5.043.671,47 4.756.622,83

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    Conselho de AdministraoO Conselho de Administrao da Eletrobras um rgo de deliberao colegiadoencarregado do processo de deciso dos negcios da empresa em relao ao seudirecionamento estratgico, eleito pela Assembleia Geral dos Acionistas. Em 2012, oConselho de Administrao contou com 9 membros efetivos, a vaga pertencente aoacionista minoritrio preferencialista no foi preenchida, devido ao no atendimento aosrequisitos estabelecidos no Estatuto Social. Neste perodo, o Conselho realizou 15reunies, dentre as quais 3 extraordinrias.

    Membros do Conselho de Administrao(Em 31/12/2012)

    Indicao

    Quantidade deAes Detidas

    2012 (unid.)

    Mrcio Pereira Zimmermann (Presidente) Acionista Controlador (Unio / MME) 10 (ON)

    Beto Ferreira Martins Vasconcelos Acionista Controlador (Unio / MME) 0

    Jos Antnio Corra Coimbra Acionista Controlador (Unio / MME) 1 (ON)

    Jos da Costa Carvalho Neto Acionista Controlador (Unio / MME) 100 (ON)

    Lindemberg de Lima Bezerra Acionista Controlador (Unio / MME) 1 (ON)

    Marcelo Gasparino da Silva Acionistas Minoritrios 2 (ON e PN)

    Maurcio Muniz Barretto de Carvalho Acionista Controlador (Unio / MPOG) 10 (ON)

    Thadeu Figueiredo Rocha Representante dos Empregados 0

    Wagner Bittencourt de Oliveira Acionista Controlador (Unio / MME) 2 (ON)

    Conselho FiscalPossui carter permanente e est devidamente adequado s exigncias da Securities andExchange Commission (SEC) para atuar como Comit de Auditoria. Compe-se por at 5membros e respectivos suplentes, cabendo aos acionistas minoritrios ordinrios epreferenciais o direito a indicar 1 representante cada. Em 2012, ocorreram 13 reunies doConselho Fiscal, sendo 12 ordinrias e 1 extraordinria.

    Membros do Conselho Fiscal(Em 31/12/2012)

    Indicao

    Quantidade deAes Detidas

    2012 (unid.)

    Danilo de Jesus Vieira Furtado (Presidente) Acionista Controlador (Unio / MME) 0

    Charles Carvalho Guedes (Especialista Financeiro) Acionista Controlador (Unio / MME) 0

    Fernando Pessoa Lopes (Conselheiro Titular) Acionistas Minoritrios 2.200 (PNB)

    Jarbas Raimundo de Aldano Matos (Conselheiro Titular) Acionista Controlador (Unio / MME) 0

    Manuel Jeremias Leite Caldas (Conselheiro Titular) Acionistas Minoritrios 7.000 (PNB)

    Fernando Czar Maia (Conselheiro Suplente) Acionistas Minoritrios 0

    Hailton Madureira de Almeida (Conselheiro Suplente) Acionista Controlador (Unio / MME) 0

    Jairez Eloi de Souza (Conselheiro Suplente) Acionista Controlador (Unio / MME) 0

    Ricardo de Paula Monteiro (Conselheiro Suplente) Acionista Controlador (Unio / MME) 0

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    Diretoria Executiva Diretoria Executiva compete a gesto dos negcios da Eletrobras, seguindo as diretrizesestratgicas estabelecidas pelo Conselho de Administrao. Composta por 6 membros,incluindo o Presidente, possui suas funes estabelecidas no Estatuto Social da companhia.

    Membros da Diretoria Executiva(Em 31/12/2012)

    Diretoria

    Quantidade deAes Detidas

    2012 (unid.)

    Jos da Costa Carvalho Neto Presidncia 100 (ON)

    Armando Casado de ArajoFinanceira e de

    Relaes com Investidores0

    Jos Antnio Muniz Lopes Transmisso 1 (ON)

    Marcos Aurlio Madureira da Silva Distribuio 0

    Miguel Colassuono Administrao 0

    Valter Luiz Cardeal de Souza Gerao 0

    Riscos relacionados CompanhiaO processo de gesto de riscos corporativos na Eletrobras coordenado pela holding, deforma a garantir a viso sistmica dos resultados e sua padronizao em todas assubsidirias do grupo. As atividades nas empresas so regidas por uma Poltica de Gestode Riscos nica, aprovada por seu Conselho de Administrao, e conduzidas pelasgerncias de riscos e controles internos e pelos comits de riscos presentes em cada uma.A orientao geral dada pelo Comit de Riscos da Eletrobras holding, cujas principaisatribuies so:1. Acompanhar e validar os resultados das anlises de riscos;2. Priorizar os riscos de maior impacto e vulnerabilidade em mbito de grupo, segundocritrios financeiros, operacionais e de imagem;3. Orientar e integrar a atuao das demais empresas Eletrobras.

    A Eletrobras possui a matriz deriscos corporativos, consolidandoas possveis ameaas ao alcancede seus objetivos estratgicos,que pode ser observada nopainel ao lado.

    Os riscos priorizados pelo Comit so relatados em detalhes no Formulrio 20-F (SEC) eno Formulrio de Referncia (CVM). A partir de 2012, os riscos priorizados passaramtambm a ser analisados via modelagem quantitativa, como forma de avaliar seusimpactos nos demonstrativos financeiros da empresa. Tambm tiveram continuidade asaes de aculturamento e capacitao dos envolvidos com o tema, a fim de promover acultura de riscos em todo o grupo.

    Ainda nesse ano, o processo de gesto de riscos nas empresas Eletrobras teve ampliada a

    sua abrangncia, com a incluso na matriz dos riscos associados atividade dedistribuio.

    ESTRATGICO FINANCEIRO

    GovernanaCorporativa

    Modelo deNegcio

    Imagem Investimentos MercadoAdministrao

    de Fundos

    Estratgia deMercado

    FatoresExternos

    Liquidez Tributos Oramento

    Crdito

    OPERACIONAL CONFORMIDADE

    Gerao JurdicoEngenharia eConstruo

    Pessoal Legislao eRegulamentao

    Transmisso Socioambiental Suprimentos Tecnologia daInformao

    ComercializaoP&D+I Prestao de

    ServiosTerceirizados

    Reporte

    Distribuio Ativos

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    Poltica de DividendosO estatuto da Companhia estabelece como dividendo mnimo obrigatrio 25% do lucrolquido, ajustado nos termos da legislao societria, respeitada a remunerao mnimapara as aes preferenciais das classes A e B, de 8% e 6%, respectivamente, do valornominal do capital social relativo a essas espcies e classes de aes, prevendo apossibilidade de pagamento de juros sobre capital prprio.

    Instruo da Comisso de Valores Mobilirios (CVM) n 358Atendendo a Instruo da Comisso de Valores Mobilirios (CVM) n. 358, de 3/1/2002, aCompanhia divulga em seu website o Manual de Divulgao e Uso de InformaesRelevantes e a Poltica de Negociao de Valores Mobilirios de Emisso da CentraisEltricas Brasileiras S.A. Eletrobras.

    Prticas Diferenciadas de Governana CorporativaA Eletrobras promove a gesto do seu ambiente de controles internos, no contexto doprocesso de gesto de riscos e da adequao s exigncias da Lei Sarbanes-Oxley. Comoconsequncia, desde a listagem da empresa na Bolsa de Nova York, em 2008, aAdministrao relata no Formulrio 20-F suas impresses sobre o ambiente de controlesinternos do conjunto de empresas Eletrobras.

    Em 2012, foi constitudo o Programa Permanente de Remediao das Deficincias nosControles Internos para coordenar e monitorar todas as atividades crticas para aCertificao 2012. Com este programa, a empresa espera melhorar a situao de seusprincipais controles internos, pela reduo das fraquezas materiais existentes, bem comodemonstrar o engajamento de sua direo com as melhores prticas de gesto.

    5. Planejamento e Gesto Empresarial

    5.1. Planejamento Estratgico

    Em 2012, deu-se continuidade elaborao de Planos de Negcios 2012-2016 para cadauma das empresas Eletrobras, envolvendo um amplo processo de negociao com aholding. O trabalho foi realizado tendo como base o Plano Estratgico do SistemaEletrobras 2010-2020, os Planos Diretores de Negcios do Sistema Eletrobras para operodo 2011-2015 com suas anlises, diagnsticos, premissas e carteira de projetos ede aes e tambm o Plano Diretor de Gesto do Sistema Eletrobras, com a suarespectiva carteira de projetos.

    Com o advento da Medida Provisria 579 de 11/09/2012 convertida na Lei n 12.783 de11/01/2013 que impactou profundamente a estratgia de atuao da Eletrobras emfuno dos ajustes praticados pelo Governo Federal sobre a dinmica de operao,manuteno e expanso do Setor Eltrico Brasileiro, o processo de planejamento e gesto,que estava em curso, foi reprogramado, de modo a contemplar as novas condies emque as concesses vincendas foram prorrogadas.

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    5.2. Desempenho Empresarial

    A Eletrobras vem atuando para melhorar os seus mecanismos de gesto e alcanarmaiores nveis de desempenho. O Contrato de Metas de Desempenho Empresarial - CMDE um dos pilares desse processo, pois induz gesto da performance dos processos emdiferentes nveis das empresas Eletrobras e da Holding.

    Desde 2010, so firmados contratos de metas de desempenho empresarial entre a Holdinge suas empresas para as dimenses econmico-financeira, operacional e socioambientalpor meio de indicadores especficos.

    As metas e indicadores estabelecidos para o alcance dos objetivos empresariais resultamem um portflio de aes que so geridas em cada subsidiria. No ano de 2012 o processoobteve alguns avanos:

    O estabelecimento das metas associadas ao painel de indicadores da EletrobrasHolding para o ano de 2012; Assinaturas dos Aditivos aos Contratos de Metas de Desempenho Empresarial CMDEdas Controladas, com as devidas readequaes para o exerccio de 2012, em funode novos critrios na apurao de indicadores, motivados pela adoo do modelocontbil IFRS e por mudanas nos cenrios de negcio de boa parte das empresasEletrobras;

    No final de 2012 foram iniciados os estudos com o objetivo de estabelecer as novasmetas para o ciclo 2013-2017, em ateno s novas regras estabelecidas pela lei12.783 (relativa MP-579), que renovou concesses do setor eltrico e reduziu tarifasde energia eltrica; e

    Fortalecimento, na holding, da estrutura organizacional de apoio ao processo dedesempenho empresarial.

    5.3. Gesto de Marca, Reputao e Imagem

    Em 2012, finalizou-se o estudo sobre a reputao e a imagem corporativa, com o objetivode manter uma abordagem cada vez mais diferenciada junto aos pblicos de interesse daEletrobras, no Brasil e no exterior. O estudo investigou a percepo de marca, avaliandoem que medida esses pblicos esto familiarizados com a Eletrobras e tambmcomparativamente a outras empresas do setor.

    A avaliao de familiaridade refletiu tanto a quantidade de pessoas que conhecem aempresa quanto qualidade de seu nvel de conhecimento. Para avaliar o primeiro ponto,utilizamos uma avaliao de recordao espontnea, ao estilo top-of-mind. Para avaliarem que medida as pessoas conhecem a Eletrobras, utilizamos uma anlise fechada sobre ograu de conhecimento a respeito da empresa. A avaliao da marca foi realizada com baseem trs principais vertentes: fora da marca, coerncia percebida e identificao. Aindaem 2012, pelo quarto ano consecutivo, a Eletrobras foi considerada a companhia do setorde energia de maior prestgio no Brasil, pelo anurio poca Negcios 100.

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    6. Desempenho Operacional e Comercial

    6.1. Gerao

    Foram gerados em 2012 o total de 207.451 GWh pelas usinas da Eletrobras que

    representaram um acrscimo de 4,8% com relao a 2011. O baixo ndice pluviomtricoocorrido no final de 2012 e incio de 2013 acarretou a diminuio da gerao hdrica e,consequentemente, um aumento significativo da gerao de fontes de energia primriatrmica (leo, Gs e Carvo) necessria para manuteno dos nveis de seguranaenergticos.

    Energia Gerada (GWh)*

    Empresas Eletrobras 2012 2011

    Holding 46 0**

    Chesf 50.003 48.663

    CGTEE 2.677 1.900

    Eletronorte 42.313 43.243Eletronuclear 16.007 15.644

    Eletrosul 524 83Furnas 39.786 37.268Itaipu Binacional 49.144 46.123

    Amazonas Energia 6.936 5.002

    ED Rondnia*** 15 17

    Total Eletrobras 207.451 197.943Total Crescimento (%) 4,8

    * A energia gerada de cada empresa representa a gerao por ativos prprios e a gerao proporcional participao das empresasEletrobras em ativos que no so propriedade integral sua, incluindo as SPEs.

    ** Mangue Seco 2, SPE da Eletrobras Holding, gerou energia em 2012, no havendo registro de gerao significativa em 2011.

    *** A gerao da ED Rondnia referente PCH Rio Vermelho, que teve seu fim de operao em outubro/2012.

    Energia Gerada (GWh)

    Eletrobras Eletronuclear 2012 2011 Crescimento

    Angra 1 5.361 4.654 707Angra 2 10.645 10.990 -345

    Total 16.006 15.644 362

    Variao 2012x2011 2,3%

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    O quadro a seguir mostra a evoluo da disponibilidade operacional das usinas porempresa Eletrobras.

    Disponibilidade Operacional na Gerao (%)

    Empresas Eletrobras 2012 2011

    Chesf 88,11 92,45CGTEE 43,68 38,81Eletronorte 97,01 95,03

    Eletronuclear 94,38 96,25

    Eletrosul 94,49 96,13

    Furnas 90,22 90,77

    Itaipu Binacional 93,85 90,81

    6.2. Transmisso

    As perdas na transmisso de uma empresa de energia eltrica so calculadas peladiferena entre a soma de gerao e de importao, e soma de vendas e de exportao.

    Desde 2010, sob coordenao da Eletrobras, foi estabelecida e vem sendo utilizada, umametodologia unificada para estimativa das perdas eltricas na transmisso do SistemaEletrobras, baseada em clculos eltricos utilizando-se casos de fluxo de potncia.

    *Perdas Ocorridas no processo de transferncia de energia eltrica at as subestaes.

    O quadro abaixo apresenta o posicionamento das Empresas Eletrobras quanto disponibilidade das suas linhas de transmisso. Este indicador representa o percentual dehoras, no ano, que as linhas permaneceram disponveis para o sistema de transmisso.

    ndice de Disponibilidade de Linhas de Transmisso (%)

    Empresas Eletrobras 2012 2011Chesf 99,9050 99,8922

    Eletronorte 99,9227 99,9346

    Eletrosul 99,8780 99,9046Furnas 98,7073 99,8272

    Total 99,5514 99,8820

    Perdas Tcnicas por Transmisso* (%)

    Empresas Eletrobras 2012 2011

    Chesf 2,65 2,87

    Eletronorte 1,65 1,57Eletrosul 2,08 1,83

    Furnas 2,28 2,39

    Total 2,19 2,23

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    2,502,62

    2,79

    2,37 2,49

    2,332,49

    2,39

    2,24

    2,082,00

    2,20

    2,40

    2,60

    2,80

    3,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    SIN Pertubaes Eletrobras Perturbaes

    2.2582.442

    2.6702.447

    2.639

    1.1541.272 1.236 1.162 1.093

    0

    500

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

    3.000

    2008 2009 2010 2011 2012

    SIN Perturbaes Eletrobras Perturbaes

    48

    7791

    80 82

    23

    51 53

    39 40

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    2008 2009 2010 2011 2012

    SIN Corte de Carga > 100 MW

    Eletrobras Corte de Carga > 100 MW

    0,053

    0,083 0,0950,077 0,077

    0,046

    0,100 0,102

    0,075 0,076

    0,040

    0,060

    0,080

    0,100

    0,120

    2008 2009 2010 2011 2012

    SIN Corte de Carga > 100 MW

    Eletrobras Corte de Carga > 100 MW

    Os grficos abaixo apresentam, respectivamente, o nmero total de perturbaes e por100 km da rede de transmisso da Eletrobras e da Rede Bsica do Sistema InterligadoNacional (SIN).

    Como pode ser observado, o nmero de desligamentos por 100 Km da Rede da Eletrobrasevoluiu de 2,33 para 2,08 desligamentos por 100 km de rede no perodo considerado,representando uma melhoria no desempenho de cerca de 11% no perodo. Tal resultado consequncia da poltica adotada de priorizao dos investimentos em melhorias e reforosda rede de transmisso.

    E o nmero de desligamentos por 100 Km da rede de transmisso da Eletrobras e do SINque tiveram como consequncia cortes de carga superiores a 100 MW.

    Em relao aos desligamentos que ocasionaram cortes de carga superiores a 100 MW,verifica-se que o Sistema Eletrobras teve um desempenho, em 2012, prximo aodesempenho mdio da Rede Bsica do SIN, apresentando uma reduo no perodo de24%, equivalente a uma reduo de 11 desligamentos.

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    85,7%

    95,6%99,3% 99,5%

    Robustez com relao a todas as perturbaes com corte de carga

    Robustez com relao a perturbaes com corte de carga > 100 MWRobustez com relao a perturbaes com corte de carga > 500 MW

    Robustez com relao a perturbaes com corte de carga > 1000 MW

    Com relao ao indicador de robustez, que tem por objetivo avaliar a capacidade da RedeBsica em suportar contingncias sem interrupo de fornecimento de energia eltrica aosconsumidores, em 2012, o Sistema Eletrobras obteve a seguinte performance:

    6.3. Distribuio

    Em 2012, os indicadores de qualidade dos servios de restabelecimento da energia eltricanas Empresas de Distribuio da Eletrobras, de forma consolidada, obtiveram uma ligeiramelhoria nos ndices em relao ao ano anterior.

    Contriburam para a no melhoria dos resultados, alm das intempries regionais, asquantidades de falhas acidentais causadas por defeito nos materiais e equipamentosutilizados, assim como o contato de rvores e animais na rede. Houve tambm algunsatrasos em obras para melhoramento da malha eltrica, impactando negativamente nosndices de qualidade de energia eltrica.

    Como forma de melhorar os ndices de qualidade do servio de distribuio, esto sendoreforadas as podas de rvores, trocados transformadores de distribuio por outros maispotentes e construdas novas subestaes. Tambm est sendo prevista a colocao emanuteno de religadores, alimentadores, reguladores na rede e outros equipamentos,alm da reviso dos ajustes na proteo dos equipamentos.

    Qualidade do Servio de Distribuio (DEC/FEC)

    Durao de Interrupes por Consumidor (DEC) - Hora/Ano

    Ano ED Acre ED Alagoas Amazonas Energia* ED Piau ED Rondnia ED Roraima Consolidado

    2010 44,6 20,6 72,0 40,9 31,8 17,7 40,6

    2011 46,2 25,5 54,7 41,9 38,6 12,7 39,3

    2012 65,9 26,3 60,1 34,2 31,4 11,9 38,7

    Variao2012x2011 (%)

    42,6% 3,1% 9,9% -18,4% -18,7% -6,3% -1,5%

    *Na Amazonas Energia, os dados informados so consolidados ao invs de desmembrar capital e Interior, facilitando, assim, a comparabilidade.

    Indicador de Robustez 2012

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    Frequncia de Interrupes por Consumidor (FEC) - N Interrupes/Ano

    Ano ED Acre ED Alagoas Amazonas Energia* ED Piau ED Rondnia ED Roraima Consolidado

    2010 43,9 14,3 59,8 32,1 29,7 24,5 33,5

    2011 45,2 16,7 51,1 30,0 28,9 20,9 31,5

    2012 55,3 20,1 50,2 26,1 26,0 23,8 31,4

    Variao2012x2011 (%)

    22,3% 20,4% -1,8% -13,0% -10,0% 13,9% -0,3%

    *Na Amazonas Energia, os dados informados so consolidados ao invs de desmembrar capital e Interior, facilitando, assim, a comparabilidade.

    Comercializao de Energia Eltrica das Empresas DistribuidorasEm 2012 o Mercado Faturado foi de 15.236 GWh e cresceu 12,1% em relao a 2011,sendo que nos ltimos anos vinha crescendo numa taxa de 7% a.a. um crescimentobastante expressivo, levando-se em considerao que ele ocorreu em um ano de baixo

    crescimento econmico, onde a taxa do PIB no deve superar 1,0%. Neste perodo omercado brasileiro de eletricidade cresceu 3,6%.

    Atribumos esse crescimento substancial de 2012 dinmica do mercado das Regiesatendidas e ao plano de recuperao das perdas. Nessa rea, registramos o xito dasaes de fiscalizao e de regularizao de unidades consumidoras, com a cobrana daenergia deixada de faturar em anos anteriores, bem como melhorias no processo defaturamento.

    Todas as Classes de Consumo tiveram crescimento expressivo, sendo que se destaca aClasse Rural com taxa de 20,9%, bastante influenciada pela atividade de irrigao, tendoem vista a seca histrica ocorrida na Regio Nordeste. A Classe de Consumo de menor

    crescimento foi a Industrial, com taxa de 5,6%, pelos efeitos negativos da queda daproduo industrial em Manaus e da migrao para consumidor livre de uma grandeindstria do Piau.

    Perdas na DistribuioAs aes para reduo das perdas de energia realizadas em 2012 propiciaram a reduode 3,27 pontos percentuais no ndice de perdas totais. As principais aes que levaram aeste resultado foram: a realizao de inspeo e de regularizao de unidadesconsumidoras UC, melhorias no processo de faturamento e o recadastramento da cargade iluminao pblica. Foram regularizadas 194 mil UC, agregando ao faturamentoaproximadamente 850 GWh. Somada a isso, a adequao da estrutura de retaguarda, comvistas correta apurao e cobrana da energia no faturada, proporcionou a conclusode 72 mil processos de irregularidade de medio, com uma recuperao de cerca de 340GWh.

    Mercado Faturado2012 (em MWh)

    ED AcreED

    AlagoasAmazonas

    EnergiaED Piau

    EDRondnia

    EDRoraima

    Consolidado2012

    Consolidado2011

    Variao2012x2011 (%)

    Industrial 43.823 584.373 1.816.288 227.822 457.204 14.239 3.143.749 2.977.526 5,6

    Residencial 362.026 1.094.798 1.555.129 1.194.233 1.060.689 297.843 5.564.718 4.905.910 13,4

    Comercial 188.643 633.334 1.180.408 572.242 603.134 138.374 3.316.135 2.873.823 15,4

    Rural 38.943 210.218 68.853 128.646 249.313 12.830 708.803 586.376 20,9

    Outros 178.267 484.249 870.742 504.887 342.744 121.984 2.502.873 2.242.508 11,6

    Total 811.702 3.006.972 5.491.420 2.627.830 2.713.084 585.270 15.236.278 13.586.142 12,1

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    30

    34,58

    36,0335,18

    34,28

    31,01

    30

    32

    34

    36

    38

    40

    2008 2009 2010 2011 2012

    Perdas Globais sobre Energia Injetadadas Empresas Distribuidoras (%)

    Com o aprimoramento do processo de crtica das leituras e reorganizao do processo defaturamento, medida esta de baixo custo e de alta eficcia, contabilizou-se um incrementode energia faturada de 292 GWh no ano de 2012. Quanto ao recadastramento deiluminao pblica, foram contratadas empresas especializadas a partir de setembro. At oencerramento do exerccio, cerca de 20% dos pontos foram recadastrados, o que permitiuacrescentar 32 GWh ao faturamento. Projeta-se a concluso desta ao para o fim de2013. Para o exerccio de 2013 esto previstos quatro projetos com financiamento doBanco Mundial visando implantao de infraestrutura avanada para telemedio e

    monitoramento de UC e para blindagem da rede. O investimento total previsto para estesprojetos de cerca de R$ 609 milhes.

    Empresas EletrobrasPerdas Tcnicas (%) Perdas no Tcnicas (%) Perdas Totais (%)

    2012 2011 2012 2011 2012 2011

    Amazonas Energia 7,71 7,71 31,35 34,13 39,06 41,84

    ED Acre 11,87 11,87 9,12 11,51 20,99 23,38

    ED Alagoas 8,42 8,42 18,58 21,53 27,00 29,95

    ED Piau 13,16 12,45 17,19 20,58 30,35 33,03

    ED Rondnia 12,74 12,74 10,08 15,04 22,82 27,78

    ED Roraima 6,62 6,62 5,64 9,16 12,26 15,78

    InadimplnciaO total da inadimplncia ativa dos consumidores para com as empresas de Distribuio daEletrobras em 2012, compreendendo somente o valor histrico, sem multas, juros ecorreo monetria, de R$ 1,173 bilho, dos quais R$ 770,3 milhes, equivalente a65,7%, so de consumidores das classes privadas. Este montante cresceu 13% emrelao a 2011, porm o incremento de 18% no faturamento de 2012 resultou numareduo global do ndice de inadimplncia, em 1,6 pontos percentuais.

    As medidas desenvolvidas que levaram reduo dos nveis da inadimplncia em relaoao faturamento foram fruto do cumprimento rigoroso da Rgua de Cobrana, que prev

    aes operacionais sistemticas de suspenso do fornecimento pelo atraso no pagamento,negativao junto aos organismos de restrio de crdito (SERASA e CADIN) e aes

    judiciais. Alm disto, foram equacionados dbitos emblemticos importantes, mediantenegociaes e deslinde de aes judiciais, alm de campanhas de incentivo adimplncia.

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    * INAD o percentual obtido pelo saldo do estoque da inadimplncia pelo faturamento de 12 meses.**Fonte: Diretoria de Distribuio

    7. Desempenho Econmico e Financeiro

    Principais Resultados (Consolidado) 2012 2011 2010

    Capacidade Instalada (MW) 42.333 41.621 41.360

    Extenso das Linhas de Transmisso (Km)maior ou igual a 230Kv

    55.118 54.146 53.789

    Extenso das Redes de Distribuio (Km) 199.935 188.572 161.416

    Energia Vendida (GWh) 269.027 267.834 255.108

    Valor Patrimonial (R$ mil) 67.280 77.202 70.530

    Receita Operacional Lquida (R$ mil) 34.064 29.211 26.832

    Ebitda (R$ milhes) (6.173) 6.028 6.004

    Margem Ebitda (%) (18,12%) 20,64% 22,38%

    Lucro/Prejuzo do Exerccio (6.926) 3.762 2.553

    Nmero de Empregados (unidade) 30.151 28.684 28.378

    O Resultado financeiro apresentou uma variao positiva de aproximadamente 170%, comum valor de R$ 633 milhes em 2012 contra um valor de R$ 234 milhes em 2011, devido

    principalmente aos efeitos da Lei 12.783 decorrentes da remunerao das indenizaesaos segmentos de Gerao e Transmisso.

    Inadimplncia Consolidada das Distribuidoras (R$ mil)** INAD (%)*

    Classe 2012 2011Variao

    2012x2011 (%)2012 2011

    Residencial 359.118 232.059 55% 12,7% 10,1%

    Comercial 153.288 134.395 14% 9,5% 10,3%

    Industrial 185.212 230.392 -20% 17,2% 24,4%

    Rural 72.683 69.317 5% 36,3% 44,0%

    Poder Pblico Municipal

    127.106 111.757 14%

    29,8% 41,3%

    Poder Pblico Estadual 17,5% 18,6%

    Poder Pblico Federal 9,6% 9,1%

    Servio Pblico 237.998 226.225 5% 107,6% 128,8%

    Iluminao Pblica 37.566 37.732 0% 22,5% 27,6%

    Total 1.172.971 1.041.877 13% 17,3% 18,9%

    EmpresasEletrobras

    2012 2011Variao

    2012x2011 (%)EmpresasEletrobras

    2012 2011 Reduo (%)

    Amazonas 253.219 242.097 4,6% Amazonas 11,20% 13,00% -1,80%

    Acre 68.443 58.217 17,6% Acre 15,50% 16,50% -1,00%

    Alagoas 213.824 211.108 1,3% Alagoas 17,70% 20,70% -3,00%

    Piau 312.107 298.725 4,5% Piau 23,00% 27,20% -4,20%

    Rondnia 257.242 182.884 40,7% Rondnia 20,30% 18,40% 1,90%

    Roraima 68.135 48.848 39,5% Roraima 29,20% 25,40% 3,80%

    Total 1.172.971 1.041.877 12,6% Total 17,30% 18,90% -1,60%

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    7.1. Destaques do Resultado Consolidado

    Receita Operacional Lquida:R$ 34.064 milhes (16,6% superior em relao a 2011);

    Resultado Operacional:R$ 1.668 milhes (reduo de 59,7% em relao a 2011), influenciado principalmentepela Proviso Operacional, que apresentou aumento de R$ 2,5 bilhes em relao a2011 e pelo Repasse de Itaipu Binacional;

    PMS/ROL:24,8%, 1,5 ponto percentual inferior a 2011;

    Ebitda Consolidado Ajustado:R$ 5.520 milhes, 8,4% inferior a 2011. Dentre as variveis que influenciaram essareduo se destacam: receita do Repasse de Itaipu, que passou de R$ 836 milhes em2011 para R$ 414 em 2012 e as provises para Impairment, que passaram de R$ 435em 2011 para R$ 1.059 para em 2012.

    Resultado Lquido da Variao Cambial:R$ 421 milhes (37,1% inferior a 2011);

    Repasse de ItaipuR$ 414 milhes (50,5% inferior a 2011); e

    Efeitos Atpicos (impairment, contratos onerosos e indenizaes):R$ 11.693 milhes.

    7.2. Resultado 2012 x 2011

    O Resultado do ano de 2012 registra uma reduo de 284,3% em relao a 2011, tendosido apurado um prejuzo lquido de R$ 6.879 milhes em 2012, contra um lucro lquido deR$ 3.733 milhes em 2011. Esse resultado negativo se deve aos efeitos de eventosatpicos (impairment, contratos onerosos e indenizaes) principalmente devido mudana regulatria ocorrida no final do ano passado. O resultado de 2012 foi fortementeinfluenciado pelos efeitos de eventos atpicos (impairment, contratos onerosos eindenizaes), que montam R$ 11.693 milhes.

    A Receita Operacional Lquida, no montante de R$ 34.064 milhes apresentou, Em 2012,um aumento de 16,6% em relao a 2011, quando foi registrado o montante de R$29.211 milhes.

    As Receitas de gerao apresentaram um aumento de 11,9%, passando de R$ 19.263milhes em 2011 para R$ 21.547 milhes em 2012. Esta variao foi influenciada peloaumento de 16,9% da receita de venda de energia, que passou de R$ 18.427 milhes em2011 para R$ 21.548 milhes em 2012, tendo a venda de energia, evoludo de 268 TWhem 2011 para 269 TWh em 2012. Influenciaram de forma importante o crescimento dareceita de gerao em 2012 a maior venda de energia de Itaipu, aliado a variao doDlar em relao ao Real.

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    As receitas de Gerao foram influenciadas de forma negativa pela reduo no Repasse deItaipu, que passou de uma receita lquida de R$ 836 milhes em 2011 para uma receitalquida de R$ 414 milhes em 2012 principalmente em funo da atualizao monetriacalculada com base nos ndices de preos americanos Commercial Price e Industrial Goods.

    As Receitas de Transmisso apresentaram um aumento de 12,4%, passando de R$ 8.356milhes em 2011 para R$ 9.393 milhes em 2012, influenciado pela atualizao das taxasde retorno de transmisso, que passaram de R$ 2.774 milhes em 2011, para R$ 3.149milhes em 2012, decorrente do reflexo da atualizao do ativo financeiro da transmisso.Contribuiu tambm a maior Receita de Operao e Manuteno, que passou de R$ 1.979milhes em 2011 para R$ 2.562 milhes em 2012. A Receita de construo tem valorequivalente contabilizado como custo de construo.

    As Receitas do segmento de Distribuio apresentaram um crescimento de 37,6%,passando de R$ 5.442 milhes em 2011 para R$ 7.488 milhes em 2012, influenciado peloFornecimento de energia, que apresentou um aumento de 30,0%, passando de R$ 4.713milhes em 2011 para R$ 6.143 milhes em 2012, ocasionado, principalmente, peloaumento do volume de energia vendida, que passou de 13,6 TWh em 2011 para 15,2 TWhem 2012, e tambm pelo crescimento de mais de 160 mil na base de consumidores. AReceita de construo tem valor equivalente contabilizado como custo de construo.

    - Em 2012, a soma das contas de Pessoal, Material e Servio (PMS) apresentou umaumento de 10,0%, passando de R$ 7.671 milhes em 2011 para R$ 8.439 milhes em2012. Considerando que a Receita Operacional Lquida ROL Consolidada, apresentou,em 2012, um aumento de 16,6% em relao ao mesmo perodo do ano anterior, a relaoPMS/ROL apresentou uma queda de 1,5 ponto percentual, passando de 26,3% em 2011para 24,8% em 2012.

    - A Energia Eltrica comprada para revenda apresentou um crescimento de 35,1%,passando de R$ 3.386 milhes em 2011 para R$ 4.574 milhes em 2012. Esse resultadofoi influenciado, principalmente, pelo: I) alto valor do PLD (Preo de Liquidao dasDiferenas); II) insuficincia de lastro em 2012 maior que em 2011; III) Maior compra deenergia e Penalidades envolvendo a UTE Candiota III (Fase C).

    - Na conta de Combustvel para produo de energia eltrica foi apurado um aumento de335,7%. Em 2012, foi registrada uma despesa lquida de R$ 709 milhes, enquanto queem 2011 foi registrada uma despesa lquida de R$ 163 milhes. Essa variao foiinfluenciada, principalmente, pelo aumento de gerao de energia trmica e pelo efeito dacontabilizao do gs em 2011 na subsidiria Amazonas.

    - A Participao Societria registrou uma reduo de 2,9% resultante da contabilizao domontante de R$ 469 milhes em 2012 e de R$ 483 milhes em 2011. Essa reduo foiocasionada, principalmente, pela variao na equivalncia patrimonial dos investimentosem empresas coligadas, que apresentou uma diminuio de 6,6%, passando de R$ 291milhes em 2011 para R$ 272 milhes em 2012.

    - As Provises operacionais apresentaram um aumento de 87,0%, passando de R$ 2.849milhes em 2011 para R$ 5.327 milhes em 2012, influenciado, principalmente, pelacontabilizao relativa ao contrato oneroso da Usina de Jirau, da ordem de R$ 1,6 bilho,Impairment de cerca de R$ 1.059 milho, Passivo atuarial que passou de uma receita deR$ 410 milhes para uma despesa de R$ 438 milhes e Provises para Crdito deLiquidao Duvidosa que registrou aumento de cerca de R$ 785 milhes sendo R$ 351milhes de Consumidores e Revendedores e R$ 435 de Financiamentos e Emprstimos.

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    - O Resultado Financeiro lquido passou de uma receita lquida de R$ 234 milhes, em2011, para uma receita lquida de R$ 633 milhes em 2012, o que representa umavariao de 169,8%. Este resultado se deve, principalmente, a reduo observada nosEncargos de Remunerao de Acionistas, que passou de R$ 1.179 milhes em 2011 paraR$ 572 milhes em 2012, influenciado pelo pagamento de parcela anual do dividendoretido e pela reduo da taxa Selic.

    7.3. Receita Operacional Lquida (ROL)

    A Receita Operacional Lquida (ROL), Em 2012, superou 2011 em 16,6%, passando de R$29.211 milhes para R$ 34.064 milhes. No 4T12, a ROL obteve um crescimento de15,4% ante o trimestre anterior, passando de R$ 8.384 milhes para R$ 9.678 milhes.

    Consolidado (R$ milhes) Consolidado (R$ milhes)

    2012 2011 4T12 3T12 4T12/3T12

    a) Gerao

    21.548 18.427 Fornecimento/Suprimento / Venda de Energia 5.093 5.670 (10,2%)

    414 836 Ativo Financeiro/Repasse Itaipu Binacional 230 (18) (1.379%)b) Transmisso

    3.682 3.603 Receita de construo 1.102 939 17%

    2.562 1.979 Receita de operao e manuteno 1.148 389 195%

    3.149 2.774 Atualizao de Taxas de retorno - Transmisso 767 834 (8%)

    c) Distribuio

    6.122 4.148 Fornecimento 2.059 1.432 44%

    1.346 729 Receita de construo 702 251 179%

    21 565 Receita de operao e manuteno (1) 7 (121%)

    696 866 Outras Receitas 196 151 30%

    39.539 33.927 Total 11.294 9.655 17%

    Dedues a Receita Operacional

    (1.798) (1.713) Encargos Setoriais (508) (362) 40%

    (1.362) (1.086) ICMS (447) (322) 39%

    (2.290) (1.902) PASEP e COFINS (718) (516) 39%

    (25) (15) Outras Dedues 56 (70) (181%)

    (5.474) (4.716) Total de Dedues (1.615) (1.271) 27%

    34.064 29.211 Receita Operacional Lquida 9.678 8.384 15%

    7.4. Resultado Financeiro

    Em 2012, o Resultado Financeiro impactou de forma positiva o resultado da Controladora,sendo este impacto positivo da ordem de R$ 3.254 milhes em 2012 e de R$ 3.106milhes em 2011. Essa variao explicada fundamentalmente pela reduo de 50,2%dos Encargos sobre Recurso de acionistas, que passaram de R$ 991 milhes em 2011,

    para R$ 493 milhes em 2012, influenciado pelo pagamento da segunda parcela dosdividendos retidos e pela reduo da taxa Selic.

    Em relao ao 4T12, o resultado financeiro da Controladora sofreu uma variao positivade 1,6% comparado ao obtido no trimestre anterior, passando de R$ 683 milhes no 3T12para R$ 694 milhes no 4T12, principalmente devido variao cambial, que passou deuma receita de R$ 14 milhes no 3T12 para uma receita de R$ 41 milhes no 4T12

    A aplicao dos recursos prprios e governamentais administrados pela Eletrobrassomente pode ser efetuada em fundos de investimento extramercado. Estes fundos secaracterizam por possuir uma carteira de ativos composta, exclusivamente, por ttulos deemisso do Tesouro Nacional, CDB/RDB emitidos por instituio integrante doconglomerado financeiro do Banco do Brasil e operaes compromissadas, com prazomdio superior a 365 dias. Em 30 de novembro de 2011, foi implementada a ResoluoBACEN n. 4.034, substituindo a Resoluo BACEN n. 3284/05, que regulava essa

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    matria. No que se refere poltica de investimentos, a nova resoluo permitiu aaplicao dos recursos na Caixa Econmica Federal, quebrando o monoplio que at entoera do Banco do Brasil. Essa medida se refletiu na imediata reduo de 20% na taxa deadministrao dos fundos mantidos pela Eletrobras junto a esta ltima instituiofinanceira.

    7.5. Custos e Despesas Operacionais

    A controlada CHESF por intermdio de suas controladas em conjunto ESBR ParticipaesS.A. possui um contrato de concesso onerosa com a Unio Federal para a utilizao dobem pblico para a gerao de energia eltrica na usina hidreltrica de Jirau na ordem de711 MM. A controlada Eletronuclear registrou o valor de 581 MM referente ao diferencialverificado, entre 2010 e 2012, entre a variao da tarifa a ser praticada pela Eletronucleare a da tarifa de referncia em consonncia ao disposto no art. 2 da ResoluoHomologatria da Aneel n 1.406, de 21 de dezembro de 2012.

    A controlada Furnas registrou o valor de 360 MM em 2012 contra 116 MM de 2011

    referente a provises para riscos com aes fiscais, trabalhistas e cveis e 252 MM em2012 contra 42 MM de 2011 na rubrica proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa. Acontrolada Amazonas apresentou um aumento de 55,29% no custo de construo,passando de R$ 462 MM no ano de 2011, para R$ 719 MM no ano de 2012, principalmentedevido revitalizao da UTE Aparecida, aquisio de subestao mvel comtransformador de 26,6 MVA, implantao da Subestao Mutiro 138/13,8 kV, implantaoda Subestao Centro 138/13,8 kv, construo de usina a gs de 600w Mau 3, ampliaoda Subestao Redeno de 69/13,8 kv e Seringal Mirim, implantao da Linha deTransmisso 230 kV Mau III / Jorge Teixeira e aquisio e instalaes de gruposgeradores em Parintins.

    7.6. Custos Controlveis e No Controlveis

    A rubrica energia eltrica comprada para revenda sofreu acrscimo da ordem de 35%principalmente devido ao fato da controlada CGTEE precisar adquirir energia para cumprirseus contratos de comercializao. O aumento verificado deve-se ao aumento do preomdio do MWh, que foi motivado, principalmente, pela escassez de chuva, o queocasionou uma reduo na quantidade de energia ofertada, em funo de a matrizenergtica brasileira ter sua maior fonte na gerao hdrica.

    A rubrica de Remunerao e Ressarcimento que representa a compensao pela utilizaode recursos hdricos aumentou em 24%. Esse valor que pago aos municpios, e variade acordo com a quantidade de energia gerada em cada regio no perodo. A rubricaCombustvel para produo de energia eltrica teve uma variao de 335% pois, em 2011

    a controlada Amazonas teve um reembolso relevante que caracterizado comorecuperao de despesa. A rubrica Provises Operacionais teve uma variao de 87%

    justificada pelo registro de contratos onerosos das Controladas Eletrosul e CHESF naordem de R$ 1.6 Bilho.

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    7.7. Lucro Lquido

    Consolidado (R$ milhes) Consolidado (R$ milhes)

    2012 2011 4T12 3T12 4T12/3T12

    34.064 29.211 Receita Operacional Lquida 9.678 8.384 8.753

    (8.439) (7.671) (-) Pessoal, Material e Servios (2.345) (2.164) (2.068)

    (4.574) (3.386) (-) Energia Comprada para Revenda (1.322) (1.064) (911)

    (1.764) (1.421) (-) Uso da rede eltrica (267) (724) (367)

    (5.027) (4.280) (-) Construo (1.802) (1.192) (1.808)

    (709) (163) (-) Combustvel para produo de energia eltrica (248) (207) 14

    (1.652) (1.329) (-) Remunerao e Ressarcimento (384) (404) (364)

    (1.775) (1.724) (-) Depreciao e amortizao (450) (444) (479)

    10.125 9.238 2.859 2.185 2.770

    469 483 Participaes societrias (70) 174 (93)

    (5.327) (2.849) Provises operacionais (4.513) (368) (1.061)

    (3.130) (2.568) Outros resultados (643) (915) (895)

    2.137 4.304 (2.366) 1.076 720

    2.499 2.422 Receita de juros 350 391 344858 653 Atualizao monetria 407 212 312

    421 670 Variao cambial (29) (49) (99)

    (2.334) (1.709) Encargos da dvida (619) (541) (471)

    (572) (1.179) Encargos de Recursos de Acionistas (84) (77) (199)

    (240) (623) Outros resultados financeiros (93) 390 (215)

    2.769 4.539 (2.434) 1.402 391

    (10.085) 0 Perdas - Lei 12.783/2013 (10.085) 0 0

    390 (777) Imposto de Renda e Contribuio Social 1.962 (396) 177

    (6.926) 3.762 Lucro lquido do perodo (10.558) 1.005 568

    47 (29) Participao atribuda aos no controladores 59 (2) (11)

    (6.879) 3.733 Lucro lquido Consolidado (10.499) 1.003 557

    7.8. Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciao e Amortizao (EBITDA)

    O Ebitda das Empresas controladas da Eletrobras, abaixo, somou no 4T12 R$ 1.712milhes, o que representa uma reduo de 5,0% frente ao 3T12, quando o Ebitda totalizouem R$$ 1.802 milhes.

    Em relao ao perodo de janeiro a setembro de 2012, quando o Ebitda das Empresascontroladas da Eletrobras foi de R$ 5.438 milhes, ocorreu um aumento de 35,4% frenteao EBITDA de R$ 4.017 milhes do mesmo perodo de 2011.

    Ebitda (R$ milhes) 2012 2011 (%)

    Resultado do Exerccio (6.926) 3.762 (284%)

    (+) Proviso Imposto de Renda e Contribuio Social (390) 777 (150%)

    (+) Resultado Financeiro (633) (234) 170%

    (+) Amortizao e Depreciao 1.775 1.724 3%

    (=) EBITDA (6.173) 6.028 (202%)

    Ebitda Ajustado (R$ milhes) 2012

    =EBITDA (6.173)

    (+) Contratos Onerosos 1.608

    (+) Indenizaes Lei 12.783/13 10.085

    (=) EBITDA 5.520

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    37/251

    37

    (7.531)(6.879)

    414

    2.224

    947577

    (493)

    (2.372)(644)

    Participaes Societrias Repasse Itaipu Receitasde Financiameto Lquidas Atualizaes Monetrias Lquidas Atualizaes Cambiais Lquidas Encargosde Recursos de Acionistas Outros Impostos Lucro

    2012

    2.049

    3.733

    836

    2.332

    1.016

    749

    (991)

    (2.071) (188)

    ParticipaesSocietrias

    Repasse Itaipu Receitas deFinanciameto

    Lquidas

    AtualizaesMonetrias

    Lquidas

    AtualizaesCambiaisLquidas

    Encargos deRecursos deAcionistas

    Outros Impostos Lucro

    2011

    7.9. Anlise do Resultado da Controladora

    Resultado Financeiro

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    7.10. Remunerao aos Acionistas

    O estatuto da Companhia estabelece como dividendo mnimo obrigatrio 25% do lucrolquido, ajustado nos termos da legislao societria, respeitada a remunerao mnimapara as aes preferenciais das classes A e B, de 8% e 6%, respectivamente, do valornominal do capital social relativo a essas espcies e classes de aes, prevendo apossibilidade de pagamento de juros sobre capital prprio.

    Em 2012, a Companhia atribuiu remunerao aos acionistas na forma de juros sobre ocapital prprio - JCP no valor de R$ 434 milhes (R$ 1.067 milhes em 2011), imputadosaos dividendos do exerccio, de acordo com as disposies estatutrias, cuja remuneraopor ao a que segue.

    7.11. Estrutura de Capital e Endividamento Consolidado

    Financiamentos/Emprstimos (R$ milhes) 2012 2011 2010 2009 2008

    A pagar 49.651 42.414 33.138 19.210 20.012

    A receber 9.723 9.733 9.659 11.759 14.961

    Endividamento (R$ milhes) 2012 2011 2010 2009 2008

    Financiamento e Emprstimos a Pagar 49.651 42.414 33.138 19.210 20.012

    Outros Passivos 28.861 43.526 43.233 38.515 24.404

    Patrimnio Lquido 67.281 77.202 70.530 76.092 77.836

    Fonte: DMPL de DF de Eletrobras Dez/2012.

    7.12. Financiamentos e Emprstimos Concedidos s Controladas

    Os recursos ordinrios (RO) foram a principal fonte de demanda tanto das empresascontroladas de Gerao e Transmisso (G&T) como das distribuidoras. No total foramliberados R$ 3.377,0 milhes, sendo que R$ 3.008,2 milhes de recursos ordinrios daholding, R$ 350,9 milhes da Reserva Global de Reverso (RGR) e R$ 17,9 milhes da

    Conta de Desenvolvimento Energtico (CDE).

    O total liberado para as controladas de distribuio foi de R$ 1.575,5 milhes, sendo R$1.219,9 milhes de RO, ou seja 77,4% do total. Quanto forma de liberao, R$ 508,2milhes foram como AFAC e R$ 1.067,3 milhes como emprstimos, financiamentos esubvenes.

    7.13. Emprstimo Compulsrio

    Dando continuidade poltica de atendimento aos acionistas oriundos da capitalizao doscrditos do emprstimo compulsrio, no exerccio de 2012, a Eletrobras implantou nosistema escritural do Banco Bradesco S.A. o montante de 4.148.236 aes preferenciais da

    classe B, que correspondiam, em 28/12/2012, avaliadas ao valor de mercado, a R$89.575.417,35, e enviou s empresas concessionrias distribuidoras de energia eltrica,para repasse aos consumidores industriais, o montante de R$ 3.321.839,30, referente aos

    juros dos crditos do emprstimo compulsrio.

    Remunerao pro Ao (R$) 31/12/2012

    Aes Ordinrias 0,399210837

    Aes Preferenciais da Classe A 2,178256581Aes Preferenciais da Classe B 1,633692440

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    7.14. Poltica de Hedge

    Foi aprovada a Poltica de Hedge Financeiro da Eletrobras, cujo objetivo perseguir amitigao da exposio s variveis de mercado que impactem seus ativos e passivos e osde suas controladas. Com isso, a referida poltica visa que os resultados da Eletrobrasreflitam fielmente o seu real desempenho operacional e que o seu fluxo de caixa projetadoapresente menor volatilidade.

    8. Programas de Investimentos e de Expanso

    Em 2012, a Eletrobras realizou 78,6% dos investimentos previstos para o ano, agregandoum montante de R$ 9,8 bilhes, sendo R$ 5,9 bilhes corporativos e R$ 3,9 bilhes emparcerias, distribudos nos seguintes segmentos: Gerao R$ 5,3 bilhes, Transmisso R$3,0 bilhes, Distribuio R$ 1,0 bilho, Outros (Pesquisa, Infraestrutura e QualidadeAmbiental) R$ 0,5 bilho. Destaque para o segmento de gerao representando 54,1% dototal do investido em 2012. Para o ano de 2013, a previso de investimentos total daordem de R$ 13,7 bilhes.

    Natureza dos Investimentos (R$ milhes)Orado*

    %**

    Realizado

    2013 2012 2011 2010 2009 2008

    Investimentos Prprios

    Gerao 4.218,3 -46,1% 1.770,9 2.587,7 2.447,6 2.152,3 1.593,1

    Transmisso 2.247,7 -41,6% 1.638,7 2.319,8 1.075,9 1.527,3 1.022,3

    Distribuio 1.465,4 28