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O dilema de um aluno Pedro está inquieto em sua cadeira e sente um frio na barriga. Sua professora, por quem ele tem muito respeito, acaba de explicar como Charles Darwin e sua teoria da evolução enriqueceram o conhecimento científico e libertaram a humanidade de crenças supersticiosas. Ela pede que os alunos deem sua opinião sobre o assunto. Pedro está diante de um dilema. Seus pais lhe ensinaram que Deus criou a Terra e toda a vida nela. Eles dizem que o relato bíblico da criação é confiável e que a evolução não passa de uma simples teoria, ou seja, não se baseia em evidências. A professora e os pais de Pedro só querem o melhor para ele. Mas em quem Pedro deve acreditar? Todos os anos, situações assim ocorrem em milhares de salas de aula no mundo inteiro. Como Pedro e outros alunos na mesma situação deveriam reagir? Não concorda que eles têm de chegar às suas próprias conclusões sobre esse assunto? Eles precisam examinar os argumentos que apoiam a evolução e os que apoiam a criação e compará-los com o que as evidências realmente indicam para decidir no que acreditar. A Bíblia alerta contra acreditar cegamente no que outros ensinam. “Qualquer inexperiente põe fé em cada palavra”, diz um escritor bíblico, “mas o argucioso considera os seus passos”. (Provérbios 14:15) Ela incentiva os cristãos a usar sua “faculdade de raciocínio” e provar para si mesmos se o que outros lhes ensinam é verdade. — Romanos 12:1, 2. Esta brochura não foi elaborada para apoiar grupos religiosos que desejam que a doutrina da criação seja ensinada nas escolas. Seu objetivo é examinar o que dizem aqueles que ensinam que a vida surgiu de forma espontânea e afirmam que o relato bíblico da criação é um mito. Concentraremos nossa atenção na célula, a unidade básica da vida. Você terá a oportunidade de analisar fatos surpreendentes sobre a estrutura das células e será convidado a analisar as hipóteses que constituem a base da teoria da evolução. Cedo ou tarde, todos nós nos confrontamos com a seguinte pergunta: A vida foi criada ou é produto da evolução? É provável que você já tenha pensado sobre esse assunto. Esta brochura apresentará algumas evidências que levaram muitos a acreditar que a vida foi criada.

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O dilema de um aluno

Pedro está inquieto em sua cadeira e sente um frio na barriga. Sua professora, por quem ele tem muito respeito, acaba de explicar como Charles Darwin e sua teoria da evolução enriqueceram o conhecimento científico e libertaram a humanidade de crenças supersticiosas. Ela pede que os alunos deem sua opinião sobre o assunto.

Pedro está diante de um dilema. Seus pais lhe ensinaram que Deus criou a Terra e toda a vida nela. Eles dizem que o relato bíblico da criação é confiável e que a evolução não passa de uma simples teoria, ou seja, não se baseia em evidências. A professora e os pais de Pedro só querem o melhor para ele. Mas em quem Pedro deve acreditar?

Todos os anos, situações assim ocorrem em milhares de salas de aula no mundo inteiro. Como Pedro e outros alunos na mesma situação deveriam reagir? Não concorda que eles têm de chegar às suas próprias conclusões sobre esse assunto? Eles precisam examinar os argumentos que apoiam a evolução e os que apoiam a criação e compará-los com o que as evidências realmente indicam para decidir no que acreditar.

A Bíblia alerta contra acreditar cegamente no que outros ensinam. “Qualquer inexperiente põe fé em cada palavra”, diz um escritor bíblico, “mas o argucioso considera os seus passos”. (Provérbios 14:15) Ela incentiva os cristãos a usar sua “faculdade de raciocínio” e provar para si mesmos se o que outros lhes ensinam é verdade. — Romanos 12:1, 2.

Esta brochura não foi elaborada para apoiar grupos religiosos que desejam que a doutrina da criação seja ensinada nas escolas. Seu objetivo é examinar o que dizem aqueles que ensinam que a vida surgiu de forma espontânea e afirmam que o relato bíblico da criação é um mito.

Concentraremos nossa atenção na célula, a unidade básica da vida. Você terá a oportunidade de analisar fatos surpreendentes sobre a estrutura das células e será convidado a analisar as hipóteses que constituem a base da teoria da evolução.

Cedo ou tarde, todos nós nos confrontamos com a seguinte pergunta: A vida foi criada ou é produto da evolução? É provável que você já tenha pensado sobre esse assunto. Esta brochura apresentará algumas evidências que levaram muitos a acreditar que a vida foi criada.

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Como a vida começou?

Quando você era criança, é provável que tenha deixado seus pais surpresos com a pergunta: “De onde vêm os bebês?” O que eles responderam? Dependendo da sua idade e da personalidade deles, ou seus pais ignoraram sua pergunta ou então ficaram sem jeito e lhe deram uma resposta breve. Pode ser que eles lhe tenham contado uma história fantasiosa, que mais tarde você descobriu ser mentira. É claro que, para uma criança se preparar para a vida adulta e o casamento, em determinado momento ela terá de aprender sobre as maravilhas da reprodução humana.

Assim como muitos pais relutam em falar de onde vêm os bebês, alguns cientistas relutam em considerar uma pergunta ainda mais importante: De onde se originou a vida? Uma resposta confiável a essa pergunta pode afetar profundamente o modo como uma pessoa encara a vida. Então, como a vida começou?

Óvulo humano fecundado, ampliado cerca de 800 vezes

O que muitos cientistas afirmam? Muitos cientistas que acreditam na evolução dizem que a vida começou nas margens de águas estagnadas ou nas profundezas dos oceanos há bilhões de anos. Supõem que substâncias químicas se uniram espontaneamente nessas águas, formando estruturas semelhantes a bolhas, que por sua vez formaram moléculas complexas e passaram a se replicar (duplicar). Eles acreditam que toda a vida na Terra se originou por acaso de uma ou mais dessas primeiras células “simples”.

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Mas outros cientistas respeitados que também acreditam na evolução não concordam com isso. Supõem que as primeiras células, ou pelo menos seus principais componentes, vieram do espaço. Por que pensam dessa forma? Porque, apesar de grandes esforços, até agora os cientistas não conseguiram provar sua tese de que a vida pode ter surgido de moléculas sem vida. Em 2008, o professor de biologia Alexandre Meinesz trouxe à atenção esse dilema. Ele declarou que ao longo dos últimos 50 anos não se encontrou “nenhuma evidência que apoie a hipótese do surgimento espontâneo de vida na Terra a partir de uma sopa molecular, e que nenhum avanço significativo no conhecimento científico leva nessa direção”.1

O que as evidências indicam? A resposta à pergunta “De onde vêm os bebês?” é fato comprovado e indiscutível. Seres vivos surgem somente de outros seres vivos. Mas será que em algum momento no passado distante essa lei fundamental foi violada? A vida poderia ter realmente surgido por acaso de substâncias químicas sem vida? Quais são as chances de algo assim ter acontecido?

Pesquisadores concluíram que, para uma célula sobreviver, pelo menos três tipos de moléculas complexas precisam funcionar em conjunto: DNA (ácido desoxirribonucleico), RNA (ácido ribonucleico) e proteínas. Hoje, poucos cientistas afirmariam que uma célula viva completa se formou repentina e espontaneamente de uma mistura de substâncias químicas sem vida. Então, qual é a probabilidade de o RNA e as proteínas terem se formado por acaso? *

Stanley miller, 1953

Muitos cientistas acreditam que a vida pode ter surgido espontaneamente por causa de um experimento realizado pela primeira vez em 1953. Naquele ano, Stanley Miller conseguiu produzir alguns aminoácidos (os componentes químicos essenciais das proteínas) aplicando descargas elétricas em uma mistura de gases que se acreditava representar a atmosfera primitiva da Terra. Além disso,

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aminoácidos também foram encontrados em um meteorito. Será que essas descobertas indicam que todos os aminoácidos poderiam facilmente ter surgido por acaso?

“Alguns autores”, diz Robert Shapiro, professor emérito de química da Universidade de Nova York, “presumiram que todos os blocos de construção da vida [aminoácidos] poderiam ser formados com facilidade em experiências como a de Miller e estavam presentes em meteoritos. Mas não é o caso”.2 *

Analisemos a molécula de RNA. Ela é constituída de moléculas menores chamadas nucleotídeos. Um nucleotídeo é uma molécula diferente de um aminoácido e é apenas um pouco mais complexa. Shapiro diz que “nenhum nucleotídeo de qualquer [tipo] foi apontado como produto das experiências com descarga elétrica ou em estudos de meteoritos”.3 Ele ainda acrescenta que a probabilidade de uma molécula de RNA autorreplicadora se formar a partir da união aleatória de elementos químicos básicos “é tão diminuta que, se ocorresse mesmo uma única vez em qualquer ponto do Universo visível, representaria um exemplo de sorte excepcional”.4

O RNA (1) é necessário para a produção de proteínas (2), mas as proteínas estão envolvidas na produção de RNA. Como poderia qualquer um deles ter surgido por acaso? E que dizer dos dois ao mesmo tempo? Falaremos sobre os ribossomos (3) na seção 2.

Que dizer das moléculas de proteína? Elas podem ser formadas de apenas 50 a até milhares de aminoácidos unidos numa sequência específica. Em uma célula “simples”, uma proteína funcional comum contém 200 aminoácidos. Mesmo nessas células, há milhares de tipos de proteínas. A probabilidade de uma única proteína composta de apenas 100 aminoácidos se formar por acaso na Terra foi calculada em cerca de uma em 1 quatrilhão.

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Se a criação de moléculas complexas em laboratório exige a participação de um cientista experiente, será que as moléculas muito mais complexas de uma célula surgiram por acaso? O pesquisador Hubert Yockey, que apoia a teoria da evolução, vai além. Ele diz: “É impossível que a vida tenha se originado apenas das proteínas.”5 O RNA é necessário para a fabricação de proteínas. Mas as proteínas também estão envolvidas na produção de RNA. Digamos que tanto as proteínas como as moléculas de RNA tivessem aparecido por acaso no mesmo lugar e ao mesmo tempo, apesar de isso ser extremamente improvável. Qual seria a probabilidade de elas interagirem para formar um tipo de vida autorreplicante e autossustentável? “A probabilidade de isso acontecer por acaso (presumindo que houvesse uma mistura aleatória de proteínas e RNA) parece extremamente pequena”, diz a Dra. Carol Cleland, * membro do Instituto de Astrobiologia da Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço). “Mesmo assim”, continua ela, “a maioria dos pesquisadores supõe que, visto que conseguem compreender a questão da produção independente de proteínas e RNA sob condições naturais primitivas, a questão da interação desses elementos se resolverá de algum modo”. Em relação às atuais teorias sobre o surgimento espontâneo desses componentes básicos da vida, ela diz: “Ninguém conseguiu dar uma explicação satisfatória de como isso ocorreu.”6

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Se for preciso um ser inteligente para criar e programar um robô sem vida, o que seria necessário para criar uma célula viva? E que dizer de criar um ser humano?

Por que esses fatos são relevantes? Pense no desafio que enfrentam os pesquisadores que acreditam que a vida surgiu por acaso. Eles descobriram alguns aminoácidos que também estão presentes nas células vivas e, em seus laboratórios, produziram outras moléculas mais complexas por meio de experiências bem planejadas e controladas. Com o tempo, eles esperam produzir todas as partes necessárias para formar uma célula “simples”. A situação deles pode ser comparada à de um cientista que reúne alguns elementos naturais, transforma-os em ferro, plástico, silicone e fios de metal e, por fim, constrói um robô. Daí o robô é programado para produzir cópias de si mesmo. Com isso, o que o cientista conseguiria provar? Na melhor das hipóteses, que um ser inteligente pode criar uma máquina impressionante.

De modo similar, se os cientistas conseguissem produzir uma célula, isso seria algo realmente fenomenal, mas provaria que uma célula pode surgir por acaso? No máximo, os cientistas conseguiriam provar o contrário, não concorda?

O que você acha? Todas as evidências científicas existentes indicam que seres vivos surgem somente de outros seres vivos. Acreditar que mesmo uma célula “simples” possa ter surgido por acaso de substâncias químicas sem vida exige uma enorme dose de fé.

Diante dos fatos, acha que faz sentido acreditar nessa teoria? Antes de responder, analisemos a estrutura de uma célula. Isso o ajudará a avaliar se as teorias sobre a origem da vida propostas por alguns cientistas são razoáveis ou se não passam de histórias fantasiosas, como as que alguns pais contam para explicar de onde vêm os bebês.

ANALISE OS FATOS

Fato: Todas as pesquisas científicas indicam que vida não pode surgir de matéria inanimada.

Pense no seguinte: Que base científica existe para a teoria de que a primeira célula surgiu de substâncias químicas sem vida?

Fato: Pesquisadores recriaram em laboratório as condições ambientais que, segundo eles, existiam na Terra primitiva. Nessas experiências, alguns cientistas conseguiram produzir certas moléculas encontradas em seres vivos.

Pense no seguinte: Se as substâncias químicas usadas nas experiências representam o ambiente primitivo da Terra, e se as moléculas produzidas representam os elementos básicos da vida, quem ou o que representa o cientista

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que realizou a experiência? Será que ele representa o acaso ou um ser inteligente?

Fato: As proteínas e as moléculas de RNA precisam trabalhar em conjunto para que uma célula possa sobreviver. Os cientistas admitem que é muito improvável que o RNA tenha se formado por acaso e que é ainda mais improvável que isso tenha acontecido sequer com uma única proteína. É praticamente impossível que o RNA e as proteínas tenham sido capazes de se formar por acaso no mesmo lugar e ao mesmo tempo e daí terem interagido.

Pense no seguinte: O que exige mais fé: acreditar que os milhões de partes complexas e organizadas de uma célula surgiram por acaso ou que a célula é produto de uma mente inteligente?

Existem formas de vida realmente simples?

Será que os mais de 200 tipos de células do corpo humano poderiam realmente ter surgido por acaso?

Seu corpo é uma das estruturas mais complexas do Universo. Ele é constituído de cerca de 100 trilhões de minúsculas células: células ósseas, sanguíneas, cerebrais, e muitas outras.7 Na verdade, há mais de 200 tipos de células em seu corpo.8

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Apesar da impressionante diversidade de formas e funções, suas células constituem uma rede complexa e integrada. Comparada a essa rede, a internet, com seus milhões de computadores e cabos de transmissão de dados em alta velocidade, é lenta e ineficiente. Nenhuma invenção humana sequer se aproxima da excelência técnica mesmo da célula mais simples. Como as células do corpo humano vieram a existir?

O que muitos cientistas afirmam? Todas as células vivas podem ser classificadas em duas categorias principais: aquelas que possuem núcleo e aquelas que não possuem. Células humanas, animais e vegetais possuem núcleo. Células bacterianas, não. As células que possuem núcleo são chamadas eucarióticas e aquelas que não possuem são conhecidas como procarióticas. Visto que as células procarióticas são relativamente menos complexas que as células eucarióticas, muitos acreditam que as células animais e vegetais devem ter evoluído de células bacterianas. Na verdade, muitos ensinam que durante milhões de anos algumas células procarióticas “simples” engoliram outras células, mas não as digeriram. Daí, segundo essa teoria, a “natureza” encontrou um meio não apenas de mudar radicalmente as funções das células ingeridas, mas também de mantê-las dentro da célula “hospedeira” quando esta se replicava.9 *

O que a Bíblia diz? A Bíblia diz que a vida na Terra é produto de uma mente inteligente. Observe como a lógica da Bíblia é clara: “Cada casa, naturalmente, é construída por alguém, mas quem construiu todas as coisas é Deus.” (Hebreus 3:4) Outra passagem bíblica diz: “Quantos são os teus trabalhos, ó Jeová! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções. . . . Há ali inúmeras coisas que se movem, criaturas viventes, tanto pequenas como grandes.” — Salmo 104:24, 25.

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Será que mesmo uma célula “simples” poderia realmente surgir de substâncias químicas sem vida?

O que as evidências indicam? Avanços na microbiologia tornaram possível observar em detalhes o impressionante interior das mais simples células procarióticas conhecidas. Cientistas evolucionistas afirmam que as primeiras células vivas talvez fossem parecidas com essas células procarióticas.10

Se a teoria da evolução for verdade, ela certamente deve ter uma explicação razoável sobre o surgimento espontâneo da primeira célula “simples”. Por outro lado, se a vida foi criada, deve haver evidências de que até mesmo a menor das criaturas é resultado de um projeto inteligente. Que tal conhecer o interior de uma célula procariótica? Ao fazer isso, pergunte a si mesmo se ela realmente poderia ter surgido por acaso.

O “MURO” PROTETOR DA CÉLULA

Para viajar por uma célula procariótica, você teria de encolher até ficar centenas de vezes menor que o ponto final desta frase. Uma membrana resistente e flexível, comparável ao muro de uma fábrica, impede que você entre na célula. Seriam

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necessárias cerca de 10 mil camadas dessa membrana para atingir a espessura de uma folha de papel. Mas a membrana de uma célula é muito mais complexa que um simples muro. Como assim?

Da mesma forma que o muro de uma fábrica, a membrana de uma célula protege seu interior contra um ambiente potencialmente perigoso. No entanto, a membrana não é sólida; ela permite que a célula “respire”, possibilitando que moléculas pequenas, como oxigênio, entrem e saiam dela. Mas a membrana impede que moléculas mais complexas e que podem prejudicar a célula entrem sem permissão. Ela também impede que moléculas úteis saiam. Como a membrana consegue fazer tudo isso?

Voltemos ao exemplo da fábrica. Ela talvez tenha seguranças que monitoram a entrada e saída de produtos pelos portões de seu muro. De modo similar, a membrana celular possui moléculas proteicas especiais que agem como os portões e os seguranças da fábrica.

A membrana celular possui “seguranças” que permitem a entrada e saída apenas de substâncias específicas

Algumas dessas proteínas (1) possuem um orifício que permite a entrada e saída de tipos específicos de moléculas. Outras são abertas em um lado da membrana (2) e fechadas na outra extremidade. Elas têm uma abertura (3) projetada para uma substância específica. Quando essa substância chega, a outra extremidade da proteína se abre e permite a passagem da

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substância através da membrana (4). Toda essa atividade acontece na superfície até das células mais simples.

DENTRO DA FÁBRICA

Suponha que você tenha recebido permissão para passar pelos “seguranças” e agora está dentro da célula. O interior de uma célula procariótica está cheio de um líquido rico em nutrientes, sais e outras substâncias. A célula utiliza esses ingredientes básicos para fabricar os produtos de que necessita. Mas esse processo não acontece de qualquer jeito. Assim como uma fábrica eficiente, a célula programa milhares de reações químicas, que ocorrem numa ordem específica e no momento certo.

Uma célula passa grande parte de seu tempo fabricando proteínas. Como? Primeiro, a célula fabrica cerca de 20 componentes básicos chamados aminoácidos. Esses componentes são entregues aos ribossomos (5), que podem ser comparados a máquinas automatizadas que unem os aminoácidos em uma sequência precisa a fim de formar uma proteína específica. As operações de uma fábrica talvez sejam controladas por um computador central. Do mesmo modo, muitas das funções de uma célula são controladas por um “programa de computador”, ou código, conhecido como DNA (6). O ribossomo recebe do DNA uma cópia das instruções detalhadas sobre a fabricação de uma proteína específica (7).

O que acontece à medida que a proteína é fabricada é impressionante! Cada proteína é dobrada num formato tridimensional específico (8). É esse formato que determina a função de cada proteína. * Imagine a linha de produção de peças de um motor. Cada peça tem de ser fabricada com precisão para que o motor funcione. De modo similar, se uma proteína não for fabricada com precisão e dobrada no formato correto, ela não será capaz de cumprir sua função e pode até danificar a célula.

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A “fábrica” — Como as proteínas são fabricadas: Assim como uma fábrica automatizada, a célula é cheia de máquinas que produzem e despacham produtos complexos

Como a proteína sabe para onde deve ir? Cada proteína contém uma “etiqueta de endereço” que garante sua entrega no local onde ela é necessária. Embora milhares de proteínas sejam fabricados e entregues a cada minuto, todas as proteínas chegam ao destino correto.

Por que esses fatos são relevantes? As moléculas complexas nas mais simples formas de vida não são capazes de se reproduzir sozinhas. Fora da célula, elas se desintegram. Dentro da célula, elas não podem se reproduzir sem a ajuda de outras moléculas complexas. Por exemplo, as enzimas são necessárias para produzir o trifosfato de adenosina (ATP), uma molécula especial que armazena energia. Mas a energia do ATP é necessária para produzir enzimas. De modo similar, o DNA, que analisaremos na seção 3, é necessário para fabricar enzimas. Mas as enzimas são necessárias para fabricar o DNA. Além disso, outras proteínas só podem ser feitas pela célula, mas a célula só pode ser feita com proteínas. *

O microbiologista Radu Popa não concorda com o relato bíblico da criação. Ainda assim, em 2004, ele perguntou: “Como a natureza pode criar vida se nós falhamos em todos os experimentos realizados sob condições controladas?”13 Ele também disse: “A complexidade dos mecanismos exigidos para o funcionamento de uma célula viva é tão grande que parece impossível que eles tenham surgido simultaneamente e por acaso.”14

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Por causa de seu alicerce frágil, este arranha-céu está condenado. Será que o mesmo não se dá com a teoria da evolução já que ela não explica a origem da vida?

O que você acha? A teoria da evolução tenta explicar que a vida na Terra surgiu sem a necessidade de intervenção divina. No entanto, quanto mais os cientistas estudam a vida, mais fica evidente que ela não poderia ter surgido por acaso. Para evitar esse dilema, alguns cientistas evolucionistas tratam a teoria da evolução e a questão da origem da vida como duas coisas distintas. Isso parece razoável para você?

A teoria da evolução se baseia na ideia de que uma longa série de felizes coincidências produziu a vida. Daí propõe que outra série de incidentes aleatórios produziu a espantosa diversidade e complexidade de seres vivos. Mas, se a teoria não tiver um alicerce firme, o que acontecerá com as outras teorias que se baseiam nela? Um arranha-céu construído sem um firme alicerce não consegue se manter de pé. O mesmo acontece com uma teoria sobre a evolução incapaz de explicar a origem da vida.

Depois de analisar brevemente a estrutura e o funcionamento de uma célula “simples”, a que conclusão você chegou? A vida surgiu por acaso ou é resultado de um projeto inteligente? Se ainda tem dúvidas, o que acha de examinar o “programa central” que controla o funcionamento de todas as células?

RÁPIDAS E EFICIENTES

Algumas bactérias podem fazer réplicas de si mesmas em 20 minutos. Cada célula bacteriana faz uma cópia completa do “programa de computador” que a controla e daí se divide. Se tivesse uma fonte inesgotável de nutrientes, uma única célula bacteriana continuaria a se multiplicar exponencialmente e, nesse ritmo, em apenas dois dias produziria um aglomerado de células com mais de 2.500 vezes o peso do planeta Terra.15Células mais complexas também se replicam rapidamente. Por exemplo, quando você estava se desenvolvendo no útero de sua mãe, novas

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células cerebrais se formavam à incrível velocidade de 250 mil células por minuto!16

Em geral, fabricantes têm de abrir mão da qualidade de seus produtos a fim de produzi-los com rapidez. Se as células realmente surgiram por acaso, como é possível que se reproduzam tão rápido e com tanta eficiência? ANALISE OS FATOS

Fato: As extraordinariamente complexas moléculas que formam uma célula (DNA, RNA e proteínas) parecem ter sido projetadas para trabalhar juntas.

Pense no seguinte: O que lhe parece mais provável? Que uma evolução irracional formou as complexas estruturas mostradas na página 10, ou que elas são obra de uma mente inteligente?

Fato: Alguns cientistas respeitados dizem que até mesmo uma célula “simples” é complexa demais para ter surgido na Terra por acaso.

Pense no seguinte: Se alguns cientistas presumem que a vida veio de uma fonte não terrena, que motivo haveria para excluir Deus como essa Fonte?

De onde vieram as instruções?

O que determina sua aparência? E a cor de seus olhos, de seu cabelo e de sua pele? E que dizer de sua altura, constituição física ou semelhança com seus pais? O que diz às pontas de seus dedos que elas devem ser macias de um lado e ter unhas rígidas e protetoras do outro?

Nos dias de Charles Darwin, as respostas a perguntas como essas estavam rodeadas de mistério. O próprio Darwin ficava fascinado pelo modo como as características físicas são transmitidas de uma geração a outra, apesar de saber

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pouco a respeito das leis da genética e menos ainda sobre os mecanismos celulares que controlam a hereditariedade. No entanto, há décadas os biólogos vêm estudando a genética humana e as instruções detalhadas contidas na impressionante molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico). Mas a questão é: De onde vieram essas instruções?

O que muitos cientistas afirmam? Muitos biólogos e outros cientistas acham que o DNA e suas instruções codificadas surgiram de eventos aleatórios que ocorreram ao longo de milhões de anos. Afirmam que não há evidência de projeto na estrutura dessa molécula, nas informações que ela carrega e transmite ou no modo como funciona.17

O que a Bíblia diz? A Bíblia indica que a formação das diferentes partes do corpo, bem como o momento de sua formação, estão como que registradas em um “livro” de Deus. Veja como o Rei Davi foi inspirado a falar sobre isso, dizendo a respeito de Deus: “Teus olhos viram até mesmo meu embrião, e todas as suas partes estavam assentadas por escrito no teu livro, referente aos dias em que foram formadas, e ainda não havia nem sequer uma entre elas.” — Salmo 139:16.

O que as evidências indicam? Se a evolução for verdade, o DNA deve pelo menos conter evidências de que surgiu por acaso. Por outro lado, se a Bíblia estiver certa, então o DNA deve ter provas concretas de que foi criado por alguém organizado e inteligente.

Quando se fala do DNA em termos simples, o assunto fica fácil de entender, além de ser fascinante. Então, façamos outra viagem pelo interior de uma célula. Dessa vez, porém, visitaremos uma célula humana. Imagine que está indo a um museu projetado para ensinar sobre o funcionamento desse tipo de célula. Todo o museu é uma réplica de uma célula humana, porém 13 milhões de vezes maior. Ele é do tamanho de um enorme estádio com capacidade para 70 mil pessoas.

Você entra no museu e fica maravilhado: esse lugar impressionante é cheio de formas e estruturas estranhas. Próximo ao centro da célula está o núcleo, uma esfera da altura de um prédio de 20 andares. Você vai até lá.

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Uma “façanha de engenharia” — Como o DNA é armazenado: Armazenar o DNA no núcleo é uma incrível façanha de engenharia. É como colocar 40 quilômetros de uma linha muito fina dentro de uma bola de tênis

Você passa por uma porta na membrana do núcleo e olha ao seu redor. Ali, se depara com 46 cromossomos, organizados em pares idênticos. Eles variam em altura; o par mais próximo de você tem a altura de um prédio de 12 andares (1). Cada cromossomo parece ter um estreitamento em seu meio, dando-lhe a aparência de duas linguiças unidas por uma das extremidades. Ao mesmo tempo, eles são tão grossos quanto um tronco de árvore. Você vê o que parecem ser cordas em toda a extensão dos cromossomos. Ao se aproximar, nota que cada corda horizontal é dividida por linhas verticais. Entre essas linhas há outras linhas horizontais menores (2). Será que são pilhas de livros? Não; são alças colocadas uma em cima da outra formando colunas. Você puxa uma dessas alças e ela se desprende com facilidade. Você fica impressionado ao ver que ela é composta de pequenas espirais (3) muito bem organizadas. Entre essas espirais está a principal peça de toda a estrutura, algo parecido a uma fita muito comprida. De que se trata?

A ESTRUTURA DE UMA INCRÍVEL MOLÉCULA Vamos simplesmente chamar essa parte do cromossomo de fita. Ela tem quase 3 centímetros de espessura. Essa fita está bem enrolada em carretéis (4), formando espirais dentro de espirais. Essas espirais estão presas a um tipo de

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armação que as mantém no lugar. Uma placa no museu diz que a fita está muito bem acondicionada. Nessa escala, se você esticasse a fita de cada cromossomo, ela daria quase meia volta na Terra! * Um livro de ciências diz que esse eficiente sistema de acondicionamento é “uma extraordinária façanha de engenharia”.18 A ideia de que não houve nenhum engenheiro por trás dessa façanha lhe parece razoável? Se esse museu possuísse uma enorme loja com milhões de itens à venda, dispostos de tal forma que qualquer item pudesse ser facilmente localizado, concluiria que ninguém organizou o lugar? É claro que não. E, comparado ao que a célula faz organizar essa loja seria algo muito simples.

Outra placa o convida a pegar um trecho da fita e examiná-lo mais de perto (5). Ao passar a fita entre os dedos, você nota que não se trata de uma fita comum. Ela é composta de dois filamentos entrelaçados e ligados por minúsculas barras que têm o mesmo espaço entre si. A fita lembra uma escada torcida, parecida a uma escada caracol (6). Então você se dá conta de que está segurando um modelo da molécula de DNA, um dos grandes mistérios da vida!

Uma única molécula de DNA bem acondicionada, com seus carretéis e armações, forma um cromossomo. Os degraus da escada são conhecidos como pares de bases (7). O que eles fazem? Para que serve tudo isso? Outra placa dá uma explicação simples.

O MAIS AVANÇADO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE DADOS

O segredo do DNA, diz a placa, está em seus degraus, as barras que conectam as duas laterais da escada. Pense nessa escada dividida verticalmente ao meio. Cada lado possui metades de degraus. Existem apenas quatro tipos dessas metades. Os cientistas as denominaram A, T, G e C. Eles ficaram maravilhados ao descobrir que a ordem dessas letras transmite informações em uma espécie de código.

Você talvez saiba que o código Morse foi inventado no século 19 para que as pessoas pudessem se comunicar por meio do telégrafo. Esse código tinha apenas duas “letras”: um ponto e um traço. Ainda assim, podia ser usado para formar inúmeras palavras ou frases. O DNA, por sua vez, possui um código de quatro letras. A ordem em que as letras A, T, G e C aparecem forma “palavras”, que chamamos de códons. Os códons são organizados em “histórias” chamadas genes. Cada gene contém em média 27 mil letras. Esses genes e os longos espaços entre eles são organizados em “capítulos”, os cromossomos. São necessários 23 cromossomos para formar o “livro” completo, ou seja, o genoma — toda a informação genética de um organismo. *

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O genoma pode ser comparado a um enorme livro. Quanta informação esse “livro” pode armazenar? Ao todo, o genoma humano é formado por cerca de 3 bilhões de pares de bases, ou degraus, na escada de DNA.19 Imagine uma enciclopédia em que cada volume tem mais de mil páginas. O genoma preencheria as páginas de 428 desses volumes. Visto que cada célula possui duas cópias do genoma, seriam necessários 856 volumes da enciclopédia. Se você fosse digitar todo o genoma sozinho, teria de trabalhar por período integral durante 80 anos, sem tirar férias!

É claro que no final das contas todo esse trabalho de digitação seria inútil para seu corpo. Como você faria caber centenas de livros tão grandes em cada uma de seus 100 trilhões de microscópicas células? Comprimir assim tanta informação é algo que está além da nossa capacidade.

Um professor de biologia molecular e ciência da computação disse: “Um grama de DNA, que se fosse desidratado ocuparia um espaço de aproximadamente um centímetro cúbico, pode armazenar tanta informação quanto cerca de 1 trilhão de CDs.”20 O que isso significa? Lembre-se de que o DNA contém os genes, ou seja, as instruções para a formação de um corpo humano. Cada célula possui um conjunto completo de instruções. O DNA armazena tanta informação que uma única colher de chá de DNA conteria instruções para formar cerca de 350 vezes o número de seres humanos vivos hoje! O DNA dos 7 bilhões de pessoas vivas atualmente na Terra mal formaria uma fina película na superfície dessa colher de chá.21

UM LIVRO SEM AUTOR?

Um grama de DNA armazena tanta informação quanto 1 trilhão de CDs

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Apesar dos avanços na fabricação de aparelhos cada vez menores, nenhum aparelho de armazenamento de dados feito pelo homem sequer chega perto da capacidade do DNA. De qualquer modo, podemos compará-lo a um CD. Pense: um CD talvez nos impressione com seu formato simétrico, sua superfície brilhante e seu design eficiente. É evidente que pessoas inteligentes o projetaram. Se gravássemos instruções úteis, coerentes e detalhadas no CD para a fabricação, a manutenção e o conserto de uma máquina complexa, isso não alteraria perceptivelmente o peso ou o tamanho do disco. Ainda assim, as instruções seriam a parte mais importante dele. Você não ficaria convencido de que houve uma mente inteligente por trás delas? Não seria necessário que alguém criasse essas instruções?

Não é um absurdo comparar o DNA a um CD ou a um livro. Na verdade, um livro sobre o genoma diz: “Comparar o genoma a um livro não é necessariamente uma metáfora. É a mais pura realidade. Um livro contém informações codificadas . . . O genoma também.” O autor acrescenta: “O genoma é um livro inteligente, porque sob condições ideais ele pode copiar e ler a si mesmo.”22 Isso nos faz pensar sobre outro aspecto importante do DNA.

MÁQUINAS EM FUNCIONAMENTO

Enquanto está nesse ambiente silencioso, você se pergunta se o núcleo é realmente tão estático como um museu. Daí, você vê outro objeto. Acima de um mostruário de vidro contendo um modelo de DNA há uma placa que diz: “Aperte o botão para ver a demonstração.” Você aperta o botão, e uma voz diz: “O DNA realiza pelo menos dois trabalhos muito importantes. O primeiro é chamado replicação. O DNA tem de ser copiado para que cada nova célula tenha as mesmas informações genéticas. Veja a simulação a seguir.”

Uma máquina complexa passa por uma das aberturas do mostruário. Trata-se na verdade de vários robôs conectados um ao outro. A máquina se prende ao DNA e começa a se movimentar ao longo dele como um trem sobre trilhos. Ela se movimenta rápido demais para que você veja exatamente o que ela está fazendo, mas você observa que atrás dela saem duas moléculas completas de DNA em vez de uma. A voz explica: “Você está vendo uma versão bem simplificada do que acontece durante a replicação do DNA. Um grupo de estruturas moleculares chamadas enzimas percorre a extensão do DNA dividindo-o em dois, e depois usa cada filamento como base para fabricar um novo filamento complementar. Não podemos mostrar todas as partes envolvidas na replicação do DNA como, por exemplo, o minúsculo mecanismo que vai à frente da máquina de replicação e divide o DNA de tal modo que ambos os lados possam ser espiralados livremente, mas não a

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ponto de ficarem muito enrolados. Também não podemos mostrar como o DNA é ‘revisado’ várias vezes. Erros são detectados e corrigidos com impressionante exatidão.” — Veja o diagrama nas páginas 16 e 17. Replicação — Como o DNA é copiado

1. Esta parte da máquina de enzimas divide o DNA em dois filamentos

2. Esta parte da máquina usa um único filamento do DNA como molde para criar um filamento duplo

3. Um cursor em forma de anel guia e estabiliza a máquina de enzimas

4. Dois filamentos completos de DNA são formados

Se o DNA fosse do tamanho dos trilhos de uma ferrovia, a máquina de enzimas se locomoveria a cerca de 80 quilômetros por hora!

A voz continua: “O que podemos mostrar claramente é a velocidade em que tudo ocorre. Você viu o robô se movimentar em alta velocidade, certo? Na verdade, a máquina de enzimas se movimenta ao longo dos ‘trilhos’ do DNA à velocidade de cerca de 100 degraus, ou pares de bases, por segundo.23 Se esses ‘trilhos’ fossem do tamanho dos trilhos de uma ferrovia, essa ‘máquina’ se locomoveria a cerca de 80 quilômetros por hora. Nas bactérias, essas pequenas máquinas de replicação podem se mover dez vezes mais rápido do que isso! Na célula humana, um exército de centenas dessas máquinas de replicação trabalha em diferentes pontos

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do ‘trilho’ de DNA. Elas copiam todo o genoma em apenas oito horas.”24 — Veja o quadro “Uma molécula que pode ser lida e copiada”, na página 20.

“LEITURA” DO DNA

Os robôs replicadores do DNA saem de cena e, então, surge outra máquina. Ela também se move ao longo de um trecho do DNA, só que mais devagar. Você vê a fita do DNA entrando por uma extremidade dessa máquina e saindo pela outra, sem nenhuma alteração. Mas um filamento totalmente novo sai por outra abertura da máquina, como se fosse uma cauda. O que está acontecendo?

A voz passa a explicar: “O segundo trabalho do DNA é chamado transcrição. O DNA nunca sai de seu abrigo seguro, o núcleo. Então como é que os genes, as receitas para a fabricação de todas as proteínas que compõem seu corpo, são lidos e usados? Bem, essa máquina de enzimas encontra um ponto no DNA onde um gene foi ativado por sinais químicos vindos de fora do núcleo da célula. Daí, essa máquina usa uma molécula chamada RNA (ácido ribonucleico) para fazer uma cópia desse gene. O RNA se parece muito com um único filamento do DNA, mas não é exatamente igual. Seu trabalho é apanhar informações codificadas nos genes. O RNA adquire essa informação enquanto está dentro da máquina de enzimas, depois sai do núcleo e vai em direção a um dos ribossomos, onde a informação será usada para formar uma proteína.” Transcrição — Como o DNA é “lido”

1. Aqui o DNA é desenrolado. Um filamento exposto transmite informações para o RNA

2. O RNA “lê” o DNA, apanhando o código em um gene. O código do DNA diz à máquina de transcrição onde começar e onde parar

3. Carregado de informações, o RNA deixa o núcleo da célula e se dirige a um ribossomo, onde transmitirá as instruções para a fabricação de uma proteína complexa

4. Máquina de transcrição

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Enquanto assiste à demonstração, você fica impressionado com esse museu e com a engenhosidade daqueles que projetaram e construíram essas máquinas. Mas e se todos os objetos do museu passassem a se movimentar, demonstrando os milhares de tarefas executadas ao mesmo tempo em uma célula humana? Que espetáculo de tirar o fôlego isso seria!

Então você se dá conta de que todo esse trabalho executado por máquinas minúsculas e complexas está sendo realizado neste exato momento em seus 100 trilhões de células! Seu DNA é lido, fornecendo instruções para a fabricação das centenas de milhares de diferentes proteínas que constituem seu corpo, com suas enzimas, tecidos, órgãos e assim por diante. Neste instante seu DNA está sendo copiado e revisado para que um novo conjunto de instruções fique pronto para ser lido em cada célula nova.

POR QUE ESSES FATOS SÃO RELEVANTES?

Voltemos à pergunta inicial: ‘De onde vieram essas instruções?’ A Bíblia indica que esse “livro” e seu conteúdo se originam de um Autor sobre-humano. Será que essa conclusão está desatualizada ou não é científica?

Pense no seguinte: Será que os humanos conseguiriam construir um museu como o que acabamos de descrever? Se tentassem, certamente encontrariam muitas dificuldades. Até hoje, pouco se sabe sobre o genoma humano e seu funcionamento. Os cientistas ainda estão tentando descobrir onde estão todos os genes e quais são suas funções, embora os genes constituam apenas uma pequena parte do DNA. Que dizer dos longos trechos que não contêm genes? Os cientistas costumavam chamar esses trechos de “DNA inútil”, mas recentemente têm mudado de opinião sobre isso. Esses trechos talvez controlem como e até que ponto os genes são usados. E, mesmo que os cientistas conseguissem reproduzir um DNA completo e as máquinas que o

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copiam e revisam, será que conseguiriam fazê-lo funcionar como um DNA de verdade?

O famoso cientista Richard Feynman escreveu uma pequena frase num quadro-negro pouco antes de sua morte: “O que eu não posso criar, eu não compreendo.”25 Sua sincera humildade é incomum, e o que ele disse é um fato no caso do DNA. Os cientistas são incapazes de criar o DNA com todo o seu sistema de replicação e transcrição, e não conseguem compreendê-lo plenamente. Mesmo assim, alguns têm certeza de que tudo isso surgiu por acaso. Será que as evidências que consideramos realmente apoiam essa conclusão?

Alguns estudiosos chegaram à conclusão de que as evidências apontam em outra direção. Por exemplo, Francis Crick, cientista que ajudou a descobrir a estrutura de dupla-hélice do DNA, concluiu que essa molécula é organizada demais para ter surgido por acaso. Ele propôs que seres extraterrestres inteligentes talvez tenham enviado o DNA à Terra para dar início à vida em nosso planeta.26

Mais recentemente, o famoso filósofo Antony Flew, que defendeu o ateísmo por 50 anos, mudou completamente de opinião. Aos 81 anos, ele passou a expressar a crença de que alguém inteligente deve ter estado envolvido na criação da vida. Por que essa mudança de opinião? Ele estudou o DNA. Quando se perguntou a ele se sua nova linha de pensamento não seria impopular entre os cientistas, Flew respondeu: “É uma pena. Minha vida inteira tem sido guiada pelo princípio: seguir as evidências, não importa aonde elas o levem.”27

O que você acha? O que as evidências mostram? Imagine que você encontrasse uma sala de computadores no interior de uma fábrica. Um dos computadores está executando um programa que controla todas as operações da fábrica. Além disso, o programa envia constantemente instruções de como fabricar e fazer a manutenção de cada máquina. Também faz cópias de si mesmo e as verifica. A que conclusão você chegaria? Que o computador e seu programa fabricaram a si mesmos ou que foram produzidas por mentes inteligentes e organizadas? Sem dúvida, as evidências falam por si mesmas.

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UMA MOLÉCULA QUE PODE SER LIDA E COPIADA

Como o DNA pode ser lido e copiado com tanta exatidão? As quatro bases químicas usadas na escada de DNA (A, T, G e C) formam cada degrau sempre usando os mesmos pares: A com T, e G com C. Se um dos lados do degrau for A, o outro sempre será T; G sempre faz par com C. Assim, tendo um dos lados da escada, é possível saber o outro. Por exemplo, se em um dos lados a sequência de degraus for GTCA, a do outro lado será CAGT. O comprimento de cada base é diferente, mas quando se juntam com seus complementos, formam degraus completos de comprimento uniforme.

Saber isso levou os cientistas a outra descoberta: o DNA foi perfeitamente projetado para ser copiado várias e várias vezes. A máquina de enzimas que replica o DNA capta unidades desses quatro elementos químicos que estão livres no núcleo da célula. Daí, usa essas unidades para completar cada degrau do DNA dividido.

Assim, a molécula de DNA é realmente como um livro que é lido e copiado vez após vez. Na duração média de uma vida humana, o DNA é copiado cerca de 10 quatrilhões de vezes, com incrível exatidão.28 ANALISE OS FATOS

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Fato: O DNA está armazenado nos cromossomos de maneira tão eficiente que isso tem sido chamado de uma “façanha de engenharia”.

Pense no seguinte: Como algo tão organizado assim poderia surgir por acaso?

Fato: Mesmo na atual era da informática, nada se compara à capacidade de armazenamento de dados do DNA.

Pense no seguinte: Se os técnicos em computação não conseguem criar nada com essa capacidade, como é que matéria sem vida conseguiria?

Fato: O DNA contém todas as instruções necessárias para a formação do corpo humano e para fazer sua manutenção por toda a vida.

Pense no seguinte: Como essas instruções poderiam ter surgido sem um autor, ou essa programação sem um programador?

Fato: Para que o DNA possa funcionar, ele tem de ser copiado, lido e verificado por várias estruturas moleculares complexas chamadas enzimas, que precisam trabalhar juntas de forma precisa e numa fração de segundos.

Pense no seguinte: Você acha que máquinas complexas e extremamente confiáveis poderiam surgir por acaso? Sem provas concretas, acreditar nisso não seria pura credulidade? Será que toda vida tem um ancestral em comum?

Darwin achava que todas as formas de vida possuem um ancestral em comum. Ele imaginava a história da vida na Terra como uma grande árvore. Mais tarde, outros passaram a acreditar que essa “árvore da vida” começou como um único “tronco”, ou seja, as primeiras células simples. Novas espécies brotaram do tronco e continuaram a se dividir em galhos (famílias de plantas e animais) e depois em ramos (todas as espécies dentro das famílias de plantas e animais existentes hoje). Foi isso o que realmente aconteceu?

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O que muitos cientistas afirmam? Muitos dão a entender que o registro fóssil apoia a teoria de que todas as formas de vida tiveram uma origem em comum. Também afirmam que todos os seres vivos devem ter evoluído de um ancestral em comum, visto que possuem uma “linguagem de programação” parecida, o DNA.

O que a Bíblia diz? O relato de Gênesis diz que as plantas, as criaturas marinhas, os animais terrestres e as aves foram criados “segundo as suas espécies”. (Gênesis 1:12, 20-25) Essa descrição permite uma variação dentro de uma ‘espécie’, mas também indica que há limites fixos que separam as diferentes espécies. O relato bíblico sobre a criação também indica que novas criaturas apareceriam no registro fóssil de modo súbito e plenamente formadas.

O que as evidências indicam? Será que as evidências apoiam a descrição bíblica sobre a origem da vida ou Darwin estava certo? O que as descobertas dos últimos 150 anos revelam?

A ÁRVORE DE DARWIN É DERRUBADA

Em anos recentes, cientistas conseguiram comparar os códigos genéticos de dezenas de organismos unicelulares e os de plantas e animais. Eles achavam que essas comparações confirmariam a teoria da “árvore da vida” proposta por Darwin. Mas não foi o que aconteceu.

O que as pesquisas revelaram? Em 1999, o biólogo Malcolm Gordon escreveu: “Parece que a vida teve muitas origens. A árvore da vida universal não parece ter tido uma única raiz.” Será que há evidências de que os principais galhos da vida nasceram de um único tronco, conforme Darwin acreditava? Gordon continua: “A teoria tradicional da descendência comum parece não se aplicar aos reinos atualmente reconhecidos. Provavelmente não se aplica a muitos filos, se é que a algum, e possivelmente não se aplica a muitas classes nos filos.”29 * Pesquisas recentes contradizem a teoria de Darwin de um ancestral em comum. Por exemplo, em 2009, um artigo da revista New Scientist citou as palavras do cientista evolucionista Eric Bapteste: “Não temos nenhuma evidência de que a árvore da vida seja uma realidade.”30 O mesmo artigo cita o biólogo evolucionista Michael Rose: “Todos sabemos que a teoria da árvore da vida está sendo aos poucos descartada. Mas a ideia de que todo nosso ponto de vista sobre a biologia precisa mudar não é tão bem aceita.”31 *

O QUE O REGISTRO FÓSSIL INDICA?

Muitos cientistas dizem que o registro fóssil apoia a teoria de que a vida teve uma origem em comum. Argumentam, por exemplo, que há evidências no registro fóssil de que peixes se tornaram anfíbios e de que répteis se tornaram mamíferos. Mas o que o registro fóssil realmente indica?

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“Em vez de encontrarem evidências do desenvolvimento gradual da vida”, diz o paleontólogo evolucionista David Raup, “o que os geólogos dos dias de Darwin e os geólogos atuais na verdade descobriram foi um registro incompleto e irregular, ou seja, espécies surgem de repente na sequência dos fósseis, apresentam pouca ou nenhuma mudança durante sua existência no registro e, então, desaparecem abruptamente.”32

Na realidade, a grande maioria dos fósseis demonstra que as espécies permaneceram estáveis durante períodos muito longos. Os indícios não mostram que as espécies evoluíram de uma para outra. Novas formas de vida e características físicas distintas apareceram de repente. Por exemplo, morcegos com sonar e sistemas de ecolocalização surgiram sem nenhuma ligação óbvia com um ancestral mais primitivo.

De fato, mais da metade dos principais ramos da vida animal parece ter surgido num período relativamente curto. Visto que muitas formas de vida distintas surgiram tão repentinamente no registro fóssil, os paleontólogos se referem a esse período como “a explosão cambriana”. Quando ocorreu o período cambriano?

Suponhamos que as estimativas dos pesquisadores estejam corretas. Nesse caso, a história da Terra poderia ser representada por uma linha do tempo do tamanho de um campo de futebol (1). Nessa escala, você teria de caminhar a distância equivalente a sete oitavos desse campo para chegar ao ponto que os paleontólogos chamam de período cambriano (2). Num pequeno trecho desse período, os principais ramos da vida animal aparecem no registro fóssil. Quanto tempo leva para eles surgirem? À medida que caminha pelo campo, toda a vida animal surge antes de você completar sequer um passo.

O surgimento relativamente instantâneo das diversas formas de vida levou alguns pesquisadores evolucionistas a questionar a versão tradicional da teoria de Darwin. Por exemplo, numa entrevista em 2008, o biólogo evolucionista Stuart Newman falou sobre a necessidade de uma nova teoria da evolução que explicasse o aparecimento súbito de novas formas de vida. Ele disse: “Acredito que a teoria de Darwin usada para explicar todas as mudanças evolucionárias se tornará apenas mais uma de muitas teorias — talvez não necessariamente a mais importante quando se trata de compreender a macroevolução, ou seja, a evolução das principais transições físicas.”33

PROBLEMAS COM AS “PROVAS”

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Por que alguns livros mudam a escala de tamanho dos fósseis, apresentando-os em uma suposta sequência?

Acima à esquerda: escala de fósseis mostradas em alguns livros

Acima à direita: proporção real

Mas e quanto aos fósseis usados para mostrar que os peixes se transformaram em anfíbios e os répteis em mamíferos? Será que fornecem provas concretas do processo da evolução? Analisando melhor, vários problemas ficam evidentes.

Primeiro, a proporção de tamanho das criaturas na sequência réptil—mamífero é às vezes mal representada. Nos livros, essas criaturas são apresentadas como se tivessem tamanho similar, quando, na realidade, algumas criaturas são bem maiores que outras.

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Um segundo e mais sério desafio é a falta de evidências de que essas criaturas sejam aparentadas de alguma maneira. Espécimes colocados na sequência muitas vezes estão separados uns dos outros por milhões de anos, segundo estimativas dos pesquisadores. Com relação aos períodos que separam muitos desses fósseis, o zoólogo Henry Gee diz: “Os intervalos de tempo que separam os fósseis são tão grandes que não podemos afirmar nada sobre uma possível ligação entre eles.”34 * Falando sobre os fósseis de peixes e anfíbios, o biólogo Malcolm Gordon afirma que os fósseis encontrados representam apenas uma pequena, “possivelmente ínfima, amostra da biodiversidade existente nesses grupos naquelas épocas”. Ele diz ainda: “Não há como saber, se é que isso é possível, até que ponto esses organismos específicos foram relevantes para desenvolvimentos posteriores, ou qual talvez tenha sido seu parentesco.”35 *

O QUE O “FILME” REALMENTE MOSTRA?

Um artigo publicado na revista National Geographic de 2004 compara o registro fóssil a “um filme da evolução, no qual 999 de cada mil fotogramas desaparecem”.36Considere as implicações dessa ilustração.

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Se “95 fotogramas” do registro fóssil mostram que os animais não evoluíram de uma espécie para outra, por que os paleontólogos organizam os “5 fotogramas” restantes de modo a parecer que foi isso o que aconteceu?

Imagine que você encontrou 100 fotogramas (quadros) de um filme que originalmente possuía 100 mil fotogramas. Como você saberia o enredo do filme? Você talvez tenha uma ideia. Mas e se apenas 5 dos 100 fotogramas pudessem ser organizados de acordo com o que você imaginou, enquanto os outros 95 contassem uma história bem diferente? Seria razoável afirmar que sua ideia original estava certa baseando-se apenas naqueles 5 fotogramas? Seria o caso de você ter colocado aqueles 5 fotogramas numa determinada ordem só porque era a que melhor se encaixava na sua teoria? Não seria mais razoável permitir que os outros 95 fotogramas influenciassem sua opinião?

Como essa ilustração se relaciona com o conceito dos evolucionistas sobre o registro fóssil? Durante anos, pesquisadores se recusaram a admitir que a grande maioria dos fósseis, os 95 fotogramas do filme, mostra que as espécies mudam muito pouco com o passar do tempo. Por que esse silêncio sobre uma evidência tão importante? O escritor Richard Morris diz: “Aparentemente, os paleontólogos adotaram o conceito ortodoxo de mudança evolucionária gradual e se apegaram a ele, mesmo quando descobriram evidências do contrário. Eles tentaram interpretar os indícios fósseis com base em ideias evolucionistas aceitas.”37 “Afirmar que uma sequência de fósseis representa uma linhagem não é uma hipótese científica que pode ser comprovada, mas uma afirmação que tem o mesmo valor de uma história de ninar — incrível, talvez até instrutiva, mas não científica.” — In Search of Deep Time—Beyond the Fossil Record to a New History of Life (Em Busca de um Tempo Distante — Além do Registro Fóssil Rumo a uma Nova História da Vida), de Henry Gee, páginas 116-117 Que dizer dos evolucionistas hoje? Será que eles continuam a colocar os fósseis em uma determinada sequência, não porque ela encontra apoio na maioria das evidências fósseis e genéticas, mas sim porque fazer isso está de acordo com as ideias evolucionistas aceitas no momento? *

O que você acha? Que conclusão se harmoniza mais com as evidências? Analise os fatos que consideramos até agora.

A primeira forma de vida na Terra não era “simples”. É extremamente improvável que até mesmo os componentes de uma célula

tenham surgido por acaso. O DNA, “programa de computador”, ou código, que faz a célula funcionar, é

incrivelmente complexo e evidencia uma engenhosidade que ultrapassa qualquer programa ou sistema de armazenamento de dados produzido por humanos.

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Pesquisas genéticas mostram que a vida não se originou de um único ancestral. Além disso, os principais grupos de animais aparecem abruptamente no registro fóssil.

À luz desses fatos, você acha razoável concluir que essas evidências estão em harmonia com a explicação bíblica sobre a origem da vida? Muitas pessoas, porém, afirmam que a ciência contradiz muito do que a Bíblia diz sobre a criação. Será que isso é verdade? O que a Bíblia realmente diz?

ANALISE OS FATOS

Fato: Dois conceitos fundamentais da evolução — o de que a vida teve uma origem em comum e o de que as principais estruturas físicas surgiram em resultado do lento acúmulo de pequenas mudanças — têm sido desafiados por pesquisadores que não apoiam o relato bíblico da criação.

Pense no seguinte: Visto que os conceitos fundamentais da teoria de Darwin causam controvérsia, será que a versão dele sobre a evolução pode ser honestamente considerada um fato científico?

Fato: Todos os organismos vivos possuem projetos similares de DNA, a “linguagem de programação”, ou código, que determina a forma e as funções de sua célula ou células.

Pense no seguinte: Será que essa similaridade existe, não porque esses organismos tiveram um ancestral em comum, mas porque tiveram o mesmo Projetista? Que dizer da evolução humana?

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Pesquise o assunto da evolução humana em livros e enciclopédias e encontrará um desenho com várias criaturas em sequência, representando a evolução do homem. A primeira é uma criatura simiesca encurvada, seguida por outras com postura progressivamente mais ereta e com caixa craniana maior. No final da sequência, você pode ver o homem moderno. Essas representações, acompanhadas de reportagens sensacionalistas sobre a descoberta de supostos elos perdidos, dão a impressão de que há muitas provas de que o homem evoluiu de criaturas simiescas. Será que essas alegações se baseiam em provas concretas? Veja o que pesquisadores evolucionistas dizem sobre os assuntos a seguir. *

O QUE OS INDÍCIOS FÓSSEIS REALMENTE MOSTRAM

Fato: No início do século 20, todos os fósseis usados para apoiar a ideia de que humanos e macacos evoluíram de um ancestral em comum cabiam em uma mesa de bilhar. Desde então, a quantidade desses fósseis aumentou. Hoje se diz que eles encheriam um vagão de carga.38 No entanto, a grande maioria deles consiste de apenas alguns ossos e dentes. Crânios completos, sem falar de esqueletos completos, são raros.39

Pergunta: Será que a maior quantidade de fósseis associados à “árvore genealógica” do homem resolveu a questão entre os evolucionistas sobre quando e como o homem evoluiu de criaturas simiescas?

Resposta: Não. Na verdade, ocorreu o contrário. Referindo-se à classificação desses fósseis, Robin Derricourt, da Universidade de Nova Gales do Sul, Austrália, escreveu em 2009: “Talvez o único consenso a que chegamos até agora seja o de que não há nenhum consenso.”40 Em 2007, a revista Nature publicou um artigo escrito pelos descobridores de outro suposto elo perdido da árvore evolucionária, dizendo que nada se sabe sobre quando ou como a linhagem humana surgiu da linhagem dos macacos.41 Gyula Gyenis, pesquisador do Departamento de Antropologia Biológica, da Universidade Eötvös Loránd, Hungria, escreveu em 2002: “A classificação e localização evolucionária dos fósseis de hominídeos são constantemente debatidas.” *Ele também diz que os indícios fósseis colhidos até agora não nos permitem saber exatamente quando, onde ou como o homem evoluiu de criaturas simiescas.42

ANÚNCIOS DE “ELOS PERDIDOS”

Fato: Com frequência a mídia anuncia a descoberta de um novo “elo perdido”. Por exemplo, em 2009, um fóssil que foi chamado de Ida recebeu atenção digna de uma “estrela do rock”, de acordo com certa revista.43 A publicidade incluía esta manchete do jornal britânico The Guardian: “Fóssil Ida: descoberta extraordinária de um ‘elo perdido’ da evolução humana”.44 No entanto, apenas alguns dias

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depois, a revista científica britânica New Scientist disse: “Ida não é um ‘elo perdido’ da evolução humana.”45

Pergunta: Por que cada nova descoberta de um “elo perdido” recebe ampla atenção da mídia, ao passo que quando esse fóssil é removido da “árvore genealógica” isso raramente é mencionado?

Resposta: Falando a respeito dos que fazem essas descobertas, Robin Derricourt, mencionado antes, diz: “O chefe de uma equipe de pesquisas talvez precise dar muita ênfase à singularidade e ao drama de uma ‘descoberta’ para atrair fundos de outras fontes fora do círculo acadêmico, e os pesquisadores são estimulados pela mídia eletrônica e impressa, que por sua vez está em busca de uma história dramática.”46

GRAVURAS E MODELOS DO HOMEM-MACACO

Fato: Gravuras em livros e museus com frequência apresentam os supostos ancestrais dos humanos com feições, cor de pele e quantidade de pelos características. Essas gravuras em geral mostram os “ancestrais” mais antigos com características semelhantes às do macaco, e os supostamente mais próximos do homem com feições, cor de pele e pelo mais parecidos aos dos humanos.

Pergunta: Os cientistas podem realmente reproduzir essas características baseando-se nos restos fossilizados que encontram?

Resposta: Não. Em 2003, o especialista forense Carl Stephan, que trabalha no Departamento de Ciências Anatômicas da Universidade de Adelaide, Austrália, escreveu: “As faces de primitivos ancestrais do homem não podem ser reproduzidas ou avaliadas com exatidão.” Ele disse que as tentativas de fazer isso baseando-se nos macacos atuais “provavelmente serão tendenciosas, grosseiramente inexatas e inválidas”. O que ele concluiu? “Quaisquer ‘reconstruções’ faciais dos primitivos hominídeos têm grande probabilidade de estar equivocadas.”47

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INTELIGÊNCIA E TAMANHO DO CÉREBRO

Fato: O tamanho do cérebro de um suposto ancestral dos humanos é uma das principais maneiras de os evolucionistas determinarem se o suposto parentesco entre esse ancestral e os humanos é distante ou próximo.

Pergunta: O tamanho do cérebro é um indicador confiável de inteligência?

Resposta: Não. Um grupo de pesquisadores que usou o tamanho do cérebro como base para determinar quais criaturas extintas eram parentes mais próximos do homem admitiu que ao fazer isso eles “se sentiram como se estivessem pisando em um solo instável”.48 Por quê? Veja o que a revista Scientific American Mind disse em 2008: “Os cientistas não conseguiram encontrar uma correlação entre o tamanho relativo e absoluto do cérebro e a inteligência de humanos e de outras espécies animais. Também não foram capazes de encontrar um paralelo entre inteligência e o tamanho de regiões específicas do cérebro nem a existência delas. A exceção talvez seja a área de Broca, que comanda a fala nos seres humanos.”49

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O que você acha? Por que os cientistas alinham os fósseis usados na sequência macaco—homem de acordo com o tamanho do cérebro quando se sabe que isso não é um indicador confiável de inteligência? Será que eles estão tentando fazer com que as provas se encaixem em sua teoria? E por que os pesquisadores constantemente debatem sobre quais fósseis devem ser incluídos na “árvore genealógica” humana? Não seria o caso de esses fósseis estudados serem apenas o que parecem realmente ser, ou seja, espécies extintas de macacos?

O que dizer, porém, do homem de Neandertal, fóssil semelhante aos seres humanos, frequentemente apresentado como prova de que uma espécie de homem-macaco existiu? Os pesquisadores estão começando a mudar seu ponto de vista sobre o que o homem de Neandertal realmente era. Em 2009, Milford Wolpoff escreveu na revista American Journal of Physical Anthropology que “o homem de Neandertal deve ter sido uma autêntica raça de seres humanos.”50

Observadores sinceros reconhecem que o orgulho, o dinheiro e a necessidade de atenção da mídia influenciam o modo como as “provas” da evolução humana são apresentadas. Você está disposto a depositar sua confiança nessas “provas”?

O QUE HÁ DE ERRADO NESTA GRAVURA?

Gravuras como esta são baseadas em ideias pré-concebidas e suposições de pesquisadores e artistas, não em fatos.51

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A maioria desses desenhos se baseia em crânios incompletos e alguns dentes. Crânios completos, sem falar de esqueletos completos, são raros.

Não há consenso entre os pesquisadores sobre como os fósseis de várias criaturas devem ser classificados.

Os artistas não podem reproduzir com exatidão feições, cor de pele e pelos dessas criaturas extintas.

Cada criatura é colocada numa determinada posição na linha que leva ao homem moderno de acordo principalmente com o tamanho da caixa craniana. Isso é feito apesar da evidência de que o tamanho do cérebro não é um indicador confiável de inteligência.

Faz sentido acreditar na Bíblia?

Você já se enganou a respeito de uma pessoa? Talvez tenha ouvido outros falarem a respeito dela. Pode ser que você tenha ficado com má impressão dela, mas ao conhecê-la pessoalmente descobriu que os outros estavam equivocados. De modo similar, muitos têm se equivocado a respeito da Bíblia.

Muitas pessoas cultas menosprezam a Bíblia. Sabe por quê? Com frequência, esse livro é apresentado ou citado de uma maneira que o faz parecer ilógico, não científico ou simplesmente equivocado. Seria o caso de as pessoas estarem enganadas a respeito da Bíblia?

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Ao ler esta brochura, ficou surpreso ao ver que o que a Bíblia diz é cientificamente exato? Muitas pessoas ficam. Elas também se surpreendem ao aprender que a Bíblia não diz algumas das coisas que muitas religiões atribuem a ela. Algumas religiões afirmam, por exemplo, que a Bíblia ensina que Deus fez o Universo e toda a vida nele em apenas seis dias de 24 horas. Mas, na verdade, não há nada na Bíblia que contradiga as diferentes estimativas dos cientistas sobre a idade do Universo ou da Terra. *

Além disso, o breve relato bíblico sobre como Deus criou a vida neste planeta dá ampla margem para teorias e pesquisas científicas. A Bíblia diz que Deus criou toda a vida, e que as coisas vivas foram feitas “segundo as suas espécies”. (Gênesis 1:11, 21, 24) Essas afirmações talvez estejam em conflito com certas teorias científicas, mas concordam com fatos científicos já comprovados. A história da ciência mostra que as teorias vão e vêm, mas os fatos permanecem.

Há muitas pessoas, porém, que deixam de pesquisar a Bíblia porque estão

decepcionadas com a religião. Elas olham para as religiões e veem hipocrisia, corrupção e envolvimento nas guerras. Mas seria justo julgar a Bíblia pelo comportamento de alguns que afirmam segui-la? Muitos cientistas sinceros e de bom coração ficam horrorizados pelo modo como pessoas violentas usam a teoria da evolução para justificar suas ideias racistas. Seria justo julgar a teoria da evolução baseando-se nisso? Com certeza é melhor investigar o que a teoria afirma e comparar com a evidência disponível.

Incentivamos você a fazer o mesmo com a Bíblia. Talvez fique surpreso ao aprender que os ensinos da Bíblia são bem diferentes dos da maioria das religiões. Longe de promover a guerra e a violência étnica, a Bíblia ensina

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que os servos de Deus devem rejeitar a guerra e até mesmo o ódio que gera esse tipo de violência. (Isaías 2:2-4; Mateus 5:43, 44; 26:52) Longe de promover o fanatismo e a credulidade, a Bíblia ensina que a verdadeira fé é baseada em provas e que a faculdade de raciocínio é essencial para servir a Deus. (Romanos 12:1;Hebreus 11:1) Longe de desestimular a curiosidade, a Bíblia nos incentiva a investigar as questões mais fascinantes que têm desafiado a humanidade.

Por exemplo, já se perguntou: ‘Se Deus existe, por que ele permite a perversidade?’ A Bíblia responde a essa e a muitas outras perguntas de modo satisfatório. * Incentivamos você a continuar na sua busca pela verdade. Poderá encontrar respostas emocionantes e razoáveis, baseadas em provas convincentes. E com certeza isso não será mero acaso.

Bibliografia

1. Como a vida começou?

1. How Life Began—Evolution’s Three Geneses, de Alexandre Meinesz, traduzido para o inglês, por Daniel Simberloff, 2008, pp. 30-33, 45.

a. Life Itself—Its Origin and Nature, de Francis Crick, 1981, pp. 15-16, 141-153.

2. Scientific American, “Uma origem mais simples da vida”, de Robert Shapiro, junho de 2007, p. 48.

a. The New York Times, “A Leading Mystery of Life’s Origins Is Seemingly Solved”, de Nicholas Wade, 14 de maio de 2009, p. A23.

3. Scientific American, junho de 2007, p. 48.

4. Scientific American, junho de 2007, pp. 47, 49-50.

5. Information Theory, Evolution, and the Origin of Life, de Hubert P. Yockey, 2005, p. 182.

6. NASA’s Astrobiology Magazine, “Life’s Working Definition—Does It Work?” (http://www.nasa.gov/ vision/universe/starsgalaxies/ life’s_working_definition.html), acessado em 17/3/2009.

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2. Existem formas de vida realmente simples?

7. Princeton Weekly Bulletin, “Nuts, Bolts of Who We Are”, de Steven Schultz, 1.° de maio de 2000, (http://www.princeton.edu/pr/pwb/00/0501/ p/brain.shtml), acessado em 27/3/2009.

a. “The Nobel Prize in Physiology or Medicine 2002”, Press Release, 7 de outubro de 2002, (http://nobelprize.org/ nobel_prizes/medicine/laureates/2002/ press.html), acessado em 27/3/2009.

8. “The Nobel Prize in Physiology or Medicine 2002,” 7 de outubro de 2002.

9. Encyclopædia Britannica, CD 2003, “Cell”, “The Mitochondrion and the Chloroplast”, subtítulo, “The Endosymbiont Hypothesis.”

10. How Life Began—Evolution’s Three Geneses, p. 32.

11. Molecular Biology of the Cell, segunda edição, de Bruce Alberts et al, 1989, p. 405.

12. Molecular Human Reproduction, “The Role of Proteomics in Defining the Human Embryonic Secretome”, de M. G. Katz-Jaffe, S. McReynolds, D. K. Gardner e W. B. Schoolcraft, 2009, p. 271.

13. Between Necessity and Probability: Searching for the Definition and Origin of Life, de Radu Popa, 2004, p. 129.

14. Between Necessity and Probability: Searching for the Definition and Origin of Life, pp. 126-127.

(Quadro) Rápidas e eficientes

15. Origin of Mitochondria and Hydrogenosomes, de William F. Martin e Miklós Müller, 2007, p. 21.

16. Brain Matters—Translating Research Into Classroom Practice, de Pat Wolfe, 2001, p. 16.

3. De onde vieram as instruções?

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17. Research News Berkeley Lab, (http://www.lbl.gov/Science-Articles/ Archive/LSD-molecular-DNA.html), artigo: “Molecular DNA Switch Found to Be the Same for All Life”, contato: Lynn Yarris, p. 1 de 4; acessado em 10/2/2009.

18. Life Script, de Nicholas Wade, 2001, p. 79.

19. Bioinformatics Methods in Clinical Research, editado por Rune Matthiesen, 2010, p. 49.

20. Scientific American, “Computing With DNA”, de Leonard M. Adleman, agosto de 1998, p. 61.

21. Nano Letters, “Enumeration of DNA Molecules Bound to a Nanomechanical Oscillator”, de B. Ilic, Y. Yang, K. Aubin, R. Reichenbach, S. Krylov e H. G. Craighead, Vol. 5, n.° 5, 2005, pp. 925, 929.

22. Genome—The Autobiography of a Species in 23 Chapters, de Matt Ridley, 1999, pp. 7-8.

23. Essential Cell Biology, segunda edição, de Bruce Alberts, Dennis Bray, Karen Hopkin, Alexander Johnson, Julian Lewis, Martin Raff, Keith Roberts e Peter Walter, 2004, p. 201.

24. Molecular Biology of the Cell, quarta edição, de Bruce Alberts et al, 2002, p. 258.

25. No Ordinary Genius—The Illustrated Richard Feynman, editado por Christopher Sykes, 1994, foto sem número de página fornecido; veja legenda.

a. New Scientist, “Second Genesis—Life, but Not As We Know It”, de Bob Holmes, 11 de março de 2009, (http://www.newscientist.com/article/ mg20126990.100) acessado em 11/3/2009.

26. The Search for Extraterrestrial Intelligence—A Philosophical Inquiry, de David Lamb, 2001, p. 83.

27. Associated Press Newswires, “Famous Atheist Now Believes in God”, de Richard N. Ostling, 9 de dezembro de 2004.

(Quadro) Uma molécula que pode ser lida e copiada

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28. Intelligent Life in the Universe, segunda edição, de Peter Ulmschneider, 2006, p. 125.

4. Será que toda vida tem um ancestral em comum?

29. Biology and Philosophy, “The Concept of Monophyly: A Speculative Essay”, de Malcolm S. Gordon, 1999, p. 335.

30. New Scientist, “Uprooting Darwin’s Tree”, de Graham Lawton, 24 de janeiro de 2009, p. 34.

31. New Scientist, 24 de janeiro de 2009, pp. 37, 39.

32. Field Museum of Natural History Bulletin, “Conflicts Between Darwin and Paleontology”, de David M. Raup, janeiro de 1979, p. 23.

33. Archaeology, “The Origin of Form Was Abrupt Not Gradual”, de Suzan Mazur, 11 de outubro de 2008, (www.archaeology.org/online/ interviews/newman.html), acessado em 23/2/2009.

34. In Search of Deep Time—Beyond the Fossil Record to a New History of Life, de Henry Gee, 1999, p. 23.

35. Biology and Philosophy, p. 340.

36. National Geographic, “Indícios fósseis”, novembro de 2004, p. 61.

37. The Evolutionists—The Struggle for Darwin’s Soul, de Richard Morris, 2001, pp. 104-105.

(Quadro) Que dizer da evolução humana?

38. The Human Lineage, de Matt Cartmill e Fred H. Smith, 2009, prefácio, p. xi.

39. Fossils, Teeth and Sex—New Perspectives on Human Evolution, de Charles E. Oxnard, 1987, prefácio, pp. xi, xii.

a. From Lucy to Language, de Donald Johanson e Blake Edgar, 1996, p. 22.

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b. Anthropologie, XLII/1, “Palaeodemography and Dental Microwear of Homo Habilis From East Africa”, de Laura M. Martínez, Jordi Galbany e Alejandro Pérez-Pérez, 2004, p. 53.

c. In Search of Deep Time—Beyond the Fossil Record to a New History of Life, p. 22.

40. Critique of Anthropology, Volume 29(2), “Patenting Hominins—Taxonomies, Fossils and Egos”, de Robin Derricourt, 2009, pp. 195-196, 198.

41. Nature, “A New Species of Great Ape From the Late Miocene Epoch in Ethiopia”, de Gen Suwa, Reiko T. Kono, Shigehiro Katoh, Berhane Asfaw e Yonas Beyene, 23 de agosto de 2007, p. 921.

42. Acta Biologica Szegediensis, Volume 46(1-2), “New Findings—New Problems in Classification of Hominids,” de Gyula Gyenis, 2002, pp. 57, 59.

43. New Scientist, “A Fine Fossil—But a Missing Link She’s Not”, de Chris Bead, 30 de maio de 2009, p. 18.

44. The Guardian, London, “Fossil Ida: Extraordinary Find Is ‘Missing Link’ in Human Evolution”, de James Randerson, 19 de maio de 2009, (http://www.guardian.co.uk/science/2009/may/19/ ida-fossil-missing-link), acessado em 25/8/2009.

45. New Scientist, 30 de maio de 2009, pp. 18-19.

46. Critique of Anthropology, Volume 29(2), p. 202.

47. Science and Justice, Vol. 43, n.° 4, (2003) seção, Forensic Anthropology, “Anthropological Facial ‘Reconstruction’—Recognizing the Fallacies, ‘Unembracing’ the Errors e Realizing Method Limits”, de C. N. Stephan, p. 195.

48. The Human Fossil Record—Volume Three, de Ralph L. Holloway, Douglas C. Broadfield e Michael S. Yuan, 2004, prefácio xvi.

49. Scientific American Mind, “Intelligence Evolved”, de Ursula Dicke e Gerhard Roth, agosto/setembro de 2008, p. 72.

50. American Journal of Physical Anthropology, “How Neandertals Inform Human Variation”, de Milford H. Wolpoff, 2009, p. 91.

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51. Conceptual Issues in Human Modern Origins Research, editores G. A. Clark e C. M. Willermet, 1997, pp. 5, 60.

a. Wonderful Life—The Burgess Shale and the Nature of History, de Stephen Jay Gould, 1989, p. 28.