o dia e a noite

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Soneto Soneto

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SonetoSoneto

O dia e a noite

Quando todos me dizem que é loucuraQuando todos me dizem que é loucuraManter-se vivo aquilo que morreu,Manter-se vivo aquilo que morreu,

Que eu erga uma fronteira ao que fui euQue eu erga uma fronteira ao que fui euCom um salvo conduto ao que perdura…Com um salvo conduto ao que perdura…

Eu respondo que eu sou quem se procuraEu respondo que eu sou quem se procura

E que eu sou tudo quanto aconteceu…E que eu sou tudo quanto aconteceu…

Não há fronteira em mim: se anoiteceu,Não há fronteira em mim: se anoiteceu,Negar o claro dia é que é loucura.Negar o claro dia é que é loucura.

Assim, o meu passado é uma alvoradaAssim, o meu passado é uma alvorada

Alada que perpassa em meu presenteAlada que perpassa em meu presente

E me consente o mundo de eu ser eu…E me consente o mundo de eu ser eu…

E quando, em minha estrada, há pó e nada,E quando, em minha estrada, há pó e nada,

A Deus estendo a mão e sigo em frente…A Deus estendo a mão e sigo em frente…

Não há fronteira em mim: Amanheceu!Não há fronteira em mim: Amanheceu!

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