o desenvolvimento sustentável como novo paradigma economia

O desenvolvimento sustentável como novo paradigma

ECONOMIA

O desenvolvimento sustentável como novo paradigmaO desenvolvimento sustentável como novo paradigma

"Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende

às necessidades do presente sem comprometer a

possibilidade de as gerações futuras atenderem

suas próprias necessidades".


O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese

A institucionalização da idéia

As teorias de desenvolvimento

A crise da modernidade

As críticas à modernidade

O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gêneseO conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese


Os (neo)clássicos: desenvolvimento econômico através da

participação no comércio internacional

A crítica: a mão visível do Estado invés da mão invisível do mercado.

A escola histórica alemã. Keynes. Leontief.

Dualismo. Lições da experiência colonial.

O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gêneseO conceito de desenvolvimento sustentável e sua gêneseAs teorias de desenvolvimentoAs teorias de desenvolvimento

1945. A divisão do mundo. Teorias de modernização como caminho

para a felicidade.

Teorias do sub-desenvolvimento. CEPAL Centro-Periferia

Industrialização como desenvolvimento. O Nacional

desenvolvimentismo

Sub-desenvolvimento como processo histórico. A dependência

O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese As teorias de desenvolvimentoAs teorias de desenvolvimento

David Ricardo (Principles of Political Economy and Taxation, 1817)

Produtividade de mão-de-obra difere de país por país clima, potencial dos recursos naturais, qualidade dos solos etc.

Cada país deve se especializar conforme as suas condições

Troca das mercadorias via comércio internacional traz vantagens para todos os países

Leis das Vantagens Comparativas

Os clássicos: desenvolvimento econômico através da

participação no comércio internacional


A crítica: a mão visível do Estado invés da mão invisível

do mercado. A escola histórica alemã.

Periodização

List: - nomadismo / selvagem;- pastoril- agricultura - agricultura – manufatura- agricultura – manufatura - industria

Bücher- economia doméstica- economia citadina- economia nacional

Schmoller- economia doméstica- economia territorial- economia citadina- economia nacional- economia mundial


A crítica: a mão visível do Estado invés da mão invisível

do mercado. Keynes

John Maynard Keynes (General theory of employment, interest and money,

1936)

Não há solução pelas forças do mercado

Possibilidade de um equilíbrio econômico com subemprego

Necessidade de intervenção de um agente não-econômico : Estado


O que fazer? A revolução na Rússia como desafio

desenvolvimentista

Necessidade de criar o socialismo com força própria

Transformar uma sociedade agrária em uma sociedade moderna / industrial

Bucharin

priorizar a modernização da

agricultura de depois

industrializar

Preobrazhensky

forçar a industrialização a custo da

agricultura

I. Plano Quinquenal (1928-1932)

> Instalação de uma base de

indústrias pesadas

> Coletivização forçada da agricultura


Dualismo. Lições da experiência colonial.

Julius Herman Boeke (Economics and Economic Policies of Dual

Societies, 1953)

Existe um dualismo na sociedade e economia dos países

colonizados

Setor tradicional

Estrutura social e econômica

pouco complexa

Setor moderna

Agricultura de plantations

para exportação

Dualismo

Não há conexão entre os dois setores


Teorias de modernização como caminho para a felicidade.

Contexto histórico

Fim da Segunda Guerra Mundial

Mundo dividido em dois blocos: Estados Unidos – União Soviética

Países do Terceiro Mundo se tornam alvo dentro da disputa ideológica

Política de cooperação econômica como instrumento de “convencer” os países independentes ou as colônias recém-independentes

Necessidade de um fundamento científico para guiar os investimentos da “ajuda internacional ou bilateral”

Teorias de modernização



Fundamento teórico

Todas as sociedades se desenvolvem historicamente igual (fases subseqüentes)

Os países atrasados chegarão lá onde os países líderes do bloco estão

Diferenças

na analise do funcionamento da sociedade

(modernização – interpretação marxista)

ponto final do caminho

(consumo em massa – comunismo)



Fundamento teórico Talcott Parsons

Características comuns das sociedades modernas

• Organização burocrática para a realização de objetivos ou necessidades coletivas

• Economia de mercado baseado no uso de dinheiro• Estado de direito• Escolha democrática das lideranças políticas



Caminho da transformação

• Política:

formação do Estado (como organização política independente)

formação da Nação (identidade coletiva) democratização com

redistribuição de renda

• Economia:

acumulação de capital progresso tecnológico consumo em

massa • Sociedade:

aumento da população urbanização alfabetização aumento

da comunicação mobilização social.



Walt W. Rostow

The stages of economic growth, a non-communist manifesto, 1959 (port.: Etapas do desenvolvimento econômico, um manifesto não - comunista)

Para se transformar em uma sociedade moderna dentro do padrão da civilização ocidental, basta seguir ou melhor copiar o caminho atravessado por esta.

1. Sociedade tradicional

2. As precondições para o arranco

3. Take off, o arranco

4. A marcha para a maturidade

5. A era do consumo em massa (sociedade moderna)



Walt W. Rostow

A sociedade tradicional

•tem uma função de produção limitada, baseada em ciência e

atitudes pré-newtonianas•existe um teto alcançável de produção per capita, porque não

dispõe de métodos técnico-científicos modernos

•elevada proporção de recursos reservados para a agricultura•estrutura social hierarquizada, baseada na atividade agrícola•sistema de valores = fatalismo, impossibilidade de ascensão

social



As precondições para o arranco

•= fase transitória, na Europa ocidental fim do séc. XVII / início séc. XVIII.•princípios da ciência moderna começaram a se refletir nas funções de produção.expansão paralela dos mercados mundiais.

•normalmente as precondições para o arranco não se desenvolvem dentro da sociedade, mas em conseqüência de fatores externos (“intromissão externa por sociedades mais adiantadas.”), que abalam as sociedades tradicionais e aceleram o seu desmoronamento.•a idéia, que o progresso econômico é condição indispensável para outras finalidades consideradas benéficas (“dignidade nacional, lucro privado, bem-estar social ou vida melhor dos filhos”)•Possível que a sociedade tradicional persiste ao lado de uma atividade econômico moderna, “gerida por uma potência colonista ou quase colonista”

•um aspecto decisivo desse período é a formação de um Estado nacional centralizado eficaz, formado por uma elite nacionalista contra as elites agrários ou colonistas.



O Arranco

• As antigas obstruções e resistências ao desenvolvimento são

superadas e o desenvolvimento passa a ser normal

• arranco é o resultado do conjunto: acumulação de capital social fixo,

evolução tecnológica da indústria e agricultura, acesso ao poder de

uma elite planejadora e modernista.

• arranco precisa de mudanças revolucionárias na produtividade da

agricultura• fase do arranco demora na regra 10 até 20 anos, nesse tempo a

estrutura social, econômica e política da sociedade se transforma de

“tal maneira que a partir daí pode ser mantido um ritmo constante de

desenvolvimento”



A marcha para a maturidade

•longa fase onde a tecnologia moderna se expande para toda a

economia.•“a economia encontra o seu lugar no panorama internacional”•depois de 40 anos atinge-se nesta fase a maturidade,

(= formação de um parque industrial completo)



A era do consumo em massa

•A elevação da renda pessoal possibilita o acesso ao bens de

consumo além do que é considerado o básico (alimentação,

habitação e vestuário).

•surgimento do Welfare state e do automóvel

Para além do consumo

•não existe previsão sobre essa estágio que está se iniciando no

USA.



CEPAL é parte do Conselho Social e Econômico ECOSOC das Nações Unidas.

CEPAL: Comissão Econômica para a América Latina

Raul PrebischFuncionário do Banco Central ArgentinoExperiência Argentina na crise de 1929

--> divida externa duplicou--> industrialização do país durante a crise



Desenvolvimento econômico

Aumento do bem-estar material

Aumento da renda per capita

Aumento da produtividade do trabalho

Semelhança com o conceito neoclássico do desenvolvimento econômico



Centro e Periferia

Centro: aquelas economias onde as novas tecnologias da produção capitalista surgem

primeiro

Periferia: economias atrasadas de ponto de vista tecnológico e organizacional

Centro e periferia são resultados da forma como o progresso Centro e periferia são resultados da forma como o progresso técnico se difunde na economia mundialtécnico se difunde na economia mundial



Centro e Periferia

Centro: a expansão do avanço tecnológico se processa rápido e

ela é geral

Periferia: a expansão é atrasada e restrita aos setores destinados

para a exportação

Centro: a estrutura produtiva é diversificada e homogênea

Periferia: a estrutura produtiva é especializada e heterogênea

Centro: tem o papel de produtor e exportador de bens industriais

dentro da organização internacional de trabalho.

Periferia: tem o papel de produtor e exportador de matéria

prima dentro da organização internacional de trabalho



Centro Periferia

são resultados da forma como o progrésso técnico

se difunde na economia mundial

Expansão do avanço

tecnológico rápida e geral

atrasada e restrita aos

setores para a

exportação

Estrutura produtiva diversificada e

homogênea

especializada e

heterogêna

Papel dentro da

organização

internacional de trabalho

produtor e exportador de

bens industriais

produtor e exportador de

matéria prima



As caraterísticas fundamentais da fase da industrialização da periferia

Depois de alcançar um certo grau de amadurecimento e/ou um certo nível de renda, a industrialização passa a ser a forma necessária e obrigatória do desenvolvimento da periferia.

A industrialização se dá necessariamente através do processo da substituição de importações, que leva a uma mudança na composição das importações.

A tendência ao desequilíbrio externo é inerente à industrialização por substituição de importação.

Durante a fase de industrialização há uma tendência de produzir-se desemprego,

além de desequilíbrios intersetoriais da produção.

As condições próprias da agricultura incidem de maneira decisiva nestas duas últimas tendências



O mérito da CEPAL para a discussão futura

Discussão sobre a deterioração dos termos de intercâmbio:

1964 UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) como órgão do Uniões Unidos, fórum para a discussão dos problemas relacionados ao comercio internacional. Ela é organizada por grupos de países. Grupo dos 77 (fundada em 1966). Primeiro secretário foi R. Prebisch 1964 - 1969.

Acordos internacionais sobre recursos minerais (preços, estoques estratégicos)

Diminuição de tarifas de importação

Controle da produção de materiais sintéticos como concorrência para produtos naturais

Industrialização via substituição das importações

Desenvolvimento no Brasil e na América Latina


Industrialização como desenvolvimento. O

Nacionaldesenvolvimentismo

A discussão teórica sobre os rumos da economia brasileira nos anos 40 concentrou-se no debate entre Roberto Simonsen e

Eugêncio Gundin

Roberto Simonsen: empresário, líder da

Federação das Indústrias de São Paulo, defensor do intervencionismo estatal

Eugênio Gundin: professor de economia, diretor de empresas

estrangeiras de serviços, defensor do liberalismo



NacionaldesenvolvimentismoRoberto Simonsen: defensor do

intervencionismo estatalEugênio Gundin: defensor do

liberalismoOs dois representavam duas correntes da economia brasileira nessa época

Oligarquias agro-exportadores, burguesia comercial importadora e

exportadora, defendendo o comercio e trânsito livre de capitais e

mercadorias, contrário a deslocação de recursos fora da atividade agro-

exportadora e sua infra-estrutura

Forças sociais ligadas a expansão urbano-industrial, um segmente carente de proteção de concorrência externa,infra-estrutura e insumos. No plano político queriam a constituição de uma nação brasileira (identidade nacional), deixando atrás o passado colonial. Incluindo vários grupos sociais (divergentes) militares, classe média, novo empresariado industrial, massas urbanas e trabalhadores




Roberto Simonsen: defensor do intervencionismo estatal

Projeto econômico que feria a menos possível os interesses das oligarquias agro-exportadores (conciliação); Industrialização via proteção tarifária e com infra-estrutura proporcionado pelo Estado

Setor exportador deveria fornecer as divisas para as importações crescentes (matéria prima, alimentos para sustentar a expansão urbana-industrial)

Projeto é somente econômico (ritmo mais acelerado de crescimento econômico através de planejamento pelo Estado) e não político, isto é as instituições do Estado ficaram intocáveis (-> falta de poder para conseguir a hegemonia dentro do Estado).




Roberto Simonsen: defensor do intervencionismo estatal

Um papel importante nesse constelação das forças coube aos militares, que se identificaram com o projeto nacional, mas conciliando os interesse agro-exportadores e a “colaboração internacional”.

O populismo foi o projeto político para frente a um modelo democrático integrar as massa nesse movimento, que conseguiram conquistar uma institucionalização do poder político e foram absorvidas dentro de um projeto nacional de desenvolvimento capitalista



Cardoso / Faletto:

O desenvolvimento dos países latino-americanos não é somente resultado da transferência de recursos da periferia para o centro mas também resultado de uma transformação estrutural dentro das sociedades periféricas em função dessas relações entre centro e periferia.

À exploração externa corresponde uma exploração interna.

O subdesenvolvimento se resolve somente depois de mudanças nas relações internas e externas.



Andre Gunder Frank:

Desenvolvimento do subdesenvolvimento: O desenvolvimento na periferia se dá totalmente ao contrário do que previsto pelas teorias de modernização.

O desenvolvimento do centro somente se explica pela falta de desenvolvimento na periferia.



Dependência ganhou um respaldo muito grande

No primeiro mundo: como suporte para as críticas da própria sociedade

No terceiro mundo: justificar problemas internas são problemas

externos

O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese A crise da modernidadeA crise da modernidade

Degradação ambiental

Desmatamento total até 2000: 587.000 km2 (superfície da França)

Taxa anual de desmatamento (corte raso) da Floresta Amazônica

17.600 km2

anos 80: 21.130 km2, 1991: 11.130 km2, 1995: 30.000 km2

145.000 focos de queimadas registrados em 2001


Urbanização

81,2 % da população brasileira vive na cidade (1970 30,5%)

Investimento público em saneamento: 0,24% do BIP

33,5% dos domicílios brasileiros são atendidos por uma rede de

esgoto, destes, 64,7% não sofrem tratamento

68,5% dos municípios (<20.000) só tem lixões

Déficit habitacional: 6,6 milhões unidades (20 milhões de pessoas)


Recursos hídricos

Reserva de água doce por pessoa

1950: 16.800 m3 1998: 7.300 m3 2025: 4.800 m3

Perda de água nos sistemas de distribuição urbana:

40% até 65%

65% das internações hospitalares são provenientes de doenças

veiculadas pela água


Energia

Emissão de CO2 per US$ 90 do BIP(1995)

Brasil: 0,33 kg USA: 0,85 kg EU: 0,51 kg China: 0,92 kg

Perda de água nos sistemas de distribuição urbana:

40% até 65%

Consumo de energia

Brasil 1,13 TEP (toneladas equivalentes de petróleo) OECD 5,5 TEP

Combustíveis fósseis representam 58% do consumo (OECD 81%)

O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese As críticas à modernidadeAs críticas à modernidade

Uso irresponsável dos recursos naturais

1962. Rachel Carson: Silent Spring. Agrotóxicos (DDT)

1972. Clube of Rome. Escassez dos recursos naturais


Movimentos sociais

Ampliação dos direitos humanos e de cidadania: mulheres,

negros

Contra a hegemonia dos Estados Unidos: Vietnam, guerra

fria

Contra tecnologias socialmente não-controlável: energia

nuclear

Contra a sociedade de consumo: hippies, formas de vida

alternativas


Organizações não-governamentais

1972. Fundação do Greenpeace

1977-78, contra a construção do aeroporto em Caucaia do Alto – SP

1979-83, contra a inundação das Sete Quedas no rio Paraná,

1978-79, contra o desmatamento na Amazônia 78-79,

1977-85, contra a construção das usinas nucleares

1982-85, pela lei de controle de uso de agrotóxicos 82-85,

1982-85, Cubatão.

O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese O conceito de desenvolvimento sustentável e sua gênese A institucionalização da idéiaA institucionalização da idéia

O sistema das Nações Unidas

1963 International Biological Programme

1967 International Conference for Rational Use

and Conservation of Biosphere (UNESCO)

1972 International Conference on Human

Environment (UNDP)

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