o desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS XIV CONCEIÇÃO DO COITÉ ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA CONCEIÇÃO DO COITÉ 2012

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Page 1: O desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CAMPUS XIV – CONCEIÇÃO DO COITÉ

ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM

O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA

CONCEIÇÃO DO COITÉ 2012

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ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM

O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA

Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV, como requisito final à conclusão do Curso de Licenciatura em Letras. Orientadora: Profª. Mônica Veloso Borges

CONCEIÇÃO DO COITÉ 2012

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ELISAMA SILVEIRA CARNEIRO AMORIM

O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

DIVERSOS EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV, como requisito final à conclusão do Curso de Licenciatura em Letras.

Aprovada em: ___/___/___

Banca examinadora

_________________________________________ Mônica Veloso Borges Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV _________________________________________ Neila Maria Oliveira Santana Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV _________________________________________ Juliana Bastos Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV

CONCEIÇÃO DO COITÉ

2012

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Dedico este trabalho aos meus familiares que a todo o momento me apoiaram, aos colegas pela cumplicidade e aos meus professores pela orientação na busca pelo conhecimento.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, pela felicidade de poder

desfrutar do Seu amor, pela capacitação contínua e pela palavra de estímulo dada

nos momentos de fraqueza: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não

temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que

andares” (Josué 1: 9).

Agradeço a minha mãe Erivam por ser meu apoio e exemplo de vida e por ter

acreditado que eu era capaz mesmo quando tudo parecia difícil. Ao meu pai

Hamilton por me amar do jeito dele e me incentivar na busca por meus objetivos

mesmo quando estes pareciam distantes. Agradeço aos dois juntos pelos sábios

ensinamentos que fizeram de mim o que sou hoje. Agradeço ainda a minha irmã

Sismay que mesmo distante tem partilhado momentos de alegrias e conquistas e me

confortado nas tristezas. Quero aqui retribuir, com palavras de reconhecimento, ao

meu marido Eduardo pelos momentos de alegria e por também estar ao meu lado

nos problemas e dificuldades encontradas para a concretização desse sonho me

impulsionando para frente.

Sou agradecida também aos meus colegas por estarem e serem presentes na

minha vida e terem feito parte dessa fase de formação profissional e pessoal. Em

especial quero agradecer aqui a minha colega, amiga e irmã Tiara que não só

esteve ao meu lado em todos os momentos dessa caminhada, como me mostrou

que basta querermos para alcançarmos tudo mesmo que tudo pareça inalcançável.

Muito obrigada ainda a todos os professores que contribuíram com essa

formação, que durante esses anos forneceram-me a bagagem necessária para hoje

eu estar aqui. Agradeço a minha orientadora Profª Mônica Borges por pacientemente

ter me guiado na construção desse trabalho.

Enfim, agradeço a todos que direta ou indiretamente colaboraram para que eu

alcançasse essa vitória, a todos que estiveram ao meu lado se enquadrando dentro

de tudo que a situação exigisse. O meu sincero agradecimento!

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"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".

(Rubem Alves)

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RESUMO

O presente trabalho foi realizado com a pretensão de reconhecer a importância do ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa visando à obtenção de futuros leitores eficientes e eficazes. Os principais objetivos norteadores são: a) analisar as diferentes formas de trabalhar a leitura de textos autênticos em sala de aula de LE; b) observar os diferentes recursos e estratégias utilizadas na interpretação de textos em LE; c) reconhecer a importância da formação do professor para o desenvolvimento do ensino das estratégias de leitura em aulas de LE; e d) possibilitar a reflexão partindo da análise dos dados obtidos. Este estudo tem como base teórica, estudiosos que defendem o uso da abordagem instrumental na prática pedagógica das aulas de língua estrangeira bem como teóricos que acreditam no fundamental papel que exerce o professor na mediação do conhecimento específico e os seus educandos. A partir desta fundamentação foram coletados dados entre professores e alunos de uma escola pública em Valente-Ba a fim de comparar e comprovar a eficiência da teoria na prática. Os resultados alcançados ao fim do trabalho revelam que a teoria pode ser facilmente posta em prática deste que haja empenho e planejamento, as aulas de LE onde a leitura é o foco podem ser produtivas e os objetivos basais da leitura instrumental espontaneamente alcançados. Trabalhos deste tipo se mostram relevantes para a disseminação do tema proposto além de proporcionar conhecimentos teóricos para novas pesquisas e continuação desta linha de pesquisa. Palavras-chave: leitura, língua estrangeira, abordagem instrumental, estratégias de leitura, interpretação de texto.

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ABSTRACT

This work was carried out with the intention of recognizing the importance of instruction instrumental reading to develop reading skills and interpretation of texts in English language lessons in order to obtain efficient and effective future readers. The main guiding objectives are: a) analyze the different ways of working the reading of authentic texts in the classroom to FL b) observe the different resources and strategies used in the interpretation of texts in foreign language c) recognize the importance of training teacher to develop teaching strategies for reading in classes FL, and d) allow the reflection based on the data analysis. This study is based on theoretical, scholars who advocate the use of instrumental approach in the practice of teaching foreign language classes as well as theorists who believe in the fundamental role that the teacher plays in mediating the specific knowledge and their students. From this reasoning, data were collected between teachers and students at a public school in Valente-Ba to compare and demonstrate the efficiency of the theory in practice. The results achieved by the end of the study reveal that the theory can be easily put into practice. This commitment since there is planning, FL classes where reading is the focus can be productive and the basal objectives of instrumental reading spontaneously achieved. Works of this kind are relevant to the dissemination of the proposed theme besides providing theoretical knowledge for further research and continued this line of research. Keywords: reading, foreign language, instrumental approach, reading strategies, reading comprehension.

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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................9

Capítulo 1: A Utilização da Leitura em Aulas de LE..............................................11

1.1 A Abordagem Instrumental...................................................................................12

1.2 Planejamento: uma necessidade.........................................................................15

1.3 A Importância da Formação Profissional..............................................................17

Capítulo 2: Metodologia...........................................................................................20

2.1 Caracterização dos sujeitos participantes............................................................20

2.2 Instrumento da Pesquisa: Questionários..............................................................21

Capítulo 3: Análise de Dados..................................................................................22

Considerações Finais..............................................................................................28

Referências...............................................................................................................29

Apêndice: Questionários.........................................................................................32

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Introdução

Com a ascensão da língua inglesa em vários meios de comunicação e em

textos diversos, surge a necessidade de se aprender essa língua estrangeira. Língua

esta que tem chegado a todos os ambientes sociais sem distinção e que

rapidamente se torna indispensável em algumas situações. Diante das dificuldades

em ensinar e incentivar o aluno a ler e interpretar textos em língua inglesa é

necessário que o professor aprenda e desenvolva técnicas, estratégias e a

criatividade para facilitar a compreensão dos alunos dos textos a eles apresentados.

No entanto, mesmo diante da importância que o inglês tem ganhado, muitas das

dificuldades que o professor enfrenta estão relacionadas à falta de motivação do

aluno e a falta de uma resposta convincente quando se trata da questão: por que

aprender inglês?

Assim, este trabalho aborda várias teorias sobre as melhores formas

possíveis para desenvolver aulas de leitura em LE satisfatórias a partir de uma

abordagem instrumental. É possível através deste texto, reconhecer a importância

do ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e

interpretação de textos em aulas de língua inglesa com objetivo de obter futuros

leitores eficientes e eficazes. Analisando as diferentes formas de trabalhar a leitura

de textos autênticos em sala de aula de LE percebe-se a importância que a

formação do professor tem para o desenvolvimento do ensino das estratégias de

leitura em aulas de LE. O presente texto que teve como problema gerador: de que

forma é possível desenvolver aulas de leitura em LE a partir de uma abordagem

instrumental? Consegue responder satisfatoriamente a mesma.

Além dos fundamentos teóricos acerca do tema aqui abordado, este trabalho

traz ainda a descrição metodológica proposta para a obtenção de dados em uma

escola da rede pública do município de Valente. Foram realizadas entrevistas com

alunos e professores do ensino médio da escola citada. E podem-se encontrar ainda

as considerações tecidas a partir dos dados obtidos com os citados sujeitos a

respeito das aulas de leitura. Por meio da análise desses dados foi possível

perceber como essas aulas têm sido desenvolvidas na instituição de ensino em

questão além de contrastar a prática docente com a teoria.

Depois da análise realizada torna-se perceptível quão indispensável é, em

salas de LE, a realização das aulas de leitura e interpretação de textos através de

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uma abordagem instrumental, em busca do desenvolvimento da aprendizagem da

língua inglesa. E para que esse objetivo seja alcançado o professor se faz

fundamental, pois nele depositam-se expectativas e confiança para transformar o

aluno em um individuo capaz de superar as dificuldades que surgem na

aprendizagem de uma LE. Então, capacitar o professor oferecendo-lhe meios para

crescer profissionalmente e didaticamente será o primeiro passo no

desenvolvimento do ensino de língua inglesa de qualidade. Contudo, é notória a

necessidade de oferecer ao professor, meios para que o ensino de qualidade

aconteça.

Este trabalho se justifica por ser mais uma iniciativa para analisar a

prática pedagógica atuante em salas de LE possibilitando o reconhecimento do valor

que o suporte didático com atividades e sugestões de diferentes abordagens poderá

gerar bons resultados e instigar os alunos à própria autonomia de buscar seus meios

para que a aprendizagem se concretize e reflita na sociedade os resultados de uma

educação planejada e compromissada, realmente, com o avanço dos estudantes.

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Capítulo 1

A Utilização da Leitura em Aulas de LE

É por meio da leitura que a educação de um indivíduo se concretiza. Lendo

ele terá a possibilidade de expandir seus conhecimentos em todos os âmbitos do

ensino, dentre tantos outros assuntos que hoje são tão importantes para um viver

melhor. Portanto, não se deve associá-la apenas às aulas de português, pelo

contrário, ela está diretamente ligada a todas as áreas da educação e se faz

necessária para que o avanço deste indivíduo na aprendizagem aconteça, é o que

afirma Zilberman (1993, p.7).

a leitura, se é estimulada e exercitada com maior atenção pelos professores de língua e literatura, intervém em todos os setores intelectuais que dependem, para sua difusão, do livro, repercutindo especialmente na manifestação escrita e oral do estudante, isto é, na organização formal e de seu raciocínio e expressão.

Ao se falar em leitura, não se deve restringir seu conceito apenas ao ato de

ler palavras decodificando símbolos. Ler vai muito além disso. É possível ler

imagens, sinais entre tantas outras leituras possíveis do mundo. Um bebê quando

começa a perceber as situações ao seu redor e compreender os estímulos a ele

investidos, de certa forma já está fazendo a leitura de mundo, conhecendo o

significado das coisas. Portanto ler é compreender tudo que envolve o ato em si, é

conhecer o contexto, atribuir significados ao texto lido.

Percebe-se a importância que a leitura tem para a vida das pessoas e a

necessidade de estimulá-la desde o indivíduo no âmbito familiar. A família tem a

responsabilidade de motivar a criança a ler dando o primeiro exemplo, porém é na

escola que a leitura se torna constante. O professor assume o papel valioso de

ensinar a leitura e fazer dela uma realidade.

Em todas as disciplinas, a leitura é um elemento presente e indispensável,

porém nas aulas de língua estrangeira, e aqui especificamente a língua inglesa, ler

se torna uma ação mais árdua devido a diversos fatores como a baixa proficiência

na língua em questão, o vocabulário diminuto ou até mesmo o desinteresse dos

alunos por acharem que aprender uma segunda língua não será útil.

Portanto utilizar a leitura nas aulas de LE não é apenas uma necessidade ou

obrigação, é uma decisão que o professor deve tomar e realizá-la com esmero

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desde o essencial planejamento. Não basta querer praticar a leitura nessas aulas e

o fazer de qualquer forma é preciso planejar, buscar a melhor maneira de realizá-la

e pesquisar sempre os mais atuais estudos sobre o tema.

1.1 A Abordagem Instrumental

Tem-se notado nas escolas, durantes estágios, um decréscimo na freqüência

com que se lê e na quantidade de livros lidos o que também pode ser constatado

nas pesquisas de Lajolo (1999). Não há mais o encantamento em pegar um livro e

pôr-se a descobrir o mundo novo que cada livro traz em si. Atualmente com a

facilidade do acesso à internet, boa parte dos estudantes detém-se na leitura de e-

mails ou textos eletrônicos de seu interesse, e se são obrigados a lerem alguma

obra literária (porque a leitura de livros, muitas vezes, só acontece se for obrigação)

buscam os resumos postados na rede porque acham uma perda de tempo ler um

livro na íntegra se o resumo traz o conteúdo do mesmo de forma curta. Não se

diminui aqui o valor que a internet tem quando feito bom uso da mesma, pois nela

podem-se encontrar textos autênticos (que serão abordados mais à frente) e atuais,

os quais podem ser muito motivadores para o aluno.

E os reflexos dessa falta de leitura têm-se revelado em erros ortográficos,

falta de argumentos sobre diversos assuntos durante uma conversação, entre tantos

outros. Diante dessa realidade de decadência da leitura, trabalhar a leitura em aulas

de LE exige ainda mais compromisso do professor em atender às necessidades dos

alunos com os textos selecionados.

Valer-se da abordagem instrumental nas aulas de língua inglesa como LE é

uma decisão acertada, pois visa assistir no que é necessário para o

desenvolvimento da cidadania e atender aos interesses dos alunos. A eficácia da

utilização dessa abordagem é eminente, pois diante da imersão da sociedade na

aprendizagem da língua inglesa de forma rápida os objetivos da leitura são

alcançados. Para aqueles que tencionam realizar um nível superior de educação e

para isso é necessário ler em uma LE, a abordagem instrumental encarrega-se de

alcançar este objetivo satisfatoriamente. Além de que na abordagem instrumental o

professor tem o papel de ajudar o aluno na busca pela sua autonomia, um dos

objetivos dessa abordagem é tornar o aluno autônomo, para que ele busque textos

de sua preferência ou de sua necessidade.

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Para uma leitura prazerosa é necessário que o que se lê seja de interesse do

leitor e que o texto faça sentido para o mesmo. Existem textos que contêm

informações que exigem do leitor algum conhecimento prévio sobre o tema, portanto

se o mesmo não o possuir a leitura se tornará fatídica e não haverá compreensão.

Em aulas de LE esse critério se torna mais forte, pois deve ser observado se o texto

a ser trabalhado está adequado ao nível de conhecimento e proficiência da classe.

Existem diversos materiais didáticos que abordam a leitura com o foco na

gramática e estrutura lingüística e isso é exatamente o que as Orientações

Curriculares para o Ensino Médio condenam nas aulas de LE

Um exemplo disso é o trabalho de leitura que utiliza textos não autênticos, ou seja, aqueles construídos com tempos verbais limitados a um conhecimento estrutural e gradativo, isto é, que narram ou descrevem somente no tempo presente ou só no passado, denotando uma narrativa artificial. Entende-se que a teoria subjacente a esse procedimento “separa” os tempos verbais gramaticalmente, visando a facilitar a “compreensão” do texto, ou seja, nesse texto o aluno encontra apenas tempos verbais que já foram estudados. (Aliás, a respeito desse tipo de “compreensão”, trata-se de uma concepção antiga, que não mais condiz com o trabalho de leitura que pretende formar leitores independentes e críticos.) (2006, p.113).

Porém para a abordagem instrumental é importante que os textos sejam

autênticos, ou seja, textos reais como notícias, reportagens, diálogos, receitas entre

tantos outros que revelem alguma situação comum, isto é, estejam inseridos em

algum contexto compreensível e que ajudem o aluno a expandir seu conhecimento

de mundo, ao invés de textos criados somente com intuito de abordar conteúdos

gramaticais, assim aconselha os PCN dos terceiro e quarto ciclos do ensino

fundamental (BRASIL, 1998, p. 45).

A utilização em sala de aula de tipos de textos diferentes, além de contribuir para o aumento do conhecimento intertextual do aluno, pode mostrar claramente que os textos são usados para propósitos diferentes na sociedade.

Assim nas aulas de leitura em LE, o foco não deve estar no ensino da

gramática e aquisição de vocabulário, mas sim na compreensão geral do tema do

texto, isto é, o objetivo principal deve ser a obtenção de informações que o texto em

trabalho ofereça e conseqüentemente o vocabulário será adquirido e a gramática

compreendida.

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Partindo da premissa de que o objetivo basal das aulas de leitura em língua

inglesa deve ser a compreensão do texto, o professor deve, como mediador do

conhecimento, oferecer ferramentas para isso, ensinar as estratégias de leitura que

ainda serão aqui abordadas e deve também incentivar seus aprendizes a fazerem

serventia de seus conhecimentos na língua para facilitar a realização da leitura.

Os textos autênticos são indicados para utilização na abordagem

instrumental, pois possibilitam ao aluno aprenderem com textos que retratam uma

realidade. Com estes textos é possível ensinar um pouco da cultura de outros países

principalmente daqueles que falam a LE, além de ser possível encontrar textos que

retratam a própria realidade do aluno entre outras, é o que menciona Almeida Filho.

Atualmente, o aprendizado de uma segunda língua é de suma importância, pois através dela torna-se possível um contato com novas culturas e novos conhecimentos. Dessa forma, uma aula de LE deve possibilitar ao aluno mais que o aprendizado de um código lingüístico, ela deve proporcionar também uma oportunidade de conhecer outras culturas e outras realidades. (ALMEIDA FILHO, 1993 apud IBIAPINO 2010)

Podem ser encontrados ainda textos autênticos que tratem de diversos temas

que despertem a atenção e interesse da classe. Para isso é preciso que o professor

esteja disposto a empenhar tempo na busca por esses textos que podem ser

encontrados na internet, revistas e jornais estrangeiros, manuais dentre tantas

outras fontes. Além de interessante a leitura de textos autênticos facilita o alcance

do objetivo da abordagem instrumental que é a leitura para fins específicos.

Além dos textos autênticos, que são bastante funcionais nas aulas de leitura

em LE, existem as estratégias de leitura que também facilitam a compreensão. Na

realização de qualquer atividade ou resolução de problemas, o agente busca a tática

mais fácil ou aquela que surte mais efeito para o alcance do objetivo, e são esses os

atributos das estratégias de leitura, promover a compreensão e facilitar o ato de ler.

Ao distinguir o que abrange o conceito de cada uma das estratégias de leitura

o leitor poderá fazer uso delas no momento apropriado promovendo a interpretação

do texto sem que seja necessário recorrer ao dicionário. A utilização do conjunto das

estratégias no processo da leitura resulta na captação das idéias principais do texto.

Segundo Grabe (2002 apud IBIAPINO 2010, p.4):

As Estratégias de leitura apresentam papel fundamental na interpretação e compreensão de textos, pois fazem com que os

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estudantes aumentem o nível de consciência sobre as idéias principais em um texto e possibilitam a exploração e a organização do mesmo.

Portanto, juntamente com o conhecimento das estratégias de leitura ao

realizar a leitura o aluno estará participando da construção do sentido do texto,

empregando o conhecimento prévio e de mundo que já possui ao lado das outras

estratégias pode alcançar bons resultados.

Quanto à interpretação de texto, ela é muitas vezes usada nos livros didáticos

para denominar uma seqüência de questões relacionadas a um determinado texto.

Na tentativa de respondê-las o aluno muitas vezes apenas copia partes do texto

para responder o problema observando apenas se estas partes possuem as

palavras do enunciado da questão sem que haja uma breve análise sobre se é

exatamente essa a resposta para o questionamento, isso no contexto de língua

materna. Ao passar para o contexto de língua estrangeira essa atitude torna-se

ainda mais freqüente e mais inclinada ao erro, pois existe o fator estrutural

envolvido. Uma frase que o leitor acha estar falando uma coisa pode estar

expressando o contrário ou devido à forma mecânica e sem significado que a

interpretação tem sido realizada, pois a mesma é realizada sem motivação nenhuma

com perguntas que não levam a reflexão do tema, o objetivo da interpretação pode

não ser alcançado.

Deste modo, a observância das técnicas de leitura proporcionará o suporte

necessário para a realização de uma leitura eficaz pela qual é possível compreender

e assim interpretar corretamente o texto respondendo de forma plausível as

questões referentes ao mesmo, pois o objetivo será a compreensão do texto, a

busca pelo significado, maior que a busca pela gramática, ou por respostas que não

desenvolvam a verdadeira compreensão.

1.2 Planejamento: uma necessidade

Para a execução de qualquer atividade é necessário que, por mais rápido que

seja, haja um planejamento. Antes de desenvolver uma aula na prática, é cogente

que o professor trace minuciosamente um plano que facilitará o transcorrer da

mesma e promoverá resultados satisfatórios quanto ao alcance dos objetivos

traçados.

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Para Kleiman (2007) trabalhar a leitura nas aulas de LE exige um

planejamento detalhado, ou seja, planejar, além de compromisso se torna uma

necessidade, pois deve ser levado em conta o grau de dificuldade que a turma

apresenta quanto a LE e a desmotivação ainda maior quando se trata dessa aula

por não acharem-na necessária, esses, dentre tantos outros fatores acabam

dificultando a obtenção de bons resultados.

Nas aulas de leitura em LE, planejar é algo decisivo para uma boa aula. O

professor tem a incumbência de buscar as formas mais dinâmicas e eficazes de

trabalhar o texto, prévia e meticulosamente escolhido, a fim de que seus alunos

obtenham a compreensão e correta interpretação do texto além do conhecimento

que cada leitura proporciona a um indivíduo.

Já foi comprovado que o ser humano tem a capacidade maior de aprender se

o que deve ser aprendido for exposto de forma dinâmica. Existem diversas

atividades de leitura que se trabalhadas corretamente e com o planejamento podem

ser transformadas em facilitadoras da compreensão. Além de motivar e estimular a

participação e interesse do aluno essas atividades mexem com as estruturas

cerebrais que assimilam mais facilmente a informação que o texto está transmitindo.

Com base nos estudos de Paiva (2010) sobre os novos métodos pedagógicos

e seus resultados, conclui-se que a aprendizagem acontecerá não só pela

intervenção do professor, mas também com a interferência do próprio aluno na

construção de seu conhecimento. O papel do professor será estabelecer uma ponte

entre a informação e o aluno que poderá contar com a ajuda do docente nas

dificuldades encontradas até chegar ao conhecimento.

Ao trabalhar leitura nas aulas de LE, a ação do educador necessita ser

delineada visando à autonomia do aluno. O educando precisa se tornar um

autônomo da própria aprendizagem, ou seja, ele mesmo determinará o quanto de si

dará para alcançar a compreensão esperada como Miccoli (2010, p. 32) afirma “Um

aluno autônomo sabe que tem um papel ativo a cumprir em seu processo de

aprendizagem.”

Tendo essa consciência, por meio do planejamento o professor terá a

possibilidade de traçar metas e escolher maneiras de alcançar o objetivo da

compreensão nas aulas de leitura além de instigar seus alunos a buscarem por

conta própria novos textos de seu interesse. O aluno deve ser conscientizado de que

ele é a peça principal para o próprio avanço na aprendizagem, conforme Miccoli

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(2010) se este não buscar por si mesmo expandir os horizontes de seus

conhecimentos, sua aprendizagem pode ficar aquém do esperado. A depender da

postura do professor o incentivo e motivação pela autonomia podem surtir bons

efeitos quando realizados com o plano de antemão. Existem diversas atividades

voltadas para o desenvolvimento da autonomia que podem ser adaptadas pelo

professor, durante o planejamento, de acordo com a realidade de cada classe.

Como falado no início deste trabalho, uma leitura encantadora é aquela onde

o que se lê tem alguma importância para o leitor, portanto cabe aqui citar mais um

ponto de valor ao planejamento: a necessidade em escolher com atenção os textos

a serem trabalhados. Devem-se observar alguns aspectos relevantes que

contribuem para aceitação dos alunos e motivação em realizar as atividades

propostas a) a adequação da linguagem ao nível em que a classe se encontra b)

estar condizente com a realidade dos discentes ou pelo menos não tão distante e

descontextualizada e c) esteja de alguma forma relacionado ao quadro de interesses

da turma.

É comum encontrar livros didáticos que são produzidos em determinadas

regiões do país, mas que serão utilizados em outras, que possuem características

díspares, onde os aspectos regionais são muito diferentes por isso alguns textos

causam estranhamento e às vezes incompreensão. Contudo o professor tem o

poder de escolher aqueles que lhe apraz tendo em vista a melhor compreensão de

seus alunos. Todo layout do gênero textual incluindo as imagens além do conteúdo

de um texto não devem passar despercebidos no momento de seleção, pois a

primeira vista já despertam algumas impressões produtivas para o decorrer da aula.

1.3 A Importância da Formação Profissional

Ao analisar a educação no âmbito social é estranho perceber que um setor

tão importante seja palco para tantos problemas atuarem e a cada dia conseguirem

tornar essa realidade pior. O descaso dos alunos é tamanho que acaba

desmotivando o professor que devido a isso já não tem tido preocupação em inovar

seus métodos de ensino ou renovar seus conhecimentos. Com o apoio da família há

muito tempo a escola não pode contar, pois é outra instituição que vem se

deteriorando e suas conseqüências vêm sendo sentidas pela sociedade, refletidas

na violência, miséria, prostituição, drogas. E todo esse quadro consegue piorar

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quando restringimos à análise da educação das escolas públicas onde, além de

todos esses fatores já citados existe o problema financeiro onde professores

recebem mal pelo seu trabalho, a escola não possui recursos necessários para o

oferecimento de uma boa educação, e se possui os professores e funcionários não

são treinados para fazer o uso correto dos mesmos.

Mesmo ante a todos esses problemas e sua desvalorização, o professor

continua sendo peça fundamental na formação de indivíduos críticos e conscientes

de seus direitos e deveres, por esse motivo a formação desse profissional deve ser

voltada para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que podem ser

aprimorados com a prática pedagógica.

Retornando ao contexto de aulas de leitura em LE, a formação profissional

ganha novas proporções em importância, pois é durante a sua formação que o

professor terá a oportunidade de conhecer a realidade da educação, decidir em ser

agente na melhoria da mesma além de ser apresentado ás teorias que facilitam o

planejamento e desenvolvimento dessas aulas.

É em sua formação que o professor deverá se conscientizar e assumir seu

papel de motivador. Esse termo abarca uma característica muito importante

atribuída ao professor. Segundo Shütz (2003) um aluno só aprende algo se ele tiver

alguma motivação que o impulsione a aprender. “Não é o professor que ensina nem

o método que funciona; é o aluno que aprende”. Analisando a frase de Shütz (2003)

pode-se perceber certo grau de autonomia presente e um tanto que desvalorização

do papel do docente, no entanto o desempenho do professor durante as aulas de LE

podem aumentar os níveis de motivação induzindo o aprendiz ao aprendizado

se o ambiente em que o aprendizado da língua deve ocorrer for autêntico e proporcionar atividades voltadas aos interesses do aprendiz, o grau de motivação será alto. Entretanto, se o ambiente carecer de autenticidade, de elementos da cultura estrangeira, como por exemplo uma sala de aula com um número excessivo de alunos e um professor de proficiência limitada, onde a L2 dificilmente se impõe sobre a L1, e se as atividades nesse ambiente forem ditadas por um plano didático predeterminado em vez de centradas na pessoa e nos interesses do aprendiz, o grau de motivação será baixo (SHÜTZ, 2003)

Constata-se na citação acima que a formação e capacitação do professor

influenciarão na motivação externa do aluno, por meio do planejamento e pesquisas

o educador transmitirá segurança e estimulará o aluno a participar da aula e da

Page 20: O desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

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construção do próprio conhecimento. Além disso, percebe-se ainda a eficácia que a

autenticidade e abordagem instrumental têm no aumento da motivação.

Na busca pela boa execução das propostas, citadas durante todo o trabalho,

dos teóricos no campo da leitura é importante que o professor de LE reconheça a

necessidade de ter a sua formação continuada. Segundo Moita Lopes (1996) a

atuação de um professor em uma sala de LE deve ser dirigida pela busca constante

por inovação e pesquisa teórica visando acompanhar as tendências que surgem

com a finalidade de ajudar o mesmo em seu desempenho didático e auxiliar na

concretização da aprendizagem do aluno mediada pela prática de toda teoria

pesquisada pelo docente.

Estudos recentes vêm mostrando que a pesquisa deve estar presente na

formação do professor, proporcionando-lhe oportunidades de construir o seu próprio

conhecimento e aprender como oferecer essas oportunidades a seus alunos. A partir

das leituras feitas em Lisita, Rosa e Lipovetsky (2008) é possível discorrer que, a

pesquisa é um recurso que permite um indivíduo fazer estudo sobre um tema,

realizar experiências e obter resultados, e com base nesses dados, conseguir

construir conhecimento a cerca do tema, ou seja, é descobrir, redescobrir, analisar,

desfazer, refazer, modificar o conhecimento a partir dos resultados das experiências

e estudos, é ser capaz de elaborar sua contribuição científica sobre um assunto.

A partir do momento que a pesquisa passa a fazer parte da formação do

professor e que esse compreende a importância desse recurso para a prática

pedagógica e quais os resultados positivos que seu uso planejado pode trazer, basta

realizá-la com responsabilidade. Para as aulas de leitura o trabalho do professor-

pesquisador não terá fim, pois a cada nova aula textos são novos e a forma de

trabalhar os mesmos deve ser também renovada a cada dia. Além de que com a

evolução e mudança constante da sociedade alguns textos que são utilizados em

um ano podem não ser mais atuais no outro, portanto a busca por textos atuais e

contextualizados recomeça.

Pensando assim é possível concluir que, para atuação em qualquer aula de

qualquer disciplina, mas principalmente para as aulas de LE é fundamental que

durante a sua formação, o professor busque se qualificar ao máximo e conscientize-

se de que essa não acaba com o fim da graduação, pelo contrário é indispensável à

formação continuada para uma prática docente de sucesso.

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20

Capítulo 2 Metodologia

Com a intenção de conhecer e analisar a circunstância em que se encontram

as aulas de língua inglesa onde a leitura de textos é trabalhada, e a posição tanto

dos alunos quanto dos professores ante essas aulas, foi escolhida a abordagem

metodológica da pesquisa qualitativa. Foram aplicados questionários, para discentes

e docentes, elaboradas com o intuito de que fossem transmitidas as impressões que

esses sujeitos têm das aulas de leitura em LE.

O processo metodológico de uma pesquisa é fundamental para a validação

do produto final como afirma Duarte (2002, p.140), a coleta de dados para análise é

tão importante quanto a síntese desta, é o declara a mesma

Se nossas conclusões somente são possíveis em razão dos instrumentos que utilizamos e da interpretação dos resultados a que o uso dos instrumentos permite chegar, relatar procedimentos de pesquisa, mais do que cumprir uma formalidade, oferece a outros a possibilidade de refazer o caminho e, desse modo, avaliar com mais segurança as afirmações que fazemos.

Portanto, será a seguir descrito cada passo da pesquisa e os sujeitos da

mesma de forma a esclarecer os objetivos iniciais e conclusões a quais se chegou

com o exame de cada dado obtido sobre a realidade das aulas de leitura em LE por

meio das entrevistas.

2.1 Caracterização dos sujeitos participantes

Para a realização da pesquisa de campo foram realizados questionários a

dois professores de língua inglesa e a trinta alunos do ensino médio de uma escola

pública estadual situada no município de Valente, sendo que quinze destes eram

alunos de um professor e os outros quinze do outro.

Os professores em questão foram nomeados de A e B e os alunos

numerados de 1 a 30, sendo que os estudantes numerados de 1 a 15 são alunos do

professor A e os de 16 a 30 são alunos do professor B. Os alunos interrogados

estavam dentro da faixa etária entre 15 e 24 anos.

Os dois professores questionados têm a sua formação profissional na área de

Língua Inglesa e ambos ensinam a língua na instituição citada há dez anos, no

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21

entanto não ensinam apenas inglês. O professor B tem a carga horária semanal de

trabalho de sessenta horas enquanto que o professor A tem apenas quarenta horas

semanais.

2.2 Instrumento da Pesquisa: Questionários

Tanto os professores quanto os alunos já citados, receberam o questionário

impresso em papel. O questionário direcionado aos professores continha onze

questões sendo que as quatro primeiras diziam respeito à formação profissional,

tempo de ensino da língua, se leciona apenas inglês e jornada semanal de trabalho,

perguntas estas que já tiveram suas respostas comentadas no tópico anterior

referente à caracterização dos sujeitos participantes. E as outras sete questões

estavam relacionadas às práticas pedagógicas adotadas para a realização das aulas

de leitura em LE.

O questionário destinado aos alunos possuía apenas seis questões que

investigavam a concepção dos alunos quanto ao mundo da leitura e importância

atribuída às aulas de LE onde o foco está na leitura. Algumas perguntas

averiguavam ainda a forma como eles aceitam os métodos utilizados pelos

professores durante essas aulas.

Enfim, as perguntas de ambos os questionários foram elaboradas tendo como

base os teóricos citados ao longo do trabalho nos capítulos referentes à

fundamentação teórica e visando confirmar as considerações tecidas ao longo da

realização deste trabalho. Teve-se ainda a intenção de comprovar o que diziam os

professores sobre as aulas de leitura com o que afirmavam os alunos sobre as

mesmas aulas.

Page 23: O desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

22

Capítulo 3 Análise de Dados

Este trabalho teve como objetivo geral inicial reconhecer a importância do

ensino de leitura instrumental para desenvolver habilidades de leitura e interpretação

de textos em aulas de língua inglesa com a finalidade de obter futuros leitores

eficientes e eficazes. Para tanto foram analisados os dados recolhidos com a

pesquisa de campo que serão a seguir expostos. Serão comparadas as informações

prestadas pelos professores com as dos alunos além de uma composição textual

conclusiva produzida por meio de estudos esmiuçadores de cada resposta prestada

pelos participantes.

Iniciando a seqüência de exames dos dados, serão analisadas as respostas

atribuídas ao questionário dos professores:

A quinta questão (as quatro primeiras foram mencionadas acima) foi

composta da seguinte maneira “Tem-se discutido muito sobre a importância da

formação contínua. Você tem investido na sua capacitação? O que você tem feito

para melhorar a sua atuação em sala de aula?” E em resposta os professores

declararam:

“Aulas de conversação, pós-graduação e estou sempre buscando em livros

didáticos, de metodologias, novas ferramentas que facilitem a aprendizagem dos

alunos.” (Professor A)

“Estou em fase de conclusão de pós-graduação em ensino da língua inglesa a

qual tem ajudado na elaboração de aulas mais interessantes e produtivas.”

(Professor B)

Por meio destas declarações é possível perceber que estes educadores têm a

consciência de que a formação continuada é de fundamental importância para a

prática docente eficaz além de oportunizar aos seus alunos aulas prazerosas e

motivadoras, notam-se ainda em ambas as falas a preocupação com a motivação e

concretização da aprendizagem.

Na questão seguinte os professores foram indagados sobre a importância em

trabalhar a leitura em aulas de Língua Inglesa e o porquê dela, para esta as

respostas foram:

“A leitura é uma habilidade que recebe uma melhor atenção dos alunos,

principalmente em escola pública, já que muitos não têm como objetivo desenvolver

uma proficiência na língua, mas apenas tornarem aptos a ler textos, seja para o

Page 24: O desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

23

estudo, lazer ou trabalho. A leitura conduz o aluno a conhecer e utilizar a LI como

instrumento de acesso a informação e outras culturas.” (Professor A)

“Eu acho importante, porém as aulas são insuficientes, e esta atividade

(leitura) depende de muito tempo, pois é preciso trabalhar com dicionários e o nosso

acervo conta com apenas 14 dicionários, isso dificulta bastante o ensino.” (Professor

B)

Constata-se nitidamente a diferença quanto à abordagem utilizada. O

professor A expressa claramente que a abordagem utilizada em suas aulas é a

instrumental, pois esta tem por objetivo a compreensão básica de textos na língua,

visa desenvolver a capacidade do aluno ler esses textos para o avanço nos estudos

ou para aquisição de um trabalho, ou seja, para fins específicos, para tanto não é

necessário o uso de dicionários, o que é presente na afirmação do professor B que

ainda enfatiza a falta deste material, essa situação apenas mostra a precariedade de

materiais na escola, mas não que seja um problema para a realização das aulas de

leitura. A fala do professor B remete ainda a idéia tradicional ultrapassada da

preferência á tradução do texto do que pela leitura propriamente dita.

A questão ulterior averigua: Você acha que seus alunos valorizam a aula em

que é trabalhada a leitura? Por quê? Para tal pergunta as respostas revelaram que

existe a preocupação por parte dos dois professores em proporcionar aos seus

alunos textos contextualizados e interessantes, que atraiam a atenção dos mesmos.

O professor A demonstrou ainda o cuidado em transmitir a seus alunos

conhecimentos como as estratégias de leitura além de investir nas atividades de pré-

leitura, o que leva os alunos se interessar por essas aulas.

A oitava pergunta busca esclarecer as considerações que eles têm sobre o

ensino das estratégias de leitura para os alunos a fim de facilitar a compreensão dos

textos trabalhados.

“As estratégias de leitura apresentam papel fundamental na interpretação e

compreensão de textos, pois possibilitam a exploração dos mesmos. Desta forma o

aluno participa mais das aulas, pois a compreensão do texto torna-se mais fácil.”

(Professor A)

“Ensino. E estas estratégias facilitam a compreensão dos textos e servem

para introduzir o assunto tratado (o tema).” (Professor B)

As estratégias de leitura são facilitadores do ato de ler e os professores

reconhecem essa importância ao investir tempo para ensinar e incentivar o uso

Page 25: O desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

24

dessas técnicas além de outras que permitam a compreensão de um texto de forma

prática, rápida, contudo condizente realmente com o significado do texto, pois os

próprios PCN dos terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental afirmam (BRASIL,

1998, p. 92).

É importante também que o aluno aprenda a adivinhar o significado de palavras que não conhece, por meio de pistas contextuais, da mesma forma que é essencial que aprenda a desconsiderar a necessidade de conhecer todos os itens lexicais para ler. São importantes as estratégias de integração de uma informação a outra, o estabelecimento dos elos coesivos e a utilização de estratégias de inferência. É crucial que o aluno aprenda a distinguir entre informações centrais na estrutura semântica do texto e os detalhes.

A nona questão investiga quais os tipos de textos que são trabalhados nas

aulas de leitura e como esses são selecionados. As respostas de ambos os

professores revelam a preocupação em levar materiais que estejam dentro do

quadro de interesses dos alunos o que, como foi citado ao longo deste trabalho, é

bastante relevante, pois desperta ainda mais a curiosidade dos alunos e os incentiva

a participar das aulas além de estimulá-los à leitura e busca por descobrir as

informações que o texto traz sobre o tema que os interessa. O professor A ainda

revela em sua resposta a utilização de textos autênticos o que é um traço

característico da abordagem instrumental:

“Tento identificar temas do interesse do aluno. Assuntos como sexo, drogas,

reportagens atuais (notícias de jornais e revistas), letras de músicas e textos

traduzidos pelos alunos. Também trabalho com textos dissertativos, cartuns,

histórias em quadrinhos e de exames vestibulares.” (Professor A)

A penúltima questão do questionário aos professores os interroga sobre como

as aulas de leitura em LE são desenvolvidas e foi possível constatar que o foco

principal destas aulas é compreensão, no entanto o professor B tende a conduzir as

mesmas para o lado da comunicação a partir do tema proposto pelo texto enquanto

que o professor A busca instruir seus alunos a perceberem a importância que as

palavras-chave têm para a construção do significado das informações do texto.

Quanto à última questão, esta tenta conhecer as concepções dos dois

profissionais acerca das discussões sobre o professor instigar o desenvolvimento da

autonomia de seus alunos, e analisando as duas respostas é possível perceber um

tanto que desconhecimento sobre o tema “autonomia” eles citam a importância que

Page 26: O desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

25

a motivação intrínseca tem para a eficácia da aprendizagem do aluno, no entanto a

ação de mostrar a seus alunos a importância de tomar a iniciativa na busca pelo

próprio conhecimento principalmente fora das paredes da escola tem ficado

despercebida.

Após a análise das respostas dos docentes é possível concluir que há a

observância dos fundamentos teóricos durante a busca em melhor instruir os alunos.

A partir de cada depoimento foi plausível a constatação de que os métodos e

abordagens de ensino utilizadas por ambos os profissionais na escola em questão

estão condizentes com as atuais linhas de estudos sobre o ensino da leitura em

aulas de LE, é aceitável que ainda haja alguns aspectos a serem melhorados na

prática pedagógica, mas como os mesmos demonstraram total consciência da

necessidade da formação continuada isto pode ser facilmente resolvido.

Segue agora o diagnóstico obtido a partir do conteúdo das perguntas

aplicadas aos alunos. Cabe aqui também a comparação de algumas informações

prestadas pelos professores com as dos educandos, visando à compreensão das

impressões que o professor tem a respeito de suas aulas e o que os alunos

realmente sentem quando essas aulas estão sendo ministradas.

A pergunta inicial contida na entrevista dos alunos teve por objetivo conhecer

as concepções que os mesmos tinham a respeito da leitura, o que a leitura

representava para eles. A maioria dos alunos revelou encarar a leitura como um

meio fundamental para o alcance da aprendizagem, como uma passagem para um

mundo de oportunidades, de conhecimento, o que pode ser comprovado na seguinte

fala: “Leitura é um novo caminho para novas descobertas.” (Aluno 26). É possível, a

partir dos depoimentos, reafirmar o que Lajolo (1999) traz em sua obra, a leitura

oferece a seus usuários a oportunidade de se desenvolverem intelectualmente,

melhorar convivência social além de possibilitar a compreensão do mundo de

diferentes ângulos e concepções. Além da importância na aprendizagem a leitura

também foi conceituada como facilitadora de diálogos e mediadora na aquisição de

novos vocábulos.

A primeira questão abordou os alunos sobre a leitura no contexto de uso

geral, a partir da segunda o contexto é voltado para aulas de língua inglesa que é o

objeto de pesquisa deste trabalho. A unanimidade dos alunos respondeu

positivamente à segunda pergunta que os interrogou se eles achavam importantes

as aulas de Língua Inglesa em que é trabalhada a leitura de textos. Foi pedida ainda

Page 27: O desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

26

uma justificativa para a resposta anterior, e estas retratam as vantagens que a

leitura pode oferecer a eles, segue um gráfico com as principais citadas. A minoria

inclusa na categoria “outras” citou o fato de terem a vontade de aprender a falar a

língua despertada com o decorrer dessas aulas.

GRÁFICO 1: Vantagens oferecidas pela leitura em aulas de LE segundo os alunos

A questão de número três investigou entre os estudantes quais os tipos de

textos eram mais utilizados nas aulas de LE e se estes eram interessantes e

despertavam a atenção deles. Quanto a segunda parte da pergunta, 21 dos 30

alunos disseram que sim, que eram atraídos pelos textos, apenas 2 confessaram

não achar interessantes os textos trabalhados e os 7 restantes limitaram-se a

responder apenas sobre os tipos de textos, e no que diz respeito a essa parte da

pergunta os tipos de textos permearam a categoria dos textos autênticos

confirmando o que os docentes informaram além de mostrar que o que os PCN

(1998) instrui, está sendo seguido por esses profissionais e está gerando bons

resultados entre os alunos como pode ser percebido. Apenas por detalhe, os tipos

de textos citados foram os informativos, notícias de jornais e revistas, letras de

músicas, histórias em quadrinhos, diálogos entre outros de diversos temas.

A interrogação seguinte é sobre o desenvolvimento das aulas onde a leitura é

o foco, como estas são conduzidas pelo educador e se a forma como elas

acontecem são interessantes para eles (os alunos), a base teórica para a

Aquisição de vocabulário

Construção do conhecimento de mundo

Utilização para fins específicos (vestibulares, concursos, oportunidaes de trabalho

Outras

Page 28: O desenvolvimento de habilidades de leitura e interpretação de textos em aulas de língua inglesa

27

formulação desta questão está em Almeida Filho (2010), pois é indispensável à

aceitação do aluno aos conhecimentos apresentados, que a forma como estes são

transmitidos os atraiam e os instigue a buscar mais. Portanto é notável dentre as

respostas obtidas que os educadores têm conseguido cumprir essa missão, pois a

grande maioria afirmou que as aulas são atraentes. Garantiram ainda que antes de

trabalharem literalmente com os textos os professores buscam familiarizarem-nos

com os mesmos, ou seja, apostam sempre na eficácia do “warm up” além de

valerem-se do planejamento para o uso de técnicas e métodos que facilitam a

compreensão do texto pelos alunos além de incitarem a vontade de aprender mais.

A quinta dúvida é sobre as estratégias de leitura, estas são recursos

essenciais para a formação de significados de um texto em LE, algumas são

elaboradas pelo próprio leitor afim de melhor compreender uma informação, e outras

foram criadas a partir de observações de estudiosos do tema leitura, estas últimas

podem e devem ser ensinadas aos estudantes buscando a melhora na interpretação

de textos em língua inglesa. Todos os entrevistados, com exceção de três, disseram

que seu professor já havia ensinado as estratégias, mas todos demonstraram achar

importante aprendê-las, e o são principalmente na abordagem instrumental. Alguns

citaram ainda em sua resposta a importância que este conhecimento teria no

momento de um exame de trabalho ou acadêmico.

A última questão teve por objetivo averiguar como está o nível de autonomia

dos alunos. A pergunta foi a seguinte: Você realiza por conta própria a leitura de

outros textos em Língua Inglesa fora da escola como músicas, notícias, etc.? Dos 30

entrevistados 16 revelaram buscar outras fontes de textos em LE e os lê, dentre os

tipos mais comuns estão as letras de músicas que geralmente despertam o

interesse dos alunos devidos a diversos fatores sociais. E os restantes que

negaram, disseram ser por preguiça ou falta de interesse mesmo.

Com a análise geral das entrevistas aplicadas aos estudantes foi possível

constatar que há aceitação das aulas leituras em LE, e que apesar de todos os

problemas que o professor possa encontrar para execução dessas aulas, os alunos

estão receptivos às aulas dinâmicas e repletas de curiosidades e novidades.

Portanto cabe reafirmar aqui a relevância que o planejamento tem para a obtenção

de bons resultados além da motivação que ambas as partes devem ter.

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Considerações Finais

O presente trabalho foi de fundamental importância para a constatação da

situação atual das aulas de leitura em LE, além de analisar os fatores que envolvem

a busca por pôr em prática toda teoria que se conhece durante a formação do

docente. Foi possível ainda por meio deste, investigar como os alunos reagem

diante das citadas aulas e quais métodos melhor os alcançam.

Os estudos realizados nos teóricos do tema em foco permitiram a formação

de uma base capaz de suportar todas as considerações tecidas ao longo deste

texto, além de confirmarem os resultados obtidos por meio da análise de dados

realizada.

O tema de estudo aqui proposto além já possuir muitos pioneiros e outros que

seguiram o mesmo caminho, é um tema bastante relevante para novas pesquisas e

que abre um leque de novas direções. Não cabe aqui dizer que o chegou-se a uma

conclusão totalmente finda, mas sim que os objetivos iniciais foram alcançados. A

meta geral foi alcançada, pois a importância do ensino da leitura instrumental tem

sido reconhecida tanto pelos docentes quanto pelos discentes que tem posto em

prática ações positivas para a formação de leitores eficazes da LE. Quanto aos

objetivos específicos, apenas um não foi atingido completamente por falta de tempo

para a realização de observações diretas para análise das diferentes formas de

trabalhar a leitura de textos autênticos em sala de aula de LE, mas que, no entanto

uma mínima parte pôde ser realizada por meio da análise de dados, quanto aos

outros, por meio dos estudos bibliográficos coleta e exame dos dados, foi possível

alcançá-los.

Enfim, este trabalho foi relevante para a formação de conceitos e

comprovação de que uma aula de LE onde a leitura é o foco é capaz de ser

produtiva e pode ser desenvolvida de forma atraente aos alunos e que geram

resultados, além de também o ser para continuações de pesquisas ou embasamento

para novas.

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Referências

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30

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Apêndice: Questionários

UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC II ORIENTADORA – Mônica Veloso GRADUANDA – Elisama Silveira

Questionário para o regente

1. Você é formado na área de Língua Inglesa? ( ) Sim ( ) Não 2. Há quanto tempo você ensina Inglês nessa instituição? ___________________________________________________________________ 3. Você ensina apenas inglês? ( ) Sim ( ) Não 4.Você ensina quantas horas por semana nessa e em outras instituições? ___________________________________________________________________ 5. Tem-se discutido muito sobre a importância da formação contínua. Você tem investido na sua capacitação? O que você tem feito para melhorar a sua atuação em sala de aula? ___________________________________________________________________ 6. Você acha importante trabalhar a leitura em aulas de Língua Inglesa? Por quê? ___________________________________________________________________ 7. Você acha que seus alunos valorizam a aula em que é trabalhada a leitura? Por quê? ___________________________________________________________________ 8. Você ensina aos seus alunos as estratégias de leitura para facilitar a compreensão dos textos? Por quê? ___________________________________________________________________ 9. Quais os tipos de texto que você trabalha nessas aulas? Como você os escolhe? ___________________________________________________________________ 10. Quais as abordagens que você mais utiliza quando trabalha a leitura nas aulas de Língua Inglesa? ___________________________________________________________________ 11. O que você acha das discussões sobre o desenvolvimento da autonomia dos alunos? É possível? ___________________________________________________________________

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UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC II ORIENTADORA – Mônica Veloso GRADUANDA – Elisama Silveira

Questionário para o aluno

1. O que é leitura para você? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2. As aulas de Língua Inglesa em que é trabalhada a leitura de textos são importantes pra você? Por quê? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3. Quais os tipos de textos que são trabalhados nas aulas de Língua inglesa? Eles lhe despertam a curiosidade, lhe chamam a atenção? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Como geralmente o seu professor desenvolve essas aulas onde a leitura de textos em Língua Inglesa é o foco? São aulas interessantes? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5. As estratégias de leitura são recursos que facilitam a compreensão do texto sem que necessariamente seja usado o dicionário. São algumas dessas estratégias a observância das palavras cognatas, conhecimento prévio sobre o tema do texto, reconhecimento de vocábulos, leitura rápida para familiarização com o texto entre outras. O seu professor já ensinou essas estratégias? Se não você acharia interessante aprendê-las? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6. Você realiza por conta própria a leitura de outros textos em Língua Inglesa fora da escola como músicas, notícias, etc? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________