O DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA INFORMACIONAL DO PESQUISADOR

Bibliotecária Maria Carolina Gonçalves

Instituto Federal de São Paulo – Câmpus São João da Boa Vista Laboratório de Letramento Técnico-CientíficoCiclo de Palestras: Pesquisa Científica 15 de Junho de 2015

SUMÁRIO

CAROL KUHLTHAU

7 ESTÁGIOS DA PESQUISA

COMPETÊNCIACONHECIMENTO

PARA REFLETIR!

QUAL O MOTIVO DE FAZER UMCURSO SUPERIOR?

POR QUE A INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR POSSUI O TRIPÉ: ENSINO, PESQUISA E

EXTENSÃO?

DEFINIÇÃO/DESCRIÇÃO SOBRECONHECIMENTO

DEGINIÇÃO/DESCRIÇÃO

“Fato, estado ou condição de compreender; entendimento, domínio de um tema”

(INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS, 2001, p.223)

Conhecimento

ConhecimentoCientífico

Ensino (transferir) AulaConhecimentos: teoria para formação profissional

Pesquisa (desenvolver) Bolsa Carreira AcadêmicaProdução de conhecimento científico

Extensão (estender)Prática Compromisso social com a sociedade (SEVERINO, 2007)

DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA

“O conceito de competência surge no campo empresarial e

financeiro com o objetivo de buscar, por meio de

programas de “capacitação dos recursos humanos” ou “qualidade total”, alternativas para

melhorar a produtividade e a competitividade

no trabalho humano” (GASQUE, 2012, p. 33)

“Competênciaconjunto de

conhecimentos ou habilidades” (INSTITUTO

ANTÔNIO HOUAISS , 2011, p. 211)

DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA

INFORMACIONAL

“Para ser competente em informação a

pessoa deve ser capaz de reconhecer

quando precisa de informação e possuir

habilidade para localizar, avaliar e usar

efetivamente ainformação”

(ALA, 1989, p.1)

“Usuários competentes em informação estão

preparados para aplicar habilidades

informacionais e de uso de biblioteca ao longo de sua vida. Ou seja,

uma pessoa competente em informação domina

as habilidades necessárias para

desenvolver o processo de pesquisa”

(KUHLTHAU, 1996, p.10)

Como preparar os pesquisadores para produção e publicação na sociedade da informação?

Que habilidades os pesquisadores necessitam ter para obter êxito em um ambiente científico, repleto

de informações e mudanças rápidas?

QUEM É CAROL KUHLTHAU?

Atividade de pesquisa é muito mais do que uma atividade

intelectual, é um misto de ações, sentimentos e pensamentos que perpassam cada uma das fases

da pesquisa. Com uma visão construtivista do aprendizado,

sua teoria, denominada Processo de Busca da

Informação(ISP- InformationSearch Process)

Rutgers University

New Jersey

7 ESTÁGIOS DA PESQUISA

INÍCIO DO TRABALHO

Início do Trabalho

1 Seleção doAssunto

2 Exploração de

Informações

3

Definição do Foco

4 Coleta de

Informações

5 Preparação para

Apresentação

65

AvaliaçãoDo

Processo

7

INÍCIO DO TRABALHOPreparar para a

decisão de selecionar o assunto

Tarefa Enfrentar o trabalho;

Compreender a tarefa; relacionar

experiências e aprendizagens

prévias; considerar possíveis assuntos

TarefaPensamentos

Apreensão em relação ao trabalho que vai enfrentar;

incerteza

Sentimentos

INÍCIO DO TRABALHOConversar com

outras pessoas, passar os olhos nas

fontes de informação; escrever

e anotar questões sobre possíveis

assuntos

Ações

Braisnstorm; discussões;

ponderar sobre possíveis assuntos; tolerar incertezas

TarefaEstratégias

SELEÇÃO DO ASSUNTO

Decidir sobre o assunto de

pesquisa

Tarefa Avaliar assuntosde acordo com

critérios de interesse pessoal, escolher

assuntos com potencial

para êxito

TarefaPensamentos

Confusão; algumas vezes ansiedade;

breve contentamento após a seleção

Sentimentos

SELEÇÃO DO ASSUNTO

Discutir com outras pessoas, fazer a

busca preliminar nas fontes de

informação, usar dicionários,

glossários, anais de eventos

Ações Discutir possíveis assuntos;

usar fontes gerais para obter

visão amplade possíveis

assuntos

TarefaEstratégias

Saber o que são

operadores de busca

ANTES DE INICIAR O LEVANTAMENTO

DE SELEÇÃO DO ASSUNTO, É NEESSÁRIO:

Relaciona palavras ou grupo de palavras

no processo deelaboração do levantamento bibliográfico

O QUE É E PARA QUE SERVE?

OPERADORES DE BUSCA

O QUE É E PARA QUE SERVE?

OPERADORES DE BUSCA - AND

O QUE É E PARA QUE SERVE?

OPERADORES DE BUSCA - OR

OPERADORES DE BUSCA - NOT

LEVANTAMENTO DE ASSUNTO

Google Acadêmico

Quantidade de Busca na Web

LEVANTAMENTO DE SELEÇÃO DO ASSUNTO

Portal Capes

Quantidade de Busca na Web

EXPLORAÇÃO DE INFORMAÇÕESExplorar

informações com o objetivo de

encontrar foco

TarefaProcurar o foconas informações sobre o assunto geral; identificar

vários focos

TarefaPensamentos

Confusão; incerteza;

dúvida

Sentimentos

EXPLORAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Localizar informação relevante; ler para

informar-se; compilar referências

Ações Procurar intencionalmente

possíveis focos; listar palavras ou termos que representam o

assunto; ler para aprender sobre o

assunto

TarefaEstratégias

TIPOS DE FONTES DE INFORMAÇÃO

Fonte PrimáriaPRIMÁRIAS

SECUNDÁRIAS

TERCIÁRIAS

DEFINIÇÃO DO FOCODefinir o foco,

usando as informações encontradas

Tarefa Disponibilidade de material e tempo

estabelecido. Identificar ideias das quais seja possível

extrair um foco; algumas vezes um

insight

TarefaPensamentos

Otimismo; confiança na

capacidade de completar a tarefa

Sentimentos

DEFINIÇÃO DO FOCO

Ler as fontes para identificar possíveis

focos

Ações

Fazer levantamento das referências; anotar possíveis focos e descartar

outros

TarefaEstratégias

COLETA DE INFORMAÇÕES

Reunir informações que definam,

ampliem o foco

TarefaProcurar

informaçõespara apoiar o foco; reunir informações

pertinentes; organizar as anotações

TarefaPensamentos

Percepção da extensão do trabalho a ser feito; confiança

na habilidade de realizar a tarefa;

aumento de interesse

Sentimentos

COLETA DE INFORMAÇÕES

Usar a Biblioteca, Bases de Dados para coletar informações pertinentes; solicitar fontes específicas ao bibliotecário; tomar

notas detalhadas incluindo referências

e citações

AçõesUsar termos de

buscas adequados para encontrar

informações pertinentes; fazer busca em vários tipos de material

TarefaEstratégias

PREPARAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DOTRABALHO ESCRITO

Terminar a busca de informaçõesTarefa

Identificar necessidades

adicionais; levar em consideração o

tempo; observar redundâncias

Tarefa

Pensamentos

Alívio; às vezes satisfação; às vezes desapontamentos

Sentimentos

Conferir as informações e

referências; redigir

Ações Voltar às fontes de informação para fazer uma última

busca

Tarefa

Estratégias

PREPARAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DOTRABALHO ESCRITO

AVALIAÇÃO DO PROCESSO

Avaliar o processo de pesquisaTarefa

Aumentar o autoconhecimento;

identificar problemas e êxitos; planejar estratégias

de pesquisa para trabalhos futuros

Tarefa

Pensamentos

Alívio; às vezes satisfação; às vezes desapontamentos

Sentimentos

AVALIAÇÃO DO PROCESSO

Procurar evidência do foco; avaliar o

uso do tempo; avaliar o uso das

fontes de informação

Ações Esboçar linha do tempo; fazer fluxogramas;

conversar com o orientador

TarefaEstratégias

Processo de Busca da Informação: emocional, cognitivo e físico

1

PINHEIRO, L. V. R. P. Fontes ou recursos de informação: categorias e evolução conceitual.Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia. Rio de Janeiro, v.1,

<http://www.ibict.br/pbcib/iCUNHA, Murilo Bastos da. Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. Brasília: Briquet de Lemos/ Livros, 2001nclude/getdoc.php?id=76&article=251&mode=pdf>n.1, 2006. Disponível em:

<http://www.ibict.br/pbcib/include/getdoc.php?id=76&article=251&mode=pdf>. Acesso em:20 abr. 2007.

REFERÊNCIAS

TarefaAMERICAN LIBRARY ASSOCIATION. Presidential Committee on Information Literacy. Final report. Chicago, 1989.BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. 24. ed. São Paulo: Loyola, 2010.CUNHA, Murilo Bastos da. Para saber mais: fontes de informação em ciência e tecnologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2001.GASQUE, K. C. G. D. Letramento informacional: pesquisa, reflexão e aprendizagem. Brasília: Faculdade de Ciência da Informação, 2012. INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS (Org.). Dicionário Houaiss conciso. Rio de Janeiro: Moderna, 2011.KUHLTHAU, Carol. Como orientar a pesquisa escolar: estratégias para o processo de aprendizagem. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

OBRIGADA!e-mail:

mariacarolina@ifsp.edu.br

Instituo Federal de São Paulo – Câmpus São João da Boa Vista Laboratório de Letramento Técnico-CientíficoCiclo de Palestras: Pesquisa Científica 15 de Junho de 2015