o desenvolvimento artÍstico cultural promovido...

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IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL POLÍTICAS CULTURAIS 16 a 18 de outubro/2013 Setor de Políticas Culturais Fundação Casa de Rui Barbosa Rio de Janeiro Brasil 1 O DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO CULTURAL PROMOVIDO PELAS FÁBRICAS DE CULTURA: UMA PROPOSTA INVODORA DE INDICADORES CULTURAIS Aluízio Marino Aline Canciani Olga Arruda 1 RESUMO: A presente publicação consiste em uma contribuição técnica e teórica sobre a prática de avaliação nas políticas e ações culturais. Para tanto disponibiliza o processo de elaboração dos indicadores culturais utilizados no Programa Fábricas de Cultura, política cultural do Governo do Estado de São Paulo, para verificar o desenvolvimento artístico cultural do público atendido em suas atividades de formação cultural. PALAVRAS-CHAVE: Avaliação; Política Cultural; Ação Cultural; Indicador Cultural; Desenvolvimento artístico cultural. 1. Breve descrição do Programa Fábricas de Cultura O Programa Fábricas de Cultura é uma política cultural desenvolvida pelo Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado da Cultura e administrado por duas organizações sociais, a Catavento Cultural e Educacional, que gerencia 5 unidades na zona leste da capital paulista (Vila Curuçá, Sapopemba, Itaim Paulista, Parque Belém e Cidade Tiradentes) e a Poiesis, responsável pelas zonas sul (Capão Redondo, Jardim São Luís) e norte (Brasilândia, Vila Nova Cachoeirinha e Jaçanã). O território de atuação das Fábricas de Cultura, 10 distritos da cidade de São Paulo, se caracterizam pelo alto Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ) 2 , promovido pela Fundação SEADE em 2000. As Fábricas de Cultura são equipamentos de formação e difusão artística e cultural, seu público alvo prioritário são crianças e jovens, entre 08 e 19 anos. Totalizam 10 prédios, com cerca de 7.000 m² cada, que contam estrutura especializada, com salas de aula/ensaio variadas, biblioteca e teatro. 1 Aluízio Marino é Assistente de Monitoramente e Avaliação ( [email protected] ); Aline Canciani é Assistente de Formação Cultural ([email protected] ); Olga Arruda é Superintendente de Formação Cultural ([email protected]). 2 Pesquisa completa: http://www.seade.gov.br/produtos/ivj/

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IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL – POLÍTICAS CULTURAIS – 16 a 18 de outubro/2013 Setor de Políticas Culturais – Fundação Casa de Rui Barbosa – Rio de Janeiro – Brasil

1

O DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO CULTURAL PROMOVIDO PELAS

FÁBRICAS DE CULTURA: UMA PROPOSTA INVODORA DE INDICADORES

CULTURAIS

Aluízio Marino

Aline Canciani

Olga Arruda1

RESUMO: A presente publicação consiste em uma contribuição técnica e teórica sobre a

prática de avaliação nas políticas e ações culturais. Para tanto disponibiliza o processo de

elaboração dos indicadores culturais utilizados no Programa Fábricas de Cultura, política

cultural do Governo do Estado de São Paulo, para verificar o desenvolvimento artístico

cultural do público atendido em suas atividades de formação cultural.

PALAVRAS-CHAVE: Avaliação; Política Cultural; Ação Cultural; Indicador Cultural;

Desenvolvimento artístico cultural.

1. Breve descrição do Programa Fábricas de Cultura

O Programa Fábricas de Cultura é uma política cultural desenvolvida pelo Governo do

Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado da Cultura e administrado por duas

organizações sociais, a Catavento Cultural e Educacional, que gerencia 5 unidades na zona

leste da capital paulista (Vila Curuçá, Sapopemba, Itaim Paulista, Parque Belém e Cidade

Tiradentes) e a Poiesis, responsável pelas zonas sul (Capão Redondo, Jardim São Luís) e

norte (Brasilândia, Vila Nova Cachoeirinha e Jaçanã).

O território de atuação das Fábricas de Cultura, 10 distritos da cidade de São Paulo, se

caracterizam pelo alto Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ)2, promovido pela Fundação

SEADE em 2000.

As Fábricas de Cultura são equipamentos de formação e difusão artística e cultural,

seu público alvo prioritário são crianças e jovens, entre 08 e 19 anos. Totalizam 10 prédios,

com cerca de 7.000 m² cada, que contam estrutura especializada, com salas de aula/ensaio

variadas, biblioteca e teatro.

1 Aluízio Marino é Assistente de Monitoramente e Avaliação ([email protected]); Aline

Canciani é Assistente de Formação Cultural ([email protected]); Olga Arruda é

Superintendente de Formação Cultural ([email protected]). 2 Pesquisa completa: http://www.seade.gov.br/produtos/ivj/

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2. Uma proposta inovadora de avaliação

2.1 Contexto

O presente artigo é fruto do trabalho desenvolvido pela Superintendência de Formação

Cultural, do Catavento Cultural e Educacional, e portanto aplicada nas Fábricas de Cultura

localizadas na zona leste de São Paulo.

Cabe destacar também que o foco são os indicadores culturais criados para

acompanhar o desenvolvimento artístico cultural do público atendido nos ateliês de criação.

Os ateliês são encontros periódicos de formação cultural, cujo público alvo prioritário são

crianças, adolescentes e jovens, entre 08 a 19 anos. Acontecem em média, 2 vezes por

semana, em encontros de 3 horas. Possuem duração que varia entre 4 e 5 meses e são

mediados por educadores culturais de seis linguagens artísticas diferentes: artes visuais, circo,

dança, multimeios, música e teatro.

2.2 Metodologia

2.2.1 Descrição do processo de elaboração dos indicadores

O desenvolvimento do presente modelo de avaliação teve início em 2012, onde se

construiu a primeira proposta dos indicadores em um trabalho conjunto entre a

coordenação central do programa, as coordenações locais dos equipamentos, os orientadores

artísticos do programa e os educadores culturais. Ainda em 2012, com a primeira versão do

escopo definida, aplicou-se duas vezes o método, ao final do 1º e do 2º semestre.

A partir da aplicação dos indicadores em 2012, foi possível colher as informações e

conteúdos necessários à construção da sua 2ª e atual versão. Neste período, os educadores

avaliaram suas turmas (cerca de 250), justificando os valores aplicados a cada parâmetro pré-

estabelecido.

O estudo minucioso das justificativas/análises resultou na elaboração de um

documento que sintetizava o processo de avaliação piloto. A síntese foi apresentada para

os educadores e orientadores artísticos, que realizaram a validação final, definindo o atual

modelo de avaliação e seus respectivos indicadores.

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Desde 2012, nas primeiras conversas sobre a definição dos indicadores, o

desenvolvimento das propostas segue algumas diretrizes:

Compreender as especificidades do Programa (Projetos; linguagens artísticas;

características das turmas)

Valorizar a Trajetória / Processo de aprendizagem.

Preservar a memória e proporcionar o acesso à informação.

As diretrizes supracitadas objetivam a execução de indicadores culturais e uma prática

avaliativa que valorize a diversidade cultural, intrínseca ao programa Fábricas de Cultura.

2.2.2 Aplicação

No último mês de cada período dos ateliês de criação3, ou seja, na finalização da

metodologia artístico-pedagógica prevista para o semestre correspondente, os educadores

culturais mediam uma auto avaliação com suas turmas de aprendizes. Para tanto utilizam

um roteiro flexível, ou seja, alguns tópicos que orientam o debate com os aprendizes, entre os

tópicos existentes neste roteiro, destacam-se: (1) Domínio técnico e teórico; (2) Possíveis

dificuldades com os conteúdos e na relação com a turma; e (3) Capacidade de

compartilhamento e multiplicação.

3 Os ateliês são encontros periódicos de formação cultural, cujo público prioritário são crianças, adolescentes e

jovens entre 08 a 19 anos. Acontecem em média, duas vezes por semana, em encontros de três horas cada um.

Possuem duração entre quatro e cinco meses e são mediados por educadores culturais de seis linguagens

artísticas diferentes: artes visuais, circo, dança, multimeios, música e teatro.

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A partir do que foi discutido, os educadores realizam a avaliação da turma, ou seja, a

auto avaliação mediada é suporte para os processos que a sucedem. A avaliação da turma,

desenvolvida ao final dos ateliês, é realizada, individualmente, a partir de um formulário

online.

Após o período de preenchimento das avaliações. A equipe de monitoramento e

avaliação do programa Fábricas de Cultura possui um período de dois meses para estruturar o

banco de dados e publicar o material. A publicação dos resultados é utilizada, principalmente,

pelos próprios educadores, para conhecer o desenvolvimento artístico cultural dos jovens que

integram seu ateliê no semestre seguinte, e que passaram por outra experiência retratada no

banco de dados.

2.3 Apresentação dos indicadores

A avaliação do desenvolvimento artístico cultural do público atendido nos ateliês de

criação das Fábricas de Cultura é estabelecida periodicamente, ao final de cada semestre.

Cada educador cultural avalia sua turma em um exercício que possui quatro indicadores.

1º INDICADOR: PERFIL DA TURMA

Nesta etapa, todos os educadores, independentemente da linguagem artística, definem

qual perfil se adequa melhor a realidade da(s) sua(s) turma(s) de aprendizes. Esta definição é

de extrema importância, pois irá balizar a característica dos dois indicadores subsequentes,

correspondentes ao “Desenvolvimento cultural” e ao “Desenvolvimento artístico”, isto se

explica pela razão lógica de que não seria pertinente avaliar com os mesmos critérios uma

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turma que acabou de iniciar as atividades de sensibilização artística com uma turma que já

possui um nível mais avançado.

Os perfis estabelecidos são:

Iniciante: turma em fase de sensibilização artística. Em sua grande maioria os

aprendizes acabaram de iniciar sua prática dentro do universo artístico-cultural.

Flutuante: turma que está em período de transição, de uma prática de sensibilização

artística para uma prática exploratória. Ou ainda, uma turma marcada por forte

heterogeneidade de perfis.

Continua: turma em nível de desenvolvimento avançado ou exploratório, em sua

grande maioria são turmas marcadas pela continuidade de seus aprendizes.

2º INDICADOR: DESENVOLVIMENTO CULTURAL

Nesta etapa, todos os educadores, independentemente da linguagem artística, avaliam

suas turmas dentro de seis parâmetros. São eles:

Autonomia: Comprometimento com projetos pessoais, ou seja, capacidade de

planejar a conquista de seus objetivos.

Iniciativa: Propor e agir espontaneamente. Compreender o território (espaço +

pessoas) e interferir sobre ele.

Compromisso: Assumir responsabilidades e cumprir objetivos.

Criatividade: Criar, ir para além da rotina. Capacidade de organizar as ideias e

escolher os caminhos.

Assimilação dos conteúdos propostos: Concentração, capacidade de se integrar e

atribuir significado as propostas.

Capacidade de agir coletivamente: Cooperação, colaboração e envolvimento nas

propostas de trabalho coletivo.

Em cada um deles, o educador estabelece uma nota, que varia de 5 a 10. Sendo que,

para cada nota existe um valor pré-estabelecido, ou seja, uma escala de avaliação. Cabe

destacar que, para cada perfil de turma (iniciante, flutuante e continua) existe uma escala de

avaliação própria.

EX: AUTONOMIA PARA TURMAS INICIANTES

5 6 7 8 9 10

↑ ↑

A turma não age de

maneira autônoma, é

totalmente

dependente das

orientações do

educador cultural

Os membros da turma

começaram a agir de

forma autonoma,

conseguem

desenvolver algumas

ideias próprias.

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1. Parâmetros Comuns Nota 5 Nota 10

Autonomia

Turmas Iniciantes

A turma não age de maneira autônoma, é

totalmente dependente das orientações do

educador cultural

Os membros da turma começaram a agir de

forma autonoma, conseguem desenvolver

algumas ideias próprias.

Turmas Flutuantes

Poucos agem de maneira autonoma, a

maioria da turma é totalmente dependente

das orientações do educador cultural

Muitos agem de maneira autônoma. Alguns

ainda são totalmente dependente das

orientações do educador.

Turmas Continuas

A turma não consegue se desvincular

totalmente das orientações do educador.

A turma absorve o conteúdo proposto pelo

ateliê e cria de forma autoral.

Iniciativa

Turmas Iniciantes

Pouco falam e expõe, mesmo que alguns

possuam mais atitude a turma não é

organizada.

A turma demonstra curiosidade, faz

perguntas relativas ao processo de formação.

Turmas Flutuantes

Grande parte da turma é tímida, fala e expõe

pouco.

A turma é pro-ativa e curiosa, faz pesquisas

sobre o ateliê e traz questões.

Turmas Continuas

Pouco falam e expõe, mesmo que alguns

possuam mais atitude, a turma não é

orgânica.

A maior parte da turma constitui um coletivo

que expõe suas idéias, inclusive com atitudes

em relação a organização da sala e do ateliê.

Compromisso

Turmas IniciantesA turma não possui uma constancia, muitas

faltas e pouco comprometimento.

Boa parte da turma esta envolvida com as

propostas do ateliê, possuindo inclusive um

bom nível de assiduidade e presença

Turmas FlutuantesAs faltas e o comprometimento ainda são um

problema na turma.

Boa parte da turma esta envolvida com as

propostas do ateliê, possuindo inclusive um

bom nível de assiduidade e presença

Turmas Continuas

As faltas ainda são um problema na turma. A Turma como um todo possui ótimos índices

de presença e assiduidade, além de estarem

comprometidos com todas as propostas

desenvolvidadas.

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Criatividade

Turmas Iniciantes

A turma apenas reproduz o conteúdo passado

pelo educador.

A turma possui facil idade de criar a partir de

estimulos.

Turmas Flutuantes

A turma pouco cria, possui dificuldade em

responder aos estimulos do educador.

A turma possui facil idade de criar a partir de

estímulos e,a partir disso, vem desenvolvendo

uma autonomia de criação.

Turmas Continuas

A turma ainda possui certa dificuldade em

criar. São dependentes de estímulos

propostos pelo educador.

A turma capta o conteúodo proposto pelo

ateliê, cria sobre ele e vai além,

ultrapassando a barreira da reprodução.

Assimilação dos conteúdos propostos

Turmas Iniciantes

A turma não consegue se concentrar nas

atividades e conteúdos propostos no ateliê.

Os conteúdos propostos pelo ateliê são

absorvidos pela turma.

Turmas Flutuantes

A maior parte da turma não consegue se

concentrar nas atividades e conteúdos

propostos no ateliê.

Os conteúdos propostos pelo ateliê são

absorvidos pela turma. Alguns integrantes,

inclusive, trazem novas referências.

Turmas Continuas

A concentração ainda é um desafio a turma,

em alguns momentos os interesses

particulares se sobrepõe a proposta do ateliê

A turma se apropria totalmente dos

conteúdos propostos e vão além, pesquisam,

trazem referências e compartilham entre si.

Capacidade de agir coletivamente

Turmas Iniciantes

A turma não se relaciona de forma

colaborativa.

A turma começou a agir de forma

colaborativa.

Turmas Flutuantes

O trabalho em equipe é um grande desafio,

muitas vezes as dificuldades de alguns não é

respeitada pelos demais.

A Turma trabalha colaborativamente, quando

algum membro possui dificuldade os outros

ajudam e incentivam

Turmas Continuas

O trabalho em equipe ainda é um desafio a

turma. Os talentos individuais muitas vezes

se transformam em "estrelismo". Dificuldade

em compreender as diferenças existentes no

grupo

A Turma trabalha de forma coletiva, os

talentos de cada um se unem e transformam-

se na força do grupo. As diferenças se tornam

potencialidades.

3º INDICADOR: DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO

Nesta etapa, os educadores avaliam o desenvolvimento da sua turma de aprendizes

dentro dos parâmetros correspondentes a linguagem artística desenvolvida no seu ateliês

(artes visuais, circo, dança, multimeios, música e teatro).

O método de avaliação para cada parâmetro (notas e escalas) é igual ao indicador

anterior, “Desenvolvimento cultural” e consta na página 04.

(I) Parâmetros para os ateliês de artes visuais (Grafite, Desenho e Pintura, Cerâmica,

Xilogravura)

Capacidade de expressão: desenvolvimento de raciocínio visual dentro do campo técnico e

expressivo.

Manuseio dos materiais: habilidade e zelo

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1.1 Parâmetros - Artes Visuais Nota 5 Nota 10

Capacidade de expressão

Turmas Iniciantes

Pouco produzem, quando fazem é de maneira

imediata e sem envolvimento

A maioria dos aprendizes demonstram bom

desenvolvimento expressivo e criativo.

Turmas Flutuantes

A expressão artística ainda é uma dificuldade

para a maior parte do grupo

A maior parte dos aprendizes se expressa de

maneira original. Conseguem ir além de dos

conteudos passados em sala de aula.

Turmas Continuas

A turma possui boa capacidade de expressão,

mas ainda vinculada a reprodutibilidade e ao

educador, com pouca autonomia.

Se expressam de maneira original e possuem

autonomia para desenvolver projetos

individuais.

Manuseio dos materiais

Turmas Iniciantes

Manuseiam de forma incorreta. Muitas vezes

por falta de prática e/ou comprometimento.

Manuseiam os materiais com cuidado.

Evitam o desperdício e alcançam melhor

acabamento.

Turmas Flutuantes

A maior parte do grupo manuseia dos

materiais de forma incorreta, o desperdício

dos materiais é um problema no ateliê.

Manuseiam as ferramentas e os materiais

com cuidado e possuem maior domínio.

Turmas Continuas

Os aprendizes possuem um bom domínio

técnico das ferramentas, entretanto o

desperdício ainda é uma constante.

Util izam as ferramentas e os materiais de

forma consciente, experimental e inovadora.

(II) Parâmetros para os ateliês de circo (Aéreos, Solo, Comicidade, Malabares,

Equilíbrios).

Recursos para a criação: apropriação na utilização de jogos cênicos; Improvisação com

movimentos; Elementos da linguagem musical; Histórias; Recursos de composição escrita e

desenhos.

Desenvolvimento técnico: aquecimento; Preparação corporal; Acrobacia; Habilidades por

eixo: Acrobacias, Malabares, Aéreos, Equilíbrios.

Criação de uma identidade grupal: Construção de um vocabulário de jogos, exercícios,

normas e acordos coletivos.

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1.2 Parâmetros - Circo Nota 5 Nota 10Recursos para a Criação

Turmas Iniciantes

Não conseguem compreender a relação entre

os recursos para a criação.

O grupo começou a trabalhar com alguns

recursos para a criação, as interfaces entre

linguagens ajudou muito nesse processo.

Turmas Flutuantes

A maior parte do grupo ainda não consegue

compreender a relação entre os recursos para

a criação.

A maior parte do grupo se expressa de

diversas maneiras, para tanto util izam os

recursos de forma integrada.

Turmas Continuas

Possuem dificuldade em util izar, de forma

integrada, os recursos de criação oferecidos.

Criam movimentos próprios e improvisam,

util izando-se de diversos recursos,

integrando-os com muita facil idade.

Desenvolvimento Técnico

Turmas Iniciantes

A turma apresenta muitas dificuldades,

principalmente na concentração.

A turma mostrou uma boa evolução na

consciência corporal e coordenação motora.

Turmas Flutuantes

A maior parte do grupo ainda possui

difuculdades, principalmente na

concentração.

A maior parte do grupo mostrou uma boa

evolução na consciencia corporal e

coordenação motora.

Turmas Continuas

Possuem dificuldade com a rotina de

trabalho físico.

A turma incorporou uma rotina de trabalho

físico, muitos aprendizes já se destacam em

algumas técnicas.

Criação de uma Identidade Grupal

Turmas Iniciantes

A existência de conflitos dificulta a criação

de uma identidade

O grupo começa a esboçar uma identidade

coletiva.

Turmas Flutuantes

A entrada de novos membros dificultou a

criação de uma identidade grupal.

A entrada de novos membros fortaleceu a

identidade do grupo, que esboça a formação

de uma "trupe" circense. Os aprendizes

começam a se comunicar util izando os

termos técnicos.

Turmas Continuas

A identidade do grupo ainda não é

apropriada por todo o coletivo.

O grupo se turnou uma "trupe" circense, com

identidade e nome próprio, apropriados por

todo o grupo. Os nomes técnicos dos

exercícios são de conhecimento coletivo.

(III) Parâmetros para os ateliês de dança (Balé, Contemporâneo, Brasileiras, Capoeira,

Salão).

Foco e percepção: desenvolvimento da capacidade de percepção e olhar de si, do outro e do

coletivo, em um processo em que o aprendiz se mantém concentrado, ativo, dedicado e

entregue às atividades propostas, percebendo-se como parte de um todo.

Consciência espaço corporal: aptidão em desenvolver a percepção de si e do outro, em

pausa e ação, no espaço. Reconhecer seu corpo como um todo integrado. Entender o espaço e

o próprio corpo como ambiente.

Criação e expressividade: capacidade do corpo de criar, individual e coletivamente, a partir

de suas experiências e ferramentas vivenciadas em sala, e expressar-se deste modo por meio

de um discurso corporal e poético.

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1.3 Parâmetros - Dança Nota 5 Nota 10Foco e Percepção

Turmas Iniciantes

Os aprendizes começam a se perceber, e

oscilam bastante entre os estados de

concentração e dispersão durante as

propostas. Ainda apresentam dificuldade de

se reconhecerem como parte de um coletivo e

seus olhares estão voltados para questões

individuais.

Os aprendizes, mais apropriados de si,

começam a perceber que convivem em um

espaço coletivo

Turmas Flutuantes

Os aprendizes, apropriados do seu

corpo/estrutura, percebem-se no coletivo e

criam vínculos e relações de aprendizagem

com o educador e entre si.

Tendo compreendido “onde” (corpo/espaço)

se encontram, a maioria dos aprendizes,

tanto individual quanto coletivamente,

começam a ter mais iniciativa, mantendo

mais concentração durante o

desenvolvimento das propostas.

Turmas Continuas

Os aprendizes já compreendem o corpo,

tempo e espaço, e começam a articular os

conteúdos e pensamentos artísticos em

dança/capoeira.

Os aprendizes vivenciam a autonomia dentro

da apropriação das propostas, respondendo

criativamente dentro do coletivo e mantendo

suas individualidades.

Consciência Espaço-corporal

Turmas Iniciantes

Os aprendizes têm dificuldade na relação do

seu corpo com o outro e com o espaço. Pouca

compreensão do espaço coletivo.

Alguns aprendizes começam a ter boa

assimilação do espaço singular e do espaço

coletivo.

Turmas Flutuantes

Alguns aprendizes ainda possuem dificuldade

na assimilação do espaço singular e do

espaço coletivo.

A maior parte dos aprendizes começam a se

perceber para além do próprio movimento.

Compreendem a composição com o outro e

com o espaço.

Turmas Continuas

A turma se percebe para além do próprio

movimento, entretanto possui dificuldades

em se adaptar a outros espaços que não

sejam a sala de aula.

A turma possui maior consciência do corpo,

do espaço e do coletivo. Conseguem se

adapatar aos diferentes locais. Essa questão

fica ainda mais clara nas apresentações

desenvolvidas em locais diferentes a sala de

aula.

Criação e Expressividade

Turmas Iniciantes

É possível notar uma expressividade natural.

Apresentam poucas conexões entre suas

criações e os conteúdos desenvolvidos no

ateliê.

A turma possui facil idades de criar a partir

dos estímulos apresentados no ateliê,

considerando suas expressividades.

Turmas Flutuantes

A turma apresenta, durante os exercícios de

criação, dificuldade de articulação devido

aos diferentes níveis de compreensão

apresentados. Possui dificuldade de se

expressar, mesmo com os estímulos do

educador.

A turma absorveu o conteúdo proposto no

ateliê, respondendo aos estímulos do

educador sem util izar a reprodução, tendo

uma expressividade significativa.

Turmas Continuas

A turma se apropriou do conteúdo proposto

no ateliê, respondendo aos estímulos do

educador, e começando a ser propositor

dentro das atividades de criação, ampliando

suas capacidades expressivas.

Os aprendizes util izam como ferramenta de

criação o corpo histórico, e estabelecem

conexão com os conteúdos apropriados,

mediados pelo educador. Conseguem fazer

escolhas coletivas na organização de sua

expressividade.

(IV) Parâmetros para os ateliês de multimeios (Fotografia, Cinema, Animação).

Roteiro: Contar uma história através de imagens. Possuir as noções de tempo, espaço e

lógica.

Pré-produção: Fazer a leitura técnica de um roteiro e levantar suas demandas. Capacidade de

captar e organizar os recursos necessários.

Produção: Capacidade de Planejamento e Organização para execução das atividades.

Compromisso, responsabilidade e dedicação são fundamentais para a execução do trabalho.

Fotografia: Exercício e sensibilidade do olhar, registrar através da câmera imagens muito

além do que os olhos conseguem enxergar.

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Edição: Organização do material filmado/fotografado

Distribuição: Identificação de oportunidades e encaminhamento das realizações

1.4 Parâmetros - Multimeios Nota 5 Nota 10

Roteiro

Turmas Iniciantes

A turma precisa desenvolver a capacidade de

expor idéias para a construção de um roteiro

criativo.

Alguns aprendizes mostram uma ótima

capacidade de expor idéias, util izando-se de

exemplos que viram na tv ou no cinema para

colaborar com a construção do roteiro e de

suas próprias ideias.

Turmas Flutuantes

A maior parte da turma precisa desenvolver a

capacidade de expor idéias para a

construção de um roteiro criativo.

A maioria da turma demonstra muita

criatividade na criação de um roteiro. Util iza

exemplos dque viram na tv ou no cinema para

fundamentar seus pensamentos.

Turmas Continuas

A turma possui ótima capacidade de criação,

entretanto não envolve todos os membros,

fazendo com que faltam algumas partes do

roteiro.

A turma desenvolveu o roteiro completo

coletivamente, alguns possuem postura de

liderança, mas todos participam de forma

efetiva.

Pré-produção

Turmas Iniciantes

A falta de paciência é nítida, o educador

precisa intervir a todo o momento para que a

pesquisa aconteça.

Os aprendizes realizaram boas pesquisas que

subsidiaram o trabalho de pré-produção.

Entretando ainda dependem das orientações

do educador.

Turmas Flutuantes

Os aprendizes precisam organizar melhor

suas pesquisas, a falta de paciência ainda é

um problema.

Os aprendizes realizaram boas pesquisas que

subsidiaram o trabalho de pré-produção.

Envolveram inclusive outros atelês nesse

processo. As orientações do educador são

apenas pontuais.

Turmas Continuas

As pesquisas possuem um desenvolvimento

interessante, entretanto a dependencia do

educador ainda é forte, principalmente no

trabalho com os outros ateliês.

Desenvolvem as pesquisa e trabalham com

outros ateliês com autonomia. O educador

apenas acompanha o processo.

Produção

Turmas Iniciantes

A turma possui dificuldades em se organizar e

planejar a produção em conjunto.

Levando em conta as pequenas falhas

técnicas, por conta da falta de experiência, a

turma planejou e se organizou muito bem.

Turmas Flutuantes

A turma possui dificuldades para se

organizar e planejar em conjunto.

O planejamento e a organização da turma

funcionaram. Algumas pequenas falhas

aconteceram, devido a falta de experiência de

alguns membros, entretanto tais questões

foram resolvidas rapidamente pelo coletivo.

Turmas Continuas

O planejamento de datas e as checagens

ainda são um pouco confusas. O grupo

possui certa dificuldade em trabalhar com

uma hierarquia flexível.

A turma consegue elaborar um cronograma

de produção eficiente, além de "check lists"

diárias. A organização se traduz também em

respeito aos colegas, sendo que a posição de

"diretor" circula por todos os aprendizes.

Fotografia

Turmas Iniciantes

A turma não consegue manusear a câmera e

tem dificuldade de enteder que para

fotografar não basta apertar o botão.

A turma tem facil idade para manusear a

câmera com auxílio do educador e entendem

os conceitos basícos para fotografar.

Turmas Flutuantes

A maior parte consegue manusear a câmera

mas, não consegue enxergar além daquilo

que estão vendo.

Os aprendizes tem facil idade para manusear

a câmera de forma independente e

compreendem os elementos que influenciam

uma fotografia, o educador estimula a

percepção visual além do que estão vendo.

Turmas Continuas

Os aprendizes sabem manusear a câmera e

entendem sobre a técnica de fotografar, mas

ainda necessitam de um apoio constante do

educador para enxergar além daquilo que

estão vendo.

A turma tem extrema facil idade de manusear

a câmera e entenderam os conceitos técnicos

da fotografia, conseguem trabalhar com a luz

de forma independente e conseguem enxergar

além daquilo que estão vendo.

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Edição

Turmas Iniciantes

Os aprendizes possuem muitas dificuldades

na operação técnica dos softwares de edição.

Os aprendizes util izam as ferramentas

básicas de edição (foto ou vídeo) e, levando

em conta o pouco tempo de aprendizado,

obtiveram um bom resultado com a ajuda do

educador.

Turmas Flutuantes

A maior parte dos aprendizes possuem muitas

dificuldades na operação técnica dos

softwares de edição.

Os aprendizes util izam as ferramentas

básicas de edição (foto ou vídeo). Alguns

inclusive já se destacam nessa etapa de

trabalho, necessitando apenas de algumas

orientações do educador.

Turmas Continuas

Os aprendizes ainda necessitam de um apoio

constante do educador para alcançar um

resultado satisfatório.

Os aprendizes possuem pleno domínio das

ferramentas básicas de edição (foto ou

vídeo). Uma parte da turma, que se destaca,

mostra resultados estéticos bem

interessantes, o educador apenas

acompanha.

Distribuição

Turmas Iniciantes

A turma não está madura o suficiente para

trabalhar essa questão.

A turma entende superficialmente a

importância de compartilhar sua produção e

já começou a util izar as mídias sociais

Turmas Flutuantes

A maioria da turma ainda não está amdura o

suficiente para trabalhar essa questão

A turma entende a importância de

compartilhar sua produção, util izando-se

apenas das mídias sociais

Turmas Continuas

A turma entende a importância de

compartilhar sua produção, util izando-se

apenas das mídias sociais

A turma compreende a importância do

compartilhar e distribuir sua produção,

pensando inclusive em participar de mostras

e festivais destinados a jovens produtores

audiovisuais.

(V) Parâmetros para os ateliês de música (Cordas, Sopros, Percussão, Canto).

Reconhecimento do som: o aprendiz consegue reconhecer e classificar as propriedades da

música e do som?

Execução do conteúdo proposto: avaliar a capacidade prática e efetiva do aprendiz de

executar o conteúdo proposto

Técnica do instrumento: avaliar a apropriação da técnica específica para manuseio e

execução do instrumento

Referências de escuta: avaliar o processo criativo com base nas referências musicais para a

ampliação do repertório cultural.

Concepção artística: avaliar a concepção artística adquirida no plano pessoal e interpessoal

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1.5 Parâmetros - Música Nota 5 Nota 10

Reconhecimento do Som

Turmas Iniciantes

A turma se encontra em um estágio de

sensibil ização musical.

Os aprendizes são capazes de ouvir e

reprodizir o som.

Turmas Flutuantes

A turma se encontra em um estágio de

iniciação musical

Identificam uma série de elementos de

estruturação musical.

Turmas Continuas

Existe na maioria da turma uma certa

dificuldade em reconhecer as caracteristicas

dos sons.

O grupo é capaz de indentificar as

propriedades dos sons, reconhecer as

notações musicais, ler e escrever partituras.

Execução do Conteúdo Proposto

Turmas Iniciantes

Existe uma desatenção clara na turma, o que

prejudica a execução do conteúdo.

A turma executa boa parte do conteúdo

proposto, seja ele prático ou teórico.

Turmas Flutuantes

Existe uma desatenção clara na maior parte

da turma, o que prejudica a execução do

conteúdo.

A turma executa a maioria do conteúdo

proposto, seja ele prático ou teórico.

Turmas Continuas

A turma executa somente o que foi proposto. A turma executa todos os conteúdos, sejam

eles práticos ou teóricos. Além disso

pesquisam e trazem contribuições pertinentes

a aula.

Técnica do Instrumento

Turmas Iniciantes

Os aprendizes estão se habituando com o

instrumento.

A turma domina as técnicas básicas do

instrumento, como o poscionamento,

afinação, regulagem e postura.

Turmas Flutuantes

Os aprendizes necessitam de maior foco nos

exercícios práticos, tal fato veem

prejudicando o desenvolvimento técnico

A turma é muito focada nos exercícios

práticos. O que se reflete em uma boa

evolução técnica.

Turmas Continuas

Os aprendizes necessitam de maior foco nos

exercícios práticos, tal fato veem

prejudicando o desenvolvimento técnico

A evolução técnica é notável. Os aprendizes

são muito comprometidos e focados, dentro e

fora do ateliê.

Referências de Escuta

Turmas Iniciantes

Percebe-se muitas vezes uma certa resistência

dos aprendizes em conhecer novos estilos

musicais

A turma demonstra interesse em aprender

novas referências de escuta.

Turmas Flutuantes

Percebe-se muitas vezes uma certa resistência

dos aprendizes em conhecer novos estilos

musicais

A turma demonstra interesse em aprender

novas referências de escuta.

Turmas Continuas

É notável que algumas barreiras simbólicas

prejudiquem a ampliação do repertório

musical da turma.

A turma ampliou significativamente seu

repertório de estilos musicais.

Concepção Artística

Turmas Iniciantes

Ainda não têm autonomia para se posicionar

artisticamente.

Alguns aprendizes já demonstram autonomia

no processo de realização artistica.

Turmas Flutuantes

Encontram-se em processo de ampliar sua

visão sobre a arte.

A partir das interfaces e da dinâmica da

Fábrica de Cultura os aprendizes vem

desenvolvendo uma concepção ampliada

sobre arte e cultura.

Turmas Continuas

A partir das interfaces e da dinâmica da

Fábrica de Cultura os aprendizes vem

desenvolvendo uma concepção ampliada

sobre arte e cultura.

Os aprendizes possuem uma visão ampla

sobre arte e cultural. Pensam nos temas como

uma soma de linguagens, para além da

música.

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(VI) Parâmetros para os ateliês de teatro (Jogos teatrais, Improvisação, Performance).

Jogo / Improviso: técnicas que estimulam ludicamente toda e qualquer competência

necessária para estar em cena.

Leituras / Escritas: visão de mundo. Perceber-se integrante, dependente e agente

transformador do ambiente em que vive, identificando seus elementos e as interações entre

eles.

Desenvolvimento dos pressupostos: compreensão do território; Relações Flexíveis;

Conhecimento Pertinente; Autonomia e Protagonismo.

Expressão vocal: expressão vocal é uma das ferramentas para a comunicação, através da voz

e seus apoios, com intuito de interpretar, manifestar ou criar novos significados artísticos e

humanos.

Expressão corporal: expressão Corporal é a técnica desenvolvida a partir dos movimentos

do corpo, utilizada nas Artes Cênicas como um dos meios de comunicação.

1.6 Parâmetros - Teatro Nota 5 Nota 10

Jogo / Improviso

Turmas Iniciantes

A turma mostra certa desatenção, o que

compromete as atividades desenvolvidas

São atentos e comprometidos com os jogos

propostos.

Turmas Flutuantes

São atentos e comprometidos com os jogos

propostos.

Jogam com facilidade e veem desenvolvendo

a técnica do improviso

Turmas ContinuasJogam com facilidade e veem desenvolvendo a

técnica do improviso

Os jogos já fazem parte da rotina do ateliê,

além disso os aprendizes Improvisam com

muita naturalidade.

Leituras / Escritas

Turmas Iniciantes

A turma possui dificuldade em sair do "lugar

comum" pouco criam e inovam.

Interpretam os textos e referencias oferecidas

pelo educador cultural.

Turmas Flutuantes

Interpretam os textos e referencias oferecidas

pelo educador cultural.

As atividades de leitura e pesquisa oferecidas

pelo educador incentivou, em alguns

aprendizes, a prática autonoma da leitura

Turmas Continuas

As atividades de leitura e pesquisa oferecidas

pelo educador incentivou, em alguns

aprendizes, a prática autonoma da leitura

As atividades de leitura e pesquisa oferecidas

pelo educador incentivou todos os aprendizes

a prática autonoma da leitura.

Desenvolvimento dos Pressupostos

Turmas Iniciantes

A turma se encontra em fase de

desenvolvimento dos prossupostos básicos.

A turma desenvolvoveu, mesmo que

inconsientemente, algumas características

compatíveis aos pressupostos do programa.

Turmas Flutuantes

A turma possui dificuldade em sair do "lugar

comum" pouco criam e inovam.

Boa parte da turma se apropriou dos

pressupostos do programa.

Turmas Continuas

Boa parte da turma se apropriou dos

pressupostos do ateliê e da Fábrica de

Cultura (autonomia, protagonismo, etc...)

A turma se apropriou plenamente dos

pressupostos do programa, tanto em sala de

aula como para seu cotidiano.

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Expressão Vocal

Turmas Iniciantes

A turma expõe pouco suas ideias no coletivo e

em cena existe uma timidez que bloqueia a

fala.

A turma começa a expor suas ideias para o

coletivo e em cena o tom de voz ainda é baixo

e por vezes quase inaudível.

Turmas Flutuantes

A turma expor suas ideias para o coletivo e

em cena o tom de voz ainda é baixo e por

vezes quase inaudível.

A turma expôe e debate suas ideias

coletivamente, sugere temas e assuntos

relevantes para reflexões em sala de aula. Em

cena o tom de voz passa a ser audível.

Turmas Continuas

A turma expôe e debate suas ideias

coletivamente, sugere temas e assuntos

relevantes para reflexões em sala de aula. Em

cena o tom de voz é audível.

A turma expôe e debate suas ideias

coletivamente, sugere temas e assuntos

relevantes para reflexões em sala de aula. Em

cena a voz é bastante audível e os aprendizes

são capazes de de criar com voz diferentes

entonações, inteçoes, sotaques, musicalidade

e etc.

Expressão Corporal

Turmas Iniciantes

A turma tem dificuldade em usar o corpo e

sair do lugar comum. Os gestos são bastate

óbvios e i lustrativos.

A turma começa a explorar as possibilidades

expressivas do corpo, mas os gestos ainda

são ilustrativos, normalmente ressaltando a

fala.

Turmas Flutuantes

A turma começa a explorar as possibilidades

expressivas do corpo, mas os gestos ainda

são ilustrativos, normalmente ressaltando a

fala.

A turma começa a util izar o o corpo de forma

criativa se apropriando de suas

possibilidades expressivas.

Turmas Continuas

A turma começa a util izar o o corpo de forma

criativa se apropriando de suas

possibilidades expressivas.

A turma usa o corpo de forma criativa,

usando suas possibilidades expressivas

fugindo do óbvio e incorporando na prática

os elementos técnicos estudados ao longo

dos anos.

4º INDICADOR: IMPACTOS DAS ATIVIDADES EXTERNAS

Dentro da metodologia pedagógica dos ateliês de criação estão previstas uma série de

saídas culturais, ou seja, atividades externas (espetáculos, performances, intervenções,

mostras e exposições) que compõe o processo de formação dos aprendizes.

Após o desenvolvimento das atividades externas, os educadores realizam um diálogo

com os aprendizes, no intuito de colher as opiniões e impressões. Tais diálogos orientam a

avaliação deste indicador. Nele, o educador identifica, dentro das respostas abaixo, os

impactos que surgiram na turma.

Percepções - impactos das atividades externas no desenvolvimento dos aprendizes

1 Assimilam o que veem com o que aprendem no ateliê

2 Compreensão da complexidade que envolve uma produção artística (espetáculo, mostra,

exposição)

3 Ampliação do repertório Cultural

4 Melhora na atenção e dedicação no ateliê

5 Desperta a curiosidade e o maior interesse nas atividades artísticas

6 Empolgação, sensação "boa" de novidade

7 Visitar esses espaços culturais era visto antes como algo inatingível

8 Querem experimentar a sensação do fazer artístico.

9 Sensação de pertencimento a cidade, compreensão de outros territórios que não só aquele onde

vivem

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3. Considerações finais

O conteúdo explicitado neste trabalho consiste em uma ação em desenvolvimento e que

possivelmente será aperfeiçoada ao longo do tempo. Isso se deve pelo fato de que a avaliação

de um projeto cultural como o Programa Fábricas de Cultura deve ser adaptável,

transformando-se para atender as características vigentes.

Caso aprovado, em sua participação no IV Seminário Internacional de Políticas Culturais,

a equipe responsável pelas atividades de formação cultural e sua respectiva avaliação, poderá

apresentar o que foi obtido no processo de avaliação deste primeiro semestre. Já que os

resultados serão publicados em agosto de 2013.