O CRESCIMENTO DA ENERGIA SOLAR

E SEU IMPACTO PELO MUNDO

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INTRODUÇÃO

O sol é uma fonte inesgotável de energia. Não é a toa que a luz solar está presente em tantas reações químicas que promovem e sustentam a vida no planeta. A energia solar serve para aquecer, iluminar e até alimentar, já que a luz é a fonte principal da fotossíntese e as plantas, por sua vez, a base da cadeia alimentar. Para quem duvida da força dos raios solares, basta realizar um experimento simples utilizando apenas uma lupa e uma folha de papel. Ao colocar a luz do sol através da lupa, ocorre a concentração dos raios solares, o que acabará promovendo a queima do papel. Embora a energia solar e seu poder já sejam conhecidos há bastante tempo, a produção de eletricidade utilizando o sol como fonte de energia é uma descoberta relativamente recente e tem suas origens em meados do século passado. A energia solar poder ser aproveitada hoje de duas maneiras: (i) para aquecer água e (ii) para gerar energia elétrica. Para o aquecimento de água são utilizados coletores solares, uma tecnologia relativamente simples, que utiliza o calor do sol para esquentar a água que circula por canos que ficam debaixo de um painel escuro. Já para gerar energia elétrica, são utilizadas duas tecnologias distintas: a geração termossolar, que utiliza o mesmo princípio de aquecimento de um fluido, que por sua vez irá

trocar calor com a água e gerar vapor para acionar turbinas elétricas; e os painéis fotovoltaicos, uma tecnologia muito mais refinada que, depois de anos de aperfeiçoamento, tjá é uma realidade em todo o mundo. Essas tecnologias que envolvem o uso da energia solar para a geração de energia elétrica são quase inexpressivas na matriz energética mundial, porém este cenário tende a mudar. Dentre os inúmeros benefícios proporcionados pela energia solar, podemos destacar principalmente o fato dela ser um tipo de energia renovável, que não agride o planeta com gases do efeito estufa ou provoca quaisquer impactos significativos ao meio ambiente. Quando comparada a outras fontes de energia, a fonte solar é considerada uma das mais sustentáveis. Das tecnologias apresentadas para o uso da energia solar, os painéis fotovoltaicos são os que demonstram maior potencial de utilização pela população mundial. Além de ser de fácil instalação, essa tecnologia é praticamente uma fonte autônoma de eletricidade, que pode ser instalada em qualquer lugar, mesmo em locais considerados remotos e de difícil acesso. O Brasil e o mundo vêm acompanhando a evolução do uso da energia solar como uma fonte renovável e limpa, introduzindo cada vez mais soluções para o seu aproveitamento, seja

através das mudanças na regulamentação, seja através dos subsídios a programas e projetos que favorecem o uso desse tipo de energia. Nesse e-book iremos abordar os principais aspectos relativos à energia solar e suas formas de aproveitamento, explorando seus impactos na economia, no meio ambiente e, obviamente, na vida das pessoas. Se você está interessado em aprender um pouco mais sobre as formas de se aproveitar esse tipo de energia e entender como ela pode estar próxima do seu cotidiano, esse e-book é para você! Para compreender essa revolução solar que começa a crescer no âmbito energético, basta continuar a leitura.

Bom proveito!

- Equipe ENGIE Geração Solar Distribuída

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CAPÍTULO 1 O sol e a economia

O aproveitamento da energia solar passa por diferentes fases no Brasil e no mundo. Para explorarmos estes cenários, ao longo desse capítulo iremos tratar de que forma o uso da energia solar

vem crescendo e se popularizando em diferentes partes do planeta, e como ela vem se mostrando uma alternativa viável e sustentável

para uma economia de baixo carbono.

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MUNDO

Segundo os dados da Solar Power Europe, em 2015, a fonte solar representava 1% de toda a energia produzida no mundo. No entanto, o uso de tecnologias que utilizam como matéria-prima a energia solar cresce de forma significativa, especialmente quando se trata da tecnologia utilizando painéis fotovoltaicos. Como ocorre com grande parte da difusão de inovações, o crescimento da energia solar se deu especialmente em razão dos subsídios oferecidos pelos governos dos países europeus, com destaque para a Alemanha. Desde 2000, o governo alemão oferece incentivos para quem instala estes painéis, e quem produz a própria energia ainda pode vender o excedente para a rede elétrica, por preços bem competitivos. Mesmo com baixos índices de irradiação, os subsídios possibilitaram a redução contínua do custo da tecnologia, permitindo uma enorme difusão e tornando os alemães precursores da geração distribuída com tecnologia solar fotovoltaica. Em números, isso representa hoje mais de 1,53 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados - cerca de 4% das casas alemãs possuem um sistema fotovoltaico. Com a redução dos incentivos devido à crise econômica da Europa e uma retração generalizada em setores da indústria, o processo de crescimento das instalações diminuiu, fazendo com que a Ásia e especialmente a China

passassem a liderar o mercado de geração solar fotovoltaica. Hoje, o aproveitamento da energia solar nestes países é crescente e aumenta progressivamente. Fora da Europa, a Austrália e os Estados Uni-dos merecem destaque no mercado de geração distribuída. A Austrália é hoje uma das líderes mundiais em instalações fotovoltaicas com mais de 1,5 milhões de residências com sistemas instalados. Em números absolutos, há um painel para cada habitante no país. 18% das casas possuem um sistema instalado, chegando a mais de 50% em algumas áreas urbanas. Além de disponibilidade de área e elevados níveis de irradiação, a Austrália conta com incentivos dos governos estadual e federal para alavancar a difusão da energia solar. Já no caso dos EUA, apesar de uma difusão tardia em relação à Alemanha, já há mais de 1 milhão de residências com sistema fotovoltaico instalado, com capacidade instalada dobrando ano a ano. Em termos gerais, 25% da capacidade instalada por ano de energia fotovoltaica nos EUA é voltada para residências e comércios.

Na Califórnia, por exemplo, um dos estados mais avançados na difusão da tecnologia fotovol-taica,, a cada 100 casas, 3 possuem esse sistema,

enquanto no país, a proporção fica em 1 sistema para cada 200 casas. Destaca-se também que nos Estados Unidos, outro aspecto favorável para o desenvolvimento de sistemas de energia solar está relacionado aos incentivos estaduais e a criação de créditos que fiscais que representam descontos de até 30% no valor do investimento, potencializando o comércio e alavancando o interesse econômico no âmbito individual.

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BRASIL

O Brasil possui uma posição geográfica privilegiada em termos de geração de energia so-lar. Por ser um país localizado na região intertropical de nosso planeta, Por ser um país localizado na região intertropical de nosso planeta, ao longo do território pode ser identificado um “cinturão do sol”, Onde a incidência dos raios solares é mais vertical, proporcionando elevados índices de irradiação e, consequentemente, um melhor aproveitamento para a geração de energia. Para se ter ideia deste enorme potencial, o local com menor irradiação no Brasil é 20% mais ensolarado que o local mais ensolarado da Alemanha, onde a energia solar é uma realidade há tempos. Além disso, o fato de estar localizado entre os trópicos faz com que o Brasil conte com baixa variação da incidência dos raios solares, o que significa que, independentemente da estação do ano, o território brasileiro conta com bons níveis de irradiação. Apesar de privilegiado no que se refere ao potencial solar energético, o Brasil ainda tem muito o que crescer e evoluir para incluir de forma significativa e expressiva a energia solar em sua matriz energética. Embora, aos poucos, a regulamentação venha apresentando mudanças e sinalizando um futuro promissor, ainda faltam incentivos e conhecimento por parte da

população. Apenas para se ter uma ideia, o Brasil conta hoje com cerca de 4000 sistemas fotovoltaicos instalados, um número bastante reduzido quando levamos em consideração o potencial energético da irradiação existente e comparamos com a realidade de outros países do mundo, mas que vem crescendo a passos largos: em 2016, o número de sistemas instalados cresceu 150%, mais que dobrando o volume de geração distribuída no país.

...Para se ter ideia deste enorme potencial, o local com menor irradiação no Brasil é 20% mais ensolarado que o local mais ensolarado da Alemanha, onde a energia solar é uma realidade há tempos.

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Mesmo com tanto sol, o Brasil está apenas começando a utilizar seu potencial para energia solar. Em 2014, começaram os primeiros leilões de energia solar no Brasil, tendo contratado até agora quase 3 GW de capacidade instalada, equivalente à aprox. 16% da capacidade vendida nos leilões mais recentes de energia. Já em geração distribuída, como comentamos, apenas cerca de 4 mil instalações foram realizadas, o que possivelmente representa menos de 0,5% do número de instalações que se esperam para o futuro. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia responsável por estudos do setor elétrico, se todo o potencial de energia gerada apenas por sistemas fotovoltaicos fosse aproveitado pelas residências brasileiras, seria possível produzir energia para abastecer duas vezes o atual consumo residencial do país. Se este aproveitamento fosse de fato explorado, estudos apontam que a economia brasileira poderia contar com a geração de 4 milhões de novos postos de trabalho diretos e indiretos, injetando mais de R$ 500 bilhões na economia brasileira até 2030.

CONSUMO E ECONOMIA

...se todo o potencial de energia gerada apenas por sistemas fotovoltaicos fosse aproveitado pelas residências brasileiras, seria possível produzir energia para abastecer duas vezes o atual consumo residencial do país.

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CAPÍTULO 2 O sol e o meio ambiente

Em um país privilegiado pela incidência dos raios solares, como é o caso do Brasil, optar pela fonte de energia solar representa inúmeros benefícios, não apenas do ponto de vista econômico,

mas também social e ambiental.

Nesse capítulo, vamos apresentar quais são os aspectos ambientais relevantes da energia solar, tratando dos impactos positivos que

envolvem o planejamento e, especialmente, a utilização de sistemas fotovoltaicos, capazes de auxiliar na consolidação e expansão dessa

fonte de energia no Brasil.

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2.1 BENEFÍCIOS

Como já mencionamos, o aproveitamento so-lar para a geração de energia não provoca a emissão de poluentes, tampouco de gases do efeito estufa, o que significa que essa fonte pode ser considerada limpa e não contribui para a potencialização dos impactos negativos promovidos pelas mudanças climáticas. A energia solar, portanto, pode ser utilizada como alternativa às fontes de energia a base de combustíveis fósseis, possibilitando a diversificação da matriz energética. A energia solar também possui uma grande flexibilidade quando se trata da instalação das unidades geradoras, o que favorece a ampliação da gama de aplicações. É possível instalar painéis de geração fotovoltaica em diversos locais, principalmente aproveitando instalações preexistentes, como é o caso de telhados, fachadas e edificações. Já as usinas fotovoltaicas de grande porte e as usinas termossolares ficam localizadas em locais com grande incidência de irradiação solar, geralmente longe dos centros urbanos e livres de qualquer conflito para o uso do solo. Como na geração distribuída os sistemas foto-voltaicos são descentralizados e independentes, possibilitam que a instalação possa ser feita em áreas isoladas ou de difícil acesso, levando energia mesmo à comunidades e populações de

áreas remotas. Além disso, eles poupam os impactos ambientais decorrentes da instalação de linhas de transmissão, bem como evitam as perdas associadas à própria transmissão de energia. A energia solar não oferece riscos à saúde humana, tampouco impacta negativamente a fauna e a flora, como é o caso de usinas térmicas, por exemplo. Em termos de benefícios socioeconômicos, a energia solar permite a geração de empregos e renda, especialmente em regiões de baixo desenvolvimento econômico. Por fim, outro benefício que devemos destacar é o fato de que a energia solar estimula a investigação de novas tecnologias que irão garantir um melhor aproveitamento dos recursos energéticos no futuro.

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CAPÍTULO 3O sol e as pessoas

O uso da energia solar já é uma realidade e não apenas uma promessa para um futuro distante. Neste sentido, a regulamentação

pelos órgãos responsáveis vem avançando, proporcionando facilidades e benefícios para quem quer ser um microgerador, ou seja, gerador de sua própria energia elétrica a partir do sol. Da

mesma forma, projetos vêm se multiplicando para gerar oportunidades a comunidades de baixa renda que podem se

beneficiar com uma energia sustentável e limpa.

Para você saber mais como a energia do sol impacta a vida de tantas pessoas e transforma realidades em todo o planeta, nesse capítulo falaremos um pouco sobre o aproveitamento da energia

solar pelo indivíduo e pelo coletivo.

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3.1 A ENERGIA SOLAR

E O INDIVÍDUO

Apesar de já termos comentado nos capítulos anteriores, você já sabia que pode utilizar o próprio telhado para gerar energia solar e assim reduzir drasticamente os custos da sua conta de luz? Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabeleceu regras específicas para a microgeração e a minigeração distribuída de energia solar por particulares. A Resolução Normativa n.º 482 foi o primeiro ato regulatório a permitir o sistema de compensação, onde a energia produzida por painéis fotovoltaicos instalados em telhados gera créditos que podem ser compensados, abatendo assim os custos da conta de luz. Esse sistema de compensação é conhecido mundialmente como net-metering.

Em novembro do ano passado, no entanto, essa norma foi revisada através da Resolução Normativa n.º 687. que está vigente desde novembro do ano passado. Essa nova Resolução trouxe mais alguns incentivos para o desenvolvimento de sistemas de geração de energia solar, que futuramente iremos explorar em nossos e-books. Ainda é cedo para analisarmos os impactos que esta alteração normativa provocará na ger-ação distribuída no Brasil. No entanto, segundo as estimativas da ANEEL, até 2024 cerca de 1,2 milhões de unidades consumidoras deverão

estar produzindo sua própria energia a partir da fonte solar. As mudanças estabelecidas pela nova Res-olução da ANEEL trazem facilidades e incenti-vos para que mais pessoas passem a produzir a própria energia no Brasil e, assim, tenham maior controle e economia nos seus gastos com energia elétrica. Embora o uso da energia solar fotovoltaica seja muito comum em outros países do mundo e esteja regulamentada no Brasil há mais de três anos, ainda é grande o desconhecimento acerca do uso da energia solar como fonte de geração própria de energia. Segundo uma pesquisa promovida pelo Greenpeace e a Market Analysis em 2013, estima-se que a cada 10 brasileiros, apenas 3 conhecem as reais possibilidades de se gerar a própria energia.

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE COMPENSAÇÃO?

O modelo de geração de energia elétrica distribuída no Brasil é o chamado “Sistema de Compensação de Energia”, ou net-metering, como falamos anteriormente. Através desse modelo, os proprietários de sistemas fotovoltaicos podem gerar mais energia do que estiverem consumindo. Neste caso, a energia automaticamente é injetada na rede elétrica, gerando créditos para o proprietário. Esses créditos, por sua vez, serão utilizados nos momentos em que houver pouca ou nenhuma geração, como durante à noite ou em períodos de chuva. Embora a regulamentação desse sistema esteja válida desde 2012, algumas questões legais e práticas acabavam atrapalhando o indivíduo que tivesse interesse em gerar energia solar. Com a nova Resolução da ANEEL de 2015, algumas dessas questões foram solucionadas, promovendo alguns benefícios como os citados à seguir.

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REDUÇÃO DA BUROCRACIA

O processo para se registrar no sistema de compensação como um microgerador de energia junto às companhias de energia elétrica demorava cerca de 90 dias ou mais. Com a nova Resolução da ANEEL, houve uma simplificação do processo, permitindo que o prazo fosse reduzido para 34 dias. Agora não existe mais o vai e volta de documentos que acabava atravancando o andamento do processo.

MAIS TEMPO PARA USAR OS CRÉDITOS Outro benefício foi o aumento do período de utilização dos créditos de compensação de energia. Antes, esse período era apenas de 36 meses e, agora, o consumidor que é gerador de energia solar pode utilizar seus créditos por um período de até 60 meses depois que tiverem sido gerados.

GERAÇÃO COMPARTILHADA Antes da nova Resolução, quem gerava energia solar podia compensar os créditos excedentes apenas em locais com o mesmo CPF ou o mesmo CNPJ. Agora, com a nova Resolução, é possível transferir e compensar os créditos em

outras unidades consumidoras, bastando que seja comprovado o vínculo com o gerador.

Esse vínculo pode ser resultado de uma união de consumidores através de um consórcio, por exemplo, ou através de cooperativas que reúnem pessoas ou empresas. O crédito de energia agora pode ser transferido para terceiros, sejam eles amigos, parentes, associações, cooperativas, instituições de caridade entre outros. Para tanto, é necessária a formalização desse vínculo.

EDIFÍCIOS COM MÚLTIPLAS UNIDADES CONSUMIDORAS

Outra mudança bem interessante promovida pela nova Resolução é a possibilidade de repartir os créditos gerados em condomínios verticais e horizontais. Para isso, é necessário que fiquem definidos percentuais de compensação para cada unidade (apartamento ou casa) Para esses casos, as quotas de créditos serão abatidas individualmente de cada condômino. Também é possível, por exemplo, que no caso de prédios o abatimento seja feito diretamente na conta do condomínio, reduzindo o consumo de áreas comuns.

AUTOCONSUMO REMOTO Apesar de ser uma possibilidade antiga, a nova Resolução da ANEEL formalizou a possib-ilidade do gerador de energia utilizar áreas re-motas e distantes do ponto de consumo para in-stalar seu sistema fotovoltaico. Isso faz com que prédios comerciais, apartamentos, empresas, supermercados ou até lojas de shopping centers que não possuem telhados para a instalação solar possam ser beneficiados com créditos de compensação. Até imóveis alugados podem se beneficiar com esse novo sistema.

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OUTROS INCENTIVOS Certamente a Resolução 687 da ANEEL traz inúmeros incentivos para quem quer ser um microgerador. No entanto, ainda faltam políticas públicas que possam contribuir para uma disseminação ainda maior do uso da energia solar. Algumas medidas como o estabelecimento de linhas de crédito específicas que auxiliem no financiamento de sistemas fotovoltaicos; a possibilidade de utilização dos recursos do FGTS para a aquisição e instalação desses sistemas e até a tributação diferenciada ou o uso de incentivos fiscais são medidas que vêm sendo discutidas e poderão alavancar a adoção do uso de energia solar fotovoltaica por mais pessoas.

Apesar dos avanços regulatórios, até recentemente um dos maiores entraves à difusão da geração solar distribuída era a incidência de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a energia injetada na rede. Esta tributação ocorre quando são gerados créditos: o microgerador injeta energia na rede, porém quando vai utilizá-la depois, paga o ICMS incidente sobre esta parcela de energia. Entretanto, o Convênio 16 do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária), de 2015, autoriza os estados da união à concederem isenção de ICMS sobre a parcela de energia que é injetada na rede. Até o momento, 20 estados

LITROS DE LUZ Uma garrafa pet preenchida com água sani-tária e água. Quem diria que essa estranha combinação daria origem à “luz engarrafada” e se tornaria parte de um projeto maior chamado “Litros de Luz”?

Em 2002, em meio a uma crise energética, o pedreiro brasileiro Alfredo Moser descobriu que poderia amplificar a luz solar dentro de ambientes utilizando apenas uma garrafa pet preenchida com água e água sanitária.

A ideia chamou a atenção do filipino Illac Diaz, criador da fundação My Shelter, que desen-volve projetos sustentáveis de baixo custo, e viu na solução proposta mais uma alternativa para iluminar a casa de famílias de baixa renda. Foi aí que surgiu o projeto “A liter of light”, que traduzido do inglês significa “Litros de Luz”.

O projeto, além de utilizar a técnica da “luz engarrafada” para fazer luzes diurnas, utiliza painéis fotovoltaicos para construir postes de luz em comunidades, além de instalá-los em moradias de baixa renda. Todo o projeto é baseado na difusão de técnicas que utilizam a luz solar como principal fonte de geração de energia.

e o Distrito Federal já aderiram ao convênio, contribuindo para o aumento da economia proporcionada pela geração fotovoltaica. A tendência é que ao longo ainda deste ano o restante dos estados passe também a isentar a cobrança de ICMS para a microgeração.

3.2 A ENERGIA SOLAR

E O COLETIVO

Como mostramos ao longo deste e-book, a energia solar é uma fonte comprovadamente possível e rentável de energia, que praticamente não causa impactos negativos ao meio ambiente. Muitos projetos vêm disseminando o uso da energia solar em locais e comunidades onde o abastecimento pela rede pública de eletricidade não ocorre. Além de proporcionar segurança de suprimento de energia, comodidade e esperança à estas comunidades, esses projetos capacitam multiplicadores que promovem o uso da energia solar como uma fonte de ótimas ideias!

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MULTIPLICADORES SOLARES Em 2015, o Greenpeace criou o projeto “Multiplicadores Solares” com o objetivo de treinar e capacitar jovens lideranças para participarem da instalação de sistemas fotovoltaicos em duas escolas públicas. Uma dessas escolas ficaria localizada em São Paulo, capital, e a outra em Uberlândia, Minas Gerais. Além disso, o projeto visa capacitar outros jovens para que sistemas fotovoltaicos sejam instalados em locais onde o acesso à energia solar ainda é escasso. O projeto ainda está em fase de implementação, mas alguns painéis fotovoltaicos já foram instalados, como no caso da Escola Municipal Milton Porto, que chegou a economizar cerca de R$ 15 mil com gastos em energia.

inteligência na hora de buscar alternativas para o uso mais eficiente de energia, principalmente através da energia solar, uma fonte que promove a economia no consumo de energia e reduz os danos ao meio ambiente. Agora, só faltam incentivos e informações para que esta fonte seja mais explorada por aqui.

CONCLUSÃO

A energia solar representa hoje para o Brasil e para o mundo, uma das fontes mais limpas e sustentáveis de geração de energia elétrica. Embora a aplicação da energia solar para esta finalidade não seja uma novidade, a exploração e a construção de estruturas que utilizem essa fonte de forma economicamente viável é algo ainda relativamente novo.

A energia solar traz uma nova concepção para a matriz energética, afastando o planeta dos efeitos nocivos do efeito estufa e das mudanças climáticas. Nesse e-book, procuramos explorar como a energia solar vem sendo utilizada e, mais do que isso, de que forma ela esta impactando a economia, o meio ambiente e também a vida das pessoas. No Brasil, uma nova regulamentação trazida pela ANEEL promete tornar mais fácil a vida de quem pretende se tornar um microgerador. Projetos sociais que aproveitam a autonomia desse tipo de fonte energética também estão explorando os benefícios da energia solar para levar o desenvolvimento a áreas remotas e populações desfavorecidas, especialmente de infraestrutura elétrica. Os brasileiros vêm mostrando interesse em

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Sobre a ENGIE

A ENGIE é hoje a maior produtora independente de energia do mundo, com mais de 150.000 colaboradores espalhados por 70 países. Em abril de 2016, a ENGIE ingressou no mercado brasileiro de geração solar distribuída através de uma joint-venture, unindo-se a Araxá Solar, referência nacional em energia solar, para dar origem a ENGIE Geração Solar Distribuída. Nossos negócios são desenvolvidos a partir de um modelo de crescimento sustentável, onde buscamos enfrentar os maiores desafios de uma transição energética que prioriza um modelo econômico de baixo carbono. Nossa missão consiste em garantir o acesso à energia sustentável, promover a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, garantir a segurança no suprimento de energia e, acima de tudo, proporcionar o uso racional dos recursos naturais. A ENGIE Solar simplifica a energia fotovoltaica, oferecendo serviços completos de engenharia, seleção de equipamentos e instalação para a entrega do sistema em operação. Nossos clientes experimentam um processo de implantação coordenado, enquanto nossa equipe gerencia todos os aspectos do projeto, entregando um sistema completo e inteiramente integrado ao local de instalação. A ENGIE Solar atua em todo Brasil e já realizou instalações em mais de 15 estados brasileiros. Sua sede fica localizada na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, com escritórios em Campinas/SP, Rio de Janeiro/RJ e Goiânia/GO. Hoje, oferecemos uma solução completa de sistemas fotovoltaicos aos nossos clientes: desde o Estudo de Viabilidade até a Assistência Técnica, realizando todos os procedimentos necessários para a entrega do sistema em pleno funcionamento. Trabalhamos com os principais líderes do segmento no mercado mundial, possuindo a mais alta tecnologia em referência de módulos fotovoltaicos no mundo. Todos os nossos equipamentos contam com o certificado A no INMETRO.

N ó s a g ra d e c e m o s s e v o c ê f i c o u c o n o s c o a t é a q u i e e s p e ra m o s q u e o c o n t e ú d o d e s s e e - b o o k t e n h a s i d o ú t i l p a ra v o c ê . G o s t o u d e s a b e r u m p o u c o m a i s s o b r e o s u s o s e o s b e n e f í c i o s d a e n e r g i a s o l a r ? E n t ã o , q u e t a l c o m p a r t i l h a r e s s e e - b o o k e a j u d a r m a i s p e s s o a s a c o n h e c e r e m a s va n t a -g e n s e a fa c i l i d a d e e m g e ra r e s s e t i p o d e e n e r g i a t o t a l m e n t e r e n o vá v e l e l i m p a ?

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