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O conceito de Solução Assistiva: para além da tecnologia Prof. Liliana M. Passerino

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O conceito de Solução Assistiva: para além da tecnologia

Prof. Liliana M. Passerino

Sociedade ... normalidade e estigma

• A sociedade estabelece meios para categorizar pessoas com um total de atributos considerados comuns ou naturais para os membros dessas categorias.

• Esses atributos definem a Identidade Social

• E esta, permite estabelecer rotinas de relação socialprevistas (preconcebidas)

• Papéis Sociais ou Posições

• Expectativas Normativas

Identidade Social : real e virtual

IDENTIDADE SOCIAL VIRTUAL

OK

IDENTIDADE SOCIAL REAL

ESTIGMA

IDENTIDADE SOCIAL REAL

Estigma

Para Goffman(1988) estigma é um rótulo ou

carimbo que uma pessoa ou grupo aplica sobre

outra pessoa ou grupo .... Um estigma é ... um tipo

especial de relação entre atributo e estereótipo (p. 13)

Tipos de Estigma:

Físico

Caráter individual

Cultural

O estigma manifesta-se nas interações sociais e está

vinculado com preconceito e discriminação;

A inclusão de Pessoas com Deficiência

Mitos e “mídia”;

Desconhecimento;

Prevalência da visão clínica;

Ênfase na adaptação do sujeito ao ambiente;

Utopia - Inclusão

A inclusão é utopia porque é processo colaborativo;

A inclusão é utopia porque almeja um futuro sonhado

A inclusão é utopia porque é inacabada e incompleta

A inclusão habita nos “entres” em espaços não construídos

O início do processo … uma utopia possível?

• Atitudes : predisposições psicológicas frente a um objeto, evento, fenômeno ou sujeito(s)

FAVORÁVEL DESFAVORÁVEL

GRAU DE ATITUDE

Pena vitimização Depreciação exclusão

As atitudes que temos frente a uma pessoa estigmatizada levam à exclusão

Deficiência Primária e Secundária

• Deficiência Primária vincula-se a prejuízo ou deficit na funcionalidade;

• Deficiência Secundária é a falha com relação às expectativas de posição social (identidade);

Deficiência Primária e Secundária

• Deficiência Secundária decorre da impossibilidade de atender as expectativas sociais vinculadas à identidade virtual;

Deficiência (Vygotsky)

A deficiência não é apenas um

deficit isolado, mas uma

reorganização da estrutura

psicológica do sujeito;

Que oferece por um lado

limitações (deficiências) e por

outro possibilidades

(desenvolvimento);

Ideias de Vygotsky sobre Deficiência

lei de desenvolvimento geral

lei de desenvolvimento geral

Abordagem compensatória que leva em conta:

Gravidade da dificuldade;

Eficiência da estratégia pedagógica utilizada para superar o problema

A deficiência é ponto de partida para o desenvolvimento - NÃO o de chegada;

A compensação social deve ser orientada a criar novas possibilidades de desenvolvimento;

Existem limitações na compensação, do contexto e dos sujeitos;

(p.32) é necessário criar instrumentos culturais

especiais, adaptados à estrutura psicológica desta

criança, ou então, dominar as formas culturais

gerais com ajuda de procedimentos pedagógicos

especiais, porque a condição primordial e decisiva

para o desenvolvimento cultural (uso de

instrumentos psicológicos) está preservada nestas

crianças

Tradução livre (Vygtosky, Defectologia, Tomo 5, Obras Escogidas)

Mede em termos de

incapacidade,

impossibilidade

Visão

Quantitativa

Visão

Qualitativa

Analisa a deficiência Primária + potencialidades do indivíduo

Considera as condições sociais que provocam a deficiência secundária

Deficiência

Psicologia Social Soviética

Cada indivíduo se constitui como tal nas relações com os outros e na apropriação da realidade criada pelas gerações anteriores (cultura).A apropriação acontece através do uso e criação de instrumentos e signos em práticas culturais.

Processo de desenvolvimento

A linha individual de desenvolvimento é a linha biológica que desenvolve sem influência direta de outras pessoas ou artefatos;

A linha cultural é o desenvolvimento do sujeito na interação com os outros através de um processo de mediação

Interação

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

MEDIAÇÃO

BASE BIOLÓGICA +

CULTURAINDIVÍDUO

ESPAÇO

SÓCIO-HISTÓRICO

Mediação

Mediação é um processo dinâmico, no qual intervém ferramentas e signos numa açãopossibilitando o desenvolvimento dos Processos Psicológicos através da internalização/apropriação.

Interação social é fundamental no processo de mediação

Interação Social

Segundo a Teoria Sócio-Histórica é:

elemento propulsor do desenvolvimento;

base para a cognição do sujeito;

Pode ser definida como:

Ação conjunta e interdependente que Age sobre os sujeitos e sobre contexto no qual se desenvolve;

Instrumentos e Signos

INSTRUMENTOS

SIGNOS

Instrumentos Psicológicos: signos

Os signos são:

Intersubjetivos porque são socialmente compartilhados. incorporam as várias formas de interpretar intersubjetivamente o mundo que se acumularam numa cultura ao longo da sua história.

Perspectivos porque sua aprendizagem é feita a partir da perspectiva do outro, o que permite que o mesmo símbolo possa ser utilizado desde perspectivas diferentes.

Lei Geral do Desenvolvimento

Todo PPS aparece duas vezes no desenvolvimento

No plano social (inter-pessoal)

No plano individual (intra-pessoal)

O desenvolvimento acontece numa espiral, passando por um mesmo ponto a cada nova revolução, enquanto avança para um nível superior. (p.74)

Atenção ConjuntaEssa apropriação como domínio sobre instrumentos e signos é construído na interação social

Principalmente na participação de interações triádicas denominadas de atenção conjunta

OBJETO

SUJEITO ASUJEITO B

CONTEXTO DE INTERAÇÃO

Tomasello (2005)

AÇÃOMEDIADORA

CONTROLE

AUTOCONTROLE

(categorias)

AUTOREGULAÇÃO

INTERNALIZAÇÃO

ZDP

Ação Mediadora

Zona de Desenvolvimento Proximal

O espaço sócio-histórico no qual acontece a transformação do processo de regulação para auto-regulação é o que Vygotsky(1998) denominou de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP).

ZDP

"...é a distância entre o nível dedesenvolvimento real que secostuma determinar atravésda solução independente deproblemas,

e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes"

(VYGOTSKY, 1998, p. 112).

[...] dentro da ZDP a criança não é simples receptora passiva do ensino do adulto, nem o adulto é simplesmente um modelo de conduta bem sucedido, experimentado.

A díada formada pelo adulto e a

criança iniciam uma atividade

conjunta de resolução de um

problema no qual ambos

compartilham conhecimentos e

responsabilidade pela tarefa. (DIAZ

et alli, 1993, p.169)

Processo de Inclusão

É um processo eminentemente social perpassa por todas as dimensões da vida em sociedade

permanente, embora não constante, na vida dos sujeitos

Acessibilidade Física, Tecnologia

Assistiva: o que mais?

• Mudanças estruturais são necessárias mas não é

suficiente!!!!!

• Nem sempre a eliminação de barreiras é

suficiente para o processo de inclusão;

Lugar

• Segundo Tuan (1983) espaços se tornam

lugares quando permitem que a pessoa

desenvolva afetividade e sentimento de

pertencimento.

• O Lugar não é um momento único, mas um

processo que relaciona-se com a identidade e a

identificação com o espaço;

Construção de Lugares

• Um processo longo e participativo;

• Precisa pensar espaços de convívio e com possibilidade de escolhas;

• Possibilitar as trocas e significações;

Lembrando que a tecnologia é um possível elemento, mas não o central

Filogeneticamente ....

A tecnologia foi um elemento propulsor do desenvolvimento humano enquanto espécie

De acordo com Bunge (1999) uma inovação técnica age sobre a sociedade direta ou indiretamente, mas a intensidade do impacto social dependem de vários outros fatores como originalidade, utilidade, custo, facilidade de uso (userfriendly), capacidade aquisitiva e nível educacional da população.

Não há tecnologia “externa” introduzida para “dentro”

“a tecnologia encontra-se entrelaçada de maneira complexa nos sistemas e processos sociais”

(Warschauer, 2003,p.23)

Tecnologia como signos

Tecnologias como Ferramentas mentais (minds tool) agem mais sobre os próprios sujeitos que sobre objetos (JONASSEN, 1999).

MEDIAÇÃO

Tecnolo

gia

s c

om

o

media

dora

s

Modificam a ação

quantitativamente;

Ao permitir fazer mais com

menos esforço;

Modificam a ação

qualitativamente;

Ao se incorporar dentro da

ação de forma que é a

atividade é CONFIGURADA

pela ferramenta e seu uso se

incorpora à cultura alterando

QUALITATIVAMENTE o

pensamento (COGNIÇÃO) e o

desenvolvimento humano;

Nossa premissa

As tecnologias nos permitem visualizar, conhecer e experimentar fenômenos de formas diferentes representando o conhecimento desde perspectivas diferenciadas, mas sempre num contexto social

Nossa premissa...

- Processo não linear;

– difícil de ser percebido numa concepção de mundo causa-efeito.

- As tecnologias proporcionam formas de acesso diversificada e ajustável às necessidades e condições;

- Mas existem limitações e condicionantes que configuram essa ação com tecnologia para ser considerada como processo de mediação

Jonassen, 1996

Dimensões da Mediação

Tecnológica

a)como objetos de conhecimento: na medida que contém informações consideradas relevantes pelos sujeitos mais experientes para o ensino de um domínio,

b) como instrumentos de pensamento: na medida que permitem elaborar crenças, testar hipótese, compreender fenômenos sociais, naturais, científicos ou culturais e desta forma elaborar representações mentais (modelos mentais)e

c) como elementos de uma cultura: na medida que a partir das tecnologias é possível construir um espaço de negociação com os pares, participar de práticas culturais e desenvolver atitudes, modos de pensamentos,crenças e valores construídos a partir da interação com os outros por meio das tecnologias.

A tecnologia...

Área do conhecimento que refere-se à criação, uso e conhecimento de ferramentas, técnicas, métodos e sistemas de organização ou

Aplica-se à toda atividade humana

As tecnologias são..

Parte dos contextos de interação;

Os contextos são elementos importantes e não somente o pano de fundo ... atores centrais na constituição do sujeito

A relação pessoa - contexto é mutuamente constitutiva

A tecnologia ...

Permite desenvolver as habilidades de cada pessoa visando sua autonomia;

Não deve ser considerada objeto neutro e nem “propriedade” de um indivíduo, pois sua ação é social;

Proporcionar condições para que o

sujeito possa participar, construir

significados e relações pessoais;

Não ser permanente;

Preferivelmente ser invisível ou

sendo visível acrescentar valor

ao sujeito;

A tecnologia deve ...

Tecnologias

As tecnologias :

Mediam toda ação humana;

São signos na medida que permitem

estruturar e organizar a ação humana;

são produtos e produtores de cultura;

Não se pode pensar a tecnologia

para uma pessoa, senão para

construir lugares;

Tecnologia Social

As tecnologias são representações do pensamento

humano corporificado na máquina;

Podem ser concebidas como instrumentos culturais

de adaptação de sistemas sociais

A visão sócio-histórica rompe com a concepção de

“meros recursos” de tecnologia. Passam a ser signos

por meio dos quais os sujeitos se relacionam consigo

mesmo e com o mundo;

Tecnologia Social

Pensar as tecnologias não do ponto de vista da individualidade do sujeito e sim do contexto de participação e das práticas culturais vivenciadas com a intervenção da tecnologia potencializa a tecnologia como elemento de mudança.

Tecnologia Social

As tecnologias atuariam como mediadores em dois níveis:

a) no nível das relações do sujeito com ele mesmo, considerando os aspectos estruturais e funcionais e

b) no nível das relações com outros, considerando os aspectos culturais e sociais.

Qualquer ferramenta, recurso ou

processo utilizado com a finalidade

de proporcionar uma maior

independência e autonomia à

pessoa com deficiência ou

dificuldades. É considerada

Tecnologia Assistiva, [...] (ITS,

2008, p. 26).

Tecnologias Assistivas como instrumentos de mediação

Diversificar serviços e recursos;

Atender necessidades específicas;

Permitir Acesso;Proporcionar Igualdade;Construir significados e sentidos;

Da tecnologia à construção de lugares

Na medida que as tecnologias possibilitam construir espaços de negociação e participação em práticas culturais identifica-se um processo de inclusão possível, interdisciplinar e multidimensionalno qual desenvolvimento tecnológico, intervenções e mediações pedagógicas, práticas e contextos culturais, assim como formações específicas precisam estar imbricadas num jogo de ações e reflexões que permitam que se “inventem” novas possibilidades de apropriação de tecnologias na busca de construção de lugares que propiciem a inclusão revisitando conceitos e ousando no campo teórico-metodológico.

Lugares… com outros olhares!

Diet Wiegman

Contextos

Contexto sempre situado, não ideal

Sócio-Histórico

Cenas, Propósito, Agência, Agentes, Ato

O contexto não é o espaço físico, mas também o

espaço histórico, social, psicológico e cultural de

construção de identidade e subjetivação

A relação pessoa-contexto é mutuamente

constitutiva

As (im)posibilidades dos

fenômenos complexos

É impossível falar de um fenômeno olhando somente o sujeito

É impossível falar de um fenômeno olhando somente o ambiente

É impossível falar de um fenômeno olhando somente uma parte do processo

Análise de fenômenos

complexosUm processo longo, dinâmico e participativo;

Diferentes elementos participando

AsTecnologias são ...

Como “atores” entrelaçadas nos contextos interagindo com outros elementos

Nem centro do contextoNem apêndice da pessoa

Então as tecnologias são...

Luzes e sombras compondo a paisagem

Tecnologias e Soluções Assistivas

Solução Assistiva é o processo que

se estabelece, no qual os atores

modificam as condições do ambiente

visando compensar limitações

presentes para propiciar as ações

dos participantes no contexto;

A solução não é apenas um produto

resultante de um processo de

inclusão que coloca em interação um

conjunto de elementos interligados,

mas também como produtor deste

movimento.

Soluções Assistivas

Cena

Agentes

Ato

Agencia

Propósito

TEIAS- Tecnologias na Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade

Grupo de Pesquisa TEIAS/CNPq:

http://www.ufrgs.br/teias

[email protected]

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