o campeão

2Caderno JARDIM AMANDAwww.ocampeao.com

EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Editorial Caldeirão“A força do direito deve superaro direito da força.” (Rui Barbosa)

Todos os caminhosapontam para Hortolândia

Rui Barbosa

Estamos iniciando atividade em Hortolânida e sendo bem recebidos por anunciantes que já se identifi caram com nossa pauta e nos confi aram pa-trocínios para que pudéssemos entrar em cada casa do populoso Jardim Amanda.Nossa postura é objetiva: pregar cida-dania pois acreditamos ser a educação o caminho para o futuro desse País.Este jornal não publica página policial.Fundado em Nova Odessa, ao longo de seus 13 anos de atividade O Cam-peão jamais publicou única linha uti-lizando o mote violência para ganhar visibilidade.Seja bem-vindo às nossas páginas!Estamos presentes também na vizinha Sumaré e agora estamos chegando também a Hortolândia como mais um dos milhares de empreendedores que en-xergam a oportunidade de crescer junto com essa comunidade que conseguiu se inserir entre as mais ativas do País.Como editores de conteúdo jornalísti-co, observamos que o crescimento deHortolândia chama atenção não apenas de brasileiros mas além das fronteiras e, como exemplo, em outubro passado, em Colônia, na Alemanha, Hortolân-dia foi contemplada com o prêmio pelo desenvolvimento econômico e social, sendo considerada uma das 300

Rui Barbosa de Oliveira, nasceu a 5 de novembro de 1849, Salvador, Bahia. Político e jurisconsulto, nasceu em Salva-dor, Bahia, em 5 de novembro de 1849. Bacharelou-se em 1870 pela Faculdade de Direito de São Paulo. No início da carrei-ra na Bahia, engajou-se numa campanha em defesa das eleições diretas e da aboli-ção da escravatura. Foi político relevante na República Velha, ganhando projeção internacional durante a Conferência da Paz em Haia (1907), defendendo com brilho a teoria brasileira de igualdade en-tre as nações. Eleito deputado provincial, e adiante geral, atuou na elaboração da reforma eleitoral, na reforma do ensino, emancipação dos escravos, no apoio ao federalismo e na nova Constituição. Por divergências políticas, seu programa de re-formas eleitorais que elaborou, mal pode ser iniciado, em 1891. Em 1916, desig-nado pelo então presidente Venceslau Brás, representou o Brasil centenário de independência da Argentina, discursando na Faculdade de Direito de Buenos Aires sobre o conceito jurídico de neutralidade. O discurso causaria a ruptura defi nitiva

da relações do Brasil com a Alemanha. Apesar disso, recusaria, três anos depois, o convite para chefi ar a delegação brasi-leira à Conferência de Paz em Versalhes. Com seu enorme prestígio, Rui Barbosa candidatou-se duas vezes ao cargo de Presidente da República - nas eleições de 1910, contra Hermes da Fonseca e 1919, contra Epitácio Pessoa - entretanto, foi derrotado em ambas, sendo o período durante a primeira candidatura o marco inicial e sua Campanha Civilista.

Como jornalista, escreveu para diversos jornais, principalmente para A Imprensa, Jornal do Brasil e o Diário de Notícias, jornal o qual presidia. Sua extensa biblio-grafi a recolhida em mais de 100 volumes, reúne artigos, discursos, conferências EE. questões políticas de toda uma vida. Sócio fundador da Academia Brasileira de Letras, sucedeu a Machado de Assis na presidência da casa. Sua vasta biblioteca, com mais de 50.000 títulos pertence à Fundação Casa de Rui Barbosa, localizada em sua própria antiga residência no Rio de Janeiro.

Rui Barbosa faleceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1923.

cidades mais dinâmicas do mundo, segundo estudo realizado pela Omemp (Organização Mundial dos Estados, Municípios e Províncias).Ao ditado a união faz a força, mais e mais empreendedores de todos os rincões se agregam a essa ação de cres-cimento: o executivo da Casa doAçougueiro, originário da área meta-lúrgica, com experiência de tratar com trading companies e negócios na Amé-rica Latina e na África, imaginando um novo projeto de vida, pesquisou com parcimônia em qual cidade deveria iniciar seu novo investimento – todos os verbos conjugaram: Hortolândia!E ele está feliz com sua loja instalada na saída para Sumaré.Com tantas histórias semelhantes aos pioneiros que precederam aos 200.000 habitantes dessa comuna, O Campeão também se apresenta, com a certeza de que será um arauto da paz.Há uma campanha de vacinação?Lá estaremos com nossas páginas di-vulgando a utilidade pública. Lions, Rotary e outras entidades estão encabeçando alguma campanha na cidade? Contem com O Campeão!Este jornal é para isso: um veículo modesto, porém muito orgulhoso do que faz - a serviço da comunidade.

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EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012História “A política tem a sua fonte na perversidade e nãona grandeza do espírito humano.” (Voltaire)

Em algum lugar do passadoO distrito de Hortolândia possuía 4 vereadores na Câmara Municipal de Sumaré

O processo de emancipaçãopolítico-administrativa de 1975 a 1991

Uma foto histórica, os dezenove vereadores da Câmara de Sumaré antesda emancipação de Hortolândia

Foto para a posteridade dos vereadores que compuseram a 9ª. Legislatura da Câ-mara Municipal de Sumaré, nos anos de 1989 a 1992. Foi a legislatura que mais teve vereadores: dezenove. Nas legislaturas seguintes o número foi reduzido para treze representantes. Em 2013 serão vinte e um. Vemos na foto, de pé, da esquerda para a direita: Olívio Vedovatto, Heitor Fanti-natto, Antonio Carlos Serra, Alfredo Cas-tro Ruzza, Jerônimo Francisco da Silva, João Maioral, Angelo Augusto Perugini, Alfredo Albuquerque Mangueira, José Ed-gard Raffi Kaysel, José Antonio Bacchim, Luiz Fernando de Toledo, Antonio Eucli-des Marcello e Joaquim Ferreira Gomes Neto. Sentados, na mesma ordem: Raul João Paulo, Ariosvaldo Calegari, Paulo Sciascio Neto, Antonio Meira, Ivan Car-rara e Luiz Walter Bernardo.

A 9ª. Legislatura da Câmara correspon-de ao período em que Paulino José Carrara governou a cidade. Nesse mandato acon-teceu a emancipação do distrito de Hor-tolândia. Os vereadores hortolandenses nessa legislatura eram: Jerônimo Francisco da Silva, Angelo Augusto Perugini, Anto-nio Meira e Luiz Walter Bernardo. Angelo

O início do processo de emancipação de Hortolândia teve sua origem em 1975, com a formação da Primeira Comissão Pró Emancipação, presidida por Hélio Pazinatto, com apoio total e irrestrito do então Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Sumaré, e antigo chefe da estação ferroviária Oswaldo Roncolatto, e do vereador Hor-tolândense Nelson Alexandre, dos lideres Alberto Breda (Ticão Breda), seus fi lhos Walter e Milton, tendo como Coordenador da comissão Paulo Carlos Filzek e o representante Parlamentar o Deputado Federal Góia Junior. Esta primeira tentativa foi infrutífera devi-do de Hortolândia não alcançar 5 milésimos da arrecadação estadual e também pelo Pre-sidente da República não ter dado o aval para a emancipação, que era uma prerrogativa da Lei Complementar N. 28.

Augusto Perugini acabou sendo eleito pre-feito de Hortolândia em 2004.

José Antonio Bacchim foi o segundo ve-reador desse grupo a se tornar prefeito. Só que de Sumaré. Bacchim e Perugini são do PT – Partido dos Trabalhadores.

Eram vereadores representantes do dis-trito de Nova Veneza: Olívio Vedovatto, Heitor Fantinatto, Alfredo Castro Ruzza,

José Edgard Raffi Kaysel e Ariosvaldo Ca-legari. Dessa forma, a turma que compu-nha a 9ª. Legislatura estava assim dividida entre os três distritos de Sumaré: distrito sede – 10 vereadores; distrito de Nova Ve-neza – 5 vereadores; distrito de Hortolân-dia – 4 vereadores.

Como suplentes, assumiram os traba-lhos na Câmara as seguintes pessoas: Enos

de Oliveira, Osmar Beluf e Leandro Fran-ceschini Filho.

José Edgard Raffi Kaysel é neto de José Raffi Sobrinho e fi lho de Antonio Carlos Proença Kaysel, um dos mais destacados vereadores de Sumaré na legislatura 1963-1966. Ariosvaldo Calegari foi um vereador polêmico. Suas intervenções eram folclóricas – uma delas foi a tentativa de criar uma mo-eda municipal. Faleceu durante o mandato. Alfredo Castro Ruzza é sogro de Antonio Dirceu Dalben, que foi vereador na legisla-tura seguinte (1993 a 1996) e prefeito mu-nicipal por dois mandatos (1997 a 2004). Joaquim Ferreira Gomes é fi lho de Manoel Ferreira Gomes, que ocupou uma cadeira do Legislativo como suplente, na 1ª. Legislatu-ra (1955-1958). Luiz Fernando Toledo, que chegou a disputar uma eleição como candi-dato a Prefeito, é fi lho de Luiz Mário de To-ledo, vereador em 4 legislaturas. Ivan Carra-ra, que foi presidente da Câmara, é irmão de Paulino José Carrara, prefeito desse período.

Dos 22 nomes citados, apenas três ocu-pam cargos executivos ou legislativos nos municípios de Hortolândia e Sumaré: Ange-lo Augusto Perugini, José Antonio Bacchim e Luiz Walter Bernardo.

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EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Entrevista

Almir da ACIAH: “Juntos somos fortes”O recém-eleito presidente da ACIAH responde a perguntas de comerciantes

Constituindo-se na maioria de CNPJ registrados na cidade, é uma classe empre--endedora que se instalou por conta própria no município sem os milionários incentivos oferecidos por bancos ofi ciais ou generosos afagos de isenções. Essa maioria são os co-merciantes que sonham um dia também se-rem aceitos nesse privilegiado clube.

O Campeão entrevistou o presiden-te da ACIAH - Associação Comercial e Industrial de Hortolândia. Sabendo que ninguém melhor do que o comerciante a conhecer seus anseios, este jornal solicitou a vários desses empreendedores que fi zes-sem perguntas ao presidente recém-eleito para conduzir os destinos da entidade nos próximo biênio. O presidente ALMIR JU-LIO GRIZANTE, gentilmente se pronti-fi cou a responder a todas as questões.

Pergunta de um comerciante - Existe algum projeto para incentivar e aumen-tar a porcentagem de vendas de carro na cidade, como um feirão organizado por exemplo?

ALMIR JULIO GRIZANTE - Em princípio não, mas podemos estudar pos-sibilidades de incentivo com os empresá-rios do ramo, a exemplo do feirão, desde que a atividade esteja em conformidade com a legislação. Sugerimos que o em-preendedor deste setor procure o PAE/SEBRAE (Posto de Atendimento ao Em-preendedor) que oferece consultorias e palestras gratuitas que podem ajudar a ala-vancar as vendas. O PAE/Sebrae funciona em parceria com a ACIAH. Vale destacar que a ACIAH conta com poucos associa-dos do ramo de revenda de carros e que a participação desses empresários na entida-de é muito importante para a realização de ações de fomento ao setor.

Comerciante perguntou - Quais me-didas a Associação tomará em relação à falta de segurança no Jardim Amanda, já que nas proximidades da Av. Tarsila do Amaral pelo menos 3 comerciantes foram assaltados recentemente?

ALMIR JULIO GRIZANTE - A ACIAH vem cobrando insistentemente a Polícia Militar para que intensifi que as rondas nas regiões do comércio (Amanda, Centro e Rosolen). Vamos continuar com a reivindicação. Em breve, a Associação iniciará reuniões mensais com associados de todas as regiões para discutirmos assun-tos relacionados ao comércio, entre eles, a questão da segurança.

Comerciante - O que a Associação pode fazer para melhorar o transporte público no Jardim Amanda?

ALMIR JULIO GRIZANTE - A busca por melhorias no transporte público é uma luta antiga da ACIAH. Nossas freqüentes reivindicações feitas à Prefeitura neste sen-tido já apresentam alguns resultados com a ampliação de linhas que facilitam o aces-so das pessoas ao centro comercial. Mas é preciso fazer mais. Recentemente, tivemos reunião com representantes da Prefeitura, junto com o nosso ex-presidente Paulo Beleboni, quando nos foi anunciado que uma nova empresa assumiu o transporte na cidade e que serão criadas novas linhas de ônibus em todo o município. Caso empresários da região necessitem de maio-res esclarecimentos, a ACIAH pode solici-tar uma reunião com a Prefeitura.

Comerciante - Poderíamos receber um posto de atendimento da ACIAH no Amanda?

ALMIR JULIO GRIZANTE - Sim, des-de que a demanda de associados na região cubra os custos de instalação de um posto da ACIAH (aluguel, funcionários, telefo-ne...). Mas a representatividade das empresas associadas independe da existência de um posto local da Associação. Somos a voz do empresário do comércio em todo o território hortolandense. Nossos serviços são 100% on line e podem ser utilizados que qualquer lu-gar, o que torna desnecessário a existência de subsedes da ACIAH.

Comerciante - Uma crítica construtiva - Incentivamos nossos clientes a participa-rem da campanha colocando seus cupons na urna da ACIAH. Entretanto, o sorteio foi realizado e nossos clientes não partici-param porque a urna não foi buscada pela entidade.

ALMIR JULIO GRIZANTE - Toda cam-panha da ACIAH ou até mesmo de outras

instituições possuem regras e regulamentos. Uma das regras de nossa campanha é que o lojista entregue a urna com os cupons na sede da ACIAH. O critério é regulamentado no contrato de adesão à campanha. Mesmo assim, no dia do sorteio da última campanha ligamos para todos os associados que não entregaram as urnas (cerca de 2%) e orientamos que entregas-sem na loja de um de nossos diretores, tanto na região do Amanda como no Rosolen. Adianto aos associados que estamos estudando a forma-tação de uma campanha revolucionária, onde não haverá mais necessidade de preenchimento de cupons e sorteio. Tenho certeza que a ideia vai agradar e todos vão aderir a ela. Aguardem...

Sugestão de comerciante - Há algum projeto para globalizar o comércio da cidade? Exemplo: o consumidor vai à pi-zzaria e ganha cupom para desconto na farmácia... e vice-versa.

ALMIR JULIO GRIZANTE - Sim. Em princípio estamos pensando em cir-cular essa ideia para os empresários e seus funcionários como plano piloto, que pos-teriormente podemos formatar para os consumidores em geral.

Comerciante - Achamos que o número de associados à entidade é pequeno em relação ao tamanho do comércio de Hor-tolândia. Haverá algum esforço para se ampliar tal base associativa?

ALMIR JULIO GRIZANTE - Já to-mamos algumas medidas de incentivo aos empresários para que se associem como parcerias com faculdades, plano de saúde e odontológico, jornal, entre outros. Tam-bém implantamos PAE/SEBRAE (Posto de Atendimento ao Empreendedor), uma parceria da ACIAH com o Sebrae, Prefei-tura e Câmara de Vereadores. Sem a união dessas quatro entidades e órgãos não tería-mos o posto na cidade, uma grande ferra-menta de suporte e auxílio para os empre-sários e empreendedores da nossa cidade. O número de associados da ACIAH está na média do percentual de outras cidades da região, mas é preciso mais participati-vidade para fortalecer ainda mais nosso comércio.

Comerciante - Em Campinas, a en-tidade conseguiu fazer com que todo o comércio permaneça aberto na época de feriado gordo. Em Hortolândia uns abrem, outros não. O que a associação poderia fazer para que houvesse estímu-lo para fazer como se faz em Campinas?

ALMIR JULIO GRIZANTE - No dia 24 de setembro vamos lançar a nossa Lista Telefônica e dentre suas páginas estará o calendário de feriados e sua programação. Como dito anteriormente precisamos do

comprometimento do empresário para seguir o calendário, pois a ACIAH como entidade representativa somente tem o poder de orientar seus associados e nunca obrigá-los a fazerem algo. A abertura do comércio em feriados tem que seguir a le-gislação e convenção coletiva dos empre-gados da categoria do ramo de atividade de comércio.

Comerciante - Qual a plataforma, prioridade que essa diretoria teria para a gestão que se inicia?

ALMIR JULIO GRIZANTE - Vamos continuar o trabalho em prol do fortaleci-mento do comércio e, consequentemente, da economia local, sempre ouvindo nossos associados e buscando soluções conjuntas para melhorar o desempenho do setor co-mercial. Queremos aumentar os serviços prestados aos associados e prepará-los para fazer a diferença nesta época de pleno de-senvolvimento econômico que Hortolândia vive e o novo perfi l de consumidor que surge na cidade: com mais poder aquisitivo, mais exigente.

- Sua palavra � nal.

ALMIR JULIO GRIZANTE - As ações da ACIAH não se restringem aos serviços e even-tos promovidos pela entidade. A ACIAH tem como missão fomentar a atividade empresarial, representar e fortalecer seus associados, estimu-lando sempre o desenvolvimento da comuni-dade empresarial. Para isso, além de realizar campanhas para fortalecimento do comércio e valorização da indústria hortolandense, temos que ter uma participação positiva dos empre-sários da cidade.

A Associação tem uma função que vai além de oferecer serviços de consulta ao Credito (SCPC). É uma ferramenta de representatividade do comércio perante os órgãos públicos onde temos uma política atuante em vários organismos regionais a exemplo da FACESP (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de São Paulo), que defende e luta pelas grandes questões regionais, bem como representação em diversos Conse-lhos Municipais.

Por isso, o lema da nossa diretoria é Juntos, somos fortes! E para sermos cada vez mais fortes precisamos da participa-ção efetiva de nossos associados. Precisa-mos que mais empresários se associem a ACIAH e contribuam para o fortaleci-mento do comércio

Até breve, Almir Julio Grizante.


EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Opinião “A verdade é que a gente não faz fi lhos. Só faz o layout.Eles mesmos fazem a arte-fi nal.” (Luis Fernando Veríssimo)

Um pedido de pizza lá em 2015Telefonista - Pizza Hot, boa noite! Cliente - Boa noite! Quero encomendar pizzas.... Telefonista - Pode me dar o seu NIDN?Cliente - Sim, o meu número de iden-tifi cação nacional é 6102-1993-8456-54632107. Telefonista - Obrigada, Sr.Lacerda. Seu endereço é Avenida Paes de Barros, 1988 ap. 52 B, e o número de seu telefone é 5494-2366, certo? O telefone do seu escritório da Lincoln Seguros é o 5745-2302 e o seu celular é 9266-2566.Cliente - Como você conseguiu essas in-formações todas?Telefonista - Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central. Cliente - Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pizzas, uma de quatro queijos e outra de calabresa...Telefonista - Talvez não seja uma boa idéia...Cliente: O quê?Telefonista - Consta na sua fi cha médica que o Senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categorica-mente escolhas perigosas para a sua saú-de.Cliente: É você tem razão! O que você sugere?Telefonista - Por que o Senhor não ex-

perimenta a nossa pizza Superlight, com tofu e rabanetes? O Senhor vai adorar! Cliente: Como é que você sabe que vou adorar?Telefonista - O Senhor consultou o site ‘Recettes Gourmandes au Soja’ da Bi-blioteca Municipal,dia 15 de janeiro, às 4h27minh, onde permaneceu conectado à rede durante 39 minutos.Daí a minha sugestão... Cliente - OK está bem! Mande-me duas pizzas tamanho família!Telefonista - É a escolha certa para o Se-nhor, sua esposa e seus 4 fi lhos, pode ter certeza.Cliente: Quanto é? Telefonista - São R$ 49,99.Cliente - Você quer o número do meu cartão de crédito?Telefonista - Lamento, mas o Senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu cartão de crédito já foi ultrapassado. Cliente - Tudo bem, eu posso ir ao Mul-tibanco sacar dinheiro antes que chegue a pizza.Telefonista - Duvido que consiga! O Se-nhor está com o saldo negativo no banco. Cliente - Meta-se com a sua vida! Man-de-me as pizzas que eu arranjo o dinhei-ro.. Quando é que entregam? Telefonista - Estamos um pouco atrasa-

dos, serão entregues em 45 minutos. Se o Senhor estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto não é aconselhável, além de ser perigoso...Cliente - Mas que história é essa, como é que você sabe que eu vou de moto? Telefonista - Peço desculpas, mas reparei aqui que o Sr. não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então pensei que fosse utilizá-la.Cliente - @#%/§@&?#>§/%#!!!!!!!!!!!!! Telefonista - Gostaria de pedir ao Se-nhor para não me insultar... Não se esqueça de que o Senhor já foi conde-

nado em julho de 2006 por desacato em público a um Agente Regional.Cliente - (Silêncio)Telefonista - Mais alguma coisa? Cliente - Não, é só isso... Não, es-pere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na pro-moção. Telefonista - Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme cita-do no artigo 3095423/12, nos pro-íbe de vender bebidas com açúcar a pessoas diabéticas... Cliente - Aaaaaaaahhhhhhhh!!!! ! ! ! ! ! ! ! Vou me atirar pela janela!!! ! !Telefonista - E machucar o joelho? O Senhor mora no andar térreo!

Luis Fernando Veríssimo

Opinião

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EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Saúde “Ter nascido me estragoua saúde” (Clarice Lispector)

A importânciada Odontopediatria

Até três anos crianças devem ir ao dentista a cada 3 meses

O quê é Pterígio?Popularmente conhecido como Cata-

rata, o pterígio é uma massa fi brovascular da conjuntiva de forma triangular que se estende do ângulo interno (nasal) do olho em direção à córnea. Não é infeccioso, mas pode afetar a visão. Pode ser tratado através de remoção cirúrgica.

Sinais e sintomas

Os principais sinais e sintomas são olho vermelho, fotofobia e irritação.

A odontopediatra é a dentista especializada no atendimento de bebês e crianças.O sucesso dos programas preventivos em saú-de bucal depende muito dos pais. Estes devem proporcionar a seus fi lhos alimentação equili-brada e higiene adequada.As consultas com a Odontopediatra (dentista especializada em crianças) são fundamentais para ela possa avaliar a integridade dos dentes e das estruturas de suporte, o crescimento e de-senvolvimento da face e do crânio. A função da profi ssional é poder ajudá-los e orientá-los.A Odontopediatra orientará os pais sobre ama-mentação, higiene adequada, tipo de mama-deiras e chupetas, erupção dos dentes, alimen-tação, crescimento e desenvolvimento normal dos maxilares e da face e uso racional do fl úor.A profi ssional dialogará com a criança para es-tabelecer um clima de confi ança, serenidade e segurança. Não se preocupe se o seu fi lho cho-rar ou não quiser permanecer deitado duran-te a consulta. Não podemos pretender que a criança fi que quietinha e de boca aberta nesta faixa etária. Eles têm muita energia e precisam liberá-la de alguma forma. O choro alivia ten-sões e o medo ao desconhecido.Às vezes, como uma forma de fuga, as crian-ças podem utilizar recursos como simulação de tosse ou náuseas. Fiquem tranqüilos, pois a especialista está preparada para lidar com todas essas reações.A Sociedade Americana de Odontopediatria recomenda que as crianças nesta faixa etária consultem o dentista a cada três meses.O comportamento da criança torna difícil a higiene bucal.A grande quantidade de carboidratos presen-tes na alimentação infantil, nos suplementos alimentares e na medicação infantil, aumenta o risco de desenvolvimento da cárie e/ou infl a-mação das gengivas.

Dos três anos em diante, a criança poderá ser avaliada a cada seis meses.A odontopediatra amplia ou reduz o intervalo entre as consultas conforme sua avaliação de risco.Nas consultas preventivas a Odontopediatra avalia: n O crescimento e desenvolvimento da face;n A integridade dos dentes da criança;n A seqüência e cronologia de erupção de dentes;n O estado dos tecidos moles;n Os fatores de risco;n As falhas das técnicas de higienização;n Os hábitos de sucção;n A dieta alimentar;n A necessidade de aplicação dos vários tipos de fl úor;n Motiva as crianças para que a visita ao den-tista seja uma rotina agradável.

Causas

Ainda não se sabe exatamente as causas do pterígio. Sabe-se que ocorre mais frequente-mente quando há exposição aumentada à ra-diação ultravioleta e poeira.

Tratamento

O pterígio é um crescimento benigno, mas pode ser removido através de cirurgia. No en-tanto, é comum a recorrência do pterígio após a cirurgia, sobretudo em pessoas jovens.

Prevenção

A proteção dos olhos contra a luz ultra-violeta excessiva através de óculos solares apropriados, evitando condições ambientais secas e empoeiradas, e a aplicação de lágri-mas artifi ciais são medidas que podem ser úteis para prevenir a ocorrência do pterígio.Em ótica nada melhor do que ser atendido, por um profi ssional que realmente passa as devidas orientações. Pois óculos não se trata somente de estética, e sim de saúde.

Angélica Marques proprietária, optometrista e contatóloga

da Ótica Multivision.

“Quando o crescimento do pterígio sobre a córnea ultrapassa 2,5 mm, há distorção da curvatura corneana, com repercussão sobre o erro refracio-nal. Se negligenciado, o pterígio pode, ocasional-mente, aumentar ainda mais, encobrindo par-cial ou totalmente o eixo visual”.

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EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Saúde “O primeiro dos bens, depois da saúde,é a paz interior.” (François La Rochefoucauld)

As vantagens do óleo decoco extra virgem e orgânico

Jardim Amanda ganhafarmácia de Manipulação

A eterna luta de pessoas que procuram perder peso tem a seu favor o uso do óleo de coco extra virgeme orgânico. Ele auxilia nos programas de perda de peso, possui tri-glicérides de Cadeia Curta e Média (TCC e TCM), é termogênico, acelerando metabo-lismo do organismo, possui menos de 0,3% de Acidez (índice comparado a azeites extra virgens), não gera gorduras trans na fritura de Alimentos, contribui para o aumento do HDL (bom colesterol), apresenta altos teores de Omega 6 e 9, não contém glúten, rico em antioxidantes e vitaminas E, que previnem o envelhecimento precoce da pele, excelen-te para hidratação da pele e do cabelo, forte ação bactericida e fungicida. É ótimo para quem tem prisão de ventre.

Como consumir? - Você pode consumir o Oleo de coco Extra Virgem Orgânico dire-tamente ou, se preferir, misturado a outros alimentos, como vitaminas, “shakes”, iogur-te, salada de frutas, sorvete, etc. É excelente na fritura de alimentos, pois ao contrario

A farmacêutica Patrícia Pinhei-ro Costa é uma entusiasta do Jardim Amanda. Há quatro anos juntou tudo o que tinha e investiu na sucessão dos fundadores da Droga Amanda, fundada há 20 anos.

Após cumprir a meta de melhorar o atendimento na farmácia tradicional do bairro, eis que o espírito empreendedor fez com que essa empresária olhasse o bairro com visão mais arguta e está in-vestindo em outra farmácia, porém, de manipulação, falta que até então obri-gava os moradores do Amanda a irem procurar tal serviço fora do bairro: “Não existe esse serviço no bairro. É uma for-ma de conforto, serviço que economiza às pessoas a buscarem fora do bairro”, declarou a farmacêutica Patrícia.

Os farmacêuticos são profissionais da saúde de tradição milenar, sucessores dos boticários, peritos no uso de fármacos e medicamentos e suas consequências ao

de todos os demais óleos vegetais, não gera gorduras trans quando submetido às tempe-raturas elevadas da frigideira. Não é neces-sário conservá-lo na geladeira. Após aberto consumir em no máximo 45 dias. Torna-se naturalmente sólido em temperaturas abaixo de 25° C sem qualquer perda de suas quali-dades nutritivas.

organismo humano ou animal. Perito no desenvolvimento, produção,

manipulação, seleção e dispensação de medicamentos, este profissional, presta o trabalho de assistência farmacêutica e pode assumir responsabilidade técnica de laboratórios de análises clínicas, dis-tribuidoras, farmácias, etc.

Pode também atuar na pesquisa e con-trole de qualidade de hemocomponen-tes e hemoderivados. Na área alimentar responsabilizam-se tecnicamente pela análise, interpretação e emissão de lau-dos. Com curso específico é habilitado para fazer acupuntura.

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EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Televisão “Para mim, a televisão é muito instrutiva. Quando alguém a liga, corro à estante e pego um bom livro para ler.” (Groucho Marx)

O marido da Carminha é o TufãoO ator Vladimir Brichta convive com a realidade e a fi cção onde a personagem Carminha domina todos os assuntos

O ator Paulo Vladimir Brichta (Dia-mantina, 22 de março de 1976), apesar de ter nascido em Minas Gerais, ele se considera “um autêntico baiano”, uma vez que se mudou com sua família para a Bahia aos quatro anos, após passar uma temporada na Alemanha, onde seu pai, Arno Brichta, fez doutorado em Geolo-gia. O nome Vladimir é em homenagem a Vladimir Herzog, morto pouco antes de seu nascimento, e foi escolha do pai, que estava preso pela ditadura, o que fez a família incluir o nome Paulo para evitar maiores problemas.

A carreira de Brichta vai bem, e ago-ra, acaba de estrear a peça “Arte”, em São Paulo, produzida e encenada por ele. Mas precisa dividir a repercussão de seu tra-balho com questões sobre a atuação de sua mulher, Adriana Esteves. Em entre-vista ao jornal ‘Folha de S.Paulo’, Brichta afi rmou que não se incomoda quando lhe

perguntam sobre a esposa, que interpreta a vilã mais terrível da televisão. “Não me chateia ser abordado para ouvir elogios a ela. (...) A novela é o assunto do momen-to, mais comentado que o mensalão”, ele declarou.

Mas Brichta também faz questão de deixar clara a separação entre a fi cção e sua vida conjugal. Ele contou sobre uma ocasião em que Adriana foi à estreia de sua peça no Rio de Janeiro e uma reporta-gem colocou como manchete “Carminha vai ver o marido”. Ao que Vladimir reba-te: “O marido da Carminha é o Tufão”.

Além do teatro, o ator continua inter-pretando o personagem Armane na série ‘Tapas & Beijos’, que vai ao ar às terças--feiras após ‘Avenida Brasil’. Além deste, ele já participou de outros três seriados nos últimos anos na Globo (‘Amor em 4 Atos’, ‘Faça a Sua História’ e ‘Separação’). “Virei garoto de programa”, brincou.

Da esquerda para a direita, Adriana Esteves, Vladimir Brichta, Andréa de Souza e Murilo Benício na festa de lançamento de “Avenida Brasil” no Rio (15/3/12)

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EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Educação “A educação exige os maiores cuidados, porque infl uisobre toda a vida.” (Sêneca)

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Cursos do MIT e Havard na WebPortal Veduca reúne centenas de vídeo-aulas de instituições como Harvard e MIT, legendadas em português, e gratuito

Formandos na Universidade de Harvard: através do Ve-duca, brasileiros podem ter acesso gratuito às aulas da insti-tuição; muitas já estão até legendadas em português

São Paulo – Uma das maiores vantagens da internet é justamente o fato de se ter em mãos absolutamente todos os tipos de informação. Se existe um espaço enorme a ser explorado na web é o da educação.

E no Brasil há um portal que chama a atenção pela ma-neira com a qual se propõe a democratizar o conhecimento no país, o Veduca.

Inaugurado em maio de 2012, o site reúne dezenas de vídeo-aulas de instituições renomadas como Harvard e Massaschusetts Institut of Technology (MIT) e, mais recen-temente, também a Universidade de São Paulo (USP).

Mas o melhor de tudo é que, além de ter acesso gratuito, todo o conteúdo exibido no portal está, aos poucos, sendo legendado para o português.

Atualmente, das mais de 5 mil aulas disponíveis no site, 250 já possuem o recurso. Até o fi m do ano, a intenção da equipe é traduzir mais 1.500 vídeos. “A ideia do Veduca é democratizar a educação através das de aulas das melhores universidades do mundo” explicou o fundador da empresa, Carlos Souza.

E o primeiro passo pra isso é, sem dúvidas, fazer com

que tais aulas sejam compreendidas pela população que não tem domínio da língua inglesa. Pelo menos não a ponto de acompanhar com tranquilidade uma aula de Direito minis-trada em Harvard, por exemplo.

O cadastro no site, que hoje conta com cerca de 350 mil visitantes únicos por mês, pode ser feito rapidamente. Mas o interessante é que cada pessoa cadastrada pode ser mais que mero espectador das aulas de universidades renomadas, que agora também inclui a USP (Universidade de São Paulo). Também é possível participar se voluntariando para colocar as legendas em português nos vídeos. “Começamos com 10 pessoas contratadas para fazer especifi camente isso e hoje temo mais de 200 trabalhando voluntariamente”, contou.

A navegação no Veduca é muito simples e intuitiva.Basta procurar as aulas de interesse através de palavras

chave que aparecem já na página inicial, pela institui-ção desejada ou pela busca por termos. E o recurso que permite esta última modalidade de pesquisa é, inclusive, uma patente da empresa.

Ao digitar uma palavra na barra de buscas, o algoritmo desenvolvido pela equipe do Veduca procura pelo termo dentro dos vídeos. Então, ao clicar na aula desejada, o usu-ário é direcionado de maneira automática ao ponto da aula em que o Professor menciona o termo pela primeira vez.

Cada vez mais as barreiras vão caindo e o acesso aos estudos com quali-dade vai sendo mais facilmente acessados. O bom de estudar pela Web

é que não há greve que atrapalhe, além de fazermos nós mesmos o nosso tempo”, escreveu um internauta.

A idéia de explorar a plataforma tridimensional que virou sensação na Internet, esta, sim, é uma solução recentíssima, encontrada por instituições como o Senac São Paulo para permitir que os alunos, através de seus avatares (personagens), se relacionem no ambiente virtual com

seus tutores por meio de chats ou vídeo e façam downloads do conteúdo do curso.Se existe um espaço enorme a ser explorado na web é o da educação.

No Brasil há um portal que chama a atenção pela maneira com a qual se propõea democratizar o conhecimento no país: o Veduca.

http://www.veduca.com.br/


EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Educação “A educação tem raízes amargas,mas os seus frutos são doces.” (Aristóteles)

É complicado ser um pai mais presente?O que os pais podem fazer para aumentar a sua participação na vida dos fi lhos?

O Campeão reproduz aqui ótimas refl e-xões feitas pela revista Educar para Crescer com três especialistas em educação:

n “Na brincadeira, o pai tem uma exce-

lente oportunidade de conhecer seu fi lho”, explica Cristiano Gomes, professor da Facul-dade de Psicologia da UFMG.

O Dia dos Pais chegou, passou e, com ele, uma boa oportunidade de repensar o papel do pai na vida e na Educação dos fi lhos. A verdade é que pai e mãe não precisam ser iguais. Cada um ocupa um lugar na dife-rente na vida da criança - e não há nada de errado nisso. Mas qual é o lugar que ele, pai, ocupa hoje na função de educar? Se ele não é muito presente, o que pode fazer para au-mentar a sua participação na vida dos fi lhos?

O EDUCAR PARA CRESCER entrevis-tou três especialistas para falar sobre o assun-to: a professora da Faculdade de Educação da UFMG Maria Inês Goulart; o professor da Faculdade de Psicologia, também da UFMG, Cristiano Gomes, e o mestre em Educação pela PUC-Minas Joaquim Ramos.

Para eles, o papel do pai não cabe mais dentro de ideias rígidas, como aquela de que é o provedor da casa e se movimenta no mundo do trabalho enquanto a mãe cuida do ambiente da casa e da Educação dos fi -lhos. Segundo Maria Inês Goulart, “o ho-mem hoje não pode pensar em como pode contribuir na educação dos fi lhos porque esse é o seu papel principal como pai”, e não majoritariamente uma função materna. Cristiano Gomes concorda com ela quando diz que “é preciso repensar os papéis”. Se-gundo ele, os homens não aceitam mais ser encaixados nesse lugar estereotipado da fun-

ção da fi gura masculina na família “porque viram o quanto estavam perdendo no conta-to com os fi lhos e no prazer da paternidade”. Para Joaquim Ramos, isso acontece também porque “a Educação é uma tarefa que precisa ser socializada. Todo mundo se educa numa família, e inclusive as crianças educam seus pais”, reitera.

Maria Inês destaca ainda que o pai não precisa imitar a mãe. “O pai é diferente da mãe e não precisa educar o fi lho do mesmo jeito da mãe, mas sim do jeito dele. As brin-cadeiras são diferentes, as formas de educar são diferentes, a linguagem é diferente. A criança nasce de dois seres humanos que não são iguais, então, nasce da diferença - é a di-ferença que cria a vida. E é com ela que a criança tem que estar em contato o tempo inteiro.”

Leia a seguir cinco dicas para pais que querem assumir plenamente seu papel na vida e na Educação dos fi lhos.

n “Faça o que eu digo - e também o que eu faço”

É aquela velha - mas não antiquada - ideia de que uma pessoa aprende e é educada atra-vés do exemplo. Como resume Joaquim Ra-mos, mestre em Educação pela PUC-Minas: “Uma criança aprende coisas boas e úteis tanto quanto ruins e destrutivas dependen-do do exemplo que presencia e do ambiente em que vive”.

n Reserve tempo para brincar

A brincadeira é essencial na formação da criança, dentro e fora da escola, pois está di-

retamente associada ao crescimento e ao de-senvolvimento infantil. “Na brincadeira, o pai tem uma excelente oportunidade de conhecer seu fi lho. Saber se ele é mais impulsivo, mais paciente, mais refl exivo, como ele reage ao perder e ganhar, como ele pensa diante de um desafi o”, explica Cristiano Gomes, professor da Faculdade de Psicologia da UFMG.

n Seja presente e disponível

“Não é tanto o que você faz, não é a ação em si o mais importante, mas sim o dizer “estou aqui para vocêe. É preciso escutar a criança, considerar o que ela diz. Aconte-ce muito de os pais fazerem demais, mas, quando o fi lho realmente precisa, eles estão sempre ocupados, nunca podem atendê-lo”, diz a professora da Faculdade de Educação da UFMG Maria Inês Goulart. Isto se torna mais natural quando os pais veem a criança como alguém potente, pleno, e não como al-guém que ainda-vai-ser-algo, um ser incom-pleto. “É preciso entender que as crianças estão sempre na tentativa de dar um sentido e signifi cado para suas vidas.”

n Dê espaço ao diálogo e à diferença

Dialogar é importante não apenas na re-lação entre pais e fi lhos, mas também entre

o casal. Em casa, é bom que o pai tenha a mesma autoridade que a mãe. “A imposição de regras não deve ser exclusivamente res-ponsabilidade do pai. Isso é um resquício de uma cultura patriarcal que coloca a mulher como submissa e inferior ao homem”, diz Cristiano Gomes, professor da Faculdade de Psicologia da UFMG. Joaquim Ramos concorda com ele quando diz que “se o pai dá uma ordem e a mãe dá outra, a criança fi ca entre os dois sem saber a quem obedecer. Deve haver espaço para a interlocução e para a diferença na esfera familiar - senão não se educa, se confunde”.

n Demonstre carinho por seu � lho

É função tanto do pai quanto da mãe dar espaço ao contato corporal, ao carinho, ao abraço, ao beijo, ao toque, demonstrar o afe-to e o amor, dizer que está disponível e criar um ambiente gostoso em casa. “A forma com que os pais fazem isso pode ser diferen-te, mas precisa ser valorizada”, diz a profes-sora da Faculdade de Educação da UFMG Maria Inês Goulart. Cristiano Gomes acres-centa: “A diferença do toque é legal, a ausên-cia dele é que é ruim. Assim, o fi lho pode ter a experiência de dois tipos de toque ao invés de apenas um. Estabelecer contato físico é papel do pai e da mãe”.

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Fazer as unhas toda semana as fortalece?Muito pelo contrario. A acetona, utilizada para retirar o esmalte, é muito forte e não faz bem para as un-has. É importante também deixar as unhas por uma semana sem esmalte algum no mês. Isso faz com que elas respirem, tomem sol e assim se fortaleçam.

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EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Decoração “Deus quer, o homem sonhae a obra nasce.” (Fernando Pessoa)

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DAFRA lança Bike ElétricaDobrável por R$ 6 mil

Freio ABS para motocicletasPode ficar mais acessível

A Dafra começa a vender em setembro a bicicleta elétrica dobrável DB0, modelo de topo da linha, que também possui a DBX (de entrada) e a DBL (intermediária). A DB0 tem três marchas e motor elétrico auxiliar que dá suporte variável às pedaladas do usu-ário - são três níveis diferentes de assistência. Feito de alumínio e pesando 27 kg, o quadro forma uma alça quando é dobrado, o que fa-cilita o transporte no porta-malas ou mesmo em meios coletivos como ônibus e metrô. O painel de LCD tem velocímetro, hodômetro e indicação do nível de carga da bateria.

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A bateria de lítio leva entre três e cinco horas para ser recarregada, em uma tomada comum. Um sensor no pedal detecta a força

Apenas 1% das motocicletas vendidas no Brasil tem freios com ABS. E mesmo as mar-cas que colocam o equipamento de série em todos os modelos, como a BMW fará a partir de 2013, o fazem porque vendem produtos caros. Culpa do consumidor, que não quer gastar mais para ter o sistema, ou das fabri-cantes, que ainda cobram muito pelo recur-so? A resposta é difícil, mas, se depender da Bosch, o equipamento fi cará mais acessível a partir do ano que vem.

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A empresa mostrou a nona geração de ABS para motos. É a primeira desenvolvida espe-cialmente para o segmento de duas rodas, e não mais adaptada da de carros.

A empresa pretende oferecer o equipamen-to às montadoras por cerca de R$ 2 mil, pre-ço que pode ser reduzido se houver ganho de escala.

Como pode ser instalado em qualquer mo-delo com freio a disco e atuação hidráulica, o ABS é uma das ferramentas de segurança ativa mais importantes para quem anda de moto. Ao avaliar o sistema foi possível perce-ber que ele representa a diferença entre cair ou desviar e permanecer montado em uma situação de emergência.

Em pista molhada, a frenagem total sem ABS só não levou o piloto ao chão graças às rodinhas laterais, como as colocadas em bici-

cletas infantis. Com o sistema, a moto fi cou sob controle e parou sem muito susto.

Em situação corriqueira, com asfalto seco, quando o manete de freio é apertado até o fi m, as rodas travam, a moto desliza e surge um risco maior, que é quando a roda traseira levanta por inércia. Como faz 25 leituras por segundo, o ABS impede o travamento das ro-das e elas permanecem coladas ao chão.

A nova geração do sistema da Bosch tem a metade do tamanho da antecessora e pesa apenas 700 gramas. Bom para um veículo cuja distribuição de peso é muito importante.

Na Europa há um projeto para tornar o ABS obrigatório em motos em 2017. A ideia surgiu de um estudo que aponta que cinco mil vidas podem ser salvas nos próximos dez anos se todas as motos tiverem o sistema.

O governo brasileiro ainda não se sensibili-zou para essa questão. Mas devia, já que o nú-mero de mortes de motociclistas, segundo o Ministério da Saúde, cresceu 21% em 2011, passando para 10.825. Os custos do SUS sal-taram 113% de 2008 para 2011, e chegam a R$ 96 milhões.

empregada pelo ciclista e otimiza a assistên-cia do motor elétrico, o que ajuda a poupar o consumo de energia. Faróis dianteiro e trasei-ro, buzina e um bagageiro opcional comple-tam a lista de equipamentos.

Diferentemente dos modelos DBX e DBL, disponíveis nas concessionárias da marca, a DB0 será vendida apenas nas lojas Polishop, por R$ 5.999,88 ou 12 pagamentos de R$ 499,99.


EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Autos “Eu não acredito em má sorte, e simem que algo deu errado.” (Jim Clark)

MP Lafer, o clássico nacionalO MP Lafer caiu nas graças de celebridades como Jô Soares,Clodovil, Elis Regina, Sonia Braga...

O MP Lafer marcou duas fases impor-tantes da vida do paulistano Osvaldo Tanil. Ao se formar em medicina, ele comprou uma versão TI, seu primeiro carro conver-sível. Anos depois, ao se recuperar de um problema de saúde, foi a vez de um Clássico chegar às suas mãos. “O TI era caro para a época. Usei minhas economias para poder comprá-lo”, conta Tanil.

Com o tempo, o carro fi cou pequeno para acomodar a família que havia aumen-tado. “Me casei, tive dois fi lhos e fi cou difícil manter um veículo de dois lugares. Resolvi que iria vendê-lo e que voltaria ao hobby só depois de as crianças crescerem.”

Os fi lhos fi caram adultos, mas o médico teve de adiar o sonho novamente por cau-sa de um enfarte, que ele sofreu há cerca de dez anos. “Após cuidar da minha saúde achei que era hora de voltar.”

Em 2005, ele fi cou sabendo que um colecionador de carros da Mercedes-Benz colocara à venda um MP Lafer Clássico feito em 1977.

Tanil pagou R$ 23 mil pelo carro, que precisava de restauração. Mecânica, pintura e parte elétrica foram completamente refei-tas. O painel e o volante, feitos de madeira, receberam retoques de um marceneiro.

Concluída a reforma, ele passou a fre-quentar clubes de veículos antigos. Entre seus motivos de orgulho está a conquista, no ano passado, de um prêmio promovido

pelo Clube de Automóveis Antigos de San-tos (SP). “Isso foi possível pela facilidade de encontrar as peças para o carro”, diz o médico.

História

A idéia de fazer o MP veio da união da paixão de um funcionário da indústria de móveis Lafer pelo modelo inglês MG TD 1952 com a visão de Percival Lafer, o dono da fábrica de móveis que leva seu sobrenome.

Era o início dos anos 70 e as réplicas co-meçavam a fazer sucesso nos Estados Uni-dos. O plano inicial era fazer um modelo para exportação, sendo que a condição era a de que pudesse ser montado sobre o chassi do Fusca.

No Salão do Automóvel de 1972, onde, apesar da discrição do estande, foi um dos destaques da mostra. A réplica usa me-cânica do Volkswagen Fusca. O motor é o boxer 1.6 a gasolina que gera cerca de 60 cv de potência e o câmbio, manual de quatro marchas.

Apesar da potência insufi ciente, o MP Lafer se tornou um carro bastante cobiça-do em sua época. Com 750 quilos, o MP Lafer não é para acelerar.

Tanil diz que chegou a 130 km/h com o seu. Após 16 anos e 4.300 unidades fabri-cadas, a produção foi interrompida.

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EDIÇÃO 145 • SETEMBRO / 2012Música “Quando erramos no palco é prova de queestamos tocando ao vivo.” (Paul McCartney)

Festival de Música e Compositores da CidadeNo anfi teatro da E.M.E.F. Prof.ª Ma-

ria Célia Cabral Amaral, dia 16 de setem-bro de 2012 realizou-se o Primeiro Festi-val Musical Encontro de Compositores de Hortolândia.

O projeto, com parceria de empresas do ramo musical da cidade, visou incentivar e apoiar, prestigiando aquele possuidor do que podemos chamar de “dom da compo-sição”, aquele que de elevada sensibilida-de, sabe combinar acordes, medir palavras e colocar seus sentimentos em melodias, faz desse resultado o inesperado, o belo, utilizando com maestria o poder da músi-ca para alegrar nossos corações.

No encontro houve a apresentação de 15 composições de moradores de Hor-tolândia e também cidades próximas e tais participantes concorreram a premiações.

Os jurados, formados por músicos pro-fi ssionais que atuam na cidade de Hor-tolândia, foram: Nil Miranda, Willian Al-berti, Luci Perla e Carolina Galdames que escolheram como vencedores as seguintes composições.

• 1.º lugar: O tempo não passa - Evandro Junior;• 2.º lugar: Nossa Adoração - Ministério de Louvor Consagração;• 3.º lugar: Mente Vazia - Johny Caires.O público presente cantou, agitou e concedeu a Aldair Evangelista a consagração pelo voto popular, pela canção Morena Sem Vergonha. Quem assitiu não se decepcionou com a quali-dade das músicas apresentadas e certamente tal evento se repetirá com outras edições.

Primeiro colocado, Evandro Júnior Aldair Evangelista, vencedor, voto popular O público se fez presente e não se decepcionou

o campeão

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