o bem jurídico protegido nos crimes fiscais
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BEM JURIDICO; CRIMES FISCAIS; BEM PROTEGIDOTRANSCRIPT
O BEM JURÍDICO PROTEGIDO NOS CRIMES FISCAIS
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata-se de uma análise sobre o tema do
bem jurídico protegido nos crimes fiscais. Qual o conceito de bem jurídico
protegido ante a matéria fiscal e sua amplitude na esfera penal, questionando
quanto a veracidade e realidade da existência de um bem jurídico protegido, se
isso realmente seria possível.
Analisaremos também sobre as doutrinas que disciplinam
sobre o assunto do bem jurídico protegido nos crimes fiscais. As divergências
existentes entre os doutrinadores e qual a posição majoritária tomada e que
influencia a vida humana e o bem coletivo.
Veremos, que em questão da definição do que é o bem
jurídico protegido, pode ser entendido de várias formas e que seu encaixe
dependerá do ilícito cometido. Assim como o bem jurídico deve ter sido
gravemente ofendido a ponto de ser lesionado para que possa impulsionar a
esfera penal, pois isso terá grande influência constitucional. A teoria do bem
jurídico traduz não apenas um limite que vincula o legislador, mas também um
norte que, se observado, o conduz à criminalização apenas daquelas condutas
altamente lesivas à sociedade e à proteção apenas dos bens jurídicos de
especial relevância.
Por fim, será apresentado as divergências doutrinárias a
cerca do bem jurídico protegido nos crimes fiscais, as correntes em que os
doutrinadores se posicionam e a que é majoritária entre elas, e talvez a mais
adequada ao tema.
2. CONCEITO DE BEM JURÍDICO PROTEGIDO
O bem jurídico protegido vem sendo alvo de vários debates,
contudo, a sua definição é o que há de mais importante pois é a partir dele que
poderemos realizar uma análise destes crimes, além do mais, o bem jurídico,
neste caso, possui tamanha importância que a sua maculação causa a perda
da liberdade, direito fundamental, conforme dispositivo constitucional previsto
no artigo 5° da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Bem jurídico é tudo que é necessário para plena satisfação
da vida humana e suas necessidades, assim trata-se do direito fundamental
que serve como base material para a tipificação dos tipos penais, sendo então,
o objeto protegido pelo Direito o interesse protegido pela norma penal.
Para que o ato praticado seja considerado ilícito, faz-se
necessária lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Não há crime sem que o
bem jurídico defendido seja ou corra perigo de ser maculado.
Para alguns estudiosos, o bem jurídico defendido seria a
função tributária do Estado, a função institucional arrecadadora do Estado, ou
ainda, seria o Erário Público, os cofres públicos. Para os defensores desta tese
o bem estaria relacionado com a atividade institucional de arrecadação de
tributos, pelos interesses estatais vinculados à arrecadação de tributos devidos
à Fazenda Pública, protegendo o Erário Público, a Fé Pública e a
Administração Pública.
Cezar Roberto Bitencourt define o bem jurídico como “todo
valor da vida humana protegida pelo Direito1.” Aníbal Bruno, por sua vez, adota
concepção semelhante à formulada por Von Liszt, anotando que bens jurídicos
são “interesses (sic) fundamentais do indivíduo ou da sociedade, que, pelo seu
valor social, a consciência comum do grupo ou das camadas sociais nele (sic)
dominantes elevam à categoria de bens jurídicos”2. Luiz Regis Prado assinala
que bem jurídico “vem a ser um ente (dado ou valor social) material ou imaterial
haurido do contexto social, de titularidade individual ou metaindividual ou
reputado como essencial para a coexistência e o desenvolvimento do homem 1 BITENCOURT. Cezar Roberto. Tratado de direito penal. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. v.1. p. 204.2 FIRMO, Aníbal Bruno de Oliveira. Direito penal. Parte geral. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1959. v.1.
Tomo I. p. 14-15.
2
e, por isso, jurídico-penalmente protegido.”3 Afirma ainda que a referida
concepção deve sempre estar em consonância com quadro axiológico da
Constituição e com o princípio do Estado democrático e social de Direito.4
Pode-se entender então que, o bem jurídico seria um
produto social das relações concretas e específicas de uma sociedade
identificada no tempo e no espaço. Ou seja, bens passíveis de tutela penal
seriam o resultado de um processo dialético da sociedade civil
Claus Roxin entende que a utilização dos mecanismos de
intervenção penal somente encontra legitimação quando voltada para uma
função social. Essa função, com efeito, consiste em “garantir a seus cidadãos
uma existência pacífica, livre e socialmente segura, sempre e quando essas
metas não possam ser alcançadas por outras medidas político-sociais que
afetem em menor medida a liberdade dos cidadãos”.5
Seguindo, conforme o princípio da intervenção mínima, onde
Direito Penal deve ser impulsionado como a última medida na proteção de
bens jurídicos, sancionando apenas os ataques mais graves aos bens jurídicos
e quando outros setores do ordenamento não forem suficientes.
O conceito mais aprofundado do bem jurídico, seria pois,
formas reais dadas ou finalidades realmente necessárias para uma vida
segura e livre, que garanta todos os direitos humanos e civis de cada um na
sociedade ou para o funcionamento de um sistema estatal que se baseia em
tais objetivos, levando-se em consideração a Constituição Federal e a
liberdade individual de cada um.
Nota-se então que os bens jurídicos não estão pré-
estabelecidos para o legislador, mas podendo serem criados, assim como a
intervenção jurídico-penal visa a proteção desses bens gerais, só sendo
legítima quando importar na tutela do indivíduo.
3 PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. v.1. p. 249.
4 PRADO, Luiz Regis. op. cit., p. 2495 ROXIN, Claus. A proteção de bens jurídicos como função do Direito Penal. Org. e trad. André Luís
Callegari, Nereu José Giacomolli. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editoria, 2009. p. 16-17.
3
3. A EXISTÊNCIA DO BEM JURÍDICO PROTEGIDO
Como já anteriormente questionado, o bem jurídico
protegido tem sido alvo de várias especulações, assim como a sua existência.
Mencionado sobre não estar pré- constituído pelo legislador podendo então ser
criado, fica a indagação sobre a sua veracidade e realidade, já que não há um
consenso entre o bem jurídico protegido, nos crimes fiscais, havendo
divergência entre os doutrinadores.
Ante as vastas denominações doutrinárias do que pudessem
se encaixar como bem jurídico tutelado, onde se tem, o Erário, a ordem
econômica, a Fazenda Pública e a própria Administração Pública, nos crimes
fiscais, a que mais se acentua como um bem jurídico a ser protegido é a ordem
econômica. Pois, para que o ato praticado seja considerado ilícito, faz-se
necessária lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Não há crime sem que o
bem jurídico defendido seja ou corra perigo de ser maculado.
No caso dos crimes fiscais o perigo de lesão ao bem jurídico,
ordem econômica, encontra-se evidente quando são crimes que refletem
valores econômicos, tais como os previdenciários, os delitos financeiros, dentre
outros existentes, devendo neste caso a esfera penal se insurgir somente
quando houver real necessidade de intervenção.
O Estado vale-se do Direito Penal para imobilizar as
condutas que de alguma forma inibem a realização das atividades econômicas,
uma vez que se entende que os delitos que atentam contra esta ordem são
uma ameaça à sociedade, a afetar não somente vítimas determinadas, mas
também o funcionamento eficaz e planejado das políticas públicas de
redistribuição da riqueza nacional.
"Qué pueden tener de común la
sociedad clásica o moderna com la llamada sociedad de riesgos?
Qué pueden tener de común el clásico Derecho Penal econômico
de la economia dirigista com el actual Derecho Penal económico
promocional-funcionalista que se indica como indispensable
panacea para el conflicto de la sociedad pos industrial? La
respuesta será sin duda compleja, pero indudablemente,
4
tratándose de Derecho Penal, el punto de necesario encuentro
debe estar em las garantías de los ciudadanos y en esse mínimo
aceptable de certeza-seguridad jurídica que exige um sistema
democrático de gobierno. Pensamos que será posible lograr um
cierto entedimiento técnico-jurídico sobre el concepto y alcance
del Derecho Penal socioeconômicos, en la medida en que se
compartan esos valores." (CERVINI)6.
É bem de ver que o que irá nortear sempre o intérprete será
a prevenção geral do delito, sempre em concordância com as garantias
consagradas no Estado Democrático de Direito, a caracterizar a legitimação do
Direito Penal Moderno que leva em conta o bem jurídico que se espera tutelar.
Desta feita, o Direito Penal Tributário, entendido como um
ramo do Direito Penal Econômico, tem, dada a abstração e porosidade do bem
jurídico a ser protegido, estabelecido a responsabilidade objetiva por crimes de
perigo abstrato ou de mera, recebendo, por isso, várias críticas.
De acordo com Cernicchiaro, "de um lado, compreende os
interesse público de o Estado obter meios para a realização de suas atividades;
de outro avulta o interesse do Tesouro, patrimonial, relacionado com a receita
do Estado. Assim, o bem jurídico não traduz apenas interesse patrimonial.
Alcança também os limites da política econômica, o que faz aumentar o
significado do delito tributário"7
Visto, seria o mais coerente então colocar a ordem
econômica como o bem jurídico a ser tutelado nos casos de crimes fiscais, ou
seja, o conjunto das normas jurídicas concernentes à tributação. Ainda assim
não eximindo o Estado de proteger os demais bens jurídicos que venham a ser
trazidos, tendo como sua finalidade principal e instando a eficiência do Direito.
6 CERVINI, Raúl. Derecho Penal Econômico - concepto y bien jurídico. In: Revista Brasileira de Ciências Criminais, n.º 43, abr./jun. 2003, p.87
7 CERNICCHIARO, Luiz Vicente. Direito Penal Tributário - Observações de Aspectos da Teoria Geral do Direito Penal. In: Revista Brasileira de Ciências Criminais. São Paulo. Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, p. 181.
5
4. DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA A CERCA DO BEM JURÍDICO PROTEGIDO NOS CRIMES FISCAIS
A cerca do tema, sobre o bem jurídico protegido existe uma
grande divergência doutrinária, tanto sobre sua existência quanto o que
realmente seria esse bem jurídico, o que ocorre é que não há um consenso
sobre isso, havendo então vários entendimentos. Pois bem, para os
doutrinadores como já anteriormente citado, o bem jurídico é visto de várias
maneiras, assim como o que talvez se imponha com mais articulação para os
crimes fiscais em questão seja o da ordem econômica.
José Carlos Tórtima ressalta expressamente as construções
que indicam que o objeto de proteção nos crimes fiscais seria a função
arrecadadora do Estado, sob o fundamento de que o bem jurídico, ainda que
universal, deve remeter e aproveitar à pessoa humana. A função arrecadadora,
em sentido oposto, reflete unicamente uma atividade administrativa do Estado,
razão pela qual não pode ser identificada como bem jurídico tutelado.8
Essa corrente defende defender a “função arrecadadora” ou
a “verdade fiscal” do estado como bens jurídicos, não podendo ser considerada
em um Estado Democrático de Direito. Alem disso vão de encontro aos
princípios fundamentais do direito penal, pois, ainda que se admitisse a
verdade fiscal como bem jurídico tutelado, não se vislumbra proporcionalidade
e necessidade na aplicação da pena de prisão para garantir simplesmente a
“verdade”. É imprescindível um objetivo e um bem jurídico de maior relevância
para justificar essa intervenção na liberdade individual.
Uma segunda parcela da doutrina defende um sistema
misto, segundo o qual o bem jurídico tutelado nos crimes fiscais seria tanto o
patrimônio fiscal do Estado quanto os valores de verdade e legalidade fiscal.9
Seguindo essa corrente, Pedro Roberto Decomain entende
que os crimes contra a ordem tributária, além do patrimônio fiscal, tutelam
múltiplos valores, consistentes na “correção no pagamento das receitas
8 TÓRTIMA, José Carlos. Despenalização do Delito Fiscal? in MACHADO, Hugo de Brito (coord.). Sanções Penais Tributárias. São Paulo: Dialética; Fortaleza: Instituto Cearense de Estudos Tributários – ICET, 2005. p. 478
9 TÓRTIMA, José Carlos. op. cit., p. 479
6
tributárias, a lealdade no relacionamento com o fisco, não procurando enganar
seus agentes mediante falsificação de livros e documentos fiscais (...).”10
Andreas Eisele, por sua vez, defende que o bem jurídico
mediato protegido consiste na regularidade das operações fiscais e na fé
pública e o bem imediato é o patrimônio público, consubstanciado na receita
fiscal11.
Por outro lado, há quem entenda que os crimes tributários
são delitos de dano e, portanto, o bem jurídico tutelado seria exclusivamente o
patrimônio fiscal do Estado12
Seguindo essa corrente, Edmar de Oliveira Andrade Filho,
apesar de assinalar que a ordem tributária corresponde a uma abstração
composta por instituição, arrecadação, fiscalização do tributo, afirma que o bem
jurídico tutelado é o “patrimônio dos sujeitos ativos da obrigação tributária, eis
que da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal exsurge para
o ente tributante um direito que consiste em receber determinada quantia em
moeda13”.
Por essa razão, o bem jurídico tutelado não pode ser outro
senão o patrimônio fiscal que o Estado aufere com a cobrança de tributos.Isso
apenas descrevem as formas como a conduta de supressão ou redução pode
ser praticada para que se configure o crime.
Nesse sentido, Luiz Regis Prado assevera que em todas as
figuras típicas dos crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/90), o bem
jurídico protegido é o Erário, ou seja, o patrimônio tributário da Fazenda
Pública. Porém, adverte que não se deve entender o bem jurídico num “sentido
simplesmente patrimonialista (ou individualista), mas como bem jurídico
supraindividual, de cunho institucional.14”
10 DECOMAIN, Pedro Roberto. Crimes contra a ordem tributária. 4. ed. rev., atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2008. p. 80
11 DECOMAIN, Pedro Roberto, op. cit., p. 76.12 TÓRTIMA, José Carlos. op. cit., p. 479.13 ANDRADE FILHO, Edma Oliveira. Direito penal tributário: crimes contra a ordem tributária e contra
a previdência social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 75.14 PRADO, Luiz Regis. Direito penal econômico:ordem econômica, relações de consumo, sistema
financeiro, ordem tributária, sistema previdenciário, lavagem de capitais, crime organizado. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. p. 273.
7
Isso porque o patrimônio fiscal do Estado serve à objetivos
maiores e mais relevantes do que a simples manutenção da máquina pública e
de suas atividades administrativas, mas se presta, principalmente, à “realização
das atividades destinadas a atender à necessidades sociais.”15
O patrimônio constitui bem jurídico com relevância
constitucional e, em alguns casos, por si só justifica a intervenção penal para
sua proteção, como no caso do furto, dano, apropriação indébita e estelionato.
Nos delitos contra a ordem tributária, contudo, a intervenção penal se justifica
especialmente, tendo em vista que se trata de um patrimônio não individual,
mas pertencente a toda a coletividade e que será empregado no
desenvolvimento da sociedade.
CONCLUSÃO15 PRADO, Luiz Regis. op. cit., p. 268
8
No que conste a divergência entre as correntes doutrinárias
a cerca tema, mostra-se dificultoso a delimitação quanto ao bem jurídico
protegido nos crimes fiscais. Assim como que o bem jurídico não está pré-
determinado para o legislador. Porém conclui-se que, somente em casos
extremos deverá a esfera penal ser acionada, e no caso dos crimes fiscais o
perigo de lesão ao bem jurídico deve ser evidente para que isso ocorra.
Diante de tudo o que foi exposto, não se pode negar,
portanto, que o patrimônio tributário do Estado constitui bem jurídico-penal de
especial relevância e imprescindível para uma coexistência social pacífica,
justa e igualitária, necessário à garantia dos direito humanos, ao livre
desenvolvimento do indivíduo e de seus direitos fundamentais
Quanto as posições tomadas pelos doutrinadores, ainda não
há um norte a ser firmado, ficando a visão de cada um para distinguir o que
seria o bem jurídico. Ele existe, podendo ser o erário, a Fazenda Pública, a
ordem econômica ou até a própria Administração Pública. Contudo conclui-se
que o mais correto nos crimes fiscais o que realmente importa é o patrimônio
tributário do Estado, sendo este pertencente a coletividade e não podendo ser
lesado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9
ANDRADE FILHO, Edma Oliveira. Direito penal tributário: crimes contra a
ordem tributária e contra a previdência social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p.
75.
BITENCOURT. Cezar Roberto. Tratado de direito penal. 8. ed. São Paulo:
Saraiva, 2003. v.1. p. 204
CERNICCHIARO, Luiz Vicente. Direito Penal Tributário - Observações de
Aspectos da Teoria Geral do Direito Penal. In: Revista Brasileira de Ciências
Criminais. São Paulo. Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, p. 181.
CERVINI, Raúl. Derecho Penal Econômico - concepto y bien jurídico. In:
Revista Brasileira de Ciências Criminais, n.º 43, abr./jun. 2003, p.87
DECOMAIN, Pedro Roberto. Crimes contra a ordem tributária. 4. ed. rev., atual.
e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2008. p. 80
FIRMO, Aníbal Bruno de Oliveira. Direito penal. Parte geral. 2. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 1959. v.1. Tomo I. p. 14-15.
IZOTON, Igor Saúde. Bem jurídico, Constituição e crimes tributários. Jus
Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3589, 29 abr. 2013 . Disponível em:
<http://jus.com.br/artigos/24247>. Acesso em: 22 nov. 2013.
PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal Brasileiro. 4.ª ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2004.
__________. Direito Penal Econômico. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2004.
TÓRTIMA, José Carlos. Despenalização do Delito Fiscal? in MACHADO, Hugo
de Brito (coord.). Sanções Penais Tributárias. São Paulo: Dialética; Fortaleza:
Instituto Cearense de Estudos Tributários – ICET, 2005. p. 478
10