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  Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Crimes Fiscais  Agente de Fiscalização Financei ra do TCE/SP  Teoria e Questões Comentadas Profs. Sérgio Mendes e Renan Araújo   Aula 00 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 41 AULA 0: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte I SUMÁRIO PÁGINA Apresentaç ão e Cronograma 1 Introdução à Lei de Responsabilidade Fiscal 4 Efeitos no Planejamento e no Orçamento: PPA, LDO e LOA 13 Efeitos no Processo Orçamentário 29 Memento (resumo) 33 Lista das questões comentadas nesta aula 35 Gabarito 41 Olá amigos! Como é bom estar aqui!  É com enorme satisfação que iniciamos este Curso de Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Crimes Fiscais para Agente de Fiscalização Financeira, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo  Teoria e Questões Comentadas! É casa nova! Novos desafios! Uma espetacular equipe de professores! Tudo voltado para a sua almejada aprovação!  Eu, Sérgio Mendes, estarei com você estudando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para o tema Lei de Crimes Fiscais, contaremos com o Prof. Renan Araújo, nosso professor de Direito Penal e Direito Processual Penal. Vou começar com minha breve apresentação: sou Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Atualmente estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e sou instrutor da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e das Semanas de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas da Escola de Administração Fazendária (ESAF). Especializei-me em Planejamento e Orçamento pela ENAP e sou pós-graduado em Orçamento Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (ISC/TCU). Fiz meu primeiro concurso público nacional aos 17 anos, ingressando na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e me graduei pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), concluindo meu bacharelado em Ciências Militares com ênfase em Intendência (Logística e Administração). Como Ofi cial do Exército, exerci as funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e Contratos. Sou servidor público desde 2001 e professor das disciplinas

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AULA 0: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte I

SUMÁRIO PÁGINA

Apresentação e Cronograma 1

Introdução à Lei de Responsabilidade Fiscal 4

Efeitos no Planejamento e no Orçamento: PPA, LDO e LOA 13

Efeitos no Processo Orçamentário 29

Memento (resumo) 33

Lista das questões comentadas nesta aula 35

Gabarito 41

Olá amigos! Como é bom estar aqui! 

É com enorme satisfação que iniciamos este Curso de Lei deResponsabilidade Fiscal e Lei de Crimes Fiscais para Agente deFiscalização Financeira, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo– Teoria e Questões Comentadas!

É casa nova! Novos desafios! Uma espetacular equipe deprofessores! Tudo voltado para a sua almejada aprovação! 

Eu, Sérgio Mendes, estarei com você estudando a Lei de ResponsabilidadeFiscal. Para o tema Lei de Crimes Fiscais, contaremos com o Prof. RenanAraújo, nosso professor de Direito Penal e Direito Processual Penal.

Vou começar com minha breve apresentação: sou Analista de Planejamento eOrçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Atualmente

estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e sou instrutor daEscola Nacional de Administração Pública (ENAP) e das Semanas deAdministração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas da Escolade Administração Fazendária (ESAF). Especializei-me em Planejamento eOrçamento pela ENAP e sou pós-graduado em Orçamento Público pelo InstitutoSerzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (ISC/TCU). Fiz meu primeiroconcurso público nacional aos 17 anos, ingressando na Escola Preparatória deCadetes do Exército (EsPCEx) e me graduei pela Academia Militar das AgulhasNegras (AMAN), concluindo meu bacharelado em Ciências Militares com ênfaseem Intendência (Logística e Administração). Como Oficial do Exército, exerci as

funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações eContratos. Sou servidor público desde 2001 e professor das disciplinas

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Administração Financeira e Orçamentária (AFO), Direito Financeiro ePlanejamento e Orçamento Governamental.

Com a palavra o Prof. Renan Araújo:

Olá, concurseiros!

Primeiramente, sinto-me muito honrado por ter recebido o convite do pessoaldo Estratégia Concursos para estar aqui ministrando as aulas sobre osCrimes Fiscais (Lei 10.028/00).

E aí, povo, preparados para receber

 

R$ 8.001,18 mensais? 

Meu nome é Renan Araujo, tenho 24 anos, sou Defensor Público Federal há umano, titular do 16° Ofício Cível da Defensoria Pública da União no Rio deJaneiro. Antes, porém, fui servidor da Justiça Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci ocargo de Técnico Judiciário, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pelaUNESA e pós-graduado em Direito Público pela Universidade Gama Filho.

Disse a vocês minha idade propositalmente. Minha trajetória de vida estáintimamente ligada aos Concursos Públicos. Desde o começo da Faculdade eusabia que era isso que eu queria pra minha vida! E querem saber? Isso faztoda a diferença! Algumas pessoas me perguntam como consegui sucesso nosconcursos em tão pouco tempo. Simples: Foco + Força de vontade +Disciplina. Não há fórmula mágica, não há ingrediente secreto! Basta querer ecorrer atrás do seu sonho! Acreditem em mim, isso funciona!

Como se trata de um público bastante heterogêneo (uns da área jurídica eoutros não), vou tentar ser o mais claro possível. Assim, jargões jurídicosserão evitados e, quando necessários, serão devidamente explicados.

Meu e-mail para contato é [email protected]

Meus queridos, no mais, desejo a todos uma boa maratona de estudose...MÃOS À OBRA!!

Passo a palavra de volta ao Prof. Sérgio Mendes:

Este é nosso edital da Fundação Carlos Chagas – FCC, dentro do tópicoLegislação Específica:

  Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000 (Lei de ResponsabilidadeFiscal);

  Lei nº 10.028, de 19/10/2000 (Lei de Crimes Fiscais).

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Buscando ser o mais completo e objetivo possível, serão 4 aulas,desenvolvidas da seguinte forma:

AULA CONTEÚDO DATA

Aula 0 

Lei de Responsabilidade Fiscal (Prof. Sérgio Mendes)

Disponível

Aula 1 20/12/2011

Aula 2 03/01/2012

Aula 3 Lei de Crimes Fiscais (Prof. Renan Araújo)

17/01/2012

Aula 4 31/01/2012

Conheça outros cursos do Prof. Sérgio Mendes atualmente no site!Acesse http://www.estrategiaconcursos.com.br/professores/3000/cursos 

 

Conheça outros cursos do Prof. Renan Araújo atualmente no site!Acesse http://www.estrategiaconcursos.com.br/professores/3209/cursos 

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1. INTRODUÇÃO À LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

1.1 Origens1.1.1 Antecedentes

Do início dos anos 80 até meados dos anos 90, a excessiva instabilidade daatividade econômica, principalmente devido ao descontrole inflacionário e asoscilações das taxas de juros, marcou a história econômica brasileira. Planoseconômicos não surtiam os efeitos pretendidos e as finanças públicas seapresentavam sempre desequilibradas.

Além disso, a conjuntura nacional com a transição dos governos militares paraos civis e a promulgação da Constituição Federal de 1988 (CF/1988) trouxeramincentivos e mecanismos para que a população passasse a reivindicar seusdireitos, os quais ensejaram mais despesas por parte do Estado.

Para dar resposta em caso de aumento de necessidades de gastos, o Estadoadota mecanismos que comprometem receitas futuras ao realizar despesas emmontantes superiores à sua arrecadação imediata. De acordo comAlbuquerque1, são exemplos:

  endividamento junto ao setor financeiro, por intermédio de operações deantecipação de receita orçamentária (ARO) ou de contratação deempréstimos;

  emissão de títulos públicos;  contratação de despesas acima dos limites autorizados na lei

orçamentária, gerando atrasados junto a fornecedores;  inscrição de despesas em restos a pagar;  concessão de benefícios de natureza continuada sem respaldo em

aumento permanente de receitas, comprometendo os orçamentosfuturos;

  concessão de subsídios e garantias por adoção de mecanismos de poucatransparência, como a contratação de empréstimos com taxas de juros

inferiores às de mercado, de forma que os custos efetivos dos benefíciossomente eram reconhecidos no futuro, quando então comprometia asreceitas e as finanças do Estado.

Acrescenta-se ainda o mecanismo de utilização da inflação para obter ganhoao postergar pagamentos, já que as dívidas do Estado não eram remuneradasadequadamente ou, em algumas vezes, sequer eram acrescidas de juros oucorreção monetária. Imagine, como exemplo, o ganho do Governo casohouvesse um atraso de uma semana no pagamento de fornecedores, dentro de

1 ALBUQUERQUE, Claudiano; MEDEIROS, Márcio e FEIJÓ, Paulo. Gestão de Finanças Públicas. 2. Ed.Brasília: Gestão Pública, 2008.

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um mês em que a inflação atingisse o patamar de 60%. No entanto, com oPlano Real, que culminou com o controle da inflação em meados da década de

90, não foi mais possível adiar o pagamento para se beneficiar da perda dopoder aquisitivo da moeda. Tal fato elevou ainda mais o endividamento dosentes.

A fim de que se evitassem tais mecanismos ou pelo menos se impusessemcontroles e limites ao seu uso, diversas iniciativas foram criadas, por exemplo,aquelas direcionadas ao equacionamento da dívida de estados e municípios.Ainda, para que as finanças públicas seguissem regras claras e estruturadasque fossem capazes de evitar novos desequilíbrios e induzissem melhorespráticas de gestão em todos os entes, foi editada a Lei Complementar n° 101,

de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Aresponsabilidade fiscal visa evitar que os entes da Federação gastem mais doque aquilo que arrecadam; ou, se necessário, que tais entes recorram aoendividamento apenas caso sigam regras rígidas e transparentes.

Coadunando-se com a existência de dificuldade de cumprimento de regrassobre as finanças públicas, Lima2  afirma que “uma das questões maisintricadas é envolver os diversos entes da Federação nas regras fiscais. Naclássica divisão de Musgrave sobre as funções do governo na economia, afunção estabilizadora fica a cargo do governo federal. Sem umaresponsabilidade direta sobre o controle da inflação, as demais esferas acabampor impor ônus excessivos ao governo federal, na ausência de outrassalvaguardas que assegurem a efetiva disciplina fiscal dos entes subnacionais.Neste contexto é que a Lei de Responsabilidade Fiscal brasileira procuroutrazer obrigações para a União, para os estados e para os municípios.Reconstituindo-se o debate da época, pode-se, todavia, identificar que oobjetivo principal foi o controle de estados e municípios.”  

De acordo com Nascimento e Debus3, no que diz respeito a experiências deoutros países, a LRF incorpora alguns princípios e normas, tomados comoreferencial para a elaboração da Lei de Responsabilidade Fiscal. São eles:

  o Fundo Monetário Internacional, organismo do qual o Brasil é Estado-membro, e que tem editado e difundido algumas normas de gestãopública em diversos países;

  a Nova Zelândia, através do Fiscal Responsibility Act, de 1994;  a Comunidade Econômica Européia, a partir do Tratado de Maastricht; e,

2 LIMA, Edilberto. Breves Comentários sobre a Experiência Internacional com Leis de

Responsabilidade Fiscal. In Responsabilidade na Gestão Pública: os Desafios dos Municípios. Brasília:Câmara dos Deputados, 2008.3 NASCIMENTO, Edson Ronaldo e DEBUS, Ilvo. Entendendo a Lei de Responsabilidade Fiscal.Brasília: Ministério da Fazenda, 2002. 

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  os Estados Unidos, cujas normas de disciplina e controle de gastos dogoverno central levaram à edição do Budget Enforcement Act, aliado ao

princípio de “accountability”.

Ainda, segundo os autores, esses exemplos, embora tomados como referênciapara a elaboração da versão brasileira da Lei de Responsabilidade Fiscal, nãoforam os únicos parâmetros utilizados, já que não existe um manual ótimo definanças públicas que possa ser utilizado indiferentemente por qualquer nação.

1.1.2 Amparo Constitucional

A LRF é a lei complementar decorrente de vários dispositivos da Constituição

Federal de 1988. Destaca-se a determinação do art. 163 da CF/1988: Art. 163. Lei complementar disporá sobre:I - finanças públicas;II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações edemais entidades controladas pelo Poder Público;III - concessão de garantias pelas entidades públicas;IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios;VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União,resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadasao desenvolvimento regional.

A Lei de Responsabilidade Fiscal também decorre do art. 169 da CF/1988, oqual dispõe que a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limitesestabelecidos em lei complementar. Tal lei complementar é a própria LRF. Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidosem lei complementar.

Ainda, a LRF também atende explicitamente ao art. 250 da CF/1988: Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dosbenefícios concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aosrecursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre anatureza e administração desse fundo.

Na LRF: Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o Fundo do Regime

Geral de Previdência Social, vinculado ao Ministério da Previdência e

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 Assistência Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dosbenefícios do regime geral da previdência social.

Finalizando, a LRF aborda, em parte, o previsto nos incisos I e II do parágrafo9º do art. 165:§ 9º - Cabe à lei complementar:I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e aorganização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administraçãodireta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento defundos.

É importante destacar que a LRF estabelece normas de finanças públicasvoltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi depreencher as lacunas da Lei 4.320/1964, tampouco revogá-la. Os dispositivosda Lei 4320/1964 continuam regendo o ciclo orçamentário. O que a LRF abordasão alguns pontos do art. 169 da CF/1988, por exemplo, quando acrescentafunções à LOA e à LDO, porém ela não é ainda a aguardada Lei Complementarque disciplinará todo o art. 169 e revogará a Lei 4.320/1964.

1.2 Princípios

A LRF tem como base alguns princípios, os quais nortearam sua concepção esão essenciais para sua aplicação até os dias de hoje. Esses pilares, dos quaisdepende o alcance de seus objetivos, são o planejamento, a transparência, ocontrole e a responsabilização.

O planejamento consiste, basicamente, em determinar os objetivos aalcançar e as ações a serem realizadas, compatibilizando-as com os meiosdisponíveis para a sua execução. A LRF trata de planejamento quando, porexemplo, traz condições para a geração de despesa e para o endividamento,estabelece metas fiscais e acrescenta mais regras para os instrumentos de

planejamento e orçamento.

A transparência exige que todos os atos de entidades públicas sejampraticados com publicidade e com ampla prestação de contas em diversosmeios. A LRF determina ampla divulgação, inclusive em meio eletrônico, dosinstrumentos de planejamento e orçamento, da prestação de contas e dediversos relatórios e anexos. Como exemplo, o Poder Executivo demonstrará eavaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiênciapública na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional ouequivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

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O controle permite gerenciar o risco por meio de ações fiscalizadoras e deimposição de prazos na gestão de políticas e de procedimentos, que podem ser

de natureza legal, técnica ou de gestão. A LRF impõe controle de limites eprazos, bem como de sanções em caso de descumprimento.

A responsabilização é a obrigação de prestar contas e responder por suasações. Como exemplo, a LRF impõe aos entes suspensão de recebimento detransferências voluntárias e de realização de operações de crédito em caso dedescumprimento de suas normas.

1.3 Objetivos

O art. 1º da LRF traz seus objetivos: Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicasvoltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada etransparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas deresultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições noque tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, daseguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações decrédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscriçãoem Restos a Pagar. 

Assim, são objetivos da LRF:

Estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade nagestão fiscal: é o principal objetivo da LRF, do qual decorrem os demais;

Ação planejada: a LRF, como uma lei complementar que segue os ditamesconstitucionais, adota os mesmos instrumentos de planejamento e orçamentoda CF/1988: PPA, LDO e LOA, acompanhados de decretos e relatórios que

visam subsidiar as decisões. A ação deve ser planejada na forma de leis a fimde que seja submetida à apreciação legislativa, para a discussão, votação eaprovação. O planejamento é essencial para a garantia da utilização dos meiosadequados, cumprimento de prazos e alcance de resultados;

Ação transparente: a LRF enfatiza a transparência em vários dispositivos. Porexemplo, assegura o incentivo à participação popular e realização deaudiências públicas; liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento dasociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execuçãoorçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e a

disponibilização das contas do Chefe do Poder Executivo durante todo o ano;

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Prevenção de riscos capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas: a LRFestabelece mecanismos para que exista precaução em condições de incerteza,

atribuindo maior confiabilidade ao planejamento e prevenindo osdesequilíbrios. Destacam-se a inclusão da reserva de contingência na LOA e aprevisão de um anexo de riscos fiscais na Lei de Diretrizes Orçamentárias emque serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetaras contas públicas;

Correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas: a partirde um bom planejamento, têm-se parâmetros que permitam comparações e aidentificação de desvios. A LRF traz vários dispositivos visando conter desviosque desequilibram as contas públicas, como os limites de despesas com

pessoal e o que ocorrerá caso o Poder ou órgão se aproxime ou extrapole taislimites;

Cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e à obediênciaa limites e condições no que tange à renúncia de receita, geração de despesascom pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária,operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão degarantia e inscrição em Restos a Pagar: são todos tópicos destacados na LRF,visando também ao equilíbrio das contas públicas.

Já de acordo com Machado4, os objetivos da LRF são impactar o modelo degestão do setor público na direção de: fortalecer o controle centralizado dasdotações orçamentárias, na medida em que exigem o estabelecimento delimites totais de gasto e definem limites específicos para algumas despesas;estreitar os vínculos entre PPA, LDO e LOA, criando mecanismos para que afase da execução não se desvie do planejamento inicial; fortalecer osinstrumentos de avaliação e controle da ação governamental.

1.4 Abrangência

As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios. Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios, estão compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, nesteabrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;bem como  as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias,fundações e empresas estatais dependentes. Ainda, a Estados entende-seconsiderado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas estão incluídos:Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver,Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.

4 MACHADO, N. Sistema de Informação de Custo: diretrizes para integração ao Orçamento Público e àContabilidade Governamental. Brasília: Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, 2005.

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As disposições daLRF obrigam a

União, os Estados,o Distrito Federale os Municípios. 

Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

Municípios, estão compreendidos  o Poder Executivo, o PoderLegislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o PoderJudiciário e o Ministério Público; bem como  as respectivasadministrações diretas, fundos, autarquias, fundações eempresas estatais dependentes.Ainda, a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; e aTribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas daUnião, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver,Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas doMunicípio.

É importante nesse conceito esclarecermos dois pontos:O que seria uma empresa estatal dependente?Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedadecuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ouindiretamente, a ente da Federação.Já uma empresa estatal dependente é uma empresa controlada, masque recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento dedespesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos,no último caso, aqueles provenientes de aumento de participaçãoacionária.A empresa estatal não dependente (ou independente) não faz parte do campode aplicação da LRF.Estudaremos a empresa estatal dependente nos próximos tópicos.

Tribunal de Contas dos Municípios é diferente de Tribunal de Contas doMunicípio?Sim. Há apenas dois Tribunais de Contas do Município, pois há vedaçãoconstitucional para a instituição de Cortes de Contas municipais, ressalvadosos Tribunais de Contas do Município de São Paulo e o do Rio de Janeiro,criados antes da CF/1988. Tais Tribunais têm competência para processar e julgar contas exclusivamente do município onde foi criado e não dos outrosmunicípios do Estado. Porém, não há impedimento para que o Estado instituaTribunais de Contas dos Municípios, para apreciar e julgar exclusivamente ascontas dos municípios integrantes de seu território. Mas há apenas quatroTribunais de Contas dos Municípios (Bahia, Ceará, Pará e Goiás). Osmunicípios dos outros Estados que não possuem Tribunais de Contas dosMunicípios estão sob a jurisdição dos Tribunais de Contas Estaduais.

Para os efeitos da LRF, entende-se como ente da Federação aUnião, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município.

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1) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) Estão fora doalcance da Lei Complementar nº 101/2000, NÃO se-lhes aplicando assuas disposições,(A) os Tribunais de Contas dos Municípios.(B) as Organizações não-governamentais.(C) o Poder Judiciário dos Estados.(D) o Ministério Público dos Estados.

(E) as Câmaras de Vereadores.

As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e osMunicípios.  Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios, estão compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, nesteabrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;bem como  as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias,fundações e empresas estatais dependentes. Ainda, a Estados entende-seconsiderado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas estão incluídos:Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver,

Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.Logo, as organizações não governamentais estão fora do alcance da LRF.Resposta: Letra B

2) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010)Considera-se ente da Federação(A) somente a União, os Estados e o Distrito Federal.(B) a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município.(C) somente a União e o Distrito Federal.(D) somente a União e suas autarquias.

(E) somente a União e os Estados.Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como ente da Federação:a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município (art. 2°, I, da LRF).Resposta: Letra B

3) (FCC – Promotor - MPE/PE – 2008) A Lei de Responsabilidade Fiscal(A) é uma lei complementar que prevê crimes de responsabilidade.(B) define os limites mínimos de despesas com pessoal da União, dosEstados e do Distrito Federal.(C) disciplina a renúncia de receita, apresentando as condições parasua efetivação.

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(D) disciplina o plano plurianual, definindo de forma enumerada seuobjeto.

(E) é omissa quanto às operações créditos de cada ente da Federação.

a) Errada. A LRF é uma lei complementar, porém não prevê crimes deresponsabilidade.b) Errada. A LRF define os limites máximos de despesas com pessoal daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.c) Correta. A LRF traz diversas condições para que se realize a renúncia dereceita.d) Errada. A LRF não define o objeto do Plano Plurianual.e) Errada. A LRF disciplina as operações créditos.

Resposta: Letra C4) (FCC - Analista Judiciário – Contadoria - TRF 2ª Região – 2007)Dispensada do relatório de gestão fiscal, está a movimentaçãofinanceira dea) empresas públicas que dependem de recursos do Caixa Central.b) fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.c) empresas estatais que do erário nunca recebem recursos paracusteio.d) fundos especiais.e) toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista.

As empresas estatais que do erário nunca recebem recursos para custeio sãoconsideradas não dependentes. São estatais autossustentáveis, que não fazemparte do campo de aplicação da LRF e, portanto, suas movimentaçõesfinanceiras não estão no relatório de gestão fiscal.Resposta: Letra C

5) (FCC - Auditor Fiscal Tributário Municipal/SP – 2007) Analise asafirmações abaixo.I. Dispõe o artigo 163, inciso I, da Constituição Federal, que a leiordinária disporá sobre finanças públicas.II. A lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) estabelece normasde finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.III. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) se refere àresponsabilidade na gestão fiscal e não dispõe sobre finanças públicas.Está correto o que se afirma APENAS ema) I.b) II.c) III.d) I e III.

e) II e III.

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I) Errada. Dispõe o artigo 163, inciso I, da Constituição Federal, que a leicomplementar disporá sobre finanças públicas.

II) Correta. Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicasvoltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo IIdo Título VI da Constituição (art. 1° da LRF).III) Errada. A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para aresponsabilidade na gestão fiscal.Logo, está correto o que se afirma apenas em II.Resposta: Letra B

2. EFEITOS NO PLANEJAMENTO E NO ORÇAMENTO: PPA, LDO E LOA

2.1 Plano PlurianualO Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a LeiOrçamentária Anual (LOA) são as leis ordinárias que regulam o planejamentoe o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leisconstituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam umplanejamento estrutural das ações governamentais.

O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do GovernoFederal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e

metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outrasdelas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período dequatro anos, podendo ser revisado a cada ano.

O art. 3º da LRF, que era o único que versava exclusivamente sobre o PPA,foi vetado. O caput deste artigo estabelecia que o projeto de lei do planoplurianual deveria ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiroperíodo da sessão legislativa, enquanto o § 2º obrigava o seu envio, ao PoderLegislativo, até o dia 30 de abril do primeiro ano do mandato do Chefe doPoder Executivo. O veto ocorreu porque isso representaria não só umreduzido período para a elaboração dessa peça, por parte do Poder Executivo,como também para a sua apreciação pelo Poder Legislativo, inviabilizando oaperfeiçoamento metodológico e a seleção criteriosa de programas e açõesprioritárias de governo.

No entanto, o PPA aparece em alguns dispositivos da LRF, como, porexemplo: A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duraçãosuperior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1° do art. 167 

da Constituição (art. 5°, § 5°, da LRF).

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Assim, no que se refere à elaboração do PPA, o planejamento governamentaltambém foi afetado pela aprovação da LRF, mesmo com o veto do principal

artigo.

6) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 1ª – 2011)Consoante Lei Complementar nº 101/2000, a dotação parainvestimento com duração superior a um exercício financeiro somenteserá consignada na Lei Orçamentária desde que

(A) esteja prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias ou nos créditossuplementares e especiais.(B) esteja prevista no Plano Plurianual ou em lei que autorize a suainclusão.(C) conste no programa de governo, classificada em despesa decapital, e esteja prevista no Plano Plurianual e na Lei de DiretrizesOrçamentárias.(D) conste no Orçamento de Investimento e esteja classificada emdespesa de Capital.(E) esteja prevista no Plano Plurianual e classificada em despesa de

capital, com recursos financeiros suficientes para sua execução.A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duraçãosuperior a um exercício financeiro que não esteja previsto no planoplurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no §1° do art. 167 da Constituição (art. 5°, § 5°, da LRF).Resposta: Letra B

2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias 

2.2.1 A Lei de Diretrizes Orçamentárias na LRF De acordo com a CF/1988, a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá asmetas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas decapital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da leiorçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária eestabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais defomento.A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejandoser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento

operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de terconseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quaisdificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos

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estratégicos existentes antes da CF/1988.

Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que aLei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f , aumentou orol de funções da LDO, visando manter o equilíbrio entre receitas e despesas: Art. 4.° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.° do art.165 da Constituição e:I – disporá também sobre:a) equilíbrio entre receitas e despesas;b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.ºdo art. 31;

(...)e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas.

Segundo a LRF, a LDOdisporá sobre:

Equilíbrio entre receitas e despesas.

Critérios e forma de limitação de empenho, caso a

realização da receita possa não comportar ocumprimento das metas de resultado primário ounominal previstas.

Normas relativas ao controle de custos e à avaliaçãodos resultados dos programas financiados comrecursos dos orçamentos.

Demais condições e exigências para transferênciasde recursos a entidades públicas e privadas.

Ainda, são atribuições da LDO, consoante a LRF:  conter autorização para que os municípios contribuam para o custeio de

despesas de competência de outros entes da Federação (art. 62, I);  estabelecer exigências para a realização de transferência voluntária (art.

25, § 1o);  estabelecer condições para a destinação de recursos para, direta ou

indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits depessoas jurídicas (art. 26);

  dispor sobre o impacto e o custo fiscal das operações realizadas peloBanco Central do Brasil, o qual serão demonstrados trimestralmente (art.

7o, § 2o);

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  dispor sobre programação financeira e o cronograma de execuçãomensal de desembolso estabelecido pelo Poder Executivo até trinta dias

após a publicação dos orçamentos (art. 8o

);  estabelecer para os Poderes e o Ministério Público critérios de limitaçãode empenho e movimentação financeira se verificado, ao final de umbimestre, que a realização da receita poderá não comportar ocumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidasno Anexo de Metas Fiscais (art. 9o);

  ressalvar as despesas que não serão submetidas à limitação de empenho(art. 9o, § 2o);

  dispor sobre a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício denatureza tributária da qual decorra renúncia de receita (art. 14);

 dispor sobre despesa considerada irrelevante, para efeitos de geração dedespesa (art. 16, § 3o);

  dispor sobre a inclusão de novos projetos na LOA ou nas leis de créditosadicionais, após adequadamente atendidos os em andamento econtempladas as despesas de conservação do patrimônio público (art.45).

  Excepcionalizar a contratação de hora extra, quando for alcançado olimite prudencial das despesas com pessoal, o qual é de 95% da ReceitaCorrente Líquida (art. 22, § Único, Inciso V).

Tais atribuições da LDO serão estudadas ao longo de nossas aulas, de acordocom temas a que a LDO deve se referir.

2.2.2 Os Anexos de Metas e Riscos Fiscais 

Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO:§ 1.° Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de MetasFiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes econstantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário emontante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os doisseguintes.

Para obrigar os administradores públicos a ampliar os horizontes doplanejamento, as metas devem ser estimadas para o exercício a que sereferem e os dois seguintes. As metas fiscais são valores projetados para oexercício financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servemde parâmetro para a elaboração e a execução do orçamento.

O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadase as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é

mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitasarrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas do

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principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas.

Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá (§ 2.º):I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia decálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com asfixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas comas premissas e os objetivos da política econômica nacional;III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação deativos;IV – avaliação da situação financeira e atuarial:

a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos edo Fundo de Amparo ao Trabalhador;b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e damargem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Note que além das metas futuras (§ 1.º), o art. 4º da LRF determina que aLDO contenha uma avaliação dos resultados passados (incisos I e II do § 2.º),o que dá subsídios para projeções consistentes das metas a serem alcançadas.

No inciso III do mesmo parágrafo, a LRF demonstra preocupação com adeteriorização do patrimônio público, ao exigir que os recursos obtidos com aalienação de ativos, como os provenientes de privatizações, tenham destaqueno anexo de metas fiscais da LDO. Tal determinação permite avaliar aevolução do patrimônio líquido do ente, por exemplo, verificando se as receitasde alienações estão sendo reaplicadas em investimentos, o que mantém opatrimônio líquido; ou se estão sendo usadas em gastos de custeio, o que faz opatrimônio líquido diminuir.

Já o inciso IV visa evitar que os recursos de fundos de natureza previdenciáriasejam utilizados em finalidade diversa da programada, o que era muito comum

no passado. O que a LRF objetiva é garantir a viabilidade econômico-financeirados fundos ao protegê-los de uso indevidos e assegurando a utilização apenasnas finalidades previstas em seus estatutos, como nos pagamentos depensões, complementação de aposentadorias e subsídios às despesas médicasde titulares e dependentes.

Concluindo o parágrafo, o inciso V alinha ações, resultados e transparência, aoexigir que o anexo de metas fiscais demonstre a previsão de renúncia dereceitas e da expansão das despesas obrigatórias continuadas, quenormalmente trazem heranças fiscais para mandatos seguintes. Por exemplo,

ao aumentar a remunerações dos servidores públicos, um prefeito passaráessa obrigação para todos os seus sucessores, já que as remunerações são

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irredutíveis. Tal despesa obrigatória continuada deverá estar prevista no anexode metas fiscais.

Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serãoavaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contaspúblicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Anexo de Riscos Fiscais ≠

Anexos de Metas Fiscais 

No Anexo de Riscos Fiscais serão avaliadosos passivos contingentes e outros riscoscapazes de afetar as contas públicas,informando as providências a serem tomadas,

caso se concretizem.

Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida.Riscos Fiscais Orçamentários: estão relacionados à possibilidade de asreceitas e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentáriaanual não se confirmarem durante o exercício financeiro.Com relação à receita orçamentária, algumas variáveis macroeconômicaspodem influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais

podem-se destacar: o nível de atividade da economia e as taxas de inflação,câmbio e juros. A redução do Produto Interno Bruto – PIB, por exemplo,provoca queda na arrecadação de tributos por todos os entes da federação.No que diz respeito à despesa orçamentária, a criação ou ampliação deobrigações decorrentes de modificações na legislação, por exemplo, requeralteração na programação original constante da Lei Orçamentária.Riscos Fiscais da Dívida: estão diretamente relacionados às flutuações devariáveis macroeconômicas, tais como taxa básica de juros, variação cambiale inflação. Para a dívida indexada ao Sistema Especial de Liquidação eCustódia – SELIC, por exemplo, um aumento sobre a taxa de jurosestabelecido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasilelevaria o nível de endividamento do governo.

Já os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existênciadependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso edívidas em processo de reconhecimento. Assim, os precatórios não seenquadram no conceito de Risco Fiscal por se tratarem de passivos “efetivos” enão de passivos contingentes, pois, conforme estabelecido pelo art. 100, § 5ºda Constituição Federal, é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidadesde direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos,oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios

 judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o finaldo exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente

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Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo

específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bemcomo os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis,e também as metas de inflação, para o exercício subsequente.

7) (FCC – Procurador de Contas - TCE/RO – 2010) São partesintegrantes da lei de diretrizes orçamentárias os anexos de

( A) Metas Fiscais e de Desempenho dos Servidores.(B) Compatibilidade Orçamentária e de Resultado Operacional.( C) Metas Fiscais e de Riscos Fiscais.( D) Desempenho dos Servidores e de Riscos Fiscais.(E) Resultado Operacional e de Riscos Fiscais.

Integram a LDO os anexos de metas fiscais e de riscos fiscais.Resposta: Letra C

8) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) As

metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública,para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, serãoestabelecidas no(A) Anexo de Resultado Primário.(B) Plano Plurianual.(C) Anexo de Riscos Fiscais.(D) Anexo de Metas Fiscais.(E) Orçamento Anual.

Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de MetasFiscais , em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes econstantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário emontante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os doisseguintes (art. 4°, § 1°, da LRF). Resposta: Letra D

9) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) A meta relativa ao montante da dívidapública, para o exercício a que se referir e para os dois seguintes, emvalores correntes e constantes, será estabelecida no Anexo de(A) Programação Orçamentária.(B) Passivos Permanentes.(C) Riscos Fiscais.

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(D) Programação Financeira.(E) Metas Fiscais.

Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de MetasFiscais , em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes econstantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário emontante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os doisseguintes (art. 4°, § 1°, da LRF). Resposta: Letra E

10) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011)Analise as seguintes afirmações relativas à Lei das Diretrizes

Orçamentárias:I. Disporá sobre critérios e forma de limitação de empenho quando asmetas de resultado primário e nominal do ente público não possam seralcançadas.II. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeirasoficiais de fomento.III. Estabelecerá as despesas de capital para os dois exercíciosfinanceiros subsequentes.IV. Conterá Anexo de Metas Fiscais, onde serão avaliados os passivoscontingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.Está correto o que se afirma APENAS em(A) I e II.(B) I e III.(C) II e III.(D) II e IV.(E) III e IV.

I) Correto. A LDO disporá sobre critérios e forma de limitação de empenhoquando as metas de resultado primário e nominal do ente público não puderemser alcançadas.II) Correto. A LDO estabelecerá a política de aplicação das agências financeirasoficiais de fomento.III) Errado. A LDO disporá sobre as despesas de capital para o exercíciosubsequente.IV) Errado. A LDO conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados ospassivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.Logo, está correto o que se afirma apenas em I e II.Resposta: Letra A

11) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Considere as assertivas abaixo.I. A Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais,

onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes

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de afetar as contas públicas, informando as providências a seremtomadas caso se concretizem.

II. O anexo de metas fiscais deverá integrar a Lei Orçamentária Anual,que demonstrará a evolução do patrimônio líquido da entidade, noexercício a que se referir.III. A avaliação financeira e atuarial dos fundos de previdência estácompreendida no Anexo de Metas Fiscais da Lei de DiretrizesOrçamentárias.Está correto o que se afirma em(A) I, apenas.(B) II, apenas.(C) III, apenas.

(D) I e III, apenas.(E) I, II e III.

I) Correta. A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais,onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes deafetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, casose concretizem (art. 4°, § 3°, da LRF).II) Errada. O anexo de metas fiscais deverá integrar a Lei de DiretrizesOrçamentárias, que demonstrará a evolução do patrimônio líquido, tambémnos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursosobtidos com a alienação de ativos (art. 4°, § 2°, IV, da LRF).III) Correta. O Anexo de Metas fiscais conterá, ainda, avaliação da situaçãofinanceira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dosservidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; e dos demaisfundos públicos e programas estatais de natureza atuarial (art. 4°, § 2°, III, daLRF).Logo, está correto o que se afirma em I e III.Resposta: Letra D

2.3 Lei Orçamentária Anual

2.3.1 Empresa Estatal Dependente

Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes,precisaremos relembrar o importante conceito de empresa estatal dependente,citado em tópicos anteriores.Segundo a LRF, uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria docapital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente daFederação.

Empresa estatal dependente é uma empresa controlada, mas que recebe

do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas compessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último

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caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal

considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da SeguridadeSocial. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresasestatais não dependentes.

Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não fazparte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram aLOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenhaliberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobreos investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de EconomiaMista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF porque tem que

ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro lado, o Estadodeve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus investimentos e apopulação deve ter conhecimento, por isso ela compõe o Orçamento deInvestimentos.

Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter,portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha demercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e érelevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Assim,possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do OrçamentoFiscal e da Seguridade Social.

A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) éresponsável pela coordenação do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Jáo Orçamento de Investimentos é coordenado pelo Departamento deCoordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST). São duasestruturas totalmente diferentes integrantes do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão (MPOG). Apenas ao final do processo, para fins deconsolidação final da LOA, o DEST envia a SOF o Orçamento de Investimentos.

E as despesas de custeio das estatais não dependentes?Tais despesas não estão na LOA, já que não usam dinheiro decorrente daarrecadação de tributos. As empresas não dependentes geram seus própriosrecursos para arcar com seus gastos de manutenção e pessoal, por exemplo,com a venda de produtos ou prestação de serviços. Tal orçamento operacional,também coordenado pelo DEST, integra o Plano de Dispêndios Globais - PDG eintegrará apenas um anexo da mensagem que encaminha o PLOA, sendoaprovado por Decreto. O PDG é um conjunto sistematizado de informaçõeseconômico-financeiras, com o objetivo de avaliar o volume de recursos edispêndios, a cargo das estatais, compatibilizando-o com as metas de política

econômica governamental (necessidade de financiamento do setor público).

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Vamos interpretar o conceito de empresa estatal dependente da LRF:

Empresa EstatalDependente

É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedadecuja maioria do capital social com direito a votopertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

Porém, que receba do ente controlador recursosfinanceiros para pagamento de despesas com pessoalou de custeio em geral ou de capital.

Sendo que, no caso das despesas de capital, casoreceba apenas recursos provenientes de aumento departicipação acionária, não será considerada estatal

dependente.

Sendo estatal dependente, integrará o OrçamentoFiscal e da Seguridade Social e seguirá a LRF.

Se for não dependente, integrará o Orçamento deInvestimentos e não seguirá a LRF.

Vale mencionar o disposto na Resolução nº 43/2001 do Senado Federal, queseu art. 2º define de forma mais completa o conceito de empresa estatal

dependente:II - empresa estatal dependente: empresa controlada pelo Estado, pelo DistritoFederal ou pelo Município, que tenha, no exercício anterior, recebido recursosfinanceiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso,aqueles provenientes de aumento de participação acionária, e tenha, noexercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursosfinanceiros com idêntica finalidade.

Repare que o conceito é basicamente o mesmo. O que diferencia a LRF da

referida Resolução é que os recursos destinados ao pagamento de despesascom pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso,aqueles provenientes de aumento de participação acionária, devem ter sidorecebidos pela empresa no exercício anterior para que a consideremos comoestatal dependente. Além disso, a estatal deve ter, no exercício corrente,autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros comidêntica finalidade.

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2.3.2 A Lei Orçamentária Anual na LRF

A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, oprojeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o planoplurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias:I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dosorçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais daLDO;II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre asreceitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios ebenefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como dasmedidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas

obrigatórias de caráter continuado;III – conterá reserva de contingência , cuja forma de utilização e montante,definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO,destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventosfiscais imprevistos.

A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura decréditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas,contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, comvistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais.

O mesmo artigo 5º da LRF também dá destaque à dívida pública, aodeterminar que constarão da LOA todas as despesas relativas à dívida pública,mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. Ainda, tem-se que orefinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentáriae nas de crédito adicional.Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na leiorçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal eencargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios eassistência aos servidores, e a investimentos.

Atenção: a lei orçamentária não consignará dotação para investimento comduração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no planoplurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.

Assim:

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Segundo a LRF, aLOA:

Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA ea LDO.

Conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade daprogramação dos orçamentos com os objetivos e metasconstantes do anexo de metas fiscais da LDO;

Será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito,sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributáriae creditícia, bem como das medidas de compensação a renúnciasde receita e ao aumento de despesas obrigatórias de carátercontinuado;

Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e

montante, definido com base na receita corrente líquida, serãoestabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivoscontingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliáriaou contratual, e as receitas que as atenderão.

O refinanciamento da dívida pública constará separadamente naLOA e nas de crédito adicional.

Ainda, da mesma forma que a LDO, a LOA poderá conter autorização para que

os municípios contribuam para o custeio de despesas de competência deoutros entes da Federação.

12) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AP – 2010) NÃO é parteintegrante do orçamento anual(A) a reserva de contingência.

(B) o anexo de riscos fiscais.(C) o orçamento de investimento.(D) o orçamento da seguridade social.(E) o orçamento fiscal.

a) Correto. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual,elaborado de forma compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizesorçamentárias conterá, entre outros, reserva de contingência, cuja forma deutilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serãoestabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e

outros riscos e eventos fiscais imprevistos.b) É a incorreta. O anexo de riscos fiscais integra a LDO.

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c) d) e) Corretas. Pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, daseguridade social e de investimentos das estatais.

Resposta: Letra B

13) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro - TCE/RO – 2010)Constará da Lei Orçamentária Anual o(A) Anexo de Riscos Fiscais.(B) Relatório da Gestão Fiscal.(C) Orçamento da Seguridade Social.(D) Orçamento Monetário do Banco Central.(E) Anexo de Metas Fiscais.

a) Errada. O Anexo de Riscos Fiscais integra a LDO.b) Errada. O Relatório da Gestão Fiscal não integra nenhum dos instrumentosde planejamento e orçamento. Ao final de cada quadrimestre será emitidopelos titulares dos Poderes e órgãos.c) Correto. O Orçamento da Seguridade Social compõe a LOA, juntamente como Orçamento Fiscal e de Investimento das Estatais.d) Errado. O Orçamento Monetário foi extinto.e) Errado. O Anexo de Metas Fiscais integra a LDO.Resposta: Letra C

14) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010)Considera-se empresa controlada a sociedade(A) de capital aberto em que a União detenha mais de 20% e menosde 50% das ações.(B) que presta serviços de qualquer natureza para a União, os Estadose Municípios.(C) cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ouindiretamente, a ente da Federação.(D) que mantém convênio com a União, os Estados ou Municípios.(E) cujo capital social pertença à União em sua integralidade.

Empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direitoa voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação (art. 2°,II, da LRF).Resposta: Letra C

15) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008)Da Lei Orçamentária Anual(A) constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliáriaou contratual, e as receitas que as atenderão.(B) constará o anexo de Metas Fiscais.

(C) constará a avaliação da situação financeira e atuarial do regimegeral de previdência social e o próprio dos servidores públicos.

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(D) constarão as condições e as exigências para transferências derecursos a entidades públicas e privadas.

(E) constará a política de aplicação das agências financeiras oficiais defomento.

a) Correta. Na LOA constarão todas as despesas relativas à dívida pública,mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão.b) c) d) e) Erradas. Trata-se de matérias atinentes à LDO.Resposta: Letra A

16) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Considerando os dispositivosda Lei Complementar nº 101/2000 que tratam da Lei Orçamentária

Anual, está correto o que se afirma em:(A) a reserva de contingência será definida com base no superávitfinanceiro verificado no Balanço Patrimonial.(B) o projeto de lei orçamentária anual será acompanhado dedemonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios denatureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas decompensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas deinvestimentos.(C) a lei orçamentária não consignará dotação para investimento comduração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto noplano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.(D) a reserva de contingência será definida com base na receita bruta.(E) a lei orçamentária conterá Anexo de Metas Fiscais, demonstrandosua compatibilidade com a Lei de Diretrizes orçamentárias.

a) d) Erradas. O projeto de lei orçamentária anual conterá reserva decontingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base nareceita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada aoatendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscaisimprevistos (art. 5º, III, da LRF).b) Errada. O projeto de lei orçamentária anual será acompanhado dodemonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de naturezafinanceira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação arenúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de carátercontinuado (art. 5º, II, da LRF).c) Correta. A lei orçamentária não consignará dotação para investimento comduração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no planoplurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no §1° doart. 167 da Constituição (art. 5°, § 5°, da LRF).

e) Errada. O Anexo de Metas Fiscais integra a Lei de Diretrizesorçamentárias.

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Resposta: Letra C

17) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) O projeto de lei orçamentária anual,elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual, com a Lei deDiretrizes Orçamentárias e com as normas da Lei de ResponsabilidadeFiscal, disporá sobre(A) a variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos.(B) a forma de realização de despesas sem prévio empenho.(C) o cálculo do baixo crescimento da taxa de variação acumuladasobre o PIB.(D) a reserva de contingência destinada ao atendimento de passivoscontingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

(E) as formas de compra de títulos da dívida e a data de sua colocaçãono mercado.

O projeto de lei orçamentária anual conterá reserva de contingência, cujaforma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida,serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivoscontingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos (art. 5º, III, da LRF).Resposta: Letra D

18) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Sobreorçamento, é correto afirmar que(A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas edespesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios ebenefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é objeto doplano plurianual.(B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente sãoobjeto do plano plurianual.(C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto dalei de diretrizes orçamentárias.(D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federalpara as despesas relativas aos programas de duração continuada sãoprevistas na lei de diretrizes orçamentárias.(E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n°101/00 − Lei de Responsabilidade Fiscal. 

a) Errada. O demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas edespesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefíciosde natureza financeira, tributária e creditícia é objeto da LOA.b) Errada. As despesas de capital para o exercício financeiro subsequente sãoobjeto da LDO.c) Correta. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e

prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capitalpara o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei

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orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária eestabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de

fomento.d) Errada. As diretrizes, objetivos e metas da administração pública federalpara as despesas relativas aos programas de duração continuada são previstasno PPA.e) Errada. O objeto do plano plurianual vem definido na CF/1988. Resposta: Letra C

3. EFEITOS NO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

3.1 Previsão de Receitas

A previsão (ou planejamento) se configura por meio da estimativa dearrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultantede metodologia de projeção de receitas orçamentárias.

Segundo o art. 12 da LRF: 

 

 Art. 12.  As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarãoos efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do

crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadasde demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os doisseguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissasutilizadas.

Assim, são parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alteraçõesna legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e aconcessão de créditos tributários. Deve ser considerada, ainda, a variação doíndice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fatorrelevante.

Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dosdemais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazofinal para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e asestimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da correntelíquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o MinistérioPúblico) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para oPoder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio daproposta consolidada ao Legislativo. Para que os demais Poderes possam

elaborar suas propostas parciais, devem ter disponíveis em tempo hábil osestudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente.

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3.2 Reestimativa de Receitas

No que se refere às estimativas de Receitas, no afã de conseguir mais recursospara emendas parlamentares, o Poder Legislativo poderia tentar, semembasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados peloPoder Executivo. Para prevenir isso, o § 1.o do art. 12 da LRF determina:§ 1.º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitidase comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

Atenção: repare que a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receitapelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou

legal. 3.3 Publicação da LOA e Cumprimento de Metas 

Até trinta  dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em quedispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e ocronograma de execução mensal de desembolso. Ainda, as receitas previstasserão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais dearrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidasde combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de açõesajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montantedos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Tais metasbimestrais são utilizadas como parâmetros para a limitação de empenho emovimentação financeira prevista no art. 9º.

A LRF destaca que os recursos legalmente vinculados à finalidade específicaserão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 

Atenção: é vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidadeimprecisa ou com dotação ilimitada.

Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivodemonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cadaquadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida naConstituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o BancoCentral do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticaspertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos emetas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e ocusto fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.

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19) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) No planejamento do orçamento-programa, a estimativa da receita baseia-se na(A) arrecadação havida no exercício imediatamente anterior.(B) receita executada nos dois últimos exercícios e na inflaçãoprojetada para o ano seguinte.(C) arrecadação dos três últimos exercícios e no crescimento esperadopara a economia.(D) receita coletada nos três anos anteriores e no desempenho médio

das receitas próprias.(E) receita corrente, exclusivamente, pois a de capital é imprevisível.

Segundo o art. 12 da LRF: Art. 12.  As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimostrês anos , da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e dametodologia de cálculo e premissas utilizadas.

Logo, entre outros fatores, a estimativa de receita baseia-se na arrecadaçãodos três últimos exercícios e no crescimento esperado para aeconomia. Resposta: Letra C

20) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Observadas as normas técnicas elegais, as previsões de receita considerarão os efeitos das alteraçõesna legislação, da variação do índice de preços, do crescimentoeconômico ou de qualquer outro fator relevante, e serão

acompanhadas, além do demonstrativo de sua evolução nos últimostrês anos, da(A) projeção para as receitas obtidas com serviços de terceiros.(B) metodologia de cálculo do impacto dos resultados nominal eprimário que possam afetar as receitas.(C) projeção da estimativa do impacto orçamentário e financeiro doexercício em que entrar em vigor.(D) demonstração da composição das dívidas ativas decorrentes definanciamentos e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.(E) projeção para os dois seguintes exercícios àqueles a que sereferirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

Segundo o art. 12 da LRF:

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 Art. 12.  As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de

 preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serãoacompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e dametodologia de cálculo e premissas utilizadas.Resposta: Letra E

E aqui terminamos nossa aula demonstrativa.

Segue ao final de cada aula o “memento do concurseiro”, a lista de questões

comentadas e os seus respectivos gabaritos. Lembro que o memento éapenas  um lembrete dos principais pontos do conteúdo abordado. Logo, é uma diretriz para o estudante, porém recomendo que você ocomplemente de acordo com suas necessidades e não deixe deconstantemente consultar o conteúdo da aula. Não se prenda apenas aomemento.

Na próxima aula prosseguiremos com o estudo da Lei de ResponsabilidadeFiscal.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO 0

SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE:

Equilíbrio entre receitas e despesas.

Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa nãocomportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas.

Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programasfinanciados com recursos dos orçamentos.

Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e

privadas.Integrará o PLDO o Anexo de Metas Fiscais que conterá:

As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que sereferirem e para os dois seguintes.

A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercíciosanteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política

econômica nacional.

Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem ea aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.

Avaliação da situação financeira e atuarial:• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT;• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. 

Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem deexpansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Integrará o PLDO o Anexo de Riscos FiscaisOnde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contaspúblicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

SEGUNDO A LRF, A LOA:

Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO.

I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentoscom os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO;

II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e

despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de naturezafinanceira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de

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receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;

III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido combase na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento depassivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e asreceitas que as atenderão.

O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na LOA e nas de créditoadicional.

A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a umexercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a suainclusão, conforme disposto no § 1° do art. 167 da Constituição (art. 5°, § 5°, da LRF). 

EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE 

É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social comdireito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

Porém, que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesascom pessoal ou de custeio em geral ou de capital.

Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes deaumento de participação acionária, não será considerada estatal dependente.

Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Segue aLRF.

Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos. Não segue a LRF.

PREVISÃO

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais e considerarão: os efeitosdas alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico oude qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evoluçãonos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e dametodologia de cálculo e premissas utilizadas.

REESTIMATIVA E PUBLICAÇÃO

O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do MinistérioPúblico, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suaspropostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercíciosubsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erroou omissão de ordem técnica ou legal.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (FCC - Agente Administrativo – MPE/RS – 2010) Estão fora do alcance daLei Complementar nº 101/2000, NÃO se-lhes aplicando as suas disposições,(A) os Tribunais de Contas dos Municípios.(B) as Organizações não-governamentais.(C) o Poder Judiciário dos Estados.(D) o Ministério Público dos Estados.(E) as Câmaras de Vereadores.

2) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Considera-seente da Federação

(A) somente a União, os Estados e o Distrito Federal.(B) a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município.(C) somente a União e o Distrito Federal.(D) somente a União e suas autarquias.(E) somente a União e os Estados.

3) (FCC – Promotor - MPE/PE – 2008) A Lei de Responsabilidade Fiscal(A) é uma lei complementar que prevê crimes de responsabilidade.(B) define os limites mínimos de despesas com pessoal da União, dos Estadose do Distrito Federal.(C) disciplina a renúncia de receita, apresentando as condições para suaefetivação.(D) disciplina o plano plurianual, definindo de forma enumerada seu objeto.(E) é omissa quanto às operações créditos de cada ente da Federação.

4) (FCC - Analista Judiciário – Contadoria - TRF 2ª Região – 2007) Dispensadado relatório de gestão fiscal, está a movimentação financeira dea) empresas públicas que dependem de recursos do Caixa Central.b) fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.c) empresas estatais que do erário nunca recebem recursos para custeio.d) fundos especiais.

e) toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista.

5) (FCC - Auditor Fiscal Tributário Municipal/SP – 2007) Analise as afirmaçõesabaixo.I. Dispõe o artigo 163, inciso I, da Constituição Federal, que a lei ordináriadisporá sobre finanças públicas.II. A lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) estabelece normas definanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.III. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) se refere àresponsabilidade na gestão fiscal e não dispõe sobre finanças públicas.

Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I.b) II.

c) III.d) I e III.e) II e III.

6) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 1ª – 2011) Consoante LeiComplementar nº 101/2000, a dotação para investimento com duraçãosuperior a um exercício financeiro somente será consignada na LeiOrçamentária desde que(A) esteja prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias ou nos créditossuplementares e especiais.

(B) esteja prevista no Plano Plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.(C) conste no programa de governo, classificada em despesa de capital, eesteja prevista no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias.(D) conste no Orçamento de Investimento e esteja classificada em despesa deCapital.(E) esteja prevista no Plano Plurianual e classificada em despesa de capital,com recursos financeiros suficientes para sua execução.

7) (FCC – Procurador de Contas - TCE/RO – 2010) São partes integrantes dalei de diretrizes orçamentárias os anexos de( A) Metas Fiscais e de Desempenho dos Servidores.(B) Compatibilidade Orçamentária e de Resultado Operacional.( C) Metas Fiscais e de Riscos Fiscais.( D) Desempenho dos Servidores e de Riscos Fiscais.(E) Resultado Operacional e de Riscos Fiscais.

8) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) As metasanuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício aque se referirem e para os dois seguintes, serão estabelecidas no(A) Anexo de Resultado Primário.

(B) Plano Plurianual.(C) Anexo de Riscos Fiscais.(D) Anexo de Metas Fiscais.(E) Orçamento Anual.

9) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) A meta relativa ao montante da dívidapública, para o exercício a que se referir e para os dois seguintes, em valorescorrentes e constantes, será estabelecida no Anexo de(A) Programação Orçamentária.(B) Passivos Permanentes.

(C) Riscos Fiscais.(D) Programação Financeira.

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(E) Metas Fiscais.

10) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011) Analise asseguintes afirmações relativas à Lei das Diretrizes Orçamentárias:I. Disporá sobre critérios e forma de limitação de empenho quando as metasde resultado primário e nominal do ente público não possam ser alcançadas.II. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais defomento.III. Estabelecerá as despesas de capital para os dois exercícios financeirossubsequentes.IV. Conterá Anexo de Metas Fiscais, onde serão avaliados os passivoscontingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.

Está correto o que se afirma APENAS em(A) I e II.(B) I e III.(C) II e III.(D) II e IV.(E) III e IV.

11) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Considere as assertivas abaixo.I. A Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, ondeserão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar ascontas públicas, informando as providências a serem tomadas caso seconcretizem.II. O anexo de metas fiscais deverá integrar a Lei Orçamentária Anual, quedemonstrará a evolução do patrimônio líquido da entidade, no exercício a quese referir.III. A avaliação financeira e atuarial dos fundos de previdência estácompreendida no Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias.Está correto o que se afirma em(A) I, apenas.(B) II, apenas.(C) III, apenas.

(D) I e III, apenas.(E) I, II e III.

12) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AP – 2010) NÃO é parte integrante doorçamento anual(A) a reserva de contingência.(B) o anexo de riscos fiscais.(C) o orçamento de investimento.(D) o orçamento da seguridade social.(E) o orçamento fiscal.

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13) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro - TCE/RO – 2010) Constará daLei Orçamentária Anual o

(A) Anexo de Riscos Fiscais.(B) Relatório da Gestão Fiscal.(C) Orçamento da Seguridade Social.(D) Orçamento Monetário do Banco Central.(E) Anexo de Metas Fiscais.

14) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Considera-seempresa controlada a sociedade(A) de capital aberto em que a União detenha mais de 20% e menos de 50%das ações.

(B) que presta serviços de qualquer natureza para a União, os Estados eMunicípios.(C) cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ouindiretamente, a ente da Federação.(D) que mantém convênio com a União, os Estados ou Municípios.(E) cujo capital social pertença à União em sua integralidade.

15) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) Da LeiOrçamentária Anual(A) constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária oucontratual, e as receitas que as atenderão.(B) constará o anexo de Metas Fiscais.(C) constará a avaliação da situação financeira e atuarial do regime geral deprevidência social e o próprio dos servidores públicos.(D) constarão as condições e as exigências para transferências de recursos aentidades públicas e privadas.(E) constará a política de aplicação das agências financeiras oficiais defomento.

16) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Considerando os dispositivos da LeiComplementar nº 101/2000 que tratam da Lei Orçamentária Anual, está

correto o que se afirma em:(A) a reserva de contingência será definida com base no superávit financeiroverificado no Balanço Patrimonial.(B) o projeto de lei orçamentária anual será acompanhado de demonstrativoregionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária ecreditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e aoaumento de despesas de investimentos.(C) a lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duraçãosuperior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual

ou em lei que autorize a sua inclusão.(D) a reserva de contingência será definida com base na receita bruta.

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(E) a lei orçamentária conterá Anexo de Metas Fiscais, demonstrando suacompatibilidade com a Lei de Diretrizes orçamentárias.

17) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) O projeto de lei orçamentária anual,elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual, com a Lei de DiretrizesOrçamentárias e com as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal, disporásobre(A) a variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos.(B) a forma de realização de despesas sem prévio empenho.(C) o cálculo do baixo crescimento da taxa de variação acumulada sobre o PIB.(D) a reserva de contingência destinada ao atendimento de passivoscontingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

(E) as formas de compra de títulos da dívida e a data de sua colocação nomercado.

18) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Sobre orçamento, écorreto afirmar que(A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de naturezafinanceira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual.(B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objetodo plano plurianual.(C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei dediretrizes orçamentárias.(D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para asdespesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na leide diretrizes orçamentárias.(E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00− Lei de Responsabilidade Fiscal. 

19) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) No planejamento do orçamento-programa, aestimativa da receita baseia-se na(A) arrecadação havida no exercício imediatamente anterior.

(B) receita executada nos dois últimos exercícios e na inflação projetada para oano seguinte.(C) arrecadação dos três últimos exercícios e no crescimento esperado para aeconomia.(D) receita coletada nos três anos anteriores e no desempenho médio dasreceitas próprias.(E) receita corrente, exclusivamente, pois a de capital é imprevisível.

20) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Observadas as normas técnicas e legais, asprevisões de receita considerarão os efeitos das alterações na legislação, da

variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro

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fator relevante, e serão acompanhadas, além do demonstrativo de suaevolução nos últimos três anos, da

(A) projeção para as receitas obtidas com serviços de terceiros.(B) metodologia de cálculo do impacto dos resultados nominal e primário quepossam afetar as receitas.(C) projeção da estimativa do impacto orçamentário e financeiro do exercícioem que entrar em vigor.(D) demonstração da composição das dívidas ativas decorrentes definanciamentos e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.(E) projeção para os dois seguintes exercícios àqueles a que se referirem, e dametodologia de cálculo e premissas utilizadas.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

B B C C B B C D E A

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

D B C C A C D C C E