o barroco no brasil, parte 1

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O BARROCO NO BRASIL: UMA SÍNTESE. Pelo Professor: Gilson Nunes Parte 1

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Page 1: O Barroco no Brasil,  Parte 1

O BARROCO NO BRASIL: UMA

SÍNTESE.

Pelo Professor: Gilson Nunes

Parte 1

Page 2: O Barroco no Brasil,  Parte 1

O barroco no Brasil

Teto da Igreja Nossa Senhora da Praia, Salvador.

Tudo começou em 1698, num

acampamento no morro perdido da

Serra do Espinhaço, em Minas

Gerais, com a descoberta de

vários depósitos de ouro. Em 1711

o povoado virou Vila Rica de Ouro

Preto, a capital brasileira do

barroco.

Para você compreender melhor o

Barroco no Brasil. Veja primeiro o

Barroco na Europa parte 1 e 2,

publicados neste site pelo

Professor Gilson Nunes.

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Origem de nosso Barroco.

Na busca por riqueza, num período de 50 anos, 600 mil portugueses migraram para o Brasil, pelo menos 800 eram artistas.

Teto da Igreja Nossa Senhora da Praia, Salvador.

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Caracterizando o Barroco. Em Salvador, Paraíba, Sergipe e Recife, o

estilo mudou o interior das igrejas e não o exterior.

Por dentro os templos viraram suntuosas cavernas douradas, com paredes e tetos inteiramente revestidos de madeira esculpida em alto ou baixo-relevo (a talha) e pinturas encaixotadas em molduras (os caixotões).

Os painéis que ficavam atrás e acima do altar (os retábulos) apresentavam colunas contorcidas e decoradas com folhas, cachos de usas, espinhos, atlantes e cariátides.

Altar-mor da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto.

Page 5: O Barroco no Brasil,  Parte 1

Influência política na arte barroca.

Igreja Nossa Senhora do Rosário, 1730-1760 –Ouro Preto.

A arquitetura adota linhas curvas, naves alongadas e torres circulares. Observar as igrejas de Nossa Senhora da Conceição da Praia(1758), em Salvador. Nossa Senhora do Pilar (1734) e Nossa Senhora do Rosário (1750), ambas em Ouro Preto.

A partir de 1730, nota-se uma mudança no estilo. É o período joanino, marcado pelo gosto italiano do rei de Portugal, Dom João V. As estátuas se integram à madeira dos retábulos e os caixotões desaparecem, substituídos por pinturas ilusionistas.

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Influência política na arte barroca.

A partir de 1730, nota-se uma mudança no estilo. É o período joanino, marcado pelo gosto italiano do rei de Portugal, Dom João V. As estátuas se integram à madeira dos retábulos e os caixotões desaparecem, substituídos por pinturas ilusionistas.

Teto da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto. Foi projetata pelo Aleijadinho e Pintada por Manoel da Costa Ataíde (1762-1830)

Page 7: O Barroco no Brasil,  Parte 1

Influência política na arte barroca.

Igreja Nossa Senhora do Rosário, 1730-1760 –Ouro Preto.

A arquitetura adota linhas curvas, naves alongadas e torres circulares. Observar as igrejas de Nossa Senhora da Conceição da Praia(1758), em Salvador.

Nossa Senhora do Pilar (1734) e Nossa Senhora do Rosário (1750), ambas em Ouro Preto.

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A partir de 1760, com o ciclo do rococó, as fachadas das igrejas tornam-se mais leves e audaciosas, com curvas e contra-curvas, elegantes torres redondas e portadas com relevos em pedra-sabão.

O interior são claros e arejados, e a luz natural enfatiza a ornamentação sobre fundos caiados de branco.

A exemplo das Igrejas de Nossa Senhora do Carmo (1766) em Ouro Preto e de São Francisco de Assis 1774) em São João del Rey, projetadas por Aleijadinho.

Igreja Nossa Senhora do Rosário, 1730-1760 – Ouro Preto.

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Arte e divisão de classe social

Para cada seguimento social existia uma ordem ou irmandade religiosa. Por exemplo, a Ordem Terceira de São Francisco de Assis, não aceitava mulatos, negros, judeus, mouros e heréticos.

Já a Ordem Terceira do Rosário dos Pretos, congregava escravos. Cada irmandade dessas tentava competir entre elas, o prêmio era ser enterrado pela confraria – a garantia de um lugar no céu, após morte. Só em Ouro Preto são 25 igrejas.

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O azulejo, que não suportava a subida da serra no lombo das mulas, foi trocado por painéis pintados e a pedra sabão substituiu o mármore.

As técnicas portuguesas foram sendo ao longo das décadas sendo repassadas aos artesãos mestiços.

O mestre-de-obras Manuel Francisco Lisboa, branco português, que formou Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, seu filho. A genialidade dele não caiu do céu. “as fontes e modelos que usou chegaram de gravuras e livros vindos de Lisboa, Paris, Antuérpia (principal cidade da Bélgica) e Roma”. Afirmou Vitor Serrão (Superinteressante, agosto de 1998, p.38).

Page 11: O Barroco no Brasil,  Parte 1

Referencial

IANDRADE, Mario de. A arte religiosa no Brasil. São Paulo, Ed. Experimento, 1993.

ÁVILA, Affonso. O lúdico e as projeções do mundo barroco. São Paulo, Perspectiva, 1971.

JANSON, H. W. Historia Geral da Arte: Renascimento e Barroco. São Paulo, Martins Fontes, 1993.

MENESES, Ivo Porto et outros. Barroco: João Gomes Baptista. V. 5, Minas Gerais, Impressa da Universidade Federal de Minas Gerais, 7º Festival de Inverno, 1973. p. 99

NASCIMENTO, Erinaldo Alves do. Formação profissional do “bom silvícola” nas artes e ofícios: a perspectiva do jesuitismo. In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Ensino da arte: história e memória. São Paulo, Perspectiva, 2008.

Revista Superinteressante. O renascimento do barroco. São Paulo, Nº 131, Editora Abril, 1998. PP. 30-39.

www.abcgallery.com

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Criação e autoria:

Gilson Cruz Nunes (Especialista em Artes Visuais – UFPB)

Campina Grande, 07 de janeiro de 2010.

Paraíba - Brasil.

[email protected]

www.professorgilsonunes.blogspot.com