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O Barroco no Brasil

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O Barroco no Brasil

Século XVI

Construções simples (capelas – nave única, capela-mor e alpendre)

Não existia a necessidade nem infraestrutura capaz de executar monumentos

Absorção de hábitos indígenas: cozinhar fora de casa sob coberturas, uso de

trempes (apoio cozinha), uso de panelas e vasilhas de barro, esteiras de palha

e redes.

Século XVII e XVIII

-Desenvolvimento da catequese e da colonização

-Aparecimento de construções de caráter monumental (dentro das proporções

locais)

-Construções conventuais (convento + igreja), partidos das ordens

-Uso da escultura decorativa (portadas, nichos, frontões)

-Uso dos azulejos (motivos repetidos, geométricos, aplicados nos silhares –

cores: azul, amarelo, verde com fundo branco)

-Uso da talha (forração em madeira com relevos esculpidos)

Barroco no Brasil – Arquitetura Religiosa

Altar de Santa Úrsula, Igreja de São Francisco, Salvador BA

“São, pois, múltiplas e variadas as

alternativas que os olhos, acostumados a

uma beleza de formas definidas e

inalteráveis, passam a colocar frente a uma

arte que se movimenta em suas massas,

que aprofunda as suas dimensões, que

impregna as suas cores de tonalidades

cambiantes de luz e sombra.”

ÁVILA, Affonso. Para uma síntese interpretativa do

barroco. In: O lúdico e as projeções do mundo barroco, p.

19-20.

O Barroco Mineiro

Interior Capela Nossa Senhora do Ó, Sabará MG

Capela de Nossa Senhora do Ó, Sabará MG

“ ‘figuras deploráveis’, ‘que a gente chega a duvidar que sejam do Aleijadinho, serão?...’ e outros ‘horrores’”.

“com a doença, o sofredor insofrido, vira expressionista, duma violência tão exasperada que não raro se torna caricatural”

Mário de Andrade, O Aleijadinho, 1928.

O papel das

Irmandades

Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção (Matriz da Sé), 1711-1760.

Mariana/MG.

Matriz de Nossa Senhora do Pilar, séculos XVII e XVIII. Ouro Preto/MG

Matriz Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto, vista interna.

Praça Minas Gerais, Mariana MG

Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Ouro Preto.

Mais um dedinho de prosa,

sobre o Rococó Mineiro

Igreja Matriz de Santo Antônio, 1724. Santa Bárbara/MG

• As primeiras décadas do século XX se caracterizaram por um período de valorização estética da arte barroca, de afirmação do próprio conceito e de muitos estudos historiográficos sobre a arte e os artistas do século XVII e XVIII. No entanto, poderíamos refletir também sobre as interpretações poéticas e ensaísticas que acompanharam tais estudos.

• Assim o barroco não seria apenas uma “invenção do século XX”, como se tem afirmado, mas uma “invenção artística e poética do século XX”. Movimentos artísticos, musicais e literários se empenharam, então, em descobrir um significado contemporâneo e universalmente válido para o barroco.

CONCLUSÕES

• Emile Mâle, um estudo iconográfico em seu livro A

arte religiosa depois do Concílio de Trento, 1932.

• Henri Focillon Vida das Formas, 1934. O barroco

como uma das fases dos estilos, caracterizada pela

fragmentação do equilíbrio formal e pela expansão

das formas.

• Arne Novák, Praga barroca. Para Victor Tapié,

esse livro, mais que conhecimento histórico ou

ciência, era a busca de um destino, em meio às

angústias da primeira guerra mundial

Heinrich Wölfflin:

* Renascimento e Barroco, de 1888;

* Conceitos fundamentais da história da arte, de 1915.

Influência das ideias da pura visibilidade, inaugurou um novo modelo para os estudos sobre o barroco, como categoria estética.

Werner Weisbach:

* O barroco, arte da Contra Reforma, de 1921.

Iniciou a extensão do conceito historiográfico de barroco da história da arte e da literatura a outros campos, à história política, da religião e da sociedade.

Fone: 0800 7253536

Beatriz Campos

[email protected]

Assessoria de História, Filosofia e Sociologia