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OBRAS-PRIMAS DA ITÁLIA E DO BRASIL CONTAM QUATRO SÉCULOS DA HISTÓRIA DO BARROCO EM EXPOSIÇÃO INÉDITA NA CASA FIAT DE CULTURA Mostra marca inauguração, no dia 10 de junho, da nova sede da Casa Fiat na Praça da Liberdade Ao atravessar o Atlântico no século XVII, provindo da Itália, o Barroco se metamorfoseia no Brasil – e, mais especificamente, em Minas Gerais. Por aqui, o movimento artístico europeu, caracterizado pela identificação com a contrarreforma, por curvas exacerbadas e pela sobriedade transformada em emoção e sacralidade, não apenas sentiu-se em casa, como ousou transfigurar significados e possibilidades. Para marca r a inauguração de sua nova sede no Circuito Cultural Praça da Liberdade , no dia 10 de junho de 2014 , a Casa Fiat de Cultura preparou exposição inédita, na qual a matriz italiana do Barroco e suas inovações brasileiras dialogam de modo único. Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura apresentar á a suntuosidade da prata italiana e o esplendor do ouro brasileiro, expressos em 40 esculturas especialmente reunidas para o público do País . Dentre os exemplares selecionados para representar raridades mundiais do Barroco , 20 são moldados em prata, provenientes de importantes museus e coleções da Itália, que representam a face luminosa da escultura barroca italiana do século XVII. Outras 20 peças são obras policromadas de grandes artistas do Barroco mineiro e brasileiro, que traduzem a riqueza histórica e artística do período colonial. Com curadoria italiana de Giorgio Leone e Rossella Vodret e brasileira de Angelo Oswaldo, a mostra apresenta esculturas peculiares nunca antes reunidas, evocando a grandiosidade do Barroco nas manifestações dos países que mais marcaram o movimento. Na visão do Presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, a mostra Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro ajusta-se perfeitamente a o momento vivido pel a instituição. “ A mostra sintetiza uma de nossas intenções permanentes , que é fazer com que sejamos um portal de ligação entre a s cultura s brasileira e mund ial . L embr emo-nos que nosso B arroco não é um fenômeno isolado, mas que se inser e em um conceito artístico e histórico mais amplo, com manifestações diferenciadas , que se integram por uma matriz comum”, destaca . Para a mostra no Brasil, foram selecionadas esculturas dos mais conceituados artistas ourives italianos representantes do estilo, como Domenico Antonio Ferro, Domenico Capozzi, Filippo Del Giudice, Giacinto Buonacquisto, Giovan Battista d’Aula, Bartolomeu Granucci, Lorenzo Vaccaro, Nicola Avitabile, Tommaso Treglia e Michele Pane. Gênios do Barroco brasileiro completam a mostra, com peças de grande valor histórico e cultural. Nomes como Aleijadinho, Mestre Valentim, Mestre de Piranga, Francisco Vieria Servas, Antônio Pereira da Costa e Joaquim Gonçalves da Rocha marcam presença, assim como Alfredo Ceschiatti e Maurino de Araújo, que apresentam referências barroquistas e deram seguimento à arte sacra mineira mesmo no século XX. Juntos, artistas da Itália e do Brasil provocam um paralelo entre as duas culturas e um contraste entre dois momentos do Barroco. Dentre os destaques da exposição, está São João Batista (1718- 1719), de Nicola Avitabile. O busto do santo, um dos mais representados artisticamente ao longo das gerações, é uma das raridades do Museo Del Tesoro di San Gennaro e apresenta um rosto expressivo, sob uma base ricamente ornada. Outra obra que merece atenção é Sant’Ana Mestra (Século XVIII), de Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho – artista que, em 2014,

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OBRAS-PRIMAS DA ITÁLIA E DOBRASIL CONTAM QUATRO SÉCULOS DA HISTÓRIA DOBARROCO EM EXPOSIÇÃO INÉDITA NA CASA FIAT DE

CULTURA

Mostra marca inauguração, no dia 10 de junho, da nova sede da Casa Fiatna Praça da Liberdade

Ao atravessar o Atlântico no século XVII, provindo da Itália, o Barroco semetamorfoseia no Brasil – e, mais especificamente, em Minas Gerais. Por aqui, omovimento artístico europeu, caracterizado pela identificação com a contrarreforma, porcurvas exacerbadas e pela sobriedade transformada em emoção e sacralidade, nãoapenas sentiu-se em casa, como ousou transfigurar significados e possibilidades. Paramarcar a inauguração de sua nova sede no Circuito Cultural Praça da Liberdade,no dia 10 de junho de 2014, a Casa Fiat de Cultura preparou exposição inédita, naqual a matriz italiana do Barroco e suas inovações brasileiras dialogam de modo único.Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura apresentará asuntuosidade da prata italiana e o esplendor do ouro brasileiro, expressos em 40esculturas especialmente reunidas para o público do País. Dentre os exemplares selecionados para representar raridades mundiais do Barroco, 20são moldados em prata, provenientes de importantes museus e coleções da Itália, querepresentam a face luminosa da escultura barroca italiana do século XVII. Outras 20peças são obras policromadas de grandes artistas do Barroco mineiro e brasileiro, quetraduzem a riqueza histórica e artística do período colonial. Com curadoria italiana deGiorgio Leone e Rossella Vodret e brasileira de Angelo Oswaldo, a mostra apresentaesculturas peculiares nunca antes reunidas, evocando a grandiosidade do Barroco nasmanifestações dos países que mais marcaram o movimento. Na visão do Presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, a mostraBarroco Itália Brasil – Prata e Ouro ajusta-se perfeitamente ao momento vivido pelainstituição. “A mostra sintetiza uma de nossas intenções permanentes, que é fazer comque sejamos um portal de ligação entre as culturas brasileira e mundial. Lembremo-nosque nosso Barroco não é um fenômeno isolado, mas que se insere em um conceitoartístico e histórico mais amplo, com manifestações diferenciadas, que se integram poruma matriz comum”, destaca. Para a mostra no Brasil, foram selecionadas esculturas dos mais conceituados artistasourives italianos representantes do estilo, como Domenico Antonio Ferro, DomenicoCapozzi, Filippo Del Giudice, Giacinto Buonacquisto, Giovan Battista d’Aula,Bartolomeu Granucci, Lorenzo Vaccaro, Nicola Avitabile, Tommaso Treglia e MichelePane. Gênios do Barroco brasileiro completam a mostra, com peças de grande valorhistórico e cultural. Nomes como Aleijadinho, Mestre Valentim, Mestre de Piranga,Francisco Vieria Servas, Antônio Pereira da Costa e Joaquim Gonçalves da Rochamarcam presença, assim como Alfredo Ceschiatti e Maurino de Araújo, que apresentamreferências barroquistas e deram seguimento à arte sacra mineira mesmo no século XX.Juntos, artistas da Itália e do Brasil provocam um paralelo entre as duas culturas e umcontraste entre dois momentos do Barroco.

Dentre os destaques da exposição, está São João Batista (1718-1719), de Nicola Avitabile. O busto do santo, um dos maisrepresentados artisticamente ao longo das gerações, é uma dasraridades do Museo Del Tesoro di San Gennaro e apresenta umrosto expressivo, sob uma base ricamente ornada. Outra obraque merece atenção é Sant’Ana Mestra (Século XVIII), deAntônio Francisco Lisboa, Aleijadinho – artista que, em 2014,

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Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho – artista que, em 2014,recebe homenagens em todo o Brasil, em função dos 200 anosde sua morte. A representação da santa que deu a luz a VirgemMaria tem uma iconografia privilegiada em Minas Gerais emostra a mãe de Jesus ainda criança. A delicadeza galante do

gosto rococó conduz o gesto sempre preciso do escultor, no sentido de uma autonomiaestilística que não teve rival. Além do valor histórico e da riqueza que marcaram a época, asobras selecionadas para representar o barroco italiano estonteiamo público pelo preciosismo, e, principalmente, por seu caráterreluzente. Quanto a isso, a curadora Rosella Vodret lembra que aprata garante à obra do artista um aspecto de realidade que setransfigura em epifania luminosa. “Isso acontece devido à vastacapacidade do precioso material em refletir os raios de luz. Essapossibilidade de amplificação e multiplicação da luminosidadetem sido considerada um grande catalisador da união entreourivesaria e escultura, a qual permitiu realizar, sobretudo na erabarroca, objetos artísticos de excepcional valor devocional ecenográfico”. Enquanto a prata marcava a produção napolitana, o Brasil se resplandecia em ouro,sobre esculturas de madeira, talhadas por nomes que marcaram o Barroco brasileiro, emespecial o produzido em Minas Gerais. “A reunião de obras características da Itáliameridional e de um conjunto representativo da arte mineira sublinha, em primeiro lugar,a vocação desses dois territórios, culturalmente riquíssimos, para a exuberanteinterpretação estética de seus valores espirituais. No reino de Nápoles e na capitania dasMinas Gerais, prata, ouro e madeira mediaram a expressão Barroca com que italianos ebrasileiros traduziram, em períodos históricos muito próximos, seu trânsito nas glóriasdo mundo. O legado dessa efervescência artística sugere um diálogo que ilumina eamplia a percepção do fenômeno criativo, seja ao largo do mar Tirreno, seja nos cumesdo Espinhaço sul-americano”, ressalta o curador Angelo Oswaldo. A exposição Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura é umarealização da Casa Fiat de Cultura, em parceria com a Base7 Projetos Culturais eMinistério da Cultura, com patrocínio da Fiat Automóveis e apoio do Banco Safra. Nápoles: o apogeu da arte em prata Embora o uso da prata em esculturas remonte a práticas milenares, a exemplo dasmáscaras criadas no Antigo Egito e na Antiga Grécia, ou em artefatos das civilizaçõespré-colombianas da América Latina, sua consagração, certamente, deu-se em Nápoles.A partir do século 15, a arte sacra impulsionou a suntuosidade das esculturas quecompunham as igrejas europeias e o verdadeiro apogeu da prática em esculpir ocorreuno Barroco.

Há quem diga que em nenhuma parte do mundo serãoencontradas tantas esculturas cristãs em prata e com talqualidade como em Nápoles. Não que outros locais italianos eeuropeus não tivessem grandes artífices prateiros, mas aregião, devido à difusão e à colaboração entre escultores,moldadores e prateiros, proporcionou um fenômeno histórico-artístico. A produção de uma obra envolvia esses ofícios emconjunto, dando importância ao artífice prateiro pelo grandevalor econômico da prata. O artista era responsável portransformar o molde em argila do escultor em modelo de

gesso. Dali, a peça iria para a fundição e receberia acabamento, com técnicas de repuxe,burilamento e cinzelamento. Impulsionada pela demanda e pela preocupação em manter a altaqualidade das peças e em evitar fraudes, Nápoles tornou-se o

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Impulsionada pela demanda e pela preocupação em manter a altaqualidade das peças e em evitar fraudes, Nápoles tornou-se ogrande centro de produção em prata do mundo. A arte explodiu,durante o vice-reino, no século 17, o que levou a duas medidas.A primeira delas foi a decisão de que todos os artíficessubmetessem suas peças aos cônsules, responsáveis porautenticá-las. A outra, como forma de intensificar a supervisãodo material precioso, consistiu em reunir todos os profissionaisda área em um único lugar: a Zona dos Ourives. O local,existente ainda nos dias de hoje, contava com 350 oficinas,capazes de produzir obras de grande valor e de criar uma continuidade ao ofício. Trata-se, em suma, de verdadeira escola para outros artesãos e artistas. Naquele século, 70% da prata importada pela Espanha eram trabalhados em Nápoles,para, em seguida, os objetos serem exportados a todo o reino e à Europa. Foi nesseperíodo que artistas como Gennaro Monte, Gian Domenico Vinaccia, DomenicoMarinelli e Matteo Treglia criaram verdadeiras joias universais da arte. A produçãosofreria uma baixa com a moda das porcelanas, introduzida no século 18 por Carlos deBourbon, e muitos dos tesouros se perderam com a chegada das Guerras Napoleônicas.Foram poupados apenas os objetos em prata da Capela do Tesoro di San Gennaro e dossantos padroeiros de cada uma das cidades. Esculturas barrocas brasileiras: arte em madeira e ouro Enquanto Nápoles ergueu sua fama pela força da prata, Minas Gerais consagrou-se nocampo da escultura pelo uso de madeira e ouro. Durante o ciclo minerador –principalmente, no século 18 –, diversos artistas dedicaram-se a esse ofício. A própriasociedade da mineração foi responsável por fomentar e proliferar imagens sacras,encontradas em altares e dentro das casas. Era comum ter esculturas que representavamsantos nas residências e em outros recintos, para que os habitantes não ficassem sem umobjeto de devoção.

Num ambiente tão favorável à arte sacra, surgirammestres notáveis pela técnica e pela beleza. AntonioFrancisco Lisboa, o Aleijadinho, por exemplo, foi oprimeiro artista a revelar características originais naarte brasileira. Ele reinventou padrões e criou estilopróprio. Outros artesãos, como os portugueses VieiraServas e Xavier de Brito e o mineiro Mestre dePiranga, foram responsáveis pela riqueza artística daera do ouro. Minas Gerais é o berço desta primeiramanifestação de arte num país tão jovem.

A matéria utilizada por esses que se tornaram virtuosos mestres era, sobretudo, amadeira. Jacarandá e Braúna foram algumas das espécies usadas pelos artistas, mas foino Cedro que alguns encontraram a consistência necessária para suas obras. Que odigam as 66 figuras dos Passos da Paixão de Aleijadinho. Artistas como FranciscoXavier Brito e Francisco Vieiras Servas também realizaram trabalhos em pedra-sabão,assim como Aleijadinho, mas é na madeira que sua genialidade se perpetuou.

A imensa produção local do ouro nos séculos 17 e 18, exportada quaseintegralmente para a Europa, não atendia à demanda da ourivesarialocal, e muitos dos objetos criados com o material foram roubados maistarde. Ainda assim, os santos – protagonistas na arte Barroca brasileira– contaram com o douramento, técnica em que folhas de ouro eramaplicadas sobre a madeira. “Testemunhas do ciclo do ouro, os santoscriados contracenam à perfeição com os santos de prata italianos, numespetáculo barroco que jamais termina”, descreve o curador AngeloOswaldo, que traduz em palavras o encanto despertado por uniãodessas obras.

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dessas obras. Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho No ano em que se completam 200 anos da morte de Antonio Francisco Lisboa, oAleijadinho, o momento parece ideal para que se admire o legado deixado pelo artista,considerado o grande mestre do Barroco brasileiro. Nascido em Ouro Preto – à época,Vila Rica, então capital de Minas Gerais –, não se tem certeza sobre a data de seunascimento, mas pesquisas mostram que deve ter ocorrido em 29 de agosto de 1730 ou1738. Filho bastardo do português Manuel Francisco Lisboa e de uma escrava, foilibertado no dia de seu batizado, passando a ser criado pela família de seu pai. Considerado o primeiro artista brasileiro a ter estilo original,Aleijadinho também foi entalhador, responsável por pelo menosquatro grandes retábulos, como projetista e executante, e arquiteto,tendo realizado duas fachadas de igrejas, Nossa Senhora do Carmo,em Ouro Preto, e São Francisco de Assis, em São João del-Rei.Contudo, foi na escultura que mostrou genialidade. Seu traço,inteiramente autêntico, compunha-se por linhas suaves, feiçõescôncavas e relevos esculturais admiravelmente executados. Suagrande obra-prima pode ser vista no Santuário do Senhor BomJesus de Matosinhos, para o qual esculpiu os Profetas em pedra-sabão e as estátuas em madeira dos Passos da Paixão, transpondo passagens bíblicaspara a arte de forma primorosa. No fim do século 18, em 1777, o artista passou a exibir sinais de uma misteriosa doençadegenerativa, o que lhe valeu o apelido que o imortalizaria: "Aleijadinho". Seu corpo foiprogressivamente se deformando, o que lhe causava dores contínuas. Perdeu dedos dasmãos, ficando apenas com o indicador e o polegar, e todos os dedos dos pés. Em funçãodisso, só podia caminhar sobre os joelhos. Para trabalhar, cinzéis eram amarrados noscotos. Por fim, o rosto também foi atingido, o que lhe rendeu uma aparência repugnante.

Relatos contam que Aleijadinho passou a desenvolver grandedesconfiança e humor colérico por acreditar que todos ozombavam, devido a sua aparência. Para ocultar a deformidade,passou a vestir roupas largas e grandes chapéus, além de trabalharà noite, quando poucos poderiam lhe ver. Muitos foram osdiagnósticos conjecturados para sua doença. Certos estudosafirmam ser lepra, mas a alternativa passou a ser descartada,principalmente considerando que ele não foi excluído do convíviosocial. Outros afirmam ter sidoreumatismo deformante, bouba, zamparina, intoxicação por

“cardina”, sífilis, escorbuto, traumas decorrentes de uma queda, artritereumatoide, poliomielite e porfiria. No entanto, nada foi confirmado, nem mesmo emexumação realizada posteriormente. O artista faleceu em 1814 e foi sepultado nointerior da Matriz de Antônio Dias, em Ouro Preto. Seus trabalhos podem ser vistos, principalmente, em Ouro Preto, Congonhas, Sabará e,agora, na Casa Fiat de Cultura. Ao observar os traços, formas e semblantes de cada umade suas esculturas, é impossível não admirar seu estilo, sua história e as sutilezas decada obra.

Programa Educativo O Programa Educativo é peça fundamental no trabalho de valorização e ampliação doconhecimento proporcionado pela Casa Fiat de Cultura a seu público. Para cadaexposição, são idealizados uma temática e um conceito a serem trabalhados em visitasorientadas, oficinas, programação paralela, assessoria ao professor e outras atividades.Na mostra Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura, o Programa

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Na mostra Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura, o ProgramaEducativo, que conta com concepção da educadora Rachel Vianna e coordenação daeducadora Manuela Tolentino, abordará a arte sacra e sua relevância para a época, arepresentatividade de um período e sua herança na atualidade. Segundo Rachel Vianna, a oportunidade de ver, lado a lado, esculturas barrocasproduzidas em contextos sociais muito diversos abre espaço para refletir sobre o modocomo a arte, ao mesmo tempo, revela e promove modos distintos de pensar, sentir,representar, comportar-se, acreditar, criar, viver e morrer. Para a educadora, embora adramaticidade e a exuberância típicas do Barroco reflitam uma sensibilidade comum,marcada pela profunda religiosidade que rege todos os aspectos da vida cotidiana nosséculos XVII e XVIII, as lógicas sociais a orientar a produção e o uso dessas imagenseram muito distintas no Sul da Itália e no Brasil colonial. “Quem foram os artistas quecriaram essas esculturas? Para quem foram feitas? O que elas revelam sobre as normassociais, as esperanças e os medos das pessoas que as reverenciavam? E hoje, deslocadasde seus lugares e épocas de origem, o que podem dizer a cada um de nós? Eis algumasdas questões que o Programa Educativo pretende explorar com os visitantes”, explica. Uma equipe de 20 educadores multidisciplinares, incluindo um intérprete em Libras,está à disposição para atender todos os públicos: crianças, jovens, adultos, estudantesdas redes pública e privada e grupos como associações e ONGs, dentre outros. OPrograma é um dos diferenciais de suas visitas orientadas e um motivo a mais paraconhecer a exposição Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura. Uma novidade para esta exposição é o Encontro com a Terceira Idade, atividadeproposta que inclui uma visita orientada à mostra e uma mini-oficina “Paisagem Sonora:Barroco x Outras épocas”. A proposta é passar uma tarde agradável e instigante,conversando sobre a exposição e o ambiente sonoro de diferentes épocas, explorando orepertório musical dos participantes. O agendamento para grupos, escolas e assessoria ao professor poderá ser feito pelotelefone (31) 3289-8910 ou pelo e-mail [email protected]. Além dasvisitas de grupos e instituições, o Programa Educativo também oferece visitas temáticasao público e às famílias nos fins de semana, sem necessidade de agendamento. Toda aprogramação tem entrada gratuita. Programação Paralela A cada exposição, a Casa Fiat de Cultura realiza um ciclo de palestras para que opúblico possa conhecer mais sobre a temática de suas mostras. Com duração entre umahora e meia e duas horas, elas são ministradas por especialistas da arte de alto nível. Nomês de junho, o público poderá conferir palestras dos curadores responsáveis pelamostra Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura. No dia 10 dejunho, às 19h30, os curadores italianos Rossella Vodret e Giorgio Leone apresentam apalestra O Barroco em Prata, em que abordarão o contexto histórico da época, ascaracterísticas do barroco, as riquezas produzidas em Nápoles e a produção em prata deesculturas espetaculares.No dia 25 de junho, às 19h30, é a vez do curador brasileiro Angelo Oswaldo falar aopúblico sobre as maravilhas do barroco criadas no Brasil, na palestra O Barroco emOuro. A abordagem será um comparativo da força da prata em Nápoles e a importânciada madeira e do ouro no Brasil, mais precisamente em Minas Gerais. Serãocontemplados também os mestres escultures, o contexto cultural da época e o legado daprodução artística.

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Casa Fiat de Cultura Após oito anos de atuação, 14 exposições e mais de 600 mil visitantes, a Casa Fiat deCultura instala sua nova sede no Palácio dos Despachos, edifício que integra oconjunto arquitetônico e histórico do Palácio da Liberdade. A instituição, mantida pelasempresas do Grupo Fiat, realizou completa revitalização e restauro do prédio,implantando a mais moderna tecnologia museológica dentro de padrões internacionais.Considerada um dos mais importantes espaços para discussão e exposição das artes noBrasil, a Casa Fiat de Cultura destaca-se pelo alto valor histórico, artístico eeducativo de sua programação. Além de grandes mostras inéditas reunindo acervos dos mais importantes museus ecoleções do Brasil e do mundo, a instituição realiza programa de palestras, sessões decinema e atividades educativas, e se destaca por oferecer experiências qualificadas eenriquecedoras para todos os públicos. Sempre com programação gratuita, entre seusobjetivos estão a valorização do patrimônio, a circulação dos bens culturais e a difusãodas culturas brasileira e mundial. A inauguração da nova sede da Casa Fiat de Culturano Circuito Cultural Praça da Liberdade marca um importante momento para as artesem Belo Horizonte e fortalece a política da instituição de contribuir para a formação depúblico, ampliar o acesso à produção artística brasileira e internacional e promover odesenvolvimento humano e social. Para receber uma exposição desse porte, a nova sede da Casa Fiat de Cultura, localizadano edifício do Palácio dos Despachos – que pertence ao Conjunto Arquitetônico ehistórico do Palácio da Liberdade, antiga sede administrativa do governo do estado deMinas Gerais – edifício de maior valor simbólico do Circuito Cultural Praça daLiberdade, passou por completa reforma. As adaptações fazem da Casa Fiat de Culturaum dos mais bem equipados espaços para receber exposições internacionais no Brasil,com tecnologia museológica, climatização, amplitude das salas expositivas e reservatécnica para receber obras de arte de alto padrão, equiparadas aos grandes museus domundo. Circuito Cultural Praça da Liberdade A Casa Fiat de Cultura faz parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade(www.circuitoculturalliberdade.com.br), um dos mais importantes complexos culturaisdo país. São mais de dez museus e espaços culturais em funcionamento – e váriosoutros em fase de instalação –, concentrados em uma área de enorme valor simbólico,histórico e arquitetônico de Belo Horizonte/MG. Os museus e espaços apresentam osdiversos aspectos do estado de forma lúdica e interativa, todos com entrada gratuita.Desde sua implantação, em 2010, quase 3 milhões de pessoas já visitaram o Circuito,que é co-gerido pelo Instituto Sérgio Magnani em parceria com o Governo de Minas. SERVIÇO Barroco Itália Brasil – Prata e OuroCasa Fiat de CulturaDe 10 de junho a 7 de setembro de 2014Visitação: 3ª a 6ª das 10h às 21h | sábados, domingos e feriados das 14h às 21h Entrada gratuita

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Entrada gratuita Palestra: O Barroco em Prata10 de junho - 19h30Palestrante: Rossella Vodret e Giorgio Leone Palestra: O Barroco em Ouro15 de junho - 19h30Palestrante: Angelo Oswaldo Visitas orientadas para grupos e escolas: 31 3289-8900 e [email protected] Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG.Telefone: (31) 3289-8900www.casafiatdecultura.com.brcasafiat@casafiat.com.brfacebook.com.br/casafiatdeculturaInstagram:@casafiatdecultura Informações para a imprensa: Personal Press Polliane Eliziário – [email protected] – (31) 9788-3029