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O BARROCO NA EUROPA: UMA SÍNTESE. 1563-1750 Pelo Professor: Gilson Nunes Parte 1

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Page 1: O Barroco na Europa,   Parte 1 - 1563-1750

O BARROCO NA EUROPA: UMA SÍNTESE.

1563-1750

Pelo Professor: Gilson Nunes

Parte 1

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Surgiu em Roma, através do 19º Concilio Ecumênico, em 1563, na cidade de Trento.

Era preciso reagir à expansão da Reforma protestante, iniciada por Lutero na Alemanha em 1517.

A Igreja a grande mãe mecenas, patrocinadora da arte com objetivo de fazer de Roma a mais bela cidade do mundo cristão para glória de Deus, ou seja, o catolicismo renovado – a Contra-Reforma.

Conquistar os fiéis através do poder das imagens sacras. Pois os artistas pintavam com as mãos e os olhos de Deus. Os escolhidos pelo “dom divino”.

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Em 1575, em Roma, construíram a Igreja de Jesus para sediar a ordem dos jesuítas, fundada para combater o protestantismo.

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O Concilio de Trento e suas idéias estéticas ajudaram os reis católicos a impor seu poder sobre os nobres.

Com isso, o surgimento de suntuosos palácios, a exemplo: Versalhes (1678) na França, reafirmando a grandeza do Estado. Porém, o estilo foi batizado como Luís XIV ou “classicismo barroco”, retomada dos valores do Renascimento Pleno italiano.

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Por que Barroco???

- O termo deriva da palavra espanhola barueco, que significa pérola irregular, contorcido e grotesco. Usado na ourivesaria.

- Em francês: Trompe-l’oeil (se pronuncia tromp lei), ou seja, engana o olho.

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Como identificar o estilo barroco?

- Homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar no céu;

- Apelação pelo emocional, impressionar o observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos, da emoção e não apenas pelo racional.

- Relação de forças entre o bem e o mal – Deus e o Diabo, céu e a terra, pureza e pecado, alegria e tristeza, paganismo e cristianismo, espírito e matéria.

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Corpos musculosos, modelados de forma a exibir força e paixão. Pirâmide de corpos, em equilíbrio precário, rompe os limites da moldura e lhe convida a participar da cena.

- Composição assimétrica, em diagonal, a forma curvilínea, conduzindo a figura central de cristo com a cabeça caindo de lado, - Iluminação teatral – Cristo banhado em uma profusão de luz, que revela um estilo grandioso e monumental.

Efeitos decorativos para impressionar o observador, elementos arquitetônicos: através de cursas, escadas, balcões, degraus e colunas retorcidas entrelaçadas entre esculturas e pinturas, com violentos contrastes de luz e sombra – efeito ilusionista – a impressão de ver o céu, está dentro dele. A pintura é a realidade, e a parede, de fato, não existe, é a ampliação do espaço virtual.

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-Cópias dramáticas do mundo real – expressão dos sentimentos.

-Acentuado contraste de claro-escuro – eram recursos que visava intensificar a sensação de profundidade, além da perspectiva aérea.

- A luz não aparece por um meio natural, mas sim projetada para guiar o olhar do observador, direcionando a visão ao acontecimento principal da obra.

- O efeito da luz nos objetos é tão exagerado que se cria um estilo de grandes contrastes: os objetos principais são mais iluminados, enquanto os secundários são sombras.

Realismo social, envolvendo todas as camadas sociais.

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O estilo maneirista iniciado em 1520, foi o prenúncio do barroco.

Precursores do Barroco:

Andrea Mantgna, Rafael Sanzio, Michelangelo, Jacopo Tintoretto, Giorgio

Vasari, Agnelo Bronzino, Pelegrini Tibaldi, Giulio Romano.

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Andrea Mantegna. Roundel with Putti and Ladies Looking Down. Detail of ceiling. 1465-74. Fresco. Palazzo Ducale, Camera degli Sposi (Bridal Chamber), Mantua, Italy.

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Rafael Sanzio. A transfiguração. 1518-20. Museu do Vaticano.

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Giulio Romano. The Fall of the gigants. 1526-34. Coleção Particular.

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- Os músculos fazem contorções absolutamente impróprias para os seres humanos.

Michelangelo. Juízo Final, 1534-1541 – Capela Sistina, Roma.

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Agnelo Bronzino. Deposição de Cristo. 1545. Osm. 268x173. Musée dês Beaux-Artes, Besonçon.

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Jacopo Tintoretto. O milagre do Escravo. 1548. Galeria Dell Accademia, Venice, Itália. (precursor do Barroco)

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Pellegrino Tibaldi. Adoração do menino Jesus, 1548. Galeria Borghese. Roma, Itália.

Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes de um drapejado minucioso e cores brilhantes.

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Apelação pelo dramático.

Giorgio Vasari. A deposição de Cristo, 1550. Galleria Dooria-Pamphili, Roma Itália.

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Referencial

IANDRADE, Mario de. A arte religiosa no Brasil. São Paulo, Ed. Experimento,

1993.

ÁVILA, Affonso. O lúdico e as projeções do mundo barroco. São Paulo, Perspectiva, 1971.

JANSON, H. W. Historia Geral da Arte: Renascimento e Barroco. São Paulo, Martins Fontes, 1993.

MENESES, Ivo Porto et outros. Barroco: João Gomes Baptista. V. 5, Minas Gerais, Impressa da Universidade Federal de Minas Gerais, 7º Festival de Inverno, 1973. p. 99

NASCIMENTO, Erinaldo Alves do. Formação profissional do “bom silvícola” nas artes e ofícios: a perspectiva do jesuitismo. In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Ensino da arte: história e memória. São Paulo, Perspectiva, 2008.

Revista Superinteressante. O renascimento do barroco. São Paulo, Nº 131, Editora Abril, 1998. PP. 30-39.

www.abcgallery.com

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Criação e autoria:

Gilson Cruz Nunes (Especialista em Artes Visuais – UFPB)

Campina Grande, 07 de janeiro de 2010. Paraíba - Brasil. [email protected] www.professorgilsonunes.blogspot.com