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NESTE NÚMERO NESTE NÚMERO NESTE NÚMERO NESTE NÚMERO NESTE NÚMERO Capa: Avaliação de progênies (primeiro plano) e campo de produção de sementes básicas de arroz irrigado na Estação Experimental de Agronomia de Pindamo- nhangaba (segundo plano). Páginas azuis Páginas azuis Páginas azuis Páginas azuis Páginas azuis 6 6 6 6 6 A rede de estações experimentais do IAC. Informações técnicas nformações técnicas nformações técnicas nformações técnicas nformações técnicas 9 O agronegócio palmito de pupunha. 12 12 12 12 12 Cultivo de trigo duro no Brasil. 17 17 17 17 17 Aveia IAC ajuda na redução dos níveis de colesterol. 18 18 18 18 18 Soja e adubos verdes, uma boa opção na renovação do canavial. 19 19 19 19 19 Plantio direto de algodão no noroeste. 20 20 20 20 20 O mapa pedológico do Estado de São Paulo. Cultivares IAC Cultivares IAC Cultivares IAC Cultivares IAC Cultivares IAC 23 23 23 23 23 IAC 202: arroz de alta produtividade e qualidade para cultura de sequeiro. 25 25 25 25 25 Seleções IAC de antúrios. Serviços Serviços Serviços Serviços Serviços 27 27 27 27 27 Mudas biopropagadas de bananeira e de abacaxi-de-gomo. 27 27 27 27 27 Matrizes básicas IAC de morangueiro. 29 29 29 29 29 Sementes genéticas e básicas. 30 30 30 30 30 Análise de solos e plantas. O IAC e a comunidade 32 32 32 32 32 Visitas, eventos e homenagens. Resenha climatológica Resenha climatológica Resenha climatológica Resenha climatológica Resenha climatológica 34 34 34 34 34 Balanço hídrico: janeiro a abril de 2000. 35 35 35 35 35 Publicações Publicações Publicações Publicações Publicações Ponto de vista onto de vista onto de vista onto de vista onto de vista 42 42 42 42 42 Agricultura e meio ambiente. 43 43 43 43 43 Nossa equipe Nossa equipe Nossa equipe Nossa equipe Nossa equipe Editado pelo Instituto Agronômico Av. Barão de Itapura, 1.481 13020-902 – Campinas, SP Fone: (19) 231-5422 / Fax: (19) 231-4943 http://www.iac.br Fotolitos e impressão realizados pela EDMETEC - Edições Médicas, Técnicas e Científicas Ltda Rua Ipanema, 392 (Mooca) 03164-200 São Paulo, SP Fone: (11) 6692-7408 - Fax: (11) 6096-4114 Criação da capa: Tibor Moricz A eventual citação de produtos e marcas comerciais não expressa, necessariamente, recomendação de seu uso pela Instituição. É permitida a reprodução parcial, desde que citada a fonte. A reprodução total depende de anuência expressa do Instituto Agronômico. O AGRONÔMICO (Instituto Agronômico) Campinas, SP 1941-1; 1949-2000 1-52 (Série Técnica Apta) Quadrimestral a partir de 1985. A partir do v.52, n.1, 2000, faz parte da Série Técnica Apta da SAA/APTA. Assinaturas (anual = R$10,00; números avulsos = R$5,00). Enviar cheque nominal ao Instituto Agronômico ou depositar na conta bancária (Nossa Caixa-Nosso Banco; agência: 00558-4; conta corrente: 13.000004- 6), enviando comprovante de depósito (via fax ou carta) para: IAC - Núcleo de Documentação, 13020- 902, fone/fax (19) 231-5422 ramal 215; endereço eletrônico [email protected]

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Page 1: O AGRONÔMICO (Instituto Agronômico) NESTE NÚMERO · que uma espécie seja preferida em relação a outra. Considerando esses atributos, palmeiras do gênero Euterpe (juçaras e

NESTE NÚMERONESTE NÚMERONESTE NÚMERONESTE NÚMERONESTE NÚMERO

Capa: Avaliação de progênies (primeiro plano) e campo de produção de sementesbásicas de arroz irrigado na Estação Experimental de Agronomia de Pindamo-nhangaba (segundo plano).

Páginas azuisPáginas azuisPáginas azuisPáginas azuisPáginas azuis6 6 6 6 6 A rede de estações experimentais do IAC.

IIIII nformações técnicasnformações técnicasnformações técnicasnformações técnicasnformações técnicas99999 O agronegócio palmito de pupunha.1212121212 Cultivo de trigo duro no Brasil.1717171717 Aveia IAC ajuda na redução dos níveis de colesterol.1818181818 Soja e adubos verdes, uma boa opção na renovação do canavial.1919191919 Plantio direto de algodão no noroeste.2020202020 O mapa pedológico do Estado de São Paulo.

Cultivares IACCultivares IACCultivares IACCultivares IACCultivares IAC2323232323 IAC 202: arroz de alta produtividade e qualidade para cultura de sequeiro.2525252525 Seleções IAC de antúrios.

ServiçosServiçosServiçosServiçosServiços2727272727 Mudas biopropagadas de bananeira e de abacaxi-de-gomo.2727272727 Matrizes básicas IAC de morangueiro.2929292929 Sementes genéticas e básicas.3030303030 Análise de solos e plantas.

O IAC e a comunidade3232323232 Visitas, eventos e homenagens.

Resenha climatológicaResenha climatológicaResenha climatológicaResenha climatológicaResenha climatológica3434343434 Balanço hídrico: janeiro a abril de 2000.

3535353535 PublicaçõesPublicaçõesPublicaçõesPublicaçõesPublicações

PPPPPonto de vistaonto de vistaonto de vistaonto de vistaonto de vista4242424242 Agricultura e meio ambiente.

4343434343 Nossa equipeNossa equipeNossa equipeNossa equipeNossa equipe

Editado pelo Instituto AgronômicoAv. Barão de Itapura, 1.48113020-902 – Campinas, SP

Fone: (19) 231-5422 / Fax: (19) 231-4943

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Fotolitos e impressão realizadospela EDMETEC - Edições Médicas,

Técnicas e Científicas LtdaRua Ipanema, 392 (Mooca)03164-200 São Paulo, SP

Fone: (11) 6692-7408 - Fax: (11) 6096-4114

Criação da capa: Tibor Moricz

A eventual citação de produtos e marcas comerciaisnão expressa, necessariamente, recomendação de seuuso pela Instituição.

É permitida a reprodução parcial, desde que citada afonte. A reprodução total depende de anuênciaexpressa do Instituto Agronômico.

O AGRONÔMICO (Instituto Agronômico)Campinas, SP1941-1; 1949-2000 1-52(Série Técnica Apta)Quadrimestral a partir de 1985.A partir do v.52, n.1, 2000, faz parte daSérie Técnica Apta da SAA/APTA.

Assinaturas (anual = R$10,00; números avulsos =R$5,00).

Enviar cheque nominal ao Instituto Agronômicoou depositar na conta bancária (Nossa Caixa-NossoBanco; agência: 00558-4; conta corrente: 13.000004-6), enviando comprovante de depósito (via fax oucarta) para: IAC - Núcleo de Documentação, 13020-902, fone/fax (19) 231-5422 ramal 215; endereçoeletrônico [email protected]

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EDITORIAL

O AGRONÔMICO ISSN - 0365-2726Boletim técnico-informativo do Instituto Agronômicojaneiro a abril de 2000

Editores: Juarez Antonio BettiMaria Angélica PizzinattoSonia Carmela Falci DechenSueli dos Santos Freitas

Editoração eletrônica: Ana Maria da Silva Oliveira

Este número de “O Agronômico” traz um artigosobre as pesquisas desenvolvidas pelo IAC

com o palmito-pupunha, muito importantes pelofato de pouparem as plantas de palmito-juçara,retiradas em sistema extrativista e danoso às matasnativas. Neste número também se desfazem duascrenças arraigadas na Agricultura Paulista: umadelas é a de que o Estado de São Paulo nãoconseguia se adequar ao plantio direto e a outra, ade que o cultivo do algodão não podia ser incluídonesse sistema. Confira os artigos mostrando quãobem implantado está o plantio direto no Estado ecomo o algodão pode fazer parte dele.

Estamos publicando um artigo sobre o mapapedológico do Estado de São Paulo. O famosoBoletim 12 de 1960, da Comissão de Solos, foiatualizado e aperfeiçoado, agora com os maioresconhecimentos sobre solos tropicais adquiridos aolongo das últimas quatro décadas. Futuramente, émeta do IAC disponibilizar esses dados nainternet.

Leia também a notícia sobre o novo cultivar deaveia do IAC, que ajuda a reduzir o colesterol: émais uma forma de contribuirmos para a qualidadede vida da nossa população. Ainda quanto aosprodutos alimentícios, há um artigo sobre aspesquisas que o IAC vem fazendo com o cultivodo trigo duro no Estado de São Paulo. Como sesabe, o trigo duro é mais adequado à produção demassas, as famosas “pastas”. Com certeza, todosos que puderem usufruir de sua qualidade irãoagradecer, mesmo os que não têm raízes na “bella Italia”.

Os Editores

[email protected]

7 7 7 7 7 Realização de eventos: difusão e transferência de tecnologias.

12 12 12 12 12 Alguns genótipos de trigo duro já mostraram bom potencial no Estado.

17 17 17 17 17 A aveia IAC 7 possui alto teor de beta-glucano, elemento útil no controle dos níveis de colesterol.

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A rede de estações experimentais do IAC

A cidade de Campinas foi escolhidapara sediar a “Estação Agronômica”,atualmente o Instituto Agronômico, porrazões de ordem geográfica, econômica etécnica, na época fundamentais para taldefinição. A implantação ocorreu em 1887na mesma área onde hoje se encontra asede do IAC, na Avenida Barão de Ita-pura. Posteriormente, em 1898, foi criadaa Estação Experimental - hoje NúcleoExperimental de Campinas, a partir de umaárea de 50 alqueires que, com novas in-corporações até 1965, chegou a 784,9 ha.Esse Núcleo é também conhecido comoFazenda Santa Elisa, nome da proprie-dade onde foi instalado.

Com a expansão da agricultura nadireção do interior paulista, no início doséculo XX, a ação da instituição tambémtinha necessidade de acompanhar essedesenvolvimento. Assim, foram sendocriadas novas Estações Experimentaispelo interior do Estado. Na década de 20,foram criadas as unidades de Tietê, SãoRoque e Limeira. Esta última, hoje, é o Cen-tro de Citricultura, localizado no municí-pio de Cordeirópolis. Na década de 30,foram implantadas as unidades de Tatuí,Ribeirão Preto, Jundiaí, Jaú, Mococa ePindorama, na de 40, as unidades deCapão Bonito, Monte Alegre do Sul,Pindamonhangaba e Ubatuba e, na déca-da seguinte, Piracicaba e Pariquera-Açu.Em 1969, foi criada a Estação de Itararépara a produção de batata semente e,finalmente, em l986, implantadas as

últimas Estações Experimentais, emAdamantina, Assis e Votuporanga.Um pouco de história

A nova estrutura– reforma de 1998

Essa rede de estações experimentais,formada em um período de 60 anos, foi eé fundamental para promover os estudosdos fatores de produção agrícola, bemcomo o melhoramento de plantas culti-vadas no Estado de São Paulo. Umaspecto importante é que essas unidadescobrem a maioria das condições de solose climas do Estado, garantindo as maisdiversificadas condições de pesquisa doBrasil, em um espaço relativamente pe-queno, se considerarmos a área doEstado em relação à do País. Isso tem

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PÁGINAS AZUIS

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permitido que tecnologias geradas peloIAC, especialmente seus cultivares, sejamutilizadas com sucesso em diferentesregiões do país e até no exterior.

A estrutura, de trinta estações ligadasà Divisão de Estações Experimentais(DEE), vigorou até 1998, quando a reformaadministrativa dos Institutos de Pesquisaalterou esse modelo. O Centro de Citri-cultura “Silvio Moreira”, em Cordeiró-polis, ficou desvinculado do Centro deAção Regional (ex-DEE) e seis Estaçõespassaram a Núcleos de Agronomia (N.A.),com denominação referente à região (vermapa): Adamantina (N.A. da Alta Pau-lista), Assis (N.A. do Vale do Paranapa-nema), Capão Bonito (N.A. do Sudoeste),

Dia de campo de Feijão, realizado em Capão Bonito, em abril de 2000: um modelo de transferência de tecnologia.

Pariquera-Açu (N.A. do Vale do Ribeira),Ribeirão Preto (N.A. da Alta Mogiana) eVotuporanga (N.A. do Noroeste).

Na proposta da reforma, os Núcleosdeveriam ser unidades com equipesmultidisciplinares, para atender as deman-das da região onde estão inseridos. Como tempo, novas unidades seriam adapta-das para esse modelo. Essas unidadesdeveriam também ser estruturadas paraeventos e atividades voltados para trei-namento e difusão de tecnologia, sendopólos irradiadores do conhecimento ge-rado pela Instituição. Porém, como aindanão houve ampliação das equipes regio-nais, a proposta não pôde ser implantadana sua plenitude.

Inserção regional dasEstações e Núcleos

As mudanças na forma de atuaçãodas estações experimentais do IAC jávinham ocorrendo muito tempo antes dareforma de 1998.

A partir de meados dos anos 80, coma contratação de pesquisadores, investi-mentos em equipamentos e na infra-estrutura, essas unidades intensificaramo desenvolvimento de projetos voltadospara o agronegócio regional, seja paraatender a demanda ou para ofertar novastecnologias e alternativas para a região

de atuação. Essa mudança naatuação das estações, em nívelregional, permitiu o desenvolvi-mento de tecnologias e de siste-mas de produção que provoca-ram transformações significati-vas no segmento agrícola. Assimocorreu com o desenvolvimentoda fruticultura na região Sudoes-te, com o cultivo de pupunha noVale do Ribeira, do milho-safrinhano Vale do Paranapanema, daheveacultura na região Noroestee a difusão do sistema de plantiodireto por todo o Estado, apenaspara citar alguns exemplos. Claroque essas ações não foram inicia-tiva exclusiva das estações,sendo sempre um trabalho emconjunto com as seções técnicasafins.

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Hoje o Centro de Ação Regional con-ta com 25 pesquisadores, que coordenam74 projetos de pesquisa, além de seremresponsáveis pelo desenvolvimento de940 experimentos que compõem a pro-gramação de pesquisas. Somam-se a issoas mais de 500 toneladas de sementes

Produção de sementes básicas de arroz em Pindamonhangaba - março de 2000.

genéticas e básicas produzidas anualmen-te para atender o sistema de produção desementes do Estado, entre empresas pri-vadas e oficiais.

Um fator decisivo na ampliação dotrabalho regional e que tem dado maiorvisibilidade à Instituição tem sido a

realização de eventos voltados para adifusão e a transferência de tecnologias,incluindo palestras técnicas, semináriose dias de campo, com a participação de17.300 pessoas de diferentes segmentosdo agronegócio nas diferentes unidadesregionais, que passaram de uma dezena

de eventos anuais na década de 80,para 76, em 1999.

Para que nossas unidades regionaisaumentem sua inserção no agrone-gócio e sejam agentes alavancadoresde desenvolvimento, é fundamentalque se amplie o quadro de pesquisa-dores hoje existente e que nossas açõesde pesquisa atendam não somente àárea agrícola mas, também, aos diversoscomponentes do agronegócio, abrin-do espaço para numa mesma unidadetermos equipes multinstitucionaisatuando em programas comuns defi-nidos para as diferentes regiões doEstado.

Vista parcial de experimento de campo no Núcleo de Agronomia do Sudoeste:uma parte dos 940 da programação do Centro de Ação Regional do IAC.

Orlando Melo de CastroIAC - Centro de Ação Regionaltelefone: (19) 231-5422 ramal 129/130endereço eletrônico: [email protected]

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INFORMAÇÕES TÉCNICAS

O agronegócio palmito de pupunha

Figura 1. Aspecto de cultivo de pupunheira para produção de palmitono início da implantação e dois anos depois. Coimex Agrícola, São Mateus,

Espírito Santo (fotos da autora).

Palmito pode ser extraído deum grande número degêneros e espécies de pal-meiras. A abundância, apalatabilidade, a cor, o

formato, a ausência de princípios tóxicos,o alto rendimento e a facilidade de extraçãosão os principais fatores que fazem comque uma espécie seja preferida em relaçãoa outra. Considerando esses atributos,palmeiras do gênero Euterpe (juçaras eaçaizeiros) vinham sendo as preferidaspara a produção de palmito, uma atividadeainda extrativa e altamente predatória. Parase ter uma idéia da dimensão dessaatividade, basta dizer que o faturamentomédio anual do setor é da ordem de 350milhões de dólares, com geração de 8 milempregos diretos e cerca de 25 milindiretos. No entanto, devido à alta taxade exploração de palmeiras desse gêneroe ao relativamente baixo poder deregeneração presente em espécies deEuterpe, há atualmente falta de produtode boa qualidade. Palmeiras mais precocese que produzam bom palmito têm sidoprocuradas por pesquisadores e grandese pequenos empresários do setor. Dentreelas tem merecido destaque a pupunheira(Bactris gasipaes Kunth).

O cultivo da pupunheira paraprodução de palmito vem despertando,desde a década de 70, o interesse deagricultores de todo o País. Esse interesseé devido, principalmente, à alta demanda,tanto interna quanto externa, de palmitode boa qualidade e à alta lucratividade dosetor. A busca de novas opções de cultivoem substituição aos tradicionais, emvirtude dos baixos preços alcançados poresses últimos no mercado, faz tambémcom que empresários de outros setoresse aventurem no agronegócio palmito depupunha.

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Figura 3. Área brasileira implantada (acumulada) compupunheiras visando à produção de palmito nos anos de 1990

a 1998 e previsão para o ano de 1999.

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Figura 2. Estimativa da quantidade de sementes de pupunheiraprovenientes da região de Yurimaguas, Peru, introduzidas no

Brasil durante os anos de 1990 a 1998.

Nativa da América Latina, há grandevariedade de raças e ecotipos de pupu-nheira. No entanto, o tipo inerme (semespinhos) é o que tem chamado mais aatenção de pesquisadores e interessadosem seu cultivo para palmito. Isso porque,quando se busca substituir uma explo-ração por um cultivo, deve-se procurar nosubstituto as mesmas qualidades doproduto antigo e além disso, se possível,algumas qualidades ausentes naquele. Apupunheira, especialmente a semespinhos, possui quase todas ascaracterísticas desejáveis das palmeirasdo gênero Euterpe, acrescidas ainda dealgumas vantagens adicionais, quaissejam: crescimento acelerado (preco-cidade), perfilhamento, rusticidade e altasobrevivência no campo (Figura 1). Comrelação ao palmito propriamente dito, difereem relação ao sabor (mais doce), àcoloração (um pouco mais amarelada) e àtextura (é mais macio), sendo bem aceito.Apresenta ainda a grande vantagem denão escurecer após o corte, o que permitea venda “in natura” de um produto de boaqualidade e excelente apresentação.

A participação do palmito de pupu-nheira no mercado mundial de palmito temcrescido anualmente. Nesse mercado, decerca de 30 mil toneladas por ano, antesdominado por palmeiras do gêneroEuterpe, a contribuição atual de palmitode pupunha é acima de 40%. A tendênciadessa proporção é aumentar, em vista daentrada em produção de novas áreas decultivo e da diminuição das reservasnaturais de Euterpe, considerando aexploração predatória, ainda operante.Além do Brasil, principal produtor,consumidor e exportador de palmito domundo, o agronegócio palmito depupunha tem se expandido também emoutros países, tais como: Costa Rica,Equador, Bolívia, Colômbia, Guatemala,México, Nicarágua, Peru, RepúblicaDominicana e Venezuela. Alguns paísesasiáticos e africanos também têm culti-vado a pupunheira com esse objetivo. ACosta Rica foi o primeiro país a cultivaressa palmeira em larga escala, com plantiosiniciados a partir de 1970. Estima-se quehá atualmente, nesse país, cerca de 15 a20 mil hectares em cultivo com a pupu-nheira. No Brasil, o agronegócio palmitode pupunha, timidamente iniciado tambémnos anos 70, expandiu-se exponencial-mente a partir de 1990, com a entrada desementes de origem peruana em grande

quantidade (Figura 2). Estima-se quetenhamos atualmente cerca de 12 a 13 milhectares plantados com essa palmeira,visando exclusivamente à produção depalmito (Figura 3).

A pupunheira é encontrada em con-dições silvestres, em baixa densidadepopulacional, nas matas úmidas do neo-trópico, com precipitação pluvial anualigual ou superior a 2500 mm/ano etemperatura média anual acima de 24oC.No entanto, o cultivo dessa espécie paraa produção de palmito é feito de formaadensada (5000 a 6600 plantas/ha) e temocupado as mais diversas regiões agro-bioclimáticas.

No Brasil, estima-se que o maiorEstado produtor é São Paulo, com cercade 25% do total implantado no país.Seguem-se Espírito Santo, Rondônia,Pará, Bahia, Mato Grosso, Goiás, MinasGerais, Rio Grande do Norte, Amazonas,Acre, Paraná, Santa Catarina e outrosEstados, totalizando cerca de 12 a 13 mil

hectares, 50% dos quais já em fase deprodução de palmito.

Embora maior rentabilidade e menorcusto de implantação e manutenção porárea sejam obtidos em regiões aptas àcultura (precipitação pluvial anual acimade 1800 mm, bem distribuída, semperíodos de déficit hídrico; temperaturamédia acima de 24oC, sem ocorrência degeadas), cerca de 60% dos cultivos estãoimplantados atualmente em áreas consi-deradas marginais, seja por déficit hídricoou térmico.

O primeiro é facilmente, emboraonerosamente, contornado pela irrigação,ao passo que o segundo prolonga a fasenão produtiva da cultura. Dessa forma,enquanto em áreas aptas a primeiracolheita é feita 14 meses após a implan-tação da cultura, em regiões com déficittérmico isso vai se dar apenas 18 a 24meses após o plantio. Nessas áreas, tambéma periodicidade de colheita da touceira éafetada, passando de 8 para 12 a 14 meses.

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A escolha da área de plantio de acordocom a aptidão do cultivo deve ser levadaem conta, visto que o produto alcança nomercado (atacado ou varejo) o mesmopreço, quer seja obtido de forma maiseconômica ou mais onerosa.

Embora tenham sido inicialmentepropaladas a precocidade e a rusticidadedo cultivo, deve ser dito que essascaracterísticas só são verdadeiras quandocomparadas às das espécies tradicionais(Euterpe edulis e E. oleracea). Naverdade, trata-se de um cultivo perene,apresentando ainda algumas particula-ridades que o tornam bastante exigenteem insumos e em propriedades físicas equímicas do solo. É preciso ser dito que ocultivo da pupunheira para palmitoreveste-se de uma característica diferen-ciada em relação a qualquer cultura perenecujo produto final é o fruto.

Devido à precocidade e ao farto perfi-lhamento da espécie, que permite cortesconstantes de palmito na mesma planta, atouceira está sempre em estádio vege-tativo. Dessa forma, fatores abióticos daprodução, tais como luz, temperatura, águae fertilizantes, devem ser otimizados paramaximizar a produção e aumentar a vidaútil do cultivo.

Por se tratar de cultivo de introduçãorecente, vários são os problemas enfren-tados por empresários e agricultores emgeral. O excesso de otimismo em relação àcultura tem gerado algumas frustrações.Vários fatores têm contribuído para isso egrande parte dos problemas ocorre aindano viveiro. É nessa fase que terminammuitos projetos de implantação do cultivoda pupunheira para palmito. Já obser-vamos perdas de mais de 80% das mudas,causadas por um somatório de fatores.

As decisões tomadas nessa etapa sãomuito importantes e diretamente respon-sáveis pelo êxito futuro do empreen-dimento. Mudas bem formadas apre-sentam baixa mortalidade no campo emaior precocidade, alcançando idade decorte significativamente mais cedo que asde formação mediana.

Dentre os problemas observadosnessa fase merecem destaque: sementese/ou mudas de má qualidade e semtratamento fitossanitário adequado; faltade experiência em agricultura, que leva àescolha inadequada do local do viveiro;falta de infra-estrutura básica e ausênciade cronograma; economia de mão-de-obra

em viveiro e informações agronômicasincompletas, incorretas ou inadequadaspara a situação local.

Passada a fase de viveiro, outrosproblemas, muitos ainda decorrentesdaqueles apontados acima, ocorrem nafase de campo. A falta de experiência emagricultura, associada ao excesso deotimismo e às promessas de vendedoresde sementes e viveiristas, tem levado comfreqüência à escolha inadequada da áreapara plantio. Áreas com condiçõesclimáticas completamente desfavoráveisao cultivo têm sido usadas. A falta deexperiência em agricultura faz com que,ainda nessa fase, não seja estabelecidoum cronograma de tarefas.

Outro problema que surge é aeconomia tardia. Gastou-se muito com asemente e com a formação ou aquisiçãode mudas. Começa-se então a economizar,visando diminuir os custos de implan-tação. Elimina-se preparo do solo e adu-bação de fundação, diminui-se irrigação eadubação de manutenção. Mesmo assim,espera-se que a planta tenha o desenvol-vimento e a produtividade descritos emboletins informativos dos principaisinstitutos de pesquisa que trabalham coma cultura.

Não restam dúvidas de que, entre aspalmeiras utilizadas para palmito de boaqualidade, a pupunheira é precoce erelativamente rústica. No entanto, é umacultura exigente quanto às característicasfísicas do solo, especialmente compac-tação e drenagem, necessita de adubação(elevada e bem balanceada) para máximaprodutividade e correção de solo a cadaquatro anos.

A exigência da planta em água tambémé elevada, sendo necessário irrigaçãoquando cultivada em áreas com déficithídrico. É preciso ser dito ainda que apupunheira é sensível a algumas doençasimportantes do ponto de vista de disse-minação e controle, tais como aquelascausadas por Fusarium e Erwinia.

Recomenda-se aos interessados nocultivo dessa palmeira visitar asinstituições de pesquisa que trabalhamcom a pupunheira, procurando conhecera realidade do cultivo (vantagens, desvan-tagens, solo e clima recomendados,principais problemas, etc.) e assegurar-seda idoneidade de vendedores de sementese viveiristas. Se possível, fazer visitas aosplantios existentes em regiões edafo-

climáticas semelhantes às do local ondese pretende iniciar o cultivo. Em seguida,fazer uma boa escolha da área onde seráfeito o plantio, iniciando com pequenoslotes de sementes e formando suaspróprias mudas. Posteriormente, expandiro cultivo de acordo com o desempenhoda planta na região e os objetivos aosquais se propuseram inicialmente.

Projetos de pesquisa com a pupu-nheira vêm sendo realizados, desde 1973,no Instituto Agronômico (IAC), emparceria com outras instituições depesquisa, universidades, empresários eagricultores em geral. Ênfase tem sidodada às técnicas de cultivo, nutriçãoorgânica e mineral, fisiologia docrescimento e da produção, fitossa-nidade e melhoramento genético.

Os resultados dessas pesquisasforam traduzidos recentemente emlinguagem acessível ao agricultor epublicados em forma de boletim técnico(“Palmito pupunha: informações básicaspara cultivo” - Boletim Técnico 173, 50páginas, 1998), o qual contém infor-mações detalhadas sobre a cultura,incluindo: usos, origem, colheita defrutos e semeadura, formação de mudas,melhores tipos de viveiros, escolha epreparo de área, plantio, espaçamento,calagem e adubação, principais pragas edoenças, manejo do cultivo, irrigação,colheita e processamento, além decoeficientes técnicos completos para aimplantação da cultura.

Solicitação para aquisição desse ede outros boletins do InstitutoAgronômico pode ser feitadiretamente ao Núcleo de

Documentação, Setor de Vendade Publicações, ligando-se para(19) 231-5422, ramal 190, ou

mesmo via endereço eletrônico:[email protected].

Marilene Leão Alves BoviInstituto Agronômico, Centro de Fruticulturatelefone: (19) 241-5188 ramal 398endereço eletrônico: [email protected]

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OIAC vem pesquisando já há al-gum tempo as possibilidades decultivo de trigo duro no Brasil.

O trigo duro, para os conhecedores daculinária, é o mais indicado para o fabricode massas, as conhecidas “pastas” dacomunidade italiana.

O trigo cultivado no Brasil pertence àespécie Triticum aestivum L. e apresentatrês genomas, A, B e D, cada um delesrepresentado por sete pares de cromos-somos. Os fatores genéticos responsá-veis pela qualidade de panificaçãolocalizam-se nos cromossomos do geno-ma D. O trigo duro (Triticum durum L.),chamado de “trigo para macarrão”, temsomente os genomas A e B, não apresen-tando, portanto, qualidade para panifica-ção.

O trigo duro é cultivado, aproximada-mente, em 17 milhões de hectares no mun-do, representando somente 8% da áreasemeada com trigo. Sua produção estáconcentrada no Oriente Médio, Norte daÁfrica, Continente Asiático e Europa Me-diterrânea. Outras áreas produtoras in-cluem parte da Etiópia, Argentina, Chile,México, Estados Unidos e Canadá.

As tentativas de cultivo comercial detrigo duro no Brasil, em particular no Es-tado de São Paulo, não tiveram sucessodevido a problemas agronômicos nos cul-tivares disponíveis, isto é, falta de adap-tação aos solos ácidos, proporcionandobaixa produtividade, suscetibilidade àsdoenças foliares, ausência de dormênciados grãos, provocando a sua germinaçãonas espigas antes da colheita e reduzin-do-lhes sensivelmente a qualidadetecnológica, e, principalmente, a falta deum sistema adequado de comercializaçãoque garanta a aquisição dos grãos pelosmoinhos, o que desestimula produtorespotenciais. No Brasil há somente um mo-inho, o São Valentim, em Tatuí, SP, devi-damente equipado para processar trigoduro.

No Brasil não se produz o trigo durocomercialmente, porém já se consome oproduto importado em pequena escala,sendo usado inadequadamente o T.aestivum L. para a produção de massas.

A produção brasileira de pastas foiestimada em um milhão de toneladas em1998, representando um crescimento de15% em relação a 1997. O consumo depastas no Brasil é de 5,4 kg/ano per

capita, enquanto que nos Estados Uni-dos e na Itália esses valores são de 10 e28 kg/ano respectivamente. Apesar dobaixo consumo em relação a outrospaíses, o Brasil apresenta uma grandeperspectiva de crescimento no setor nosanos futuros.

Os grãos de trigo duro são tipicamentemaiores, mais pesados e mais duros doque os do trigo panificável. Sua massa émais elástica e, como conseqüência, dequalidade inferior para a produção depães, onde se utiliza fermento (levedu-ra); sua farinha é matéria-prima excelentepara a elaboração de massas alimentíciasem geral, devido à sua maior estabilidadeno cozimento. Essas massas não tendema se desintegrar ou apresentar gomo-sidade na fervura, nem tornar-se moles epastosas se mantidas na água após ocozimento. No mercado internacional, ostrigos duros de boa qualidade alcançampreços mais altos que os trigos para pani-ficação.

As plantas com os genótipos de trigopara panificação, selecionados no CentroInternacional de Melhoramento de Milhoe Trigo (CIMMYT), México, no início dosanos 60, apresentavam uma séria defi-ciência: acamavam com facilidade. Asmaiores produções da variedade Nainari-60raramente ultrapassavam 4.500 kg/ha,mesmo quando cuidadosamente culti-vada com irrigação. O acamamento desen-corajava a aplicação de mais que 50-70kg/ha de nitrogênio.

Após muitas tentativas frustradas,conseguiu-se uma solução para o acama-mento com os genes para nanismoencontrados na variedade Norin 10: taisgenes não somente diminuíram a alturadas plantas como induziram maiorperfilhamento, mais grãos por espiga epor metro quadrado, uso mais eficientede fertilizante e água e maior índice decolheita. Entre 1960 e 1980, o CIMMYTlançou 39 variedades de trigo para pani-ficação, todas contendo os genes denanismo da fonte Norin 10.

Os trigos duros também tiveram seuporte reduzido. Os melhoristas cruzaramtrigos panificáveis, contendo genes deNorin 10, com trigos duros e, subseqüen-temente, retrocruzaram as progênies paraos duros, de que resultaram variedadesde alto potencial de produção. Trigosduros, semi-anões, lançados peloCIMMYT, estão sendo amplamente cul-

Cultivo de trigo durono Brasil

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

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tivados nas áreas produtoras em todomundo. As produções de trigo duro bene-ficiaram-se muito mais que as dos pani-ficáveis pelo emprego dos genes denanismo, porque os trigos duros antigoseram mais altos, tinham colmos mais fra-cos e produziam menos que os panifi-cáveis. Atualmente, no México, asmelhores variedades de trigo duro nãoacamam, mesmo sob alta fertilização. Emcondições favoráveis, sem limitação deumidade e com uso apropriado de insumosagrícolas, altas produções foram obtidas,aproximando ou ultrapassando as veri-ficadas para o trigo comum. Os trigosduros de boa qualidade geralmente alcan-çam preços mais altos que os comuns.

Intensivo programa de melhoramentode trigo duro vem-se efetuando noCIMMYT, para suprir países em desen-volvimento com germoplasma de altopotencial de produção, grande adaptação,resistência às doenças e qualidade nutriti-va e tecnológica.

Para atender a demanda da indústriade pastas alimentícias, alimento de grandeconsumo pela população de baixa rendade nosso país, trabalhos de pesquisa comtrigo duro no Instituto Agronômico foraminiciados em 1984.

Introduziram-se coleções para reali-zação de ensaios de variedades doCIMMYT, com a finalidade de avaliar ascaracterísticas agronômicas, resistênciaaos principais patógenos e qualidadetecnológica. Trabalhos já realizados em

condição de irrigação e de solo de altafertilidade mostraram bom potencial deprodução de alguns genótipos de trigoduro no Estado de São Paulo.

As variedades de trigo duro desen-volvidas para as regiões semi-áridas, comou sem irrigação, na sua maioria, nãosofreram pressão de seleção paradoenças e dormência dos grãos, duranteo seu processo de obtenção. Essasvariedades, quando cultivadas emregiões com excesso de umidade relativado ar durante o ciclo vegetativo e comchuvas na colheita, como nas RegiõesTemperada e Subtropical do Brasil,mostram-se inadequadas devido àelevada suscetibilidade a patógenos,principalmente os causadores demanchas foliares, reduzindo conseqüen-temente a produção ou encarecendo ocusto de produção quando defensivossão utilizados para o seu controle. Pornão terem dormência, os grãos madurosgerminam na presença de chuvas, preju-dicando sensivelmente a qualidadetecnológica da farinha.

Pelo exposto pode-se verificar que oPlanalto Central, com irrigação no inver-no, seria uma boa opção para o cultivode trigo duro com as variedades atual-mente disponíveis, pois os riscos deocorrência de doenças e germinação dosgrãos na espiga antes da colheita seriamminimizados pelo clima ocorrente nessavasta região. Culturas de sequeiro, no in-verno, não teriam sucesso devido à defi-ciência hídrica no solo durante esse pe-ríodo.

2. Solo

A triticultura brasileira instala-se emsua maioria em solos ácidos,apresentando pH entre 4,0 e5,5, baixos teores de bases (Ca,Mg e K) e fósforo e elevadasquantidades de alumíniotrocável ou solúvel.

A ocorrência de níveistóxicos de alumínio, princi-palmente em solos ácidos, ébastante comum na região dosCerrados brasileiros. O alu-mínio é um constituinte daspartículas de argila do solo esua toxicidade é teoricamentepossível na maioria dos solosonde o pH é suficientementebaixo (geralmente inferior a 5,5,particularmente menor que 5),provocando a decomposiçãonas estruturas minerais daargila. Quando esse ponto éalcançado, parte do alumínio,

Fatores Abióticos

1. Clima

Os principais problemas climáticos datriticultura na Região Temperada do Bra-sil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina eSul do Paraná) são o excesso de umidaderelativa do ar em setembro-outubro, a ocor-rência de geadas no espigamento, chu-vas na colheita e granizo.

Na Região Subtropical (norte e oestedo Paraná, sul do Mato Grosso do Sul eoeste de São Paulo) as principais adversi-dades são a umidade relativa do ar que,embora menor, ainda causa problemas dedoenças, as geadas e as secas durante oespigamento e as chuvas na colheita. NoPlanalto Central (incluindo norte de SãoPaulo) o trigo irrigado, de inverno, encon-tra ótimas condições de clima: umidaderelativa baixa, alta insolação, ausência degeadas, secas e granizo e tempo seco du-rante a colheita, que resulta em bom pesohectolitro e pequena necessidade de se-cagem, desde que não haja retardamentona época de semeadura.

FATORES QUE LIMITAM O CULTIVODO TRIGO DURO NO BRASIL

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formalmente constituinte das partículas deargila, migra para a fração trocável ou paraa solução do solo. Tal alumínio, nas cama-das superficiais dos solos ácidos, podeser precipitado pela calagem, porém nosubsolo permanece solúvel e tóxico àsplantas. O efeito da calagem geralmenteatinge, no máximo, 30 cm de profundida-de. Nos solos corrigidos, o excesso dealumínio trocável no subsolo pode restrin-gir o crescimento das raízes dos cultivaresde trigo duro sensíveis ao alumínio paraas camadas superficiais que receberamcalagem. Como o efeito primário datoxicidade de alumínio é a paralisação docrescimento radicular, torna as plantasmais suscetíveis à seca pelo seu impe-dimento em obter água nas camadas maisprofundas do solo.

Como analisado anteriormente, asvariedades de trigo duro selecionadas paraas regiões de clima semi-árido e solo alca-lino (pH geralmente acima de 7) apresen-tam alta sensibilidade à toxicidade de alu-mínio. Portanto, verifica-se que a culturade trigo duro não tem possibilidade desucesso em condições de sequeiro, ondehaveria necessidade de crescimento radi-cular no subsolo em busca de água e nutri-entes. Desse modo, a cultura fica restritaa condições de irrigação onde as raízesobtêm água e nutrientes da camada arável,não necessitando explorar o subsolo parao seu desenvolvimento.

Fatores bióticos

As principais doenças que ocorrem nacultura do trigo nas regiões com altaumidade relativa (Temperada e Subtro-pical ) são as seguintes:

Ferrugem-da-folha (Puccinia recon-dita): os sintomas aparecem nas folhas ebainhas na forma de pequenas pústulasalaranjadas arredondadas, de até doismilímetros de diâmetro. Os principaisprejuízos são: produtividade baixa, grãospequenos e baixo peso hectolitro.

Mancha-da-folha (Bipolaris soroki-niana): os sintomas aparecem nas plantasnovas, que ficam necrosadas, podendomorrer logo na emergência; naquelas quevingam, surgem lesões pardas, que vãoescurecendo, havendo progressão dobaixeiro para as folhas mais novas. Aspartes atacadas da espiga ficam pardas,danificando a granação. Um dos prejuízosdesse fungo é o baixo estande daslavouras, pela quebra de germinação e

queima dos coleóptilos no início dagerminação. A infecção dentro da espigaorigina grãos enrugados, mofados e leves,decaindo sua produtividade e qualidade.Prevalece em clima quente e úmido.

Septoriose (Septoria tritici e S.nodorum): o primeiro afeta de preferên-cia as folhas, produzindo manchas par-das que, coalescendo, podem tomar todaa superfície foliar e afetar também outraspartes da planta. S. nodorum ocorre nasglumas, enegrecendo-as, e nos nódulosda haste, provocando um encurvamentodo colmo nesse ponto e futuro acama-mento das plantas. Os nós atacados ficamenegrecidos. Os prejuízos consistem naprodução baixa, de grãos pequenos, àsvezes escurecidos, com peso hectolitromuito baixo. Normalmente, a parteacamada não pode ser colhida; mesmoque se conseguisse colhê-la, não compen-saria, devido à má qualidade dos grãos.

Sarna de giberela (Gibberella zeae):os sintomas são branqueamento das es-pigas ainda verdes, no todo ou em parte;como conseqüência tais regiões não granamou granam mal. Na raiz, ocorre geralmenteapós a entrada de outros fungos, comoBipolaris sorokiniana. Pode haver,ainda, crestamento de plantas novas,oriundas de sementes infectadas. Oprejuízo principal é a má germinação, comfalhas na lavoura. A doença vai eviden-ciar-se durante a floração: muitas floresfalham, em virtude da infecção de seusórgãos sexuais. Grande número de se-mentes saem mofadas, mal granadas eenrugadas, decrescendo consideravel-mente seu peso hectolitro. As sementesafetadas, quando consumidas em gran-des quantidades, são tóxicas ao homem.

Oídio (Blumeria graminis tritici):observa-se o crescimento miceliano de corbranco-acinzentada nas folhas, colmos eespigas, que é o sinal desta doença. Osdanos são produtividade baixa, grãos pe-quenos e baixo peso hectolitro.

Os cultivares de trigo duro desenvol-vidos para regiões semi-áridas, semeadosnas regiões brasileiras com elevada umi-dade relativa durante o ciclo da cultura,apresentam um bom nível de resistência àferrugem-da-folha e ao oídio, porém exi-bem elevada suscetibilidade à mancha-da--folha, septoriose e sarna de giberela. Poresse motivo o cultivo do trigo duro deve-ria ser evitado nessas regiões, pois o con-trole químico aumentaria o custo de pro-

dução da cultura, reduzindo sua lucra-tividade. A região do Planalto Central,incluindo norte de São Paulo, pela quali-dade do clima, seria mais indicada,evitando o desenvolvimento de doençaspara as quais os cultivares de trigo duro,atualmente disponíveis aos agricultores,não apresentam resistência genética.

TRABALHOS DE PESQUISADESENVOLVIDOS NO IAC

Introdução e avaliação inicial degermoplasma

O Instituto Agronômico introduzdesde 1984, do CIMMYT, a coleçãointitulada “International Durum WheatScreening Nursery – IDSN”, envolvendo200 a 250 genótipos de trigo duro, quesão plantados todos os anos em teladona Estação Experimental de Agronomiade Monte Alegre do Sul, com irrigaçãopor aspersão. Cada genótipo é semeadoem uma linha de 3 m de comprimento, comespaçamento entre linhas de 0,40m.

Os genótipos são comparadosquanto à resistência à ferrugem-da-folha,mancha-da-folha e oídio, pela avaliaçãoda severidade das doenças, sob infecçãonatural.

A ferrugem-da-folha é avaliada emcada genótipo pela observação dos sin-tomas nas folhas superiores das plantas,nos estádios entre início de maturação ecera mole, baseando-se em escala queleva em conta a porcentagem de área in-fectada e tipo de pústula, ou seja, a in-tensidade da doença e a reação da planta.

Para a mancha-da-folha ou helmin-tosporiose, utiliza-se para a avaliaçãouma escala de porcentagem de área foliarinfectada, onde zero é consideradoimune; 1 a 5%, resistente; 6 a 25%, mode-radamente resistente; 26 a 50%, suscetí-vel e 51 a 99%, altamente suscetível. Naavaliação do oídio adota-se escala seme-lhante à citada para mancha-da-folha.Outras características, como ciclo dasplantas, em dias, da emergência ao flores-cimento e da emergência à maturação,altura das plantas, acamamento e produ-ção de grãos, são também avaliadas.

Na tabela 1 são apresentadas as pro-duções médias e as características agro-nômicas de alguns genótipos de trigoduro, avaliados no 29o “IDSN”, instaladona Estação Experimental de Monte Alegredo Sul, em 1998.

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Ensaios Preliminares

Ensaios preliminares são instaladosanualmente na Estação Experimental deTatuí do IAC, em solo corrigido e aduba-do, em condição de irrigação por asper-são. Cada genótipo de trigo duro selecio-nado no IDSN no ano anterior é semeadoem uma parcela composta de seis linhasde 3 m de comprimento, espaçadas umada outra de 20 cm. No início da maturaçãosão realizadas as mesmas avaliações jácitadas na avaliação inicial do germo-plasma.

Ensaios Finais

1. Metodologia

São compostos de 18 genótipos detrigo duro selecionados nos EnsaiosPreliminares mais dois cultivares de trigocomum, como controles (testemunhas ).

Emprega-se o delineamento estatísti-co de blocos ao acaso, com quatrorepetições por local. Cada ensaio consti-tui-se de 80 parcelas, cada uma formadapor seis linhas de 3 m de comprimento,espaçadas de 0,20 m. Deixa-se uma sepa-ração lateral de 0,60m entre as parcelas,semeando-se 80 sementes viáveis pormetro linear de sulco, com uma área útilde colheita de 3,6 m2.

No período 1984-99 os Ensaios Finaisforam semeados anualmente em várioslocais, em condições de sequeiro e de irri-gação por aspersão. Os genótipos foramcomparados quanto à resistência à ferru-gem-da-folha, mancha-da-folha e oídio.Além das características já mencionadas,foram também avaliados: comprimento

das espigas, número de espiguetas porespiga, número de grãos por espiga e porespigueta e massa de cem grãos, cole-tando-se dez espigas de cada parcela.

As plântulas dos genótipos de trigoduro e comum foram testadas em condi-ções de laboratório, para tolerância a zero;0,2; 0,4; 1,0 mg/L de Al3+, em soluçõesnutritivas.

Avaliaram-se os dados consi-derando-se a média de comprimento daraiz primária central das dez plântulas decada genótipo, após 120 h de crescimentonas soluções nutritivas completas semalumínio e 24 h de crescimento nassoluções de tratamento contendo quatrodiferentes concentrações de alumínio.

Para a avaliação da qualidade tecno-lógica dos genótipos estudados foramrealizadas as determinações a seguirrelacionadas:

Rendimento de extração de farinha(moagem): empregando-se o moinhoexperimental “Brabender QuadrumatSenior” e trabalhando com 2 kg de grãos,que tiveram sua umidade ajustada para15% 16 a 20 h antes da moagem.

Micro-sedimentação: em SDS (dodecilsulfato de sódio).

Número de queda (Falling number).

Propriedades de mistura da massa:determinadas no farinógrafo “Brabender”,pelo sistema farinha-água. Os parâmetrosusados para interpretar o farinógrafoforam: tempo de desenvolvimento damassa (TDM), estabilidade (EST) e índicede tolerância à mistura em unidadesfarinográficas.

Genótipos Produção AlturaCiclo emer-

Acama- Mancha-de grãos da planta

gência/flores-mento -da-folha

cimento

kg/ha cm dias % %

Aramides-3 4.111 76 80 0 40

Chen/altar 84/4/srn //hui/yav 79/3/...4.722 74 71 0 30

Plata 10/6/quem/4/usda 573// qfn/...4.611 84 76 0 20

Kulrengi - balikcil8 4.278 78 71 40 30

Labud/nigris-3//gan 4.667 82 71 20 30

Sombra 20 4.889 78 71 0 30

Somo/croc-4//lotus 1/3/kitti 5.778 90 78 0 30

Tabela 1. Produções médias de grãos e características agronômicas de genótipos de trigo duroselecionados na coleção intitulada 29th IDSN, introduzida do CIMMYT, instalada na EstaçãoExperimental de Monte Alegre do Sul, do IAC, em 1998.

Propriedades de extensão da massa:determinadas no equipamento alveógrafo“Chopin”. Os parâmetros básicos dascurvas alveográficas estudadas foram osseguintes: pressão máxima (P), abcissamédia de ruptura (L), índice de configu-ração da curva (P/L) e energia de defor-mação da massa (W).

2. Resultados obtidos

No período de 1984 a 1999 observou-se que os rendimentos de grãos dos genó-tipos de trigo duro e comum mostraram-se superiores em condição de irrigaçãopor aspersão em comparação com cultivode sequeiro.

Na tabela 2 verifica-se que não ocor-reram diferenças significativas entre osgenótipos de trigo duro e comum emcondição de irrigação. O cultivar de trigoduro IAC-1003 foi o menos produtivo emcondição de sequeiro.

Cultivares de trigo duro, mesmo comirrigação, em solo ácido mostraram baixaprodutividade em relação aos cultivaresde trigo comum, tolerantes à toxicidadede Al3+. Em solos corrigidos, com irriga-ção, os genótipos de trigo duro e comumapresentaram-se produtivos, não dife-rindo entre si (tabela 3).

Os cultivares de trigo duro nãodiferiram do trigo comum IAC-24, de por-te semi-anão, com relação à altura e por-centagem de acamamento. Porém, o cul-tivar de trigo duro IAC-1001 mostrou umciclo maior da emergência aoflorescimento, em relação aos cultivaresde trigo comum IAC-24 e IAC-60.

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Não foram verificadas diferençasmarcantes entre os trigos comuns e du-ros em relação à resistência à ferrugem-da-folha e ao oídio. No entanto, osgenótipos de trigo duro exibiram altasuscetibilidade aos agentes causais demanchas foliares, em comparação aos cul-tivares de trigo comum (tabela 4).

Os genótipos de trigo duro apresen-taram espigas curtas e com menor núme-ro de espiguetas por espiga que os co-muns.

O IAC-1003 destacou-se por apresen-tar um maior número de grãos por espiga

e por espigueta e o IAC-1002, por exibiros grãos mais pesados.

Por se mostrarem sensíveis à toxici-dade de Al3+, os genótipos de trigo duronão são recomendados para o cultivo emsolos ácidos, conforme se observa pelocomprimento das raízes em soluçõesnutritivas com diferentes concentraçõesde alumínio (tabela 5).

As condições climáticas favoráveis,baixa umidade relativa durante o ciclo dacultura e ausência de chuvas na colheita,favoreceram a produtividade dos genó-

tipos de trigo duro em Ribeirão Preto emcomparação com os de Tatuí (Tabela 6).

As propriedades tecnológicas dogenótipo de trigo duro IAC-1003, isto é,suas características de sedimentação,extração experimental de farinha e núme-ro de queda, características farinográficas(tempo de desenvolvimento da massa,estabilidade e índice de tolerância à mis-tura) e características alveográficas (ín-dice da configuração da curva e energiade deformação da massa) permitemindicá-lo para uso na fabricação de mas-sas ou pastas alimentícias.

Tabela 5. Comprimento médio (mm) das raízes de genó-tipos de trigo duro e comum, medido após 120 h decrescimento na solução nutritiva completa e 24 h nassoluções de tratamento contendo quatro concentraçõesde Al3+.

GenótiposConcentrações de alumínio

nas soluções (mg/L)

0 0,2 0,4 1,0

Trigo duro

IAC-1001 49,0 10,6 0,0 0,0

IAC-1002 46,8 10,0 0,0 0,0

IAC-1003 37,0 0,0 0,0 0,0

Trigo comum

BH-1146 80,3 46,7 62,1 79,8

IAC-60 60,5 55,6 55,0 60,3

Fonte: CAMARGO, C.E. de O. et al. Bragantia, v.54, n.2, p.371-383, 1995.

Tabela 4. Graus médios de infecção (porcentagem de áreafoliar infectada e tipo de pústula) de ferrugem-da-folha,oídio e mancha foliar de genótipos de trigo duro ecomum em ensaio instalado com irrigação em Campi-nas, em 1988.

GenótiposFerrugem

OídioMancha

-da-folha foliar

Trigo duro

IAC-1001 tS* 5 80

IAC-1002 0 10 80

IAC-1003 0 5 80

Trigo comum

IAC-24 5S 5 60

IAC-60 tS 5 40

* t - traço ( apenas algumas pústulas); S - reação de suscetibilidade.Fonte: CAMARGO, C. E. de O. et al. Bragantia, v.54, n.2, p.305-319, 1995.

Tabela 2. Produções médias (kg/ha) de grãos de genótiposde trigo duro e comum em ensaios instalados no período1990-92. Médias seguidas da mesma letra minúsculanão diferem significativamente entre si.

Genótipos Tatuí Maracaí(irrigado) (sequeiro)

Trigo duro

Guillemot “S’’ = IAC-1001 3.187a 1.592a

Graal = IAC-1002 (1) 3.440a 1.497a

Gallareta “S” = IAC-1003 3.653a 1.309b

Trigo comum

IAC-24 3.986a 2.084a

IAC-60 4.471a 2.167a

d.m.s. (Tukey a 5%) 1.775 830

(1) Graal = IAC-1002 = 61150/Leeds//Gallo “S”/3/Garza”S”/4/Mexicali “S”/5/S15/CR “S”. Fonte: CAMARGO, C.E. de O. et al.Bragantia, v.54, n.1, p.67-79, 1995.

Tabela 3. Produções médias (kg/ha) de grãos de genótiposde trigo duro e comum em ensaios instalados com irri-gação, em solo ácido (1995) e em solo corrigido (1988).Médias seguidas da mesma letra minúscula não diferemsignificativamente entre si.

Genótipos Monte Alegre do Sul Tatuí(solo ácido) (solo corrigido)

Trigo duro

IAC-1003 2.033b 3.660a

Yavaros “S” 1.992b 3.385a

MTTE “S” 991b 3.183a

Trigo comum

IAC-24 3.893a 4.906a

IAC-60 3.584a 3.919a

d.m.s. (Tukey a 5%) 1.425 2.200

Fonte: CAMARGO, C.E. de O. et al. Bragantia, v.51, n.1, p.69-76, 1992.

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Aspectos agronômicos e tecnológicos

É importante incorporar em novos cul-tivares de trigo duro características agro-nômicas e tecnológicas desejáveis paraque a cultura seja competitiva com o trigocomum, possibilitando também o seucultivo em solos ácidos, em regiões comalta umidade relativa durante o ciclovegetativo e sujeitas a chuvas na colheita.

As características a serem melhoradasno trigo duro são as seguintes: resistên-cia às doenças, resistência à germinaçãona espiga (dormência), tolerância à toxi-cidade de alumínio, pelo menos no mesmonível do trigo comum, e qualidade tecno-lógica.

Aspectos econômicos

Para o estabelecimento do cultivo dotrigo duro no Brasil como alternativa deinverno nos sistemas de produção, alémde serem obtidas novas variedades commelhores qualidades, há necessidade deum sistema adequado de comercialização.Esse sistema garantiria a aquisição dosgrãos pelos moinhos, gerando lucrati-vidade aos agricultores e, conseqüen-temente, estimulando a produçãonacional e proporcionando economia dedivisas.

PERSPECTIVAS FUTURASDO CULTIVO DO TRIGO DURO

NO BRASIL

Carlos Eduardo de Oliveira Camargo eAntonio Wilson Penteado Ferreira Filho

IAC - Centro de Plantas Graníferastelefone: ( 19 ) 241 5188 ramal 301endereço eletrônico: [email protected]

Tabela 6. Produções médias (kg/ha) degrãos de genótipos de trigo duro ecomum em ensaios instalados, comirrigação por aspersão, em Tatuí e Ri-beirão Preto, no período 1995-97.Médias seguidas da mesma letra mi-núscula não diferem significativa-mente entre si.

Genótipos TatuíRibeirão

Preto

Trigo duro

IAC-1001 3.046b 5.404ab

IAC-1002 3.017b 5.593ab

IAC-1003 2.915b 5.227 b

ALTAR/STN (A) 3.298b 5.681 a

Trigo comum

IAC-24 4.132a 4.838 c

Fonte: FELÍCIO, J.C. et al. Bragantia, v.58,n.1, p.83-94, 1999.

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Aveia IAC ajudana redução dos níveisde colesterol

L ançada em 1994, a aveia ‘IAC 7’vem agradando a produtores econsumidores. Os produtores

vêm apreciando o seu ciclo precoce e osconsumidores ficam satisfeitos em saberque tem alto teor de beta-glucano,elemento útil no controle dos níveis decolesterol. Com excelente qualidade parafabricação de flocos, é uma aveia brancaque também agrada à indústria brasileira.Por parceria firmada entre o IAC e a SLAlimentos, que possui o maior moinho daAmérica Latina e um dos maiores domundo, a aveia ‘IAC 7’ vem sendoproduzida nos campos da empresa naregião de Mauá, na Serra do Paraná.

Até o lançamento da variedade IAC 7,o Brasil era importador de aveia. Comótimas características para indústria e

consumo, ela está presente na pani-ficação, fabricação de biscoitos e ali-mentos infantis, e vem sendo cada vezmais utilizada pelo mercado externo.

Em um novo programa, a SL Alimentosestá testando quatro novas variedades deaveia IAC em seus campos experimentais.O material está sendo analisado tanto emrelação a caracte-rísticas agronômicas,como teor de beta-glucano, precocidadee resistência a doenças, quanto aorendimento industrial.

Jairo Lopes de Castro(1) e Thomaz Setti(2)IAC - Núcleo de Agronomia do Sudoeste(1)e SL Alimentos(2)fones: (15) 542-1310(1) e (43) 330-9977 ou329-8050(2)

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

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Em São Paulo, o cultivo da cana--de-açúcar ocupa 2,2 milhões dehectares, com perspectiva de

crescimento. Apesar da variabilidadeagroecológica, pela extensão do Estado,influindo nos períodos de plantio, brota,rebrota e colheita, pode-se simplificar ossistemas de produção de cana-de-açúcarpara duas épocas principais de plantio: ade inverno-primavera, de agosto a outu-bro, e a de verão, de janeiro a março, queirão se constituir na cana de ano e canade ano e meio respectivamente. Uma vezplantada, a lavoura de cana-de-açúcarpermite de três a seis colheitas conse-cutivas, que ocorrem no período de abril--maio a setembro-outubro. Essa mesmalavoura recebe o nome de cana-planta noseu primeiro ciclo, soca no segundo eressoca de enésima ordem nos demais, atéa última colheita, quando se faz a renova-ção do canavial. Nessa ocasião é entãoefetivado o preparo de solo, com elimina-ção das soqueiras, aração, gradagem etc.,visando-se a um novo plantio. Nas con-dições paulistas, essa movimentação dosolo ocorre no período de primavera-ve-rão, quando são mais intensas e erosivasas chuvas e mais propícias as condiçõesde infestação do solo com plantas volun-tárias.

O emprego de espécies leguminosascomo adubo verde resulta em significati-va melhoria nas características químicas,físicas e biológicas do solo, com aumentoda retenção de nutrientes, o controle deplantas voluntárias, de parasitas e da ero-são do solo. A mucuna-preta e Crotalariajuncea são exemplos de plantas há muitoutilizadas para essa finalidade. Estudorecente foi realizado no Instituto Agro-nômico, com o objetivo de quantificar oefeito da adubação verde com essasespécies e de outra leguminosa, a soja,sobre o rendimento físico e econômicona produção da cana-de-açúcar. Esse

estudo consistiu em um ano de adubaçãoverde, com soja, mucuna-preta e crotaláriaem sucessão à cana-de-açúcar e de doisanos de adubação verde com essasmesmas culturas. O sistema tradicional,pousio no período, também foi incluídoentre os tratamentos.

No sistema em que se usou um ano deadubação verde, aqueles em que se usoumucuna-preta ou crotalária, apresentaramprodução média de cana-de-açúcar 16 %superior àquele em que se usou soja.

Quando a adubação verde, antes donovo plantio de cana-de-açúcar, foi dedois anos, todos os tratamentos mostra-ram aumentos de 22 a 47 %, o que repre-senta um aumento de até cinco toneladas

Soja e adubos verdes, uma boaopção na renovação do canavial

Hipólito A.A. Mascarenhas e Roberto T. TanakaIAC - Centro de Plantas Graníferasfone: (19) 241-5188 ramais 316 e 304endereço eletrônico: [email protected]; [email protected]

de açúcar por hectare. No entanto, em-bora tenha havido aumentos expressivosna produção de cana e de açúcar pelarotação com crotalária e mucuna preta, ocultivo da soja na renovação do canavi-al, apesar de propiciar menores produ-ções de cana-de-açúcar permitiu obter umretorno econômico muito maior devido àrenda obtida com os grãos da legumi-nosa. Assim, a proteção do solo, amelhoria de suas condições físicas,químicas e biológicas, a economia no usodo nitrogênio em cobertura, o ponderávelaumento na produção de cana e de açú-car e o retorno econômico da prática pos-sibilitam a recomendação do uso deleguminosas na renovação do canavial.

Opções de adubações verdes na renovação do canavial.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

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Aprática de plantio direto naRegião Noroeste doEstado é ainda muitoinsignificante. Esta ativi-dade vem sendo realizada

por agricultores que possuem sistema deirrigação tipo pivô central, porque na áreairrigada os cultivos são intensivos durantetodo o ano e a produção de palhada éadequada para a atividade do plantiodireto.

No caso do algodão, cuja cultura éestabelecida praticamente em áreas arren-dadas, para renovação de pastagens de-gradadas, a prática do plantio direto nãoé executada. O sistema de plantio diretocom algodão no Núcleo de Agronomia doNoroeste foi iniciado no ano agrícola de1996/97 em resteva de trigo e sob irriga-ção de pivô central. Esta primeira tentati-va foi feita numa área de dois hectares.As plantas voluntárias foram dessecadascom glifosato na dosagem de 960 g deingrediente ativo por hecatare e poste-riormente no plantio do algodão foi apli-cado paraquat, na proporção de 400 g deingrediente ativo por hectare. Aplantadeira para plantio direto utilizada foia Jumil 2500. As sementes usadas foramas destinadas aos campos de multiplica-ção de sementes e deslintadas com ácido(semente pelada).

No ano agrícola de 1997/98 a área complantio direto foi estendida para dez hec-

tares usando os mesmos herbicidas e compalhadas de milho, de aveia amarela e detrigo, também na área de pivô central.Notou-se um desenvolvimento melhor dacultura na área com aveia amarela e piorna de resteva de trigo.

No outono/inverno de 1998/99 foimultiplicado o milheto para a produçãode palhada, pois trata-se de gramínea comboa resistência à deficiência hídrica. Comessa palhada produzida a área de algodãopassou para trinta hectares. A desse-cação de pré plantio foi feita com glifosatoe o controle das ervas pós-emergentes foirealizado com a mistura, em tanque, deFluazifop-P-Butil na proporção de 125 gde ingrediente ativo por hectare ePyrithiobac-Sodium na proporção de a 100g de ingrediente ativo por hectare. Nesseano agrícola utilizou-se equipamento paraaplicação de herbicidas – MSMA - comjato dirigido na proporção de 1.580 g deprincípio ativo + 750 g de ingrediente ativodo Diuron por hectare.

Atualmente deixou-se de usar oPyrithiobac-Sodium por onerar o custo deprodução. Deve-se salientar que essaprática foi usada visando mais a conser-vação do solo: as áreas de plantio foramutilizadas intensamente durante os últi-mos quinze anos no sistema de produçãoconvencional e a característica textural dosolo é arenosa (70% de areia grossa + areiafina), o que o torna extremamente suscep-

Plantio diretode algodão no noroeste

tível a erosão. Saliente-se que a culturado algodão possui um ciclo muito exten-so, dificultando uma rotação com cultu-ras econômica e/ou para formação depalhada feita no período de outono/inverno. A produção de material decobertura por essa malvácea é muitopequena, deixando o solo desprotegido.A produtividade obtida tem ficado entre125 e 140 arrobas por hectare.

Nelson BortolettoIAC – Núcleo de Agronomia do Noroestefone: (17) 984-9555

O sistema de plantiodireto com algodão

no Núcleo de Agronomiado Noroeste foi iniciado

no ano agrícolade 1996/97 em restevade trigo e sob irrigação

de pivô central.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

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O Agronômico, Campinas, 52(1), 2000 21

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Inúmeros problemas ligados à

utilização inadequada do solo sãoverificados no Estado de SãoPaulo, tanto em termos agrícolascomo urbanos. Tais problemas

podem ser facilmente notados pela perdada produtividade de safra e pelo avançoda utilização da terra de formadesordenada e sem respeito às limitaçõese potencialidades do terreno. Esses fatosresultam em enormes perdas de solo porerosão e problemas quanto ao ordena-mento territorial, dentre outros. Medianteo uso de mapas pedológicos, que forne-cem elementos básicos para o direcio-namento e a adequação do uso da terra,esses problemas podem ser evitados.

Mapas pedológicos em escalasgeneralizadas, englobando todo umterritório, permitem a visualização degrandes áreas, abrangendo a distribuiçãoespacial e a variação existente na popu-lação dos solos, constituindo docu-mentos importantes na caracterização dosrecursos, na orientação de planejamentosregionais do uso da terra com fins agro-silvo-pastoris, geotécnicos, urbanos eindustriais, e como material didático aoensino da ciência do solo, além de ressaltaros contrastes entre regiões.

Em 1960 foi publicado o mapa de solosdo Estado de São Paulo na escala1:500.000 (Brasil, 1960) abrangendo todoo território paulista. Ele constituiu arealização da fase inicial de levantamentode reconhecimento de solos de Unidadesda Federação, executado pela antigaComissão de Solos, do Ministério daAgricultura, hoje Centro Nacional dePesquisa de Solos (Embrapa-Solos). Foiexecutado por pedólogos, na época aindapouco experientes e contando com basecartográfica de baixa precisão para ostrabalhos de campo e para a compilaçãofinal. Ressalte-se que a primeira coberturaaerofotogramétrica de todo o Estado deSão Paulo foi realizada apenas a partir de

1962. Além disso, o conhecimento de solostropicais era incipiente e os critérios dedistinção e de classificação começavam ase estabelecer em nosso País. Apesar detodas essas limitações, esse mapa foiintensamente utilizado, sendo básico nasfaculdades de agronomia, engenhariaflorestal, geologia, geografia e ecologia,entre outras disciplinas, que vieramformando toda uma geração de profis-sionais e usuários de mapas de solos,atualmente no mercado de trabalho.

Em uso ainda hoje, é procurado pelosmais diversos usuários, porém encontra-se esgotado desde 1975. Atualmentepode-se considerá-lo defasado carto-gráfica e taxonomicamente frente aosnovos avanços do conhecimento dossolos do território nacional obtidosposteriormente à sua publicação.

Dessa forma, verificou-se a grandenecessidade de um novo mapa, que viessesuprir a crescente demanda de informa-ções de solos. Porém, a simples atuali-zação taxonômica do mapa de 1960 nãocobriria as lacunas até então verificadas.Diante disso, o Instituto Agronômico, emparceria com a Embrapa-Solos (CNPS),iniciou em 1996 um projeto para resolveros problemas encontrados no antigomapa, bem como incorporar todos osconhecimentos até então adquiridos epassíveis de publicação na escalapretendida, o que exigiu reformulações.

Esse novo mapa de solos resultou detrês anos de trabalho de quatropesquisadores – João Bertoldo de Oliveirae Marcio Rossi, do Instituto Agronômico(IAC), e Marcelo Nunes de Camargo eBraz Calderano Filho, do Centro Nacionalde Pesquisas de Solos da Embrapa, doRio de Janeiro. Elaborado e publicado como apoio financeiro da FAPESP, vem cobriruma lacuna de 39 anos, desde a últimapublicação efetuada, abordando maiordetalhamento dos tipos de soloencontrados no Estado, além de inovar,

adotando o novo Sistema Brasileiro deClassificação de Solos, elaborado porcerca de 70 pesquisadores do Brasil, soba coordenação da Embrapa-Solos(EMBRAPA, 1999). É o primeiro mapapublicado nesse novo sistema.

Entre inúmeras mudanças, naclassificação, destaca-se o desdobra-mento dos solos Podzólicos, em classesdiferentes: os Argissolos, Luvissolos eAlissolos (o termo Podzólico não existemais). Contém ainda informações sobrea variação de profundidade efetiva, asuscetibilidade à erosão e, conseqüen-temente, sobre o potencial de usoagrícola e urbano do território paulista.

Esse mapa, apresentado em julho de1999 no Congresso Brasileiro de Ciênciado Solo em Brasília, resultou da com-pilação e adequação de uma série de 8mapas, provenientes do ProjetoRADAMBRASIL, que nos anos 70mapeou o território nacional, e 15 mapasdo próprio IAC, além do antigo mapa de1960 elaborado pela Comissão de Solos.As escalas também variam, desde1:250.000 (1 cm2 = 625 ha) até 1:50.000 (1cm2 = 25 ha). Foi preciso desenvolver umametodologia de ajustes além de redefiniras legendas e detalhamentos até chegarà escala final de 1:500.000, adotada nonovo mapa.

Nesse novo mapa (Oliveira et al., 1999)o detalhamento é notável: há 387unidades de mapeamento identificandotrechos do território com tipos de solosdiferenciados, no lugar das 39 estabe-lecidas no anterior. Há dez categorias desolos, as quais, com base em váriosatributos como cor, textura, espessura,presença de cascalho, tipo de horizontesuperficial, entre outros, caracterizamdistintas unidades de mapeamento desolos. Para cada classe de solo é indi-cada, ainda, a classe de relevo predo-minante, o que permite inferir, emconjunção com os dados de solo, a maior

O mapa pedológico do Estadode São Paulo

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O Agronômico, Campinas, 52(1), 2000 23

ou menor facilidade de erosão do terreno.Predominam duas categorias de solos noterritório paulista, os Latossolos e osArgissolos (antigos Podzólicos). Entre osprimeiros estão as vulgarmente denomi-nadas Terras Roxas do interior paulista,famosas pela sua fertilidade. Mas nemsempre a cor vermelha está necessa-riamente associada à fertilidade do solo.Há solos vermelhos pobres e amarelosricos e vice versa. Os teores de matériaorgânica no solo não são muito elevadosno Estado; mesmo assim, há solos que,bem manejados, suportam o cultivo dasprincipais culturas, como cana-de-açúcar,laranja e café, entre outras.

Sua escala de 1:500.000 (1 cm2 no maparepresenta 2.500 ha no terreno) qualifica-o como documento mais adequado aanálises regionais. Seu uso é amplo,podendo ser empregado por prefeituras,secretarias de Estado, empresas deengenharia, agro-silvo-pastoris e deplanejamento.

No caso de planejamento governa-mental, o documento permite inferir acapacidade de suporte do terreno e,conseqüentemente, a sua trafegabilidade,auxiliando projetos de construção deestradas ou de campos de aviação. É útiltambém para ampliar a margem de acertona escolha de áreas industriais, agrícolase residenciais, aterros sanitários e cemi-térios, além de facilitar o planejamento dapropriedade rural.

O mapa ainda é documento básico paradiversas áreas do ensino, como naAgronomia, Geologia, Ecologia, Geografiae Engenharia, entre outras. Mas aqualidade da interpretação das informa-

ções do mapa dependerá, em boa medida,de profissionais que tenham um sólidoentendimento do comportamento agrícolae geotécnico dos solos.

Por ser de grandes dimensões e parafacilitar o manuseio, esse mapa foiimpresso em quatro partes coloridas,completas e independentes, que compõemo Estado como um todo. A figura 1 mostra,em tamanho reduzido, o resultado dajunção desses mapas de solo, fornecendouma idéia do produto final. Consta domapa, ainda, uma legenda sinóptica e,como informações complementares eatualizadas, a divisão municipal, ocomplexo rodoviário principal, algumascotas altimétricas, manchas urbanas e osprincipais rios e represas do Estado, todosdevidamente identificados.

Um texto denominado LegendaExpandida, por ser muito extenso devidoao grande número de unidades demapeamento encontradas, foi elaboradoà parte, envolvendo a metodologia detrabalho empregada, a legenda completade solos e toda a referência bibliográficautilizada, já que no mapa consta apenasuma legenda sinóptica.

O mapa é complementado pelo BoletimCientífico 45 do IAC (Oliveira, 1999) cominformações a respeito da constituiçãoquímica e física e do comportamentoagrícola dos solos pertencentes a cadauma das dez categorias básicas de solo,sendo, inclusive, apresentados descriçõesmorfológicas e dados analíticos de váriosperfis representativos dessas classes,além de estabelecer a relação entre ossolos identificados no atual mapa com osdos mapas anteriores.

Referências Bibliográficas

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisade Solos (Rio de Janeiro, RJ). SistemaBrasileiro de Classificação de Solos. -Brasília : Embrapa Produção deInformações; Rio de Janeiro :Embrapa Solos, 1999. 412p. :il.

OLIVEIRA, J.B. Solos do Estado de SãoPaulo: descrição das classesregistradas no mapa pedológico.Campinas, Instituto Agronômico,1999. Boletim Científico 45, 112p.

OLIVEIRA, J.B.; CAMARGO, M.N.;ROSSI, M. & CALDERANO FILHO,B. Mapa pedológico do Estado de SãoPaulo: legenda expandida. Campinas,Instituto Agronômico/EMBRAPA-Solos. Campinas. 1999. 64p. Incluimapas

O mapa e a legendaexpandida podem seradquiridos no Núcleo

de Documentação do IAC(Venda de Publicações),tele/fax (19) 231-5422,

ramal 215.

Marcio Rossi¹ e João Bertoldo de Oliveira²IAC-Centro de Solos e Recursos Agroambientaistelefone: (19) 231-5422 ramal 170endereço eletrônico: ¹[email protected][email protected]

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24 O Agronômico, Campinas, 52(1), 2000

IAC 202: arroz de altaprodutividade e qualidadepara cultura de sequeiro

Acultura de arroz emcondições de sequeironão só pelo desafio, maspela importância dessealimento básico, precisa

desfazer sua imagem de cultura de risco.Tradicionalmente, vinha sendo desenvol-vida de maneira não muito tecnificada,apenas para abertura de novas áreas, combaixa produtividade e qualidade beminferior aos dos padrões, desestimulandoos produtores. Atualmente, a realidade ébem diferente, pois é possível produzircom menor risco, alta produtividade eelevada qualidade tanto na indústria comoculinária. Os cultivares de arroz desequeiro recentemente lançados, semdúvida nenhuma, têm sido o fator prepon-derante nesse processo, pois, em geral,são mais produtivos, e respondem ao usode tecnologia mais avançada. Visandoestimular ainda mais os orizicultores dosistema de sequeiro para nova realidade,o Instituto Agronômico, através de seuprograma de melhoramento do arroz,apresenta novo cultivar para o estado deSão Paulo, o IAC 202, mais produtivo, dequalidade industrial e culinária excep-cionais, alcançando melhores preços nomercado, tornando a lavoura maislucrativa e competitiva.

IAC 202 é a denominação comercialda linhagem IAC 1205 obtida do cruza-mento entre os cultivares Lemont e IAC25, realizado no centro experimental deCampinas em 1985. Lemont é um cultivaramericano, de porte baixo e excelentequalidade de grãos, e o IAC 25, umtradicional cultivar de arroz de sequeirolançado pelo instituto agronômico em

1973. A linhagem IAC 1205 originou-seda progênie 8504-43-B-8-1, selecionada nocentro experimental de Campinas em 1989.Começou a ser testada em ensaios preli-minares de rendimento a partir de 1990 eem ensaios regionais avançados, em 1991,demonstrando seu alto potencial agro-nômico.

O IAC 202 apresenta altura média de87 cm, sendo considerado de porte baixoe intermediário. É cerca de 10a 25 cm menor que o IAC 201 eIAC 165 respectivamente. Emvirtude de seu porte baixo temmostrado ótima resistência aoacamamento, embora possaapresentar algum problemasob condições de excessivodesenvolvimento vegetativo.

O ciclo médio é de 87 dias- cerca de oito dias mais tardioque o IAC 165 ou IAC 201.Pode haver variações no ciclode florescimento e maturaçãoprincipalmente em virtude daépoca de semeadura.

As folhas são de colo-ração verde normal e glabras.As panículas do tipo interme-diário, possuem, em média 23cm de comprimento e 169grãos por panícula. Os grãosapresentam glumelas decoloração amarelo palha,glabras, podendo ter peque-nas aristas. O apículo é claro,podendo apresentar colora-ção marrom-clara sobretudo no flores-cimento ou em grãos imaturos. Os grãos

polidos são longos, finos e translúcidoscom baixa ocorrência de centro branco.

Conforme mostrado no quadro 1,numerosos experimentos realizados noestado de São Paulo, nos anos agrícolasde 1991/92 a 1996/97, comprovaram quea produtividade média do IAC 202 foisemelhante à do IAC 165 e superior aoscultivares Rio Paranaíba e IAC 201.

IAC 202: qualidade industrial eculinária excepcionais.

CULTIVARES IAC

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O Agronômico, Campinas, 52(1), 2000 25

O IAC 202 tem apresentado baixaincidência de manchas foliares em ensaiosrealizados sob condições normais deplantio. Quanto à brusone, tanto nasfolhas como nas panículas mostroucomportamento melhor que o IAC 165 eIAC 201, sendo considerado comomodernamente suscetível a essa doença.O IAC 202 também apresentou menortolerância à toxidez de Al3+ e Fe2+ que oscultivares tradicionais.

O novo cultivar apresenta excelentesqualidades culinárias para o padrão doconsumidor brasileiro. Caracteriza-se porum teor de amilose intermediário (23,2%)e temperatura de gelatinização baixa (6,4no teste de alcali) e ótimo rendimento degrãos inteiros no beneficiamento. OQuadro 2 apresenta algumas caracte-rísticas de grãos do IAC 202 em relaçãoàs testemunhas IAC 201, IAC 165 e RioParanaíba.

Devido à arquitetura moderna e aoporte relativamente baixo do IAC 202,recomenda-se a semeadura em espaça-mentos menores que aqueles usados comos cultivos tradicionais e densidade emtorno de 200 sementes/metro quadrado,especialmente em condições irrigadas poraspersão.

Informações:Cândido Ricardo BastosIAC - Centro de Plantas GraníferasFone: (19) 241-5188 ramal 402endereço eletrônico: [email protected]

Os trabalhos que levaram à obtenção do Arroz‘IAC 202’ foram realizados pelos pesquisadores do

Instituto Agronômico Cândido Ricardo Bastos,Otávio Tisselli Filho, Luiz Ernesto Azzini, Antônio

Lúcio Melo Martins, Armando Pettinelli Filho, EdsonMartins Paulo, Jaciro Soave, José Carlos Vila NovaAlves Pereira, Lúcia Helena Signori Melo de Castro,

Luiz Fernandes Razera, Luiz Henrique Carvalho,Nelson Bortoletto e Paulo Boller Gallo.

Quadro 1. Produção de grãos em casca do arroz ‘IAC 202’ em relação às testemu-

nhas IAC 165, IAC 201 e Rio Paranaíba.

Cultivar 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 Média*

kg/ha

IAC 202 3.704 2.807 2.777 3.025 3.523 3.038 3.135

IAC 201 3.370 2.200 2.061 2.540 3.216 2.681 2.670

Rio Paranaíba 3.369 2.551 2.803 2.734 2.807 2.318 2.737

IAC 165 4.000 2.863 2.742 3.215 3.603 3.230 3.268

* Média de 60 experimentos.

Quadro 2. Dimensões do grão polido, peso de 100 grãos e rendimento no

beneficiamento do IAC 202, IAC 201, IAC 165 e Rio Paranaíba.

CaracterísticasCultivares

RioIAC 202 IAC 201 IAC 165Paranaíba

Comprimento-C (mm) 6,58 7,21 7,01 6,97

Largura-L (mm) 2,12 1,94 2,64 2,51

Espessura-E (mm) 1,81 1,72 1,99 2,05

Relação C/L 3,10 3,71 2,65 2,77

Peso de 100 grãos (g) 2,20 2,30 3,20 3,20

Rend. de grãos inteiros (%) 62 56 56 61

IAC 202: alta produtividade em terras altas.

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Os trabalhos com o antúrio(Anthurium andraeanumLindl.) no Instituto Agro-nômico foram iniciadoshá cerca de 40 anos, com o

estabelecimento a primeira coleção daespécie na então área do “Monjolinho”,na Fazenda Santa Elisa, atualmenteNúcleo Experimental de Campinas (NEC).A partir da década de 80, o programa demelhoramento genético de Antúrio no IACganhou grande impulso com a introduçãoda técnica de propagação in vitro nostrabalhos de avaliação e caracterização declones, assim como naqueles referentes àcolocação de novas seleções à dispo-sição de produtores e demais interes-sados, incluindo laboratórios de micro-propagação particulares.

Trabalhos coordenados pelo pesqui-sador Antônio Fernando CaetanoTombolato, com a colaboração de LuizAntônio Ferraz Matthes, Carlos EduardoFerreira de Castro, Luís Alberto Saes,Mauro Hideo Sugimori e Ana MariaMolini Costa, levaram à obtenção de dozeseleções de antúrios, avaliadas na regiãotradicional de produção, no Núcleo deAgronomia do Vale do Ribeira, emPariquera-Açu, SP. As principais caracte-rísticas dessas doze seleções IAC deantúrio, cuja utilização comercial poderáser feita por produtores medianteautorização do Instituto Agronômico, sãoapresentadas em seguida.

Astral IAC 154 – Coloração da espatacoral; espádice branco/amarelo; plantaprodutiva e medianamente tolerante àbacteriose (Xanthomonas campestris pv.Dieffembachiae), recomendada paraplanta envasada; flor de corte de longadurabilidade pós-colheita, acima de 20dias. O antúrio ‘Astral’, a primeiravariedade lançada em 8 de março de 1998,em homenagem ao Dia Internacional da

Mulher, foi um marco na floriculturabrasileira, sendo também esta a primeiravariedade de espécie ornamental lançadaoficialmente no Brasil, demonstrando apotencialidade da floricultura brasileirabaseada em tecnologia desenvolvida nopróprio País.

Cananéia IAC 16772 – Espata detextura delicada e de tamanho grande,mesmo em plantas jovens, de coloraçãobranca, esverdeada nos bordos emplantas muito vigorosas; nervuras poucoproeminentes; espádice longo de rosa;planta vigorosa e de crescimento rápido,produtiva; flor de corte de longa durabi-lidade pós-colheita.

Seleções IAC de antúrios

Astral

Eidibel IAC 0-11 – Espata de texturagrossa e coloração vermelha; espádicebranco suavemente perfumado; plantaprodutiva e vigorosa; flor de corte delonga durabilidade pós-colheita.

Cananéia

Iguape IAC 17236 – Espata decoloração vinho escuro, bastante ener-vurada; espádice branco creme rosado;planta produtiva.

Eidibel

Iguape

CULTIVARES IAC

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Isla IAC 14018 – Espata arredondadagrande, de coloração branca com bordosesverdeados; espádice branco/amarelo;planta de porte alto.

Júpiter IAC 17237 – Coloração daespata branca; espádice rosado; plantade porte alto.

Juréia IAC 0-5 – Espata com muitasnervuras de coloração coral luminoso, bri-lhante; espádice branco/amarelo; plantade internódios curtos, produtiva e de vigormediano; flor de corte de durabilidadepós-colheita média, cerca de 15 dias.

Luau IAC N-15 – Espata de tamanhomédio de boa textura, brilhante e decoloração branca; espádice quasetotalmente branco; planta produtiva; florde corte de longa durabilidade pós-colheita.

Netuno IAC 16770 – Colo-ração daespata vinho muito escuro a negro;espádice branco/amarelo; planta produ-tiva, porém exigente em nutrição; flor decorte de longa durabilidade pós colheita.

Ômega IAC 14021 – Espata grande,mesmo em plantas jovens, de coloraçãocoral; espádice branco/amarelo; plantaprodutiva, porem sensível à antracnose;flor de corte de longa durabilidade pós-colheita.

Rubi IAC 14019 – Espata grande decoloração vermelha, formato arredon-dado com nervuras bastante proe-minentes; espádice branco/amarelo;planta de porte alto; flor de corte de longadurabilidade pós-colheita.

Júpiter

Juquiá IAC 17260 – Coloração daespata coral; espádice branco/amarelo;planta de intornódios curtos e de portebaixo, com bom perfilhamento e produtiva;recomendada para planta envasada.

Isla

Juquiá Netuno

Juréia

Luau

Ômega

Com essas seleções IAC de antúriosalmeja-se proporcionar um salto dequalidade na produção de flores cortadasde antúrio e a entrada em uma nova erada produção comercial dessa espécie emnosso meio.

Informações:Antônio Fernando Caetano TombolatoIAC - Centro de Horticulturafone: (19) 241-5188 ramal 353endereço eletrônico: [email protected]

Rubi

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O Instituto Agronômicocriou a Biovale, umafábrica de mudas micro-

propagadas de bananeira desti-nadas aos produtores da região doVale do Ribeira (SP). A Biovale é umadas iniciativas do IAC no sentidode consolidar as alternativas deplantio de alimentos no Estado deSão Paulo. Implantada pelo Núcleode Agronomia do Vale do Ribeira epela Associação dos Bananicultoresda região, a Biovale está produzindocerca de 20 mil mudas mensais de banana,já tendo capacidade para produzir de 80 a100 mil mudas por mês.

SERVIÇOS

Mudas biopropagadas de bananeirae de abacaxi-de-gomo

A fábrica irá possibilitar uma maioragilidade para os produtores de banana,que tinham de dedicar vários meses àpreparação das próprias mudas.

A expectativa do IAC éde que a Biovale tambémvenha a produzir mudas deplantas medicinais e deantúrio. Recentemente, aBiovale iniciou também aprodução de mudas doabacaxi-de-gomo IAC Gomode Mel.

Para informações entreem contato com os respon-sáveis: Dr. Luis Alberto Saes

e Dra. Laura Becker, IAC, Núcleo deAgronomia do Vale do Ribeira, CaixaPostal 122, 11900-000 – Registro, SP.Telefax: (0xx13) 856-1656

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SERVIÇOS

Os primeiros fornecimentos de plantas matrizes de morangueiro,determinadas livres de vírus

mediante indexação em plantas indica-doras, foram realizados de forma pioneirano Brasil pelo Instituto Agronômico em1967. Na primeira metade da década dos70, com essa nova tecnologia de produ-ção de mudas, foram comuns aumentosde produtividade em até mais de 50%, emrelação às mudas comuns afetadas porvírus. Antes do final da mesma década, ouso generalizado de mudas produzidas apartir de matrizes básicas IAC promoveupraticamente a erradicação de quatroviroses que afetavam os lotes comuns damaioria dos produtores.

Atualmente estão sendo mantidos noIAC, em um trabalho conjunto dos Centrosde Fitossanidade e de Horticultura, cloneslivres de vírus de mais de uma centena decultivares, incluindo os mais importantesem uso comercial no Brasil. A maior partedos clones sadios foi isolada a partir deplantas naturalmente sadias coletadas em

Matrizes básicas IAC de morangueiroplantações comerciais ou introduzidas deoutros países, mas aproximadamente 20%dos clones foram obtidos mediante trata-mentos curativos, especialmente a culturade tecidos.

A determinação da sanidade dosclones vem sendo baseada na indexaçãocom as indicadoras Fragaria vesca var.semperflorens, UC-4 e UC-5. Os clonesdeterminados sadios são inicialmente

Matrizes do morangueiro ‘IAC Campinas’ embaladas em caixade papelão e em bandeja descartável.

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observados quanto a característicasvarietais em casa de vegetação e osselecionados para produção de matrizespara uso comercial também vêm sendoavaliados em condições de campo,principalmente em relação a produtividadee características de fruto.

A partir de clones sadios assimselecionados, anualmente vêmsendo produzidas, sob condiçõesde casa de vegetação, as MatrizesBásicas IAC de Morangueiro.Dezenas de milhares dessasmatrizes foram produzidas,incluindo as utilizadas no próprioIAC para diversos fins expe-rimentais, as fornecidas a produ-tores de mudas e laboratórios deprodução de matrizes através decultura de tecido in vitro dediferentes Estados produtores doBrasil, incluindo o DistritoFederal, e as cedidas para fins depesquisa para diversas insti-tuições de pesquisa e/ou ensino,de diversos Estados do Brasil ealgumas do exterior. Em janeirode 2000 foi atendido um pedidode matrizes de morangueiroestabelecidas “in vitro” daempresa Pinto Y Gajardo S.A., deSantiago, Chile.

As plantas foram enviadasem frascos com 5 cm de altura e 2cm de diâmetro (veja foto abaixo),sendo 50 da cultivar IACCampinas e 50 da IAC Guarani.Essas plantas foram produzidas, a partirde clones livres de vírus mantidos em casa

matrizes em telado ou estufa, a partir deplantas básicas sadias ou b) adquirir aschamadas matrizes de laboratório, ouseja, plantas produzidas através de multi-plicação “in vitro”. Atualmente grandeparte das mudas de morangueiro utili-zadas no Brasil resulta de matrizes delaboratório. A principal vantagem de

matrizes propagadas “in vitro” éa maior produção de mudas;contudo problemas ligados àvariabilidade, algumas vezesassociada à menor produtividadeou maior incidência de doenças,têm sido observados em culturascomerciais, especialmente na cul-tivar Dover.

O fornecimento de matrizesbásicas para multipli-cação emtelado ou para uso em micro-propagação em laboratório é feitoem pequenas quantidades. Me-diante encomenda no ano ante-rior, ou caso haja disponibilidade,o Instituto Agronômico tambémpode fornecer matrizes para pro-dução direta de mudas em campo.O fornecimento é feito em ban-dejas com 64 plantas, embaladasem caixas de papelão empilháveiscom cerca de 35 x 35 cm e 19 cmde altura.

O produtor de mudas, usandopropagação convencional, podenormalmente obter 60 mil mudasa partir de uma única matriz básicalivre de vírus, ou seja, o suficiente

de vegetação no Centro de Fitossanidade,pelo laboratório de cultura de tecidos doCentro de Genética, Biologia Molecular eFitoquímica do IAC.

O produtor de mudas, quer seja parafins comerciais ou para uso próprio, temduas possibilidades de obtenção dematrizes: a) produzir as suas próprias

Avaliação de clones em campo:etapa importante na produção

de plantas matrizes de morangueiro.

Matrizes de morangueiro estabelecidas “in vitro” enviadas pelo IAC ao Chile.

para implantação de um lote deprodução de fruto de aproxima-

damente um hectare. Isso podeser realizado mediante umamultiplicação inicial em teladocom cobertura de plástico,seguida de outra em campo noano seguinte, conforme apre-sentado na página http://www.iac.br/~jabetti/Index2.htm, do site do IAC na Internet.

Informações:Juarez Antonio BettiIAC - Centro de Fitossanidadefone: (19) 241-5188 ramal 309endereço eletrônico [email protected]

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outros materiais de propagação de plantasno âmbito do IAC e colocá-los à dispo-sição do setor produtivo, por meio deparcerias com instituições ou organi-zações públicas e privadas. É uma formamuito importante de prestação de servi-ços à comunidade feita pelo IAC.

Atualmente, o Centro é responsávelpela produção de sementes genéticas ebásicas das seguintes espécies ecultivares:

Algodão: linhagens IAC-96280, IAC-96319 e IAC-97201.

Amendoim: IAC-Tatu St, IAC-Caiapó,IAC-5, IAC-22 e IAC-1075.

Arroz : IAC-201 e IAC-202 (desequeiro), IAC-101 e IAC-103 (irrigado).

Feijão: Carioca, IAC-Carioca, IAC-Carioca Akytã, IAC-Carioca Aruã, IAC-Carioca Eté e IAC-Una.

Mamona: IAC-80, IAC-226 e IAC-Guarani.

Milho : IAC-V-1 e IAC-112 (pipoca).

Soja: IAC-8-2, IAC-15-1, IAC-15-2,IAC-17, IAC-18, IAC-19, IAC-20, IAC-22,IAC-Foscarin-31, IAC-Foster, IAC-Holambra Stwart-1 e IAC-PL-1.

Cereais de inverno: Aveia branca IAC-7, Trigo IAC-24, IAC-289, IAC-350,IAC-362, IAC-364 e IAC-370; Triticale IAC-2 eIAC-3.

Sementes genéticas e básicas

Adubos verdes: Crotalária IAC-1;Guandu IAC-Fava Larga; Lablab IAC-697;Mucuna Preta.

Para obter informações entre em con-tato com os responsáveis de cada área:

Produção de Sementes: Gerson SilvaGiomo

Beneficiamento e Armazenamento:Marcelo Ticelli

Comercialização de Sementes:Laércio Soares Rocha Júnior

Telefone: (19) 241-5188 ramal 388, Fax:(19) 241-5188 ramal 307, endereço eletrô-nico: [email protected]

A nálises de solo e plantas emlaboratórios de qualidade asse-

Produção de sementes básicas de soja no Núcleo Experimental de Campinas

SERVIÇOS

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guram ao agricultor diagnós-ticos corretos e recomendações maisracionais, que permitem escolher as dosese tipos de calcário e fertilizantes sobmedida para sua lavoura.

Os laboratórios do Centro de Solos eRecursos Agroambientais do IAC garan-tem isso com a prestação de serviço emanálises químicas, físicas e microbio-lógicas de solo e análise química deplantas. Nos últimos anos, esses serviçosforam muito beneficiados com a moder-nização de todos os seus laboratóriosfinanciada pelo Programa Infraestruturada FAPESP.

Os solos não são todos iguais, o queresulta em diferentes níveis de produti-vidade das culturas. Para conseguir omáximo de lucro o agricultor precisaconhecer a fertilidade do solo, o que épossível pela sua análise.

Análise de solos e plantas

Laboratório de análises físicas do solo.

Em condições normais, o solo apre-senta uma atividade microbiana adequada,a qual, entretanto, está sujeita a alteraçõespor fatores tais como manejo, adição defertilizantes, defensivos, matéria orgânica,resíduos agrícolas e industriais. Assim,as análises quantitativas e da atividademicrobiana têm por finalidade avaliar oefeito de tais fatores nos microrganismosdo solo. A análise química das plantas éuma ferramenta essencial para avaliar oestado nutricional e verificar se asadubações foram bem feitas.

1. Análises Químicas de Solo

· Análise Básica, realizada em todasas amostras: pH (acidez ativa); H+Al(acidez potencial); P (fósforo pelo métododa resina); K (potássio); Ca (cálcio); Mg(magnésio); M.O. (matéria orgânica); CTC(capacidade de troca de cátions); SB(soma de bases); V (saturação por bases).

· Análise de Micronutrientes, reali-zadas mediante pedido: B (boro); Cu(cobre); Fe (ferro); Mn (manganês); Zn(zinco).

· Análises Especiais, realizadas sobconsulta: S (enxofre); Al (alumínio trocá-vel); Cr, Cd, Ni, Pb (metais pesados).

2. Análises Físicas de Solo

· Análise textural (areia, silte e argila).

· Curva de retenção de água (paraprojetos de irrigação).

· Estabilidade de agregados (parasistemas de manejo de solos).

3. Análises Microbiológicas de Solo

· Análises específicas (contagens degrupos de microrganismos: bactérias,fungos, microrganismos celulolíticos,amilolíticos, amonificadores e nitrifica-dores.

· Atividade microbiana (carbono enitrogênio da biomassa microbiana erespirometria).

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4. Análises Químicas de Plantas

· Macronutrientes: N (nitrogênio); P(fósforo); K (potássio); S (enxofre); Ca(cálcio); Mg (magnésio).

· Micronutrientes: B (boro); Cu(cobre); Fe (ferro); Mn (manganês); Zn(zinco).

· Análises Especiais (sob consulta):Mo (molibdênio); Al (alumínio); Cd, Cr, Ni,Pb (metais pesados).

Obs.: Recomendações de adubação ecalagem são fornecidas sob pedido.

Como enviar amostras

Solo

As amostras de solo podem seracondicionadas em caixinhas de papelou sacos plásticos limpos. Para as aná-lises químicas são necessários cercade 200 g; para as análises granulo-métricas, 300 g; retenção de água emamostras deformadas, 600 g e estabi-lidade de agregados, 5 kg.

Para as análises microbiológicasdevem ser retiradas 5 amostras com-postas por hectare, na camada de 0-20cm de profundidade, com solo não

seco e não encharcado. Enviar 100 gde cada amostra. As amostras devemser armazenadas em geladeira, mas nãocongeladas e enviadas o mais rápidopossível, de preferência em caixa deisopor com gelo.

Planta

As amostras de plantas deverão seracondicionadas em sacos de papel eencaminhadas ao laboratório de formaque cheguem num prazo máximo de 48h após a coleta. A quantidade mínimanecessária é de 50 g.

Análises químicas e pareceres de adubação:

Responsável: Dra. Mônica Ferreira de Abreu

Tel.(0xx19) 231-5422 ramal 180

Tel/Fax (0xx19) 236-9119

Endereço eletrônico: [email protected]

Análises físicas:

Responsável: Dra. Sonia Carmela Falci Dechen

Tel/Fax (0xx19) 241-5188 ramal 302

Endereço eletrônico: [email protected]

Análises microbiológicas:

Responsáveis: Dras. Adriana Parada Dias da Silveira,Maria Luiza C.O. Lombardi e Sueli dos Santos Freitas

Tel (0xx19) 231-5422 ramal 174

Endereço eletrônico: [email protected], [email protected], [email protected]ório de microbiologia do solo.

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O IAC E A COMUNICADE

Visitas, eventos e homenagens

Dr. Marcos Antonio Machado, já portando a Medalha Paulista do Mérito Científicoe Tecnológico, recebe do Ministro da Ciência e Tecnologia o Troféu Árvore dos Enigmas

outorgado ao Centro de Citricultura Sylvio Moreira.

Em 21 de fevereiro de 2000, o governador Mário Covas outorgou o Troféu Árvore dos Enigmasao Centro de Genética, Biologia Molecular e Fitoquímica

e ao Centro de Citricultura Sylvio Moreira, do Instituto Agronômico, pela participaçãono seqüenciamento do genoma da bactéria Xylella fastidiosa, causadorada clorose variegada dos citros, que foi concluído em janeiro de 2000.

Um grupo funcionários públicos,empresários e cientistas, vindos da

cidade de Hainan, na China, visitou o IAC,em janeiro de 2000, para conhecer aspesquisas com arroz de sequeiro e comcana-de-açúcar.

Dos Estados Unidos vieram fazen-deiros, do Estado de Iowa, para

conversar sobre a produção e comercia-lização de milho e soja, e um grupo doClube de Milwaukee, que mantém inter-câmbio com o Grupo Força da Amizadede Campinas.

Cerca de 40 alunos da Faculdade deAgronomia, da Universidade Federal

de Goiânia, vieram conhecer o IAC, emabril de 2000. Na ocasião assistiram apalestras proferidas por nossos pesquisa-dores sobre o Projeto Genoma, o Quaren-tenário e o melhoramento do cafeeiro, deplantas aromáticas, medicinais, orna-mentais e seringueira.

Os pesquisadores do Centro deFruticultura do IAC visitaram o

Núcleo de Produção de Mudas de SãoBento do Sapucaí, um órgão da CATI(Coordenadoria de Assistência TécnicaIntegral). Da visita resultou o estabele-cimento de parceria entre as duas insti-tuições.

O IAC deverá fornecer materialpropagativo de diversas plantas frutí-feras, como umê, abacateiro, pessegueiroe, inclusive, pereira, uma das poucasfrutíferas que não é multiplicada paravenda. Os técnicos do Núcleo mostraram

interesse na caracterização de alguns deseus cultivares e seleções pelo métodoRAPD, em que se trabalha comfragmentos de DNA, o código genéticodos seres vivos.

Esse método representa tecnologia deponta e tem a grande vantagem degarantir a identificação correta do material.Foram também discutidos os estrangu-lamentos técnicos da produção demaracujá doce. O Núcleo deverá produzirmudas dos híbridos IAC série 270 demaracujá amarelo, recentemente lançadopelo Instituto Agronômico.

IAC E A PRODUÇÃO DE MUDAS FRUTÍFERAS

Os pesquisadores do IAC, Dr. CarlosAugusto Colombo, Dra. Haiko Enok

Sawazaki, Dr. Marcos Antonio Machado,Dra. Mariângela Cristofani e Dr. WalterJosé Siqueira, que se dedicaram por doisanos a esse projeto, foram também home-nageados pelo Governador, na solenidaderealizada no Palácio dos Bandeirantes,com a Medalha Paulista do Mérito Cientí-fico e Tecnológico.

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O IAC e o intercâmbiointernacional

O IAC é uma das instituiçõesparticipantes da TWAS, que é a

sigla de “Third World Academy ofScience”, ou “Academia de Ciências doTerceiro Mundo”, que é uma organizaçãoque tem como um de seus objetivosauxiliar pesquisadores de reconhecidacompetência de países em desenvol-vimento a promover o seu trabalho, facili-tando-lhes visitas regulares a outros Centrosde Excelência localizados no TerceiroMundo. Para viabilizar essas visitas, aAcademia estabeleceu um esquemadesignado “Associate MembershipScheme” no qual o pesquisador interes-sado se inscreve, indicando o Centro quepretende visitar e o programa da visita. Éentão estabelecido um compromisso deduas visitas num período de 3 anos, comduração de dois ou três meses cada uma.

Há também um outro esquema debolsa conhecido como “South-SouthFellowship”, que no geral é concedida paraum mínimo de um mês e máximo de trêsmeses, no qual o pesquisador interessadose inscreve para desenvolver um projetoou parte de um projeto, ou ainda aprenderuma técnica num outro Centro deExcelência participante do esquema. Parao caso do Brasil, China, Índia e Méxicoesse esquema possibilita visitas de até umano.

Os recursos da TWAS são prove-nientes do “OPEC Fund for InternationalDevelopment” e da “United NationEducational, Scientific and CulturalOrganization (UNESCO)”. Normalmentea TWAS paga as passagens de ida e voltaao Centro de Excelência para o bolsistaselecionado. No Brasil a TWAS estabe-leceu convênio com o CNPq, o queoriginou o Programa CNPq/TWAS, queassume as despesas de estada dosvisitantes selecionados pelos Centros deExcelência da TWAS no Brasil e apro-vados pelo Programa.

Segundo o Dr. Eli Sidney Lopes,coordenador do programa no IAC, esseprograma tem vantagens para todos osenvolvidos. Para o IAC, além de contribuirpara a difusão da Instituição e do trabalhoaqui gerado, o programa possibilitadesdobramentos em termos de projetosde pesquisa em cooperação com a insti-

tuição de origem do visitante. Isso é degrande relevância, pois as fontes finan-ciadoras internacionais normalmenteexigem parceiros de outros países e,quando há experiência prévia bemsucedida demonstrável, aumentam-se aschances de aprovação.

Para a pessoa que vem existem aspossibilidades de familiarização comnovas técnicas, o conhecimento dos pro-blemas do país que visita e da forma queeles são abordados, além de poder cola-borar para a solução dos mesmos. Elapassa também a conhecer a cultura localcom uma dimensão diferente da que tinha,o que representa conhecimento em suabagagem intelectual.

Para os pesqui-sadores do IAC querecebem um visitante essa é também umaoportunidade de divulgarem seus traba-lhos em outros centros e colaborarem parao seu desenvolvimento e/ou assimilaremnovas técnicas nos centros de excelênciaque visitarem.

Para se iniciar como participante doprograma, o IAC se inscreveu e foi apro-vado como centro de cxcelência da TWASem 1994. Os primeiros visitantes foramrecebidos por esse programa em 1997.

Atualmente estão no IAC quatropesquisadores visitantes e outros doisdeverão chegar até outubro. Em média apermanência dos pesquisadores na Insti-tuição é de três meses, mas há possibi-lidade de permanecer mais ou menostempo.

O Dr. Eli S. Lopes informa que atual-mente estão catalogadas 431 centros deexcelência, em 52 países, abrangendodistintas áreas do conhecimento. ATWAS e a TWNSO (Third World Networkof Scientific Organization) e o SouthCentre, Genebra, Suíça, publicaram umlivro (segunda edição em 1998) que traz operfil das instituições que participam doesquema. Cópias podem ser obtidas comMs Helen Martin ([email protected]).

Informações mais detalhadas sobre aTWAS e os Centros podem ser obtidasna homepage: http://www.ictp.trieste.it/~twas/TWAS.html.

No IAC, informações com o Dr. EliSidney Lopes no telefone (19) 231-5422,ramal 175 ou pelo endereço eletrônico:[email protected].

IAC Discute defensivosalternativos

OIAC, atento a todas as diversi-ficações da agricultura, sediou o I

Encontro sobre Controle Ecológico dePragas e Doenças - Processos de Prote-ção de Plantas, que ocorreu de 23 a 25 defevereiro no Auditório Otávio TisseliFilho. Esse Encontro teve como objetivoa apresentação técnica e científica denovos avanços na proteção de plantassem o uso de agrotóxicos.

O evento contou com a participaçãodo próprio IAC, da EMBRAPA/CNPMA- Jaguariúna, Prefeitura Municipal deCampinas e das empresas Agroecológicae Trofolabo e recebeu cerca de 240 partici-pantes. Foram proferidas palestras porespecialistas em variados assuntos,abrangendo o histórico do emprego dedefensivos e fertilizantes alternativos eo seu uso atual, bem como perspectivasfuturas, inclusive uma proposta de legis-lação para o registro desses insumos.

O Governo está oferecendo novoscréditos para a agricultura orgânicadesde setembro do ano passado, com oprograma “BB Agricultura Orgânica”lançado Divisão Rural do Banco do Brasil.Para o produtor agrícola-orgânico serbeneficiado basta que seja identificadocomo tal por uma das certificadorascadastradas no Banco do Brasil.

Além de todas as novas técnicas eprodutos que podem substituir, total ouparcialmente, os agrotóxicos, foi apre-sentada também a Árvore Nim, umfitoprotetor natural, cuja técnica deextração do líquido inseticida é realizadade forma muito simples, ou seja, dasfolhas batidas em um liqüidificadorcaseiro extrai-se o líquido desejado e dosfrutos verdes da planta, o óleo. Porenquanto, a única dificuldade em relaçãoà planta, que não é nativa, está naobtenção de sementes e mudas.

O pesquisador do IAC, Dr. EdmilsonAmbrosano, um dos coordenadores doevento, explicou que o controle ecoló-gico e defensivo de plantas deve seriniciado primeiramente no solo, melho-rando a fertilidade e o equilíbrio entre oselementos minerais nutrientes, para seobter a boa qualidade do alimento.

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Balanço hídrico: janeiro a abril de 2000

Balanços hídricos mensais, no período de janeiro a abril de 2000. Armazenamento: 100 mm

Nesta resenha são apre-sentados os dados men-sais de temperatura média(Tmed), total de chuva(Prec)e resultados do

balanço hídrico (BH) (quadro), correspon-dentes ao período de janeiro a abril de2000, para as localidades onde o InstitutoAgronômico mantém suas estações experi-mentais. Os valores do BH positivosindicam excedentes hídricos e os nega-tivos, deficiência hídrica ou falta de água.Após um período de seca bastantepronunciado durante o ano de 1999,houve boa recuperação dos níveis deágua no solo em todas as regiões doEstado de São Paulo, durante o períodode janeiro a março de 2000.

O mês de abril desse ano caracterizou-secomo um dos mais secos, dentre toda asérie histórica de dados climáticos dispo-níveis, principalmente nas regiões deCampinas, Pindorama, Ribeirão Preto,Tatuí, Tiête, Jaú, Manduri, Capão Bonito,Mococa e outras, como mostram os valo-res negativos do BH (vide quadro).

Essa forte estiagem afetou culturasagrícolas em desenvolvimento em todo oEstado de São Paulo. As mais afetadasforam: o feijão da seca, nas regiões deTatuí, Capão Bonito e Itararé; milho-safrinha, principalmente se semeado emfevereiro/março e as de trigo de sequeiro,nas regiões de Assis e Ribeirão Preto e aspastagens de maneira geral.

Rogério Remo Alfonsi e Marcelo BentoPaes de CamargoIAC – Centro de Ecofisiologia eBiofísicafone: (19) 241-5188 ramal 338endereço eletrônico: [email protected];[email protected]

Para as culturas em fase de colheitacomo cana-de-açúcar (ciclo de ano emeio), laranja precoce, café, milho, soja,algodão e amendoim, essa estiagem nãoapresentou maiores conseqüências.

Janeiro 27,2 90 -27 24,5 129 0 23,3 180 17Fevereiro 26,4 196 6 24,1 252 108 22,6 278 184Março 25,8 277 146 23,9 153 21 22,3 156 60Abril 24,1 34 -18 22,4 1 -28 20,4 3 -20

ITARARÉ JAÚ JUNDIAÍ

Janeiro 20,1 219 106 24,9 214 47 23,4 214 76Fevereiro 19,1 328 252 24,5 143 33 23,6 185 82Março 18,5 203 127 24,3 139 26 23,1 114 12Abril 17,7 4 -15 22,9 2 -29 21,2 10 -18

ADAMANTINA CAMPINAS CAPÃO BONITO

PINDORAMA RIBEIRÃO PRETO TATUÍ

Janeiro 24,9 239 109 24,6 354 227 24,7 129 -2Fevereiro 24,6 388 278 24,8 326 213 24,4 158 0Março 24,3 202 90 24,4 180 66 23,6 55 -26Abril 23,1 0 -31 23,1 0 -31 21,5 2 -57

MONTE ALEGRE DO SUL PARIQUERA-AÇU PINDAMONHANGABAJaneiro 22,8 385 275 25,8 200 54 25,8 361 123Fevereiro 22,8 235 140 24,9 177 62 25,3 220 101Março 22,6 241 143 23,8 136 28 24,3 143 30Abril 20,7 3 -20 21,6 13 -17 22,1 21 -15

LIMEIRA MANDURI MOCOCA

Janeiro 23,5 223 55 24,4 189 0 24,7 430 301Fevereiro 23,7 195 92 24,1 188 57 24,5 327 217Março 23,2 265 162 23,1 149 46 24,2 123 11Abril 21,3 3 -22 21,5 3 -23 22,7 6 -26

Meses Tmed Prec BH Tmed Prec BH Tmed Prec BH

TIETÊ UBA TUBA VOTUPORANGA

Janeiro 24,5 181 0 25,5 367 226 26,2 348 200Fevereiro 24,5 188 46 25,3 325 205 25,8 375 251Março 23,8 126 17 24,5 281 165 25,3 225 101Abril 21,7 0 -24 22,8 63 -3 24,1 30 -20

RESENHA CLIMATOLÓGICA

Page 34: O AGRONÔMICO (Instituto Agronômico) NESTE NÚMERO · que uma espécie seja preferida em relação a outra. Considerando esses atributos, palmeiras do gênero Euterpe (juçaras e

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Page 41: O AGRONÔMICO (Instituto Agronômico) NESTE NÚMERO · que uma espécie seja preferida em relação a outra. Considerando esses atributos, palmeiras do gênero Euterpe (juçaras e

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Desde o Descobrimento, oprocesso de ocupaçãoterritorial e de incorpo-ração de novas áreas aoprocesso produtivo agrí-

cola, ao longo dos anos, vem sendo feitono Brasil sem qualquer preocupaçãoambiental. A expansão da fronteiraagrícola vem se caracterizando peladestruição de habitats e pela substituiçãode inúmeras espécies por monoculturas,colocando a agricultura como respon-sável pela perda de diversidade genética.

Embora até há pouco tempo essecomportamento não fosse contestado,principalmente apoiado na justificativa danecessidade constante de aumento daprodução de alimentos, nem todoscompartilhavam desse modelo de desen-volvimento, que previa a expansão agrí-cola a qualquer custo.

Em 1898, por exemplo, Luiz Vicente deSouza Queiroz fazia um apelo ao Governoe às Camaras Municipais pedindo algumcontrole da destruição das matas:“ Destruir soberbas mattas de terrasubérrimas, que vão ser entregues parasempre à cultura, não é grande mal emesmo não se poderia recriminar contraessa prática se toda a madeira de lei fosseaproveitada. Mas destruir mattas ecapoeiras só para tirar duas ou trêscolheitas, atear fogo em quasi umdistricto inteiro, para fazer verde aalgumas cabeças de gado, queimarimmensos campos e mattas pelalocomotiva de estrada de ferro maldirigida, ou arrazar florestas de íngremesmorros, de profundas barrocas, de nas-centes d’água ou de beira de rio, ou inu-tilizar as mattas junto a centrospopulosos só para aproveital-as comcarvão ou lenha é simplesmente proce-dimento de bugres ou de vandalos e ogoverno ou mesmo as Camaras Munici-pais deveriam com leis as mais severaspôr um paradeiro a tão insensato, quãoimprudente procedimento”.

Entretanto, não se conseguiu contera expansão agrícola e o crescimento das

cidades. No início do século o Estado deSão Paulo possuía 81,8% de coberturavegetal (aproximadamente 20.500.000 ha).Hoje restam 13,4% (3.100.000 ha).

Além do aspecto de decréscimo dabiodiversidade, a atividade agrícola vemdeterminando outros impactos ambientaisbastante sérios. Nos últimos 40 anos, amodernização da agricultura vem secaracterizando por alterações nas técnicasde produção baseadas em maior aplicaçãode capital, resultando em desigualdadesregionais, modificações nas relações detrabalho e na estrutura fundiária, comreflexos sociais e econômicos na árearural. Mas, principalmente, essa moder-nização resultou em novos problemasecológicos e ambientais no solo, emflorestas e em águas superficiais (rios elagos).

A intensificação da agricultura, commáquinas e insumos químicos, gerounovos problemas ambientais: a destruiçãode ambientes frágeis, que atualmente seencontram em processo de desertificação,destruição e poluição do solo e conta-minação das águas.

Pode-se considerar que a maior partedo problema ambiental decorrente daatividade agrícola atualmente é a questãoda erosão. Mas outros problemas estãocrescendo: a disposição de resíduos agro-industriais e a contaminação por agro-químicos.

Apesar de todos esses impactos daagricultura, atualmente acredita-se que aconservação ou mesmo a melhoria daqualidade ambiental pode se dar ao mesmotempo em que o desenvolvimento eco-nômico. Ou melhor, o desenvolvimentoeconômico só será sustentável com apreservação ambiental.

Essa mudança de visão pode sernotada em muitas regiões agrícolas onde,após problemas decorrentes da falta decuidados com os recursos naturais, comconseqüências econômicas enfrentadaspelos agricultores, técnicas em maiorequilíbrio com o meio ambiente (manejointegrado de pragas e doenças, plantio

direto, recomposição de matas ciliares)estão sendo adotadas.

Em alguns aspectos a agriculturapode ser vista como um instrumento derecuperação ambiental, procurando-setecnologias limpas, sustentáveis e deproteção ambiental. Mas, além disso,reservas biológicas, sistemas de preser-vação e bancos de germoplasma precisamser mantidos.

Ainda é difícil a aceitação da recon-versão de áreas agrícolas para proteçãoambiental. Não se pode abrir mão dasáreas de produção (segurança alimentar),mas é possível fazer sua adequação,conseguindo, assim, a redução dos im-pactos ambientais das técnicas modernase intensivas.

Na busca de soluções para problemasagrícolas, a pesquisa agrícola vemdesenvolvendo técnicas mais equili-bradas com o ambiente. Embora oobjetivo primeiro dessas pesquisas nãoseja a preservação ambiental, os resul-tados têm contribuído para esse fim. É ocaso do melhoramento genético, complantas resistentes a doenças que redu-zem a aplicação de agroquímicos, osestudos de ecologia de pragas, queencontram inimigos naturais que contro-lam a população de insetos, e os estudosde manejo do solo, que buscam sistemasque reduzam a erosão a um mínimo semprejuízo da produtividade.

A agricultura sustentável é hoje temaprioritário nos diversos setores da ativi-dade agrícola.

O instrumento para o desenvol-vimento sustentável, porém, são osrecursos humanos, a educação, a partici-pação da sociedade.

PONTO DE VISTA

Agricultura e meio ambiente

Isabella Clerici De MariaIAC - Centro de Solos e Recursos Agroam-bientaistelefone: (19) 241-5188 ramal 408endereço eletrônico: [email protected]