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NUEVOS AVANCES EN LA SUPEROVULACION DE GANADO BOS INDICUS. Pietro S. Baruselli1, Claudiney M. Martins1, Alexandre H. de Souza1, e Gabriel Bó2. 1Departamento de Reprodução Animal, FMVZ-USP, Rua Professor Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, Sao Paulo-SP, Brasil. (e-mail: [email protected]) 2Instituto de Reproducción Animal Córdoba, J.L. de Cabrera 106, X5000GVD Córdoba e Facultad de Ciencias Agropecuarias, Universidad Católica de Córdoba, Argentina Introdução A transferência de embriões em bovinos (TE) é a técnica mais utilizada em todo o mundo para multiplicar animais de alto valor genético (BÓ et al., 2004). Segundo o último relatório da Sociedade Internacional de Transferência de embriões (THIBIER, 2003) houve aumento de 20% no número de embriões bovinos produzidos por múltipla ovulação. Porém os programas tradicionais de superovulação apresentam algumas limitações como: 1) manejo para detecção de cio; 2) necessidade de iniciar o tratamento superestimulatório em momento específico do ciclo estral; 3) necessidade de detecção do cio para inseminação das fêmeas superestimuladas; 4) baixa consistência na produção de embriões viáveis por doadora; 5) cerca de 20 a 30% das doadoras não produzem embrião. O objetivo desta revisão é discutir os aspectos relevantes aos tratamentos de superestimulação em fêmeas Bos indicus, especificamente da raça de Nelore: 1) fatores que influenciam a resposta superovulatória, 2) controle da dinâmica folicular durante os tratamentos de superestimulação, 3) IA em tempo fixo em doadoras superstimuladas; 4) determinação do tempo apropriado para indução da ovulação visando a IA em tempo fixo, 5) uso de diferentes doses de FSH e de eCG para superestimulação e 6). uso do sêmen sexado em vacas Bos indicus superovuladas e inseminadas em tempo fixo 1) Fatores que afetam a resposta superovulatória em bovinos

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NUEVOS AVANCES EN LA SUPEROVULACION DE GANADO BOS INDICUS.

Pietro S. Baruselli1, Claudiney M. Martins1, Alexandre H. de Souza1, e Gabriel Bó2.

1Departamento de Reprodução Animal, FMVZ-USP, Rua Professor Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-000, Sao Paulo-SP, Brasil. (e-mail: [email protected])2Instituto de Reproducción Animal Córdoba, J.L. de Cabrera 106, X5000GVD Córdoba e Facultad de Ciencias Agropecuarias, Universidad Católica de Córdoba, Argentina

IntroduçãoA transferência de embriões em bovinos (TE) é a técnica mais utilizada em todo o mundo para multiplicar animais de alto valor genético (BÓ et al., 2004). Segundo o último relatório da Sociedade Internacional de Transferência de embriões (THIBIER, 2003) houve aumento de 20% no número de embriões bovinos produzidos por múltipla ovulação. Porém os programas tradicionais de superovulação apresentam algumas limitações como: 1) manejo para detecção de cio; 2) necessidade de iniciar o tratamento superestimulatório em momento específico do ciclo estral; 3) necessidade de detecção do cio para inseminação das fêmeas superestimuladas; 4) baixa consistência na produção de embriões viáveis por doadora; 5) cerca de 20 a 30% das doadoras não produzem embrião.O objetivo desta revisão é discutir os aspectos relevantes aos tratamentos de superestimulação em fêmeas Bos indicus, especificamente da raça de Nelore: 1) fatores que influenciam a resposta superovulatória, 2) controle da dinâmica folicular durante os tratamentos de superestimulação, 3) IA em tempo fixo em doadoras superstimuladas;  4) determinação do tempo apropriado para indução da ovulação visando a IA em tempo fixo, 5) uso de diferentes doses de FSH e de eCG para superestimulação e 6). uso do sêmen sexado em vacas Bos indicus superovuladas e inseminadas em tempo fixo

1) Fatores que afetam a resposta superovulatória em bovinosA variabilidade na resposta das doadoras ao tratamento superestimulatório com gonadotrofinas continua sendo um dos maiores problemas nos programas comerciais de TE (BARROS & NOGUEIRA, 2004; NOGUEIRA et al., 2002, MAPLETOFT et al., 2002). Esta variação individual ao tratamento superovulatório foi relatada tanto em vacas Nelore (Bos indicus; BARUSELLI et al. 2003), quanto em vacas Holandesas de alta produção (Bos taurus; MARTINS et al., 2005).No protocolo tradicional de superovulação (SOV), o tratamento com gonadotrofinas é iniciado na metade do ciclo estral (8-12 dias após ovulação). Esta metodologia apresenta algumas dificuldades por requerer a detecção do “cio base” para o início do tratamento superestimulatório (MAPLETOFT  et al., 2002). A ausência do folículo dominante no início do tratamento com gonadotrofinas, aumenta a eficiência dos programas de SOV (MAPLETOFT et al., 2002; ADAMS et al., 1994). Nasser et al. (1993) obtiveram maior número de folículos recrutados e maior taxa de ovulação quando o tratamento superestimulatório foi realizado um dia antes ou no dia de início da emergência da onda de crescimento folicular que os tratamentos realizados um ou dois dias após o início da onda.Sendo assim, alternativas para o controle da emergência da onda de crescimento folicular em momentos aleatórios do ciclo estral, sem a necessidade de detecção do estro para o estabelecimento do “cio base” podem facilitar o manejo de doadoras Bos indicus, bem como

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possivelmente aumentar a eficiência dos programas de transferência de embriões em rebanhos zebuínos (Baruselli et al., 2006).

2) Controle da dinâmica folicular para a superovulação em bovinosO tratamento eletivo para a indução da emergência da nova onda de crescimento folicular é a associação de estradiol (E2) e progesterona (P4). A eficiência desta associação tem sido descrita em diversos trabalhos em fêmeas Bos taurus (Bó et al. 1993; Bó et al., 1994, Bó et al., 1995; Bó et al., 1991; Martinez et al., 2000; Colazo et al., 2003 e 2005). Nosso grupo de pesquisa tem estudado o efeito do tratamento com estradiol e progesterona na emergência da onda folicular em novilhas Bos indicus, Bos taurus  x Bos  indicus e Bos taurus mantidas nas mesmas condições de manejo (CARVALHO, 2004). Não foi observada diferença no intervalo entre o tratamento com benzoato de estradiol e a emergência folicular entre Bos indicus, Bos taurus indicus e Bos taurus. Entretanto, novilhas Bos indicus apresentaram maior número de folículos recrutados no início da onda de crescimento folicular que novilhas Bos taurus, sugerindo maior resposta superestimulatória ao tratamento com gonadotrofinas em fêmeas Bos indicus.Todos ésteres de estradiol são capazes de induzir a regressão de folículos antrais quando administrados na presença de elevadas concentrações de progesterona (BO et al., 1995). O valerato de estradiol (VE) e o cipionato de estradiol (CE) apresentam meia vida longa, resultando na indução de uma nova onda folicular mais tardia e menos sincronizada (BO et al., 1995; COLAZO et at., 2003; 2005) que o 17 estradiol (BO et al., 1995) ou o Benzoato de estradiol (BE) (BO et al., 2002). Estudos conduzidos pelo nosso grupo de pesquisa avaliaram a necessidade do uso da progesterona injetável no início do tratamento com dispositivo intravaginal de progesterona (P4; DIB) em vacas Nelore (Bos indicus). Martins et al., (2005) observaram maior sincronização na emergência e atraso no dia de início da onda de crescimento folicular quando se utilizou a associação progesterona injetável mais BE (4,20,1a.y) que em animais que receberam somente BE no início do tratamento com dispositivos intravaginais novos (3,10,2b.x) ou reutilizados (2,80,2b.x; usados uma vez). Este estudo concorda com o descrito para Bos taurus (MORENO et al., 2001). Em outro estudo Sá Filho et al., (2005a) testaram o efeito de diferentes doses (2 ou 3 mg) e/ou momentos (Dia 0 ou Dia 1) da aplicação de BE ou a associação de BE mais progesterona injetável no início do tratamento com dispositivo intravaginal de P4 (Dia 0) em vacas Nelore. O tratamento com BE+P4, no Dia 0, apresentou melhor sincronização da emergência da onda de crescimento folicular (4,00,0ab,y) que os tratamentos com apenas BE (2mg no D0= 3,60,2b,x; 2mg no D1= 4,30,2a,x; 3mg no D0= 4,00,2ab,x e 3mg no D1  4,20,3a,x). Portanto, pode-se concluir que o tratamento com benzoato de estradiol associado a progesterona injetável no início do tratamento promove menor dispersão do momento do início da emergência da nova onda folicular.No entanto, apesar de alguns trabalhos indicarem aumento na resposta superovulatória quando o tratamento coincide com a emergência da onda de crescimento folicular (Nasser et al. 1993), recentes trabalhos realizados pelo nosso grupo de pesquisa não verificaram efeito do tratamento com BE+P4 (i.m.) administrados no momento da inserção do dispositivo de P4 (Martins et al., 2005). Nesse estudo avaliou-se o efeito da associação ou não de 50mg progesterona injetável (Synthex, Argentina) a 2mg de BE em programas de superovulação com inseminação artificial em tempo fixo em vacas Nelore. O objetivo deste estudo foi aumentar a resposta superovulatória pela melhor taxa de sincronização da nova onda de crescimento folicular utilizando a progesterona injetável associada ao BE. Não foram observadas diferenças na resposta superovulatória, bem como no número de estruturas ou qualidade dos embriões viáveis nos animais que receberam ou não progesterona injetável no início do protocolo de superovulação. Os dados são indicativos de que a sincronização da emergência da onda folicular com BE associado ao dispositivo de P4 é adequada para promover satisfatória resposta superovulatória em doadoras Bos indicus.

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3) Inseminação artificial em tempo fixo em programas de superovulaçãoA manifestação do estro em Bos indicus apresenta grande variabilidade devido principalmente a peculiaridades como: curto período de aceitação de monta e alta incidência de cios noturnos (BO et al., 2003), o que aumenta a possibilidade de erros na detecção e dificulta a programação prévia da data da colheita dos embriões. Sendo assim, diversos estudos têm procurado avaliar a possibilidade do controle farmacológico da ovulação, com o objetivo de viabilizar a inseminação artificial em tempo fixo de fêmeas Bos indicus superestimuladas (NOGUEIRA et al., 2002; ZANENGA et al., 2003; BARUSELLI et al., 2003 e MARTINS et al., 2005).Nosso grupo de pesquisa delineou um experimento para avaliar a retirada antecipada do dispositivo de P4 em vacas Nelore superovuladas e inseminadas em tempo fixo (IATF). Para isso, foram utilizadas dez vacas Nelore mantidas a pasto em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, divididas ao acaso em dois tratamentos. As doadoras foram superovuladas utilizando delineamento “cross-over”, com intervalo entre colheitas de 35 dias. No primeiro grupo (P24) o CIDR foi retirado 24 horas após a aplicação da PGF2, administrada juntamente com a sexta dose de FSH. Administrou-se 25 mg de LHp (Lutropin, Vetrepharm, Canada) 48 horas após a PGF2. O segundo grupo (P36) recebeu protocolo semelhante ao do primeiro, exceto a retirada do CIDR, que foi realizada 36 horas após a administração de PGF2. Todas as doadoras foram inseminadas 12 e 24 horas após o LH. Sete dias após o tratamento com LH foram realizadas a colheita e a classificação dos embriões (ZANENGA et al., 2003).Os resultados são sugestivos de que a retirada do dispositivo de progesterona 24 ou 36 horas após a administração de PGF2, seguido da indução da ovulação com LH (48h após a PGF2) com a IATF 12 e 24 horas após o LH é um protocolo viável para programas de superovulação e transferência de embriões em Bos indicus, eliminando a necessidade de detecção de estro e possibilitando a programação precisa das atividades de sincronização, de colheita e transferência dos embriões.

4) Determinação do tempo apropriado para indução da ovulação visando a IA em tempo fixo.Atualmente, nosso grupo de pesquisa tem investigado a adequação do momento mais apropriado para induzir as ovulações para inseminação artificial em tempo fixo em vacas Nelore (Bos indicus) e em vacas Holandesas (Bos taurus) superovuladas (Martins, 2005). Dentre as particularidades fisiológicas que diferenciam vacas Bos indicus de Bos taurus podemos citar o diâmetro folicular na divergência e o diâmetro no qual o folículo atinge capacidade ovulatória. Verificou-se que fêmeas Bos indicus atingem a divergência folicular com diâmetro inferior que fêmeas Bos taurus (6,3mm; GIMENES et al., 2005 para Bos indicus e 8,5mm; GINTHER et al., 1996 para Bos taurus). Em um recente estudo, avaliou-se o efeito do atraso de 12 horas na indução das ovulações em doadoras Nelore (12 ou 24h após a última injeção de FSH; Baruselli et al., 2005; Martins et al., 2006). O objetivo deste estudo foi melhorar as taxas de ovulação pelo aumento do diâmetro folicular e da capacidade ovulatória no momento da administração de LHp . Um total de 20 doadoras Nelore (Bos indicus) foram superestimuladas utilizando modelo experimental “cross-over”. Todas as fêmeas receberam um dispositivo intravaginal de P4 (DIB, Syntex, Argentina) e 2,5 mg de BE associado a 50mg de P4 injetável no início do tratamento (Dia 0). No Dia 4, os animais receberam o tratamento superestimulatório com 100mg de FSH (Folltropin-V subdividido em 8 doses decrescentes a cada 12 horas). Na manhã do Dia 6, os animais receberam PGF2 e na tarde do Dia 7 os dispositivos intravaginais foram removidos (P-24). As fêmeas foram subdivididas para receber 25mg de LHp 12 ou 24h após a última aplicação de Foltropin-V (Dia 8 manhã e tarde), sendo posteriormente submetidas a inseminação artificial em tempo fixo 12 e 24 h

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após o LH, utilizando a mesma partida de sêmen. O momento das ovulações foi determinado por ultra-sonografia transretal realizada duas vezes ao dia. No Dia 15, foi realizada a colheita dos embriões, sendo estes classificados de acordo com os critérios da IETS. O atraso da aplicação de LH de 12 para 24h após a última administração de Foltropin-V aumentou (p<0,01) o número de embriões degenerados e diminuiu (p<0,005) o número de embriões transferíveis e congeláveis. A diminuição da qualidade embrionária promovida pelo atraso da indução das ovulações pode ser explicada pelo aumento (p<0,05) do intervalo entre a primeira e a última ovulação e pela tendência (p=0,08) de aumento da dispersão das ovulações quando do atraso da administração de LH. Estes dados são sugestivos de que a administração de LHp 12 horas após o último Foltropin-V seja apropriada para induzir a ovulação em vacas Nelore (Bos indicus) submetidas ao protocolo de superovulação com inseminação artificial em tempo fixo.Os resultados obtidos em doadoras Nelore diferem aos observados em vacas Holandesas de alta produção, no qual o tratamento com LHp 24h após o último Foltropin-V resulta em aumento na resposta superovulatória e maior número de embriões transferíveis (RODRIGUES et al., 2005; MARTINS et al., 2005, BARUSELLI et al., 2005). Rodrigues et al., (2005) observaram redução no número de folículos não ovulatórios (>10mm) no momento da colheita dos embriões e aumento numérico no número de embriões transferíveis quando o GnRH foi administrado 24h após a última aplicação de FSH, comparado com a administração de GnRH 12h após o último tratamento como FSH. Martins et al., (2005b) utilizando o modelo experimental “cross-over” e a mesma partida de sêmen, também observou aumento no número de embriões transferíveis quando o LHp foi administrado 24h após o último FSH, comparado com o LHp administrado 12h após o último FSH. Baseado nestes resultados, é possível concluir que o intervalo de 24h após o último FSH (60h após o tratamento como PGF2) é adequado para administração de LHp como indutor de ovulação em vacas de leite de alta produção superovuladas, possibilitando a inseminação artificial em tempo fixo, diferentemente  do intervalo de 12h observado para fêmeas Bos indicus.Em outro trabalho recente do nosso grupo de pesquisa foi verificado que é possível obter a mesma eficiência quando se utiliza LH ou GnRH como indutor de ovulação no protocolo de superovulação com IATF em Bos indicus (Nelore; Martins et al., 2005). Nesse estudo, obteve-se 5,5±0,3 e 5,2±0,3 (P > 0,05) embriões transferíveis para doadoras tratadas com LH e GnRH, respectivamente.Conforme os resultados anteriores obtidos em vacas Nelore, nosso grupo de pesquisa realizou um experimento para testar a hipótese de que é possível utilizar uma única inseminação artificial em tempo fixo em fêmeas Bos indicus, sem comprometer a taxa de fertilização e a qualidade dos embriões. Um total de 10 vacas Nelore (Bos indicus) foi subdividido em dois grupos experimentais utilizando modelo fatorial “cross-over”.  O tratamento superovulatório foi semelhante ao do estudo anterior, no entanto, o dispositivo intravaginal de P4 (DIB) foi removido na tarde do Dia 7 (protocolo P-36). Todas as fêmeas receberam 25mg de LHp 12h após a última aplicação de Folltropin-V (Dia 8 pela manhã; 12h após a remoção do DIB ou 48h após a administração da PGF2) e foram inseminadas em tempo fixo utilizando a mesma partida de sêmen 12 e 24h após a administração do LHp (Grupo 2 IATF) ou somente uma inseminação 16h após o LHp (Grupo 1 IATF). Não foram observadas diferenças na resposta superovulatória, no número de estruturas ou qualidade dos embriões colhidos nos animais que receberam uma ou duas inseminações. Os resultados são sugestivos de que é possível realizar somente uma única inseminação artificial em tempo fixo 16h após a administração de LHp em vacas Nelore (Bos indicus) superovuladas, sem comprometer os resultados.

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5) Uso de diferentes doses de FSH e de eCG para superestimulação

Dentre as diferenças fisiológicas e comportamentais entre Bos indicus e Bos taurus destaca-se a reduzida capacidade para secreção de LH e maior sensibilidade de vacas Bos indicus a gonadotrofinas exógenas (Randel, 1984).Em um experimento (Baruselli et al., 2003) objetivou-se avaliar a resposta superovulatória de vacas Nelore a diferentes doses de FSH (Folltropin-V, Bioniche, Canada). Utilizou-se 23 doadoras tratadas com 3 diferentes doses (100, 133, ou 200mg) durante o protocolo de superovulação com inseminação artificial em tempo fixo (P24). Empregou-se o delineamento experimental “cross-over” para se evitar o efeito individual na resposta aos tratamentos. A produção de embriões transferíveis foi semelhante para os grupos 100, 133 e 200 mg, indicando que não existem diferenças na resposta superovulatória, no número de embriões transferíveis e congeláveis após o emprego de reduzidas doses de FSH em doadoras Nelore superovuladas. Um experimento semelhante foi realizado com o objetivo de avaliar diferentes doses de FSH ovino (FSH; Ovagen®, ICPbio, New Zeland; Martins et al., 2006). A adotou-se o delineamento experimental cross-over e as doadoras foram divididas em três grupos: 4,5 mg; 6,0 mg e 9,0 mg de FSH.  De acordo com os resultados, a dose de 4,5 mg de FSH ovino proporcionou menor resposta superovulatória e produção de embriões transferíveis. Apesar dos tratamentos com 6 mg e 9 mg não apresentarem diferenças estatisticamente significativas quanto à produção embrionária, verificou-se menor resposta superovulatória no grupo tratado com 6 mg. Não foi confirmada a hipótese inicial de redução da dose de FSH durante o tratamento superovulatório em doadoras Nelore quando se empregou o Ovagen®.Em outro experimento, foi testada a hipótese de que é possível obter resultados satisfatórios quando do emprego de eCG para superovulação, associado ao protocolo de sincronização da onda de crescimento folicular e da ovulação em doadoras Nelore (Martins et al., 2006). Um total de 12 vacas da raça Nelore (Bos indicus) foi dividido em três grupos de acordo com o tratamento superestimulatório: eCG-2500UI; eCG-2000UI e FSH-100mg (cross-over). Os animais receberam um dispositivo intravaginal de P4 (1 g P4; DIB®, Syntex, Argentina) associado a 2 mg de Benzoato de estradiol (BE; RIC BE®, Syntex, Argentina) no Dia 0. Nos tratamentos com eCG, a superestimulação foi realizada com a administração de 2500 ou 2000 UI de Novormon®, (Syntex, Argentina) em dose única no Dia 4. No tratamento com FSH, administrou-se 100mg de Folltropin-V® (Bioniche, Canadá) em 8 doses decrescentes de 12/12 horas, a partir do Dia 4. No Dia 6, administrou-se 150 µg de PGF2 (D-cloprostenol; PROLISE® Syntex, Argentina). Os dispositivos de P4 foram retirados 36 horas após a administração de PGF2, e o LH (25mg de LH, Lutropin-V®, Bioniche, Canadá) aplicado 48 horas após a PGF2 Foi realizada uma única inseminação 16 horas após o tratamento com LH utilizando mesma partida de um único touro para cada vaca/réplica. A colheita dos embriões foi realizada no Dia 15. Não foram observadas interações, sendo os efeitos dos tratamentos eCG-2500UI; eCG-2000UI e FSH-100mg, respectivamente:, taxa de ovulação (33,1%)b; (58,4%)a e (65.9%)a, estruturas totais (5.9±1.0; 7.6±1.0 e 5.7±1.4), embrião Grau 1 (3.4±0.7; 5.8±0.9 e 3.5±0.7) e embriões transferíveis (4.4±0.7; 6.9±1.0 e 4.6±0.9). O tratamento com 2000UI de eCG produziu número semelhante de embriões transferíveis comparado ao grupo tratado com FSH, mostrando ser uma alternativa viável para programas de TE com inseminação artificial em tempo fixo em zebuínos, com vantagens significativas quanto ao custo do tratamento e ao manejo das doadoras.

6) Uso do sêmen sexado em vacas Bos indicus superovuladas e inseminadas em tempo fixo

A viabilidade e a concentração de sêmen utilizados em procedimentos de transferência de embriões são muito importantes, pois animais submetidos à tratamentos superovulatórios

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apresentam, em geral, menores taxas de fertilização de oócitos que animais não superovulados (Page et al., 1985; Saacke et al., 1998). Portanto, existem muitas dúvidas quanto ao uso do sêmen sexado em animais superovulados, principalmente devido aos distúrbios relacionados ao transporte espermático no trato uterino. Desta maneira, a viabilidade do sêmen pode determinar o sucesso do programa de transferência de embriões (Newcomb, 1980).Sartori et al. (2004), utilizando novilhas Holandesas, compararam a taxa de fertilização e qualidade embrionária após o uso do sêmen sexado ou do sêmen convencional em protocolos de superovulação associados ao uso de dispositivos intravaginais. Esses pesquisadores encontraram que a porcentagem de fertilização de oócitos foi maior para o grupo não sexado (~90%) que para os grupos inseminados com sêmen sexado (~60%). Nesse mesmo experimento, foi analisado o número de espermatozóides acessórios (espermatozóides presentes na zona pelúcida) em oócitos degenerados e não fertilizados. Foram encontradas maiores porcentagens de oócitos com presença de espermatozóide acessório no grupo não sexado. Isto pode indicar que o estoque espermático no oviduto dos animais que receberam sêmen sexado foi insuficiente para fertilizar os oócitos originados da superovulação.Estudos recentes (Schenck et al., 2006), avaliaram o efeito do tipo de sêmen (sexado vs. convencional) e de diferentes doses de sêmen sexado na quantidade e qualidade de embriões produzidos em vacas e novilhas de corte, e em novilhas de leite superovuladas. No Experimento 1, foram utilizadas vacas e novilhas de corte da raça Angus. A superovulação foi iniciada no décimo dia do ciclo estral, e os animais foram inseminados 12h e 24h após a detecção de cio. Os grupos experimentais foram os seguintes: 1) Grupo não sexado (40x106 esptz/dose); 2) Grupo sexado (10x106 esptz/dose); Grupo sexado (2x106 esptz/dose). No Experimento 2, novilhas Holandesas foram inseminadas empregando os mesmos tratamentos, no entanto, com apenas uma dose de sêmen 70-72h após a o tratamento com PGF2α..No Experimento 1 (vacas e novilhas Angus), verificou-se que, na média combinada de vacas e novilhas, o grupo que recebeu o sêmen convencional apresentou significativamente maior porcentagem de oócitos fertilizados (69%), quando comparado aos grupos que receberam sêmen sexado com 10x106 esptz/dose (49%) e com 2x106 esptz/dose (40%). No Experimento 2 (novilhas de leite), o número de embriões transferíveis foi menor no grupo que recebeu o sêmen sexado na dose de 2x106 esptz/dose comparado com o grupo que recebeu sêmen convencional na dose de 40x106 esptz/dose. Porém, o grupo que recebeu sêmen sexado de 10x106 esptz/dose apresentou um número similar de embriões transferíveis comparado ao grupo que recebeu sêmen não-sexado de 40 x106 esptz/dose. A taxa de concepção foi similar para embriões originados dos grupos sexado (67%, n=83) e não sexado (63%, n=102).

Resultados da utilização de sêmen sexado no protocolo de superovulação com IATF

Com o intuito de avaliar a produção de embriões em vaca Nelore (Bos inducus) superovuladas e inseminadas em tempo fixo com sêmen sexado nosso grupo de pesquisa realizou um experimento também em parceria com a Sexing, Lagoa da Serra e Intervert (Baruselli et al., 2007). Os animais foram sincronizados com Crestar, associado a 2 mg de Benzoato de estradiol i.m. no dia 0. A superestimulação folicular foi induzida com FSH-p em 8 doses decrescentes de 12/12 horas, a partir do Dia 4. No Dia 6, administrou-se PGF2. Os implantes foram retirados 36 horas após a administração de PGF2, e o LH aplicado 48 horas após a PGF2 (12 h após o último FSH). A IATF com sêmen sexado (4,2x106 esptz/IA) e convencional (40x106 esptz/IA) foi realizada 12 e 24 horas após a administração de LH. O sêmen foi produzido de um reprodutor levando em consideração cada ejaculado, semelhante aos experimentos anteriores. Adotou-se delineamento experimental cross-over para evitar variação individual das doadoras nos resultados. Os resultados estão apresentados na Tab. 1

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Verificou-se diminuição do número de embriões transferíveis e congeláveis quando da utilização do sêmen sexado, além do aumento do número de embriões não fertilizados. Foi também observada diminuição na taxa de embriões transferíveis e congeláveis. Apesar da diminuição da produção de embriões com o emprego do sêmen sexado, com uma estimativa de 90% na acurácia de determinação do sexo, é possível produzir mais embriões do sexo de interesse com o emprego dessa biotecnologia (Fig. 1).

Nesse experimento parte dos embriões produzidos foi transferida à fresco em receptoras sincronizadas para receber um embrião em tempo fixo (Tab. 2). Verificaram-se taxas semelhantes de prenhez, tanto com 30 quanto com 60 dias de gestação para embriões produzidos com sêmen sexado ou convencional. Após a sexagem por ultra-sonografia confirmou-se 90,0% de fêmeas para o sêmen sexado e 52,7% para o sêmen convencional. Novos estudos estão sendo realizados pelo nosso grupo de pesquisa na tentativa de realizar a IA mais próximo à ovulação em doadoras Bos indicus e Bos taurus sincronizadas com o protocolo de superovulação e inseminadas com sêmen sexado em tempo fixo (Baruselli et al., 2006).

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Tabela 1 - Produção de embriões de vacas Nelore (Bos indicus) superovuladas e inseminadas em tempo fixo com sêmen sexado e convencional, Cassilândia, MS, 2007.  Sêmen Convencional

Tabela 2 - Taxa de prenhez aos 30 e 60 dias após a transferência de embriões provenientes de inseminação com sêmen convencional e sexado e porcentagem de fêmeas na sexagem fetal.

Em outro experimento foi estabelecido para avaliar o efeito do atraso de 6 horas na IATF com sêmen sexado em doadoras Nelore superovuladas (Martins et al., 2008). Utilizou-se o protocolo de superovulação descrito no experimento anterior. A IATF com sêmen sexado (5,0x106 esptz/IA) e convencional (40x106 esptz/IA) foi realizada 12 e 24 horas após a administração de LH. Outro grupo foi inseminado com sêmen sexado (5,0x106 esptz/IA) 18 e 30 horas após o LH. O sêmen foi produzido de um reprodutor levando em consideração cada ejaculado, semelhante aos experimentos anteriores. Adotou-se delineamento experimental cross-over para evitar variação individual das doadoras nos resultados. Os resultados estão apresentados na Tab. 3

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Tabela 3 - Produção de embriões de vacas Nelore (Bos indicus) superovuladas e inseminadas em tempo fixo com sêmen sexado e convencional de acordo com o momento da IATF, 2008 (Martins et al., 2008 – em vias de publicação).  Sêmen Convencional

Apesar de não diferir estatisticamente, o atraso da IATF de 12/24 horas para 18/30 horas após a adiministração de LH aumentou numericamente o número de embriões produzidos em vacas Nelore superovuladas. Esses dados são indicativos de que existe a possibilidade de aumentar a eficiência da produção de embriões com o emprego de sêmen sexado atrasando o momento da IATF após o tratamento para indução da ovulação com LH.

ConclusãoOs resultados são indicativos de que é possível sincronizar a emergência da onda folicular e iniciar o tratamento superestimulatório em doadoras Bos indicus sem a necessidade de se conhecer a fase do ciclo estral. Além disso, o tratamento com LHp 12h após a última administração de FSH sincroniza as ovulações, possibilitando o emprego da inseminação artificial em tempo fixo em fêmeas Bos indicus superestimuladas, sem a necessidade de detecção do cio. Ainda, é possível realizar somente uma única IATF (16h após o tratamento com LHp), sem comprometer os resultados. O emprego do sêmen sexado em animais superovulados pode ser economicamente viável em algumas situações, na qual a produção de embriões de um determinado sexo tem que ser maximizada. Novos estudos devem ser realizados para confirmar a possibilidade de melhora da eficiência de produção de embriões com o atraso da IATF em vacas superovuladas. Finalmente, embora exista a necessidade de mais estudos sobre a administração da eCG para superestimulação ovariana, seu uso possibilita racionalização de manejo sem comprometer as taxas de produção de embriões em protocolos de superovulação com inseminação artificial em tempo fixo em doadoras Nelore (Bos indicus).  

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