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7/25/2019 NR-12-Comentrios(2)
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NORMA REGULAMENTADORA 12 SEGURANA DO TRABALHO EMMQUINAS E EQUIPAMENTOS
As alteraes introduzidas na NR-12 pela Portaria 197, em dezembro de 2010,criaram um nvel elevado de exigncias, tanto para mquinas e equipamentos aserem fabricados aps a sua publicao, quanto para aqueles j em uso noparque industrial brasileiro.
Indiscutvel a importncia da segurana de mquinas e equipamentos comouma das formas de reduo do nmero de acidentes do trabalho. Contudo,tambm indiscutvel o impacto social e econmico da nova redao da NR 12,que afeta a competitividade do pas.
Verifica-se que a grande maioria das empresas brasileiras no possui condiestcnicas e econmicas de promover adaptaes em todas as mquinas eequipamentos que j estavam em uso, com risco de total e generalizadosucateamento e de elevao do custo do produto produzido.
A nova redao da NR-12 tornou-se extremamente tcnica e exageradamenteminuciosa. Sua complexidade exige o domnio de vrias reas da engenharia evem gerando, para as empresas e para os auditores fiscais - que no so
necessariamente engenheiros - o entendimento equivocado da caracterizaode "grave e iminente risco" e, por via de consequncia, a interdio de mquinas,mesmo quando a medida de proteo prevista na norma ainda tem prazo parasua implantao.
Outro conceito albergado na NR-12 que tem gerado m interpretao por partedos auditores fiscais o da "falha segura". Este princpio construtivo e estcoberto por todos os outros itens da Norma. Mas, como est ali detalhado, porfalta de conhecimento tcnico muitos auditores esto entendendo pela aplicaodesse conceito no uso cotidiano da mquina.
A aplicao da NR-12 tornou-se exemplo de subjetividade e heterogeneidadequando da realizao das inspees do trabalho, suscitando inseguranajurdica em razo da sua inexequibilidade.
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NORMA REGULAMENTADORA 12 PRINCIPAIS QUESTIONAMENTOS
Norma extensa e detalhista -> saiu de mais ou menos 40 itens para maisde 340;
Complexa e excessivamente tcnica, com referncia a vrias normasnacionais e internacionais -> difcil compreenso, inclusive para tcnicos;
Mesmo tratamento para fabricantes de mquinas e usurios /consumidores finais obrigaes iguais;
No estabeleceu linha de corte -> imps a retroatividade das obrigaes
que foram inicialmente concebidas para mquinas novas -> se o conceitono for revisto, h risco de constante desatualizao das mquinas;
Incorporou conceitos tcnicos idealizados apenas para mquinas novas -> dificuldade ou impossibilidade de adequao de mquinas usadas;
Prazos para adequaes (fabricantes e usurios) no foram suficientes;
Elevado custo para adequao de mquinas usadas -> em alguns casoso valor da adequao supera o valor de mquinas novas -> adequaesem mquinas usadas implicam perda de produtividade;
Durante prazo de implantao da NR 12 concedido a fabricantes,mquinas no adequadas NR 12 foram comercializadas > risco docomprador -> falta certificao de que a mquina atende NR 12(certificado de adequao) transferir responsabilidade para o fabricante;
Em determinados setores no h mquinas adequadas NR 12 ->
material importado no est adequado NR 12 e sua adequao elevaro custo da mquina;
H subjetividade na norma, dificultando sua compreenso e fiscalizao -> falha segura (conceito para projeto da mquina), grave e iminenterisco;
Fiscalizaes, autuaes, interdies -> auditores fiscais sem anecessria especializao em segurana e medicina do trabalho;
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Inquritos civis e aes civis pblicas ao coordenada MTE e MPT ->acompanhamento de fiscalizaes e participao na Comisso Nacional
Tripartite Temtica da NR 12;
Interdio de mquinas em feiras e exposies -> proibio de transporte,exposio, exportao -> risco penal (contrabando);
Falta de tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas
NORMA REGULAMENTADORA 12 PRINCIPAIS PROPOSTAS
Para tentar minimizar os graves impactos causados pelos atuais termos da NR-12, a FIESP encaminhou vrias propostas de alteraes aos Ministros BrizolaNeto e Manoel Dias:
prorrogao de trs anos para todos os prazos da norma, a fim de queseja promovida sua reviso pela CNTT-NR12, com alteraes eadequaes mediante consenso (unanimidade) condizentes com arealidade de cada segmento da economia;
reviso do texto da norma de forma a torn-la de mais fcil entendimento,
com a retirada dos detalhamentos tcnicos que se aplicam aosfabricantes das mquinas e no aos consumidores finais;
incluso na norma de clusula excluindo da aplicao da norma asmquinas e equipamentos j existentes e em uso no territrio nacionalantes da publicao das alteraes na NR-12, a exemplo do que ocorrecom a Diretiva 042/2006 da Comunidade Europeia
estabelecer na norma que a fiscalizao de seu cumprimento deve ficar acargo de auditor-fiscal do trabalho que seja especializado em engenhariade segurana e medicina do trabalho, como prev o art. 3, pargrafo 2,da Lei n 10.593/02;
estabelecer tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas,em consonncia com o Decreto n 7.602/2011 e Lei Complementa n0123/2006.
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NORMA REGULAMENTADORA 12 AES EM CURSO
1 No mbito do Ministrio do Trabalho e Emprego
- envio de ofcios aos Ministros Brizola Neto e Manoel Dias, com comentriossobre a NR 12 e propostas de alteraes na norma e de prorrogao dos prazospor 3 anos;
- reunio com assessoria do Ministro Manoel Dias e com chefia da Secretaria deInspeo do Trabalho, para discutir propostas da FIESP.
2 No mbito da Comisso Nacional Tripartite Temtica da NR 12:
- acompanhamento das reunies preparatrias e das discusses com bancadasde trabalhadores e do governo
3 No mbito do Grupo de Trabalho formado por FIESP, FIRJAN, FIESC eFIERGS:
- avaliao de um modelo de transio que poder auxiliar empresas naimplementao das exigncias da NR 12;
- o modelo de transio contempla estudos tcnicos (histrico dos equipamentosatuais e priorizao das alteraes), avaliao de condies materiais(capacidade de fornecimento de equipamentos novos e possibilidade deadequaes nos equipamentos atuais), avaliao das condies financeiras(investimentos) e medidas compensatrias (treinamento, medidas de seguranacomplementares, destinao dos equipamentos substitudos);
- SENAI envolvido no desenvolvimento de toda a metodologia acima (modelo detransio);
4 - desenvolvimento de uma cartilha orientativa;
5 - seminrio de meio perodo para expor o cenrio atual da NR 12, asdiscusses no Grupo Tcnico (Comisso Nacional Tripartite), principaispropostas e divergncias.
DESIN - FIESP