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Preâmbulo nacional À Norma Europeia EN 61243-3:2010, foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2010-11-02 (Termo de Adoção nº 1403/2010, de 2010-11-02).

Esta Norma contém cor.

A impressão pode não reproduzir as cores apresentadas na versão eletrónica desta Norma.

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NORMA EUROPEIA EN 61243-3

EUROPÄISCHE NORM

NORME EUROPÉENNE

EUROPEAN STANDARD maio 2010

CENELEC

Comité Europeu de Normalização Eletrotécnica Europäisches Komitee für Elektrotechnische Normung Comité Européen de Normalisation Electrotechnique

European Committee for Electrotechnical Standardization

Secretariado Central: Avenue Marnix 17, B-1000 Bruxelas 2010 CENELEC Direitos de reprodução reservados aos membros do CENELEC

Ref. nº EN 61243-3:2010 Pt

ICS: 13.260; 29.240.20; 29.260.99 Substitui a EN 61243-3:1998 + corr.fev.2002

Versão portuguesa

Trabalhos em tensão Detetores de tensão

Parte 3: Tipo bipolar de baixa tensão (IEC 61243-3:2009)

Arbeiten unter Spannung Spannungsprüfer Teil 3: Zweipoliger Spannungsprüfer für Niederspannungsnetze (IEC 61243-3:2009)

Travaux sous tension Détectuers de tension Parte 3: Type bipolaire basse tension (CEI 61243-3:2009)

Live working Voltage detetors Part 3: Two-pole low-voltage type (IEC 61243-3:2009)

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 61243-3:2010, e tem o mesmo estatuto que as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade. Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CENELEC em 2010-05-01. Os membros do CENELEC são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação. Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CENELEC. A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CENELEC, para a sua língua nacional, e notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais. Os membros do CENELEC são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia e Suíça.

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Preâmbulo da EN 61243-3:2010 O texto do documento 78/821/FDIS, futura edição 2 da IEC 61243-3, preparado pelo IEC/TC 78, Live working, foi submetido ao voto paralelo da IEC-CENELEC e foi aprovado pelo CENELEC como EN 61243-3 em 2010-05-01

Esta Norma Europeia substitui a EN 61243-3:1998 + corr. fevereiro 2002.

Esta edição inclui as alterações técnicas significativas seguintes em relação à EN 61243-3:1998:

não são permitidos mais interruptores para alteração de escala;

todos os detetores de tensão são agora usados para interior e exterior, excluindo o uso em condições de chuva;

não é permitida a utilização de elétrodos de contacto com uma construção em gancho;

-nenhuma classe de tensão (A e B) são consideradas;

o conceito de dupla isolação ou isolação reforçada (ou disposições construtivas assegurando uma proteção equivalente) é adicionado;

para o ensaio, o conceito de condições de falha simples e normal é adicionado;

os requisitos e ensaios da CEM são atualizados;

a influência da tensão de interferência é agora considerada;

a classificação do detetor de tensão para uma categoria de sobretensão é, no mínimo, incrementada para pelo menos a categoria III;

a proteção contra as solicitações elétricas é reforçada (sobretensões transitórias e temporárias);

o grau de proteção assegurado por todos os invólucros (código IP) é incrementado para pelo menos IP54, salvo especificação em contrário;

o requisito e o ensaio para interruptores para carga temporária foram revistos;

o requisito de indicação de ELV foi revisto (um sistema indicativo redundante não desconectável não é mais o único meio permitido);

as gamas das condições climáticas para o funcionamento dos detetores de tensão da categoria N e da categoria S foram revistas;

o ensaio de pressão de esfera reporta-se agora à EN 60695-10-2;

um ensaio de desgaste respeitante ao material isolante da(s) vara(s) é adicionado;

a avaliação da conformidade dos detetores de tensão é adicionada para a fase de produção;

os anexos normativos das funções complementares foram revistos;

anexo normativo sobre o plano de amostragem e procedimento foi excluído (não aplicável de acordo com a EN 61318);

o anexo informativo dos os ensaios de aceitação foram suprimidos (assunto agora incluído na EN 61318).

Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O CEN e o CENELEC não devem ser responsabilizados pela identificação de alguns ou de todos esses direitos.

Devem aplicar-se as seguintes datas:

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NP EN 61243-3 2013

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data-limite até à qual a EN deve ser implementada a nível nacional por publicação de uma norma nacional idêntica ou por endosso (dop) 2011-02-01

data-limite de anulação das normas nacionais divergentes com a EN (dow) 2013-05-01

O Anexo ZA foi adicionado pelo CENELEC.

Nota de endosso da EN 61243-3:2010 O texto da Norma Internacional IEC 61243-3:2009 foi aprovado pelo CENELEC como norma europeia sem qualquer modificação.

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Sumário Página

Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2

Preâmbulo da EN 61243-3:2010 ............................................................................................................. 4

Nota de endosso da EN 61243-3:2010 .................................................................................................... 5

Introdução ................................................................................................................................................ 7

1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................ 8

2 Referências normativas ........................................................................................................................ 9

3 Termos e definições .............................................................................................................................. 10

4 Requisitos .............................................................................................................................................. 13

4.1 Requisitos gerais .................................................................................................................................. 13

4.2 Requisitos funcionais ........................................................................................................................... 14

4.3 Requisitos elétricos .............................................................................................................................. 17

4.4 Requisitos mecânicos .......................................................................................................................... 21

4.5 Marcação ............................................................................................................................................. 23

4.6 Instruções de utilização ....................................................................................................................... 24

4.7 Requisitos no caso de uso inadequado previsível durante os trabalhos em tensão .............................. 25

5 Ensaios ................................................................................................................................................... 26

5.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 26

5.2 Ensaios relativos aos requisitos gerais ................................................................................................. 28

5.3 Ensaios relativos aos requisitos funcionais .......................................................................................... 28

5.4 Ensaios relativos aos requisitos elétricos ............................................................................................. 39

5.5 Ensaios relativos aos requisitos mecânicos ......................................................................................... 43

6 Avaliação de conformidade .................................................................................................................. 51

7 Modificações .......................................................................................................................................... 51

Anexo A (informativo) Diferenças com a série da IEC 61010 .............................................................. 52

Anexo B (normativo) Funções suplementares Indicação de fase – Indicação de rotação de campo – Verificação contínua ................................................................................................................ 55

Anexo C (normativo) Instruções de uso .................................................................................................. 62

Anexo D (normativo) Procedimento geral do ensaio de tipo ................................................................. 64

Anexo E (normativo) Classificação dos defeitos, requisitos associados e ensaios ............................... 66

Anexo F (normativo) Cuidados em serviço e utilização ........................................................................ 68

Bibliografia ............................................................................................................................................... 70

Anexo ZA (normativo) Referências normativas a documentos internacionais e a sua correspondência a documentos europeus .............................................................................................. 71

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Introdução Os dispositivos cobertos por esta Norma são concebidos para uma utilização num ambiente de trabalho em tensão a fim de determinar o estado (presença ou ausência da tensão de serviço) nas instalações de baixa tensão.

Um ambiente de trabalho em tensão possui os seus perigos e as suas condições de trabalho específicas, as quais são habitualmente mais severas que as encontradas para os trabalhadores em outros campos diferentes dos trabalhos em tensão.

A presente Norma é uma norma de produto que fornece os requisitos fundamentais e os ensaios para verificar que os dipositivos cumprem bem a sua função e que contribuem para a segurança dos utilizadores na condição de serem usados por pessoas qualificadas, de acordo com os procedimentos de segurança do trabalho, bem como com a regulamentação local ou nacional.

Os detetores de tensão não são considerados como sendo dispositivos de medição ou de ensaio separadamente cobertos pela série de normas IEC 61010. Contudo, em caso de má utilização, os requisitos e os ensaios incluídos neste documento são concebidos para atingir um nível de segurança equivalente.

A fim de ter em conta as necessidades específicas de um ambiente de trabalho em tensão, existem as diferenças seguintes em relação à série de normas IEC 61010:

alguns requisitos e ensaios existem nas duas normas mas com sanções ou critérios de aceitação diferentes (ver secção A.1);

alguns requisitos da IEC 61010 não são incluídos nesta Norma com fundamentação lógica (ver secção A.2);

alguns requisitos suplementares desta norma não são especificados na IEC 61010 com fundamentação lógica (ver secção A.3).

Esta Norma foi preparada de acordo com os requisitos da IEC 61477 quando aplicáveis.

O produto coberto por esta Norma poderá ter um impacto no ambiente durante alguns ou todos os estágios do seu tempo de vida. Esses impactos podem ser de ligeiros a importantes, de curta ou de longa duração, ocorrerem a um nível local, regional ou global.

A presente Norma não contém os requisitos e as disposições de ensaio endereçadas ao fabricante, ou as recomendações aos utilizadores do produto para melhoria do ambiente. Contudo, todos os intervenientes na sua conceção, fabricação, embalagem, distribuição, utilização, reparação, reutilização, recuperação e eliminação são convidados a ter em conta os elementos ambientais.

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1 Objetivo e campo de aplicação A presente parte da IEC 61243 é aplicável aos detetores portáteis bipolares e aos seus acessórios (pinças de crocodilo e condutores amovíveis) para utilização ao contacto com as peças de instalações elétricas:

a tensões alternadas não excedendo 1000 V a frequências nominais entre 16 ⅔ Hz e 500 Hz,

e/ou

a tensões contínuas não excedendo 1500 V.

NOTA: As tensões alternadas definidas nesta norma referem-se seja aos valores de tensão entre fases seja aos valores fase-neutro.

As extensões do elétrodo de contacto não estão cobertas por esta Norma.

Os detetores de tensão cobertos por esta Norma são previstos para uma utilização em condições secas e húmidas, no interior e no exterior. Eles não são previstos para uma utilização em condições chuvosas.

Os detetores de tensão cobertos pela presente Norma não são previstos para um funcionamento contínuo.

Os detetores de tensão cobertos pela presente Norma não são previstos para uma utilização a uma altitude além de 2000 metros acima do nível do mar.

A presente Norma inclui também disposições para as funções suplementares seguintes, quando disponíveis (ver Anexo B):

indicação de fase,

indicação da rotação de fase, e

controlo da continuidade.

As outras funções suplementares não estão cobertas pela presente Norma.

Os detetores de tensão cobertos pela presente Norma não são considerados como instrumentos de medição. Os requisitos de segurança relativos aos instrumentos de medição são incluídos na série de normas da IEC 61010.

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2 Referências normativas Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas).

IEC 60068-2-6 Environmental testing – Part 2-6: Tests – Test Fc: Vibration (sinusoidal)

IEC 60068-2-31:2008, Environmental testing – Part 2-31: Tests – Test Ec: Rough handling shocks, primarily for equipment-type specimens

IEC 60068-2-75:1997 Environmental testing – Part 2: Tests – Test Eh: Hammer tests

IEC 60112 Method for the determination of the proof and the comparative tracking indices of solid insulating material

IEC 60304 Standard colours for insulation for low-frequency cables and wires

IEC 60417 Graphical symbols for use on equipment

IEC/TS 60479-1:2005 Effects of current on human beings and livestock – Part 1: General aspects

IEC 60529:1989 Emenda 1:19991)

Degrees of protection provided by enclosures (IP Code)

IEC 60664-1:2007 Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1: Principles, requirements and tests

IEC 60664-3 Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 3: Use of coating, potting or moulding for protection against pollution

IEC 60695-10-2:2003 Fire hazard testing – Part 10-2: Abnormal heat – Ball pressure test

IEC 60942 Electroacoustics – Sound calibrators

IEC 61010-031:2002 Emenda 1:20082)

Safety requirements for electrical equipment for measurement, control and laboratory use – Part 031: Safety requirements for hand-held probe assemblies for electrical measurement and test

IEC 61010-1:2001 Safety requirements for electrical equipment for measurement, control, and laboratory use – Part 1: General requirements

IEC 61140:2001 Emenda 1:2004

Protection against electric shock – Common aspects for installation and equipment

IEC 61180-1 High-voltage test techniques for low-voltage equipment – Part 1: Definitions, test and procedure requirements

IEC 61260 Electroacoustics – Octave-band and fractional-octave-band filters

IEC 61318 Live working – Conformity assessment applicable to tools, devices and equipment

IEC 61326-1:2005 Electrical equipment for measurement, control and laboratory use – EMC requirements – Part 1: General requirements

1) Existe uma edição consolidada 2.1 (2001), que inclui a edição 2 e sua emenda 1.

2) Existe uma edição consolidada 1.1 (2008), que inclui a edição 1 e sua emenda 1.

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IEC 61477 Live working – Minimum requirements for the utilization of tools, devices and equipment

IEC 61557-7:2007 Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1000 V a.c. and 1500 V d.c. – Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 7: Phase sequence

IEC 61672-1 Electroacoustics – Sound level meters – Part 1: Specifications

ISO 286-1 ISO system of limits and fits – Part 1: Bases of tolerances, deviations and fits

ISO 286-2 ISO system of limits and fits – Part 2: Tables of standard tolerance grades and limit deviations for holes and shafts

ISO 354 Acoustics – Measurement of sound absorption in a reverberation room

ISO 3744:1994 Acoustics – Determination of sound power levels of noise sources using sound pressure – Engineering method in an essentially free field over a reflecting plane

ISO 3745 Acoustics – Determination of sound power levels of noise sources using sound pressure – Precision methods for anechoic and hemi-anechoic rooms

ISO 7000:2004 Graphical symbols for use on equipment – Index and synopsis

3 Termos e definições Para os fins da presente Norma, os termos e definições dados na IEC 61318 bem como os seguintes aplicam-se.

3.1 isolação principal Isolação aplicada às partes ativas de um detetor de tensão que fornece proteção básica contra choques elétricos.

NOTA: A isolação principal não inclui necessariamente a isolação utilizada exclusivamente para fins funcionais (3.10.1 da IEC 61140).

[3.17.2 do IEC 60664-1, modificada]

3.2 indicação clara Deteção e indicação não ambígua do estado de tensão entre os elétrodos de contacto.

[IEV 651-10-10, modificada]

3.3 percetibilidade clara Situação na qual a indicação é inconfundivelmente percetível pelo utilizador nas condições ambientais especificadas, quando o detetor de tensão está na posição de funcionamento.

3.4 elétrodo de contacto Parte condutora da ponta de toque que estabelece a ligação elétrica com a peça a controlar.

[IEV 651-10-09, modificada]

NOTA: Em determinadas conceções, uma parte do elétrodo de contacto é revestida por material isolante.

3.5 muito baixa tensão MBT Tensão inferior a 50 V em corrente alternada ou 120 V em corrente contínua.

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3.6 protetor de mão Parte fisicamente distinta (fixa ou integrada na ponta de toque) destinada a evitar que os dedos ou as mãos do operador venham a tocar inadvertidamente no elétrodo de contacto ou em qualquer elemento em tensão.

3.7 tensão perigosa Capaz de causar um choque elétrico ou uma queimadura elétrica em condições normais ou em condição de primeiro defeito.

3.8 tensão indicativa Ui Valor aproximado da tensão de serviço identificada pelo detetor de tensão.

NOTA: A tensão indicativa de um detetor de tensão é o parâmetro associado à sua indicação clara. Certos tipos de detetores de tensão poderão ter várias tensões indicativas e/ou várias gamas de tensões indicativas. Os valores-limite de uma gama de tensões são designados de Ui min. e Uimax.

3.9 indicador Elemento do detetor de tensão que indica a presença da tensão de serviço entre os elétrodos de contacto.

[IEV 651-10-08, modificada]

NOTA: O indicador poderá também fornecer informações relativas às funções suplementares.

3.10 inspeção Avaliação da conformidade por observação e julgamento acompanhada se necessário por medições, por ensaios, por cálculo ou calibração.

[3.8.2 da ISO 9000, modificada]

3.11 tensão de interferência Tensão à frequência captada indutivamente ou capacitivamente pelo componente a ensaiar.

3.12 alimentação interna Fonte de alimentação elétrica operacionalmente integrada.

3.13 cordão Cabo flexível conectando diferentes componentes de um detetor de tensão.

3.14 condições normais Condição na qual todos os meios de proteção estão intactos.

[2.7 do Guia IEC 104]

3.15 corrente de funcionamento valor mínimo de corrente necessária ou funcionamento dos diferentes sistemas de indicação.

3.16 ponta de toque Parte isolada de um detetor de tensão concebida para ser manipulada pelo utilizador a fim de colocar o seu elétrodo de contacto em contacto com o componente a verificar.

NOTA 1: A ponta de toque poderá conter o indicador.

NOTA 2: A ponta de toque não inclui um cordão. A ponta de toque e o cordão poderão ser amovíveis ou não.

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3.17 impedância de proteção Componente, montagem de componente ou combinação de uma isolação principal e de um dispositivo de limitação da corrente ou de tensão, cuja impedância, a construção e fiabilidade são tais que, quando é conectado entre as partes condutoras acessíveis perigosas em tensão, a proteção seja assegurada no interior dos limites que são requeridos pela presente Norma em condições normais e na condição de primeiro defeito.

3.18 uso incorreto razoavelmente previsível Utilização de um produto processo ou serviço nas condições ou para finalidades não previstas pelo fornecedor mas que poderão resultar de comportamento humano predizível.

[3.14 do Guia 51 ISO/IEC]

3.19 tempo de recuperação r t Tempo mínimo sem carga entre duas utilizações, tal como especificado pelo fabricante.

3.20 tempo de resposta Intervalo de tempo entre o carregamento rápido do estado de tensão entre os elétrodos de contacto e a indicação clara correspondente.

3.21 condição de primeiro defeito Condição na qua l um dos meios de proteção contra os perigos é defeituoso, ou está presente um defeito suscetível de provocar um perigo.

NOTA: Se uma condição de primeiro defeito resulta inevitavelmente numa ou várias outras condições de defeito, todas são consideradas como uma só condição de primeiro defeito.

[2.8 do Guia 104 IEC]

3.22 sobretensão temporária Sobretensão à frequência industrial de duração relativamente longa.

NOTA: Esta sobretensão não é amortecida ou é pouco amortecida. Em certos casos, a sua frequência poderá ser várias vezes inferior ou superior à frequência industrial.

[VEI 604-03-12]

3.23 elemento de ensaio Elemento integrado ou dispositivo separado que permite ao utilizador verificar o bom funcionamento do detetor de tensão.

[VEI 651-10-11, modificado]

3.24 tensão de limiar U t

Tensão mínima requerida entre os dois elétrodos de contacto para fornecer uma indicação clara.

3.25 tempo de funcionamento t r

Tempo específico durante o qual o detetor de tensão está capaz de funcionar corretamente quando está em carga.

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3.26 sobretensão transitória Sobretensão de curta duração, não excedendo alguns milésimos de segundo, oscilatória ou não, geralmente fortemente amortecida.

[VEI 604-03-13]

3.27 detetor de tensão bipolar Detetor de tensão para aplicação bipolar, constituído por duas pontas de toque, um indicador incluído ou não numa das pontas de toque e de cordão(ões).

NOTA: O termo detetor de tensão é utilizado neste documento para um detetor bipolar de baixa tensão.

3.28 detetor de tensão (para trabalhos em tensão) Dispositivo utilizado para fornecer uma prova clara da presença ou da ausência da tensão de serviço.

[adaptado de 11.2.5 da IEC 60743 e do VEI 651-10-04]

4 Requisitos

4.1 Requisitos gerais

4.1.1 Segurança

Os detetores de tensão cobertos por esta Norma devem ser concebidos e fabricados de forma a contribuírem para a segurança dos utilizadores, desde que os detetores de tensão sejam utilizados por pessoas qualificadas, de acordo com os métodos de trabalho seguros e com instruções de utilização.

4.1.2 Indicação

O detetor de tensão deve dar uma indicação clara do estado da “presença de tensão” da tensão de serviço graças à alteração do estado do sinal. A indicação deve ser visual. Uma indicação sonora é facultativa. Quando o detetor de tensão possui mais de um sistema de indicação, todas as indicações devem ser simultâneas.

A indicação visual (visualização) pode ser de tipos diferentes mas a indicação clara da presença da tensão de serviço não deve visualizar um valor de tensão descontínuo.

NOTA 1: As visualizações podem consistir em: uma alteração do estado de luminosidade de um ou de vários LED; um movimento de uma agulha ou de um outro componente sensível à corrente; de caracteres alfanuméricos aparecendo num monitor, etc.

NOTA 2: As visualizações que fornecem um valor descontínuo da tensão são consideradas como funções de medidas complementares e deverão satisfazer às normas aplicáveis.

4.1.3 Compatibilidade Eletromagnética (CEM)

Os detetores de tensão devem respeitar aos requisitos dos aparelhos de classe A para utilização em locais industriais de acordo com IEC 61326-1.

NOTA: Em alguns países, poderão ser adicionados requisitos de modo a satisfazer à regulamentação CEM.

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4.2 Requisitos funcionais

4.2.1 Indicação clara

4.2.1.1 Indicação clara da tensão de serviço e da tensão de limiar

O detetor de tensão deve indicar claramente à sua frequência nominal ou frequências nominais a presença de:

todas as tensões indicadas e/ou

todas as gamas de tensões indicadas.

Para detetores de tensão com indicações ou escalas sucessivas (passo a passo), a alteração de estado:

de cada passo da tensão indicativa (Ui) deve ser limitada ao intervalo compreendido entre 1,1 Ui(passo -1) e 0,85 Ui(passo);

de cada passo da gama de tensões indicativass (Ui min, Ui max) deve ser limitada ao intervalo compreendido entre 1,1 Ui(passo-1) max e 0,85 Ui(passo) min.

Para os detetores de tensão com uma indicação única, a alteração de estado da tensão indicativa deve ocorrer a um valor inferior a 0.85 Ui.

NOTA: O detetor de tensão não deverá indicar “presença de tensão” para os valores habituais de tensões de interferência. No caso de serem indicados tais valores, é conveniente que o detetor de tensão deverá possuir um meio para distinguir tensão de serviço e uma tensão de interferência, de modo a fornecer ao utilizador uma indicação clara do estado da tensão de serviço.

O utilizador não deve ter acesso à regulação da tensão de limiar.

O utilizador não deve ter acesso a nenhum interruptor utilizado para alteração da escala.

4.2.1.2 Indicação clara de uma tensão superior à MBT

O detetor de tensão deve indicar claramente a presença de uma tensão superior ao limite de MBT por meio de uma indicação do limite de MBT.

A indicação do limite MBT deve funcionar devidamente para todas as frequências nominais, quando a tensão na peça a verificar é igual ou superior ao limite MBT (50 V em corrente alternada e/ou 120 V em corrente contínua).

NOTA 1: A indicação do limite de MBT é apenas prevista para alertar o utilizador da presença de uma tensão e não para a sua medição.

Os detetores de tensão com alimentação integrada devem continuar a fornecer a indicação do limite de MBT quando a alimentação integrada está esgotada.

NOTA 2: Para um detetor de tensão sem alimentação integrada, a possibilidade de indicação de limite MBT é contudo assegurada pelo circuito principal.

Na presença de uma tensão superior ao limite MBT, a indicação do limite de MBT deve permanecer sempre operacional. Para os detetores de tensão com dispositivos limitadores de corrente, comutadores de carga temporária ou outros métodos colocados em ação por tensão, a indicação de limite MBT deve estar sempre presente quando a tensão na peça a ser verificada excede o limite MBT.

4.2.1.3 Indicação contínua

O detetor de tensão deve dar uma indicação contínua unicamente quando os elétrodos de contacto estão em contacto direto com uma peça nua em tensão da instalação.

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4.2.1.4 Indicação sucessiva

Os detetores de tensão que indicam mais do que uma tensão em funcionamento devem ser concebidos e construídos de modo a que quando for indicada a presença de uma tensão em funcionamento, todos os indicadores de tensões em funcionamento inferiores a este nível devam também indicar a presença de tensão. O detetor de tensão deve indicar o aumento de uma tensão na sequência do nível de indicação mais baixo ao mais alto e a diminuição no caso inverso.

4.2.2 Percetibilidade clara

4.2.2.1 Indicação visual

A indicação deve ser claramente visível para o utilizador na posição de trabalho e nas condições normais de iluminação.

Quando mais do que uma indicação visual é fornecida pela mesma fonte de iluminação, a mudança de indicação não deve apoiar-se apenas na alteração da cor desta fonte de luz. Devem ser utilizadas características complementares como formas distintas de sinais de luzes ou luzes intermitentes.

Em caso de fontes de iluminação separadas fisicamente e cada uma delas fornece uma única indicação visual, poderá ser utilizada luz de apenas uma cor, não são necessárias características complementares.

NOTA: Em caso de indicação sucessiva, todas as fontes luminosas são consideradas partes da mesma indicação visual.

4.2.2.2 Indicação sonora (quando disponível)

A indicação deve ser perfeitamente audível para o utilizador na posição de trabalho e nas condições normais de ruído.

Quando é utilizado mais do que um sinal sonoro, a indicação não deve depender apenas da percetibilidade de sons de níveis de pressão acústica diferentes. Devem ser utilizadas características complementares, tais como a tonalidade ou a intermitência dos sinais sonoros.

4.2.3 Influência da temperatura e da humidade na indicação

Existem duas categorias de detetores de tensão de acordo com as condições climáticas de funcionamento: normal (N) e especial (S).

O detetor de tensão deve funcionar corretamente nas condições de temperatura e humidade da sua categoria climática, como especificado no Quadro 1. A categoria climática N corresponde aos valores extremos absolutos do tipo de clima “temperado quente seco” como apresentado no Quadro 3 da IEC 60721-2-1. A categoria climática S é uma extensão de 15 ºC de cada um dos limites de temperatura da categoria climática N.

A indicação sonora poderá ser afetada por temperaturas muito baixas, contudo em todos os casos a indicação sonora deve ser percetível.

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Quadro 1 – Categorias climáticas dos detetores de tensão

Categoria climática Gamas de condições climáticas de funcionamento

Temperatura ºC

Temperatura mais elevada com uma HR. > 95 %

ºC

Humidade absoluta máxima

g.m-³

(N) normal -15 a +45 +31 30

(S) especial -30 a +60 +31 30

4.2.4 Influência da frequência para os detetores de tensão alternada

Um detetor de tensão concebido para utilização em corrente alternada deve funcionar corretamente entre 97 % e 103 % de cada uma das suas frequências nominais.

4.2.5 Influência da ondulação para os detetores de tensão contínua

Um detetor de tensão concebido para utilização em corrente contínua deve funcionar corretamente sobre influência de uma taxa de ondulação de pico de 4 %.

4.2.6 Tempo resposta

O tempo de resposta de um detetor de tensão deve ser inferior a 1 s.

Se o tempo de resposta exceder os 500 ms, deve ser incluído nas instruções de utilização uma informação indicando os tempos de resposta.

4.2.7 Fiabilidade da fonte de alimentação

Um detetor de tensão com alimentação integrada deve dar uma indicação clara até que a fonte se esgote, exceto quando o seu uso está limitado por uma indicação de indisponibilidade, como mencionado nas instruções de utilização.

4.2.8 Elemento de ensaio

Os detetores de tensão cuja deteção de tensão depende de uma alimentação integrada devem possuir um elemento de ensaio integrado. Neste caso, o detetor de tensão deve dar uma indicação de “pronto” ou “indisponível”, de acordo com as instruções de utilização.

Para detetores de tensão sem alimentação integrada, o fabricante deve disponibilizar um elemento de ensaio integrado ou separado.

O elemento de ensaio, quer seja integrado ou separado, deve ser capaz de ensaiar todos os circuitos elétricos, inclusive a fonte de energia (caso exista), o funcionando da indicação e a continuidade dos cabos. Quando não é possível ensaiar todos os circuitos, qualquer limitação deve ser declarada expressamente nas instruções de utilização. Estes circuitos devem ser construídos com uma alta fiabilidade.

O tipo e as características de tais elementos de ensaio devem ser explicados nas instruções de utilização (ver Anexo C).

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4.2.9 Tempos de funcionamento

O detetor de tensão deve poder funcionar corretamente durante o tempo de funcionamento especificado, para as condições mais extremas de tensão em utilização normal. O tempo de funcionamento mínimo deve ser de 30 s.

4.3 Requisitos elétricos

4.3.1 Material isolante

As características dos materiais isolantes devem ser adaptadas (natureza do material, dimensões) para suportarem as solicitações elétricas normalmente encontradas em serviço.

Os invólucros não metálicos que asseguram proteção contra o perigo de choque elétrico devem possuir um índice de resistência ao rastejamento (IRR) de pelo menos 400, de acordo com o IEC 60112.

De acordo com 7.3.1.1 do IEC 61140 para os materiais de classe II, o detetor de tensão deve ser concebido de modo a que as partes condutoras acessíveis e as superfícies acessíveis das partes do material isolante sejam:

separadas de partes ativas perigosas por uma dupla isolação ou reforçada, ou

concebidas por construção para assegurar uma proteção equivalente (por exemplo, um dispositivo de impedância de proteção).

4.3.2 Proteção contra os choques elétricos

As partes acessíveis não devem ser perigosas. O compartimento da bateria não é considerado acessível se for necessário uma ferramenta para o abrir.

As características nominais da isolação de um detetor de tensão devem ser tais que a corrente de fuga seja limitada em condições secas e húmidas a:

0,5 mA eficazes ou 2 mA em corrente contínua em condições normais,

3,5 mA eficazes ou 10 mA em corrente contínua em condições de primeiro defeito,

de acordo com o procedimento de ensaio de 5.4.2.1.

Se um defeito puder provocar um perigo, a segurança das conexões da cablagem elétrica submetidas a solicitações mecânicas não devem depender de soldaduras.

Por razões de segurança, os materiais seguintes não deverão ser usados como isolação (ver 6.7.1 da IEC 61010-031):

materiais que podem ser facilmente danificados (por exemplo, laca, esmalte, óxidos, película de anódico,

materiais higroscópicos não impregnados (por exemplo, papel, fibras, materiais fibrosos).

4.3.3 Elementos limitadores de corrente

A corrente que circula no circuito de deteção do detetor de tensão deve ser limitada por impedância.

Não é permitida a utilização de fusíveis nos circuitos de deteção de tensão; o seu uso é apenas permitido para a verificação das funções do circuito (ver B.6).

4.3.4 Distâncias mínimas de isolamento e linhas de fuga

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NPEN20

p.

4.3

A det

Le1

2

3

4

5 6

7

8

Fi

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3.4.1 Genera

Figura 1 ilutetor de tensã

Figura 2

egenda: impedânciaslimitadores dintegridade =

parte condut

pista de cobr

invólucro

placa de circ barreira

superfície de

cordão

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3

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veis a um

vel

de tensão

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4.3.4.2 Distâncias de isolamento

Os detetores de tensão devem no mínimo ser da categoria de sobretensão III, de acordo com a IEC 60664-1.

Para a isolação principal e a isolação suplementar, as distâncias de isolamento devem satisfazer aos requisitos do Quadro 2 de acordo com as tensões nominais e as categorias de sobretensão dos detetores de tensão. Esse quadro baseia-se no Quadro F.2 da IEC 60664-1 – distâncias mínimas de isolamento no ar para campos heterogéneos (caso A).

Para a isolação reforçada, as distâncias de isolamento devem satisfazer aos requisitos do Quadro 3 de acordo com as tensões nominais e as categorias de sobretensão dos detetores de tensão.

Quadro 2 – Distancias mínimas para isolação simples e para isolação suplementar

Tensão fase-neutro derivada da tensão nominal c.a.. ou

c.c e até inclusive V

Tensão estipulada de choque para uma categoria de

sobretensão III V

Distancia mínima de isolamento

mm

Tensão estipulada de choque para uma

categoria de sobretensão IV V

Distância mínima de isolamento

mm

50 800 0.2 1500 0,5

100 1500 0.5 2500 1,5

150 2500 1.5 4000 3,0

300 4000 3.0 6000 5,5

600 6000 5.5 8000 8,0

1000 8000 8.0 12 000 14

Quadro 3 – Distancias mínimas para isolação reforçada

Tensão fase-neutro derivada da tensão nominal c.a.. ou

c.c e até inclusive V

Tensão estipulada de choque para uma categoria de

sobretensão III V

Distancia mínima de isolamento

mm

Tensão estipulada de choque para uma

categoria de sobretensão IV V

Distancia mínima de isolamento

mm

50 1500 0.5 2500 1,5

100 2500 1.5 4000 3

150 4000 3 6000 5,5

300 6000 5.5 8000 8

600 8000 8 12 000 14

1000 12 000 14 19 200(nota 2) 24

NOTA 1: De acordo com 5.1.6 da IEC 60664-1: "As distâncias de isolamento da isolação reforçada são dimensionadas conforme especificado no Quadro F.2 (de IEC 60664-1) correspondendo à tensão estipulada suportável ao choque imediatamente superior na série preferencial de 4.2.3 (da IEC 60664-1) do que o especificado para a isolação principal".

NOTA 2: De acordo com 5.1.6 da IEC 60664-1, se a tensão suportável ao choque requerida a para isolação principal é diferente de um valor da série preferencial, a isolação reforçada é dimensionado para suportar 160 % da tensão suportável de choque requerida para a isolação principal (19 200 V = 160 % de 12 000 V).

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4.3.4.3 Linhas de fuga

Para a isolação principal e a isolação suplementar, as linhas de fuga devem estar de acordo com o Quadro F.4 da IEC 60664-1. Os valores para a isolação reforçada correspondem ao dobro dos atribuídos à isolação principal.

A linha de fuga deve ter sempre no mínimo um comprimento pelo menos igual ao valor especificado para a distância de isolamento. Se a linha de fuga determinada é menor que a distância de isolamento, a linha de fuga deve ser aumentada até ao valor da distância de isolamento.

O grau de poluição a ter em conta no interior do invólucro deve ser 2. Este valor pode ser reduzido no caso de múltiplas camadas, circuitos revestidos ou moldados de acordo com a IEC 60664-3.

O grau de poluição a ter em conta na superfície exterior deve ser no mínimo 2.

4.3.5 Proteção contra as solicitações elétricas

Os detetores de tensão devem suportar corretamente as solicitações elétricas suscetíveis de ocorrer nas instalações para as quais foram concebidos. Essas solicitações elétricas incluem:

sobretensões transitórias;

sobretensões temporárias.

NOTA: As sobretensões transitórias podem ser atribuídas a manobras na rede, particularmente nas manobras de condensadores, e na maior parte das vezes, à substituição de cargas indutivas e descargas atmosféricas.

As sobretensões temporárias podem ser atribuídas a defeitos, ao deslastre de cargas ou ou a fenómenos de ressonância e/ou de ferro-ressonância. Resultantes essencialmente de sobretensões que ocorrem quando de um defeito à terra.

4.3.6 Cordão(ões)

Os cordões devem ser compatíveis com os valores de tensão máxima e de corrente máxima atingida em utilização normal de um detetor de tensão.

4.3.7 Ponta de toque

As pontas de toque devem ser compatíveis com os valores de tensão máxima e de corrente máxima atingida em utilização normal de um detetor de tensão. As partes condutoras devem ser separadas da superfície de suporte por uma dupla isolação ou uma isolação reforçada (ver Figura 1).

O elétrodo de contacto não deve possuir um gancho para uma conexão permanente.

4.3.8 Conectores (caso existam)

Os conectores devem ser concebidos para assegurar a conformidade com os elementos a) i) e c) i) da secção 6.4.1 da IEC 610-031.

4.3.9 Interruptores de carga temporária acessíveis no circuito de deteção (caso existam)

Interruptores que permitem o contacto temporário de uma carga devem ser compatíveis com os valores de tensão máxima e de corrente máxima atingida em uso normal de um detetor de tensão. A distância entre os contactos deve fornecer, no mínimo, uma isolação principal. As partes condutoras devem ser separadas da superfície de suporte por uma dupla isolação ou reforçada.

O órgão de manobra do interruptor deve resistir às manipulações durante a duração de vida do detetor de tensão.

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4.4 Requisitos mecânicos

4.4.1 Conceção

O detetor de tensão deve compreender duas pontas de toque com cordão(ões) e um indicador visual (monitor). Cada ponta de toque deve possuir um elétrodo de contacto metálico. As pegas devem ser munidas de um protetor de mão (ver Figura 2).

Figura 2a – Exemplo de um detetor de tensão, com o indicador integrado na sonda

Figura 2b – Exemplo de um detetor de tensão, com o indicador não integrado na sonda

Legenda: 1 indicador 7 ponta de toque 2 parte condutora acessível 8 cordão 3 parte não isolada do elétrodo de contacto LB comprimento da parte não isolada do elétrodo de contacto 4 invólucro do indicador LG comprimento da pega 6 parte isolada do elétrodo de contacto

protetor de mão L1 distancia entre a parte não isolada do elétrodo de contacto e o

protetor de mão

Figura 2 – Detetor de tensão

Dimensões em milímetros

Dimensões em milímetros

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O detetor de tensão deve ser concebido para que, quando em uso, os dois elétrodos de contacto e o indicador estejam no campo de visão do utilizador.

Não são permitidos grampos nos detetores de tensão.

4.4.2 Dimensões, construção

O comprimento LB (ver Figura 2) da parte não isolada do elétrodo de contacto deve ser inferior a 19 mm.

O diâmetro da parte não isolada do elétrodo de contacto não deve exceder 4 , mm.

A distância de LI entre a parte do elétrodo de contacto não isolada em uso e o protetor de mão deve ser, no mínimo, 45 mm (ver Figura 2).

A altura do protetor de mão devem ser de pelo menos 5 mm acima da base da pega e deve cobrir pelo menos 50 % do perímetro da ponta de toque (ver Figura 2).

Quando o detetor comporta partes condutoras acessíveis, elas devem ser concebidas para evitar os curto-circuitos ou os choques elétricos. Elas não devem estar situadas entre o elétrodo de contacto e a proteção de mão. A dimensão máxima da superfície condutora, medida em qualquer direção, não deve exceder 19 mm.

A pega deve ter um comprimento LG, de pelo menos 70 mm (ver Figura 2).

4.4.3 Grau de proteção assegurado pelos invólucros

O funcionamento do detetor de tensão não deve ser afetado pela penetração de poeiras e de água.

O grau de proteção de todos os invólucros do detetor de tensão deve pelo menos satisfazer aos requisitos de um IP54 para um equipamento de categoria 2 (ver IEC 60529), exceto o seguinte:

os pontos de desconexão dos cordões amovíveis devem satisfazer pelo menos aos requisitos de um IP2X (ver 4.4.11);

as partes mecânicas ativas de uma ponta de toque localizada à frente da proteção de mão (por exemplo, cursor, defletor deslizante, proteções, etc.), se existirem, devem satisfazer pelo menos aos requisitos de um IP2X.

4.4.4 Resistência à vibração

O detetor de tensão deve suportar as vibrações sinusoidais retilíneas tal como especificado em 5.5.4.

4.4.5 Resistência a quedas

O detetor de tensão deve resistir a quedas tal como especificado em 5.5.6.

4.4.6 Resistência a choques

O detetor de tensão deve suportar choques mecânicos tal como especificado em 5.5.6.

4.4.7 Possibilidade de desmontagem

Não devem ser possível proceder à desmontagem dos invólucros do detetor de tensão, ou deve ser indicado de forma indiscutível (por exemplo selagem, chumbo) que ocorreu uma desmontagem. Este requisito não se aplica aos compartimentos das baterias ou às conexões dos cordões.

A abertura do compartimento da bateria não deve originar um perigo. Todas as peças de montagem devem ser cativas.

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4.4.8 Temperatura da superfície

A temperatura das superfícies que podem ser tocadas facilmente não devem exceder os valores especificados em 5.5.8 na condição normal e na condição de primeiro defeito, à temperatura ambiente máxima de acordo com a categoria climática do detetor de tensão.

4.4.9 Resistência ao calor

As partes dos invólucros de um detetor de tensão fabricadas de materiais isolantes devem possuir uma resistência ao calor adequada.

4.4.10 Pontas de toque

As pontas de toque devem satisfazer aos requisitos mecânicos da IEC 61010-031.

As partes isoladas dos elétrodos de contacto devem suportar um ensaio de aderência do material isolante.

NOTA: Para os requisitos de comprimento máximo e diâmetro máximo do elétrodo de contacto, ver 4.4.2.

4.4.11 Cordão (ões)

Além das solicitações devidas à utilização normal do detetor de tensão, os cordões devem suportar as solicitações específicas devido à sua utilização normal.

A secção da alma dos cordões flexíveis monocondutores não deve ser inferior a 0,75 mm2. A secção da totalidade das almas dos cordões multicondutores não deve ser inferior a 1,0 mm2.

A fixação do cordão deve suportar as solicitações normais da utilização sem danos que possam originar um perigo.

Não devem ser usadas soldaduras simples sem aperto mecânico para libertação de esforço.

A isolação do cordão deve ser mantida mecanicamente para evitar retração.

Para os cordões amovíveis, a conceção do conector que encaixa no indicador deve possuir um grau de proteção IP2X e um perfil fêmea. Além disso, todos os outros pontos de desconexão devem possuir pelo menos um grau de proteção IP2X.

Para os cordões amovíveis, a conceção do conector deve evitar que o cordão se desloque em demasia do invólucro do indicador sob o efeito de uma solicitação de tração.

4.5 Marcação

4.5.1 Generalidades

As marcações devem ser duráveis e facilmente legíveis por uma pessoa com boa visão ou visão corrigida sem ampliação adicional.

4.5.2 Marcações no indicador

O indicador deve ter os seguintes elementos de marcação com uma altura das letras de pelo menos 3 mm:

a tensão nominal máxima;

o símbolo IEC 60417-5216 (DB:2002-10) – Apropriado aos trabalhos em tensão; duplo triângulo – e o número da norma IEC que se aplica (IEC 61243-3) adjacente ao símbolo.

NOTA 1: A relação exata da altura da figura com a base do triângulo é de 1,43. Por uma questão prática, esta relação poderá situar-se entre os valores de 1,4 e 1,5.

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a categoria de sobretensão adjacente à tensão de neutro máxima de acordo com a IEC 60664-1;

“tensão alternada.” ou o símbolo IEC 60417-5032 (DB:2002-10) - Corrente alternada incluindo a ou as frequências nominais ou a gama de frequências nominais, se aplicável;

“tensão contínua” ou o símbolo IEC 60417-5031 (DB:2002-10) - Corrente contínua, se aplicável;

“tensão alternada/contínua.” ou o símbolo IEC 60417-5033 (DB:2002-10) – Corrente alternada ou contínua, se aplicável.

Adicionalmente, cada indicador deve ter no mínimo os elementos seguintes de marcação mas com uma altura de letra inferior, na proporção de 2 com a marcação anterior e com a altura mínima de 1,5 mm:

a indicação da ou das tensão(ões) nominal(is) ou a(s) gama(s) de tensões nominais;

se necessário, dois ou três valores de tensão ou uma gama de tensões ou qualquer outra informação (por exemplo, sob a forma de símbolos de acordo com IEC 60417-1 e a ISO 7000) devem ser dados por baixo do outro e à direita do símbolo gráfico;

a marca de origem (o nome ou a marca comercial do fabricante);

o valor de pico da corrente máxima a ocorrer para todos os sistemas integrados de indicação Is ≥ 3,5 mA, medidos nos 30 s à tensão nominal mais elevada ou à tensão mais elevada da gama de tensões nominais;

NOTA 2: A corrente que circula no detetor de tensão poderá influenciar a instalação em ensaio.

o ano de fabrico;

a gama de temperatura …°C; categoria climática opcional;

a designação de tipo;

o tempo de funcionamento e o tempo de recuperação;

o grau de proteção dos invólucros (IP);

a indicação do tipo de bateria a utilizar, no invólucro ou no interior do compartimento da bateria;

o símbolo ISO 7000-0434 – Atenção

O fabricante deve fornecer as informações relativas ao número da norma IEC com o ano de publicação com cada detetor de tensão ou com cada lote de detetores de tensão.

4.5.3 Marcação na ponta de toque e/ou no cordão

Se uma ponta de toque ou um cordão é concebido para ser utilizado com um modelo específico de detetor de tensão, este facto deve ser bem claro e o detetor de tensão específico deve ser identificado seja por marcação na ponta de toque ou do cabo ou na documentação que o acompanha.

NOTA: Informação adicional, tal como os números de série ou os números do lote, etc. pode ser incluída.

4.6 Instruções de utilização

Cada detetor de tensão deve ser acompanhado de instruções de utilização do fabricante (ver Anexo C). Essas instruções devem ser preparadas em conformidade com as disposições gerais do IEC 61477.

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4.7 Requisitos no caso de uso inadequado previsível durante os trabalhos em tensão

4.7.1 Uso inadequado da tensão alternada/contínua

A presença de uma tensão contínua excedendo o limite de MBT deve ser indicada pelos detetores de tensão concebidos unicamente para uma utilização em corrente alternada.

A presença de uma tensão alternada excedendo o limite de MBT deve ser indicada pelos detetores de tensão concebidos unicamente para uma utilização em corrente contínua.

4.7.2 Corrente à terra máxima em caso de uso inadequado

De acordo com os valores incluídos nas Figuras 20 e 22 da IEC/TS 60479-1:2005, e pela introdução de uma margem adicional de segurança para a corrente aceitável, a corrente máxima à terra no caso de uso inadequado, medida de acordo com o procedimento de ensaio de 5.8.2, não deve exceder a linha B da Figura 3 em corrente alternada e linha B da Figura 4 em corrente contínua.

NOTA: Consultar os Quadros 11 e 13 da IEC/TS 60479-1:2005 para informações adicionais sobre as zonas de corrente (AC-1, DC-1, etc.) e os efeitos fisiológicos.

Figura 3 – Corrente eficaz alternada à terra máxima em caso de uso inadequado

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Figura 4 – Corrente contínua à terra máxima em caso de uso inadequado

No caso de uso inadequado, os detetores de tensão que possam ter correntes de terra que excedam os valores dados acima, devem possuir meios de proteção suplementares de modo a evitar um contacto acidental perigoso com os elétrodos de contacto. Ambas as mãos devem ser utilizadas para colocar em funcionamento esses meios de proteção. Esses meios de proteção podem ser por exemplo:

uma proteção IP2X de cada um dos elétrodos de contacto (ver IEC 60529) quando não estão a ser utilizados;

um circuito indicador colocado em funcionamento por meio de dois interruptores que permitem um contacto temporário numa carga, um em cada ponta de toque, e sem nenhum trajeto paralelo que permita a passagem de uma corrente superior a 3,5 mA.

4.7.3 Uso inadequado em caso de um erro da tensão da rede de baixa tensão

No caso de erro na tensão da rede de baixa tensão, a aplicação de baixas tensões entre os elétrodos de contacto, independentemente da tensão nominal ou da gama de tensões nominais do detetor de tensão, não deve resultar num curto-circuito ou qualquer outro dano suscetível de causar ao utilizador choques elétricos ou queimaduras.

5 Ensaios

5.1 Generalidades

A presente Norma fornece as disposições de ensaios para demonstrar que o produto cumpre os requisitos da secção 4. Estas disposições de ensaio destinam-se essencialmente a ser usadas como ensaios de tipo permitindo validar a conceção. Quando isso é apropriado, os meios alternativos (cálculo, inspeção, ensaio, etc.) são especificados nas secções de ensaio para que os detetores de tensão completem a fase de produção.

O Anexo D especifica a lista dos ensaios de tipo a efetuar numa ordem sequencial e os ensaios de tipo a serem realizados fora de sequência.

Cada ensaio de tipo integrado na sequência deve ser efetuado nos mesmos três detetores de tensão.

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Três detetores de tensão adicionais ou três amostras devem ser utilizados para efetuar cada ensaio de tipo fora da sequência, com exceção da secção 5.2.2 que é efetuada apenas num detetor de tensão.

Se mais de um detetor de tensão não passar um ensaio, o ensaio falhou. Se apenas um detetor de tensão falhar, toda a sequência para os ensaios de tipo deve ser repetida noutros três detetores de tensão. Se novamente um dos detetores de tensão não passar, o ensaio de tipo é considerado como falhado.

NOTA: No caso particular de 5.2.2, o ensaio de tipo é considerado como falhado se o detetor de tensão não passar o ensaio.

Os ensaios nas condições de primeiro defeito devem estar em conformidade com a secção 4.4 da IEC 61010-1.

Uma vez que os ensaios em condições de primeiro defeito poderão ser destrutivos, estes poderão suceder aos ensaios em condições de referência.

Salvo indicação em contrário nas secções dos ensaios individuais aplica-se o seguinte:

Os ensaios funcionais devem ser efetuados à frequência nominal do detetor de tensão. Quando um detetor de tensão funciona a mais de uma frequência nominal ou para uma gama de frequências nominais, os ensaios devem ser efetuados às frequências mínima e máxima.

Os ensaios devem ser efetuados à temperatura ambiente de (23 ± 5) ºC e a uma humidade relativa entre 30 % e 75 %.

No caso dos ensaios de tipo, os detetores de tensão devem ser armazenados à temperatura ambiente de (23 ± 5) °C durante pelo menos 5 h antes do início dos ensaios.

As correntes e tensões alternadas especificadas para os ensaios são dadas em valores eficazes.

Para um ensaio de tensão contínua, deve ser utilizada uma fonte de tensão cuja ondulação de pico não exceda 1 %.

A exatidão da medição dos parâmetros que se seguem deve ser:

tensão de ensaio (c.a./c.c): ± 3 %

tensão de ensaio (choque): ± 5 %

corrente: ± 1,5 %

frequência: ± 0,2 %

temperatura: ± 2 K

humidade relativa: ± 3 %

duração da tensão de choque: ± 20 %

duração (duração de ensaio); ± 1 %

Deve ser usada uma tolerância de ± 0,1 mm para as dimensões do detetor de tensão.

As dimensões de montagens de ensaio devem satisfazer ao nível Js18 de acordo com a ISO 286-1 e a ISO 286-2.

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5.2 Ensaios relativos aos requisitos gerais

5.2.1 Indicação

Os requisitos de indicação devem ser verificados por inspeção. Esta inspeção deve verificar a alteração do estado de cada sinal visual e sonoro (caso exista) através da aplicação de tensão apropriada.

A inspeção deve ser considerada bem-sucedida se os requisitos em 4.1.2 forem satisfeitos.

5.2.2 Compatibilidade Eletromagnética (CEM)

5.2.2.1 Ensaio de tipo

Os detetores de tensão devem ser submetidos e devem passar os ensaios da IEC 61326-1 que se aplicam para:

os requisitos de imunidade dos equipamento destinados a localizações industriais (Quadro 2 e Anexo A da IEC 61326-1), e

os requisitos de limite de emissão dos equipamentos de classe A (7.2 da IEC 61326-1).

O detetor de tensão deve estar configurado num modo que represente as condições de utilização normais de acordo com as instruções de utilização.

Durante os ensaios, o detetor de tensão deve ser conectado a uma fonte de tensão (alternada e/ou contínua de acordo com o tipo de detetor de tensão) regulada inicialmente para o valor MBT correspondente e de seguida para um ensaio à tensão nominal máxima do detetor de tensão.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se as indicações relevantes não forem afetadas.

5.2.2.2 Meio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

Depois de terminada a fase de produção, não é prático efetuar os ensaios de CEM para verificar a conformidade aos requisitos relevantes. No entanto, o fabricante deve provar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem que para o dispositivo de ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o CEM.

5.3 Ensaios relativos aos requisitos funcionais

5.3.1 Indicação clara

5.3.1.1 Tensão de limiar

5.3.1.1.1 Regulação e alteração da escala

Deve ser verificado por inspeção que:

o utilizador não tem acesso à regulação da tensão de limiar, e

não está acessível nenhum comutador de escala.

5.3.1.1.2 Valor(es) da tensão de limiar

Os elétrodos de contacto do detetor de tensão devem ser conectados a uma fonte de tensão (c.a. ou c.c, de acordo com o tipo de detetor de tensão).

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A tensão de ensaio deve ser aumentada, e cada valor de tensão correspondente a uma mudança de estado do sinal deve ser distinto.

O ensaio deverá ser considerado bem-sucedido se o valor ou os valores da tensão satisfazem aos requisitos de 4.2.1.1 para a(as) tensão(ões) de limiar.

Para um detetor de tensão c.a./c.c. o ensaio deve ser efetuado para cada tipo de tensão.

5.3.1.2 Indicação MBT

5.3.1.2.1 Ensaio de tipo

Para detetores de tensão com alimentação integrada, a fonte de alimentação deverá ser removida antes do ensaio.

Os elétrodos de contacto do detetor de tensão devem ser conectados a uma fonte de tensão (c.a. ou c.c. de acordo com o tipo de detetor de tensão). A fonte de tensão deve ser regulada para o valor de tensão MBT

com a tolerância aceitável de %05 .

O ensaio deve ser efetuado com e sem ativação dos interruptores de carga temporária (caso existam).

No caso de detetores de tensão que utilizam dispositivos limitadores de corrente, o ensaio consiste em fazer circular no circuito de deteção uma corrente suficiente para fazer funcionar a proteção e a verificar imediatamente a indicação MBT.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se a indicação MTB aparecer em todos os casos.

Para um detetor de tensão c.a./c.c. o ensaio deve ser efetuado para cada tipo de tensão.

5.3.1.2.2 Ensaio alternativo para os detetores de tensão com alimentação integrada que tenham completado a fase de produção

Para os detetores de tensão com alimentação integrada, o ensaio alternativo consiste em efetuar o ensaio de tipo referido em 5.3.1.2.1 sem retirar a alimentação integrada.

5.3.1.3 Indicação contínua

5.3.1.3.1 Indicação unicamente quando de um contacto com uma parte nua

A tensão de ensaio deve ser ajustada para a tensão nominal máxima do detetor de tensão.

Um elétrodo de contacto do detetor de tensão deve ser conectado a um polo da fonte de tensão (c.a. ou c.c. de acordo com o tipo do detetor de tensão). O outro elétrodo de contacto deve ser movido lentamente em direção ao segundo polo da fonte de tensão até se encontrar a 2 mm de estabelecer contacto.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se não existir indicação da presença de uma tensão indicativa. É permitida a indicação de MBT.

Para um detetor de tensão c.a./c.c., o ensaio deve ser efetuado para cada tipo de tensão.

5.3.1.3.2 Influência de um campo eletromagnético

Os ensaios de influência do campo eletromagnético são incluídos nos ensaios de 5.2.2 para compatibilidade eletromagnética.

NOTA: Um ensaio para a imunidade ao campo magnético à frequência da rede (Quadro 2 da IEC 613326-1) é incluído no Anexo A da IEC 61326-1, ele trata os requisitos para os equipamentos concebidos para utilização em locais industriais.

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5.3.1.3.3 Influência de uma tensão de interferência (opcional)

5.3.1.3.3.1 Ensaio de tipo

O detetor de tensão deve estar conectado entre o ponto A e o ponto B da montagem de ensaio especificada na Figura 5. A tensão de ensaio alternada deve corresponder à tensão nominal máxima do detetor de tensão.

Legenda: V tensão de ensaio A e B pontas de ensaio C1 condensador de 1500 pF C2 condensador de 3900 pF C3 condensador de 3900 pF

Figura 5 – Ensaio de montagem para a influência da tensão de interferência

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se não aparecer nenhuma indicação de presença de tensão.

5.3.1.3.3.2 Meios alternativos no caso dos detetores de tensão terem completado a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o dispositivo submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetarem o desempenho do detetor de tensão no que diz respeito à influência de uma tensão de interferência.

5.3.1.4 Indicação por passos

O ensaio de indicação por passos pode ser combinado com o ensaio para os valores da tensão de limiar verificando adicionalmente que a indicação de nível satisfaz aos requisitos de 4.2.1.4 quando a tensão decresce.

5.3.2 Percetibilidade clara da indicação visual

5.3.2.1 Ensaio de tipo

O ensaio deve ser efetuado ao limite MBT e a uma tensão de ensaio correspondendo a 0,85 vezes a tensão nominal ou a 0,85 vezes o nível particular da gama de tensões nominais a uma tensão c.a. ou c.c. ou à tensão nominal mais baixa da gama de tensões nominais a uma tensão c.a. ou c.c. Para um detetor de tensão

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p. 31 de 71

c.a./c.c., o ensaio deve ser efetuado para cada tipo de tensão. A tolerância permissível para a tensão de ensaio

deve ser %05 .

Para um detetor de tensão com uma alimentação integrada, esta deve ser descarregada até aparecer a indicação de indisponível, tal como mencionado nas instruções de uso.

NOTA: A duração do ensaio poderá ser reduzida fornecendo a alimentação ao detetor através de uma fonte externa com um nível de energia suficiente.

O detetor de tensão deve ser colocado numa câmara com um baixo nível de reflexão luminosa e fixo de modo a que possa ser rodado em torno do eixo horizontal do monitor de visualização e possa ser rodado em torno do seu eixo longitudinal. A uma distância de 150 mm atrás do eixo horizontal rotativo, uma superfície cinzenta mate com cor de identificação IEC 60304 'cinzento' (por exemplo, uma parede pintada ou resguardo de papel) com um diâmetro de pelo menos 500 mm deve ser disposta verticalmente na divisão de tal modo que o seu centro esteja atrás do indicador do detetor de tensão.

O detetor de tensão e a superfície cinzenta mate devem ser iluminados por uma luz branca difusa fornecida por duas fontes de halogénio colocadas a pelo menos 1 m do detetor de tensão, em conformidade com a Figura 6. A disposição deve ser tal que a luz refletida pela superfície cinzenta mate para o indicador de tensão tenha uma iluminação de 3500 lx. Para detetores de tensão com uma tensão nominal ou gama de tensões nominais que comecem abaixo do limite de indicação MBT, a iluminação deve também ser de 3500 lx para a gama de indicação <50 V.

A uma distância de 750 mm do detetor de tensão, a barreira para o observador deve ser disposta como demonstra a secção 5 da Figura 6.

O detetor de tensão deve ser orientado da sua posição inicial vertical para um ângulo de 15º e depois retornar à sua posição inicial, o monitor do indicador deve então ser virado por meio de rotação em torno do eixo longitudinal do detetor de um ângulo de 10° para a direita e para a esquerda de modo a identificar a posição mais desfavorável da indicação.

O ensaio deve ser levado a cabo consecutivamente por três observadores com visão mediana. O observador coloca a sua testa contra a barreira. A tensão deve ser então aplicada entre os dois elétrodos de contacto do detetor de tensão com o monitor do indicador na posição mais desfavorável.

A tensão de ensaio deve ser conectada e desconectada várias vezes em intervalos de tempo irregulares, desconhecidos pelo observador.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se cada um dos três observadores conseguir ver claramente cada indicação visual.

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NPEN20

p.

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32 de 71

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5.3.3 Percetibilidade clara da indicação sonora (quando disponível)

5.3.3.1 Ensaio de tipo

O ensaio deve ser efetuado no limite de MBT e a uma tensão de ensaio correspondendo a 0,85 vezes a tensão nominal ou 0,85 vezes o nível particular da gama de tensões nominais e a 0,85 vezes a tensão nominal mais baixa da gama de tensões nominais com uma tensão c.a. ou c.c. Para um detetor de tensão c.a./c.c., o ensaio

deve ser efetuado para cada tipo de tensão. A tolerância permitida para a tensão de ensaio deve ser de 0-5

%.

Para um detetor de tensão com uma alimentação integrada, ele deve ser descarregado até que apareça a indicação de não disponível tal como mencionado nas instruções de utilização.

NOTA: A duração do ensaio poderá ser reduzida alimentando o detetor de tensão uma fonte externa com um nível de energia suficiente.

Os níveis de pressão acústica devem ser medidos de acordo com as especificações da ISO 3744, relativas aos requisitos principais (classe de exatidão 2, superfície de medida, posições do microfone, ruído de fundo, etc.), com exceção do facto de as medidas serem levadas a cabo num campo livre, sem o plano refletor referido na ISO 3744.

O coeficiente de absorção do ambiente deve ser de pelo menos 0,9 Hz a 700 Hz (ver ISO 354). As medições poderão ser efetuadas numa câmara anecoica em conformidade com a norma ISO 3745. Neste caso as condições de absorção requeridas são naturalmente cumpridas. Numa camara semi-anecoica ou qualquer outro ambiente de campo livre num plano refletor em conformidade com a ISO 3744, a absorção do plano refletor pode em geral ser obtida cobrindo essa superfície com um material absorvente com uma espessura aproximada de 20 cm e uma superfície mínima de 2 m x 2 m.

Além disso, o nível de ruído de fundo da câmara deve ser de pelo menos 6 dB, mas de preferência de 15 dB, abaixo do ruído do detetor de tensão em ensaio, no interior da gama de frequência considerada.

O sistema de instrumentação, incluindo o microfone e cabos associados, deve estar em conformidade com os requisitos para instrumento de classe 1 tal como especificado na IEC 61672-1 para os sonómetros (requerido para um sinal contínuo) ou para os sonómetros integradores de médias (requerido para um sinal intermitente). Os filtros usados devem estar em conformidade com os requisitos para instrumentos de classe 1 tal como especificado na IEC 61260.

Durante cada série de medições, um calibrador acústico de uma exatidão de classe 1 especificada na IEC 60942 deve ser aplicado ao microfone para verificar a calibração de todo o sistema de instrumentação.

A superfície de medição deve ser um hemisfério de raio r = 1 m com dez posições de microfone. O detetor de tensão em ensaio deve ser colocado de modo a que o emissor acústico é orientado em direção ao ponto 10. O emissor acústico deve coincidir com o centro do sistema de coordenadas da superfície hemisférica de medição (ver Figura 7) e deve estar localizado pelo menos a 250 mm acima da superfície de absorção do solo (por exemplo, 250 mm acima do material absorvente dos sons quando as medições são efetuadas numa câmara semi-anecoica modificada).

O nível de pressão acústica deve ser medido na gama de frequências de 1000 Hz a 4000 Hz, com a rede de níveis ponderados A. Antes de serem efetuadas as medições, deve ser verificado se o detetor de tensão em ensaio radia de forma dominante dentro dessa gama de frequências. O nível ponderado A de pressão acústica temporal médio deve ser medido, para uma emissão acústica intermitente ou contínua, a cada posição do microfone (pontos 1 a 10 tal como descrito na Figura 7). Quando a diferença entre o nível de pressão acústica medido com o detetor de tensão em ensaio e o nível de ruído de fundo está compreendido entre 6 dB e 15 dB, as correções devem ser aplicadas aos valores medidos, de acordo com a secção 8.3 da ISO 3744. Os

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p.

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P N 61243-3013

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O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se os valores dos níveis ponderados A de pressão acústica temporais médios, quer para o ponto 10 e para a média obtida dos pontos 1 a 10, são iguais a ou excedem: 58,5 dB para som contínuo;

55,5 dB para som intermitente.

5.3.3.2 Ensaio alternativo para detetores de tensão que completaram a fase de produção

O ensaio alternativo consiste em comparar a percetibilidade da indicação sonora de um detetor de tensão que completou a fase de produção com um detetor de tensão que passou o ensaio de tipo de acordo com 5.3.3.1 (detetor de tensão de referência).

5.3.4 Influência da temperatura e da humidade sobre a indicação

5.3.4.1 Verificação da tensão de limiar e da indicação de MBT

5.3.4.1.1 Ensaio de tipo

Deve ser conferida a tensão limiar do detetor de tensão de acordo com 5.3.1.1.2 e a indicação de ELV de acordo com 5.3.1.2.1 para cada das três seguintes condições climáticas da sua categoria climática.

Quadro 4 – Parâmetros a serem observados para verificar a dependência climática

Categoria climatérica Temperatura ºC

Humidade relativa %

Humidade absoluta g/m3

N

-15 - -

+31 95 30

+45 45 30

S

-30 - -

+31 95 30

+60 24 30

O detetor de tensão deve ser colocado numa divisão climatizada regulada por cada conjunto de ensaios de condições climatéricas do Quadro 4, e deve ser mantido na divisão de ensaios durante 2 h antes de serem realizados os ensaios. O detetor de tensão deve ser mantido na divisão climatérica durante o ensaio.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se para as três condições climatéricas da categoria climatérica do detetor de tensão os decretos 5.3.1.1.2 e 5.3.1.2.1.forem cumpridos.

NOTA: Para a categoria S, ao ser efetuado o ensaio à temperatura mais baixa, qualquer fonte de energia interna pode ser removida do detetor de tensão durante o arrefecimento e substituída no detetor de tensão logo antes de ser efetuado o ensaio em tensão.

5.3.4.1.2 Meios alternativos para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

Depois de terminada a fase de produção não é útil efetuar ensaios abaixo das condições climáticas para verificar a conformidade com os requisitos pertinentes. Não obstante, o fabricante deve provar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho do ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar componentes suscetíveis de afetar a dependência da temperatura e da humidade.

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5.3.4.2 Verificação da percetibilidade das indicações visuais e sonoras

5.3.4.2.1 Ensaio de tipo

Este ensaio poderá ser combinado com 5.3.4.1.1.

O ensaio de percetibilidade clara da indicação visual consiste em comparar a percetibilidade da indicação visual do detetor de tensão numa câmara climática com a de um detetor de tensão ensaiado de acordo com 5.3.2.1, mas mantido nas condições climáticas ambiente. O ensaio deverá ser considerado bem-sucedido se ambas as percetibilidades forem idênticas.

O ensaio para percetibilidade da indicação sonora deverá ser considerado bem-sucedido se os sinais sonoros (caso existam) forem percetíveis enquanto o detetor de tensão estiver na divisão climatizada.

5.3.4.2.2. Meios alternativos para os detetores de tensão que completaram a fase de produção

Depois de terminada a fase de produção não é prático efetuar os ensaios climáticos para verificar a conformidade aos requisitos pertinentes. Não obstante, o fabricante deve provar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o desempenho climático.

5.3.5 Influência da frequência para os detetores de tensão alternada

5.3.5.1 Verificação da tensão de limiar e da indicação MBT

5.3.5.1.1 Ensaio de tipo

Para um detetor de tensão alternada, os ensaios das secções 5.3.1.1.2 e 5.3.1.2.1 devem ser repetidos aos 97 % e aos 103 % de cada frequência nominal do detetor de tensão ou, no caso de uma gama de frequências, a 97 % na frequência nominal mínima e a 103 % da frequência nominal máxima da gama de frequências.

Os ensaios devem ser considerados bem-sucedidos se as secções 5.3.1.1.2 e 5.3.1.2.1 forem satisfeitas.

5.3.5.1.2 Meios alternativos para os detetores de tensão que completaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o desempenho da frequência.

5.3.5.2 Verificação da percetibilidade das indicações visual e sonora

5.3.5.2.1 Ensaio de tipo

Os ensaios de acordo com as secções 5.3.2.1 e 5.3.3.1 devem ser completados a 97 % e a 103 % de cada frequência nominal do detetor de tensão ou, no caso de uma gama de frequências, a 97 % da frequência nominal mínima e a 103 % da frequência nominal máxima da gama de frequências.

Os ensaios devem ser considerados bem-sucedidos se as recomendações em 5.3.1.1.2 e em 5.3.1.2.1 forem cumpridas.

5.3.5.2.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve poder demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

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O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o desempenho da frequência.

5.3.6 Influência da ondulação para detetores de tensão contínua

5.3.6.1 Verificação da tensão de limiar e da indicação MBT

5.3.6.1.1 Ensaio de tipo

Para um detetor de tensão contínua os ensaios das secções 5.3.1.1.2 e 5.3.1.2.1 devem ser repetidos com uma taxa de ondulação de pico de 4%.

Os ensaios devem ser considerados bem-sucedidos se as secções 5.3.1.1.2 e 5.3.1.2.1 forem satisfeitas.

5.3.6.1.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o desempenho da ondulação.

5.3.6.2 Verificação da percetibilidade das indicações visual e sonora

5.3.6.2.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de acordo com as secções 5.3.2.1 e 5.3.3.1 devem satisfazer com uma taxa de ondulação de pico de 4%. Este ensaio poderá ser combinado com o da secção 5.3.6.1.1.

5.3.6.2.2 Meios alternativos para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o desempenho da ondulação.

5.3.7 Tempos de resposta

5.3.7.1 Ensaio de tipo

A tensão de ensaio aplicada deve ser o valor da tensão de limiar associada a cada tensão indicativa do detetor de tensão mais 10 %.

A tensão de ensaio deve ser aplicada (LIGADO), depois removida (DESLIGADO) e novamente aplicada (LIGADO) 20 vezes. A duração dos períodos LIGADO e DESLIGADO deve ser regulada para 500 ms.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se cada sinal visual e sonoro (caso existam) é visto e ouvido como uma indicação rítmica com uma frequência mínima de 1 Hz. O(s) primeiro(s) sinal(ais) deve(m) aparecer durante o primeiro ciclo.

O ensaio deve ser repetido com um período de 1 s no caso em que o detetor de tensão é declarado como tendo um tempo de resposta superior a 500 ms.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se cada sinal visual e sonoro (caso existam) é visto ou ouvido como uma indicação rítmica com uma frequência mínima de 1/2 Hz. O(s) primeiro(s) sinal(ais) deve(m) aparecer durante o primeiro ciclo.

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5.3.7.2 Meio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O meio alternativo consiste em efetuar o ensaio de tipo da secção 5.3.7.1 com um número reduzido de ciclos, desde que o fabricante prove que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo, e que documentou os componentes suscetíveis de afetar o tempo de resposta.

5.3.8 Segurança da fonte de energia

A alimentação integrada do detetor de tensão (caso exista) deve ser descarregada até surgir a indicação de não disponível, como referido nas instruções de utilização.

NOTA: A duração do ensaio poderá ser reduzida alimentando o detetor de tensão com uma fonte externa de capacidade suficiente.

Uma tensão de ensaio de 1,1 Un max. deve ser aplicada 5 vezes ao detetor de tensão.

O ensaio deverá ser considerado bem-sucedido se o detetor de tensão mostrar de cada vez a presença de Un max.

5.3.9 Elemento de ensaio

5.3.9.1 Detetor de tensão com fonte de alimentação integrada

Quando se conectam dois elétrodos de contacto, o elemento de ensaio deve ser ativado de acordo com as instruções de utilização.

Um sinal visual e/ou sonoro deve aparecer de acordo com as instruções de utilização. O elemento de ensaio deve ser ativado três vezes, e um sinal de disponibilidade deve aparecer de cada vez.

O ensaio deve ser repetido três vezes com os elétrodos de contacto não conectados entre si, exceto se o elemento de ensaio é colocado em marcha apenas quando os elétrodos de contacto se toquem. O sinal de não disponibilidade deve então aparecer de cada vez.

O circuito elétrico (e o organigrama, quando é utilizado um programa informático) deve ser verificado para todos os circuitos submetidos a ensaiado, exceto para os mencionados nas instruções de utilização.

5.3.9.2 Detetor de tensão sem fonte de alimentação integrada

Deve ser verificado se o fabricante disponibilizou um elemento de ensaio integrado ou separado. Em ambos os casos, os elementos de ensaio devem ser verificados de acordo com 5.3.9.1 (exceto para a verificação de fonte de alimentação).

5.3.10 Tempos de funcionamento

5.3.10.1 Ensaio de tipo

O ensaio deve ser efetuado a 1,2 vezes a tensão c.a. (e/ou c.c.) nominal máxima do detetor de tensão durante os tempos de funcionamento estipulados tr declarados pelo fabricante e de acordo com as modalidades de funcionamento mais rigorosas (por exemplo, comutação de uma carga temporária).

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se a exibição de todas as tensões indicativas e da MBT não forem interrompidas durante todo o período de ensaios.

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5.3.10.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar componentes que poderiam afetar o desempenho da avaliação de tempo.

5.4 Ensaios relativos aos requisitos elétricos

5.4.1 Ensaios da isolação

5.4.1.1 Material isolante

Deve ser verificado por inspeção que os invólucros não metálicos que protegem dos choques elétricos têm um IRR de pelo menos 400 de acordo com a IEC 60112.

Deve ser verificado por inspeção que a conceção das partes condutoras acessíveis e das superfícies acessíveis das partes de material de isolante satisfazem aos requisitos de 4.3.1.

5.4.1.2 Ensaio sobre o equipamento completo

5.4.1.2.1 Generalidades

O detetor de tensão deve ser pré-condicionado de acordo com 6.1.3.2 e o Quadro F.6 da IEC-60664-1 para as condições de calor húmido (93 % HR, 40 ºC durante 96 horas-um ciclo).

Deve ser colocado um revestimento eletricamente condutor em torno de todas as partes do detetor de tensão. Esse revestimento deve ser colocado tão perto da parte não isolada dos elétrodos de contacto para que a linha de fuga de cada um seja de 20 mm.

Um polo da fonte de tensão deve ser conectado aos elétrodos de contacto do detetor de tensão reunidos em conjunto e o outro polo ao revestimento condutor.

Os ensaios na isolação do equipamento completo devem ser efetuados nos 10 min seguintes ao pré-condicionamento.

5.4.1.2.2 Ensaio de tensão suportável ao choque

Os níveis de tensão suportável ao choque devem ser selecionados de acordo com o Quadro 2 ou o Quadro 3.

De acordo com 6.1.3.3.1 da IEC 60664-1, o ensaio de choque deve ser efetuado por 5 choques de cada polaridade com um intervalo de pelo menos 1 s entre os impulsos de choque. A forma de onda de cada impulso de choque deve ser registada.

Para as zonas concebidas com isolação principal (por exemplo as partes não acessíveis) o ensaio de tensão de choque para a isolação principal é efetuado em primeiro lugar, depois o revestimento condutor é removido das zonas identificadas como isolação principal, e o ensaio é repetido com os valores do Quadro 3.

NOTA: A sequência de ensaio para a isolação principal ou isolação reforçada poderá ser alterada.

O ensaio deve ser considerado como bem sucedido se não ocorrer nenhuma perfuração ou disrupção parcial da isolação sólida. A aptidão à utilização do detetor de tensão poderá ficar comprometida.

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5.4.1.2.3 Ensaio de tensão c.a.

5.4.1.2.3.1 Ensaio de tipo

Para a isolação principal, a isolação suplementar ou a isolação reforçada, a tensão de ensaio deve ser selecionada de acordo com o Quadro 5.

A tensão deve ser aumentada uniformemente a partir de 0 V e até ao valor da tensão de ensaio em menos de 5 s e mantida a esse valor durante 3 min.

Quadro 5 – Valores de tensão c.a. para ensaio completo no equipamento

Tensão fase- neutro derivada das tensões nominais c.a. ou c.c. até e inclusive

V

Tensão c.a. para a isolação principal e isolação suplementar sólida

V (eficaz)

Tensão c.a. para a isolação sólida reforçada V (eficaz)

50 1250 2500

100 1300 2600

150 1350 2700

300 1500 3000

600 1800 3600

1000 2200 4400

NOTA 1: De acordo com 6.1.3.4.1 da IEC 60664-1, os valores de ensaio da isolação principal e suplementar são baseados na sobretensão temporária de curto prazo definida como Un + 1 200 V, onde Un é a linha nominal para tensão de neutro de o sistema de abastecimento neutro ligado à terra.

NOTA 2: De acordo com 6.1.3.4.1 da IEC 60664-1, para isolação reforçada, a tensão de ensaio é o dobro da tensão para isolação principal.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se não ocorrer nenhuma disrupção da isolação sólida. A aptidão à utilização do detetor de tensão pode ficar comprometida.

5.4.1.2.3.2 Ensaio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O ensaio de 5.4.1.2.3.1 deve ser efetuado mas sem condicionamentos e durante 5 s.

5.4.2 Proteção contra os choques elétricos

5.4.2.1 Ensaio de tipo

A determinação das partes acessíveis do detetor de tensão deve ser feita de acordo com a secção 6.2 da IEC 61010-1.

O detetor de tensão deve ser molhado de acordo com o procedimento de ensaio da IEC 60529 correspondente ao grau de proteção declarado pelo fabricante (ver 4.4.3 e 4.5.2). Imediatamente a seguir a ter molhado o detetor de tensão, ele deve ser seco minuciosamente.

Deve ser colocado um revestimento eletricamente condutor em torno de todas as partes acessíveis por trás da proteção de mão de modo a ficarem em contacto com elas. A posição do revestimento condutor não deve conduzir à disrupção ou ao contornamento da montagem de ensaio.

Um polo da fonte de tensão deve ser conectado aos elétrodos de contacto do detetor de tensão reunidos em conjunto e o outro polo deve ser conectado ao revestimento condutor através de um amperímetro ligado em série.

A corrente de fuga deve ser medida continuamente durante a aplicação da tensão de ensaio.

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A tensão a ser considerada deve ser uma das seguintes:

1,2 vezes a tensão nominal c.a. máxima do detetor de tensão dividida por √3, ou

1,2 vezes a tensão nominal c.c. máxima do detetor de tensão.

A tensão de ensaio deve ser aplicada durante pelo menos 5 s.

No caso de um detetor de tensão c.a./c.c., o ensaio deve ser efetuado para cada tipo de tensão.

O ensaio é considerado bem sucedido se não ocorrer nenhuma disrupção ou contornamento e se os valores da corrente de fuga permanecerem dentro dos limites especificados em 4.3.2.

5.4.2.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho do ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a proteção contra os choques elétricos.

5.4.3 Elementos limitadores de corrente

Deve ser verificado por inspeção do esquema de princípio a presença de uma impedância limitadora da circulação de corrente através da parte do circuito elétrico envolvida na função de deteção do detetor de tensão.

Deve ser verificado por inspeção do esquema de princípio a ausência de fusíveis. Caso existam, deve ser verificado se estes são utilizados apenas para a função de verificação de continuidade.

5.4.4 Distâncias de isolamento e linhas de fuga mínimas

As distâncias de isolamento e as linhas de fuga devem ser verificadas por inspeção e medição de acordo com 4.3.4. Os métodos para medir as distâncias de isolamento e as linhas de fuga são dados na secção 6.2 da IEC 60664-1.

As distâncias de isolamento e as linhas de fuga ao longo do elemento limitador de corrente e do circuito limitador de corrente devem satisfazer aos requisitos da isolação principal.

Exemplos de distâncias de isolamento e de linhas de fuga a ter em consideração são ilustrados na Figura 1.

5.4.5 Proteção contra as solicitações elétricas

5.4.5.1 Proteção contra as sobretensões transitórias

Um ensaio composto (combinação de um ensaio de choque de tensão associado a um ensaio de choque de corrente) deve ser efetuado no detetor de tensão a fim de verificar o comportamento dos seus dispositivos limitadores de tensão.

Um gerador de choque híbrido deve gerar uma sobretensão normalizada de acordo com a IEC 61180-1 (a tensão de saída em circuito aberto tem uma duração frontal convencional de 1,2 μs e uma duração convencional até meio valor de 50 μs; a corrente de saída em curto-circuito tem uma duração frontal convencional de 8 μs e uma duração convencional até meio valor de 20 μs). A impedância virtual do gerador de choques (relação entre o valor de pico da tensão de saída em circuito aberto e o valor de pico da corrente de curto-circuito) deve ser de 2 Ω.

Dez impulsos de cada polaridade, espaçados no máximo de 1 min, devem ser aplicados entre os elétrodos de contacto do detetor de tensão. O valor de pico da tensão de saída em circuito aberto do gerador de choques

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deve estar de acordo com o Quadro 2 segundo a tensão estipulada do detetor de tensão correspondente e a sua categoria de sobretensão.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se após a aplicação de 20 impulsos, a aptidão ao uso do detetor de tensão, incluindo a indicação de limite MBT não for comprometida.

5.4.5.2 Proteção contra as sobretensões temporárias

Deve ser efetuado um ensaio de sobretensão temporária de curta duração de acordo com a IEC 61180-1 e a IEC 61180-2. Em conformidade com a IEC 60664-1, a tensão de ensaio deve ter o valor da tensão fase-terra que corresponde à tensão nominal máxima de tensão do detetor de tensão + 1200 V, e deve ser aplicada entre os elétrodos de contacto durante 1 s. O gerador de potência para o ensaio deve ter uma saída superior a 5 kVA. Para os detetores de tensão com mais de uma tensão nominal ou com uma gama de tensões nominais, o valor da tensão fase-terra deve derivar da tensão nominal mais elevada.

No caso de um detetor de tensão c.a./c.c., o ensaio deve ser efetuado para cada tipo de tensão.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se nenhum fenómeno que possa causar um perigo para o utilizador existir (por exemplo, choque elétrico, explosão, aparição de chamas).

A aptidão de utilização do detetor de tensão poderá ser comprometida.

5.4.5.3 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documental de montagem como para o aparelho do ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o desempenho às solicitações elétricas.

5.4.6 Cordão(ões)

A adequação da tensão estipuladas dos cordões é verificada pelos ensaios de 5.4.1.

5.4.7 Ponta(s) de toque

A adequação da tensão estipulada das pontas de toque é verificada pelos ensaios de 5.4.1. Adicionalmente, as características da dupla isolação ou da isolação reforçada das pontas de toque devem ser verificadas por inspeção visual e medição (ver Figura 1).

5.4.8 Conector(es)

A adequação da tensão estipulada dos conectores é verificada pelos ensaios de 5.4.1. Adicionalmente deve ser verificada, de acordo com 6.2 da IEC 61010-1 que nas posições de desacoplamento (caso existam), as partes ativas do conector não estão acessíveis de acordo com os pontos c) e i) de 6.4.1 da IEC 61010-031.

5.4.9 Interruptores de carga temporária (caso existam)

5.4.9.1 Ensaio de tipo

Os interruptores de carga temporária devem ser submetidos a uma corrente e a uma tensão de valores iguais aos valores determinados pelo circuito incorporado no detetor de tensão.

Devem ser efetuadas 1000 operações de comutação a:

1,2 vezes a tensão nominal c.a. máxima do detetor de tensão, ou

1,2 vezes a tensão nominal c.c. máxima do detetor de tensão.

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Para um detetor de tensão c.a./c.c., o ensaio deve ser efetuado para cada tipo de tensão, mas com 500 operações por tipo de tensão.

A taxa de comutação não deve exceder 35 comutações por minuto.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se as correntes medidas em carga e em vazio não variarem mais de 10 % entre o início e o fim do ensaio.

NOTA: Não é necessário medir a corrente após cada comutação.

5.4.9.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado como para o aparelho do ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a fiabilidade dos interruptores utilizados para a carga temporária.

5.5 Ensaios relativos aos requisitos mecânicos

5.5.1 Conceção

A conceção do detetor de tensão deve ser verificada por inspeção de acordo com 4.4.1.

5.5.2 Dimensões, construção

A construção e as dimensões do detetor de tensão devem ser verificadas por inspeção de acordo com 4.4.2.

5.5.3 Grau de proteção assegurado pelos invólucros

5.5.3.1 Ensaio de tipo

O detetor de tensão deve ser submetido aos ensaios de acordo com a IEC 60529 para o grau de proteção declarado pelo fabricante (ver 4.4.3 e 4.5.2).

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se a aptidão de utilização do detetor de tensão, incluindo a indicação do limite MBT não for comprometido, mesmo se for encontrada poeira ou água. Os limites dados pela IEC 60529 devem ser tidos em consideração.

5.5.3.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documento de montagem como para o aparelho do ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o grau de proteção assegurado pelos invólucros.

5.5.4 Resistência às vibrações

5.5.4.1 Ensaio de tipo

O método de ensaio deve estar em conformidade com a IEC 60068-2-6.

O detetor de tensão deve ser fixo ao excitador por meio de peças intermediárias rígidas que não devem afetar os resultados da medição. O detetor de tensão deve ser submetido a vibrações sinusoidais retilíneas nas três perpendiculares, uma das quais corresponde ao eixo longitudinal do detetor de tensão. A varredura

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(percorrida uma vez em cada sentido da gama de frequências especificada) deve ser contínua e a velocidade de varredura deve ser de cerca de uma 1 oitava/min. A gama de frequências deve variar de 10 Hz a 150 Hz.

A amplitude e a aceleração devem ser as seguintes:

0,15 mm de pico entre 10 Hz e 58 Hz;

19,6 m/s2 (2 g) pico entre 58 Hz e 150 Hz.

O ensaio deve durar 2h em cada direção.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se a aptidão à utilização do detetor de tensão não for comprometida e se o detetor de tensão não apresentar nenhuma alteração afetando a segurança para uma utilização posterior.

5.5.4.2 Meio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho do ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a resistência às vibrações.

5.5.5 Resistência às quedas

5.5.5.1 Ensaio de tipo

Antes de efetuar o ensaio de queda mecânico que se segue, o detetor de tensão deve ser colocado numa câmara à temperatura mais baixa da sua categoria climática durante pelo menos 2 h. O ensaio deve ser efetuado nos 3 min seguintes à saída do detetor de tensão da câmara climática.

O ensaio deve ser efetuado de acordo com o procedimento de queda livre 1 da IEC 60068-2-31 com os seguintes parâmetros:

a superfície do ensaio deve ser de betão ou aço. Ela deve ser lisa, dura e rígida;

a altura da queda deve ser no mínimo de 1 m;

o detetor de tensão deve ser largado das suas posições de descanso vertical e horizontal. No caso da posição vertical, os elétrodos de contacto devem estar dirigidos para baixo;

o número de quedas deve ser de uma por posição.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se a aptidão à utilização do detetor de tensão não for comprometida e o detetor de tensão não revelar alterações à segurança para uma utilização posterior mesmo se os elétrodos de contacto estão dobrados mas não destruídos.

5.5.5.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a resistência às quedas.

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5.5.6 Resistência aos choques

5.5.6.1 Ensaio de tipo

Antes do ensaio de choque mecânico que se segue, o detetor de tensão deve ser colocado numa câmara à mais baixa temperatura da sua categoria climática durante pelo menos 2 h. O ensaio deve ser efetuado nos 3 min seguintes a ter sido retirado o detetor de tensão da câmara climática.

O detetor de tensão deve ser mantido firmemente contra um suporte rígido e ensaiado com o martelo de choque especificado na secção 4 da IEC 60068-2-75.

Os pontos de impacto devem ser identificados como sendo todas as partes externas que são acessíveis em uso normal e que seriam considerados potenciais causadores de perigo, caso partissem.

Três choques de uma energia de 1 J devem ser aplicados a cada ponto de impacto definido.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se a aptidão à utilização do detetor de tensão não for comprometida e o detetor de tensão não apresentar nenhumas alterações respeitantes à segurança para uma utilização posterior.

5.5.6.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a resistência ao choque.

5.5.7 Possível desmontagem

Deve ser verificado por inspeção se os requisitos de 4.4.7 são satisfeitos.

5.5.8 Temperatura da superfície

5.5.8.1 Ensaio de tipo

O detetor de tensão deve ser colocado numa câmara de ensaio com convecção natural. O detetor de tensão deve ser isolado termicamente de qualquer superfície que possa atuar como dissipador de calor (por exemplo, uma placa de metal).

Em condição normal, o detetor de tensão deve ser submetido a 10 sequências de tempo de funcionamento e de tempo de recuperação especificado para a tensão mais elevada em funcionamento normal e à temperatura máxima ambiente da sua categoria climática. Na condição de primeiro defeito, o detetor de tensão deve ser submetido à tensão mais severa durante o tempo de funcionamento declarado pelo fabricante.

As condições de manuseamento e de trabalho devem estar de acordo com as instruções de utilização do fabricante. A temperatura deve ser medida quando for atingida a estabilidade. A temperatura deve ser sempre medida, imediatamente após a desconexão, no ponto mais quente de todas as superfícies que estão por trás das proteções de mão.

O ponto mais quente poderá ser localizado e a sua temperatura estimada utilizando um aparelho de medição de temperatura infravermelho. Para registar a mais elevada temperatura da superfície, deve ser utilizado um termopar apropriado (tipo e tamanho). No caso de a temperatura estimada ser superior a 10 °C inferior à temperatura máxima da superfície admissível, o registo pode ser omitido.

O ensaio deve ser considerado bem-sucedido se nenhum ponto exceder as temperaturas limite indicadas no Quadro 6.

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Quadro 6 – Temperaturas de superfície máximas admissíveis

Temperatura de superfície máxima ºC

Categoria climática N Categoria climática S

Superfícies metálicas em condições normais

60 75

Superfícies não metálicas em condições normais

75 90

Todas as superfícies em condições de primeiro defeito

110 125

N O T A : A temperatura máxima pode ser determinada medindo os aumentos de temperatura nas condições de ensaio à temperatura de referência e adicionando este aumento a 45 °C para os detetores de tensão da categoria N ou 60 °C para os detetores de tensão da categoria S.

5.5.8.2 Meio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o aquecimento das superfícies que podem ser facilmente tocadas.

5.5.9 Resistência ao calor

5.5.9.1 Ensaio de tipo

As partes isolantes das pontas de toque e dos invólucros na proximidade de pontos particularmente expostos às solicitações térmicas, à exceção dos cordões e invólucros flexíveis, devem ser submetidas ao ensaio de pressão de esfera de acordo com a IEC 60695-10-2 a uma temperatura de 80 ºC e com o seguinte desvio.

Quando o raio da curvatura no ponto de ensaio é ≤ 10 mm, uma vara com um diâmetro de 4 mm e comprimento de 30 mm deve ser utilizada em vez da esfera normalizada, mas com a mesma carga como especificado em 4.1 da IEC 60695-10-2. A vara deve ser aplicada em angulo reto em relação à superfície de ensaio.

5.5.9.2 Meio alternativo para os detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a resistência ao calor dos invólucros.

5.5.10 Pontas de toque

5.5.10.1 Conceção e dimensões

A conceção e as dimensões requeridas em 4.4.2 (ver Figura 2) devem ser comprovadas por inspeção visual e medição.

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5.5.10.2 Ensaios mecânicos

A resistência às vibrações, às quedas, aos choques, e à resistência ao calor das pontas de toque (que são consideradas como partes do detetor de tensão), são cobertas respetivamente por 5.5.4, 5.5.5, 5.5.6 e 5.5.9.

5.5.10.3 Aderência da isolação da parte isolada do elétrodo de contacto (se existir)

5.5.10.3.1 Ensaio de tipo

Este ensaio deve ser efetuado com os aparelhos e utensílios de ensaio de acordo com a Figura 8. A profundidade de penetração s das extremidades cortantes dos aparelhos e utensílios de ensaio deve ser o mais pequena possível e não deve ser superior a metade da espessura t do revestimento isolante. A distância a entre o ponto de saída do elétrodo de contacto a partir do invólucro (ou do fim da blindagem) e a ponta de penetração das extremidades cortantes não deve ser superior a 10 mm.

A força F (medida em N) deve ser de 35 vezes o diâmetro (medido em milímetros) da parte não isolada do elétrodo de contacto. A força deve ser mantida durante 1 min na direção axial.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se o revestimento isolante não se tiver separado do invólucro ou do elétrodo de contacto.

Dimensões em milímetros

Legenda:

S dispositivo de regulação

Figura 8 – Ensaio da aderência da isolação próximo da parte isolada do elétrodo de contacto

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5.5.10.3.2 Meio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documental de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a aderência da isolação.

5.5.11 Cordão(ões)

5.5.11.1 Ensaio de tipo

5.5.11.1.1 Verificação visual e dimensional

Deve ser verificado por inspeção e medição que os requisitos dimensionais de 4.4.11 são satisfeitos.

No caso de cordões amovíveis deve ser verificado visualmente que a conexão ao indicador é constituída por um conector fêmea de acordo com 4.4.11.

5.5.11.1.2 Ensaio de tração (para um cordão amovível unicamente)

Cada cordão amovível deve ser conetado para o propósito ao qual é destinado numa posição de modo a que nenhuma força de flexão seja exercida no cordão ou no conector quando a força de ensaio é aplicada.

Uma força de tração deve ser aplicada progressivamente até 10 N à extremidade livre do cordão, sem sacudidelas, e deve ser mantida durante 1 min.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se o cordão não se tiver movido mais de 2 mm relativamente ao seu ponto de conexão.

5.5.11.1.3 Ensaio de alongamento

A ponta de toque ou o conector devem ser fixos numa posição tal que o cordão penda verticalmente para baixo. O condutor elétrico do cordão deve ser separado do ponto de conexão da ponta de toque ou do conector de modo que o alongamento dependa unicamente da isolação da alma. O cordão deve ser marcado com uma linha de referência de tal forma que possa ser observado se ele se deslocou durante o ensaio.

A extremidade livre do cordão deve ser carregada e descarregada 50 vezes à cadência de uma vez por segundo com uma força de 60 N.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se a linha de referência não se tiver deslocado mais de 2 mm.

5.5.11.1.4 Conexão do cordão – Ensaio de tração

Aplicam-se os ensaios de acordo com 6.7.4.1 da IEC 61010-031.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se as condições de 6.7.4 do IEC forem satisfeitas.

5.5.11.1.5 Ensaio de tração/flexão

Aplicam-se os ensaios de acordo com 6.7.4.2 da IEC 61010-031.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se as condições de 6.7.4 do IEC 61010-031 forem satisfeitas. A proteção da tomada (caso exista) não se deve ter separado do corpo, e a isolação do cordão não deve mostrar sinais de abrasão ou desgaste.

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5.5.11.1.6 Ensaio de flexão/rotação

Aplicam-se os ensaios de acordo com 6.7.4.3 da IEC 61010-031.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se as condições de 6.7.4 do IEC 61010-031 forem satisfeitas.

5.5.11.1.7 Ensaio de desgaste

O desgaste do material da isolação dos cordões deve ser verificado por meio do ensaio especificado em 6.7.5 da IEC 61010-031.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se as condições de 6.7.4 do IEC 61010-031 forem satisfeitas.

5.5.11.2 Meio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o desempenho mecânico do cordão.

5.6 Marcação

5.6.1 Inspeção visual e medição

5.6.1.1 Ensaio de tipo

A marcação requerida por 4.5 deve ser verificada por inspeção visual e medição.

5.6.1.2 Ensaio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

Na fase de produção, será apenas necessário verificar a presença de todas as secções de marcação através de inspeção visual.

5.6.2 Durabilidade da marcação

A durabilidade da marcação deve ser verificada esfregando sucessivamente com um pano embebido de água durante 1 min e depois com um outro pano embebido de isopropanol (CH3-CH(OH)-CH3) durante cerca de 1 m.

NOTA: É dever do empregador assegurar que a legislação aplicável bem como os requisitos de segurança próprios à utilização do isopropanol são respeitados integralmente.

O ensaio deve ser considerado bem sucedidos se as marcações continuarem legíveis, as letras não estiverem manchadas e os autocolantes permanecerem colados.

A superfície do detetor de tensão poderá alterar-se; as etiquetas não devem apresentar nenhum sinal de descolagem.

As marcações efetuadas por um processo de gravação ou de moldagem devem ser consideradas em conformidade sem ensaios.

5.7 Instruções de utilização

5.7.1 Ensaio de tipo

Deve ser efetuada uma inspeção visual para verificar que todos os requisitos de 4.6 são satisfeitos.

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5.7.2 Ensaio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

Na fase de produção é apenas necessário verificar a disponibilidade das instruções de utilização.

5.8 Ensaios relativos ao uso inadequado razoavelmente previsível durante os trabalhos em tensão

5.8.1 Uso inadequado da tensão c.a./c.c.

Os detetores de tensão concebidos para tensões contínuas e alternadas não devem ser submetidos a este ensaio.

Os elétrodos de contacto do detetor de tensão concebidos para uso exclusivo em corrente contínua devem ser conectados a uma fonte de tensão alternada. A tensão deve ser aumentada até atingir o valor da MBT em alternada (50 V).

Os elétrodos de contacto do detetor de tensão concebidos para uso exclusivo em corrente alternada devem ser conectados a uma fonte de tensão contínua A tensão deve ser aumentada até atingir o valor da MBT em contínua (120 V).

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se, em ambos os casos, pelo menos a indicação MBT do detetor de tensão apareceu.

5.8.2 Corrente máxima à terra em caso de uso inadequado

5.8.2.1 Ensaio de tipo

Este ensaio não se aplica aos detetores de tensão com meios de proteção adicionais destinados a evitar um contacto acidental perigoso com os elétrodos de contacto como especificado em 4.7.2.

Para os detetores de tensão sem estes meios de proteção adicionais, este ensaio deve ser efetuado a não ser que possa ser demonstrado por inspeção ou por cálculo que a corrente cumpre com os requisitos de 4.7.2.

O equipamento do ensaio deve compreender uma fonte de tensão em série com um sistema de registo da corrente, os dois em paralelo com um voltímetro.

O detetor de tensão deve estar conectado ao equipamento de ensaio e a corrente deve ser medida e registada durante o tempo de funcionamento especificado enquanto a tensão de ensaio é aplicada ao detetor de tensão.

A tensão de ensaio a ser considerado deve ser quer:

a tensão nominal c.a. máxima do detetor de tensão dividida por √3, ou

a tensão nominal c.c. máxima do detetor de tensão.

Se segundo a conceção do detetor de tensão, uma corrente superior pode ser expectável para as tensões inferiores às tensões acima, devem ser efetuados ensaios adicionais às tensões nominais menos favoráveis da gama de tensões.

Para os detetores de tensão com uma frequência nominal máxima superior a 60 Hz, o ensaio deve também ser efetuado à frequência nominal máxima.

Para os detetores de tensão c.a./c.c. o ensaio deve ser efetuado para cada tipo de tensão.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se os requisitos de 4.7.2 forem satisfeitos.

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5.8.2.2 Meio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a corrente à terra em caso de uso inadequado.

5.8.3 Uso inadequado no caso de um erro da tensão da rede de baixa tensão

5.8.3.1 Ensaio de tipo

A fonte de corrente de ensaio deve ser dimensionada de forma que as quedas de tensão se mantenham inferiores ou iguais a 10 % para uma carga de 5 A.

Uma tensão contínua e/ou alternada de 1,2 vezes a tensão nominal máxima do detetor de tensão mas não inferior a 1000 V deve ser aplicada ao detetor de tensão durante o tempo de funcionamento.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se não ocorrer nenhum fenómeno que possa representar perigo para o utilizador (por exemplo, explosão, chamas).

A aptidão à utilização do detetor de tensão poderá ser comprometida.

5.8.3.2 Meio alternativo para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o aparelho submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o detetor de tensão em caso de erro de tensão da rede de baixa tensão.

6 Avaliação de conformidade Para orientar a avaliação de conformidade durante a fase de produção, a IEC 61318 deve ser utilizada em conjunto com a presente Norma.

O Anexo E, deduzido da análise de risco do desempenho de um detetor de tensão fornece a classificação de defeitos e identifica os ensaios associados aplicáveis no caso de prosseguimento de produção.

7 Modificações Qualquer modificação da conceção ou de material que afete o desempenho do detetor de tensão deve necessitar da repetição dos ensaios de tipo, na totalidade ou em parte, bem como a alteração da documentação de referência.

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Anexo A (informativo)

Diferenças com a série da IEC 61010 NOTA: A comparação foi estabelecida utilizando a IEC 61010-1 (2001) e a IEC 61010-031 (2002) com a sua emenda 1.

A.1 Requisitos existentes e ensaios, mas com diferentes sanções ou passagem de critérios de ensaio

Requisito/ensaio Na presente Norma IEC 61010-1 e IEC 61010-031

Proteção contra choques elétricos

O critério para os limites admissíveis em partes acessíveis é a corrente de fuga entre uma parte acessível e um ponto de referência à terra (em condições normais e em condição de primeiro defeito).

O circuito de ensaio não inclui resistência diferente da resistência interna do amperímetro.

Existe um primeiro critério em tensão e critérios adicionais em corrente e em energia entre uma parte acessível e uma referência à terra (em condições normais e em condição de primeiro defeito). Os critérios adicionais aplicam-se apenas se o critério de tensão for excedido.

O circuito de ensaio inclui uma resistência de 2 kΩ para simular a resistência do corpo. A tensão através desta resistência é medida.

Em condições normais

O limite da corrente é de 0,5 mA eficazes. ou 2 mA contínuos seja qual for a tensão.

Em condições normais

Para tensões inferiores a 33 V eficazes ou 70 V contínuos, não há nenhum limite de corrente de fuga. (com uma resistência de medição de 2 KΩ, isso corresponderá a 16,5 mA eficazes ou 35 mA contínuos.)

Para uma tensão superior a 33 V eficazes ou 70 V contínuos, o limite da corrente de fuga é de 0,5 mA eficazes. ou 2 mA contínuos.

Na condição de primeiro defeito

O limite da corrente é de 3,5 mA eficazes. ou 10 mA contínuos seja qual for a tensão.

Mais severo

Na condição de primeiro defeito

Para tensões inferiores a 55 V eficazes ou 140 V contínuos não há nenhum limite para a corrente de fuga.

(com uma resistência de medição de 2 kΩ, isso corresponde a 27,5 mA eficazes ou 70 mA contínuos)

Para tensões superiores, o limite da corrente é de 3,5 mA eficazes ou 15 mA contínuos.

Distâncias de isolamento Os Quadros 2 e 3 especificam claramente que as distâncias no ar dadas são os valores mínimos.

Para a isolação reforçada, as distâncias de isolamento mínimas são dimensionadas como é especificado no Quadro F.2 da IEC 60664-1 correspondente ao impulso de tensão, mas "um passo superior à série preferida de valores dadas em 4.2.3 (da IEC 60664-1) ”.

Esta clarificação não está incluída nos quadros.

Para a isolação reforçada, os valores são o dobro dos valores de isolação principal.

Mais grave em alguns casos.

Linhas de fuga Quadro F.4 da IEC 60664-1 especifica sem ambiguidade que as linhas de fuga dadas são valores mínimos.

As linhas de fuga para uma isolação principal e suplementar devem ser de acordo com o Quadro F.4 da IEC 60664-1, qualquer que seja o material

Mais severo

Esta clarificação não está incluída nos quadros.

Para o vidro, a cerâmica ou qualquer outro material inorgânico isolante que não possua rastejamento, a linha de fuga não necessita de ser maior do que a sua distância no ar associada.

Material da isolação -

Condicionamento do dispositivo submetido a ensaio

96 h sem período de recuperação antes de ensaio elétrico

Mais severo 48 h, com 2 h de recuperação.

Material isolante -

Condição de ensaio Ensaios de choque (5 impulsos de cada polaridade) e um ensaio de 3 min em corrente alternada

Mais severo

3 ciclos em corrente alternada (ou três vezes 10 ms em contínua) ou em caso de impulsos (três de cada polaridade) e 5 s de ensaio

Resistência mecânica do equipamento aos choques e ao impacto

Resistência ao calor de 5.5.9 (ensaio fora de sequência)

Um ensaio de rigidez estática é sempre efetuado a 80 ºC nas partes isolantes das pontas de toque e dos invólucros.

O procedimento de ensaio é de acordo com a IEC 60695-10-2 (20 N com uma esfera de 5 mm de diâmetro) ou um outro sistema em que o raio de curvatura do ponto de ensaio é mais pequeno ou igual a 10 mm.

A deformação máxima permitida é a especificada na IEC 60695-10-2

10.5.2 da IEC 61010-1 e 10.2 da IEC 61010-031

Resistência ao calor

A resistência ao calor do material não metálico do conjunto da ponta de toque e do seu invólucro é verificada efetuando um aquecimento antes de submeter o equipamento a ensaiar a um ensaio de rigidez dielétrica (para o conjunto da ponta de toque) e aos ensaios mecânicos pertinentes.

Ensaio de rigidez estática de 8.1.1 da IEC 61010-1 e 8,1 da IEC 61010-031.

O procedimento de ensaio é diferente (30N na IEC 61010-1 e 20 N na IEC 61010-031, com uma haste de extremidade hemisférica de 12 mm de diâmetro).A sanção do ensaio não é precisa em termos de deformação das partes.

(continua)

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(conclusão)

Requisito/ensaio Na presente Norma IEC 61010-1 e IEC 61010-031

Resistência ao choque de 5.5.6 no detetor de tensão e nas pontas de toque

Ensaio de impacto (ao choque) da 8.1.2 da IEC 61010-1

Resistência às quedas 5.55

Uma queda vertical e uma queda horizontal de uma altura mínima de 1 m sobre uma superfície de betão ou de aço (segundo as condições da IEC 60068-2-31). O detetor de tensão (incluindo as pontas de toque) é arrefecido até à temperatura estipulada mais baixa durante no mínimo 2 horas e submetido aos ensaios nos 3 min seguintes.

Ensaio de queda sobre um canto para um equipamento de portátil de 8.2.2 da IEC 61010-1

Uma queda de uma altura de 1 m sobre uma superfície de madeira dura. O equipamento é arrefecido à temperatura estipulada mais baixa (durante um período não especificado) e submetido aos ensaios nos 10 min seguintes:

Proteção assegurada pelos invólucros

Para evitar a entrada de poluição e água, o grau de proteção de todos os invólucros do detetor de tensão deve possuir pelo menos IP54 para os requisitos para a categoria 2 de equipamentos (consultar IEC 60529), exceto para os seguintes:

- para os cabos que podem ser desconectados devem possuir um grau de proteção de pelo menos IP2X (ver 4.4.11);

- Quando existentes, peças mecânicas de uma sonda localizada em frente do agarra mão (p. ex. cursor deslizante, mortalha, tampas, etc.) devem possuir um grau de proteção de pelo menos IP2X.

Mais severo

É considerado a marcação na proteção nos invólucros, mas não é necessário ter grau mínimo e os requisitos de ensaio não são obrigatórios.

Durabilidade de marcação Verificada por um ensaio de fricção durante 1 min com água seguido de 1 min com isopropanol.

Poderá ser mais severo

Verificado por um ensaio de fricção com um agente de limpeza especificado durante 30 s (ou se não for especificado, com isopropanol).

A.2 Lista dos requisitos da série IEC 61010 não incluídos na presente Norma, com fundamentação lógica

IEC 61010-1

Requisitos Secções Fundamentação lógica

Indicação do limite MBT O debate sobre o conceito MBT ainda está em aberto TC 109; consequentemente, o comité consultivo para a segurança ACOS*) recomenda que os valores MBT na presente edição da IEC 61243-3 (limite convencional de 50 V em alternada e 120 V em contínua sejam mantidos.

Níveis de tensão em condições normais

6.3.1 a) O debate sobre o conceito MBT ainda está em aberto no TC 109 (ver acima).

Níveis de carga capacitiva ou de energia em condição normal

6.3.1 a) Este conceito não pertence aos detetores de tensão.

Níveis de tensão em condições de primeiro defeito

6.3.2 a) O debate sobre o conceito MBT ainda está em aberto no TC 109 (ver acima).

Níveis de capacidade 6.3.2 c) Este conceito não pertence aos detetores de tensão.

Circuitos de deteção 6.7.4 Substituído pelo 4.3.5 desta Norma e os ensaios de 5.4.5 da presente Norma baseados nos requisitos da IEC 60664-1. As entradas dos circuitos de deteção do detetor de tensão são submetidas aos transitórios e às sobretensões temporárias para simular as solicitações elétricas encontradas no terreno.

IEC 61010-031

Requisitos Secções Fundamentação lógica

Proteção contra a propagação de fogo

9 As considerações sobre o fogo e a explosão devido a um curto-circuito são específicas e tratadas diferentemente na secção 5.4.5.2 desta Norma (Proteção contra as sobretensões temporárias) e a secção 5.8.3 desta Norma (Uso indevido no caso de um erro da tensão da rede de baixa tensão).

Partes condutoras das pontas de toque para as categorias III e IV

13.2 O comprimento das partes condutoras das pontas de toque poderá exceder os valores indicados em 13.2 da IEC 61010-031. A maior parte dos circuitos de baixa tensão e dos painéis destinados a serem verificados são concebidos com IP2X. Tais conceções requerem elétrodos de varas longas para assegurar que contactos efetivos são alcançados.

*) ACOS = Advisory Committee on Safety (nota nacional).

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A.3 Lista dos requisitos da série IEC 61010 não incluídos na presente Norma, com fundamentação lógica

Requisitos da presente Norma

Secções da presente Norma

Fundamentação lógica

Compatibilidade eletromagnética (CEM)

4.1.3 Para a segurança de funcionamento, o detetor de tensão não deve dar indicações incorretas devido a interferências do campo eletromagnético.

Indicação de MBT 4.2.1.2 Para a segurança dos trabalhadores em trabalhos em tensão, eles devem ser avisados em qualquer momento da presença, em partes em ensaio, do valor limite (MBT) de uma tensão de contacto perigosa.

Para a segurança dos trabalhadores em trabalhos em tensão, os detetores de tensão cuja indicação de MBT é assegurada por uma fonte de alimentação integrada deve assegurar a indicação MBT, mesmo quando a alimentação interna está consumida.

Indicação contínua 4.2.1.3 Para a segurança de funcionamento, para evitar diagnósticos incorretos sobre o estado da tensão, o detetor de tensão concebido para ser utilizado em contacto direto e o detetor de tensão não deve ser afetado por uma parte em tensão adjacente e é conveniente que ele não indique "presença de tensão", para os valores normais da tensão de interferência.

Percetibilidade clara 4.2.2 Para a segurança de funcionamento, o estado correto da tensão de serviço deve ser indicado e deve ser claramente percetível em condições normais de luz e de ruído.

Influência da temperatura e da humidade na indicação

4.2.3 Para a segurança de funcionamento, a indicação clara e percetibilidade clara da tensão de serviço deve ser assegurada dentro das condições de temperatura e de humidade da sua categoria climática.

Influência da frequência e da ondulação

4.2.4 e 4.2.5 Para a segurança de funcionamento, a indicação clara e percetibilidade clara da tensão de serviço não deve ser afetada por um desvio de frequência (em alternada) ou pela presença de uma ondulação (em contínua), representando as condições normais de funcionamento de uma rede alternada ou contínua.

Tempo de resposta 4.2.6 Para a segurança de funcionamento, o detetor de tensão deve indicar rapidamente o estado e qualquer alteração do estado da tensão de serviço para não induzir em erro o trabalhador sobre o estado da instalação.

Segurança sobre o estado de funcionamento da fonte de alimentação

4.2.7 Para a segurança de funcionamento, quando um detetor de tensão com uma fonte de alimentação integrada é utilizado, os trabalhadores de trabalhos em tensão precisam de se apoiar numa indicação não afetada por um nível baixo de bateria.

Elemento de ensaio 4.2.8 Para a segurança de funcionamento, os trabalhadores de trabalhos em tensão precisam de verificar o correto funcionamento do detetor de tensão, antes e após a sua utilização.

Proteção contra as solicitações elétricas

4.3.5 As entradas de deteção dos circuitos do detetor de tensão são submetidas a transitórios e sobretensões temporárias para simular as solicitações elétricas encontradas no terreno.

Resistência às vibrações 4.4.4 Para a segurança e para a segurança de funcionamento, o detetor de tensão completo (incluindo as pontas de toque) deve resistir às solicitações de vibração representativas das condições de transporte.

Possibilidade de desmontagem 4.4.7 Para a segurança de funcionamento, para evitar qualquer alteração na regulação do detetor de tensão, o utilizador não deve ter acesso aos circuitos internos e às regulações.

Solicitação de tração 4.4.11 Para a segurança do trabalhador, o cordão amovível não deve sair do ponto terminal devido às solicitações normais de trabalho.

Aderência da isolação da parte isolada do elétrodo de contacto (caso exista)

4.4.10 Para a segurança dos trabalhadores em tensão e da segurança da instalação, a isolação sobre os elétrodos de contacto deve resistir à força de corte das arestas vivas encontradas no ambiente de trabalho.

Solicitações de alongamento/tração na isolação dos cordões

4.4.11 Para a segurança de funcionamento, a isolação do cordão não se deve alongar muito devido a uma solicitação por tração (o alongamento da isolação aplicaria uma solicitação complementar sobre a alma que poderia quebrar e abrir o circuito indicador).

Uso inadequado de tensão a.c./d.c.

4.7.1 Para a segurança dos trabalhadores em tensão, os detetores de tensão concebidos unicamente para instalações contínuas ou alternadas devem indicar o limite MBT em caso de utilização errada na rede (contínua em vez de alternada ou reciprocamente).

Meios de proteção para evitar o acesso inadvertido de eletrodos de contacto

4.7.2 Para a segurança dos trabalhadores em tensão, os detetores de tensão com uma corrente à terra excedendo o valor de segurança devem ser munidos de meios de proteção (por exemplo: grau de proteção IP2X ou a utilização simultânea de dois interruptores).

Uso inadequado em caso de erro na baixa tensão de rede

4.7.3 Para a segurança dos trabalhadores em tensão, os detetores de tensão devem permanecer seguros em caso de utilização em redes de baixa tensão excedendo a tensão nominal para a qual ele foi concebido.

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Anexo B

(normativo)

Funções suplementares

Indicação de fase – Indicação de rotação de campo – Verificação contínua

B.1 Termos e definições

B.1.1 indicação de fase Função de um detetor de tensão que indica a fase de uma instalação em tensão.

B.1.2 elétrodo acessível Parte condutora única de um detetor de tensão concebido para ser tocado pelo dedo de uma mão de modo a ativar uma função suplementar (por exemplo: indicação de fase).

B1.3 indicação da rotação de fase Função de um detetor de tensão que determina a sequência das três fases de uma instalação em tensão.

B.1.4 verificação da continuidade Função de um detetor de tensão que determina se um circuito elétrico não está interrompido.

B.2 Requisitos gerais para as funções suplementares

B.2.1 Segurança e desempenho do detetor de tensão

As funções suplementares cobertas por este Anexo não devem prejudicar o desempenho e a segurança de funcionamento do detetor de tensão.

B.2.2 Indicação

A ou as função(ões) suplementar(es) deve(m) dar uma indicação visual e/ou sonora clara.

B.2.3 Indicação unicamente quando de um contacto com uma parte nua

A ou as função(ões) suplementar(es) deve(m) dar uma indicação clara unicamente em caso de contacto direto com uma peça nua em tensão.

B.2.4 Aumento de temperatura

A conceção e a construção das funções suplementares devem ser de modo a que, quando elas são utilizadas como especificado pelo fabricante, o aumento da temperatura satisfaça aos requisitos de 4.4.8.

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B.2.5 Instruções de utilização

Cada detetor de tensão com uma ou várias funções suplementares deve ser acompanhado das instruções de utilização do fabricante para a utilização específica da ou das funções suplementares. Essas instruções devem ser redigidas em conformidade com os requisitos gerais dados na IEC 61477.

Elas devem no mínimo incluir as explicações acerca da indicação, dos tempos de resposta máximos e a posição normal de trabalho.

B.3 Ensaios gerais para as funções suplementares

B.3.1 Segurança e desempenho do detetor de tensão

B.3.1.1 Ensaio de tipo

Uma tensão contínua e/ou alternada de 1,2 vezes a tensão nominal máxima do detetor de tensão, mas não inferior a 1000 V, deve ser aplicada ao detetor de tensão. O circuito de ensaio deve ser capaz de fornecer no mínimo 5 kVA.

Cada função suplementar deve ser ativada uma a uma, ao mesmo tempo que a tensão de ensaio é aplicada.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se o detetor de tensão continuar a indicar (pelo menos a MBT) e se não ocorrer nenhum fenómeno que possa causar um perigo para o utilizador (por exemplo, explosão, aparição de chamas).

B.3.1.2 Meio alternativo para detetores de tensão com funções suplementares que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o dispositivo submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar o desempenho e o funcionamento em segurança do detetor de tensão em caso de ser ativada uma função suplementar.

B.3.2 Indicação

O requisito para a indicação deve ser verificado por inspeção. Essa inspeção deve verificar a natureza do sinal (visual e/ou sonoro) quando as condições de funcionamento de cada função suplementar são preenchidas.

B.3.3 Indicação unicamente quando de um contacto com uma parte nua

Para cada função suplementar, os requisitos de B.2.3 devem ser verificados efetuando os ensaios de 5.3.1.3.1 tendo em conta as condições de funcionamento de cada função suplementar.

O ensaio deve ser efetuado à tensão nominal máxima declarada pelo fabricante.

Quando é apenas necessário um só elétrodo de contacto para o funcionamento (por exemplo, para a indicação de fase), a tensão deve ser aplicada entre uma resistência de 10 MΩ ligada em série com o elétrodo de contacto, e seja o elétrodo acessível (se existir) ou um invólucro condutor recobrindo a pega da ponta de toque.

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B.3.4 Ensaio de aumento da temperatura

Para cada função suplementar, os requisitos de B.2.4 devem ser verificados efetuando os ensaios de 5.5.8.

B.3.5 Instruções de utilização

B.3.5.1 Ensaio de tipo

Deve ser verificado através de inspeção visual que os requisitos de B.3.5 são satisfeitos.

B.3.5.2 Ensaio alternativo para detetores de tensão com funções suplementares que terminaram a fase de produção

Ao nível da produção, só a verificação da disponibilidade das instruções de utilização é requerida.

B.4 Indicador de fazer com ou sem utilização de elétrodo acessível Esta secção do Anexo B trata de um método de indicação de fase (seja capacitiva ou resistiva) necessitando que um elétrodo de contacto do dispositivo de fase estabeleça um contacto direto com um condutor nu do componente, do sistema ou da instalação a verificar.

Este método sozinho não é suficiente para confirmar a não existência de tensão.

B.4.1 Requisitos adicionais

B.4.1.1 Requisitos funcionais

O aparelho deve dar uma indicação clara quando o condutor a identificar é um condutor de fase.

A indicação visual (caso exista) deve ser claramente visível pelo utilizador na posição de trabalho e nas condições normais de luminosidade. A indicação sonora (caso exista) deve ser claramente audível para o utilizador na posição de trabalho e nas condições normais de ruído.

NOTA: Enquanto que o elétrodo de contacto é conectado ao condutor a ser identificado, o circuito indicador de fase é conectado eletricamente à terra pelo operador seja tocando na caixa do indicador, seja tocando o elétrodo acessível quando ele é presente.

B.4.1.2 Proteção contra os choques elétricos (quando é fornecido um elétrodo acessível)

Quando um detetor de tensão com uma função suplementar de indicação de fase possui um elétrodo acessível para a identificação dos condutores de fase, a impedância interna limitadora de corrente conectada em série com o elétrodo acessível deve possuir no mínimo dois elementos de limitação ou um elemento de alta integrado (ver Figura 1a).

O elétrodo acessível é uma parte acessível do detetor de tensão de acordo com 6.2 da IEC 61010-1 e é incluído no ensaio de choque elétrico de 5.4.2.1.

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B.4.2 Ensaios adicionais

B.4.2.1 Indicação clara e percetibilidade clara

B.4.2.1.1 Ensaio de tipo

O valor da tensão nominal mais baixo declarado pelo fabricante (de acordo com as suas instruções de utilização) deve ser aplicado entre uma resistência de 10 MΩ conectada em série com o elétrodo de contacto, e seja o elétrodo acessível (se existir) ou um invólucro condutor recobrindo a pega da ponta de toque.

O sinal indicando um condutor de fase deve aparecer.

A percetibilidade clara da indicação visual (caso exista) deve ser verificada efetuando o ensaio de 5.3.2.1 com uma iluminação ambiente reduzida a 350 lx.

A percetibilidade clara da indicação sonora (caso exista) deve satisfazer ao ensaio de 5.3.3.1.

B.4.2.1.2 Ensaio alternativo para a percetibilidade clara para detetores de tensão que terminaram a fase de produção

Para a percetibilidade clara da indicação visual (caso exista) o ensaio alternativo consiste em comparar a percetibilidade da indicação visual do detetor de tensão com indicação de fase que terminou a fase de produção à de um detetor de tensão com indicador de fase que tenha sido bem sucedido no ensaio de tipo de B.4.2.1.1 (detetor de tensão de referência com indicação de fase).

Para a percetibilidade clara da indicação sonora (caso exista), o ensaio alternativo consiste em comparar a percetibilidade da indicação sonora de um detetor de tensão com indicação de fase que tenha terminado a fase de produção, à de um detetor de tensão com indicador de fase que tenha sido bem sucedido no ensaio de B.4.2.1.1 (detetor de tensão de referência com indicação de fase).

B.4.2.2 Proteção contra os choques elétricos (quando é fornecido um elétrodo acessível)

Deve ser demonstrado por inspeção que a impedância interna limitadora da corrente satisfaz aos requisitos do primeiro parágrafo de B.4.1.2.

B.5 Indicação da rotação de fase

B.5.1 Requisitos adicionais

O detetor de tensão com esta função suplementar poderá necessitar da utilização de um cordão e de uma ponta de toque suplementar para conectar a uma fase ou à terra e de uma pinça de crocodilo. A pinça de crocodilo (caso exista) deve satisfazer à IEC 61010-031.

A indicação da rotação de fase deve satisfazer à IEC 61557-7 com as seguintes modificações:

Secção 4.5 da IEC 61557-7 – a ou as pontas de toque devem ter um meio de proteção tal como descrito em 4.7.2 cada vez que a corrente à terra exceda 3,5 mA eficazes.

Secção 4.3 e 6.6 da IEC 61557-7 – a duração de funcionamento deve ser limitada de acordo com 4.2.9.

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B.5.2 Ensaios adicionais

B.5.2.1 Ensaios de tipo

A conformidade com a IEC 61557-7 deve ser verificada para as tensões nominais (ou gama de tensões nominais) para as quais a função é concebida e declarada pelo fabricante tendo em consideração as modificações mencionadas em B.5.1.

As pinças de crocodilo devem ser submetidas aos ensaios de acordo com a IEC 61010-031.

B.5.2.2 Meio alternativo para detetores de tensão com indicação da rotação de fase que terminaram a fase de produção

O fabricante deve demonstrar que seguiu o mesmo procedimento documentado de montagem como para o dispositivo submetido ao ensaio de tipo.

O fabricante deve documentar os componentes suscetíveis de afetar a conformidade com a IEC 61557-7 e com as modificações especificadas.

B.6 Verificação da continuidade

B.6.1 Requisitos adicionais

B.6.1.1 Requisitos funcionais

O detetor de tensão com esta função suplementar deve indicar de forma clara qualquer valor de resistência na parte exterior do circuito abaixo do valor R declarado pelo fabricante.

A indicação visual (caso exista) deve ser claramente visível pelo utilizador em posição de trabalho e nas condições normais de luminosidade. A indicação sonora (caso exista) deve ser claramente audível ao utilizador na posição de trabalho e nas condições normais de ruído.

B.6.1.2 Marcação adicional

Um detetor de tensão com a função de verificação da continuidade deve possuir a marcação do valor de R declarado com uma altura de letra mínima de 1 mm.

B.6.2 Ensaios adicionais

B.6.2.1 Indicação clara

Os elétrodos de contacto do detetor de tensão devem ser conectados a uma resistência variável cujo valor aumenta gradualmente de 0 Ω ao valor de 2R Ω. O valor da resistência para o qual a indicação de alteração de estado se dá deve ser reconhecido.

O valor da resistência deve então ser reduzido gradualmente de 2R Ω a 0 Ω e, mais uma vez o valor da resistência para o qual a indicação de alteração de estado se dá, deve ser reconhecido.

NOTA: É recomendado um valor de R inferior a 100 Ω.

O ensaio deve ser considerado bem sucedido se a alteração do estado da indicação, quando quer o aumento e a diminuição da resistência externa ocorrem entre 1 R e 1,5 R.

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B.6.2.2 Percetibilidade clara da indicação

B.6.2.2.1 Ensaio de tipo

Os elétrodos de contacto do detetor de tensão devem ser conectados a uma resistência inferior a R para obter uma indicação clara.

A percetibilidade clara da indicação visual (caso exista) deve ser verificada efetuando o ensaio de 5.3.2.1 com uma iluminação ambiente reduzida a 350 lx.

A percetibilidade clara da indicação sonora (caso exista) deve satisfazer ao ensaio de 5.3.3.1.

B.6.2.2.2 Ensaio alternativo para a percetibilidade clara para os detetores de tensão com verificação de continuidade que terminaram a fase de produção

Para a percetibilidade clara da indicação visual (caso exista), o ensaio alternativo consiste em comparar a percetibilidade da indicação visual de um detetor de tensão com verificação da continuidade que tenha terminado a fase de produção à percetibilidade de um detetor de tensão com verificação de continuidade que passou com sucesso o ensaio de tipo de B.6.2.2.1 (detetor de tensão de referência com verificação de continuidade).

Para a percetibilidade clara da indicação sonora (caso exista), o ensaio alternativo consiste em comparar a percetibilidade da indicação sonora do detetor de tensão com verificação de continuidade que tenha terminado a fase de produção, à percetibilidade de um detetor de tensão com verificação de continuidade que tenha passado com sucesso o ensaio de tipo de B.6.2.2.1 (detetor de tensão de referência com verificação de continuidade).

B.6.2.3 Verificação da marcação adicional

B.6.2.3.1 Ensaio de tipo

A marcação requerida em B.6.1.2 deve ser verificada por inspeção e medição.

B.6.2.3.2 Ensaio alternativo para os detetores de tensão com verificação de continuidade que completaram a fase de produção

Ao nível da produção, apenas a verificação da presença do elemento adicional de marcação é requerida por inspeção visual.

B.7 Classificação dos defeitos e requisitos e ensaios associados Esta secção foi desenvolvida para definir de forma coerente o nível de defeitos (crítico, maior ou menor) relativos à(s) função(ões) suplementar(es) dos detetores de tensão de baixa tensão bipolares que completaram a fase de produção (ver IEC 61318). Para cada requisito identificado no Quadro B.1, o tipo de defeito e o ensaio associado são ambos especificados.

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Quadro B.1 – Classificação de defeitos e requisitos inerentes e ensaios

Requisitos Tipo de defeitos

Ensaios Crítico Maior Menor

Generalidades

B.2.1 Segurança de funcionamento do detetor de tensão x B.3.1.2

Desempenho do detetor de tensão x

B.2.2 Indicação clara visual e/ou sonora x B.3.2

B.2.3 Indicação unicamente quando de um contacto com uma parte nua

x B.3.3

B.2.4 Aumento da temperatura x B.3.4

B.2.5 Ausência das instruções de utilização x B.3.5.2

Requisitos adicionais para indicação de fase

B.4.1.1 Funcionalidades Indicação clara Percetibilidade clara

x

x

B.4.2.1.1 B.4.2.1.2

B.4.1.2 Proteção contra os choques elétricos x B.4.2.2

Requisitos adicionais para indicação da rotação de fases

B.5.1

Conformidade da pinça de crocodilo (caso exista) com a IEC 61010-031

x

B.5.2.2 Conformidade com a IEC 61557-7 incluindo as modificações listadas

x

Requisitos adicionais para a verificação da continuidade

B.6.1.1 Funcionalidades Indicação clara Percetibilidade clara

x x

B.6.2.1 B.6.2.2.2

B.6.1.2 Marcação adicional x B.6.2.3.2

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Anexo C

(normativo)

Instruções de uso

As instruções de utilização devem acompanhar cada detetor de tensão. Elas devem conter as informações mínimas requeridas para a utilização, a manutenção e para a prevenção de acidentes. As indicações e dados seguintes devem ser fornecidos.

a) A informação de que os detetores de tensão são concebidos para serem utilizados por pessoal qualificado e segundo os métodos de trabalho com toda a segurança.

b) As informações sobre o funcionamento do indicador e do significado dos sinais de indicação.

c) A explicação sobre a capacidade do detetor de tensão suprimir ou não os valores usuais de tensões perturbadoras. Quando esses valores não são suprimidos, a explicação sobre a capacidade do detetor de tensão indicar claramente o estado da tensão de serviço.

d) A indicação dos tempos de resposta se eles excederem os 500 ms.

e) As explicações relativas aos elementos da marcação (por exemplo, o tempo de funcionamento e o tempo de recuperação especificados, a gama de aplicação, a indicação de polaridade, etc.).

f) As indicações de que as tensões marcadas no detetor de tensão são as tensões nominais ou as gamas de tensões nominais, e que o detetor de tensão deve ser unicamente utilizado nas instalações com as tensões nominais ou as gamas de tensões nominais especificadas.

g) Os diferentes sinais indicadores do detetor de tensão (inclui a indicação do limite da MBT) não são utilizáveis para efetuar medições.

h) Antes de utilizar um detetor de tensão com indicador sonoro nas zonas de alto nível de ruído de fundo, deve ser assegurado que o sinal sonoro é percetível.

i) As instruções para uma utilização correta do detetor de tensão tais como:

a utilização de um aparelho correspondente à categoria climática apropriada;

para os detetores de tensão com alimentação integrada substituível, as informações sobre o tipo exato de alimentação a utilizar;

o detetor de tensão não deve ser utilizado se o compartimento da bateria estiver aberto.

j) Um esquema:

da posição normal de utilização do detetor de tensão para evitar ocultar a indicação visual ou de cobrir o emissor sonoro;

do manuseamento correto das pontas de toque para evitar tocar os elétrodos de contacto durante a utilização.

k) A indicação que o funcionamento do detetor de tensão deve ser verificado sempre antes e depois da utilização com a ajuda do elemento de ensaio. Se a indicação “aparelho não pronto” surgir ou se a indicação de um ou vários níveis de tensão falhar ou se o funcionamento não é indicado, o detetor de tensão não está em condições de ser utilizado.

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l) Para os detetores de tensão munidos com um elemento de ensaio integrado, a explicação sobre a disponibilidade e explicação do tipo e do desempenho do elemento de ensaio separado apropriado.

m) Para os detetores de tensão desprovidos de um elemento de ensaio integrado, a informação sobre a disponibilidade e a explicação do tipo e do desempenho do elemento de ensaio separado apropriado.

n) A indicação da importância de verificar o estado da alimentação substituível antes da utilização e da sua substituição se necessário.

o) A indicação de que o pessoal não autorizado não deve desmontar o detetor de tensão.

p) As instruções respeitantes ao armazenamento e as precauções de utilização, por exemplo o facto de que os detetores devem ser mantidos secos e limpos.

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Anexo D

(normativo)

Procedimento geral do ensaio de tipo

O Quadro D.1 descreve a ordem sequencial para a realização dos ensaios de tipo e o Quadro D.2 descreve os ensaios de tipo fora de sequência.

Quadro D.1 – Ordem sequencial para a realização dos ensaios de tipo

Ordem sequencial

Ensaio de tipo Secção Requisitos

1 Construção - Conceção 5.5.1 4.4.1, Figura 1 e Figura 2

1 Construção – Dimensões 5.5.2 4.4.2 e Figura 2

1 Construção – Elementos de ensaio 5.3.9 4.2.8

1 Construção – Indicação 5.2.1 4.1.2

1 Construção – Material isolante 5.4.1.1 4.3.1

1 Construção – Elementos limitadores de corrente 5.4.3 4.3.3

1 Indicação clara – Regulação e alteração da escala da tensão de limiar 5.3.1.1.1 4.2.1.1

1 Construção – Distancias de isolamento e linhas de fuga mínimas 5.4.4 4.3.4

1 Construção – Possibilidade de desmontagem 5.5.7 4.4.7

1 Construção – Ponta(s) de toque 5.5.10.1, 5.5.10.2

4.4.10

1 Marcação 5.6.1.1 5.6.2

4.5

1 Instruções de utilização 5.7.1 4.6, Anexo C

2 Resistência aos choques 5.5.6.1 4.4.6

2 Resistência às quedas 5.5.5.1 4.4.5

2 Resistência às vibrações 5.5.4.1 4.4.4

3 Indicação clara – Valores da tensão de limiar 5.3.1.1.2 4.2.1.1

3 Indicação clara – Indicação MBT 5.3.1.2.1 4.2.1.2

3 Indicação clara – Indicação de continuidade 5.3.1.3.1 5.3.1.3.3.1 é

opcional

4.2.1.3

3 Indicação clara – Indicação consecutiva 5.3.1.4 4.2.1.4

4 Percetibilidade clara da indicação visual 5.3.2.1 4.2.2.1

4 Percetibilidade clara da indicação sonora 5.3.3.1 4.2.2.2

5 Influência da temperatura e da humidade na indicação 5.3.4.1.1, 5.3.4.2.1

4.2.3

6 Influência da frequência para um detetor de tensão alternada 5.3.5.1.1, 5.3.5.2.1

4.2.4

6 Influência da ondulação para um detetor de tensão contínua 5.3.6.1.1, 5.3.6.2.1

4.2.5

7 Tempo de resposta 5.3.7.1 4.2.6

8 Tempos de funcionamento 5.3.10.1 4.2.9

8 Temperatura da superfície 5.5.8.1 4.4.8

(continua)

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Quadro D.2 – Ordem sequencial para a realização dos ensaios de tipo (conclusão)

Ordem sequencial

Ensaio de tipo Secção Requisitos

9 Segurança da fonte de energia 5.3.8 4.2.7

9 Interruptores acessíveis para carregamento temporário 5.4.9.1 4.3.9

10 Uso inadequado de tensão a.c./d.c. 5.8.1 4.7.1

11 Grau de proteção por invólucros (ensaio para a proteção indicada pelo segundo algarismo característico)

5.5.3.1 4.4.3

12 Proteção contra os choques elétricos 5.4.2.1, 5.4.6, 5.4.7,

5.4.8

4.3.2, 4.3.6, 4.3.7, 4.3.8

13 Proteção contra as solicitações elétricas 5.4.5.1, 5.4.5.2

4.3.5

14 Uso inadequado nos casos de um erro da tensão na rede de baixa tensão 5.8.3.1 4.7.3

NOTA: Osensaiosdetipocomomesmonúmerodeordemsequencialpodemserefetuadospelaordemmaisconveniente.

Quadro D.2 – Os ensaios de tipo fora da sequência

Ensaio de tipo Secção Requisitos

Ensaio da isolação – Ensaio no equipamento completo 5.4.1.2.1, 5.4.1.2.2, 5.4.1.2.3.1

4.3.1

Corrente máxima à terra em caso de uso inadequado 5.8.2.1 4.7.2

Aderência da isolação da parte isolada do elétrodo de contacto (caso exista) 5.5.10.3.1 4.4.10

Verificação dimensional do cordão(ões) 5.5.11.1.1

4.4.11

Ensaio de tração (unicamente para os cordões amovíveis) 5.5.11.1.2

Ensaio de alongamento dos cordões 5.5.11.1.3

Fixação do cordão – Ensaio de tração 5.5.11.1.4

Ensaio de tração/flexibilidade 5.5.11.1.5

Ensaio de flexão em rotação 5.5.11.1.6

Ensaio de desgaste 5.5.11.1.7

Compatibilidade eletromagnética (CEM) 5.2.2.1, 5.3.1.3.2 4.1.3, 4.2.1.3

Resistência ao calor 5.5.9.1 4.4.9

Grau de proteção assegurado pelos invólucros (ensaio para a proteção indicada pelo primeiro algarismo característico)

5.5.3.1 4.4.3

NOTA: Ensaios de tipo podem ser efetuados em detetores de tensão extra ou peças de ensaio se for caso disso.

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Anexo E

(normativo)

Classificação dos defeitos, requisitos associados e ensaios

Este anexo foi desenvolvido para definir o nível de defeitos dos detetores de baixa tensão bipolares que terminaram a fase de produção (crítica, maior ou menor) de forma consistente (ver IEC 61318). Para cada requisito identificado no Quadro E.1, são especificados o tipo de defeito e os ensaios associados.

Quadro E.1 – Classificação dos defeitos, requisitos associados e ensaios

Requisitos Tipo de defeitos Ensaios

Crítico Maior Menor

4.2.1.2 Indicação MBT / Indicação de tensão perigosa X 5.3.1.2.1 ou 5.3.1.2.2

4.2.1.1 Tensão de limiar X 5.3.1.1.2

4.2.3 Influência da temperatura e da humidade na indicação – Tensão de limiar e MBT

X (MBT)

X (Tensão de limiar)

5.3.4.1.2

4.2.4

Influência da frequência para um detetor de tensão alternada - Tensão de limiar e MBT

X (MBT)

X (Tensão de limiar)

5.3.5.1.2

Influência da frequência para um detetor de tensão alternada - Percetibilidade da indicação (s)

X 5.3.5.2.2

4.2.5

Influência da ondulação para um detetor de tensão contínua - Tensão de limiar e MBT

X (MBT)

X (Tensão de limiar)

5.3.6.1.2

Influência da ondulação para um detetor de tensão contínua - Percetibilidade da indicação (s)

5.3.6.2.2

4.3.2 4.3.6 4.3.7 4.3.8

Proteção contra os choques elétricos X 5.4.2.2

4.3.1 Material isolante X 5.4.1.2.3.2

4.7.1 Uso inadequado de tensão c.a./c.c. X 5.8.1

4.7.2 Corrente máxima à terra em caso de uso inadequado X 5.8.2.2

4.3.5

Proteção contra as solicitações elétricas

5.4.5.3 Sobretensões de transitórias X

Sobretensões temporárias X

4.2.7 Segurança sobre o estado de funcionamento da alimentação

X 5.3.8

4.2.6 Tempo de resposta X 5.3.7.2

4.7.3 Uso inadequado em caso de um erro da tensão da rede de baixa tensão

X 5.8.3.2

(continua)

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Quadro E.1 – Classificação dos defeitos, requisitos associados e ensaios (conclusão)

Requisitos Tipo de defeitos Ensaios

Crítico Maior Menor

4.1.3 4.2.1.3

CEM Emissão Imunidade (MBT) Imunidade (Tensão de limiar)

X

X

X

5.2.2.2

4.4.3 Grau de proteção assegurado pelos invólucros X 5.5.3.2

4.2.1.3 Indicação contínua - Unicamente em contacto com uma peça nua

X 5.3.1.3.1

4.2.1.3 Indicação contínua - Influência de uma tensão de interferência

X 5.3.1.3.3.2 (opcional)

4.2.2.1 Percetibilidade da indicação visual X 5.3.2.2

4.2.2.2 Percetibilidade da indicação sonora X 5.3.3.2

4.2.3 Influência da temperatura e da humidade – Percetibilidade das indicações

X 5.3.4.2.2

4.2.8 Elemento de ensaio X 5.3.9

4.2.9 Tempos de funcionamento X 5.3.10.2

4.2.1.4 Indicação consecutiva X 5.3.1.4

4.5.1 Marcações (Ausência de marcação) X 5.6.1.2

4.6 Instruções de utilização (Ausência de instruções de utilização)

X 5.7.2

4.4.4 Resistência às vibrações X 5.5.4.2

4.4.5 Resistência às quedas X 5.5.5.2

4.4.6 Resistência aos choques X 5.5.6.2

4.5.1 Marcação (Durabilidade de marcação) X 5.6

4.4.8 Temperatura das superfícies X 5.5.8.2

4.4.11 Ensaio de tração (unicamente para cordões amovíveis) X

5.5.11.2

Alongamento dos cordões X

Ligação do cordão – Ensaio de tração X

Ensaio de tração/flexão X

Ensaio de flexão em rotação X

Ensaio de desgaste X

4.4.10 Aderência de isolação da parte isolada do elétrodo de contacto (caso exista)

X 5.5.10.3.2

4.4.9 Resistência ao calor x 5.5.9.2

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Anexo F

(normativo)

Cuidados em serviço e utilização

F.1 Uso e armazenamento O detetor de tensão deverá apenas ser utilizado de acordo com o indicado nas instruções de utilização do fabricante.

Deverão ser tomadas precauções a fim de assegurar que as condições de manuseamento e de funcionamento estão em conformidade com as instruções de utilização do fabricante.

Utilizar apenas os acessórios especificados pelo fabricante.

Não aplicar ao detetor de tensão uma tensão superior à tensão nominal (ou ao valor superior da gama de tensões nominais), como indicado pela marcação.

Verificar antes e depois da utilização o funcionamento do detetor de tensão, seja por meio do elemento de ensaio disponibilizado pelo fabricante, seja com a ajuda de uma fonte de tensão de referência, se disponível.

Durante o ensaio, não tocar as partes nuas dos elétrodos de contacto e manter os dedos atrás da proteção de mão.

F.2 Inspeção antes da utilização Deverá ser efetuada uma inspeção visual a cada utilização do detetor de tensão.

Verificar se o alojamento da bateria está corretamente seguro.

Não utilizar um detetor de tensão se aparentar estar estragado. Procurar falhas ou peças que faltem, prestar atenção à isolação dos cordões, dos conectores e das pontas de toque.

Se houver fortes dúvidas de que o aparelho não está em condições, deverá ser devolvido ao fabricante ou ao centro de reparação autorizado para proceder à reparação ou rejeição.

F.3 Manutenção

F.3.1 Manutenção regular

O utilizador deverá praticar o seguinte:

Limpar regularmente o detetor de tensão com um pano humedecido em álcool ou um detergente suave. Não utilizar solventes ácidos ou abrasivos. Depois de limpar, deixar o detetor de tensão secar. Durante a limpeza, cuidado para não deixar o detetor de tensão ligado a partes em tensão.

Eliminar todas as impurezas que possam existir nos pontos de contacto.

Substituir as baterias assim que surgir o sinal de não disponível e montar apenas os modelos de baterias especificados nas instruções de utilização. Certificar-se que o detetor de tensão não está conectado a partes ativas durante a instalação das baterias. Respeitar a polaridade correta.

Não tentar desmontar os invólucros do detetor de tensão.

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Utilizar unicamente as peças de substituição específicas para a reparação do detetor de tensão.

F.3.2 Manutenção periódica

A manutenção periódica dos aparelhos para trabalhos em tensão é reconhecida como sendo a base para assegurar o bom funcionamento e a segurança do utilizador.

É recomendado que a manutenção periódica seja efetuada pelo fabricante ou por um centro de reparação acordado.

É da responsabilidade do proprietário estabelecer um plano de manutenção, tendo em consideração as condições de utilização (armazenamento, precauções habituais, formação do utilizador, etc.). Contudo é conveniente que nenhum detetor de tensão, mesmo os conservados em armazém, não sejam utilizados sem serem reverificados no interior de um período máximo de 6 anos.

F.3.3 Ensaios periódicos

O Quadro F.1 dá uma lista dos ensaios que permitem a verificação periódica da integridade física, do funcionamento do detetor de tensão e do desempenho da isolação.

Quadro F.1– Ensaios periódicos

Secções Designação Notas

Inspeção visual e dimensional (1)

5.3.9.1 Elemento de ensaio

5.3.1.1.2/5.3.1.2.1 Valores da tensão de limiar e MBT (2)

5.3.2.2 Percetibilidade clara da indicação visual

5.3.3.2 Percetibilidade clara da indicação sonora

5.3.10.1 Tempos de funcionamento

5.4.1.2.3.2 Tensão de ensaio c.a. (3)

NOTA 1: A inspeção deverá incluir também a verificação da integridade do detetor de tensão, a presença e o bom estado de todos os componentes, os acessórios, as instruções de utilização e da bolsa de transporte.

NOTA 2: Para o valor MBT, sempre que possível a bateria deverá ser removida para efetuar o ensaio.

NOTA 3: Este ensaio poderá ser efetuado sem um condicionamento prévio em calor húmido e durante 1 s.

De acordo com a conceção do detetor de tensão e o seu processo de fabrico, o fabricante poderá especificar ensaios adicionais relacionados com componentes ou características específicas.

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Bibliografia

IEC 60050-151:2001 International Electrotechnical Vocabulary (IEV) – Part 151: Electrical and magnetic devices

IEC 60050-441:1984 International Electrotechnical Vocabulary (IEV) – Chapter 441: Switchgear, controlgear and fuses

IEC 60050-601:1985 International Electrotechnical Vocabulary (IEV) – Chapter 601: Generation, transmission and distribution of electricity – General

IEC 60050-604:1987 Emenda (1998)

International Electrotechnical Vocabulary (IEV) – Chapter 604: Generation, transmission and distribution of electricity – Operation

IEC 60050-651:1999 International Electrotechnical Vocabulary – Part 651: Live working

IEC 60721-2-1:1982 Classification of environmental conditions – Part 2-1: Environmental conditions appearing in nature – Temperature and humidity

IEC 60743:2001 Live working – Terminology for tools, equipment and devices

NOTA: Harmonizada como EN 60743:2001 (não modificada).

IEC Guide 104:1997 The preparation of safety publications and the use of basic safety publications and group safety publications

ISO/IEC Guide 51:1999 Safety aspects – Guidelines for their inclusion in standards

ISO 9000:2005 Quality management systems – Fundamentals and vocabulary

NOTA: Harmonizada como EN 60743:2001 (não modificada).

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Anexo ZA

(normativo)

Referências normativas a documentos internacionais e a sua correspondência a documentos europeus

Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento; Para referências datadas aplica-se a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas).

NOTA: Quando uma publicação internacional tenha sido modificada por modificações comuns, indicadas por (mod), aplica-se a respetiva EN/HD.

Publicação Ano Título EN/HD Ano

IEC 60068-2-6 - Environmental testing – Part 2-6: Tests – Test Fc: Vibration (sinusoidal)

EN 60068-2-6 -

IEC 60068-2-31 2008 Environmental testing – Part 2-31: Tests – Test Ec: Rough handling shocks, primarily for equipment-type specimens

EN 60068-2-31 2008

IEC 60068-2-75 1997 Environmental testing – Part 2-75: Tests – Test Eh: Hammer tests

EN 60068-2-75 1997

IEC 60112 - Method for the determination of the proof and the comparative tracking indices of solid insulating materials

EN 60112 -

IEC 60304 - Standard colours for insulation for low frequency cables and wires

HD 402 S2 -

IEC 60417 - Graphical symbols for use on equipment - -

IEC/TS 60479-1 2005 Effects of current on human beings and livestock – Part 1: General aspects

- -

IEC 60529 + A1

1989 1999

Degrees of protection provided by enclosures (IP Code)

EN 60529 + A1

1991 2000

IEC 60664-1 2007 Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1: Principles, requirements and tests

EN 60664-1 2007

IEC 60664-3 - Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 3: Use of coating, potting or moulding for protection against pollution

EN 60664-3 -

IEC 60695-10-2 2003 Fire hazard testing