novo código de código do processo civil - emanuel silva, agente de … · 2016-01-03 · código...

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Tabela de correspondência entre os artigos do CPC em vigor e os artigos da Proposta de Lei n.º 113/XII, aprovada a 19 de abril de 2013 Novo Código de Processo Civil

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Cdigo do Processo Civil

Tabela de correspondncia entre os artigos do CPC em vigor e os artigos da

Proposta de Lei n. 113/XII, aprovada a 19 de abril de 2013

Novo Cdigo de Processo Civil

2

Nota metodolgica

Esta tabela de correspondncia procede comparao dos artigos do Cdigo de Processo Civil (CPC)

atualmente em vigor1 com os artigos correspondentes Proposta de Lei n. 113/XII, tal como

aprovada a 19 de abril de 2013, pela Assembleia da Repblica (Novo CPC).

Dada a dimenso da tabela, a mesma encontra-se dividida em 3 partes, que correspondem

comparao dos seguintes artigos do CPC:

Artigos 1. a 800.;

Artigos 801. a 943.;

Artigos 944. a 1528.

Para efeitos de comparao foram seguidas as seguintes regras:

No so identificadas as alteraes das normas que apenas procedem, de acordo com regras

de legstica, alterao do tempo verbal (nomeadamente a passagem do futuro para o

presente). No entanto, nos casos em que a norma sofre outras alteraes, a alterao do

tempo verbal indicada;

No so identificadas as alteraes das normas que apenas procedem, de acordo com regras

de legstica, substituio do ponto final por vrgula ou ponto e vrgula, nos casos em que as

normas so compostas por dois ou mais perodos. No entanto, nos casos em que a norma

sofre outras alteraes, essa substituio indicada;

No so identificadas as alteraes das normas que apenas procedem atualizao da

ortografia resultante do novo acordo ortogrfico. No entanto, nos casos em que a norma

sofre outras alteraes, essa atualizao indicada;

Na comparao das normas, quando a norma do novo CPC tem correspondncia total

(excetuando as ressalvas dos pontos anteriores) com a norma do CPC em vigor, no se

reproduz o teor da mesma na coluna Novo CPC, sendo indicado apenas, quando seja o

caso, o nmero do artigo a que corresponde. Quando se trate de nmero nico, no surge

qualquer identificao;

Na comparao das normas, quando a norma do CPC em vigor no tenha correspondncia

com qualquer norma do novo CPC, essa situao identificada na coluna Novo CPC com o

smbolo ---;

Para melhor compreenso das alteraes introduzidas, na coluna Novo CPC so

expressamente identificadas todas as alteraes sofridas pela norma, quer se trate de

aditamento, supresso de palavras ou de alterao de numerao.

Trata-se de um documento de trabalho, sujeito, por isso, a eventuais alteraes.

1 Relativamente aos artigos relativos organizao judiciria, foi considerada a verso do CPC resultante da Lei n. 52/2008, de 28 de agosto (aplicvel apenas s comarcas piloto, de acordo com o disposto no seu artigo 187.).

3

NDICE2

LIVRO I

DA AO

Ttulo I Da ao em geral

Captulo I Das disposies fundamentais (Art. 1. a 4.)

Captulo II Das partes

Seco I Personalidade e capacidade judiciria (Art. 5. a 25.)

Seco II Legitimidade das partes (Art. 26. a 31.-B)

Seco III Patrocnio judicirio (Art. 32. a 44.)

Ttulo II Da ao executiva

Captulo I Do ttulo executivo (Art. 45. a 54.)

Captulo II Das partes (Art. 55. a 60.)

LIVRO II

DA COMPETNCIA E DAS GARANTIAS DA IMPARCIALIDADE

Captulo I Das disposies gerais sobre competncia (Art. 61. a 64.)

Captulo II Da competncia internacional (Art. 65. a 65.-A)

Captulo III Da competncia interna

Seco I Competncia em razo da matria (Art. 66. a 67.)

Seco II Competncia em razo do valor e da forma de processo aplicvel (Art. 68. a 69.)

Seco III Competncia em razo da hierarquia (Art. 70. a 72.)

Seco IV Competncia territorial (Art. 73. a 89.)

Seco V Disposies especiais sobre execues (Art. 90. a 95.)

Captulo IV Da extenso e modificaes da competncia (Art. 96. a 100.)

Captulo V Das garantias da competncia

Seco I Incompetncia absoluta (Art. 101. a 107.)

Seco II Incompetncia relativa (Art. 108. a 114.)

Seco III Conflitos de jurisdio e competncia (Art. 115. a 121.)

Captulo VI Das garantias da imparcialidade

Seco I Impedimentos (Art. 122. a 125.)

Seco II Suspeies (Art. 126. a 136.)

LIVRO III

DO PROCESSO

Ttulo I Das disposies gerais

Captulo I Dos atos processuais

Seco I Atos em geral (Art. 137. a 208.)

Seco II Atos especiais (Art. 209. a 263.)

2 Cdigo de Processo Civil em vigor

4

Captulo II Da instncia

Seco I Comeo e desenvolvimento da instncia (Art. 264. a 275.)

Seco II Suspenso da instncia (Art. 276. a 284.)

Seco III Interrupo da instncia (Art. 285. a 286.)

Seco IV Extino da instncia (Art. 287. a 301.)

Captulo III Dos incidentes da instncia

Seco I Disposies gerais (Art. 302. a 304.)

Seco II Verificao do valor da causa (Art. 305. a 319.)

Seco III Interveno de terceiros (Art. 320. a 359.)

Seco IV Falsidade (Art. 360. a 370.)

Seco V Habilitao (Art. 371. a 377.)

Seco VI Liquidao (Art. 378. a 380.-A)

Captulo IV Dos procedimentos cautelares

Seco I Procedimento cautelar comum (Art. 381. a 392.)

Seco II Procedimentos cautelares especificados (Art. 393. a 445.)

Captulo VII Das custas, multas e indemnizao

Seco I Custas Princpios gerais (Art. 446.)

Seco II Regras especiais (Art. 446.-A a 455.)

Seco III Multas e indemnizao (Art. 456. a 459.)

Captulo VIII Das formas de processo

Seco I Disposies gerais (Art. 460.)

Seco II Processo de declarao (Art. 461. a 464.)

Seco III Processo de execuo (Art. 465. a 466.)

Ttulo II Do processo de declarao

Subttulo I Do processo ordinrio

Captulo I Dos articulados

Seco I Petio inicial (Art. 467. a 482.)

Seco II Revelia do ru (Art. 483. a 485.)

Seco III Contestao (Art. 486. a 501.)

Seco IV Rplica e trplica (Art. 502. a 505.)

Seco V Articulados supervenientes (Art. 506. a 507.)

Captulo II Da audincia preliminar (Art. 508. a 512.-B)

Captulo III Da instruo do processo

Seco I Disposies gerais (Art. 513. a 522.-C)

Seco II Prova por documentos (Art. 523. a 551.)

Seco III Prova por confisso das partes (Art. 552. a 567.)

Seco IV Prova pericial (Art. 568. a 611.)

Seco V Inspeo judicial (Art. 612. a 615.)

Seco VI Prova testemunhal (Art. 616. a 645.)

Captulo IV Da discusso e julgamento da causa (Art. 646. a 657.)

Captulo V Da sentena

5

Seco I Elaborao da sentena (Art. 658. a 665.)

Seco II Vcios e reforma da sentena (Art. 666. a 670.)

Seco III Efeitos da sentena (Art. 671. a 675.-A)

Captulo VI Dos recursos

Seco I Disposies gerais (Art. 676. a 690.-B)

Seco II Apelao (Art. 691. a 720.)

Seco III Recurso de revista (Art. 721. a 762.)

Seco IV Recurso para uniformizao de jurisprudncia (Art. 763. a 770.)

Seco V Reviso (Art. 771. a 782.)

Subttulo II Do processo sumrio (Art. 783. a 792.)

Subttulo III Do processo sumarssimo (Art. 793. a 800.)

Ttulo III Do processo de execuo

Subttulo I Das disposies gerais (Art. 801. a 809.)

Subttulo II Da execuo para pagamento de quantia certa

Captulo nico Do processo comum

Seco I Fase introdutria (Art. 810. a 812.-F)

Seco II Oposio execuo (Art. 813. a 820.)

Seco III Penhora (Art. 821. a 863.)

Seco IV Citaes e concurso de credores (Art. 864. a 871.)

Seco V Pagamento (Art. 872. a 911.)

Seco VI Remio (Art. 912. a 915.)

Seco VII Extino e anulao da execuo (Art. 916. a 921.)

Seco VIII Recursos (Art. 922. a 923.)

Subttulo III Da execuo para entrega de coisa certa (Art. 928. a 932.)

Subttulo IV Da execuo para prestao de facto (Art. 933. a 943.)

Ttulo IV Dos processos especiais

Captulo I Das interdies e inabilitaes (Art. 944. a 958.)

Captulo II Dos processos referentes s garantias das obrigaes

Seco I Da prestao de cauo (Art. 981. a 990.)

Seco II Do reforo e substituio das garantias especiais das obrigaes (Art. 991. a 997.)

Captulo III Da expurgao de hipotecas e da extino de privilgios (Art. 998. a 1012.)

Captulo IV Da venda antecipada de penhor (Art. 1013.)

Captulo V Da prestao de contas

Seco I Contas em geral (Art. 1014. a 1019.)

Seco II Contas dos representantes legais de incapazes e do depositrio judicial (Art. 1020.

a 1023.)

Captulo VI Da consignao em depsito (Art. 1024. a 1051.)

Captulo IX Da diviso de coisa comum e regulao e repartio de avarias martimas

Seco I Diviso de coisa comum (Art. 1052. a 1062.)

Seco II Regulao e repartio de avarias martimas (Art. 1063. a 1068.)

Captulo X Da reforma de documentos, autos e livros

6

Seco I Reforma de documentos (Art. 1069. a 1073.)

Seco II Reforma de autos (Art. 1074. a 1081.)

Seco III Reforma de livros (Art. 1082.)

Captulo XI Da ao de indemnizao contra magistrados (Art. 1083. a 1093.)

Captulo XII Da reviso de sentenas estrangeiras (Art. 1094. a 1102.)

Captulo XIII Da justificao da ausncia (Art. 1103. a 1117.)

Captulo XIV Da execuo especial por alimentos (Art. 1118. a 1121.-A)

Captulo XV Da liquidao de patrimnios

Seco I Da liquidao judicial de sociedades (Art. 1122. a 1131.)

Seco II Da liquidao da herana vaga em benefcio do Estado (Art. 1132. a 1134.)

Captulo XVI Do inventrio (Art. 1326. a 1406.)

Captulo XVII Do divrcio e separao sem consentimento do outro cnjuge (Art. 1407. a

1408.)

Captulo XVIII Dos processos de jurisdio voluntria

Seco I Disposies gerais (Art. 1409. a 1411.)

Seco II Providncias relativas aos filhos e aos cnjuges (Art. 1412. a 1418.)

Seco III Separao ou divrcio por mtuo consentimento (Art. 1419. a 1424.)

Seco IV Processos de suprimento (Art. 1425. a 1430.)

Seco V Alienao ou onerao de bens dotais e de bens sujeitos a fideicomisso (Art. 1431.

a 1438.)

Seco VI Autorizao ou confirmao de certos atos (Art. 1439. a 1441.)

Seco VII Conselho de famlia (Art. 1442. a 1445.)

Seco VIII Dispensa do prazo internupcial (Art. 1446.)

Seco IX Curadoria provisria dos bens do ausente (Art. 1451. a 1455.)

Seco X Fixao judicial do prazo (Art. 1456. a 1457.)

Seco XI Notificao para preferncia (Art. 1458. a 1466.)

Seco XII Herana jacente (Art. 1467. a 1469.)

Seco XIII Exerccio da testamentaria (Art. 1470. a 1473.)

Seco XIV Tutela da personalidade, do nome e da correspondncia confidencial (Art. 1474. a

1475.)

Seco XV Apresentao de coisas ou documentos (Art. 1476. a 1478.)

Seco XVI (Revogada)

Seco XVII Exerccio de direitos sociais (Art. 1479. a 1501.)

Seco XVIII Providncias relativas aos navios e sua carga (Art. 1502. a 1507.)

Seco XIX Atribuio de bens de pessoas coletiva extinta (Art. 1507.-A a 1507.-D)

Seco XX Determinao do objeto do litgio a submeter a arbitragem (Art. 1508. a 1510.)

LIVRO IV

DO TRIBUNAL ARBITRAL

Ttulo I Revogado

Ttulo II Do tribunal arbitral necessrio (Art. 1525. a 1528.)

7

CDIGO DE PROCESSO CIVIL Comparao dos artigos 1. a 800. do CPC em vigor

com artigos correspondentes do novo CPC

CPC em vigor Novo CPC

LIVRO I

Da aco

LIVRO I

Da ao, das partes e do Tribunal

TTULO I

Da aco em geral

TTULO I

Das disposies e dos princpios fundamentais

CAPTULO I

Das disposies fundamentais

---

ARTIGO 1.

Proibio de autodefesa

ARTIGO 1.

Proibio de autodefesa

A ningum lcito o recurso fora com o fim de

realizar ou assegurar o prprio direito, salvo nos

casos e dentro dos limites declarados na lei.

ARTIGO 2.

Garantia de acesso aos tribunais

ARTIGO 2.

Garantia de acesso aos tribunais

1 - A proteco jurdica atravs dos tribunais implica

o direito de obter, em prazo razovel, uma deciso

judicial que aprecie, com fora de caso julgado, a

pretenso regularmente deduzida em juzo, bem

como a possibilidade de a fazer executar.

1

2 - A todo o direito, excepto quando a lei determine

o contrrio, corresponde a aco adequada a faz-lo

reconhecer em juzo, a prevenir ou reparar a

violao dele e a realiz-lo coercivamente, bem

como os procedimentos necessrios para acautelar o

efeito til da aco.

2

ARTIGO 3.

Necessidade do pedido e da contradio

ARTIGO 3.

Necessidade do pedido e da contradio

1 - O tribunal no pode resolver o conflito de

interesses que a aco pressupe sem que a

resoluo lhe seja pedida por uma das partes e a

outra seja devidamente chamada para deduzir

oposio.

1

2 - S nos casos excepcionais previstos na lei se

podem tomar providncias contra determinada

pessoa sem que esta seja previamente ouvida.

2

8

3 - O juiz deve observar e fazer cumprir, ao longo

de todo o processo, o princpio do contraditrio, no

lhe sendo lcito, salvo caso de manifesta

desnecessidade, decidir questes de direito ou de

facto, mesmo que de conhecimento oficioso, sem

que as partes tenham tido a possibilidade de sobre

elas se pronunciarem.

3

4 - s excepes deduzidas no ltimo articulado

admissvel pode a parte contrria responder na

audincia preliminar ou, no havendo lugar a ela, no

incio da audincia final.

4 - s excepesexcees deduzidas no ltimo

articulado admissvel pode a parte contrria

responder na audincia preliminarprvia ou, no

havendo lugar a ela, no incio da audincia final.

ARTIGO 3.-A

Igualdade das partes

ARTIGO 4.

Igualdade das partes

O tribunal deve assegurar, ao longo de todo o

processo, um estatuto de igualdade substancial das

partes, designadamente no exerccio de faculdades,

no uso de meios de defesa e na aplicao de

cominaes ou de sanes processuais.

TTULO II

Das espcies de aes

ARTIGO 4.

Espcies de aes, consoante o seu fim

ARTIGO 10.

Espcies de aes, consoante o seu fim

1- As aces so declarativas ou executivas. 1

2 - As aces declarativas podem ser de simples

apreciao, de condenao ou constitutivas.

Tm por fim:

2 - As acesaes declarativas podem ser de

simples apreciao, de condenao ou constitutivas.

Tm por fim:

3 - As acesaes declarativas podem ser de

simples apreciao, de condenao ou constitutivas.

referidas no nmero anterior Tm tm por fim:

a) As de simples apreciao, obter unicamente a

declarao da existncia ou inexistncia de um

direito ou de um facto.

a)

b) As de condenao, exigir a prestao de uma

coisa ou de um facto, pressupondo ou prevendo a

violao de um direito;

b)

c) As constitutivas, autorizar uma mudana na

ordem jurdica existente.

c)

3 Dizem-se aces executivas aquelas em que o

autor requer as providncias adequadas reparao

efectiva do direito violado.

4 - Dizem-se acesaes executivas aquelas em

que o autorcredor requer as providncias

adequadas reparao efectiva do direito

violadorealizao coativa de uma obrigao que lhe

9

devida.

CAPTULO II

Das partes

TTULO III

Das partes

SECO I

Personalidade e capacidade judiciria

CAPTULO I

Personalidade e capacidade judiciria

ARTIGO 5.

Conceito e medida da personalidade judiciria

ARTIGO 11.

Conceito e medida da personalidade judiciria

1 - A personalidade judiciria consiste na

susceptibilidade de ser parte.

1

2 - Quem tiver personalidade jurdica tem

igualmente personalidade judiciria.

2

ARTIGO 6.

Extenso da personalidade judiciria

ARTIGO 12.

Extenso da personalidade judiciria

Tem ainda personalidade judiciria: TemTm ainda personalidade judiciria:

a) A herana jacente e os patrimnios autnomos

semelhantes cujo titular no estiver determinado;

a)

b) As associaes sem personalidade jurdica e as

comisses especiais;

b)

c) As sociedades civis; c)

d) As sociedades comerciais, at data do registo

definitivo do contrato pelo qual se constituem, nos

termos do artigo 5. do Cdigo das Sociedades

Comerciais;

d)

e) O condomnio resultante da propriedade

horizontal, relativamente s aces que se inserem

no mbito dos poderes do administrador.

e)

f) Os navios, nos casos previstos em legislao

especial.

f)

ARTIGO 7.

Personalidade judiciria das sucursais

ARTIGO 13.

Personalidade judiciria das sucursais

1 - As sucursais, agncias, filiais, delegaes ou

representaes podem demandar ou ser

demandadas quando a aco proceda de facto por

elas praticado.

1

2 - Se a administrao principal tiver a sede ou o

domiclio em pas estrangeiro, as sucursais,

agncias, filiais, delegaes ou representaes

estabelecidas em Portugal podem demandar e ser

demandadas, ainda que a aco derive de facto

praticado por aquela, quando a obrigao tenha sido

2

10

contrada com um portugus ou com um estrangeiro

domiciliado em Portugal.

ARTIGO 8.

Sanao da falta de personalidade judiciria

ARTIGO 14.

Sanao da falta de personalidade judiciria

A falta de personalidade judiciria das sucursais,

agncias, filiais, delegaes ou representaes pode

ser sanada mediante a interveno da

administrao principal e a ratificao ou repetio

do processado.

ARTIGO 9.

Conceito e medida da capacidade judiciria

ARTIGO 15.

Conceito e medida da capacidade judiciria

1 - A capacidade judiciria consiste na

susceptibilidade de estar, por si, em juzo.

1

2 - A capacidade judiciria tem por base e por

medida a capacidade do exerccio de direitos.

2

ARTIGO 10.

Suprimento da incapacidade

ARTIGO 16.

Suprimento da incapacidade

1 - Os incapazes s podem estar em juzo por

intermdio dos seus representantes, ou autorizados

pelo seu curador, excepto quanto aos actos que

possam exercer pessoal e livremente.

1

2 - Os menores cujo poder paternal compete a

ambos os pais so por estes representados em

juzo, sendo necessrio o acordo de ambos para a

propositura de aces.

2 - Os menores cujo poder paternalexerccio das

responsabilidades parentais compete a ambos os

pais so por estes representados em juzo, sendo

necessrio o acordo de ambos para a propositura de

acesaes.

3 - Quando seja ru um menor sujeito ao poder

paternal dos pais, devem ambos ser citados para a

aco.

3 - Quando seja ru um menor sujeito ao poder

paternalexerccio das responsabilidades parentais

dos pais, devem ambos ser citados para a

acoao.

ARTIGO 11.

Representao por curador especial ou

provisrio

ARTIGO 17.

Representao por curador especial ou

provisrio

1 - Se o incapaz no tiver representante geral, deve

requerer-se a nomeao dele ao tribunal

competente, sem prejuzo da imediata designao

de um curador provisrio pelo juiz da causa, em

caso de urgncia.

1

2 - Tanto no decurso do processo como na execuo

da sentena, pode o curador provisrio praticar os

2

11

mesmos actos que competiriam ao representante

geral, cessando as suas funes logo que o

representante nomeado ocupe o lugar dele no

processo.

3 - Quando o incapaz deva ser representado por

curador especial, a nomeao dele incumbe

igualmente ao juiz da causa, aplicando-se o disposto

na primeira parte do nmero anterior.

3

4 - A nomeao incidental de curador deve ser

promovida pelo Ministrio Pblico, podendo ser

requerida por qualquer parente sucessvel, quando o

incapaz haja de ser autor, devendo s-lo pelo autor,

quando o incapaz figure como ru.

4

5 - O Ministrio Pblico ouvido, sempre que no

seja o requerente da nomeao.

5

ARTIGO 12.

Desacordo entre os pais na representao do

menor

ARTIGO 18.

Desacordo entre os pais na representao do

menor

1 Se, sendo o menor representado por ambos os

pais, houver desacordo entre estes acerca da

convenincia de intentar a aco, pode qualquer

deles requerer ao tribunal competente para a causa

a resoluo do conflito.

1

2 - Se o desacordo apenas surgir no decurso do

processo, acerca da orientao deste, pode qualquer

dos pais, no prazo de realizao do primeiro acto

processual afectado pelo desacordo, requerer ao juiz

da causa que providencie sobre a forma de o

incapaz ser nela representado, suspendendo-se

entretanto a instncia.

2

3 Ouvido o outro progenitor, quando s um deles

tenha requerido, bem como o Ministrio Pblico, o

juiz decide de acordo com o interesse do menor,

podendo atribuir a representao a s um dos pais,

designar curador especial ou conferir a

representao ao Ministrio Pblico, cabendo

recurso da deciso.

3

4 - A contagem do prazo suspenso reinicia-se com a

notificao da deciso ao representante designado.

4

5 - Se houver necessidade de fazer intervir um

menor em causa pendente, no havendo acordo

5

12

entre os pais para o efeito, pode qualquer deles

requerer a suspenso da instncia at resoluo do

desacordo pelo tribunal da causa, que decidir no

prazo de 30 dias.

ARTIGO 13.

Capacidade judiciria dos inabilitados

ARTIGO 19.

Capacidade judiciria dos inabilitados

1 - Os inabilitados podem intervir em todas as

aces em que sejam partes e devem ser citados

quando tiverem a posio de rus, sob pena de se

verificar a nulidade correspondente falta de

citao, ainda que tenha sido citado o curador.

1

2 - A interveno do inabilitado fica subordinada

orientao do curador, que prevalece no caso de

divergncia.-

2

ARTIGO 14.

Representao das pessoas impossibilitadas de

receber a citao

ARTIGO 20.

Representao das pessoas impossibilitadas de

receber a citao

1 - As pessoas que, por anomalia psquica ou outro

motivo grave, estejam impossibilitadas de receber a

citao para a causa so representadas nela por um

curador especial.

1

2 - A representao do curador cessa, quando for

julgada desnecessria, ou quando se juntar

documento que mostre ter sido declarada a

interdio ou a inabilitao e nomeado

representante ao incapaz.

2

3 - A desnecessidade da curadoria, quer seja

originria, quer superveniente, apreciada

sumariamente, a requerimento do curatelado, que

pode produzir quaisquer provas.

3

4 - O representante nomeado na aco de interdio

ou de inabilitao ser citado para ocupar no

processo o lugar de curador.

4

ARTIGO 15.

Defesa do ausente e do incapaz pelo Ministrio

Pblico

ARTIGO 21.

Defesa do ausente e do incapaz pelo Ministrio

Pblico

1 - Se o ausente ou o incapaz, ou os seus

representantes, no deduzirem oposio, ou se o

ausente no comparecer a tempo de a deduzir,

incumbe ao Ministrio Pblico a defesa deles, para o

que ser citado, preferencialmente por transmisso

1 - Se o ausente ou o incapaz, ou os seus

representantes, no deduzirem oposio, ou se o

ausente no comparecer a tempo de a deduzir,

incumbe ao Ministrio Pblico a defesa deles, para o

que ser citado, preferencialmente por transmisso

13

electrnica de dados, nos termos

definidos na portaria prevista no n. 1 do artigo

138.-A, correndo novamente o prazo para a

contestao.

electrnicaeletrnica de dados, nos termos definidos

na portaria prevista no n. 1 do artigo 138.-A

132., correndo novamente o prazo para a

contestao.

2 - Quando o Ministrio Pblico represente o autor,

ser nomeado um defensor oficioso.

2

3 - Cessa a representao do Ministrio Pblico ou

do defensor oficioso, logo que o ausente ou o seu

procurador comparea, ou logo que seja constitudo

mandatrio judicial do ausente ou do incapaz.

3

ARTIGO 16.

Representao dos incertos

ARTIGO 22.

Representao dos incertos

1 - Quando a aco seja proposta contra incertos,

por no ter o autor possibilidade de identificar os

interessados directos em contradizer, so aqueles

representados pelo Ministrio Pblico.

1

2 - Quando o Ministrio Pblico represente o autor,

nomeado defensor oficioso aos incertos.

2

3 - A representao do Ministrio Pblico ou do

defensor oficioso s cessa quando os citados como

incertos se apresentem para intervir como rus e a

sua legitimidade se encontre devidamente

reconhecida.

3

ARTIGO 17.

Representao de incapazes e ausentes pelo

Ministrio Pblico

ARTIGO 23.

Representao de incapazes e ausentes pelo

Ministrio Pblico

1 - Incumbe ao Ministrio Pblico, em representao

de incapazes e ausentes, intentar em juzo

quaisquer aces que se mostrem necessrias

tutela dos seus direitos e interesses.

1

2 - A representao cessa logo que seja constitudo

mandatrio judicial do incapaz ou ausente, ou

quando, deduzindo o respectivo representante legal

oposio interveno principal do Ministrio

Pblico, o juiz, ponderado o interesse do

representado, a considere procedente.

2

ARTIGO 18.

Aes que tm de ser propostas por ambos os

cnjuges ou por um com o consentimento do

outro

(Revogado.)

14

ARTIGO 19.

Aes que devem ser propostas contra ambos

os cnjuges

(Revogado.)

ARTIGO 20.

Representao do Estado

ARTIGO 24.

Representao do Estado

1 - O Estado representado pelo Ministrio Pblico,

sem prejuzo dos casos em que a lei especialmente

permita o patrocnio por mandatrio judicial prprio,

cessando a interveno principal do Ministrio

Pblico logo que este esteja constitudo.

1

2 - Se a causa tiver por objecto bens ou direitos do

Estado, mas que estejam na administrao ou

fruio de entidades autnomas, podem estas

constituir advogado que intervenha no processo

juntamente com o Ministrio Pblico, para o que

sero citadas quando o Estado seja ru; havendo

divergncia entre o Ministrio Pblico e o advogado,

prevalece a orientao daquele.

2

ARTIGO 21.

Representao das outras pessoas coletivas e

das sociedades

ARTIGO 25.

Representao das outras pessoas coletivas e

das sociedades

1 - As demais pessoas colectivas e as sociedades

so representadas por quem a lei, os estatutos ou o

pacto social designarem.

1

2 - Sendo demandada pessoa colectiva ou sociedade

que no tenha quem a represente, ou ocorrendo

conflito de interesses entre a r e o seu

representante, designar o juiz da causa

representante especial, salvo se a lei estabelecer

outra forma de assegurar a respectiva

representao em juzo.

2

3 - As funes do representante a que se refere o

nmero anterior cessam logo que a representao

seja assumida por quem deva, nos termos da lei,

assegur-la.

3

ARTIGO 22.

Representao das entidades que caream de

personalidade jurdica

ARTIGO 26.

Representao das entidades que caream de

personalidade jurdica

15

Salvo disposio especial em contrrio, os

patrimnios autnomos so representados pelos

seus administradores e as sociedades e associaes

que caream de personalidade jurdica, bem como

as sucursais, agncias, filiais ou delegaes, so

representadas pelas pessoas que ajam como

directores, gerentes ou administradores.

ARTIGO 23.

Suprimento da incapacidade judiciria e da

irregularidade de representao

ARTIGO 27.

Suprimento da incapacidade judiciria e da

irregularidade de representao

1 - A incapacidade judiciria e a irregularidade de

representao so sanadas mediante a interveno

ou citao do representante legtimo ou do curador

do incapaz.

1

2 - Se estes ratificarem os actos anteriormente

praticados, o processo segue como se o vcio no

existisse; no caso contrrio, fica sem efeito todo o

processado posterior ao momento em que a falta se

deu ou a irregularidade foi cometida, correndo

novamente os prazos para a prtica dos actos no

ratificados, que podem ser renovados.

2

3 - Se a irregularidade verificada consistir na

preterio de algum dos pais, tem-se como

ratificado o processado anterior, quando o preterido,

devidamente notificado, nada disser dentro do prazo

fixado; havendo desacordo dos pais acerca da

repetio da aco ou da renovao dos actos,

aplicvel o disposto no artigo 12.

3 - Se a irregularidade verificada consistir na

preterio de algum dos pais, tem-se como

ratificado o processado anterior, quando o preterido,

devidamente notificado, nada disser dentro do prazo

fixado; havendo desacordo dos pais acerca da

repetio da acoao ou da renovao dos

actosatos, aplicvel o disposto no artigo 1218.

4 - Sendo o incapaz autor e tendo o processo sido

anulado desde o incio, se o prazo de prescrio ou

caducidade tiver entretanto terminado ou terminar

nos dois meses imediatos anulao, no se

considera completada a prescrio ou caducidade

antes de findarem estes dois meses.

4

ARTIGO 24.

Iniciativa do juiz no suprimento

ARTIGO 28.

Iniciativa do juiz no suprimento

1 - Logo que se aperceba de algum dos vcios a que

se refere o artigo anterior, deve o juiz,

oficiosamente e a todo o tempo, providenciar pela

regularizao da instncia.

1

2 - Incumbe ao juiz ordenar a citao do ru em 2

16

quem o deva representar, ou, se a falta ou

irregularidade respeitar ao autor, determinar a

notificao de quem o deva representar na causa

para, no prazo fixado, ratificar, querendo, no todo

ou em parte, o processado anterior, suspendendo-

se entretanto a instncia.

ARTIGO 25.

Falta de autorizao ou de deliberao

ARTIGO 29.

Falta de autorizao ou de deliberao

1 - Se a parte estiver devidamente representada,

mas faltar alguma autorizao ou deliberao

exigida por lei, designar-se- o prazo dentro do qual

o representante deve obter a respectiva autorizao

ou deliberao, suspendendo-se entretanto os

termos da causa.

1

2 - No sendo a falta sanada dentro do prazo, o ru

absolvido da instncia, quando a autorizao ou

deliberao devesse ser obtida pelo representante

do autor; se era ao representante do ru que

incumbia prover, o processo segue como se o ru

no deduzisse oposio.

2

3 (Revogado)

SECO II

Legitimidade das partes

CAPTULO II

Legitimidade das partes

ARTIGO 26.

Conceito de legitimidade

ARTIGO 30.

Conceito de legitimidade

1 - O autor parte legtima quando tem interesse

directo em demandar; o ru parte legtima quando

tem interesse directo em contradizer.

1

2 - O interesse em demandar exprime-se pela

utilidade derivada da procedncia da aco; o

interesse em contradizer, pelo prejuzo que dessa

procedncia advenha.

2 - O interesse em demandar exprime-se pela

utilidade derivada da procedncia da aco;ao e o

interesse em contradizer, pelo prejuzo que dessa

procedncia advenha.

3 - Na falta de indicao da lei em contrrio, so

considerados titulares do interesse relevante para o

efeito da legitimidade os sujeitos da relao

controvertida, tal como configurada pelo autor.

3

ARTIGO 26.-A

Aes para a tutela de interesses difusos

ARTIGO 31.

Aes para a tutela de interesses difusos

Tm legitimidade para propor e intervir nas aces e

procedimentos cautelares destinados,

17

designadamente, defesa da sade pblica, do

ambiente, da qualidade de vida, do patrimnio

cultural e do domnio pblico, bem como

proteco do consumo de bens e servios, qualquer

cidado no gozo dos seus direitos civis e polticos,

as associaes e fundaes defensoras dos

interesses em causa, as autarquias locais e o

Ministrio Pblico, nos termos previstos na lei.

ARTIGO 27.

Litisconsrcio voluntrio

ARTIGO 32.

Litisconsrcio voluntrio

1 - Se a relao material controvertida respeitar a

vrias pessoas, a aco respectiva pode ser

proposta por todos ou contra todos os interessados;

mas, se a lei ou o negcio for omisso, a aco pode

tambm ser proposta por um s ou contra um s

dos interessados, devendo o tribunal, nesse caso,

conhecer apenas da respectiva quota-parte do

interesse ou da responsabilidade, ainda que o

pedido abranja a totalidade.

1

2 - Se a lei ou o negcio permitir que o direito seja

exercido por um s ou que a obrigao comum seja

exigida de um s dos interessados, basta que um

deles intervenha para assegurar a legitimidade.

2

ARTIGO 28.

Litisconsrcio necessrio

ARTIGO 33.

Litisconsrcio necessrio

1 - Se, porm, a lei ou o negcio exigir a

interveno dos vrios interessados na relao

controvertida, a falta de qualquer deles motivo de

ilegitimidade.

1

2 - igualmente necessria a interveno de todos

os interessados quando, pela prpria natureza da

relao jurdica, ela seja necessria para que a

deciso a obter produza o seu efeito til normal. A

deciso produz o seu efeito til normal sempre que,

no vinculando embora os restantes interessados,

possa regular definitivamente a situao concreta

das partes relativamente ao pedido formulado.

2 - igualmente necessria a interveno de todos

os interessados quando, pela prpria natureza da

relao jurdica, ela seja necessria para que a

deciso a obter produza o seu efeito til normal.

A deciso produz o seu efeito til normal sempre

que, no vinculando embora os restantes

interessados, possa regular definitivamente a

situao concreta das partes relativamente ao

pedido formulado.

3 - igualmente necessria a interveno de todos

os interessados quando, pela prpria natureza da

relao jurdica, ela seja necessria para que a

18

deciso a obter produza o seu efeito til normal. A

deciso produz o seu efeito til normal sempre que,

no vinculando embora os restantes interessados,

possa regular definitivamente a situao concreta

das partes relativamente ao pedido formulado.

ARTIGO 28.-A

Aes que tm de ser propostas por ambos ou

contra ambos os cnjuges

ARTIGO 34.

Aes que tm de ser propostas por ambos ou

contra ambos os cnjuges

1 - Devem ser propostas por marido e mulher, ou

por um deles com consentimento do outro, as

aces de que possa resultar a perda ou a onerao

de bens que s por ambos possam ser alienados ou

a perda de direitos que s por ambos possam ser

exercidos, incluindo as aces que tenham por

objecto, directa ou indirectamente, a casa de

morada de famlia.

1 - Devem ser propostas por marido e mulherambos

os cnjuges, ou por um deles com consentimento do

outro, as acesaes de que possa resultar a perda

ou a onerao de bens que s por ambos possam

ser alienados ou a perda de direitos que s por

ambos possam ser exercidos, incluindo as

acesaes que tenham por objecto, directaobjeto,

direta ou indirectamenteindiretamente, a casa de

morada de famlia.

2 - Na falta de acordo, o tribunal decidir sobre o

suprimento do consentimento, tendo em

considerao o interesse da famlia, aplicando-se,

com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo

25.

2 - Na falta de acordo, o tribunal decidirdecide

sobre o suprimento do consentimento, tendo em

considerao o interesse da famlia, aplicando-se,

com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo

2529..

3 - Devem ser propostas contra o marido e a mulher

as aces emergentes de facto praticado por ambos

os cnjuges, as aces emergentes de facto

praticado por um deles, mas em que pretenda

obter-se deciso susceptvel de ser executada sobre

bens prprios do outro, e ainda as aces

compreendidas no n. 1.

3 - Devem ser propostas contra o marido e a

mulherambos os cnjuges as acesaes

emergentes de facto praticado por ambos os

cnjuges, as acesaes emergentes de facto

praticado por um deles, mas em que pretenda

obter-se deciso susceptvelsuscetvel de ser

executada sobre bens prprios do outro, e ainda as

acesaes compreendidas no n. 1.

ARTIGO 29.

O litisconsrcio e a ao

ARTIGO 35.

O litisconsrcio e a ao

No caso de litisconsrcio necessrio, h uma nica

aco com pluralidade de sujeitos; no litisconsrcio

voluntrio, h uma simples acumulao de aces,

conservando cada litigante uma posio de

independncia em relao aos seus compartes.

ARTIGO 30.

Coligao de autores e de rus

ARTIGO 36.

Coligao de autores e de rus

1 - permitida a coligao de autores contra um ou 1

19

vrios rus e permitido a um autor demandar

conjuntamente vrios rus, por pedidos diferentes,

quando a causa de pedir seja a mesma e nica ou

quando os pedidos estejam entre si numa relao

de prejudicialidade ou de dependncia.

2 - igualmente lcita a coligao quando, sendo

embora diferente a causa de pedir, a procedncia

dos pedidos principais dependa essencialmente da

apreciao dos mesmos factos ou da interpretao e

aplicao das mesmas regras de direito ou de

clusulas de contratos perfeitamente anlogas.

2

3 - admitida a coligao quando os pedidos

deduzidos contra os vrios rus se baseiam na

invocao da obrigao cartular, quanto a uns, e da

respectiva relao subjacente, quanto a outros.

3

4 (Revogado)

ARTIGO 31.

Obstculos coligao

ARTIGO 37.

Obstculos coligao

1 - A coligao no admissvel quando aos pedidos

correspondam formas de processo diferentes ou a

cumulao possa ofender regras de competncia

internacional ou em razo da matria ou da

hierarquia; mas no impede a cumulao a

diversidade da forma de processo que derive

unicamente do valor, sem prejuzo do disposto nos

nmeros seguintes.

1 - A coligao no admissvel quando aos pedidos

correspondam formas de processo diferentes ou a

cumulao possa ofender regras de competncia

internacional ou em razo da matria ou da

hierarquia; mas no impede a cumulao a

diversidade da forma de processo que derive

unicamente do valor, sem prejuzo do disposto nos

nmeros seguintes.

2 - Quando aos pedidos correspondam formas de

processo que, embora diversas, no sigam uma

tramitao manifestamente incompatvel, pode o

juiz autorizar a cumulao, sempre que nela haja

interesse relevante ou quando a apreciao

conjunta das pretenses seja indispensvel para a

justa composio do litgio.

2

3 - Incumbe ao juiz, na situao prevista no nmero

anterior, adaptar o processado cumulao

autorizada.

3

4 - Se o tribunal, oficiosamente ou a requerimento

de algum dos rus, entender que, no obstante a

verificao dos requisitos da coligao, h

inconveniente grave em que as causas sejam

instrudas, discutidas e julgadas conjuntamente,

4 - Se o tribunal, oficiosamente ou a requerimento

de algum dos rus, entender que, no obstante a

verificao dos requisitos da coligao, h

inconveniente grave em que as causas sejam

instrudas, discutidas e julgadas conjuntamente,

20

determinar, em despacho fundamentado, a

notificao do autor para indicar, no prazo fixado,

qual o pedido ou os pedidos que continuaro a ser

apreciados no processo, sob cominao de, no o

fazendo, ser o ru absolvido da instncia quanto a

todos eles, aplicando-se o disposto nos ns 2 e 3 do

artigo 31.-A.

determinardetermina, em despacho fundamentado,

a notificao do autor para indicar, no prazo fixado,

qual o pedido ou os pedidos que

continuarocontinuam a ser apreciados no processo,

sob cominao de, no o fazendo, ser o ru

absolvido da instncia quanto a todos eles,

aplicando-se o disposto nos nsn.os 2 e 3 do artigo

31.-Aseguinte.

5 - No caso previsto no nmero anterior, se as

novas aces forem propostas dentro de 30 dias, a

contar do trnsito em julgado do despacho que

ordenou a separao, os efeitos civis da propositura

da aco e da citao do ru retrotraem-se data

em que estes factos se produziram no primeiro

processo.

5

ARTIGO 31.-A

Suprimento da coligao ilegal

ARTIGO 38.

Suprimento da coligao ilegal

1 - Ocorrendo coligao sem que entre os pedidos

exista a conexo exigida pelo artigo 30., o juiz

notificar o autor para, no prazo fixado, indicar qual

o pedido que pretende ver apreciado no processo,

sob cominao de, no o fazendo, o ru ser

absolvido da instncia quanto a todos eles.

1 - Ocorrendo coligao sem que entre os pedidos

exista a conexo exigida pelo artigo 3036., o juiz

notificarnotifica o autor para, no prazo fixado,

indicar qual o pedido que pretende ver apreciado no

processo, sob cominao de, no o fazendo, o ru

ser absolvido da instncia quanto a todos eles.

2 - Havendo pluralidade de autores, sero todos

notificados, nos termos do nmero anterior, para,

por acordo, esclarecerem quais os pedidos que

pretendem ver apreciados no processo.

2

3 - Feita a indicao a que aludem os nmeros

anteriores, o juiz absolve o ru da instncia

relativamente aos outros pedidos.

3

ARTIGO 31.-B

Pluralidade subjetiva subsidiria

ARTIGO 39.

Pluralidade subjetiva subsidiria

admitida a deduo subsidiria do mesmo pedido,

ou a deduo de pedido subsidirio, por autor ou

contra ru diverso do que demanda ou

demandado a ttulo principal, no caso de dvida

fundamentada sobre o sujeito da relao

controvertida.

SECO III

Patrocnio judicirio

CAPTULO III

Patrocnio judicirio

21

ARTIGO 32.

Constituio obrigatria de advogado

ARTIGO 40.

Constituio obrigatria de advogado

1 - obrigatria a constituio de advogado: 1

a) Nas causas de competncia de tribunais com

alada, em que seja admissvel recurso ordinrio;

a)

b) Nas causas em que seja sempre admissvel

recurso, independentemente do valor;

b)

c) Nos recursos e nas causas propostas nos

tribunais superiores.

c)

2 - Ainda que seja obrigatria a constituio de

advogado, os advogados estagirios, os

solicitadores e as prprias partes podem fazer

requerimentos em que se no levantem questes de

direito.

2

3 (Revogado.) 3- Nas causas em que, no sendo obrigatria a

constituio de advogado, as partes no tenham

constitudo mandatrio judicial, a inquirio das

testemunhas efetuada pelo juiz, cabendo ainda a

este adequar a tramitao processual s

especificidades da situao.

4 - Quando no haja advogado na comarca, o

patrocnio pode ser exercido por solicitador.

---

ARTIGO 33.

Falta de constituio de advogado

ARTIGO 41.

Falta de constituio de advogado

Se a parte no constituir advogado, sendo

obrigatria a constituio, o tribunal, oficiosamente

ou a requerimento da parte contrria, f-la-

notificar para o constituir dentro de prazo certo, sob

pena de o ru ser absolvido da instncia, de no ter

seguimento o recurso ou de ficar sem efeito a

defesa.

Se a parte no constituir advogado, sendo

obrigatria a constituio, o tribunaljuiz,

oficiosamente ou a requerimento da parte contrria,

f-la- notificardetermina a sua notificao para o

constituir dentro de prazo certo, sob pena de o ru

ser absolvido da instncia, de no ter seguimento o

recurso ou de ficar sem efeito a defesa.

ARTIGO 34.

Representao nas causas em que no

obrigatria a constituio de advogado

ARTIGO 42.

Representao nas causas em que no

obrigatria a constituio de advogado

Nas causas em que no seja obrigatria a

constituio de advogado podem as prprias partes

pleitear por si ou ser representadas por advogados

estagirios ou por solicitadores.

ARTIGO 35.

Como se confere o mandato judicial

ARTIGO 43.

Como se confere o mandato judicial

22

O mandato judicial pode ser conferido:

a) Por instrumento pblico ou por documento

particular, nos termos do Cdigo do Notariado e da

legislao especial;

a)

b) Por declarao verbal da parte no auto de

qualquer diligncia que se pratique no processo.

b)

ARTIGO 36.

Contedo e alcance do mandato

ARTIGO 44.

Contedo e alcance do mandato

1 - O mandato atribui poderes ao mandatrio para a

representar em todos os actos e termos do processo

principal e respectivos incidentes, mesmo perante

os tribunais superiores, sem prejuzo das

disposies que exijam a outorga de poderes

especiais por parte do mandante.

1 - O mandato atribui poderes ao mandatrio para a

representar a parte em todos os actosatos e termos

do processo principal e respectivosrespetivos

incidentes, mesmo perante os tribunais superiores,

sem prejuzo das disposies que exijam a outorga

de poderes especiais por parte do mandante.

2 - O mandato atribui poderes ao mandatrio para a

representar em todos os actos e termos do processo

principal e respectivos incidentes, mesmo perante

os tribunais superiores, sem prejuzo das

disposies que exijam a outorga de poderes

especiais por parte do mandante.

2

3 - O substabelecimento sem reserva implica a

excluso do anterior mandato.

3 - O substabelecimento sem reserva implica a

excluso do anterior mandatomandatrio.

4 - A eficcia do mandato depende de aceitao,

que pode ser manifestada no prprio instrumento

pblico ou em documento particular, ou resultar de

comportamento concludente do mandatrio.

4

ARTIGO 37.

Poderes gerais e especiais dos mandatrios

judiciais

ARTIGO 45.

Poderes gerais e especiais dos mandatrios

judiciais

1 - Quando a parte declare na procurao que d

poderes forenses ou para ser representada em

qualquer aco, o mandato tem a extenso definida

no artigo anterior.

1 - Quando a parte declare na procurao que

dconcede poderes forenses ou para ser

representada em qualquer acoao, o mandato

tem a extenso definida no artigo anterior.

2 - Os mandatrios judiciais s podem confessar a

aco, transigir sobre o seu objecto e desistir do

pedido ou da instncia, quando estejam munidos de

procurao que os autorize expressamente a

praticar qualquer desses actos.

2

ARTIGO 38.

Confisso de factos feita pelo mandatrio

ARTIGO 46.

Confisso de factos feita pelo mandatrio

23

As afirmaes e confisses expressas de factos,

feitas pelo mandatrio nos articulados, vinculam a

parte, salvo se forem rectificadas ou retiradas

enquanto a parte contrria as no tiver aceitado

especificadamente.

ARTIGO 39.

Revogao e renncia do mandato

ARTIGO 47.

Revogao e renncia do mandato

1 - A revogao e a renncia do mandato devem ter

lugar no prprio processo e so notificadas, tanto ao

mandatrio ou ao mandante, como parte

contrria.

1

2 - Os efeitos da revogao e da renncia

produzem-se a partir da notificao, sem prejuzo

do disposto nos nmeros seguintes; a renncia

pessoalmente notificada ao mandante, com a

advertncia dos efeitos previstos no n. 3.

2 - Os efeitos da revogao e da renncia

produzem-se a partir da notificao, sem prejuzo

do disposto nos nmeros seguintes; a renncia

pessoalmente notificada ao mandante, com a

advertncia dos efeitos previstos no n. 3nmero

seguinte.

3 - Nos casos em que obrigatria a constituio de

advogado, se a parte, depois de notificada da

renncia, no constituir novo mandatrio no prazo

de 20 dias, suspende-se a instncia, se a falta for

do autor; se for do ru, o processo segue os seus

termos, aproveitando-se os actos anteriormente

praticados pelo advogado.

3 - Nos casos em que seja obrigatria a

constituio de advogado, se a parte, depois de

notificada da renncia, no constituir novo

mandatrio no prazo de 20 dias, suspende-se a

instncia, se a falta for do autor; se for do ru, o

processo segue os seus termos, aproveitando-se os

actos anteriormente praticados pelo advogado.:

a) Suspende-se a instncia, se a falta for do autor

ou do exequente;

b) O processo segue os seus termos, se a falta for

do ru, do executado ou do requerido,

aproveitando-se os atos anteriormente praticados;

c) Extingue-se o procedimento ou o incidente

inserido na tramitao de qualquer ao, se a falta

for do requerente, opoente ou embargante.

4 - Sendo o patrocnio obrigatrio, se o ru ou o

reconvindo no puderem ser notificados, o juiz

solicita ao competente conselho distrital da Ordem

dos Advogados a nomeao oficiosa de mandatrio,

a realizar em 10 dias, findos os quais a instncia

prossegue, aplicando-se, com as necessrias

adaptaes, o disposto nos artigos 43. e 44.

4 - Sendo o patrocnio obrigatrio, se o ru ou, o

reconvindo, o executado ou o requerido no

puderem ser notificados, o juiz solicita ao

competente conselho distrital da Ordem dos

Advogados a nomeao oficiosa de nomeado

oficiosamente mandatrio, a realizar em 10 dias,

findos os quais a instncia prossegue, aplicando-se,

com as necessrias adaptaes, o disposto nos

24

artigos 43termos do n. e 443 do artigo 51..

5 - O advogado nomeado nos termos do nmero

anterior tem direito a exame do processo, pelo

prazo de 10 dias.

5

6 - Se o ru tiver deduzido reconveno, esta fica

sem efeito, quando for dele a falta a que se refere o

n. 3; sendo a falta do autor, seguir s o pedido

reconvencional, decorridos que sejam 10 dias sobre

a suspenso da aco.

6

ARTIGO 40.

Falta, insuficincia e irregularidade do

mandato

ARTIGO 48.

Falta, insuficincia e irregularidade do

mandato

1 - A falta de procurao e a sua insuficincia ou

irregularidade podem, em qualquer altura, ser

arguidas pela parte contrria e suscitadas

oficiosamente pelo tribunal.

1

2 - O juiz fixa o prazo dentro do qual deve ser

suprida a falta ou corrigido o vcio e ratificado o

processado. Findo este prazo sem que esteja

regularizada a situao, fica sem efeito tudo o que

tiver sido praticado pelo mandatrio, devendo este

ser condenado nas custas respectivas e, se tiver

agido culposamente, na indemnizao dos prejuzos

a que tenha dado causa.

2 - O juiz fixa o prazo dentro do qual deve ser

suprida a falta ou corrigido o vcio e ratificado o

processado. Findo este prazo, findo o qual, sem que

esteja regularizada a situao, fica sem efeito tudo

o que tiver sido praticado pelo mandatrio, devendo

este ser condenado nas custas respectivasrespetivas

e, se tiver agido culposamente, na indemnizao

dos prejuzos a que tenha dado causa.

3 - Sempre que o vcio resulte de excesso de

mandato, o tribunal participa a ocorrncia ao

conselho distrital da Ordem dos Advogados.

3

ARTIGO 41.

Patrocnio a ttulo de gesto de negcios

ARTIGO 49.

Patrocnio a ttulo de gesto de negcios

1 - Em casos de urgncia, o patrocnio judicirio

pode ser exercido como gesto de negcios.

1

2 - Porm, se a parte no ratificar a gesto dentro

do prazo assinado pelo juiz, o gestor ser

condenado nas custas que provocou e na

indemnizao do dano causado parte contrria ou

parte cuja gesto assumiu.

2 - Porm, se a parte no ratificar a gesto dentro

do prazo assinadofixado pelo juiz, o gestor ser

condenado nas custas que provocou e na

indemnizao do dano causado parte contrria ou

parte cuja gesto assumiu.

3 - O despacho que fixar o prazo para a ratificao

notificado pessoalmente parte cujo patrocnio o

gestor assumiu.

3

ARTIGO 42.

Assistncia tcnica aos advogados

ARTIGO 50.

Assistncia tcnica aos advogados

25

1 - Quando no processo se suscitem questes de

natureza tcnica para as quais no tenha a

necessria preparao, pode o advogado fazer-se

assistir, durante a produo da prova e a discusso

da causa, de pessoa dotada de competncia especial

para se ocupar das questes suscitadas.

1

2 - At 10 dias antes da audincia de discusso e

julgamento, o advogado indicar no processo a

pessoa que escolheu e as questes para que reputa

conveniente a sua assistncia, dando-se logo

conhecimento do facto ao advogado da parte

contrria, que pode usar de igual direito.

2 - At 10 dias antes da audincia de discusso e

julgamentofinal, o advogado indicarindica no

processo a pessoa que escolheu e as questes para

que reputa conveniente a sua assistncia, dando-se

logo conhecimento do facto ao advogado da parte

contrria, que pode usar de igual direito.

3 - A interveno pode ser recusada, quando se

julgue desnecessria.

3

4 - Em relao s questes para que tenha sido

designado, o tcnico tem os mesmos direitos e

deveres que o advogado, mas deve prestar o seu

concurso sob a direco deste e no pode produzir

alegaes orais.

4

ARTIGO 43.

Nomeao oficiosa de advogado

ARTIGO 51.

Nomeao oficiosa de advogado

1 - Se a parte no encontrar na circunscrio

judicial quem aceite voluntariamente o seu

patrocnio, pode dirigir-se ao presidente do conselho

distrital da Ordem dos Advogados ou respectiva

delegao para que lhe nomeiem advogado.

1

2 - A nomeao ser feita sem demora e notificada

ao nomeado, que pode alegar escusa dentro de

cinco dias. Na falta de escusa ou quando esta no

seja julgada legtima por quem fez a nomeao,

deve o advogado exercer o patrocnio, sob pena de

procedimento disciplinar.

2

3 - nomeao de advogado nos casos de urgncia

aplica-se, com as necessrias adaptaes, o

disposto para as nomeaes urgentes em processo

penal.

ARTIGO 44.

Nomeao efetuada pelo juiz

ARTIGO 52.

Nomeao efetuada pelo juiz oficiosa de

solicitador

1 - Sendo necessria a nomeao de solicitador,

26

aplicvel, com as necessrias adaptaes, o

disposto no artigo anterior.

2- Ao juiz pertence tambm a nomeao de

advogado nos casos de urgncia ou quando a

entidade competente a no faa dentro de 10 dias.

---

TTULO II

Da ao executiva

LIVRO IV

Do processo de execuo

CAPTULO I

Do ttulo executivo

TTULO I

Do ttulo executivo

ARTIGO 45.

Funo do ttulo executivo

ARTIGO 10.

Espcies de aes, consoante o seu fim

1 - Toda a execuo tem por base um ttulo, pelo

qual se determinam o fim e os limites da aco

executiva.

5

2 - O fim da execuo, para o efeito do processo

aplicvel, pode consistir no pagamento de quantia

certa, na entrega de coisa certa ou na prestao de

um facto, quer positivo, quer negativo.

6

ARTIGO 46.

Espcies de ttulos executivos

ARTIGO 703.

Espcies de ttulos executivos

1 - execuo apenas podem servir de base: 1

a) As sentenas condenatrias; a)

b) Os documentos exarados ou autenticados, por

notrio ou por outras entidades ou profissionais com

competncia para tal, que importem constituio ou

reconhecimento de qualquer obrigao;

b)

c) Os ttulos de crdito, ainda que meros

quirgrafos, desde que, neste caso, os factos

constitutivos da relao subjacente constem do

prprio documento ou sejam alegados no

requerimento executivo;

c) Os documentos particulares, assinados pelo

devedor, que importem constituio ou

reconhecimento de obrigaes pecunirias, cujo

montante seja determinado ou determinvel por

simples clculo aritmtico de acordo com as

clusulas dele constantes, ou de obrigao de

entrega de coisa ou de prestao de facto;

---

d) Os documentos a que, por disposio especial,

seja atribuda fora executiva.

d)

27

2 Consideram-se abrangidos pelo ttulo executivo

os juros de mora, taxa legal, da obrigao dele

constante.

2

ARTIGO 47.

Requisitos da exequibilidade da sentena

ARTIGO 704.

Requisitos da exequibilidade da sentena

1 - A sentena s constitui ttulo executivo depois

do trnsito em julgado, salvo se o recurso contra ela

interposto tiver efeito meramente devolutivo.

1

2 - A execuo iniciada na pendncia de recurso

extingue-se ou modifica-se em conformidade com a

deciso definitiva comprovada por certido. As

decises intermdias podem igualmente suspender

ou modificar a execuo, consoante o efeito

atribudo ao recurso que contra elas se interpuser.

2

3 - Enquanto a sentena estiver pendente de

recurso, no pode o exequente ou qualquer credor

ser pago sem prestar cauo.

3

4 - Enquanto a sentena estiver pendente de

recurso, se o bem penhorado for a casa de

habitao efetiva do executado, o juiz pode, a

requerimento daquele, determinar que a venda

aguarde a deciso definitiva, quando aquela seja

suscetvel de causar prejuzo grave e dificilmente

reparvel.

4 - Quando se execute sentena da qual haja sido

interposto recurso com efeito meramente

devolutivo, sem que a parte vencida haja requerido

a atribuio do efeito suspensivo, nos termos do n.

3 do artigo 692., nem a parte vencedora haja

requerido a prestao de cauo, nos termos do n.

2 do artigo 693., o executado pode obter a

suspenso da execuo, mediante prestao de

cauo, aplicando-se, devidamente adaptado, o n.

3 do artigo 818.

5 - Quando se execute sentena da qual haja sido

interposto recurso com efeito meramente

devolutivo, sem que a parte vencida haja requerido

a atribuio do efeito suspensivo, nos termos do n.

34 do artigo 692647., nem a parte vencedora haja

requerido a prestao de cauo, nos termos do n.

2 do artigo 693649., o executado pode obter a

suspenso da execuo, mediante prestao de

cauo, aplicando-se, devidamente adaptado, o n.

3 do artigo 818.733. e os n.os 3 e 4 do artigo

650..

5 - Tendo havido condenao genrica, nos termos

do n. 2 do artigo 661., e no dependendo a

liquidao da obrigao de simples clculo

aritmtico, a sentena s constitui ttulo executivo

aps a liquidao no processo declarativo, sem

prejuzo da imediata exequibilidade da parte que

6 - Tendo havido condenao genrica, nos termos

do n. 2 do artigo 661609., e no dependendo a

liquidao da obrigao de simples clculo

aritmtico, a sentena s constitui ttulo executivo

aps a liquidao no processo declarativo, sem

prejuzo da imediata exequibilidade da parte que

28

seja lquida e do disposto no n. 6 do artigo 805. seja lquida e do disposto no n. 67 do artigo

805716..

ARTIGO 48.

Exequibilidade dos despachos e das decises

arbitrais

ARTIGO 705.

Exequibilidade dos despachos e das decises

arbitrais

1 - So equiparados s sentenas, sob o ponto de

vista da fora executiva, os despachos e quaisquer

outras decises ou actos da autoridade judicial que

condenem no cumprimento duma obrigao.

1

2 - As decises proferidas pelo tribunal arbitral so

exequveis nos mesmos termos em que o so as

decises dos tribunais comuns.

2

ARTIGO 49.

Exequibilidade das sentenas e dos ttulos

exarados em pas estrangeiro

ARTIGO 706.

Exequibilidade das sentenas e dos ttulos

exarados em pas estrangeiro

1 Sem prejuzo do que se ache estabelecido em

tratados, convenes, regulamentos comunitrios e

leis especiais, as sentenas proferidas por tribunais

ou por rbitros em pas estrangeiro s podem servir

de base execuo depois de revistas e

confirmadas pelo tribunal portugus competente.

1

2 - No carecem, porm, de reviso para ser

exequveis os ttulos exarados em pas estrangeiro.

2

ARTIGO 50.

Exequibilidade dos documentos autnticos ou

autenticados

ARTIGO 707.

Exequibilidade dos documentos autnticos ou

autenticados

Os documentos exarados ou autenticados, por

notrio ou por outras entidades ou profissionais com

competncia para tal, em que se convencionem

prestaes futuras ou se preveja a constituio de

obrigaes futuras podem servir de base

execuo, desde que se prove, por documento

passado em conformidade com as clusulas deles

constantes ou, sendo aqueles omissos, revestido de

fora executiva prpria, que alguma prestao foi

realizada para concluso do negcio ou que alguma

obrigao foi constituda na sequncia da previso

das partes.

ARTIGO 51.

Exequibilidade dos escritos com assinatura a

rogo

ARTIGO 708.

Exequibilidade dos escritos com assinatura a

rogo

29

Nos escritos particulares com assinatura a rogo, o

documento s goza de fora executiva se a

assinatura estiver reconhecida por notrio ou por

outras entidades ou profissionais com competncia

para tal

Nos escritos particulares com assinatura a rogo,

oQualquer documento assinado a rogo s goza de

fora executiva se a assinatura estiver reconhecida

por notrio ou por outras entidades ou profissionais

com competncia para tal.

ARTIGO 52.

Exequibilidade das certides extradas dos

inventrios

(Nota: Revogado pela Lei n. 23/2013, de 5 de

maro)

---

1 - As certides extradas dos processos de

inventrio valem como ttulo executivo, desde que

contenham:

a) A identificao do inventrio pela designao do

inventariado e do inventariante;

b) A indicao de que o respectivo interessado tem

no processo a posio de herdeiro ou legatrio;

c) O teor da deciso da partilha na parte que se

refira ao mesmo interessado, com a meno de que

a partilha foi declarada por deciso do conservador

ou notrio, homologada judicialmente, ou por

sentena transitada em julgado;

d) A relacionao dos bens que forem apontados, de

entre os que tiverem cabido ao requerente.

2 - Se a deciso do conservador ou notrio ou a

sentena tiverem sido modificadas em recurso e a

modificao afectar a quota do interessado, a

certido reproduz a deciso definitiva, na parte

respeitante mesma quota.

3 - Se a certido for destinada a provar a existncia

de um crdito, s conter, alm do requisito da

alnea a) do n. 1, o que do processo constar a

respeito da aprovao ou reconhecimento do crdito

e forma do seu pagamento.

ARTIGO 53.

Cumulao inicial de execues

ARTIGO 709.

Cumulao inicial de execues fundadas em

ttulos diferentes

1 permitido ao credor, ou a vrios litisconsortes,

cumular execues, ainda que fundadas em ttulos

diferentes, contra o mesmo devedor ou contra

vrios devedores litisconsortes, salvo quando:

1 - permitido ao credor, ou a vrios credores

litisconsortes, cumular execues, ainda que

fundadas em ttulos diferentes, contra o mesmo

devedor, ou contra vrios devedores litisconsortes,

30

salvo quando:

a) Ocorrer incompetncia absoluta do tribunal para

alguma das execues;

a)

b) As execues tiverem fins diferentes; b)

c) A alguma das execues corresponder processo

especial diferente do processo que deva ser

empregado quanto s outras, sem prejuzo do

disposto nos ns 2 e 3 do artigo 31.

c)

d) A execuo da deciso judicial corra nos prprios

autos.

2 - Quando todas as execues se fundem em

decises judiciais, ou em outros ttulos de formao

judicial, a aco executiva corre no tribunal do lugar

onde correu a aco ou o processo de valor mais

elevado.

2 - Quando todas as execues se fundem em

decises judiciais, ou em outros ttulos de formao

judicial diferentes da sentena, a acoao

executiva corre no tribunal do lugar onde correu a

aco ou o processoo procedimento de valor mais

elevado.

3 - Quando se cumule execuo fundada em deciso

judicial com execuo fundada em outro ttulo, ou

execuo fundada em outro ttulo de formao

judicial com execuo fundada em ttulo

extrajudicial, a execuo corre no tribunal do lugar

onde correu, respectivamente, a aco ou o

processo em que o ttulo se formou.

3 - Quando se cumule execuo fundada em deciso

judicial com execuo fundada em outro ttulo, ou

execuo fundada em outro ttulo de formao

judicial diferente da sentena com execuo

fundada em ttulo extrajudicial, a execuoao

executiva corre no tribunal do lugar onde correu,

respectivamente, a aco ou o

processoprocedimento em que o ttulo se formou.

4 - Quando as execues se baseiem todas em

ttulos extrajudiciais, aplicvel determinao da

competncia territorial o disposto nos ns 2 e 3 do

artigo 87., com as necessrias adaptaes.

4 - Quando as execues se baseiem todas em

ttulos extrajudiciais, aplicvel determinao da

competncia territorial o disposto nos nsn.s 2 e 3

do artigo 8782., com as necessrias adaptaes.

5 - Quando ocorra cumulao de execues que

devam seguir forma de processo comum distinta, a

execuo segue a forma ordinria.

ARTIGO 710.

Cumulao de execues fundadas em

sentena

Se o ttulo executivo for uma sentena, permitido

cumular a execuo de todos os pedidos julgados

procedentes.

ARTIGO 54.

Cumulao sucessiva

ARTIGO 711.

Cumulao sucessiva

1 - Enquanto uma execuo no for julgada extinta,

pode o exequente requerer, no mesmo processo, a

1 - Enquanto uma execuo no for julgada extinta,

pode o exequente requerer, no mesmo processo, a

31

execuo de outro ttulo, desde que no exista

nenhuma das circunstncias que impedem a

cumulao, sem prejuzo do disposto no nmero

seguinte.

execuo de outro ttulo, desde que no exista

nenhumase verifique qualquer das circunstncias

que impedem a cumulao, sem prejuzo do

disposto no nmero seguinte.

2 - Cessa o obstculo previsto na alnea b) do n. 2

do artigo anterior quando a execuo iniciada com

vista entrega de coisa certa ou de prestao de

facto haja sido convertida em execuo para

pagamento de quantia certa.

2 - Cessa o obstculo previsto na alnea b) do n. 21

do artigo anterior709. quando a execuo iniciada

com vista entrega de coisa certa ou de prestao

de facto haja sido convertida em execuo para

pagamento de quantia certa.

CAPTULO II

Das partes

CAPTULO IV

Disposies especiais sobre execues

ARTIGO 55.

Legitimidade do exequente e do executado

ARTIGO 53.

Legitimidade do exequente e do executado

1 - A execuo tem de ser promovida pela pessoa

que no ttulo executivo figure como credor e deve

ser instaurada contra a pessoa que no ttulo tenha a

posio de devedor.

1

2 - Se o ttulo for ao portador, ser a execuo

promovida pelo portador do ttulo.

2

ARTIGO 56.

Desvios regra geral da determinao da

legitimidade

ARTIGO 54.

Desvios regra geral da determinao da

legitimidade

1 - Tendo havido sucesso no direito ou na

obrigao, deve a execuo correr entre os

sucessores das pessoas que no ttulo figuram como

credor ou devedor da obrigao exequenda. No

prprio requerimento para a execuo deduzir o

exequente os factos constitutivos da sucesso.

1

2 - A execuo por dvida provida de garantia real

sobre bens de terceiro seguir directamente contra

este, se o exequente pretender fazer valer a

garantia, sem prejuzo de poder desde logo ser

tambm demandado o devedor.

2

3 - Quando a execuo tenha sido movida apenas

contra o terceiro e se reconhea a insuficincia dos

bens onerados com a garantia real, pode o

exequente requerer, no mesmo processo, o

prosseguimento da aco executiva contra o

devedor, que ser demandado para completa

satisfao do crdito exequendo.

3

4 Pertencendo os bens onerados ao devedor, mas 4

32

estando eles na posse de terceiro, poder este ser

desde logo demandado juntamente com o devedor.

ARTIGO 57.

Exequibilidade da sentena contra terceiros

ARTIGO 55.

Exequibilidade da sentena contra terceiros

A execuo fundada em sentena condenatria pode

ser promovida, no s contra o devedor, mas ainda

contra as pessoas em relao s quais a sentena

tenha fora de caso julgado.

ARTIGO 58.

Coligao

ARTIGO 56.

Coligao

1- Quando no se verifiquem as circunstncias

impeditivas previstas no n. 1 do artigo 53.,

permitido:

1 - Quando no se verifiquem as circunstncias

impeditivas previstas no n. 1 do artigo 53709.,

permitido:

a) A vrios credores coligados demandar o mesmo

devedor ou vrios devedores litisconsortes;

a)

b) A um ou vrios credores litisconsortes, ou a

vrios credores coligados, demandar vrios

devedores coligados, desde que obrigados no

mesmo ttulo;

b)

c) A um ou vrios credores litisconsortes ou a vrios

credores coligados demandar vrios devedores

coligados, titulares de quinhes no mesmo

patrimnio autnomo ou de direitos relativos ao

mesmo bem indiviso, sobre os quais se faa incidir a

penhora.

c)

2 - No obsta cumulao a circunstncia de ser

ilquida alguma das quantias, desde que a liquidao

dependa unicamente de operaes aritmticas.

2

3 aplicvel coligao o disposto nos ns 2, 3 e 4

do artigo 53. para a cumulao de execues.

3 - aplicvel coligao o disposto nos nsn.s 2,

3 e 4 a 5 do artigo 53709. para a cumulao de

execues.

4 - admitida a coligao sucessiva activa no caso

previsto no n. 4 do artigo 832.

---

ARTIGO 59.

Legitimidade do Ministrio Pblico como

exequente

ARTIGO 57.

Legitimidade do Ministrio Pblico como

exequente

Compete ao Ministrio Pblico promover a execuo

por custas e multas judiciais impostas em qualquer

processo.

33

ARTIGO 60.

Interveno obrigatria de advogado

ARTIGO 58.

Patrocnio judicirio obrigatrio

1 - As partes tm de se fazer representar por

advogado nas execues de valor superior alada

da Relao e nas de valor inferior a esta quantia,

mas excedente alada do tribunal de primeira

instncia, quando tenha lugar algum procedimento

que siga os termos do processo declarativo.

1 - As partes tm de se fazer representar por

advogado nas execues de valor superior alada

da Relao e nas de valor igual ou inferior a esta

quantia, mas excedentesuperior alada do tribunal

de primeira instncia, quando tenha lugar algum

procedimento que siga os termos do processo

declarativo.

2 - No apenso de verificao de crditos, o

patrocnio de advogado s necessrio quando seja

reclamado algum crdito de valor superior alada

do tribunal de comarca e apenas para apreciao

dele.

2 - No apenso de verificao de crditos, o patrocnio

de advogado s necessrio quando seja reclamado

algum crdito de valor superior alada do tribunal

de comarcaprimeira instncia e apenas para

apreciao dele.

3 - As partes tm de se fazer representar por

advogado, advogado estagirio ou solicitador nas

execues de valor superior alada do tribunal de

primeira instncia no abrangidas pelos nmeros

anteriores.

3

LIVRO II

Da competncia e das garantias da

imparcialidade

TTULO IV

Do tribunal

CAPTULO I

Das disposies gerais sobre competncia

CAPTULO I

Das disposies gerais sobre competncia

ARTIGO 61.

Competncia internacional Elementos que a

condicionam

ARTIGO 59.

Competncia internacional Elementos que a

condicionam

Os tribunais portugueses tm competncia

internacional quando se verifique alguma das

circunstncias mencionadas no artigo 65.

Sem prejuzo do que se encontre estabelecido em

regulamentos europeus e em outros instrumentos

internacionais, os tribunais portugueses tm

competncia internacionalso internacionalmente

competentes quando se verifique alguma das

circunstncias mencionadas noalgum dos elementos

de conexo referidos nos artigos 62. e 63. ou

quando as partes lhes tenham atribudo

competncia nos termos do artigo 6594..

ARTIGO 62.

Fatores determinantes da competncia na

ordem interna

ARTIGO 60.

Fatores determinantes da competncia na

ordem interna

1 - A competncia dos tribunais judiciais, no mbito 1

34

da jurisdio civil, regulada conjuntamente pelo

estabelecido nas leis de organizao judiciria e

pelas disposies deste Cdigo.

2 - Na ordem interna, a jurisdio reparte-se pelos

diferentes tribunais segundo a matria, a hierarquia

judiciria, o valor da causa, a forma de processo

aplicvel e o territrio.

2 - Na ordem interna, a jurisdio reparte-se pelos

diferentes tribunais segundo a matria, a o valor da

causa, a hierarquia judiciria, o valor da causa, a

forma de processo aplicvel e o territrio.

ARTIGO 63.

Competncia territorial

---

Os factores que determinam, na ordem interna, a

competncia territorial so os fixados nos artigos

73. e seguintes.

ARTIGO 64.

Alterao da competncia

ARTIGO 61.

Alterao da competncia

Quando ocorra alterao da lei reguladora da

competncia considerada relevante quanto aos

processos pendentes, o juiz ordena oficiosamente a

sua remessa para o tribunal que a nova lei

considere competente.

CAPTULO II

Da competncia internacional

CAPTULO II

Da competncia internacional

ARTIGO 65.

Factores de atribuio da competncia

internacional

ARTIGO 62.

Fatores de atribuio da competncia

internacional

1 - Sem prejuzo do que se encontre estabelecido

em regulamentos comunitrios e em outros

instrumentos internacionais, os tribunais

portugueses so internacionalmente competentes:

-1 - Sem prejuzo do que se encontre estabelecido

em regulamentos comunitrios e em outros

instrumentos internacionais, osOs tribunais

portugueses so internacionalmente competentes:

a) (Revogada); ---

b) Quando a aco possa ser proposta em tribunal

portugus segundo as regras de competncia

territorial estabelecidas na lei portuguesa;

a)

c) (Revogada);

b) Ter sido praticado em territrio portugus o facto

que serve de causa de pedir na ao, ou algum dos

factos que a integram;

d) Quando o direito invocado no possa tornar-se

efectivo seno por meio de aco proposta em

territrio portugus ou se verifique para o autor

dificuldade aprecivel na propositura da aco no

c)

35

estrangeiro, desde que entre o objecto do litgio e a

ordem jurdica portuguesa haja um elemento

ponderoso de conexo, pessoal ou real.

2 (Revogado).

ARTIGO 65.-A

Competncia exclusiva dos tribunais

portugueses

ARTIGO 63.

Competncia exclusiva dos tribunais

portugueses

Os tribunais portugueses so exclusivamente

competentes:

a) Nos casos previstos em regulamentos

comunitrios ou em outros instrumentos

internacionais;

b) Para as execues sobre bens imveis situados

em territrio portugus;

d) Para as Em matria de execues sobre imveis

situados em territrio portugus;

c) As aces relativas a direitos reais ou pessoais de

gozo sobre bens imveis sitos em territrio

portugus;

a) As aces relativas a Em matria de direitos reais

ou pessoais de gozo sobre bensimveis e de

arrendamento de imveis sitossituados em territrio

portugus; todavia, em matria de contratos de

arrendamento de imveis celebrados para uso

pessoal temporrio por um perodo mximo de seis

meses consecutivos, so igualmente competentes os

tribunais do Estado-Membro da Unio Europeia onde

o requerido tiver domiclio, desde que o arrendatrio

seja uma pessoa singular e o proprietrio e o

arrendatrio tenham domiclio no mesmo Estado-

Membro;

d) Os processos especiais de recuperao de

empresa e de falncia, relativos a pessoas

domiciliadas em Portugal ou a pessoas colectivas ou

sociedades cuja sede esteja situada em territrio

portugus;

e) Os processos especiais de recuperao de

empresa e de falncia,Em matria de insolvncia ou

de revitalizao de pessoas domiciliadas em

Portugal ou de pessoas coletivas ou sociedades cuja

sede esteja situada em territrio portugus.

e) As aces relativas apreciao da validade do

acto constitutivo ou ao decretamento da dissoluo

de pessoas colectivas ou sociedades que tenham a

sua sede em territrio portugus, bem como

apreciao da validade das deliberaes dos

respectivos rgos;

b) Em matria de validade do acto constitutivo ou

ao decretamento da constituio ou de dissoluo

de pessoas colectivas ou sociedades ou de outras

pessoas coletivas que tenham a sua sede em

territrio portugusPortugal, bem como apreciao

daem matria de validade das deliberaesdecises

dos respectivosseus rgos; para determinar essa

sede, o tribunal portugus aplica as suas regras de

direito internacional privado;

36

f) As aces que tenham como objecto principal a

apreciao da validade da inscrio em registos

pblicos de quaisquer direitos sujeitos a registo em

Portugal;

c) As aces que tenham como objecto principal a

apreciao daEm matria de validade da inscriode

inscries em registos pblicos de quaisquer direitos

sujeitos a registoconservados em Portugal;

CAPTULO III

Da competncia interna

CAPTULO III

Da competncia interna

SECO I

Competncia em razo da matria

SECO I

Competncia em razo da matria

ARTIGO 66.

Competncia dos tribunais judiciais

ARTIGO 64.

Competncia dos tribunais judiciais

So da competncia dos tribunais judiciais as causas

que no sejam atribudas a outra ordem

jurisdicional.

ARTIGO 67.

Tribunais de competncia especializada

ARTIGO 65.

Tribunais e seces de competncia

especializada

As leis de organizao judiciria determinam quais

as causas que, em razo da matria ou forma de

processo, so da competncia dos juzos dos

tribunais judiciais dotados de competncia

especializada.

As leis de organizao judiciria determinam quais

as causas que, em razo da matria ou forma de

processo, so da competncia dos juzos dos

tribunais judiciaise das seces dotados de

competncia especializada.

SECO II

Competncia em razo do valor e da forma de

processo aplicvel

SECO II

Competncia em razo do valor e da forma de

processo aplicvel

ARTIGO 68. ARTIGO 66.

Tribunais de estrutura singular e coletiva Instncias central e local

As leis de organizao judiciria determinam quais

as causas que, pelo valor ou pela forma de processo

aplicvel, se inserem na competncia dos tribunais

singulares e dos tribunais colectivos, estabelecendo

este Cdigo os casos em que s partes lcito

prescindir da interveno do colectivo.

As leis de organizao judiciria determinam quais

as causas que, pelo valor ou pela forma de processo

aplicvelseu valor, se inserem na competncia dos

tribunais singulares e dos tribunais colectivos,

estabelecendo este Cdigo os casos em que s

partes lcito prescindirda instncia central e da

interveno do colectivoinstncia local.

ARTIGO 69.

Tribunais de competncia especfica

(Revogado).

SECO III

Competncia em razo da hierarquia

SECO III

Competncia em razo da hierarquia

ARTIGO 70.

Tribunais de 1. instncia

ARTIGO 67.

Tribunais de 1. instncia

37

Compete aos tribunais singulares de competncia

genrica o conhecimento dos recursos das decises

dos notrios, dos conservadores do registo e de

outros que, nos termos da lei, para eles devam ser

interpostos.

Compete aos tribunais singulares de competncia

genricaprimeira instncia o conhecimento dos

recursos das decises dos notrios, dos

conservadores do registo e de outros que, nos

termos da lei, para eles devam ser interpostos.

ARTIGO 71.

Relaes

ARTIGO 68.

Relaes

1 - As Relaes conhecem dos recursos e das

causas que por lei sejam da sua competncia.

1

2 - Compete s Relaes o conhecimento dos

recursos interpostos de decises proferidas pelos

tribunais de 1. instncia.

2

ARTIGO 72.

Supremo

ARTIGO 69.

Supremo Tribunal de Justia

1 - O Supremo Tribunal de Justia conhece dos

recursos e das causas que por lei sejam da sua

competncia.

1

2 - Compete ao Supremo Tribunal de Justia o

conhecimento dos recursos interpostos de decises

proferidas pelas Relaes e, nos casos

especialmente previstos na lei, pelos tribunais de

1. instncia.

2

SECO IV

Competncia territorial

SECO IV

Competncia territorialem razo do territrio

ARTIGO 73.

Foro da situao dos bens

ARTIGO 70.

Foro da situao dos bens

1 - Devem ser propostas no tribunal da situao dos

bens as aces referentes a direitos reais ou

pessoais de gozo sobre imveis, as aces de

diviso de coisa comum, de despejo, de preferncia

e de execuo especfica sobre imveis, e ainda as

de reforo, substituio, reduo ou expurgao de

hipotecas.

1

2 - As aces de reforo, substituio, reduo e

expurgao de hipotecas sobre navios e aeronaves

sero, porm, instauradas na circunscrio da

respectiva matrcula; se a hipoteca abranger mveis

matriculados em circunscries diversas, o autor

pode optar por qualquer delas.

2 - As acesaes de reforo, substituio, reduo

e expurgao de hipotecas sobre navios e aeronaves

seroso, porm, instauradas na circunscrio da

respectivarespetiva matrcula;, podendo o autor

optar por qualquer delas se a hipoteca abranger

mveis matriculados em circunscries diversas, o

autor pode optar por qualquer delas.

38

3 - Quando a aco tiver por objecto uma

universalidade de facto, ou bens mveis e imveis,

ou imveis situados em circunscries diferentes,

ser proposta no tribunal correspondente situao

dos imveis de maior valor, devendo atender-se

para esse efeito aos valores da matriz predial; se o

prdio que objecto da aco estiver situado em

mais de uma circunscrio territorial, pode ela ser

proposta em qualquer das circunscries.

3

ARTIGO 74.

Competncia para o cumprimento da obrigao

ARTIGO 71.

Competncia para o cumprimento da obrigao

1 - A aco destinada a exigir o cumprimento de

obrigaes, a indemnizao pelo no cumprimento

ou pelo cumprimento defeituoso e a resoluo do

contrato por falta de cumprimento proposta no

tribunal do domiclio do ru, podendo o credor optar

pelo tribunal do lugar em que a obrigao deveria

ser cumprida, quando o ru seja pessoa colectiva ou

quando, situando-se o domiclio do credor na rea

metropolitana de Lisboa ou do Porto, o ru tenha

domiclio na mesma rea metropolitana.

1

2 - Se a aco se destinar a efectivar a

responsabilidade civil baseada em facto ilcito ou

fundada no risco, o tribunal competente o

correspondente ao lugar onde o facto oc