novo código de processo civil anotado

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  • N945n Novo cdigo de processo civil anotado / OAB. Porto Alegre : OAB RS, 2015. 842 p. ; 24 cm.

    ISBN: 978-85-62896-01-9

    1. Direito Processual Civil - Brasil. 2. Cdigo de Processo Civil - Brasil - Anotado 3. Prtica Forense.

    I. Ordem dos Advogados do Brasil. Seo do Rio Grande do Sul.

    CDD 341.4602681

  • ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASILCONSELHO FEDERAL

    DIRETORIAGESTO 2013/2015

    Presidente: Marcus Vinicius Furtado ColhoVice-Presidente: Claudio Pacheco Prates Lamachia Secretrio-Geral: Cludio Pereira de Souza Neto Secretrio-Geral Adjunto: Cludio Stbile Ribeiro Tesoureiro: Antonio Oneildo Ferreira

    ESCOLA NACIONAL DE ADVOCACIA - ENADiretor-Geral: Henri Clay Santos Andrade

    ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASILCONSELHO SECCIONAL DO RIO GRANDE DO SUL

    DIRETORIAGESTO 2013/2015

    Presidente: Marcelo Machado Bertoluci Vice-Presidente: Luiz Eduardo Amaro PellizzerSecretrio-Geral: Ricardo Ferreira BreierSecretria-Geral Adjunta: Maria Cristina Carrion Vidal de OliveiraTesoureiro: Luiz Henrique Cabanellos Schuh

  • ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA DA OAB/RS

    DIRETORIAGESTO 2013/2015

    Diretor-Geral: Rafael Braude CanterjiVice-Diretora: Rosngela Maria Herzer dos SantosDiretor Administrativo Financeiro: Paulo Saint Pastous CaleffiDiretor de Cursos Permanentes: Francis Rafael BeckDiretor de Comunicao e Informtica: Felipe Waquil FerraroDiretor de Cursos no Presenciais: Eduardo Lemos BarbosaDiretora de Atividades Culturais e com Universidades: Letcia FerrariniDiretor de Regionalizao e Atendimento s Subsees: Cyro da Silva SchmitzDiretora da Revista Ad Judicia: Ana Paula Oliveira vila

    CONSELHO PEDAGGICO:Darci Guimares RibeiroFbio Siebeneichler de AndradeLus Renato Ferreira da SilvaLuiz Fernando Kramer Pereira NetoPaulo Joel Bender Leal

  • CAIXA DE ASSISTNCIA DOS ADVOGADOS

    DIRETORIAGESTO 2013/2015

    Presidente: Rosane Marques RamosVice-Presidente: Pedro Zanette Alfonsin Secretria-Geral: Cinara Liane Frosi TedescoSecretrio-Geral Adjunto: Gilberto KerberTesoureiro: Andr Lus Sonntag

    TRIBUNAL DE TICA E DISCIPLINAPresidente: Fbio Scherer de MouraVice-Presidente: Andr Andrade de Araujo

    CORREGEDORIACorregedora: Maria Helena Camargo DornellesCorregedores Adjuntos: Maria Erclia Hostyn Gralha, Pacfico Luiz Saldanha, Victor Hugo Muraro Filho.

    OABPrevPresidente: Jorge Luiz Dias FaraDiretor Administrativo: Paulo Cesar Azevedo SilvaDiretora Financeira: Claudia Regina de Souza BuenoDiretor de Benefcios: Luiz Augusto Gonalves de Gonalves

    COOABCred-RSPresidente: Jorge Fernando Estevo MacielVice-Presidente: Mrcia Isabel Heinen

  • CONSELHEIROS FEDERAIS PELO RS: Alexandre Lima Wunderlich, Claudio Pacheco Prates Lamachia, Cla Anna Maria Carpi da Rocha, Raimar Rodrigues Machado, Renato da Costa Figueira, Rolf Hanssen Madaleno.

    CONSELHEIROS ESTADUAIS: Adaltro Cezar Santos de Lima, Airton Ruschel, Alexandre Bisognin Lyrio, Alfredo Bochi Brum, Alysson Isaac Stumm Bentlin, Andr Andrade de Araujo, Andr Renato Zuco, Antnio Csar Peres da Silva, Armando Moutinho Perin, Arodi de Lima Gomes, Artur da Fonseca Alvim, Carlos Alberto de Oliveira, Carlos Geraldo Bernardes Coelho Silva, Carlos Henrique Klaser Filho, Carlos Thomaz vila Albornoz, Cesar Souza, Cludia Lima Marques, Cristiane da Costa Nery, Cristiano Lisboa Martins, Daniel Cravo Souza, Daniel Jnior de Melo Barreto, Darci Guimares Ribeiro, Darci Norte Rebelo Jr., Darcy Rocha Martins Mano, Delma Silveira Ibias, Domingos Henrique Baldini Martin, Dorival Sebastio Ip da Silva, Edson Luiz Kober, Eduardo Ferreira Bandeira de Mello, Eduardo Kucker Zaffari, Eduardo Lemos Barbosa, Fabiana Azevedo da Cunha Barth, Fbio Bckmann Schneider, Fbio Scherer de Moura, Francisco Jos Soller de Mattos, Gerson Fischmann, Getulio Pereira Santos, Gilberto Eifler Moraes, Gilberto Sturmer, Gilmar Stelo, Greice Fonseca Stocker, Gustavo Juchem, Igor Danilevicz, Imar Santos Cabeleira, Itamar Antonio Moretti Basso, Izaura Melo de Freitas, Jaime Valverdu, Joo Claudio da Silva, Joo Ulisses Bica Machado Filho, Jorge Fernando Estevo Maciel, Jorge Luiz Dias Fara, Jorge Santos Buchabqui, Josana Rosolen Rivoli, Jos Adelmo de Oliveira, Jos Fernando Lutz Coelho, Jos Horcio de Oliveira Gattiboni, Jos Luiz Seabra Domingues, Jos Otvio Lopes Luz, Lauro Wagner Magnago, Leonardo Lamachia, LeonildaValenti, Luciano Benetti Correa da Silva, Luciano Hillebrand Feldmann, Luis Alberto Gonalves Silva, Lus Alberto Machado, Luis Eduardo de La Rosa DAvila, Luiz Carlos dos Santos Olympio Mello, Maral dos Santos Diogo, Marco Antonio Birnfeld, Marco Antnio Miranda Guimares, Marco Aurlio Romeu Fernandes, Marcos Eduardo Faes Eberhardt, Maria de Ftima Zachia Paludo, Maria Erclia Hostyn Gralha, Maria Helena Camargo Dornelles, Mariana Levenzon, Marino de Castro Outeiro, Matheus Portella Ayres Torres, Miguel Antnio Silveira Ramos, Miguel Glashorester Severo, Mnica Canellas Rossi, Nelson Robert Schonardie, Neusa Maria Rolim Bastos, Noli Schorn, Olavo Amaro Caieron, Pacfico Luiz Saldanha, Patrcia Alovisi, Paulo Cesar Garcia Rosado, Paulo Dariva, Pedro Furian Sessegolo, Rafael Braude Canterji, Regina Adylles Endler Guimares, Regina Pereira Soares, Rgis Douglas Menezes, Ricardo Barbosa Alfonsin, Ricardo Borges Ranzolin, Ricardo Munarski Jobim, Ricardo Zamora, Rodrigo Tonniges Puggina, Rosngela Maria Herzer dos Santos, Ruy Fernando Zoch Rodrigues, Srgio Leal Martinez, Sulamita Terezinha Santos Cabral, Tarcsio Vendruscolo, Teresa Cristina Fernandes Moesch, Victor Hugo Muraro Filho, Vitor Hugo Loreto Saydelles, Viviane Cristina Potrich.

  • MEMBROS NATOS: Cla Anna Maria Carpi da Rocha, Fernando Krieg da Fonseca, Justino Albuquerque de Vasconcellos (in memoriam), Luiz Carlos Lopes Madeira, Luiz Felipe Lima de Magalhes, Nereu Lima.

    MEMBROS HONORRIOS VITALCIOS: Claudio Pacheco Prates Lamachia, Renato da Costa Figueira, Luiz Carlos Levenzon, Valmir Martins Batista.

    PRESIDENTES DE SUBSEES: Agudo - Ditmar Adalberto Strahl, Alegrete - Fernando Luiz da Silva e Silva, Alvorada - Alvides Benini, Bag - Roberto Hecht Junior, Bento Gonalves - Felipe Panizzi Possamai, Bom Jesus - Jos Luiz Belan, Caapava do Sul - Aldo Azevedo da Silva, Cacequi - Renata Silveira Berrueta, Cachoeira do Sul - Marcelo Ricardo Teixeira, Cachoeirinha - Jeferson Rogrio Lazzarotto, Camaqu - Carlos Henrique Dias Brasil, Candelria - Joel Pereira Nunes, Canela/Gramado - Ariel Stopassola, Canguu - Arlei Idiartt Leal, Canoas - Eugnia Reichert, Capo da Canoa - Elisaldo Vieira Brehm, Carazinho - Julio Eduardo Piva, Casca - Nadya Regina Gusella Tonial, Caxias do Sul - Air Paulo Luz, Cerro Largo - Nestor Incio Scher, Cruz Alta - Lus Fernando Nunes de Amaro, Dom Pedrito - Luiz Augusto Gonalves de Gonalves, Encantado - Luciano Sandri, Encruzilhada do Sul - Jeferson Rodrigues, Erechim - Alessandro Bonatto, Espumoso - Mrcia Zuffo, Esteio - Cristiano Colho Borno, Estrela - Daniel Horn, Farroupilha - Luciano da Rocha Paesi, Frederico Westphalen - Marcos Roberto Forchezato, Garibaldi/Carlos Barbosa - Claudia Brosina, Getlio Vargas - Eliandro dos Santos, Giru - Tisa Oliveira Ferreira, Gravata - Deivti Dimitrios Porto dos Santos, Guaba - Heitor de Abreu Oliveira, Guapor - Francisco Lcio Salvagni, Ibirub - Pedro Luiz Rebelato, Igrejinha - Juliano Frederico Kremer, Iju - Flvio Roberto Spilmann Friedrich, Itaqui - Patrcia Degrazia Lima, Jaguaro - Antnio Carlos Wexel Becker, Jlio de Castilhos - Carlos Baslio de Siqueira, Lagoa Vermelha - Giovani Quadros Andrighi, Lajeado - Csar Adriano Antoniazzi, Lavras do Sul - Mrio Antnio Mazzini da Silveira, Marau - Marcelo Vezaro, Montenegro - Sep Tiaraju Rigon de Campos, No-Me-Toque - Nara Terezinha Piccinini da Silva, Nonoai - Jairo Jos Reck, Nova Petrpolis - Josu Drechsler, Nova Prata - Gustavo Bodanese Prates, Novo Hamburgo - Ivete Dieter, Osrio - Enri Endress Martins, Palmeira das Misses - Eduardo Nassif Branchier, Panambi - Alice Linn, Passo Fundo - Alexandre Gehlen, Pelotas - Lus Antnio Jesus de Carvalho, Pinheiro Machado - Lucl Jussara Arajo Brum Betiollo, Piratini -Francisco de Assis Cardoso Luardo, Quara - Alcides Augusto Rodrigues de Oliveira, Rio Grande - Everton Pereira de Mattos, Rio Pardo - Marlei Salete Flores, Rosrio do Sul - Aristides de Pietro Neto, Salto do Jacu - Alfonso Felcio Fagundes, Sananduva - Lus Alfredo Tartari, Santa Cruz do Sul - Ezequiel Vetoretti, Santa Maria - Pricles Lamartine Palma da Costa, Santa Rosa - Gunther Ingo Heinkel, Santa Vitria do Palmar - Simone Bilbau

  • Soca Neves Ana, Santana do Livramento - Marcio Antonio Couto, Santiago - Jos Marcelo Lemos Palmeiro, Santo ngelo - Itaguaci Jos Meirelles Corra, Santo Antnio da Patrulha - Oscar Medeiros Ramos, Santo Augusto - Adir Schreiber, So Borja - Rui Faccin, So Francisco de Assis - Jari Antonio Guizolfi Espig, So Gabriel - Augusto Solano Lopes Costa, So Jernimo - Marilene Barbosa de Carvalho, So Jos do Norte - Jos Gregorio Botozele, So Jos do Ouro - Sergio Antonio Nunes Stedile, So Leopoldo - Mrcia Schwantes, So Loureno do Sul - Lauri Lopes, So Luiz Gonzaga - Neiva Terezinha Genro Ojopi, So Sebastio do Ca - Marcelo Jos Machado Volkweiss, So Sep - Paulo Ricardo de Barros Coradini, Sapiranga - Jos Antnio Ramos Fernandes, Sapucaia do Sul - Roger Eridson Dorneles, Sarandi - Jaqueline Maria Salla Kreling, Sobradinho - Vilson Roberto Pohlmann, Soledade - Clarid Chitolina Taffarel, Tapejara - Claudio Antonio Biasi, Tapera - Paulo Roberto Crestani, Tapes - Alexsandro Barbosa Pacheco, Taquara - Maria Dalva de Oliveira, Taquari - Mateus Borba da Silva, Torres - Ivam Roque S Brocca, Tramanda - Luiz Fernandes Feij Borba, Trs de Maio - Herton Lus Mhlbeier, Trs Passos - Elisete Trautenmuller Kerber, Triunfo - Eleaine Pereira, Tupanciret - Mrio Cesar Portinho Vianna, Uruguaiana - Maurcio Felix Blanco, Vacaria - Otto Junior Barreto, Venncio Aires - Marcos Joaquim Thiel, Veranpolis - Justina Ins Rizzatti Tedesco, Viamo - Nilson Pinto da Silva.

    GRUPO DE TRABALHO DA OAB/RS PARA ACOMPANHAMENTO DA REFORMA DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL: Alexandre Fernandes Gastal, Armando Moutinho Perin, Coralio Clementino Pedroso Gonalves, Danilo Knijnik, Darci Guimares Ribeiro, Darci Norte Rebelo, Gerson Fischmann, Irani Mariani, Joo Adalberto Medeiros Fernandes Jnior, Jorge Santos Buchabqui, Luiz Carlos Levenzon (coordenador), Marco Antnio Birnfeld, Ricardo Barbosa Alfonsin, Rolf Hanssen Madaleno, Sergio Miguel Achutti Blattes, Srgio Leal Martinez.

  • NOVO CDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADOLei n. 13.105, de 16 de maro de 2015.

    Coordenao-Geral: Elaine Harzheim Macedo - Carolina Moraes Migliavacca

    -

    Anotadores: Adriano Ribeiro CaldasAlexandre Grandi MandelliAline Terezinha Woltz Guenolvaro Vincius Paranhos SeveroAngelo Maraninchi GiannakosArtur Thompsen CarpesArtur Luis Pereira TorresCarlos Eduardo Garrastazu AyubCarla Harzheim MacedoCarolina Moraes MigliavaccaCaroline Moreira BoffClarissa Santos LucenaClaudio Pacheco Prates LamachiaCristiana Sanchez Gomes FerreiraCristiana Zugno Pinto RibeiroDaisson FlachDaniele Viafore de Oliveiraderson Garin PortoEduardo MariottiEduardo Kochenborger ScarparoElaine Harzheim MacedoErnesto Jos TonioloFabiano Aita CarvalhoFabrcio de Farias CarvalhoFelipe Cunha de AlmeidaFelipe FrnerFelipe KirchnerFelipe Waquil FerraroFernanda Borghetti CantaliFernando RubinGerson FischmannGilberto Gomes BruschiGisele Mazzoni WelschGuilherme Cardoso Antunes da Cunha

    Guilherme Athayde PortoJaqueline Mielke SilvaJferson Luiz Dellavalle DutraJos Maria Rosa TesheinerJos Tadeu Neves XavierLeandro Pinto de AzevedoLeonardo Santana de AbreuLetcia FerrariniLuciano FernandesLus Alberto ReicheltLus Antnio LongoLus Augusto da Rocha PiresMarcelo Garcia da CunhaMarco Flix JobimMarcio Flix JobimMaria de Ftima Zchia PaludoMaria Helena Rau de SouzaMaringela Guerreiro MilhoranzaMiguel Bandeira PereiraOdilon Marques Garcia JuniorOtvio MottaPaulo Junior Trindade dos SantosPedro Garcia VerdiRafael Corte MelloRafael Sirangelo Belmonte de AbreuRicardo Borges RanzolinRoberta Brasiliense MarcantonioRoberta Scalzilli SilvaRodrigo Flores FernandesRodrigo Ustrroz CantaliRger FischerRuy Fernando Zoch RodriguesVicente de Paula Atade JuniorVitor Lia de Paula RamosVoltaire de Lima Moraes

    Coordenao: Artur Luis Pereira Torres - Carolina Moraes Migliavacca - Elaine Harzheim MacedoJaqueline Mielke Silva - Jos Tadeu Neves Xavier - Letcia Ferrarini - Lus Antnio LongoMarco Flix Jobim

  • ESA - OAB/RS

    11

    PREFCIO

    Ao comemorar seus 30 anos de histria, a Escola Superior de Advocacia da OAB/RS brinda os advogados do RS e do Brasil com o Novo CPC Anotado, obra que, a partir da contribuio de quase 70 autores, trar importantes informaes sobre a relevante conquista obtida com a sano do novo Cdigo de Processo Civil, texto que teve a incluso de matrias legislativas que, junto da tambm fes-tejada vitria do Supersimples, expressam o cumprimento de um a um dos com-promissos que assumimos com a advocacia gacha.

    Ressaltamos que, como j referido, o novo texto processual apresenta essen-ciais proposies legislativas oriundas da OAB/RS, como as frias para os advoga-dos; a vedao da compensao e a natureza alimentar dos honorrios; o fim do pargrafo 4 do artigo 20 do atual CPC e a contagem de prazos em dias teis.

    Inclusive, a redao final, fruto de um trabalho de mais de cinco anos, repre-senta a garantia de conquistas fundamentais, como as acima mencionadas, para o dia a dia da classe, fortalecendo a atuao do advogado que essencial para a plena defesa dos direitos do cidado.

    sob esse prisma que o Novo CPC Anotado busca auxiliar a classe para as mudanas do novo Cdigo, que entraro em vigor no ms de maro de 2016.

    Com carter eminentemente prtico, o livro traz apontamentos reduzidos, com o objetivo de orientar para a prtica forense, sabidamente rdua, caminho da plena realizao profissional.

    Que o Novo CPC Anotado, alm das conquistas j obtidas em prol da classe, possa tambm contribuir para a atuao de cada colega, trazendo-lhe xito na sua jornada diria como agente indispensvel administrao da justia.

    Boa leitura!

    Claudio Pacheco Prates LamachiaVice-Presidente Nacional da OAB

    Marcelo Machado Bertoluci

    Presidente da OAB/RS

    Rafael Braude CanterjiDiretor-Geral da ESA-OAB/RS

  • ESA - OAB/RS

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    SUMRIO

    PREFCIO ........................................................................................................................................................................... 11PARTE GERAL - LIVRO I - DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS ..............................................................................................20TTULO NICO - DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAO DAS NORMAS PROCESSUAIS ......................................20

    CAPTULO I - DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL ....................................................................................20

    CAPTULO II - DA APLICAO DAS NORMAS PROCESSUAIS ...............................................................................................33

    LIVRO II - DA FUNO JURISDICIONAL ............................................................................................................................... 34

    TTULO I - DA JURISDIO E DA AO ............................................................................................................................... 34

    TTULO II - DOS LIMITES DA JURISDIO NACIONAL E DA COOPERAO INTERNACIONAL ..............................................47

    CAPTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIO NACIONAL ...................................................................................................... 47

    CAPTULO II - DA COOPERAO INTERNACIONAL ............................................................................................................. 59Seo I - Disposies Gerais .......................................................................................................................... 59Seo II - Do Auxlio Direto ............................................................................................................................ 60Seo III - Da Carta Rogatria ........................................................................................................................ 61Seo IV - Disposies Comuns s Sees Anteriores ...................................................................................61

    TTULO III - DA COMPETNCIA INTERNA ............................................................................................................................ 79

    CAPTULO I - DA COMPETNCIA ......................................................................................................................................... 79Seo I - Disposies Gerais .......................................................................................................................... 79Seo II - Da Modificao da Competncia ...................................................................................................86Seo III - Da Incompetncia ......................................................................................................................... 90

    CAPTULO II - DA COOPERAO NACIONAL ....................................................................................................................... 92

    LIVRO III - DOS SUJEITOS DO PROCESSOTTULO I - DAS PARTES E DOS PROCURADORESCAPTULO I - DA CAPACIDADE PROCESSUAL ...................................................................................................................... 94

    CAPTULO II - DOS DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES ...........................................................................100Seo I - Dos Deveres .................................................................................................................................. 100Seo II - Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual .................................................................101Seo III - Das Despesas, dos Honorrios Advocatcios e das Multas ..........................................................104

    A VALORIZAO DA ADVOCACIA E O FIM DO AVILTAMENTO DOS HONORRIOS NO NOVO CPC....................................109

    VEDAO DA COMPENSAO DE HONORRIOS ............................................................................................................ 111

    A FIXAO DOS HONORRIOS CONTRA A FAZENDA PBLICA ........................................................................................116

    CONSIDERAES FINAIS ................................................................................................................................................... 118Seo IV - Da Gratuidade da Justia ............................................................................................................ 122

    CAPTULO III - DOS PROCURADORES ............................................................................................................................... 126

    CAPTULO IV - DA SUCESSO DAS PARTES E DOS PROCURADORES .................................................................................128

    TTULO II - DO LITISCONSRCIO ....................................................................................................................................... 131

  • ESA - OAB/RS

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    TTULO III - DA INTERVENO DE TERCEIROS .................................................................................................................. 134

    CAPTULO I - DA ASSISTNCIA .......................................................................................................................................... 134Seo I - Disposies Comuns ..................................................................................................................... 134Seo II - Da Assistncia Simples ................................................................................................................. 137Seo III - Da Assistncia Litisconsorcial ......................................................................................................138

    CAPTULO II - DA DENUNCIAO DA LIDE ........................................................................................................................ 139

    CAPTULO III - DO CHAMAMENTO AO PROCESSO ........................................................................................................... 142

    CAPTULO IV - DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAO DA PERSONALIDADE JURDICA ...................................................143

    CAPTULO V - DO AMICUS CURIAE ................................................................................................................................... 146

    TTULO IV - DO JUIZ E DOS AUXILIARES DA JUSTIA ........................................................................................................ 149

    CAPTULO I - DOS PODERES, DOS DEVERES E DA RESPONSABILIDADE DO JUIZ...............................................................149

    CAPTULO II - DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIO ...................................................................................................... 152

    CAPTULO III - DOS AUXILIARES DA JUSTIA .................................................................................................................... 157Seo I - Do Escrivo, do Chefe de Secretaria e do Oficial de Justia ..........................................................157Seo II - Do Perito ...................................................................................................................................... 159Seo III - Do Depositrio e do Administrador ............................................................................................160Seo IV - Do Intrprete e do Tradutor ........................................................................................................160Seo V - Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais ...................................................................................162

    TTULO V - DO MINISTRIO PBLICO ............................................................................................................................... 168

    TTULO VI - DA ADVOCACIA PBLICA ............................................................................................................................... 171

    TTULO VII - A DEFENSORIA PBLICA ............................................................................................................................... 176

    LIVRO IV - DOS ATOS PROCESSUAIS ................................................................................................................................. 178

    TTULO I - DA FORMA, DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS .......................................................................178

    CAPTULO I - DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS .......................................................................................................... 178Seo I - Dos Atos em Geral ......................................................................................................................... 178Seo II ........................................................................................................................................................ 179Da Prtica Eletrnica de Atos Processuais ...................................................................................................179Seo III - Dos Atos das Partes ..................................................................................................................... 182Seo IV - Dos Pronunciamentos do Juiz .....................................................................................................182Seo V - Dos Atos do Escrivo ou do Chefe de Secretaria..........................................................................183

    CAPTULO II - DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS .....................................................................................186Seo I - Do Tempo ...................................................................................................................................... 186Seo II - Do Lugar ....................................................................................................................................... 186

    CAPTULO III - DOS PRAZOS ............................................................................................................................................. 189Seo I - Disposies Gerais ........................................................................................................................ 189Seo II - Da Verificao dos Prazos e das Penalidades ...............................................................................196

    TTULO II - DA COMUNICAO DOS ATOS PROCESSUAIS .................................................................................................198

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS .................................................................................................................................. 198

  • ESA - OAB/RS

    15

    CAPTULO II - DA CITAO................................................................................................................................................ 201

    CAPTULO III - DAS CARTAS .............................................................................................................................................. 213

    CAPTULO IV - DAS INTIMAES ...................................................................................................................................... 218

    TTULO III - DAS NULIDADES ............................................................................................................................................. 221

    TTULO IV - DA DISTRIBUIO E DO REGISTRO ................................................................................................................ 226

    TTULO V - DO VALOR DA CAUSA ..................................................................................................................................... 231

    LIVRO V - DA TUTELA PROVISRIATTULO I - DISPOSIES GERAIS ....................................................................................................................................... 233

    TTULO II - DA TUTELA DE URGNCIACAPTULO I - DISPOSIES GERAIS .................................................................................................................................. 238

    CAPTULO II - DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARTER ANTECEDENTE ........................241

    CAPTULO III - DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARTER ANTECEDENTE ...........................247

    TTULO III - DA TUTELA DA EVIDNCIA ............................................................................................................................. 250

    LIVRO VI - DA FORMAO, DA SUSPENSO E DA EXTINO DO PROCESSOTTULO I - DA FORMAO DO PROCESSO ........................................................................................................................ 252

    TTULO II - DA SUSPENSO DO PROCESSO ....................................................................................................................... 252

    TTULO III - DA EXTINO DO PROCESSO ......................................................................................................................... 254

    PARTE ESPECIALLIVRO I - DO PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO CUMPRIMENTO DE SENTENATTULO I - DO PROCEDIMENTO COMUMCAPTULO I - DISPOSIES GERAIS .................................................................................................................................. 256

    CAPTULO IV - DA CONVERSO DA AO INDIVIDUAL EM AO COLETIVA - (VETADO). ................................................273

    CAPTULO V - DA AUDINCIA DE CONCILIAO OU DE MEDIAO ................................................................................273

    CAPTULO VI - DA CONTESTAO .................................................................................................................................... 275

    CAPTULO VII - DA RECONVENO .................................................................................................................................. 283

    CAPTULO VIII - DA REVELIA ............................................................................................................................................. 284

    CAPTULO IX - DAS PROVIDNCIAS PRELIMINARES E DO SANEAMENTO .........................................................................286Seo I - Da No Incidncia dos Efeitos da Revelia ......................................................................................287Seo II - Do Fato Impeditivo, Modificativo ou Extintivo do Direito do Autor .............................................288Seo III - Das Alegaes do Ru ................................................................................................................. 288

    CAPTULO X - DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO..........................................................................290Seo I - Da Extino do Processo ............................................................................................................... 290Seo II - Do Julgamento Antecipado do Mrito .........................................................................................291Seo III - Do Julgamento Antecipado Parcial do Mrito .............................................................................292Seo IV - Do Saneamento e da Organizao do Processo ..........................................................................293

  • ESA - OAB/RS

    16

    CAPTULO XI - DA AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO .......................................................................................295

    CAPTULO XII - DAS PROVAS ............................................................................................................................................. 303Seo I - Disposies Gerais ........................................................................................................................ 303Seo II - Da Produo Antecipada da Prova ...............................................................................................311Seo III - Da Ata Notarial ............................................................................................................................ 315Seo IV - Do Depoimento Pessoal .............................................................................................................. 317Seo V - Da Confisso ................................................................................................................................ 320Seo VI - Da Exibio de Documento ou Coisa ..........................................................................................323Seo VII - Da Prova Documental ................................................................................................................ 326Subseo I - Da Fora Probante dos Documentos .......................................................................................326Subseo II - Da Arguio de Falsidade .......................................................................................................332Subseo III - Da Produo da Prova Documental .......................................................................................333Seo VIII - Dos Documentos Eletrnicos ....................................................................................................336Seo IX - Da Prova Testemunhal ................................................................................................................ 338Subseo I - Da Admissibilidade e do Valor da Prova Testemunhal .............................................................338Subseo II - Da Produo da Prova Testemunhal .......................................................................................346Seo X - Da Prova Pericial .......................................................................................................................... 358Seo XI - Da Inspeo Judicial .................................................................................................................... 362

    CAPTULO XIII - DA SENTENA E DA COISA JULGADA ...................................................................................................... 370Seo I - Disposies Gerais ........................................................................................................................ 370Seo II - Dos Elementos e dos Efeitos da Sentena ....................................................................................373Seo III - Da Remessa Necessria............................................................................................................... 377Seo IV - Do Julgamento das Aes Relativas s Prestaes de Fazer,de No Fazer e de Entregar Coisa ................................................................................................................ 379Seo V - Da Coisa Julgada .......................................................................................................................... 382

    CAPTULO XIV - DA LIQUIDAO DE SENTENA .............................................................................................................. 385

    TTULO II - DO CUMPRIMENTO DA SENTENA ................................................................................................................. 388

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS .................................................................................................................................. 388

    CAPTULO II - DO CUMPRIMENTO PROVISRIO DA SENTENA QUE RECONHECEA EXIGIBILIDADE DE OBRIGAO DE PAGAR QUANTIA CERTA .........................................................................................392

    CAPTULO III - DO CUMPRIMENTO DEFINITIVO DA SENTENA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADEDE OBRIGAO DE PAGAR QUANTIA CERTA .................................................................................................................... 395

    CAPTULO IV - DO CUMPRIMENTO DE SENTENA QUE RECONHEAA EXIGIBILIDADE DE OBRIGAO DE PRESTAR ALIMENTOS .............................................................................................399

    CAPTULO V - DO CUMPRIMENTO DE SENTENA QUE RECONHEA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAO DE PAGAR QUANTIA CERTA PELA FAZENDA PBLICA ....................................................................................................... 403

    CAPTULO VI - DO CUMPRIMENTO DE SENTENA QUE RECONHEA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAODE FAZER, DE NO FAZER OU DE ENTREGAR COISA ......................................................................................................... 406

    Seo I - Do Cumprimento de Sentena que Reconhea a Exigibilidade de Obrigaode Fazer ou de No Fazer ............................................................................................................................ 406Seo II - Do Cumprimento de Sentena que Reconhea a Exigibilidade de Obrigao de Entregar Coisa .......408

    TTULO III - DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS .................................................................................................................. 409

    CAPTULO I - DA AO DE CONSIGNAO EM PAGAMENTO...........................................................................................409

    CAPTULO II - DA AO DE EXIGIR CONTAS...................................................................................................................... 414

  • ESA - OAB/RS

    17

    CAPTULO III - DAS AES POSSESSRIAS ....................................................................................................................... 417Seo I - Disposies Gerais ........................................................................................................................ 417Seo II - Da Manuteno e da Reintegrao de Posse ...............................................................................418Seo III - Do Interdito Proibitrio ............................................................................................................... 420

    CAPTULO IV - DA AO DE DIVISO E DA DEMARCAO DE TERRAS PARTICULARES ....................................................422Seo I - Disposies Gerais ........................................................................................................................ 422Seo II - Da Demarcao ............................................................................................................................ 424Seo III - Da Diviso ................................................................................................................................... 427

    CAPTULO V - DA AO DE DISSOLUO PARCIAL DE SOCIEDADE ..................................................................................429

    CAPTULO VI - DO INVENTRIO E DA PARTILHA ............................................................................................................... 435Seo I - Disposies Gerais ........................................................................................................................ 435Seo II - Da Legitimidade para Requerer o Inventrio ...............................................................................437Seo IV - Das Citaes e Impugnaes.......................................................................................................441Seo III - Do Inventariante e das Primeiras Declaraes ............................................................................438Seo V - Da Avaliao e do Clculo do Imposto .........................................................................................443Seo VI - Das Colaes ............................................................................................................................... 444Seo VII - Do Pagamento das Dvidas.........................................................................................................446Seo VIII - Da Partilha ................................................................................................................................ 449Seo IX - Do Arrolamento .......................................................................................................................... 454Seo X - Disposies Comuns a Todas as Sees .......................................................................................458

    CAPTULO VII - DOS EMBARGOS DE TERCEIRO ................................................................................................................ 460

    CAPTULO VIII - DA OPOSIO ......................................................................................................................................... 462

    CAPTULO IX - DA HABILITAO ....................................................................................................................................... 463

    CAPTULO X - DAS AES DE FAMLIA.............................................................................................................................. 464

    CAPTULO XI - DA AO MONITRIA ............................................................................................................................... 467

    CAPTULO XII - DA HOMOLOGAO DO PENHOR LEGAL .................................................................................................472

    CAPTULO XIII - DA REGULAO DE AVARIA GROSSA ......................................................................................................475

    CAPTULO XIV - DA RESTAURAO DE AUTOS ................................................................................................................. 477

    CAPTULO XV - DOS PROCEDIMENTOS DE JURISDIO VOLUNTRIA .............................................................................480Seo I - Disposies Gerais ........................................................................................................................ 480Seo II - Da Notificao e da Interpelao .................................................................................................481Seo III - Da Alienao Judicial ................................................................................................................... 482Seo IV - Do Divrcio e da Separao Consensuais, da Extino Consensual ............................................482de Unio Estvel e da Alterao do Regime de Bens do Matrimnio .........................................................482Seo V - Dos Testamentos e dos Codicilos .................................................................................................485Seo VI - Da Herana Jacente .................................................................................................................... 486Seo VII - Dos Bens dos Ausentes .............................................................................................................. 488Seo VIII - Das Coisas Vagas ....................................................................................................................... 488Seo IX - Da Interdio ............................................................................................................................... 490Seo X - Disposies Comuns Tutela e Curatela ...................................................................................494Seo XI - Da Organizao e da Fiscalizao das Fundaes .......................................................................496Seo XII - Da Ratificao dos Protestos Martimos e dos Processos Testemunhveis Formados a Bordo ........497

    LIVRO II - DO PROCESSO DE EXECUOTTULO I - DA EXECUO EM GERALCAPTULO I - DISPOSIES GERAIS .................................................................................................................................. 499

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    CAPTULO II - DAS PARTES ................................................................................................................................................ 505

    CAPTULO III - DA COMPETNCIA..................................................................................................................................... 508

    CAPTULO IV - DOS REQUISITOS NECESSRIOS PARA REALIZAR QUALQUER EXECUO .................................................510Seo I - Do Ttulo Executivo ....................................................................................................................... 510Seo II - Da Exigibilidade da Obrigao ......................................................................................................513

    CAPTULO V - DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ...................................................................................................... 514

    TTULO II - DAS DIVERSAS ESPCIES DE EXECUO .......................................................................................................... 543CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS .................................................................................................................................. 543

    CAPTULO II - DA EXECUO PARA A ENTREGA DE COISA ...............................................................................................556Seo I - Da Entrega de Coisa Certa ............................................................................................................. 556Seo II - Da Entrega de Coisa Incerta .........................................................................................................559

    CAPTULO III - DA EXECUO DAS OBRIGAES DE FAZER OU DE NO FAZER ...............................................................560Seo I - Disposies Comuns ..................................................................................................................... 560Seo II - Da Obrigao de Fazer ................................................................................................................. 561Seo III - Da Obrigao de No Fazer .........................................................................................................565

    CAPTULO IV - DA EXECUO POR QUANTIA CERTA ........................................................................................................ 567Seo I - Disposies Gerais ........................................................................................................................ 567Seo II - Da Citao do Devedor e do Arresto ............................................................................................568Seo III - Da Penhora, do Depsito e da Avaliao ....................................................................................572

    Subseo I - Do Objeto da Penhora ...............................................................................................572Subseo II - Da Documentao da Penhora, de seu Registro e do Depsito ...............................580Subseo III - Do Lugar de Realizao da Penhora ........................................................................586Subseo IV - Das Modificaes da Penhora .................................................................................591Subseo V - Da Penhora de Dinheiro em Depsito ou em Aplicao Financeira .........................598Subseo VI - Da Penhora de Crditos ..........................................................................................602Subseo VII - Da Penhora das Quotas ou das Aes ....................................................................609de Sociedades Personificadas........................................................................................................609Subseo VIII - Da Penhora de Empresa, de Outros ......................................................................612Estabelecimentos e de Semoventes ..............................................................................................612Subseo IX - Da Penhora de Percentual de Faturamento de Empresa ........................................617Subseo X - Da Penhora de Frutos e Rendimentos de Coisa Mvel ou Imvel............................619Subseo XI - Da Avaliao ............................................................................................................623Seo IV - Da Expropriao de Bens ..............................................................................................627Subseo I - Da Adjudicao ..........................................................................................................627Subseo II - Da Alienao.............................................................................................................634Seo V - Da Satisfao do Crdito ................................................................................................664

    CAPTULO V - DA EXECUO CONTRA A FAZENDA PBLICA............................................................................................669

    CAPTULO VI - DA EXECUO DE ALIMENTOS ................................................................................................................. 670

    TTULO III - DOS EMBARGOS EXECUO ...................................................................................................................... 672

    TTULO IV - DA SUSPENSO E DA EXTINO DO PROCESSO DE EXECUOCAPTULO I - DA SUSPENSO DO PROCESSO DE EXECUO ............................................................................................687

    CAPTULO II - DA EXTINO DO PROCESSO DE EXECUO .............................................................................................690

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    LIVRO III - DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS E DOS MEIOS DE IMPUGNAO DAS DECISES JUDICIAISTTULO I - DA ORDEM DOS PROCESSOS E DOS PROCESSOS DE COMPETNCIA ORIGINRIA DOS TRIBUNAISCAPTULO I - DISPOSIES GERAIS ................................................................................................................................. 693

    CAPTULO II - DA ORDEM DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL ............................................................................................. 695

    CAPTULO III - DO INCIDENTE DE ASSUNO DE COMPETNCIA ................................................................................... 705

    CAPTULO IV - DO INCIDENTE DE ARGUIO DE INCONSTITUCIONALIDADE ................................................................. 707

    CAPTULO V - DO CONFLITO DE COMPETNCIA .............................................................................................................. 711

    CAPTULO VI - DA HOMOLOGAO DE DECISO ESTRANGEIRAE DA CONCESSO DO EXEQUATUR CARTA ROGATRIA ............................................................................................... 714

    CAPTULO VII - DA AO RESCISRIA ............................................................................................................................. 720

    CAPTULO VIII - DO INCIDENTE DE RESOLUO DE DEMANDAS REPETITIVAS ............................................................... 734

    CAPTULO IX - DA RECLAMAO .................................................................................................................................... 752

    TTULO II - DOS RECURSOS .............................................................................................................................................. 759

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS ................................................................................................................................. 759

    CAPTULO II - DA APELAO ........................................................................................................................................... 775

    CAPTULO III - DO AGRAVO DE INSTRUMENTO ............................................................................................................... 790

    CAPTULO IV - DO AGRAVO INTERNO ............................................................................................................................. 795

    CAPTULO V - DOS EMBARGOS DE DECLARAO ........................................................................................................... 797

    CAPTULO VI - DOS RECURSOS PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERALE PARA O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA .................................................................................................................... 806

    Seo I - Do Recurso Ordinrio ................................................................................................................... 806Seo II - Do Recurso Extraordinrio e do Recurso Especial ....................................................................... 809

    Subseo I - Disposies Gerais .................................................................................................... 809Subseo II - Do Julgamento dos Recursos Extraordinrio e Especial Repetitivos ....................... 816Seo III - Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinrio ..................................... 823Seo IV - Dos Embargos de Divergncia ..................................................................................... 826

    LIVRO COMPLEMENTAR.................................................................................................................................................. 829

    DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS ........................................................................................................................... 829

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    PARTE GERALLIVRO I

    DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVISTTULO NICO

    DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAO DAS NORMAS PROCESSUAIS

    CAPTULO IDAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL

    Art. 1o O processo civil ser ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituio da Repblica Federativa do Brasil, observando-se as disposies deste Cdigo.

    Art. 2o O processo comea por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as excees previstas em lei.

    Art. 3o No se excluir da apreciao jurisdicional ameaa ou leso a direito. 1o permitida a arbitragem, na forma da lei. 2o O Estado promover, sempre que possvel, a soluo consensual dos

    conflitos. 3o A conciliao, a mediao e outros mtodos de soluo consensual de

    conflitos devero ser estimulados por juzes, advogados, defensores pblicos e membros do Ministrio Pblico, inclusive no curso do processo judicial.

    Art. 4o As partes tm o direito de obter em prazo razovel a soluo integral do mrito, includa a atividade satisfativa.

    Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-f.

    Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razovel, deciso de mrito justa e efetiva.

    Art. 7o assegurada s partes paridade de tratamento em relao ao exerccio de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos nus, aos deveres e apli-cao de sanes processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditrio.

    Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurdico, o juiz atender aos fins sociais e s exigncias do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa

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    humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publi-cidade e a eficincia.

    Art. 9o No se proferir deciso contra uma das partes sem que ela seja pre-viamente ouvida.

    Pargrafo nico. O disposto nocaputno se aplica:I - tutela provisria de urgncia;II - s hipteses de tutela da evidncia previstas no art. 311, incisos II e III;III - deciso prevista no art. 701.Art. 10. O juiz no pode decidir, em grau algum de jurisdio, com base em

    fundamento a respeito do qual no se tenha dado s partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matria sobre a qual deva decidir de ofcio.

    Art. 11. Todos os julgamentos dos rgos do Poder Judicirio sero pblicos, e fundamentadas todas as decises, sob pena de nulidade.

    Pargrafo nico. Nos casos de segredo de justia, pode ser autorizada a pre-sena somente das partes, de seus advogados, de defensores pblicos ou do Minis-trio Pblico.

    Art. 12. Os juzes e os tribunais devero obedecer ordem cronolgica de concluso para proferir sentena ou acrdo.

    1o A lista de processos aptos a julgamento dever estar permanentemente disposio para consulta pblica em cartrio e na rede mundial de computadores.

    2o Esto excludos da regra docaput:I - as sentenas proferidas em audincia, homologatrias de acordo ou de

    improcedncia liminar do pedido;II - o julgamento de processos em bloco para aplicao de tese jurdica firma-

    da em julgamento de casos repetitivos;III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resoluo de

    demandas repetitivas;IV - as decises proferidas com base nos arts. 485 e 932;V - o julgamento de embargos de declarao;VI - o julgamento de agravo interno;VII - as preferncias legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional

    de Justia;VIII - os processos criminais, nos rgos jurisdicionais que tenham compe-

    tncia penal;IX - a causa que exija urgncia no julgamento, assim reconhecida por deciso

    fundamentada. 3oAps elaborao de lista prpria, respeitar-se- a ordem cronolgica das

    concluses entre as preferncias legais. 4oAps a incluso do processo na lista de que trata o 1o, o requerimento

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    formulado pela parte no altera a ordem cronolgica para a deciso, exceto quan-do implicar a reabertura da instruo ou a converso do julgamento em diligncia.

    5oDecidido o requerimento previsto no 4o, o processo retornar mesma posio em que anteriormente se encontrava na lista.

    6oOcupar o primeiro lugar na lista prevista no 1oou, conforme o caso, no 3o, o processo que:

    I - tiver sua sentena ou acrdo anulado, salvo quando houver necessidade de realizao de diligncia ou de complementao da instruo;

    II - se enquadrar na hiptese do art. 1.040, inciso II.

    Anotaes aos artigos 1 a 12:

    Artur TorresDoutor, Mestre e Especialista em Direito Processual Civil

    Professor de Direito Processual CivilAdvogado

    Artigo 1:1. Tem-se por ponto comum, atualmente, que o start para o constitucionalis-

    mo processual brasileiro derivou, grosso modo, da percepo de que o fenmeno processual no mais poderia (nem deveria) ser compreendido como um fim em si mesmo, nada obstante, sublinhe-se, a primeira fase da aludida constitucionaliza-o tenha, ao fim e ao cabo, laborado com pouco mais do que a singela noo de subservincia do instrumento aos desgnios constitucionais, vislumbrando-se em toda e qualquer matria de natureza processual, carter meramente instrumental.

    2. A ecloso da tese da eficcia imediata dos direitos fundamentais, aliada a percepo do compromisso, firmado pelos ordenamentos jurdicos contempor-neos, com a promoo da dignidade despertaram a melhor doutrina para a im-prescindibilidade de uma releitura dos ordenamentos processuais.

    3. Uma segunda fase dessa evoluo (a partir da qual se supera a modesta lem-brana de que o Direito Processual deve deferncia Constituio) prope-se a orientar uma (re)leitura do fenmeno processual - comprometida com a concreo dos direitos fundamentais. Parte-se, nessa quadra, da noo de que o processo deva, sobretudo, revelar-se instrumento apto a salvaguardar a promessa do ordenamento material pena de no cumprir com sua principal tarefa sem, porm, cingi-lo ideia de ramo do direito responsvel, to somente, pela criao de direito meio.

    4. Reconhece-se, por assim dizer, a existncia de um modelo constitucional de processo (a) comprometido com a concreo dos direitos fundamentais subs-

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    tanciais (mas tambm revelador de outras posies jurdicas, de idntica nature-za, inerentes, nica e exclusivamente, ao mundo do processo); e, por definio, (b) soberano em relao aos ditames processuais infraconstitucionais. Admite-se, contemporaneamente, segundo tal linha de pensamento, haver um rol de direitos, igualmente fundamentais, que, ainda que tenham valia/aplicao limitada ao fe-nmeno processual, isto , sensveis apenas no e em razo do processo, compem, ao lado de outros tantos, o ncleo das posies jurdicas mnimas asseguradas aos cidados, devendo, em tudo e sempre, orientar interpretaes, bem como a regula-mentao de quaisquer regimes processuais, independentemente de sua natureza.

    5. Para alm da percepo de que a Constituio Federal de 1988 possua (e ainda possui) um contedo processual, viu-se compelida a doutrina especializada, pelo menos em parte, a melhor sistematiz-la. Afirma-se, desde ento, que o con-tedo processual da Constituio revela disposies de natureza diversa. H na Constituio, de um lado, (a) um contedo processual revelador de direito meio (de natureza meramente instrumental), representado, exemplificativamente, pela insero na Carta Constitucional (1) de instrumentos de operacionalizao do direito material (anncio de aes e/ou procedimentos especiais), (2) de regras de competncia (por exemplo, art. 109) e (3) de hipteses de cabimento recursal (por exemplo, artigos 102 e 105), dentre outros. Costuma-se, ao aludir tais disposi-es, situ-las num campo de estudo denominado Direito Processual Constitucional. De outro, a Constituio Cidad alberga (b) contedo processual responsvel pelo reconhecimento, em favor de todo e qualquer jurisdicionado, de direitos (substan-ciais) a serem gozados no e em razo do processo. Esses direitos fundamentais, des-taque-se, vinculam tanto o Estado-Juiz (na prestao da tutela jurisdicional), como o Estado-Legislador (na construo do texto infraconstitucional). O somatrio dos aludidos direitos revelam, a rigor, a matriz constitucional processual brasileira, ordem vinculadora de toda e qualquer ramificao do direito processual no criminal.

    6. Compem o rol (dos direitos fundamentais acima aludidos), exemplifica-tivamente, os direitos fundamentais ao juiz natural, isonomia, ao contraditrio, ampla defesa, prova, publicidade, motivao, assistncia jurdica integral e gratuita, tutela jurisdicional adequada, efetiva e tempestiva, sem prejuzo de outros que derivem de uma anlise sistemtica das prescries constitucionais.

    Artigo 2:1. Ressalvados os diminutos casos expressamente previstos em lei, o processo

    de natureza cvel tem incio to somente a partir de iniciativa da parte. Trata-se, pois, de previso legal que exalta a vigncia, entre ns, do princpio dispositivo. Mostra-se necessrio ao surgimento de uma relao processual no campo no cri-

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    minal, como regra, que uma das partes abandone seu estado de inrcia, requeren-do ao Poder Judicirio, pois, providncia de cunho jurisdicional.

    2. Instaurada determinada relao processual, ao Estado-Juiz incumbe im-pulsion-la no af de cumprir, em tempo razovel, com seu mister: dizer o direito aplicvel ao caso concreto.

    Artigo 3:1. O Cdigo reproduz, com pequena distino redacional, o teor do art. 5,

    XXXV, da Constituio Federal de 1988, assento legal do denominado direito fun-damental jurisdio. O legislador infraconstitucional, ao assim proceder, acen-tuou o compromisso firmado pelo ordenamento ptrio em ofertar ao jurisdicio-nado no apenas prestao jurisdicional de cunho repressivo. A ameaa de leso posio jurdica justifica, tambm, o pedido de tutela jurisdicional (tutela pre-ventiva). Vedada justia dos prprios punhos, pois, o amplo e irrestrito acesso justia (que inclui o acesso ao Judicirio, mas a isso no se limita) revela-se uma das posies jurdicas mais importantes para um Estado que se afirma democrti-co de direito. Sem prejuzo de reconhecer o direito ao amplo e irrestrito acesso aos tribunais a todo e qualquer jurisdicionado, diretriz perseguida pelo Cdigo a soluo consensual dos conflitos postos apreciao judiciria.

    2. Para alm da diretriz acima anunciada (o incentivo conciliao judicial em detrimento da construo de uma soluo estatal impositiva ao conflito), o estmulo utilizao de tcnicas alternativas de composio de conflitos (no judiciais), revela-se tnica do novel sistema, que, expressamente, convoca os personagens do foro a, sempre que possvel, estimul-las.

    3. Acerca dos tribunais arbitrais vide Lei n 9.307-96.

    Artigo 4:1. O direito fundamental tutela tempestiva encontra amparo, primeiro,

    no art. 5, LXXVIII, da Constituio Federal de 1988. A partir da constatao, quase unnime, de que a entrega da prestao jurisdicional tardia mais se aproxi-ma de uma no prestao, compeliu-se o Estado a reconhecer, em favor de todo e qualquer jurisdicionado, um direito razovel durao do processo, ou melhor, o direito de gozar de uma prestao jurisdicional tempestiva.

    2. Antes mesmo da insero de comando constitucional expresso neste sen-tido, j era possvel, a partir de uma leitura sistemtica de nosso ordenamento, reconhecer tal obrigao estatal. Pretendeu-se com a aludida insero, sobretu-do, enfatizar que o tempo, bem dos mais escassos nas sociedades contemporne-as, no mais pode ser tratado como algo desimportante para o bom andamento

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    do processo ou, ainda, como mero problema do demandante, consoante outrora tratado.

    3. Conceituar o direito razovel durao, seno utpico, representa tarefa das mais espinhosas. Mais singela, todavia, afigura-se a tarefa de definir o que represente a durao irrazovel do processo, pois que, exemplificativamente, no parece sensato, independentemente da natureza do feito, perdure ele por vrias e vrias dcadas, a ponto de os interessados ordinrios sequer sobreviverem para conhecer o seu resultado. A identificao da tempestividade da prestao jurisdi-cional no escapa, segundo pensamos, da anlise do caso levado a juzo, uma vez que, somente luz do caso concreto e suas peculiaridades (anlise dos sujeitos e do direito posto em causa) que se poder constatar o sucesso temporal da atividade jurisdicional. Processo com durao razovel o processo sem dilaes indevidas.

    4. Em suma, possvel afirmar que tutela prestada em tempo razovel a tutela que (1) do ponto de vista temporal, preste-se a preservar o interesse na atu-ao estatal; (2) do ponto de vista das partes, alcance-lhes a prestao aguardada em interregno compatvel com seus reais interesses (respeitadas, claro, as demais prerrogativas processuais) e, por fim, (3) do ponto de vista do Estado-Juiz, que lhe permita cumprir seu mister em prazo de reflexo compatvel com a complexidade da causa.

    5. O Cdigo, ainda, em alto e bom tom, assevera que no basta dizer o direito aplicvel ao caso concreto em tempo razovel. Na frmula da tempestividade ga-rantida pelo modelo constitucional do processo civil brasileiro h de se computar, tambm, o prazo para a execuo do comando judicial, inexistindo cumprimen-to espontneo do julgado.

    Artigo 5:1. O processo judicial, na linha do Cdigo, revela-se ambiente que exige dos

    envolvidos comportamento tico, comprometido, em ltima anlise, com a obten-o da melhor prestao jurisdicional possvel.

    Artigo 6:1. A despeito de estarem em jogo, pelo menos no mbito da jurisdio con-

    tenciosa, interesses contrapostos, cada um dos envolvidos no trmite processual deve comportar-se de maneira irretocvel, contribuindo para que, de acordo com os valores eleitos pelo ordenamento jurdico ptrio, o Estado-Juiz possa entregar a melhor soluo possvel ao caso concreto.

    2. Princpio da cooperao. Reflexo. Para os leigos (e a alguns experts mais desavisados, que se limitam, pois, a tratar o fenmeno processual no plano meta-

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    fsico), o processo representa pura e simplesmente o instrumento de realizao da justia material. O dia a dia forense, contudo, revela realidade tiranamente diversa. A constatao, conhecida de muitos, porm, estatisticamente sonegada em sede doutrinria, revela-se tema rduo at mesmo para os mais antigos frequentadores do foro. Iniciemos assim: ressalvadas pontuais excees, a existncia do processo judicial justifica-se, in concreto, face ocorrncia de um conflito de interesses (real ou virtual). Cada qual dos contendores, bem compreendida a afirmativa, pretende ver sua posio jurdica triunfar e, como regra, por determinao legal, entrega a defesa dos seus interesses aos advogados, pblicos ou privados. So eles, no mundo real, que conduzem os feitos. Os patronos, em tese experts, respeitados os limites ticos de seu ofcio, defendem uma bandeira, ou seja, so parciais. O projeto de cada causdico ao assumir seu posto , quando mais na seara no cri-minal, o de ver, ao fim e ao cabo, o interesse daquele que lhe confiou o patrocnio prosperar. Trata-se, gostemos ou no, de uma constatao ftica, no raro transpa-rente, como dissemos alhures, aos apontamentos doutrinrios. Assim sendo, por vestirem uma camisa (so parciais e no imparciais), os experts do foro passam a laborar, em cada um de seus processos, no af de ver despontar o interesse de seus clientes, jogando o jogo. Tal afirmativa, que, evidncia, no choca os homens do foro (que, a rigor, sequer falam a seu respeito), afigura-se, no raro, estarrece-dora aos leigos. Seja como for, no h como ignorar que, sendo esse o esprito do patrono (e !), agir ele, ao longo de toda caminhada processual, medindo passos, palavras, suspiros e etc. O jogo do foro, em ltima anlise, obriga-o a assim pro-ceder. Poder-se-ia, pois, a ttulo meramente ilustrativo, equiparar o jogo do foro a uma partida de futebol: impossvel que se prospere no aludido cenrio (na par-tida de futebol) sem que se conhea, verbi gratia, a regra de que uma equipe sair vencedora se, e somente se, marcar gols; a regra do impedimento; a disciplina das punies; a compreenso de que o ambiental interfere na forma de atuao (prpria; do adversrio; bem como, do rbitro); que o jogo tem hora para ter-minar; e que, sobretudo, para alm de alcanar-se um vitorioso desportivamente falando, sempre haver consequncias/interesses para alm das quatro linhas. A lgica da conduo do processo , pois, idntica. Cada passo dado no trami-tar do feito , pelos experts do foro, milimetricamente calculado. No processo de conhecimento (ou fase cognitiva do processo sincrtico), da etapa postulatria entrega do comando jurisdicional (etapa decisria), por exemplo, percorre-se um caminho sem volta, programado pelos patronos, cada qual na defesa dos interes-ses que lhe incumbe promover. Premedita-se o atacar, o defender e etc., sempre de olho no apito final. No processo, salvo acidente, nada acontece ao acaso. Curioso, pois, afigura-se o teor do artigo sob comento, assim redigido: Todos os sujeitos

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    do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razovel, deciso de mrito justa e efetiva. Trata-se de apontamento poltico-moralizador? De diretriz inerente apenas aos casos de jurisdio voluntria? Ou, estaria o legis-lador margem do dia a dia do foro? Revelando-se diretriz politico-moralizadora, o apontamento estaria justificado; fosse apenas aplicvel ao campo da jurisdio voluntria, mal localizado; no queremos crer, por fim, que o legislador desconhe-a o dia a dia forense. Salvo melhor juzo, no h negar que no jogo do foro que as coisas acontecem e, tudo quanto mais, embora indispensvel boa convivncia dos homens em sociedade, havendo crise de colaborao no plano do direito ma-terial, haver de por ele transitar. A justia dos prprios punhos permanece, como regra, vedada. Considerada a atual realidade forense, antes do trnsito em julga-do da sentena, afigura-se impossvel, sobremaneira, afirmar que esta ou aquela parte prosperar. O jogo s termina quando acaba!. O processo, de um ponto de vista prtico, em ltima anlise, revela-se um jogo em que, no raro, vence o mais eficiente (processualmente falando). Se, luz de uma construo dogmtica, a concluso aborrece; do ngulo prtico, desponta inconteste.

    Artigo 7:

    1. O processo instrumento destinado a apurar, antes de tudo, a ocorrncia de fatos, revelando-se a prova dos mesmos determinante para que o julgador te-nha condies de aferir, com a justeza que se espera, merecerem, ou no, acolhida os pedidos formulados pelas partes. No h mais espao, no modelo atual, para o simples beneficiamento judicirio de uma parte em detrimento de outra, fundado, apenas, em ideologia erigida condio de dogma no passado. Ainda que se exija do magistrado postura ativa no processo, no deve, nem pode, o mesmo, bem compreendida a afirmativa, advogar para quaisquer dos contendores. Postura ativa e postura tendenciosa so conceitos que no podem ser baralhados.

    2. Do ponto de vista da estruturao do regramento processual infraconstitu-cional, com ressalvas claro, afigura-se possvel, episodicamente, promover o pro-palado princpio protetivo em algumas searas jurdicas (considere-se, por exemplo, algumas disposies aplicveis aos feitos que tenham por fundamento relaes consumeristas, ou, ainda, ao campo da tutela coletiva dos direitos individuais). No h negar, pois, que em determinadas passagens, revele-se lcito ao legislador tratar, de forma assimtrica, os contendores, justificando-se tal atitude pela necessidade de equiparar processualmente os materialmente desiguais. Seja como for, importa, sobretudo, destacar que a isonomia anunciada pelo Cdigo d-se no sentido de que o Estado-Juiz deve, necessariamente, tratar de forma igualitria os litigantes, propiciando aos mesmos, pois, igualdade de condies de manifestao ao longo

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    do processo. Diz-se, ento, que no plano do processo, isonomia/igualdade ganha forma a partir da concesso da paridade de armas para o embate.

    3. Num passado nem to distante, o contraditrio chegou a ser confundido ora com bilateralidade da audincia, uma de suas facetas, ora com ampla defesa. Com eles, na verdade, no se confunde.

    4. O direito fundamental ao contraditrio composto de pelo menos duas distintas facetas: uma passiva, outra ativa. A primeira delas remonta a apario do instituto, isto , contenta-se com a noo de que o contraditrio tem por escopo operacionalizar a bilateralidade da audincia (dando-se vista s partes de manifes-tao alheia para que possam reagir, querendo, s investidas da parte contrria). A segunda, por sua vez, guarda relao com a participao efetiva dos interessados no processo, ou melhor, com a possibilidade de influenciar eficazmente na cons-truo intelectual desenvolvida pelo julgador para compor a lide.

    Artigo 8:1. O processo civil brasileiro , por definio, parte integrante do ordenamen-

    to jurdico ptrio; tal ordenamento, considerada a eleio de valores realizada ao tempo da edificao da Constituio Federal de 1988, elegeu a proteo/promo-o da dignidade humana como premissa maior; o (sub)sistema processual, por bvio, no pode perder de vista tal escopo (no estando, sobretudo, infenso a tal realidade).

    2. Revela-se ilegtima, estril e contraproducente a atividade estatal (juris-dicional) que, diante da promessa constitucional e do atual estgio de desenvol-vimento do Estado brasileiro (Constitucional e Democrtico), despenda foras para, bem compreendida a afirmativa, nada resolver. Estamos cientes, tal e qual o legislador de 2015, que a operacionalizao dessa proposta (atuao jurisdicional efetivamente comprometida com a composio de conflitos sociais e no, mera-mente, com extino de processos) exigir, ao fim e ao cabo, gritante mudana de paradigma. No s no que diz com o pensar doutrinrio (no plano acadmico), mas, no que tange realidade do dia a dia forense. luz de uma concepo de devido processo que se espera para o sculo XXI e seguintes, no h mais como le-gitimar uma tutela desumana, comprometida nica e exclusivamente com a falcia da estatstica judiciria, uma vez que a verdadeira razo de ser da jurisdio, em ltima anlise, , nesse cenrio, desprezada. Pugna-se, assim, pelo reconhecimen-to/aceite de uma dimenso processual da dignidade (por ns defendida, outrora, em tese doutoral), com o claro objetivo de destacar que a promessa constitucional consiste na prestao de uma jurisdio efetiva, adequada, tempestiva e, acima de tudo, comprometida com a resoluo material dos conflitos sociais. com relao

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    ao derradeiro adjetivo que, bem compreendida, pode-se falar em uma tutela hu-manizada. Por fim, resta afirmar: a concepo humanstica da ao a qual nos re-portamos (agora, tambm, expressamente apontada pelo art. 8o e sentida num sem nmero de outros apontamentos legais) exige, ressalvadas diminutas hipteses, a entrega de uma prestao jurisdicional meritria. Tudo quanto mais, embora sirva eventualmente a um ou outro litigante, no serve conformao da susten-tada dimenso processual da dignidade, indo de encontro ao contedo do direito subjetivo, pblico e material, que a Constituio Federal legou a cada um de seus jurisdicionados: o direito fundamental jurisdio efetiva, adequada, tempestiva e, sobretudo, meritria (humana).

    3. Visando a melhor atender os fins sociais albergados pelo Estado brasilei-ro (pautado, como regra, na busca do bem comum), o julgador deve, deparan-do-se in concreto com certa antinomia, valer-se dos denominados postulados normativos (proporcionalidade, razoabilidade e etc.) para balizar no s a de-ciso a ser tomada, como a conduo do processo. Acerca do tema postulados normativos, na doutrina nacional, vide, por todos: VILA, Humberto. Teoria dos Princpios da definio aplicao dos princpios jurdicos. 10 ed. So Paulo: Malheiros, 2009.

    Artigo 9:1. O contraditrio, certamente, figura como o elemento balizador do pro-

    cesso, representando, em boa medida, sua prpria razo de ser. a partir dele que chega (ou deveria chegar) ao juzo a notcia da existncia tanto de verses conflitantes como de interesses contrapostos. O contraditrio, hoje, espelha a ne-cessidade de o magistrado ouvir aquilo que as partes tm a dizer, inclusive, no que diz com suas convices ou tendncias (convices e tendncias do julgador), de forma a delinear, sem surpresas, o caminho que provavelmente seguir ao decidir. Nem mesmo as ditas matrias de ordem pblica escapam dessa diretriz (art. 10), ressalvados os casos expressamente previstos em lei, para os quais o contraditrio (que jamais poder ser afastado) ocorrer em sua dimenso ulterior.

    2. Facultar aos interessados a participao na construo da soluo do caso concreto representa, destarte, a mola mestra do processo contemporneo. Subli-nhe-se, no entanto, que o contraditrio nem sempre ocorrer de forma prvia, podendo apresentar-se, consideradas as peculiaridades do caso concreto, de for-ma ulterior ou eventual. A regra, contudo, que se d, sempre que possvel, de maneira prvia.

    3. Em suma, possvel asseverar que a partir de sua (re)leitura, o contradit-rio passou a figurar como o ncleo dos sistemas processuais modernos (h quem,

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    inclusive, sustente ser o processo um procedimento em contraditrio (vide, porto-dos, em traduo para o portugus: FAZZALARI, Elio. Instituies de Direito Processual. Campinas: Bookseller, 2006). Da previso deriva o direito de as partes influenciarem, ao longo de todo o desenrolar do processo, na tomada da deciso. Independentemente da forma como venha se apresentar (prvio, posterior ou even-tual) no h falar, no mbito do Estado Democrtico de Direito, na possibilidade de supresso ou violao do direito epigrafado.

    Artigo 10:1. O processo civil ptrio labora sob a perspectiva de que os feitos cveis no

    devam se assemelhar a um filme de suspense, tramas em que, no raro, os envol-vidos veem-se, j no apagar das luzes, tomados pela surpresa.

    2. Considerada a vertente do contraditrio que faculta s partes influir na convico do magistrado para a soluo do caso concreto, resolv-lo a partir de fundamento retirado da cartola, sem que se oferte s partes a possibilidade de, antes da tomada da deciso, ter cincia do mesmo, agride, frontalmente, o direito fundamental ao contraditrio.

    3. A despeito de tratar-se de matria que o Estado-Juiz deva manifestar-se ofi-ciosamente, mostra-se imprescindvel facultar aos contendores a possibilidade, como regra, prvia, de influenciar na construo da soluo judicial do caso concreto.

    Artigo 11:1. O modelo constitucional do processo civil brasileiro anuncia, em alto e

    bom tom, que todos os julgamentos dos rgos do Poder Judicirio, ressalvadas pontuais excees, sero pblicos, pena de nulidade. O Cdigo, com ele afinado, reproduz tal situao. A mera publicizao dos resultados no basta. Embora su-ficiente esmagadora maioria dos atos processuais, os julgamentos (finais), em si, devem, tambm, dar-se de maneira pblica. Nada obstante constate-se ser faculta-do a qualquer do povo, em tese, o acesso s salas de audincia, o dia a dia forense revela que so poucas, para no dizer estatisticamente inexistentes (pelo menos no primeiro grau de jurisdio), as sentenas proferidas em audincia. Os autos, costumeiramente, escoado o prazo para oferecimento de memoriais, vo, por de-terminao judicial, conclusos sentena, para que, da solido de seu gabinete, o magistrado emane deciso para posterior publicizao de seu contedo. Para alm do descompasso com o ditame constitucional ora reproduzido pelo NCPC, o expediente, por vezes, dado o contedo de determinadas decises, desperta, nos interessados, dvida acerca de quem est a julg-los. Julgamentos verdadeiramen-te pblicos possuem o condo de eliminar quaisquer suspeitas dessa natureza.

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    A reclamao , no dia a dia do foro, constante. Com efeito, apenas em situaes tpicas (mediante autorizao constitucional), revela-se possvel restringir a pu-blicidade dos atos processuais. Depreende-se da anlise do modelo constitucional, seguido pelo NCPC, que a restrio apenas afigura-se legtima quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. s partes e seus procuradores, contudo, o acesso integralidade dos atos processuais ser, sempre, irrestrito, pena de frontal agresso ao devido processo de direito. No h falar, portanto, luz do sistema p-trio, em processo secreto. Ressalvadas as hipteses acima referidas, o processo, e todos os seus atos, sem exceo, dever tramitar de forma aberta, sem mistrios.

    2. O conceito de motivao, vinculado expresso fundamentadas, contida no caput do artigo sob comento, esgara, evidncia, em muito, os lindes do es-tudo jurdico. Para os fins a que nos propomos, no entanto, possvel afirmar que a atividade motivacional exigida possa ser compreendida, em suma, como a exi-gncia de que o Estado-Juiz justifique o porqu adota, caso a caso, esta ou aquela postura de julgamento, explicitando, sempre de forma lmpida, o raciocnio lgi-co desenvolvido e a racionalidade das decises proferidas. Segundo o artigo 93, IX, da CF/88, que serve de fundamento exigncia codificada, todas as decises proferidas pelo Poder Judicirio sero motivadas. A profundidade da aludida exi-gncia deve ser bem compreendida, sob pena de laborarmos diuturnamente com meros arremedos de motivao. Vigora entre ns o sistema da persuaso racional; o dever de motivar atua, numa de suas perspectivas, como verdadeira pea dessa engrenagem. Tem-se, destarte, que o dever de motivar destina-se, ao menos em uma de suas vertentes, a limitar o arbtrio do julgador. Retomaremos o enfrenta-mento do tema, com maior profundidade, ao tempo da anlise do teor do artigo 489, pargrafo primeiro e seguintes do NCPC, que, ao menos infraconstitucional-mente, revoluciona o enfrentamento da matria, acolhendo crtica pontual oriun-da da corrente doutrinria a que nos filiamos.

    3. No h dvida, atualmente, que o dever de motivar se coadune com um sem nmero de outras situaes jurdicas. Bons exemplos da dita multifuncionali-dade da motivao judicial podem ser vislumbrados na funo instrumentalizado-ra do direito de recorrer, pois, que no parece lgico, nem possvel, salvo quando se recorra face prpria inexistncia de fundamentao, insurgir-se contra julga-do que no revele os motivos em que se pauta.

    4. Vale salientar que a exigncia motivacional afirma-se no clamor social pelo controle da atividade judiciria, no especial sentido de dela exigir esclarecimentos acerca das condutas admitidas no convvio entre os homens. Em tempos em que a cada dia emergem propositalmente, disposies eivadas de conceitos indetermina-dos, o dito poder controlador ganha em destaque.

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    5. Fundamentar, na perspectiva do atual modelo de processo, representa ir alm da mera enunciao formal dos ditames que devem regular o caso concreto. Trata-se, pois, da exigncia que obriga o julgador a esmiuar (atento ao princpio da concretude) como, quando, e porque optou por emanar esta ou aquela deciso. A partir de um jogo de palavras, no raro compreendido por todos, afigura-se ple-namente possvel afirmar que, atualmente, exige-se mais do que mera motivao, exige-se a motivao da motivao. Decisrio insuficientemente ou no motivado representa ato jurdico nulo.

    Artigo 12:1. O Cdigo, no concernente, inova em relao aos diplomas processuais que

    o antecederam, criando ordem, pautada em critrio objetivo (cronologia de con-cluso), para a prolao de sentenas e acrdos. Trata-se, bem compreendido o expediente, de comando que determina ao Judicirio a observncia de determina-da ordem para a prolao de suas decises.

    2. Visando viabilizar o controle externo de obedincia, pelo Judicirio, or-dem acima aludida, exige-se que os tribunais organizem pelo menos duas listas de processos, pendentes de julgamento, mantendo-as permanentemente disposi-o para consulta pblica em cartrio e na rede mundial de computadores: uma primeira (lista ordinria), para atender o comando do artigo 12; uma segunda (lista de preferncias), consoante comando do 3 do mesmo artigo, para aten-der s denominadas preferncias legais, apontadas pelo 2 do texto em epgrafe. Da primeira lista (lista ordinria), restaro excludas (I) as sentenas proferidas em audincia, homologatrias de acordo ou de improcedncia liminar do pedido; (II) o julgamento de processos em bloco para aplicao de tese jurdica firmada em julga-mento de casos repetitivos; (III) o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resoluo de demandas repetitivas; (IV) as decises proferidas com base nos ar-tigos 485 (sentena que no resolva o mrito) e 932 (competncia monocrtica do relator); (V) o julgamento de embargos de declarao; (VI) o julgamento de agravo interno; (VII) as preferncias legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justia; (VIII) os processos criminais, nos rgos jurisdicionais que tenham com-petncia penal; (IX) a causa que exija urgncia no julgamento, assim reconhecida por deciso fundamentada, doravante denominada preferncias legais.

    3. As preferncias legais, por sua vez, submeter-se-o lista prpria (a lista das preferncias destinada a estabelecer a ordem de julgamento, nica e exclu-sivamente, entre as preferncias legais). O critrio para determinao da ordem de julgamento nesse cenrio , segundo expresso apontamento legal, idntico ao utilizado para o estabelecimento da ordem na primeira: a cronologia da concluso.

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    4. O Cdigo estabelece, por fim, outras trs regras objetivas inerentes con-servao da ordem de julgamento, anotando que: (a) aps a incluso do processo na lista ordinria, o requerimento formulado pela parte no altera a ordem crono-lgica para a deciso, exceto quando implicar a reabertura da instruo ou a con-verso do julgamento em diligncia; (b) uma vez decidido o requerimento acima aludido, o processo retornar mesma posio em que anteriormente se encontra-va na lista, e, (c) ocuparo o primeiro lugar nas listas, os processos que tiverem sentenas ou acrdos anulados, ressalvados os casos em que houver necessidade de realizao de diligncia ou de complementao da instruo ou, ainda, que se enquadrem na hiptese prevista pelo inciso II, do artigo 1.040.

    CAPTULO IIDA APLICAO DAS NORMAS PROCESSUAIS

    Art. 13. A jurisdio civil ser regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposies especficas previstas em tratados, convenes ou acor-dos internacionais de que o Brasil seja parte.

    Art. 14. A norma processual no retroagir e ser aplicvel imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situaes jurdicas consolidadas sob a vigncia da norma revogada.

    Art. 15. Na ausncia de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposies deste Cdigo lhes sero aplicadas supletiva e subsidiariamente.

    Anotaes aos artigos 13 a 15:

    Artur Torres Doutor, Mestre e Especialista em Direito Processual Civil

    Professor de Direito Processual CivilAdvogado

    Artigos 13 a 14:1. Direito intertemporal. O regramento processual oriundo da entrada em

    vigor do novo Cdigo, seguindo tradio de longa data, ter aplicao imediata, ainda que o feito tenha se iniciado sob a vigncia da legislao revogada.

    2. Os atos processuais validamente realizados luz do sistema processual precedente no sero prejudicados, ou refeitos, pelo s fato de a lei processual sob a qual se consolidaram no mais produzir efeitos.

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    Artigo 15:1. Lacuna. Aplicao subsidiria. O Cdigo de Processo Civil, no mbito da

    jurisdio no criminal, serve de texto-base disciplina processual. Assim sendo, os temas (processuais) que no encontrarem disciplina especfica no mbito de sua especializao sero regidos na forma que dispuser o NCPC.

    2. O rol a que alude o art. 15 meramente exemplificativo. A aplicao subsi-diria do Cdigo no se limita, evidncia, aos processos: eleitoral, trabalhista e administrativo. Tratando-se de jurisdio no criminal, o Cdigo tem aplicao secundria, no que tange matria processual, a quaisquer especializaes, salvo disposio expressa de lei.

    LIVRO IIDA FUNO JURISDICIONAL

    TTULO IDA JURISDIO E DA AO

    Art. 16. A jurisdio civil exercida pelos juzes e pelos tribunais em todo o territrio nacional, conforme as disposies deste Cdigo.

    Art. 17. Para postular em juzo necessrio ter interesse e legitimidade.Art. 18. Ningum poder pleitear direito alheio em nome prprio, salvo

    quando autorizado pelo ordenamento jurdico.Pargrafo nico. Havendo substituio processual, o substitudo poder

    intervir como assistente litisconsorcial.Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se declarao:I - da existncia, da inexistncia ou do modo de ser de uma relao jurdica;II - da autenticidade ou da falsidade de documento.Art. 20. admissvel a ao meramente declaratria, ainda que tenha ocorri-

    do a violao do direito.

    Anotaes aos artigos 16 a 20:

    Artur TorresDoutor, Mestre e Especialista em Direito Processual Civil

    Professor de Direito Processual CivilAdvogado

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    Artigo 16:1. Ao anunciar que a jurisdio civil ser exercida pelos juzes em todo terri-

    trio nacional conforme sua