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EDITORIAL SUSANA AMADOR Presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas Estimad@s Camaradas, O XXI Governo Constitucional está formalmente investido, legitimado de um ponto de vista político e constitucional e o seu Programa aprovado em sede própria. Trata-se de um programa com uma renovada ambição e que inicia uma novo ciclo de políticas que visam parar o retrocesso social e retomar o caminho do progresso e da solidariedade, virar a página da austeridade relançar a economia e o emprego. Os quatro objetivos essenciais que orientaram a elaboração do Programa expressam uma vontade inequívoca de combater o empobrecimento, consagrando um novo modelo de desenvolvimento e uma nova estratégia de consolidação das contas públicas, assente no crescimento e no emprego, no aumento do rendimento das famílias e na criação de condições para o investimento das empresas. A dignificação dos serviços públicos e da defesa do Estado Social, nomeadamente nas áreas da segurança social, educação e saúde, a par do relançamento do investimento na Ciência, na Inovação, na Educação, na Formação e na Cultura, são garante de combate às desigualdades e de visão de futuro na economia global do século XXI. Com efeito, a evolução sociocultural e, com ela, a introdução do novo conceito de dignidade das pessoas - corolário indefetível duma democracia pluralista - tem outras implicações e exigências: Ela impõe que os Direitos Humanos e os direitos sociais sejam entendidos como Direitos de todos, é assim que o PS os entende. Através das políticas sociais é possível alterar a distribuição de poder na sociedade, transformando “privilégios” em “direitos”, “direitos em princípio” em “direitos na prática”, sociedades fragmentadas em novas formas de organização, integração e desenvolvimento do capital social, fortalecendo a governabilidade. António Costa, no âmbito da apresentação do Programa do XXI Governo Constitucional, garantiu entre outras, a promoção e defesa intransigente da igualdade entre homens e mulheres, em particular no setor do trabalho e emprego. Para António Costa “não devemos ignorar que a eliminação das discriminações legais não prescinde da continuidade de um combate cultural contra o preconceito, nem subsistência de discriminações de facto, com que não nos podemos conformar, como as diferenças remuneratórias em função do género”. Não poderia, nesta abertura de um tempo novo, deixar de saudar todas as mulheres que integram a equipa deste Governo, embora, naturalmente desejássemos que pudessem ser em maior número (somente 4 em 17 Ministros e 16 em 41 Secretários de Estado), dado que estamos em 2015, e o tempo nunca espera por nós! Recebam um abraço fraterno Susana Amador Presidente do DFMS/FAUL Em Agenda: Comissão Política do DFMS/FAUL domingo, 13 de dezembro, 10h30m, Local: Casa da Juventude em Odivelas Cerimónia de Atribuição do Prémio “Farol de Ideias” segunda-feira, 14 de dezembro, 18h30m – Biblioteca Museu República e Resistência, em Lisboa NEWSLETTER N.º 11 NOVEMBRO.2015 Facebook: Mulheres Socialistas da Faul www.psfaul.com/dfms/

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EDITORIAL

SUSANA AMADOR Presidente do Departamento

Federativo das Mulheres Socialistas

Estimad@s Camaradas, O XXI Governo Constitucional está formalmente investido, legitimado de um ponto de vista político e constitucional e o seu Programa aprovado em sede própria. Trata-se de um programa com uma renovada ambição e que inicia uma novo ciclo de políticas que visam parar o retrocesso social e retomar o caminho do progresso e da solidariedade, virar a página da austeridade relançar a economia e o emprego. Os quatro objetivos essenciais que orientaram a elaboração do Programa expressam uma vontade inequívoca de combater o empobrecimento, consagrando um novo modelo de desenvolvimento e uma nova estratégia de consolidação das contas públicas, assente no crescimento e no emprego, no aumento do rendimento

das famílias e na criação de condições para o investimento das empresas. A dignificação dos serviços públicos e da defesa do Estado Social, nomeadamente nas áreas da segurança social, educação e saúde, a par do relançamento do investimento na Ciência, na Inovação, na Educação, na Formação e na Cultura, são garante de combate às desigualdades e de visão de futuro na economia global do século XXI. Com efeito, a evolução sociocultural e, com ela, a introdução do novo conceito de dignidade das pessoas - corolário indefetível duma democracia pluralista - tem outras implicações e exigências: Ela impõe que os Direitos Humanos e os direitos sociais sejam entendidos como Direitos de todos, é assim que o PS os entende. Através das políticas sociais é possível alterar a distribuição de poder na sociedade, transformando “privilégios” em “direitos”, “direitos em princípio” em “direitos na prática”, sociedades fragmentadas em novas formas de organização, integração e desenvolvimento do capital social, fortalecendo a governabilidade. António Costa, no âmbito da apresentação do Programa do XXI Governo Constitucional, garantiu entre outras, a promoção e defesa intransigente da igualdade entre homens e mulheres, em particular no setor do trabalho e emprego.

Para António Costa “não devemos ignorar que a eliminação das discriminações legais não prescinde da continuidade de um combate cultural contra o preconceito, nem subsistência de discriminações de facto, com que não nos podemos conformar, como as diferenças remuneratórias em função do género”. Não poderia, nesta abertura de um tempo novo, deixar de saudar todas as mulheres que integram a equipa deste Governo, embora, naturalmente desejássemos que pudessem ser em maior número (somente 4 em 17 Ministros e 16 em 41 Secretários de Estado), dado que estamos em 2015, e o tempo nunca espera por nós! Recebam um abraço fraterno Susana Amador Presidente do DFMS/FAUL

Em Agenda:

• Comissão Política do DFMS/FAUL – domingo, 13 de dezembro, 10h30m, Local: Casa da Juventude em Odivelas

• Cerimónia de Atribuição do Prémio “Farol de Ideias” – segunda-feira, 14 de dezembro, 18h30m – Biblioteca Museu República e Resistência, em Lisboa

NEWSLETTER N.º 11 NOVEMBRO.2015

Facebook: Mulheres Socialistas da Faul

www.psfaul.com/dfms/

AÇÃO DE FORMAÇÃO

“Violência de Género: A Violência Doméstica e Medidas de Prevenção e de Combate”

No dia 7 de novembro, realizou-se a 8ª ação de formação subordinada ao tema “Violência de Género: A Violência Doméstica e Medidas de Prevenção e de Combate”, que contou com a presença de Susana Amador, Presidente do departamento, de Joana Azevedo Costa, representante da Associação Portuguesa das Mulheres Juristas e de Margarida Medina Martins representante da Associação de Mulheres Contra a Violência. Esta ação pretendeu chamar a atenção para o grave problema da violência de género, onde se inclui a violência doméstica e em que a maior parte das vítimas são mulheres. “O ano de 2015 tem sido marcado por uma espiral de violência contra as mulheres que nos deve fazer parar,

refletir e agir. Já morreram 40 mulheres portuguesas por violência doméstica, valor que supera as médias de 2013 e 2014. Há que buscar e tratar as causas profundas e estruturais deste fenómeno que não cede. Há que apostar na educação para a cidadania“, afirmou Susana Amador. A jurista, Joana Azevedo, ressalvou que “há que conhecer a lei, todos a devem saber, para estarmos protegidos. A formação é chave”. Já, Margarida Medina considerou que “em Portugal há que criar uma cultura de Direitos Humanos. Não podemos depender da sensibilidade do técnico, do agente ou do juiz. A responsabilização das entidades tem que existir.

NOTÍCIAS

XXI Governo Constitucional de Portugal Tomou posse, no dia 26 de novembro, o XXI governo constitucional da República Portuguesa. Um governo que saiu da inequívoca legitimidade do voto do povo português nas eleições de 4 de outubro. Desde o dia 4 de outubro passaram 53 dias até haver um governo empossado com legitimidade para governar, legitimidade assente numa maioria que, na Assembleia da República, criasse condições para que os grandes assuntos da nação e dos portugueses pudessem começar a ser enfrentados com condições de sucesso. O XXI Governo Constitucional, liderado por Costa, será composto por 20 mulheres (quatro ministras e 16 Secretárias de Estado) e 39 homens (14 ministros, incluindo Costa, e 25 secretários de Estado). Os ministros e secretários de estado são, quase todos, personalidades de reconhecida experiência política, com muita obra já realizada e muita competência nas áreas abrangidas e dedicação à causa pública; pelos restantes falam o seu currículo académico e a sua prestação profissional em cada uma das áreas. A apresentação do Programa de Governo, será o primeiro passo estratégico para que o povo português confirme que o voto em 4 de outubro, ao dizer não à austeridade de direita, disse sim a um tempo de sustentabilidade, inclusividade e progresso para a larga maioria das portuguesas e dos portugueses.

Na sexta-feira, dia 27 de novembro, o secretariado do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas da Federação da Área Urbana de Lisboa (DFMS-FAUL), visitou o Parlamento, a convite da Deputada e Presidente do departamento, Susana Amador. Após o almoço, num dos restaurantes da Assembleia da República, o secretariado visitou vários espaços do palácio de São Bento, nomeadamente, a sala do senado, o salão nobre, os passos perdidos e a biblioteca. Sempre acompanhadas pela nossa guia, Susana Amador, que foi explicando as funções de cada espaço e referindo os autores das diversas obras de arte observadas, desde a pintura à escultura.

INICIATIVAS

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HOMENAGEM

No dia 11 de novembro, recebemos com profunda tristeza a notícia do falecimento da nossa Eduarda Barros. Desapareceu uma Mulher honorável, distinta autarca, uma cidadã generosa e uma grande humanista. Sem dúvida, uma democrata convicta que defendia de forma apaixonada a Igualdade de Género e os valores maiores de Abril. A Eduarda Barros teve um vasto currículo profissional e de permanente participação cívica ao longo de toda a sua vida. Considerada por muitos, uma professora de excelência, lecionou com mestria na Escola Secundária de Odivelas, bem como na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. No Município de Odivelas, foi Presidente do Conselho de Administração da extinta Odivelgest, E.M., Deputada Municipal de 2001 a 2015 e líder de bancada do Partido Socialista, de 2001 a 2005 e de 2013 a 2015. Foi ainda Vereadora da Câmara Municipal e ocupava, atualmente, com inegável capacidade humana e idoneidade pessoal, o cargo de Conselheira Municipal para a Igualdade. Desempenhou, ainda, um papel preponderante na implementação do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas da Federação da Área Urbana de Lisboa (DFMS-FAUL), em 2004, ao lado de Susana Amador. De 2006 a 2014, participou ativamente nas Concelhias Políticas do DFMS-FAUL. Por convite, da

Presidente do Departamento, Susana Amador, regressa em 2014, para membro do secretariado, onde desempenhou um papel determinante na dinamização do departamento, destacando-se a inspiradora ação de formação sobre a “História das Mulheres”, realizada em janeiro de 2015. A plateia ficou rendida à sua imensa cultura, ao brilho intelectual, à sua sagacidade, notável retórica e capacidade de comunicação. Ficará para sempre na nossa memória como uma mulher de causas e convicções, que dignificou a classe política, quer pela palavra, quer pela postura, quer pela sua ação. Habita agora de forma livre a substância do tempo e permanecerá para sempre a sua luz, a sua enorme coragem e sua força inspiradora para prosseguirmos o caminho certo.

EDUARDA BARROS 1953-2015

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VOTO DE CONDENAÇÃO

Na última sexta feira, 13 de Novembro, ocorreram em seis locais diferentes da cidade de Paris ataques hediondos perpetrados por jiadistas que ceifaram a vida a 129 pessoas e deixado 352 feridas com gravidade, segundo os últimos dados disponíveis avançado pelo procurador francês, François Moçins. François Hollande considerou que tais atos terroristas e bárbaros "Foram um ato de guerra, cometido por um exército e a França será impiedosa com Daesh tanto no exterior como interior do país", dizendo ainda que o ataque terá sido preparado e planeado noutro local. O coração da Europa e da Democracia foi atacado de novo, e desta vez com maior intensidade e dirigindo-se ao cidadão comum. O mundo ficou chocado e foram muitas as manifestações de solidariedade para com o povo francês, vítimas e seus familiares e autoridades. Estes atentados são claramente uma ameaça à nossa liberdade, aos valores civilizacionais e á Humanidade. Os fundamentalismos religiosos devem ser repudiados e condenados porquanto exacerbam ódios, mutilam a tolerância e coartam valores como a liberdade, tolerância e fraternidade inscritos na DUDH e na CEDH, instrumentos de caráter internacional. Tal como referiu o líder da Comunidade Islâmica de Lisboa junto à Torre de Belém “Isto não é islamismo. O Islão é Amor ao outro”. Deve assim ser assegurado que no impacto deste drama e destes ataques ignóbeis separemos o que tem que ser separado. Os refugiados da Síria fogem dessas mesmas perseguições religiosas e lutam para proteger a sua vida e dos seus filhos, por isso não pode a Europa que subscreveu a Convenção de Genebra de 1951, deixar de acolher e integrar quem foge destes fundamentalismos que desprezam a vida humana e a dignidade dos povos.

Uma reação egoísta e securitária da Europa será sempre uma má escolha e um renegar dos valores universais porque nos regemos, onde os direitos, liberdade e garantias se sobrepõem sempre á cultura do medo. Em diferentes momentos da história da humanidade, foram praticados atos verdadeiramente abomináveis em nome de determinada religião ou seita. Julgamos que no atual momento estamos perante um fenómeno de instrumentalização do Islão para fins divergentes da verdadeira essência desta religião. Nesse sentido, o DFMS-FAUL considera fundamental que o Islão não seja tido como sinónimo de terrorismo e que não confundamos as comunidades islâmicas espalhadas pelo mundo, nomeadamente a comunidade islâmica em Portugal, com células terroristas ou responsabilizemos os seus membros e pelos atos terroristas praticados pelos radicais islâmicos. O DFMS-FAUL repudia veementemente os trágicos acontecimentos ocorridos em França e lamenta as vidas que foram ceifadas, manifestando, ainda, a nossa solidariedade para com as famílias e comunidades das vitimas destes atentados. As Mulheres Socialistas da FAUL querem, igualmente, reiterar a necessidade e urgência de resistirmos ao obscurantismo e à intolerância e de assumirmos, como desígnio universal, a preservação e cumprimento efetivo dos princípios inscritos na Carta dos Direitos fundamentais da EU, da DUDH e CEDH, enquanto valores supremos e inalienáveis das civilizações. Voto de Condenação aprovado por unanimidade em reunião de secretariado a 16 de novembro de 2015.

“Atentados terroristas em Paris”