novembro 2012

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Em 1875, no dia 8 de se- tembro, Helena Petrovna Blavatsky (HPB), Henry Ste- el Olcott e outros fundam a Sociedade Teosófica (ST). Olcott faz o discurso inaugu- ral no dia 17 de novembro. A sociedade norte-ame- ricana em geral e a nova-ior- quina, em particular, diante das revelações feitas por HPB, passam a acusá-la de ser mistificadora, charlatã e racista. Tão forte foi a pres- são que o movimento Teo- sófico reflui para a Índia. Mas HPB, já sabia, e cos- tumava dizer que as idéias da Teosofia só seriam me- lhor recebidas e entendidas dentro de 100 anos. E acer- tou mais uma vez, pois, o VI Congresso Internacional da ST marcou o centenário da mesma justamente em Nova Iorque, em 1975 - quan- do nesta data houve o au- mento do interesse por eso- terismo, magia e ocultismo rotulados como "realismo fantástico". Em setembro de 1877, "Ísis Sem Véu" de HPB é publicada e 1.000 cópias são vendidas em 10 dias. A famo- sa fundadora do Gotham Book Mart, em Nova Iorque, Frances Steloff, certa vez mandou um exemplar para o matemático russo P. D. Ouspensky, ao autor de Ter- tium Organum e notável dis- cípulo de Gurdjieff. Ele res- pondeu: Cara Sra. Steloff, Agradeço muito seu livro e o seu desejo de auxiliar- me, mas eu já possuía uma cópia dele. (...) Cordialmente, P. D. Ouspensky Thomas Edison, filia-se à ST em 1878. Neste mesmo ano, os fundadores da ST estão de partida para a Ín- dia. No diário de HPB, diz Ol- cott, está escrito: em letras bem grandes, o grito de ale- gria partido do coração: CONSUMMATUM EST! As palavras de João 19:30 fo- ram supostamente as últi- mas de Cristo na cruz: "Está consumado". No caminho para Bom- baim, HPB e Olcott realizam duas semanas de trabalho intenso com os teosofistas de Londres. HPB estava so- bre a vigilância do serviço secreto britânico, por que era vista como uma possível espiã russa. Em 1882, a Sociedade Teosófica (ST) é transferida para Adyar em Madras (atu- al Chennai), onde está esta- belecida sua sede mundial até hoje. Em 1884, HPB viaja para Paris, onde inicia a trabalhar na sua obra máxima "A Dou- trina Secreta". Retornando para a Índia, passa em Port Said, junta-se a ela o clérigo Britânico C. W. Leadbeater, que pretendia viver e traba- lhar em Adyar. O volume I de A Doutrina Secreta de HPB é publicado em 1º de novembro de 1888 e o volume II em 28 de de- zembro do mesmo ano. Quando chegou o volume II, W. T. Stead, o famoso edi- tor do Pall Mall Gazette e de The Review Of Reviews, teve dif iculdades para fazer comentários sobre a obra completa, e então, pensou em convidar Annie Besant, e ela concordou. "À medida que folheava páginas após paginas", relata Besant, "o interesse tornou-se inten- so, (...) escrevi a critica e pedi ao Sr. Stead que me apresentasse a autora, e en- tão mandei um bilhete soli- citando autorização para vi- sitá-la". Annie Besant, tornou-se mst (membro da Socieda- de Teosófica) no dia 10 de maio de 1889. Gandhi e a Sociedade Teosófica (Continua na pá- gina 2)

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Estudo da vida

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Em 1875, no dia 8 de se-tembro, Helena PetrovnaBlavatsky (HPB), Henry Ste-el Olcott e outros fundam aSociedade Teosófica (ST).Olcott faz o discurso inaugu-ral no dia 17 de novembro.

A sociedade norte-ame-ricana em geral e a nova-ior-quina, em particular, diantedas revelações feitas porHPB, passam a acusá-la deser mistificadora, charlatã eracista. Tão forte foi a pres-são que o movimento Teo-sófico reflui para a Índia.

Mas HPB, já sabia, e cos-tumava dizer que as idéiasda Teosofia só seriam me-

lhor recebidas e entendidasdentro de 100 anos. E acer-tou mais uma vez, pois, o VICongresso Internacional daST marcou o centenário damesma justamente emNova Iorque, em 1975 - quan-do nesta data houve o au-mento do interesse por eso-terismo, magia e ocultismorotulados como "realismofantástico".

Em setembro de 1877,"Ísis Sem Véu" de HPB épublicada e 1.000 cópias sãovendidas em 10 dias. A famo-sa fundadora do GothamBook Mart, em Nova Iorque,Frances Steloff, certa vezmandou um exemplar parao matemático russo P. D.Ouspensky, ao autor de Ter-tium Organum e notável dis-cípulo de Gurdjieff. Ele res-pondeu:

Cara Sra. Steloff,Agradeço muito seu livro

e o seu desejo de auxiliar-

me, mas eu já possuía umacópia dele. (...)

Cordialmente,P. D. OuspenskyThomas Edison, filia-se à

ST em 1878. Neste mesmoano, os fundadores da STestão de partida para a Ín-dia. No diário de HPB, diz Ol-cott, está escrito: em letrasbem grandes, o grito de ale-gria partido do coração:CONSUMMATUM EST! Aspalavras de João 19:30 fo-ram supostamente as últi-mas de Cristo na cruz: "Estáconsumado".

No caminho para Bom-baim, HPB e Olcott realizamduas semanas de trabalhointenso com os teosofistasde Londres. HPB estava so-bre a vigilância do serviçosecreto britânico, por queera vista como uma possívelespiã russa.

Em 1882, a SociedadeTeosófica (ST) é transferida

para Adyar em Madras (atu-al Chennai), onde está esta-belecida sua sede mundialaté hoje.

Em 1884, HPB viaja paraParis, onde inicia a trabalharna sua obra máxima "A Dou-trina Secreta". Retornandopara a Índia, passa em PortSaid, junta-se a ela o clérigoBritânico C. W. Leadbeater,que pretendia viver e traba-lhar em Adyar.

O volume I de A DoutrinaSecreta de HPB é publicadoem 1º de novembro de 1888e o volume II em 28 de de-zembro do mesmo ano.Quando chegou o volume II,W. T. Stead, o famoso edi-tor do Pall Mall Gazette e deThe Review Of Reviews,teve dificuldades para fazercomentários sobre a obracompleta, e então, pensouem convidar Annie Besant,e ela concordou. "À medidaque folheava páginas após

paginas", relata Besant, "ointeresse tornou-se inten-so, (...) escrevi a critica epedi ao Sr. Stead que meapresentasse a autora, e en-tão mandei um bilhete soli-citando autorização para vi-sitá-la".

Annie Besant, tornou-semst (membro da Socieda-de Teosófica) no dia 10 demaio de 1889.

Gandhi e a SociedadeTeosófica (Continua na pá-gina 2)

2 NOVEMBRO DE 2012 - RIBEIRÃO PRETO - SPwww.jornaloaprendiz.com.br

Gandhi e a SociedadeTeosófica

Gandhi recorda-se dever Besant dando palestrano Queen’s Hall doPeople’s Palace.

Em sua au-tobiograf ia,Gandhi relataque “no finaldo meu se-gundo ano(1889) na In-glaterra, en-contrei doisteosof istas,que eram ir-mãos... Eles me falaramsobre o Bhagavad-Gita...Convidaram-me para ler aversão original com eles.Senti-me envergonhado,pois não havia lido o poe-ma divino nem em sânscri-to nem em gujarati... Co-mecei a ler o Gita comeles”. Gandhi relata, ainda,que os dois teosof istas

17 de Novembro de 2012.A Sociedade Teosófica, completa 137 anos

Continuação da capa

que lhe mostraram o Gitatambém o levaram, emcerta ocasião, à Loja Teo-sófica Blavatsky e o apre-sentaram à Sra. Blavatskye à Sra. Besant. E ele se

tornou mem-bro da LojaBlavatsky em26 de marçode 1891.

JawaharlalNehru torna-se membro daSociedade Te-osófica.

“No come-ço”, contou Gandhi ao seubiógrafo Louis Fisher, “osprincipais congressistas(do Congresso NacionalIndiano, o qual, sob a ori-entação de Gandhi, condu-ziu ao momento históricoda libertação da Índia)eram teosofistas”. De fato,um deles, Allan O. Home,um teosofista, foi saudadocomo Pai do Congresso.

No dia 8 de maio de1891, morre Helena P. Bla-vatsky. Dia 8 de maio, o Diado Lótus Branco é celebra-do agora pelos teosofistasem todo o mundo. Esse diafoi assim chamado por Ol-cott por que em Adyar, naÍndia, no primeiro aniver-sário de HPB, os lótus cres-ceram em uma quantida-de fora do comum.

Com a morte de HPB,e do primeiro presidenteda ST, Olcott, em 1907, aSra. Besant foi eleita pre-sidenta, passando a residirem Adyar.

Em 1909, Leadbeaterencontra o jovem Krishna-murti (K), com apenas 14anos. Leadbeater comoclarividente, fica impressi-onado com a aura de K,que não continha uma par-tícula de egoísmo, sendoque por outro lado, ele eratão fraco fisicamente que“certamente teria morri-do se eu não tivesse sidoencontrado” relata K maistarde.

K e seu irmão Nytia-nanda foram educados naSociedade Teosófica.

Albert Einstein e ADoutrina Secreta

Uma sobrinha de Eins-tein relata que um exem-plar de A Doutrina Secre-ta estava sempre sobresua escrivaninha. Durantea década de1960, ela pe-gou o exem-plar e visitou aSociedade Te-osóf ica emAdyar.

R u p e r tS h e l d r a k e ,quem formu-

lou a Hipótese dos CamposMorfogenéticos, ou Cam-pos M; Sir Willian Crookes,notável químico e físico, eCamille Flammanion, reno-mado astrônomo francês.Os três eram membros daSociedade Teosófica.

Roberto Assagioli, fun-dador da linha psicológicachamada psicossíntese, foicriado num ambiente teo-sófico e iniciou a sua teo-ria e pratica na Escola Ar-cana de Alice Bailey, quefoi membro de Soc. Teo-sófica. Na psicologia trans-pessoal Ken Wilber, um deseus mais destacados dis-seminador, é um membroda ST.

Rudolf Steiner foi pre-sidente da ST na Alemanhade 1902 até 1913. Depoisfundou a Sociedade Antro-posófica.

O professor HenriqueJosé de Souza, afastou-seda ST no Brasil, para fun-dar a Sociedade Brasileirade Eubiose.

S. Subra-mania Iyer,vice-presiden-te da ST, foiautorizado,em 1915, a di-vulgar para omundo a exis-tência da orga-nização Su-

ddha Dharma Mandalan.A Teosofia na Arte, Li-

teratura, Música,... Wassi-ly Kandinsky e Piet Mondri-an, considerados os princi-pais fundadores da ArteModerna ou Abstrata, oprimeiro estu-dou teosofia,o segundo foiteosofista.

AlexanderScriabin leu“A Chave paraa Teosofia” edisse que o li-vro se aproxi-ma de manei-ra assombrosade seus pensamentos. Elecompôs “Prometheus”após ler A Doutrina Secre-ta de HPB. Jean Sibelius eGustav Mahler estudaramteosofia e/ou estavam as-sociados com alguns teo-sofistas.

Na literatura, bastarácitar três escritores. Willi-an Butler Yeats, que tor-nou-se membro da ST apósler os livros de A. P. Sinnet,“O Mundo Oculto” e “Bu-dismo Esotérico”. L. FrankBaum, f ilia-se a ST em1892, em 1900, o teosofis-ta, publica a fantasia o Má-gico de Oz. E FernandoPessoa que foi profunda-mente influenciado pela li-

teratura teosófica. Pessoatraduziu diversas obras te-osóficas do inglês para oportuguês, inclusive tex-tos de Annie Besant e o li-vro “A Voz do Silêncio”(texto Budista) de HPB.

Em 1919,Nicholas Roe-rich, filia-se aST, e em 1929,cria o Pacto deRoerich e aBandeira daPaz.

S h i r l e yMacLaine e aTeosofia

C h a r l e sSilva, mentor

de MacLaine, aluga o andarde cima de uma casa quepertencia a Myrna. Myrna,uma profunda conhecedo-ra das Doutrinas Secretasde HPB, entusiasma Silva,que compra todos os livrosde HPB, e que por sua vez,os empresta para MacLai-ne... Um reporte da TVGuide pergunta-lhe se elaconhecia alguma coisa so-bre teosofia, e MacLainereplica: “Ah, sei tudo sobreisso”.

Em 1975, o governo daÍndia emite um selo espe-cial para comemorar ocentenário de aniversáriode fundação de SociedadeTeosófica (ST).

Colaboração: Luís de Araújo - Fonte: www.sociedadeteosofica.org.br - (16) 8866-1780 / 9144-1780 (A cobrar) - [email protected] - Ribeirão Preto - SP

3NOVEMBRO DE 2012 - RIBEIRÃO PRETO - SP www.jornaloaprendiz.com.br

a edição passa-da, falamos so-bre a influência

das transformações daspráticas profissionais noâmbito da saúde mental epsiquiátrica, relacionan-do-as ao surgimento daprática do Acompanha-mento Terapêutico – o AT.Como atendimento clíni-co, o AT solidifica-se comoinstrumento necessárioaos profissionais que li-dam com o cuidado à saú-de dos seres humanos.Pensando como profissio-nais, refletimos que já es-tamos vivendo um para-digma de atenção em saú-de, que nos incumbe deprivilegiar o contexto só-cio-cultural e histórico de

cada pessoa que atende-mos, seja nos consultóri-os, seja nos serviços desaúde em que atuamos.

É possível pensar queexista um limite para to-das as nossas atuaçõesque envolvam o cuidadoterapêutico à saúde daspessoas. . Esse limite sedá quando, depois que aspessoas que recebematendimentos nos consul-tórios e/ou nos serviçosde saúde, elas não sãoacompanhadas em seucotidiano pelos profissio-nais que atendem nesseslocais. Por vezes pode fa-zer parte da rotina dosserviços, a prática da Visi-ta Domiciliar. No entanto,esta é uma ação pontuale que não se desenvolvecomo acompanhamentoclínico das pessoas. Ouseja, existe uma lacunaentre o locais de atendi-mentos para a saúde e asresidências e/ou locaisque fazem parte do coti-diano dos indivíduos,onde estes , muitas vezes,necessitam do acompa-nhamento de prof issio-nais de saúde qualificados

para acompanharem aevolução clínica de seuscasos e assim os apoiaremna (re)elaboração dosseus Projetos de Vida.

É nesse espaço de atu-ação pode entrar emação a f igura do profissi-onal acompanhante tera-pêutico – o at. Este pro-moverá junto à pessoanecessitada a (re) elabo-ração de seus Projetos deVida. Atuando no espaço“entre” o local de aten-dimento institucional eas casas das pessoas aten-didas, o at atuará no con-texto sócio-histórico-cul-tural em que elas vivem.

E quem poderá se be-neficiar dos serviços doat? Todos os portadoresde necessidades especiaistais como os transtornosmentais, deficiências físi-cas e mentais, síndromesemocionais, 3ª. Idade, en-tre outras demandas sãopotenciais beneficiáriosdo atendimento emAcompanhamento Tera-pêutico. Essas pessoas es-tão vivas e necessitamcontinuar seus Projetosde Vida, associando-os ao

âmbito dos outros trata-mentos que estejam rece-bendo para sua saúde.

Dessa maneira, o pro-fissional que trabalhe como Acompanhamento Tera-pêutico – o acompanhan-te terapêutico – o at –quando associado ao tra-tamento dessas pessoasterá como função ser umfacilitador entre o contex-to social e a vidas delaspróprias. Isso propiciaráarticulação em rede entreelas e o próprio circuitosocial em que vivem, e doat e os demais profissio-nais que as atendem, fa-vorecendo uma comuni-cação que alcance o aten-dimento às necessidadesdos acompanhados.

Nesse sentido o traba-lho do acompanhante te-rapêutico não exclui otrabalho dos demais pro-f issionais envolvidos notratamento. Ao contrá-rio, uma de suas funçõesé o de articulador do casoclínico em questão, atra-vés da comunicação esta-belecida em favor daRede de Atenção Psicos-social.

Colaboração: Dra. Ana Celeste de Araújo Pitiá - Doutora em Saúde Mental,Coordenadora de Cursos, Supervisora e Terapeuta de Acompanhamento Terapêutico (AT), Mediadora de confli-

tos e Facilitadora de Diálogos. Diretora da COMVIVER – Acompanhamento Terapêutico (AT)E-mail: [email protected]. (16) 34432213. Ribeirão Preto – SP

Quando se deve procurar poratendimento em Acompanhamento

Terapêutico (AT)?Parte 2

N

4 NOVEMBRO DE 2012 - RIBEIRÃO PRETO - SPwww.jornaloaprendiz.com.br

Aausência de anota-ção na Carteira deTrabalho e Previ-

dência Social – CTPS repre-senta falta grave do empre-gador podendo ocasionarrescisão indireta, com fun-damento no art. 483 e sualetra “d”, da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, CLTpor parte do trabalhador eaté mesmo indenizaçãopor danos materiais e mo-rais.

Nossos Tribunais têm

SEUS DIREITOS

Ausência de registro em carteirade trabalho pode gerar

indenização por danos moraisentendido que a demorado trabalhador em ques-tionar a falta de anotaçãoda CTPS não descaracte-riza a falta grave do em-pregador. “O fato decor-reu da necessidade de ga-rantia do emprego”, re-gistrou a decisão do Tri-bunal da 15ª Região quedeclarou a rescisão indire-ta, garantindo ao trabalha-dor o pagamento de ver-bas rescisórias, indeniza-ção de antigüidade pro-porcional, FGTS comacréscimo de 40%, alémdos recolhimentos previ-denciários.

“Ressalte-se que aanotação da CTPS é obri-gação legal do emprega-dor, pelo que se configu-rou o ato faltoso por par-te deste”, frisou o relatordo Tribunal. “Ressalte-setambém, consoante jábem observado pela deci-são do referido Tribunal

que a ausência de anota-ção da CTPS não implicamera infração administra-tiva, pelo contrário, causainúmeros e significativosprejuízos ao trabalhador,pois, além da inobservân-cia dos seus direitos, o pre-judica na comprovação dotempo de serviço para finsde aposentadoria”, con-cluiu.

A Carteira de Trabalhoe Previdência Social é do-cumento obrigatório paratodo trabalhador, pois neleestão registradas a suaidentificação pessoal, qua-lificação e a sua vida pro-fissional e uma vez semregistro sem registro, otrabalhador tem negadasua existência perante omundo do trabalho e viven-do no anonimato.

Quanto a existência dodano moral este se confi-gura simplesmente pelafalta de registro na cartei-ra de trabalho.

Sendo reiteradas asdecisões em favor do tra-balhador por nossos Tribu-nais.

“A CTPS tem impor-tância que extrapola a re-

lação entre o empregadoe o empregador. Servecomo identidade, comoprova de rendimentos,etc. Tem o empregadorobrigação de anotá-la.Caso não o faça, estará co-metendo ato ilícito, comose observa no art. 29, § 3º,CLT

[...]A ausência de ano-tação da CTPS do recla-mante é, sem dúvida, atoilícito cometido pela re-clamada. Marginalizar otrabalhador, lhe retirandotodas as benesses advin-das do reconhecimentodo vínculo empregatício,traduz lesão a honra e adignidade do trabalhador.

Não se alegue que esseé um mero aborrecimento.Aliás, tenho defendido quenão existe “mero aborreci-mento” advindo de ato ilíci-to. Ou um ato ilícito é tãoinsignif icante, que nãogera nenhum dano, ou umato ilícito ultrapassa o graude insignificante, causandoalgum dano, ainda que depequena monta.” (3ª VARADO TRABALHO DE CAMPI-NA GRANDE Processo01361.2009.009.13.00-6)

Profissional entrevistada: Poliana Beordo advogadaespecialista em Direito Processual Direito do

Trabalho e Previdência Social – (16) 3234-5176.Tire suas dúvidas [email protected]

5NOVEMBRO DE 2012 - RIBEIRÃO PRETO - SP www.jornaloaprendiz.com.br

Um homem morreuintempestivamen-te. Ao dar-se conta

viu que se aproximava umser muito especial, quenão se parecia com ne-nhum ser humano. Levavauma maleta consigo. E dis-se-lhe: Bem, amigo, é horade irmos. Sou a morte. Ohomem, assombrado, per-guntou à morte. Já?Tinhamuitos planos para breve?E a morte respondeu-lhe: -Sinto muito, amigo, mas éo momento da tua parti-da. Que trazes nessa male-ta? E a morte respondeu-lhe: - Os teus pertences.

Os meus pertences?São as minhas coisas. Asminhas roupas, o meu di-nheiro? E a morte respon-deu-lhe: - Não amigo, ascoisas materiais que ti-

a morte respondeu-lhe: -Não amigo, eles nunca tepertenceram. Eram do co-ração.

O homem visivelmen-te perdido então falou:Trazes o meu corpo? E a

morte pacien-temente res-pondeu-lhe: -Não amigo.Esse nunca tepertenceu, épropriedadeda terra. Entãoo homem,cheio de me-do, arrebatouà morte a ma-

leta e abriu-a e deu-se con-ta de que estava vazia.Com uma lágrima de de-

A vida é só um momentonhas, nunca te pertence-ram. Eram da terra. Entãoo homem angustiadoperguntou?Trazes as mi-nhas recordações? E a mor-te respondeu-lhe: - Nãoamigo, essas já não vêm

contigo. Nunca te perten-ceram, eram do tempo.Agora já sei.Trazes osmeus talentos? E a mortenovamente respondeu-lhe: - Não amigo, esses nun-ca te pertenceram. Eramdas circunstâncias. Entãohomem diz: Só pode estartrazendo os meus amigos,os meus familiares? E amorte pacientemente res-pondeu-lhe: - Não amigo,eles nunca te pertence-ram, eram do caminho. Ohomem irritado disse: -Então só pode estar tra-zendo a minha mulher e osmeus filhos? E novamente

samparo a brotar dos seusolhos, o homem disse àmorte: Nunca tive nada? Ea morte pacientementerespondeu-lhe: - Tiveste,sim. Meu amigo. Cada umdos momentos que vives-te foram só teus. A vida ésó um momento. Um mo-mento todo teu. Desfruta-o na sua totalidade. Vive oAGORA, vive a TUA VIDA.E não te esqueças de SERFELIZ.

Colaboração:Dra. Maria do Vale Oba

Especialista emAcupuntura

(16) 3234-3862 / 9196-5217/ 3904-8414

[email protected]

6 NOVEMBRO DE 2012 - RIBEIRÃO PRETO - SPwww.jornaloaprendiz.com.br

Você já identif i-cou o seu conta-dor de histórias

interior? Quando estádormindo não percebe,mas ele se manifesta tam-bém em sonhos. Mistura-se no inconsciente, con-funde-o, rouba-lhe con-teúdos preciosos, cria um

R$ 10,00

Contador de históriasenredo novo, aparente-mente verdadeiro, entre-tanto, você descobretempo depois que muitacoisa que ele disse nãopassava de ilusão. Quemé essa voz que faz planosmirabolantes cria diver-sos enredos para conven-cê-lo de que você é issoou aquilo? É difícil diferen-ciar o que verdadeiramen-te somos, daquilo queesse fingidor interno faz-nos acreditar que somos:“ você é muito mais doque querem fazê-lo pare-cer que é”;

“ninguém o compre-ende, seu talento é extra-ordinário”, “não percebeque está sendo agredi-do?”; “dá-lhe o troco na

mesma moeda”.Esse contador de his-

tórias comanda a novelada sua vida, dá-lhe as car-tas, fabrica scripts, proje-ções, cria muitos papéisaté o dia em que vocêpercebe que tudo o quefez de importante, comvalor real, pode ser guar-dado numa pequena caixade tesouros. O resto dassuas mil e uma noites fo-ram histórias e devaneioscriados para distraí-lo daimpermanência, e vocêdescobre que, por muitotempo correu atrás dovento.

Quem é essa Sheraza-de que o distrai com dife-rentes versões diáriascom medo de ir para o ca-dafalso? Quem é essecontista que fabrica im-portâncias, planos mira-bolantes, fantasias, cená-rios, imagens idealizadasde poder, tudo por medode virar pó? Você é maisdo que o eu-corpo, emo-ções e fantasias, há algosagrado que o habita quetranscende seus neurôni-os, músculos, órgãos, san-gue e veias.

Esse diálogo interno,que diz ser você é sim-plesmente a sua “perso-nalidade”, o ego de milfaces que se esconde eprotege com um arsenalde máscaras e todo um

complexo de artimanhaspara defendê-lo.

O “eu” que você sóidentif ica com o corponão suporta a idéia de queum dia irá desaparecer.

Somente quando con-seguir descobri-lo e tirar-lhe a importância desme-dida será possível crescer,ser autêntico. Por tanto,desconfie dos eus que obombardeiam diariamen-te, você é isso, aquilo,pode tudo, é só querer.Pedro afundou nas águaspor causa do medo deafundar e enfrentar amorte. Você pode muitacoisa, mas primeiro é pre-ciso trabalhar esse conta-dor de histórias ardilosoque o habita, que a cadadia cria uma mini novelapara você representar.Ore, medite, faça terapia,leia um bom livro, come-ce a desmascará-lo, des-mistifique seu aconselha-mento desordenado edescabido, não tema. Aospoucos você percebe queele enfraquece, perdeforças e a sua centelha di-vina começa a lhe enviarlampejos do centro, da luznão criada, que você nemdesconfiava que existis-sem no peito, identifica-do e iludido que estavasomente com o contadorde histórias das mil e umanoites.

Colaboração: Marcos Zeri FerreiraEmpresário, membro da Academia Ribeirãopretana

de Letras e da Ordem dos Velhos Jornalistas(16) 3237-3696

[email protected]

http://www.europanet.com.br/site/index.php?cat_id=936&pag_id=24223

PRÉ-VENDA com envio previsto para o dia 06/11/2012Dieta vegana: A receita campeã para emagrecer com saúdeE ainda todos os segredos para evitar o efeito sanfona.Queijos vegetais: Onde encontrar e as dicas para fazer em casa.Literatura infantil: A defesa animal contada para crianças.Erva doce: Uma delícia na salada e, servida como chá, excelente para a digestão.8 Receitas doces e salgadas com COCODisponibilidade de estoque: 5 dias úteis após a confirmação de pagamento

Revista dos Vegetarianos - Edição 73

7NOVEMBRO DE 2012 - RIBEIRÃO PRETO - SP www.jornaloaprendiz.com.br

Sling” é umapalavra em in-

glês suja tradução ao péda letra seria “tipoia”. Osling é um pedaço detecido usado para carre-gar o bebê. Em sua ver-são mais moderna, pos-sui diferentes modelose formatos. O mais co-

Certas circunstanciasque chegam a ponto deserem pleonásticas, falarde ódio não dá tantaguerra quanto falar deamor: entre tantos acon-tecimentos... Vejam sóque absurdo: a guerrasanta e a incrível santainquisição! Quem é você?

Colaboração:Jesus Conde

(16) 3011-47458125-6640

nhecido é o sling de ar-gola, que é uma peçagrande de tecido, comduas argolas na pontaque propor-ciona diver-sas possibili-dades deamarraçãode forma se-gura e con-fortável paramamães, pa-pais e bebês,de recém-nascidos aaté 20 qui-los. É umaforma demanter obebê pertodo corpo damãe, sentin-do seu calor,reforçando ovínculo, a comunicaçãoe o carinho. Além disso,libera a mãe para fazertarefas simples com as

História do Sling - O que é?mãos e braços livres.

Como surgiu?Desde a pré-história,

mães usavam peles de

animais para carregar osseus bebês no colo. Nacontemporaneidade,carregar bebês em pa-

Colaboração: Dra. Luciana M. HerreroPediatra, Educadora Perigestacional - (16) 3019-0011 / 8179-7000

www.dralucianaherrero.com.br - www.aninhare.com.br

nos atados ao corpo dasmães é uma cultura for-te entre as africanas, asindígenas, as orientais eas sulamericanas. Oavanço da tecnologia eda diversidade de panose tecidos fez com queo sling se transformas-se também. Nas déca-das de 70 e 80, ele ga-nhou popularidade nosEstados Unidos e Euro-pa, já adaptado à vidamoderna e urbana.

O uso do slingé estudado porgrandes cientis-tas. O antropólo-go Ashley Mon-tagu, por exem-plo, cunhou oconceito de“gestação ex-trauterina”, daqual o sling é umgrande aliado,em especial nosprimeiros meses

de vida. Já o antropólo-go e arqueólogo Timo-thy Taylor afirma que oos slings são uma dasmaiores invenções tec-nológicas da pré-histó-ria e que contribuempara a vida extrauteri-na segura dos bebês epara o desenvolvimen-to de seus cérebros.

Por que usar?

(Continua na próximaedição)

8 NOVEMBRO DE 2012 - RIBEIRÃO PRETO - SPwww.jornaloaprendiz.com.br

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