novas tecnologias como ferramentas de inclusÃo para alunos

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NOVAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTAS DE INCLUSO PARA ALUNOS SURDOS NO SCULO XXI

Tatiana Jcome Tork

A EDUCAO DO SURDO NOS SCULOS PASSADOS Durante a Antiguidade e at por quase toda a Idade Mdia, os surdos no eram considerados educveis. Viviam isolados margem das sociedades Relatos antigos referem-se ao surdo apenas pelas histrias milagrosas e inexplicveis.

O filsofo grego Scrates perguntou ao seu discpulo Hermgenes: Suponha que ns no tenhamos voz ou lngua, e queiramos indicar objetos um ao outro. No deveramos ns, como os surdos-mudos, fazer sinais com as mos, a cabea e o resto do corpo? Hermgenes respondeu: Como poderia ser de outra maneira, Scrates? (Cratylus de Plato, discpulo e cronista, 368 a.C.)

Surge no sculo XVI, na Frana, a primeira escola pblica para surdos "Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris" fundada por Abade Charles Michel de L'Epe

Samuel Heinicke (1729-1790), Pai do Mtodo Alemo Oralismo puro iniciou as bases da filosofia oralista, onde um grande valor era atribudo somente fala, na Alemanha. Em 1778 - Fundou a primeira escola de oralismo puro em Leipzig, inicialmente a sua escola tinha 9 alunos surdos.

Professor de surdos, o clebre inventor do telefone Alexander Grahan Bell, criou um cdigo de smbolos chamado "Fala visvel" ou "Linguagem visvel", sistema que utilizava desenhos dos lbios, garganta, lngua, dentes e palato, para que os surdos repetissem os movimentos e os sons indicados pelo professor.

No Brasil, a histria da educao de surdos iniciouse com a criao do Instituto de Surdos-Mudos, hoje o atual Instituto Nacional de Educao de surdos (I.N.E.S.). Fundado em 26 de setembro de 1857, pelo professor surdo francs Ernet Hwet, que veio ao Brasil a convite do Imperador D. Pedro II para trabalhar na educao e surdos

A EDUCAO DO SURDO NO SCULO XXI Atualmente existem diversos mtodos e tcnicas pedaggicas para a educao dos surdos. Apesar de ainda permanecerem prticas como oralismo ou comunicao total, a maioria dos estudiosos e pesquisadores da rea defendem a Lngua de Sinais como o meio mais eficaz de aprendizagem

A comunidade surda brasileira utiliza a LIBRAS Lngua Brasileira de Sinais para se comunicar A LIBRAS considerada a lngua natural do surdo por ser adquirida de forma espontnea, assim como o ouvinte adquire a oralizao A LIBRAS tm sido o meio mais eficiente para o processo de letramento do surdo

Alm da aquisio da Lngua de Sinais, o surdo tambm precisa da aquisio da lngua majoritria do pas para ser includo e sobreviver em meio a uma sociedade ouvinte e oralizada. O processo de Letramento essencial no processo de incluso do surdo. Para Soares (2002), a apropriao da leitura e da escrita e a incorporao das prticas sociais que as demandam denomina-se letramento. Para Martins (2003), letrar significa inserir a criana no mundo letrado, trabalhando com os diferentes usos da escrita na sociedade.

A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE INCLUSO E APRENDIZAGEM

Para o aluno surdo, as experincias demonstram a importncia do estmulo visual para a comunicao e a informtica fornece instrumentos poderosos que facilitam a autocorreo na construo e ou reconstruo de textos, permitindo ainda o desenvolvimento da autonomia do aluno em situao altamente promovedora de sua criatividade. (PINTO, 1998).

Informtica Educativa na Educao Especial

O computador est sendo foco de muito estudo na rea educacional, como uma ferramenta didtico-pedaggica para auxlio no ensino e na aprendizagem escolar.

De acordo com FLEISCHMANN (2001a): A linguagem do computador facilita e amplia as possibilidades de comunicao entre as pessoas, no estabelecendo apenas um cdigo, um desenho para letras. Pretende uma linguagem mais universal, que domine o entendimento de um maior nmero de crianas, em diferentes tipos de sociedade, linguagens e culturas .

Segundo OLIVEIRA (1997b), Quase toda forma de utilizao do computador por parte da criana dever surtir algum benefcio pedaggico. Algumas formas de utilizao sero mais adequadas para o desenvolvimento de certas habilidades, algumas formas se adaptaro melhor consecuo de outros objetivos educacionais .

a utilizao do computador pode ser para fins pedaggicos ou sociais. Para o fim pedaggico, a escola utiliza o computador como ferramenta independente da abordagem, para complementos e sensibilizaes disciplinares ou projetos educacionais; Para os fins sociais, a escola preocupa- se em repassar para os alunos alguns contedos tecnolgicos.

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS (TA) E AJUDAS TCNICAS TA um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos ou servios capazes de proporcionar e/ou ampliar habilidades funcionais de pessoas portadoras de necessidades especiais, promovendo sua independncia, qualidade de vida e sua incluso social.

Ajudas tcnicas est conceituada no Decreto 3298/1999, em seu artigo 19, pargrafo nico. definida como os elementos que permitem compensar uma ou mais limitaes funcionais, motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficincia, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicao e da mobilidade e de possibilidade de sua plena incluso social.

ALGUMAS TECNOLOGIAS VOLTADAS PARA A SURDEZ TDD ou TS

CDS E DVDS

TELELIBRAS (www.vezdavoz.com.br)

RDIO EM LIBRAS

DICIONRIO DE LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

SOFTWARE BILINGUE PARA SURDOS

AMBIENTE VIRTUAL E VDEO CONFERNCIAS

O IMPLANTE COCLEAR TECNOLOGIA CRIADO A PARTIR DA ABORDAGEM CLNICA-TERAPUTICA DA SURDEZ VISA CORRIGIR A SURDEZ, J QUE DE ACORDO COM A VISO A QUAL INSERIDA, TRATA-SE DE UMA PATOLOGIA A COMUNIDADE SURDA QUE DEFENDE A CULTURA E A IDENTIDADE SURDA NO ACEITA O IMPLANTE COCLEAR

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAALMEIDA, Elizabeth Oliveira Crepaldi de, (2000). Leitura e Surdez. So Paulo : Revinter. BARTH, Creice, (2005). Software Descobrindo Emoes : Anlise e Desenvolvimento de Modelos Mentais em Sujeitos com Autismo. Graduao. Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, Monografia. BIAZS, Gergia Arioli, (2001). Avaliao da leitura em alunos surdos. Graduao. Universidade Luterana do Brasil, Trabalho de Concluso de Curso. FLEISCHMANN, Lezi Jacques, (2001). Crianas no computador: desenvolvendo a expresso grfica. Porto Alegre : Mediao. FRANCO, Srgio Roberto Kieling, (2004). Informtica na educao: estudos interdisciplinares. Porto Alegre : Editora da UFRGS.

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