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Rua Piauí, 220, 5º andar – Santa Efigênia – BH/MG CEP: 30150-320 EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não existe n 0 indicado Falecido Ausente Não procurado EM / / Responsável Ano XIX- nº 76 - Outubro e Novembro 2017 Saúde com sabor Os benefícios dos probióticos, as bactérias do bem Págs. 14 e 15 Entrevista Professor Clóvis de Barros responde: existe receita para a felicidade? Págs. 12 e 13 notícias Oscilante, setor de laticínios pede atenção para a definição das prioridades para o próximo ano

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EMPRESA BRASILEIRADE CORREIOS E TELÉGRAFOS

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Ausente

Não procurado

EM / / Responsável

Ano XIX- nº 76 - Outubro e Novembro 2017

Saúde com saborOs benefícios dos probióticos, as bactérias do bem Págs. 14 e 15

EntrevistaProfessor Clóvis de Barros responde: existe receita para a felicidade?Págs. 12 e 13

notícias

Oscilante, setor de laticínios pede atenção para a definição das prioridades para o próximo ano

O mercado do leite e derivados está vivendo um momento comple-tamente diverso do experimentado em 2016. Naquele ano, nem a crise econômica interferiu no bom de-sempenho do setor. Essa memória levou a cadeia do leite à falsa projeção de um 2017 auspicioso. No início do ano, a indústria induziu a produção primária, elevando os preços pagos aos produtores, que responderam com crescimento, estimulados pelo menor custo dos grãos.

Na contramão das expectativas setoriais, que aguardavam um bom desempenho nos negócios, o agra-vamento do desemprego acabou por reduzir o consumo dos lácteos. Formou-se, então, a chamada tem-pestade perfeita, ocorrendo, simulta-neamente, crescimento da produção e queda na demanda. O resultado foi a redução de preços como alternati-va para a reativação do consumo. O conceito de bipolaridade nos ajuda a entender um pouco melhor o mer-cado lácteo. É o que mostra a repor-tagem de capa desta edição da revista Silemg Notícias.

Quando olhamos para trás, per-cebemos que a questão tributária foi um obstáculo que a cadeia do leite em Minas Gerais conseguiu equa-cionar há alguns anos. Em conjunto com a Faemg e a Ocemg, demons-tramos ao governo a importância

econômica e social da cadeia do lei-te, com suas 223 mil propriedades rurais produtoras, mais de 1 milhão de empregos e distribuição de renda e fixação do homem no campo dos 853 municípios mineiros.

Agora, o maior desafio do se-tor, bandeira do Silemg, é a melho-ria contínua da qualidade do leite em Minas Gerais. Nos últimos dez anos, aconteceram investimentos vigorosos no parque industrial dos laticínios mineiros, onde a quase to-talidade do leite produzido no estado é também industrializado.

As indústrias de laticínios tam-bém estão apostando na inovação de produtos, em busca de alimentos cada vez mais saudáveis, e que aten-dam os padrões nutricionais reco-mendados pelos especialistas. Não podemos afirmar como reagirá a economia brasileira ou quem será o novo presidente do Brasil. Mas sabe-mos onde queremos chegar em 2018 e como fazer isso. A implantação de uma cultura de produção com pa-drões internacionais de qualidade é a saída setorial para o crescimento continuado da produção e nosso passaporte para o mercado interna-cional do leite.

Boa leitura!João Lúcio Barreto Carneiro Presidente do Silemg

ANO XIX / Número 76 / Outubro e Novembro - 2017

SILEMG / Endereço: Rua Piauí, 220 / 5º andar / Santa Efigênia

CEP: 30150-320 / BH/MG / Tel: (31) 3223-1421

www.silemg.com.br / [email protected]

Tiragem: 3.500 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAJoão Lúcio Barreto Carneiro - Laticínios Porto Alegre Indústria e Comércio S.A Presidente José Antônio Bernardes - Embaré Indústrias Alimentícias S/A Vice-presidente Ricardo Cotta Ferreira - Itambé Alimentos S/A Diretor Administrativo Guilherme Silva Costa Abrantes - Laticínios Dona Formosa Ltda Diretor Financeiro Alessandro José Rios de Carvalho - Laticínios Verde Campo Ltda Diretor Tecnológico

DIRETORIA ADJUNTAAntônio Fernandes de Carvalho - Laticínios Union LtdaCícero de Alencar Hegg - Laticínios Tirolez LtdaGiovanni Diniz Teixeira - Itambé Alimentos S/AGregor Lima Viana Rodrigues - Gregor L V Rodrigues - MEHumberto Esteves Marques - Barbosa & Marques S/AJosé Márcio Fernandes Silveira - MA Comércio e Fabricação de Laticínios EIRELI - EPP (Cristaulat) Juarez Quintão Hosken - Laticínios Marília S/A Louise de Sousa da Fonseca - Laticínios Coalhadas LtdaMarcelino Cristino de Rezende - Nogueira e Rezende Indústria de Laticínios Ltda Odorico Alexandre Barbosa - Usina de Laticínios Jussara S/A Ralph Damione do Carmo - Laticínio Yoguedes Comércio e Indústria Ltda Valéria Cristina Athouguia Dias - Indústrias Flórida Ltda

CONSELHO DE MERCADOGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce Ltda - Presidente Conselheiros: Carlos da Silveira Dumont - Cooperativa dos Produtores Rurais do Serro Ltda; Carlos Eduardo Abu Kamel - Cooperativa dos Produtores Rurais de Itambacuri Ltda; Emerson Faria do Amaral - Hebrom Produtos do Laticinio Ltda; Jaime Antônio de Souza - Laticínios Bela Vista Ltda; Marcos Alexandre Macedo Narciso - Laticínios Vida Comércio e Indústria Ltda; Robson de Paula Valle - Laticinios Sabor da Serra Ltda; Vicente Roberto de Carvalho - Vicente Roberto de Carvalho e Cia. Ltda; Welson Souto Oliveira - Cooperativa de Laticínios Vale do Mucuri Ltda; Wilson Teixeira de Andrade Leite - Laticínios Vitória Ltda

CONSELHO FISCAL EFETIVO Guglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Luiz Fernando Esteves Martins - Barbosa & Marques S/APaulo Bartholdy Gribel - Laticínios São Vicente de Minas S.A.

CONSELHO FISCAL SUPLENTE Carlos Henrique Pereira - Forno de Minas Alimentos S/A Luisa Vivacqua Baeta Frade - Cayuaba Agroindustrial Ltda Ramiz Ribeiro Junqueira - Laticínios Curral de Minas Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO REPRESENTANTES/FIEMG - EFETIVOS João Lúcio Barreto Carneiro - Laticínios Porto Alegre Indústria e Comércio S.A José Antônio Bernardes - Embaré Indústrias Alimentícias S/A

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO REPRESENTANTES/FIEMG - SUPLENTE Guilherme Silva Costa Abrantes - Latícinios Dona Formosa LtdaPaulo Bartholdy Gribel - Laticínios São Vicente de Minas S.A.

PRODUÇÃO: REDE COMUNICAÇÃO DE RESULTADO

Jornalista responsável: Flávia Rios (06013 JP)Projeto editorial e gráfico: Rede Comunicação de ResultadoEdição: Jeane Mesquita e Licia LinharesRedação: Daniela Estanislau, Fernanda Fonseca, Gabriela EduardoDiagramação: Rede Comunicaçào de Resultado

EXPEDIENTEEDITORIAL

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oAPRENDER COMOS ERROS

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Falar de Minas Gerais significa passear pelas suas tradi-ções, cidades históricas, belas montanhas e saborosa gastrono-mia. Para confirmar a riqueza e reforçar que a cultura mineira também é feita de contrastes, gastronomia e moda se encon-traram durante o Minas Trend Preview Outono/Inverno 2018, evento organizado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e dedicado a apresentar os lançamentos de in-dústrias de vestuários, bolsas, calçados, joias e bijuterias para lojistas de todo o país.

A 21ª edição do Minas Trend Preview, realizada no início de outubro, contou com a participação dos laticínios Vimilk e União Total, associados ao Silemg, para garantir mais sabor para os 15 mil visitantes que circularam pelo evento. Os dois ocuparam um estante especial onde ofereceram ao público a possibilidade de degustar alguns de seus produtos. “A presença da indústria de laticínios do estado reforça a identidade mi-neira que exaltamos no evento. Com a participação do Silemg, mostramos para um grande público a força de nossa produção industrial, a qualidade do que fabricamos aqui e a enorme ca-pacidade de diálogo, união e trabalho parceiro de nossas em-presas”, afirma Olavo Machado Junior, presidente da Fiemg.

ORGULHO DA FAMÍLIADa zona rural de Perdões (MG), o Laticínios Vimilk trou-

xe para o Minas Trend a tradição familiar que marca cada um dos seus produtos. “Foi uma oportunidade de apresentar o laticínio para pessoas de lugares e regiões que ainda não atin-

gimos. É uma porta que se abre”, afirma Rosângela Trindade, fundadora da empresa.

Criado em 1996, o Laticínios Vimilk iniciou a fabricação caseira de iogurtes contando apenas com panelas e um fogão industrial. O primeiro a consumir e aprovar a qualidade das criações foi Vinicyus Trindade, filho de Rosângela e inspira-ção para o nome do laticínio.

O crescimento e aperfeiçoamento da linha de produtos caminharam lado a lado com as tradições da família. “Nos-so doce de leite, por exemplo, é uma receita que herdei da minha avó, que fazia um doce muito gostoso em um tacho no fogão a lenha”, lembra. A estrutura de tijolos foi substi-tuída pelo vapor das caldeiras, mas o sabor permaneceu o mesmo, o que permitiu que a iguaria fosse premiada por seis vezes em um concurso nacional realizado em Juiz de Fora. Pela união e perseverança de Rosângela e seu mari-do, Derli Carvalho, o Laticínios Vimilk recebeu também o prêmio Senar de melhor história de trabalho e sucesso em Minas Gerais no ano de 2008.

Contando com laboratórios próprios e uma equipe técni-ca responsável pelo controle de qualidade, o laticínio produz atualmente queijos, doces, iogurtes, manteiga, requeijão e ri-cota, totalizando mais de 60 itens comercializados em Minas Gerais e São Paulo. “Os maiores patrimônios do Laticínios Vimilk são os nossos 90 empregados e o fato da nossa em-presa, agora administrada pelo meu filho Vinicyus, manter a tradição familiar”, conclui Rosângela.

MAIS SABOR NAS PASSARELAS Gastronomia e moda se

encontram em evento na capital mineira

LATICÍNIOS VIMILKLocalização: Fazenda São GonçaloBR 381 - Km 670 - S/Nº Cx.P. 11 ZR - Perdões/MG Telefone: (35) 3864.1312 Site: [email protected]

Mesmo com o crescimento, Laticínios Vimilk mantém suas raízes familiares

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ESTREIA EM GRANDE ESTILOPara o Laticínios União Total, localizado na cidade

de Ibiá, no Alto Paranaíba o Minas Trend Preview surgiu como uma plataforma de negócios para o pré-lançamento da sua nova marca de queijos premium. “Por se tratar de uma das maiores vitrines de inovação de moda e que fo-menta a indústria mineira no geral, o evento foi palco ide-al para iniciarmos a projeção da marca de queijos BonQ”, afirma Flavia Pinheiro, diretora de marketing da empresa.

O negócio começou em 2004 com o empreendedoris-mo de Carlos Maurício Pinheiro que, naquela época, fun-dou o laticínio para captação de leite de pequenos produ-

tores. Após a consolidação da empresa no mercado, Carlos iniciou a construção da fábrica de queijos. “A ideia inicial era  diversificar a atividade e agregar valor na ambulante matéria prima. Mas quando começamos a fazer os testes nos apaixonamos pela arte de fabricar queijos e decidimos fabricar queijos de alta qualidade”, revela Flávia.

Com o conhecimento adquirido ao longo de 15 anos de atividade no setor e desenvolvendo a potencialidade de um mercado inda pouco explorado, os donos do laticínio criaram, recentemente, a marca BonQ, que tem em sua es-sência o desejo de oferecer um produto único, de alta qua-lidade e sabor incomparável.

LATICÍNIOS UNIÃO TOTALLocalização: Rua 118, 671-ABairro Dimas - Ibiá Telefone: (34) 3631.2310Instagram: @bonq

SUPERMINAS FOOD SHOWAssociados do Silemg também marca-

ram presença na Feira SuperMinas Food Show, realizada entre os dias 17 e 19 de ou-tubro, em BH. Organizada pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) e pelo Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), a SuperMinas reú-ne fornecedores e compradores de produtos alimentícios, equipamentos e serviços para supermercados e padarias.

Com 30 anos de experiência no mercado, o Laticínio Entre Rios marcou presença no even-to com o objetivo de expandir os negócios.

“A participação na SuperMinas nos sur-preendeu pela qualidade dos expositores e do público, além das excelentes palestras, cursos e workshops”, observou Roberto de Souza Baeta, sócio-diretor executivo do gru-po Polimetal, que é proprietária do laticínio.

Laticínios marcam presença em evento de moda

Área de recepção de leite na fábrica da BonQ

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5PONTO DE VISTA

O mercado de laticínios tem evoluído consideravelmen-te nas últimas décadas em decorrência de diversos fatores relacionados ao aumento de produtividade e profissiona-lização de suas práticas. Mais recentemente, os hábitos de consumo no Brasil também se alteraram, gerando uma crescente demanda de produtos de maior valor agregado e com apelo a uma alimentação mais saudável.

Com isso, é sabido que as indústrias não têm poupado esforços para sempre aprimorar suas práticas e processos, bem como para incrementar seu mix de produtos. Para tanto, verificam-se no mercado investimentos praticamente contínuos em inovações e novas tecnologias.

Entre as principais inovações percebidas, pode-se ci-tar os trabalhos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) relacionados às bactérias ácido-lácticas e probióticas, com desenvolvimento de produtos funcionais e alimentos com propriedades nutricionais diferenciadas (sem lactose, light, diet, baixo teor de sódio).

Quanto à inovação de processos, as empresas investem em equipamentos e instalações que proporcionam as con-dições ideais de plantas industriais tornando o desenvolvi-mento de produtos mais célere e assertivo.

INCENTIVOS TRIBUTÁRIOS NA INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

A inovação tem sido destacada como a grande propulso-ra e renovadora das empresas e, foi nesse contexto, que restou instituída no Brasil a Lei nº 11.196, de 2005, conhecida como a “Lei do Bem”, que traz diversas regras aplicáveis à fruição de incentivos à pesquisa e ao desenvolvimento de inovação tecnológica. Não obstante se tratar de norma vigente há mais de dez anos, são poucas as empresas do setor que se utilizam da benesse fiscal.

A maioria dos benefícios fiscais à inovação tecnológica, esta-belecidos pela Lei nº 11.196/05, refere-se à apuração do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), embora haja também benefício relacionado ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Assim, é de suma importância para as empresas do se-tor de laticínios a implantação de um processo qualitati-vo de gestão estratégica dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento como meio de otimizar a utilização do incentivo fiscal à inovação tecnológica.

Por Daniel Jardim Sena, sócio coordenador do departamen-to de consultoria tributária, e Juliana Zocrato, advogada e consultora tributária, ambos da Papini Lacerda Advogados

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6CAPA

Tema da Assembleia Geral, o oscilante mercado do leite alerta para a definição das prioridades dentro da

agenda comum do setor

EM BUSCA DE EQUILÍBRIO

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Antes mesmo do pai da economia moderna, o britâni-co Adam Smith, formular sua teoria sobre como agem os principais mecanismos por trás das tendências de mercado, a lei da oferta e da procura já influenciava a disponibilidade e o preço de tudo aquilo que é produzido e comercializado. Quando a oferta é maior que a procura, os preços tendem a baixar, e vice-versa. Com o mercado lácteo não é diferente. Se a produção no campo é alta, a oferta aumenta, e o preço do leite e derivados cai. Do contrário, se a produção de leite é baixa, é provável que o preço dos produtos aumente.

O que acontece no setor também é determinado por uma série de outros fatores. Alguns deles não dependem somente dos produtores de leite, queijos e derivados. O estoque mundial é uma dessas variáveis. Se estiver alto, agentes do mercado, agindo dentro de seus interesses, podem abrir uma importação volumo-sa e gerar excedente, derrubando o preço do leite, mesmo com baixa produção interna, quando o esperado seria exatamente o oposto. Por isso, a cadeia leiteira é considerada volátil.

Além dessa inconstância, o mercado tem se mostrado “bipolar” em relação aos resultados. Metaforicamente, ora vive períodos de euforia, ora de depressão. De acordo com Valter Galan, sócio-diretor do MilkPoint Inteligência, sob o ponto de vista da indústria, o caráter inconstante do merca-do de leite está associado à oscilação das margens de renta-bilidade percebida ao longo dos anos. “Há anos muito bons, seguidos de anos bastante ruins”, reflete.

Conforme a análise de Galan, apresentada na Assem-bleia Geral do Silemg, essa variação está diretamente as-sociada à sobra ou à falta de matéria-prima. Em anos com excedente de produção, caso de 2017, os preços da indústria caem primeiro, comprometendo sua rentabilidade. Poste-riormente, essa queda é transferida ao preço do leite fresco, reduzindo o ganho do produtor. “Anos com excesso de ofer-ta de matéria-prima são normalmente ruins para a indús-tria, notadamente em categorias como o leite UHT”, afirma o especialista.

Enquanto em 2016 faltou leite no mercado brasileiro, resultando em importantes retornos para a indústria de laticínios, em 2017 houve um forte crescimento da pro-dução, sem a contrapartida de crescimento do consumo, reforçando o cenário de altos e baixos.

TENDÊNCIAS DE MERCADOA chamada “bipolaridade” do setor não é exclusiva do

biênio 2016/2017 e vem sendo percebida nos últimos dez anos. “Margens muito oscilantes ao longo do tempo signi-ficam mais risco para as empresas. Por isso, elas tendem a diversificar seu portfólio para linhas com menor variação e a considerar muito mais cuidadosamente novos investi-mentos”, analisa Galan.

De acordo com o UHT Business Unit Director da Da-none, Luiz Augusto Filho, a diversificação do negócio é

Da esq. para dir.: Marcelo Costa Martins, da Viva Lácteos; César Helou, do Laticínios Boa Vista; João Lúcio Barreto Carneiro, pre-sidente do Silemg; Alessandro Rios de Carvalho, diretor tecnológico do Silemg; Luiz Augusto Filho, UHT Business Unit Director da Danone; e Valter Galan, sócio-diretor do MilkPoint Inteligência

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uma boa estratégia para se manter estável em um merca-do volátil. “Se nos últimos dois anos houve uma retração da ordem de 20% no mercado de iogurtes, o segmento de nutrição infantil cresceu vertiginosamente no mesmo pe-ríodo, chegando a 20% de aumento no último trimestre de 2017.” Ele conta que a Danone trabalha na adaptação do seu portfólio, adequando-o a desembolsos menores para enfrentar a crise econômica, que ainda é uma realida-de, apesar da expectativa de recuperação do consumo em 2018. “Recentemente, lançamos uma linha com tamanhos de embalagens e relações de preço mais atrativas para os consumidores”, revela.

Segundo Galan, além da busca pela diversificação das linhas de produtos, entre leite UHT, leite em pó e queijos, atuando em, pelo menos, duas delas, outra estratégia dos laticínios tem sido a diferenciação de produtos dentro da mesma linha, como o segmento de baixa lactose. O tercei-ro caminho é o desenvolvimento de canais de distribuição alternativos às grandes redes varejistas, que, normalmente, contribuem para espremer a margem da indústria láctea. “Estes novos canais estão focados no pequeno varejo e, em alguns casos, nas vendas diretas ao consumidor final.”

PREVISÕESComo fica, então, o mercado lácteo em 2018? Para Ga-

lan, a produção de leite deve começar o ano em um con-

texto menos favorável do que em 2017, em função de pre-ços mais baixos e de custos de produção mais altos. Com menos leite, o cenário indica uma subida de preços mais rápida para o leite fresco, o que pode ser favorável ao lei-te UHT – produto que consegue repassar mais facilmente altas de preços na venda da indústria aos canais varejistas. “Ao mesmo tempo, devemos verificar um início de recupe-ração do consumo de lácteos, já que os preços ao consu-midor final devem entrar 2018 em patamares mais baixos do que ocorreu em 2017. Isso favorece a cadeia de forma geral”, acrescenta.

O diretor de Relações Institucionais do Laticínios Bela Vista, César Helou, ressalta que, em um mercado que os-cila, os planejamentos também devem ser flexíveis. Ele explica que, neste ano, por exemplo, em razão do prolon-gamento da estação seca, a safra de verão de Minas Gerais e Goiás não chegou em outubro, ao contrário do que se es-perava. Por isso, em sua avaliação, haverá sobra de leite em dezembro, por causa do aumento da produção e da queda do consumo, natural para esta época do ano. “A tendência é começar 2018 com estoques, seguido de queda no preço ao produtor, a partir da entrada da safra da região Sul, em ju-nho. Se não houver grandes estímulos aos produtores, tere-mos resultados melhores para a indústria em 2018”, estima.

O presidente do Silemg, João Lúcio Barreto Carneiro, está ainda mais otimista em relação ao aquecimento da eco-

Associados marcam presença em Assembleia Geral do Sindicato

nomia em 2018. “Os produtores e as empresas aprenderam que o mercado é volátil. Todos sentiram que a explosão de resultados positivos alcançados em 2016 não continuou em 2017, e estão mais atentos a isso. Esse amadurecimento é um ponto positivo para o fortalecimento do setor. Enten-demos, a duras penas, que o crescimento só se mantém se toda a cadeia ganhar.”

João Lúcio não prevê aumento do preço ao produtor em 2018. Segundo o presidente, o que está sendo pratica-do atualmente é capaz de remunerar a produção. “A ração está barata e, ainda que o preço da soja aumente, o do milho não deve subir, pois há excesso no país e a exportação não é capaz de dar vazão a todo o estoque. Logo, o produtor conti-nuará investindo em leite”. Passando à indústria, projeta: “se os lácteos subirem de preço, também será possível remune-rar a produção do leite em pó, leite UHT e muçarela, o que não aconteceu em 2017.”

PONTOS DE CONVERGÊNCIAEm relação aos temas institucionais que irão guiar a

atuação do Silemg no próximo ano, o diretor executivo da Associação Brasileira de Laticínios – Viva Lácteos, Marcelo Costa Martins, considera a rotulagem nutricio-nal o ponto de atenção prioritário de 2018. Segundo ele, há um grande risco de a indústria de alimentos ser obri-gada a inserir informações sobre produtos processados nos rótulos, em um formato que, tecnicamente, não gera benefícios para o esclarecimento do consumidor, caso do modelo chileno, que utiliza octógonos pretos no pai-nel frontal da embalagem.

“Precisamos atuar de forma conjunta em torno de uma proposta que evite que novas normas prejudiquem a imagem do setor e, consequentemente, o consumo de lácteos. Vamos levar esse assunto para a Câmara Setorial do Leite e estamos coordenando uma ação com a Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para criar um fórum de discussões sobre o tema”, revela.

Em pautaAlém da conversa sobre o mercado do leite ou tros assuntos regulatórios da identidade dos produtos lácteos, da importa-ção de leite do Uruguai da agenda comum do setor lácteo, a programação da Assembleia Geral do Silemg 2017 foi com-posta pelas seguintes atividades: prestação de contas do último exercício; apresentação do Orçamento 2018; premiação do Concurso de Desenho e Redação das escolas particulares; mesa de debates e espaços para manifestação dos parceiros do Silemg – Palavra dos Patrocinadores. Contou, ainda, com as palestras Nutrição é uma ciência, não um ponto de vista, conduzida por Ana Paula Menegatti, do movimento #bebamaisleite, e A vida que merece ser vivida, proferida pelo pro-fessor Clóvis de Barros Filho (leia mais na pág. 12).

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“A manhã era quando mais facilmente seria encon-trado, no entanto, sua rotina era célere, de alvorada em alvorada. Ainda assim, estava a acompanhar cada indiví-duo, desde os primeiros dias, fornecendo-lhes a energia e fortificação que necessitam para crescer e evoluir...”. Pelo cuidado na escolha das palavras, poderíamos dizer que o trecho acima pertence à obra de algum escritor maduro. Mas essas frases pertencem ao texto da jovem Ana Cla-ra Gomes, de 13 anos, aluna do Colégio Santa Maria, em Belo Horizonte, vencedora do Concurso de Desenho e Re-dação, na categoria 6º ao 9º ano. Para falar sobre o leite, a garota revela que se inspirou nos versos de Cecília Meire-les, autora que lê diariamente.

Realizado pelo Silemg em parceria com a Federação das Escolas Particulares de Minas Gerais (Fenen) e a Rede Sesi MG de Ensino, da Fiemg, o Concurso de Desenho e Redação, voltado para os alunos das escolas particulares do estado, contabilizou resultados relevantes. Com o objetivo de pro-

INSPIRAÇÃO QUEVEM DO LEITE

Concurso de redação e desenho estimula crianças e adultos a soltarem a imaginação

mover o consumo do leite e seus derivados, ressaltando a im-portância desses alimentos para uma vida saudável, o evento reuniu mais de 100 escolas de todas as regiões de Minas e mais de 9 mil trabalhos enviados, entre desenhos e redações.

Ana Aparecida dos Santos, de 61 anos, parou de estudar ainda muito jovem e, mesmo com o pouco aprendizado que tinha, já escrevia alguns versos e textos. Em 2015, decidiu vol-tar aos estudos e aprimorar seus conhecimentos. No Colégio Imaculada Conceição, em Belo Horizonte, ela recebeu um es-tímulo especial para participar do concurso, que possui uma categoria dedicada aos trabalhos dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “No início, não estava tão confiante, mas o apoio da professora Jussara foi fundamental para que eu decidisse participar”, revela. Em seguida, Ana Aparecida pes-quisou sobre o leite para poder escrever com naturalidade e segurança sobre seus benefícios. “Aprendi muita coisa durante o período de pesquisas. O leite é realmente um ‘ouro branco’. A partir dele, são produzidos diversos subprodutos, como queijo

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Alunos vencedores do Concurso de Desenho e Redação das escolas particulares

e doce de leite, que de ‘sub’ não têm nada”, observa a estudante, que com a redação intitulada Via Láctea conquistou o primei-ro lugar na categoria EJA.

Com a ajuda da Fenen, que reúne sindicatos de escolas particulares em diversas regiões do estado, o concurso con-seguiu alcançar um número significativo de instituições em Minas Gerais, disseminando a importância do leite entre os participantes. “Um concurso como esse também oferece a oportunidade para que crianças, jovens e adultos desenvol-vam suas habilidades na escrita e no desenho”, comenta Emi-ro Barbini, presidente da Fenen. Além de fomentar o conhe-cimento sobre o leite, o concurso atua como uma forma de expressão que possibilita aos participantes exercitarem toda a sua criatividade, conforme observa Flávia Márcia Dias Bento, coordenadora de Educação Básica do Sesi. “O desenho e a re-dação são veículos para essas manifestações de criatividade. O concurso carrega uma proposta que está associada aos valores defendidos pela Rede Sesi MG de Ensino”.

PREMIAÇÃOAna Clara Gomes, Ana Aparecida dos Santos e outros

dez participantes receberam os prêmios do concurso na Assembleia Geral do Silemg, realizada em outubro (leia na pág. 6). Os vencedores foram divididos nas categorias De-

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senho: 1º ao 5 º ano; e Redação: 6º ao 9º ano; Ensino Médio e EJA. Outros 20 estudantes receberam menção honrosa, com direito à medalha e certificado do concurso.

Bruno Verri, pai de Miguel, de 8 anos, esteve na pre-miação e conta que ficou muito emocionado ao ver o filho receber uma bicicleta das mãos do presidente do Silemg, João Lúcio Barreto Carneiro. O garoto conquistou o 3º lu-gar na categoria Desenho com a ilustração de um superpai cercado de leite para fortificar a criançada. “A mãe de Mi-guel e eu sempre o incentivamos a dedicar-se às atividades da escola. Sabemos que é por meio da educação que pode-remos garantir um futuro promissor para o nosso filho”, comemora o pai orgulhoso.

Ana Clara e sua professora, Renata Cioletti, são premiadas pelos dirigentes do Silemg

Vinte alunos foram reconhecidos com menção honrosa

Ana Aparecida teve o apoio da professora Jussara de Lima

Para o professor Clóvis de Barros, o caminho para o bem-estar começa a ser trilhado a partir de nossas escolhas

12ENTREVISTA

À PROCURA DA FELICIDADE

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Com o fim do ano se aproximando, é natural realizar-mos um balanço sobre as conquistas do período que chega ao fim. Uma casa nova, o emprego dos sonhos, viagens... Em seus balanços, as empresas também avaliam seus ganhos e medem se o retorno obtido foi proporcional aos investimen-tos feitos. Esses momentos de revisão e preparo para os pró-ximos desafios são propícios para fazermos um questiona-mento que, por mais que pareça simples, pode ser de difícil resposta: alcancei a felicidade?

O advogado, jornalista, escritor e professor universitá-rio, Clóvis de Barros, foi um dos convidados da Assembleia Geral do Silemg 2017 e palestrou de forma leve e divertida sobre a vida que vale a pena ser vivida. Afinal de contas, qual é esse caminho? Nesta entrevista, o professor argu-menta que cada um tem o livre arbítrio para escolher o seu próprio caminho, mas, antes de iniciar uma jornada, é ne-cessário saber onde se quer chegar.

Estamos vivendo um momento em que há uma forte co-brança por bons resultados. O que podemos fazer para evitar que sejamos sufocados por tanta pressão?

Se o trabalho for exclusivamente direcionado ao lucro é difícil encontrar formas que diminuam a pressão. Isso porque vinculamos muito o resultado das empresas às performances cada vez mais eficazes. Por isso, pulam coaches, especialis-tas comportamentais e terapeutas de todo tipo. Mas acredito que outros resultados podem ser percebidos além do ganho financeiro. Me refiro à gratificação pessoal em trabalhar, ou seja, a satisfação que temos ao desempenhar a atividade e a possibilidade de buscar, em nós mesmos, a excelência. Não que ela, sozinha, irá garantir resultados sempre positivos. O lucro resulta de variáveis como decisões ou acontecimentos ao quais não estamos totalmente ligados. Não é mágico nem resolverá os todos os seus problemas, mas é um começo. Em seu livro “A Vida que Vale a Pena ser Vivida” não há uma receita para felicidade. Você apresenta linhas de ra-ciocínio que defendem formas diferentes de viver. Pode-mos dizer, então, que cada um pode optar pelo caminho que mais lhe agradar?

Sem dúvida. A vida que vale a pena cabe a cada um des-cobrir qual é. Pode ser trabalhando para uma multinacional ou jogando em um time de futebol. Pode ser na tal vida em-preendedora ou numa pousada em Búzios. O fato é que ne-nhuma regra geral é capaz de lidar com a infinita pluralidade das condições de vida de cada um. Ainda assim, por que o ser humano tem tanta dificulda-de em fazer suas escolhas?

As duas coisas andam juntas. Sem liberdade de escolha, não haveria dificuldade. Sentimos a dificuldade justamente por sermos livres. Pense, quanto menos escolhas, mais fácil optar, menos critérios para se ponderar e menos valores a se comparar. Menos mundos projetados e menos arre-pendimentos possíveis. Escolher é difícil e sofrido. Isso só muda quando se diminui a quantidade de escolhas ou a liberdade de escolher. Quando temos um propósito delimitado, fica mais fácil escolher um caminho e alcançar a tão sonhada felicidade?

Encontrar um propósito não é tarefa fácil. Por-que se um propósito certo nos gera imensa alegria, um propósito errado, que não serve para nós, é fonte ines-gotável de tristeza. Mas, de fato, não há como escolher caminhos se você não sabe onde quer chegar. É como pedir ao GPS o melhor percurso se você não definir o seu destino. Se você não sabe para onde quer ir, qual-quer caminho serve. Nesse sentido, se achamos uma razão de ser que esteja de acordo com nossas capacida-des, nossa vontade, a alegria chega antes até nós. Não como consequência do propósito, mas como ele pró-prio. Não há objetivo mais importante que a felicidade.

Mas, afinal, o que é esse estado de espírito que desperta tanto interesse, mas parece ser tão difícil de atingir?

Definições de felicidade são muitas. A que eu mais gos-to diz que um momento feliz é aquele que desejamos que nunca acabe. Isso é bem tangível. Sabemos que chegamos lá quando sentimos isso.

14SAÚDE COM SABOR

Não é raro que para muitas pessoas as bactérias es-tejam sempre associadas a doenças. O que pouca gente sabe é que nem sempre esses microrganismos represen-tam perigo para a saúde. Presentes no planeta desde os períodos mais remotos, elas são encontradas em todos os ambientes: ar, água, terra e até mesmo no fogo.

Alguns gêneros de bactérias, como os lactobacilos, são grandes aliados da saúde, atuando como defensores do organismo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) chama de probióticos os microrganismos que, adminis-trados em quantidades adequadas, trazem benefícios à saúde do hospedeiro.

Entre todos os benefícios que os probióticos podem trazer à saúde, estão a redução da constipação intesti-nal, menor incidência e duração de diarreias, diminui-ção dos efeitos indesejáveis causados pela intolerância à lactose, controle da obesidade e, inclusive, a prevenção ao câncer. “Essas bactérias conseguem passar pelo estô-mago, considerado um ambiente ácido, e chegarem ao intestino intactas. Lá, elas colonizam temporariamen-te a nossa microbiota, que pode ser entendido como o conjunto de bactérias que habita o nosso intestino, e começam a competir com outras bactérias, incluindo as que provocam doenças”, explica a nutricionista Natália Soares Figueiredo.

Segundo a especialista, a presença desses microrga-nismos está intimamente ligada à absorção de nutrien-tes, como vitaminas e sais minerais, o que permite que o indivíduo se alimente melhor. Além disso, eles podem influenciar positivamente a percepção do corpo em rela-ção ao meio, contribuindo para a resposta imunológica.

Para garantir que todos esses benefícios de fato acon-

BACTÉRIASAMIGASAo contrário do que se imagina, alguns desses microrganismos podem trazer benefícios à saúde

teçam, a nutricionista reforça que, assim como todo ali-mento, o consumo de probióticos também deve seguir uma rotina de bons hábitos. “Os efeitos são perceptíveis após o uso diário por um período mínimo de 15 dias, sempre associado à alimentação equilibrada. O acom-panhamento especializado é fundamental para definir o consumo de acordo com o resultado esperado”, afirma.

CARDÁPIO PROBIÓTICOApesar do nome difícil, bactérias como os Strepto-

coccus thermophilus e Lactobacilos bulgaricus estão cada vez mais fáceis de serem incluídas nas escolhas do dia a dia, sendo o iogurte a opção mais comum. “O pro-cessamento tecnológico de qualquer iogurte no mercado envolve, obrigatoriamente, o uso dessas duas bactérias”, afirma Renata Dias de Castro, doutoranda em Ciência Animal, Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal. Mas ela destaca, “para um iogurte ser considera-do probiótico, ele deve ser acrescido de outras bactérias comprovadamente probióticas”.

Pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, descobriram que alguns tipos de micror-ganismos presentes nos iogurtes podem proteger o corpo contra doenças inflamatórias do intestino.

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Probióticos Bactérias saudáveis que favorecem o trânsito intestinal, cooperam para o aproveitamento de vitaminas e defendem a região de intrusos.

LeiteKefirBebidas fermentadasAlguns queijosSorvete

Prebióticos São componentes alimentares não digeríveis, que fermentam em nosso intestino e, segundo alguns especialistas, estimulam o crescimento das bactérias probióticas.

Grão de bicoLentilhaCastanhasVegetais folhosos

Outros produtos onde encontramos esses pequenos defensores da saúde são alguns leites fermentados, como os que contém Lactobacillus casei Shirota e o Kefir, que é um tipo de colônia de microrganismos que formam pequenos grãos e que pode ser cultivada no leite ou na água. No entanto, a especialista alerta: “Esses alimen-tos só serão considerados probióticos se apresentarem uma série de requisitos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a comprovação científica da relação entre o consumo do produto e o efeito funcional no consumidor”, conclui Renata.

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