notícias ibilce - ed. 154 - outubro/2013

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Ensino público, gratuito e de qualidade — Ano XVI — 154 — Outubro — 2013 Saúde e bem-estar para a comunidade Com o objetivo de oferecer uma melhor qualidade de vida aos mem- bros de sua comunidade, o Ibilce oferece orientação para as práticas de corrida e caminhada. O projeto, iniciado em fevereiro de 2012, con- ta com três sessões semanais de ati- vidades coordenadas por profissio- nais de Educação Física; no Ibilce, o encontro é sempre nas manhãs de sábado. O grupo de atletas é formado por professores, servidores, alunos e membros da comunidade externa e conta com a participação de mem- bros assíduos, tanto pessoas que estão começando agora, atentas às questões de saúde, quanto aqueles já habituados aos exercícios, que buscam nas orientações dos profes- sores uma forma de melhorar o ren- dimento. A prática de corrida e caminha- da, como toda prática esportiva, deve estar aliada à alimentação saudável e a diversos outros fa- tores. Pensando nisso, preparamos dez dicas para os interessados em iniciar atividades físicas e práticas saudáveis. Venha correr e caminhar no Ibilce! Leia mais: páginas 4 e 5 JOÃO PAULO VANI DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA COMPLETA 45 ANOS PÁGINA 3 PÁGINA 6 PÁGINA 7 GRUPO PACA (POSTURA ATIVA FRENTE À CAUSA AMBIENTAL) COMEMORA 10 ANOS COM EVENTO PROJETO REALIZADO NO IBILCE ALFABETIZA JOVENS E ADULTOS

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O "Notícias Ibilce" é uma publicação produzida por alunos do Ibilce - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, câmpus da Unesp em São José do Rio Preto-SP.

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Ensino público, gratuito e de qualidade — Ano XVI — 154 — Outubro — 2013

Saúde e bem-estar para a comunidadeCom o objetivo de oferecer uma

melhor qualidade de vida aos mem-bros de sua comunidade, o Ibilce oferece orientação para as práticas de corrida e caminhada. O projeto, iniciado em fevereiro de 2012, con-ta com três sessões semanais de ati- vidades coordenadas por profissio- nais de Educação Física; no Ibilce, o encontro é sempre nas manhãs de sábado.

O grupo de atletas é formado por professores, servidores, alunos e membros da comunidade externa e conta com a participação de mem-bros assíduos, tanto pessoas que estão começando agora, atentas às questões de saúde, quanto aqueles já habituados aos exercícios, que buscam nas orientações dos profes-sores uma forma de melhorar o ren-dimento.

A prática de corrida e caminha-da, como toda prática esportiva, deve estar aliada à alimentação saudável e a diversos outros fa-tores. Pensando nisso, preparamos dez dicas para os interessados em iniciar atividades físicas e práticas saudáveis. Venha correr e caminhar no Ibilce!

Leia mais: páginas 4 e 5

JOÃO PAULO VANI

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA COMPLETA

45 ANOS

PÁGINA 3 PÁGINA 6 PÁGINA 7

GRUPO PACA (POSTURA ATIVA fRENTE à CAUSA AMbIENTAL) COMEMORA 10 ANOS COM EVENTO

PROJETO REALIZADO NO IbILCE ALfAbETIZA

JOVENS E ADULTOS

notícias ibilce2EVENTO

bárbara Marques

Foi realizado nos dias 22, 23 e 24 de outubro o II Congresso Inter-nacional do Programa de Pós-Gra-duação (PPG) em Letras do Ibilce. O evento contou com a presença de pesquisadores vindos de diversas partes do Brasil, como os alunos do projeto de doutorado interinstitu-cional da Universidade Federal de Rondônia, e de outros países, como Estados Unidos e México. A propos-ta deste ano foi abordar as relações entre literatura e outros sistemas semióticos, como cinema, histórias em quadrinhos e outras artes.

Segundo a professora Giséle Man-ganelli Fernandes, coordenadora do PPG-Letras e uma das organizado-ras do evento, o Congresso também permitiu aprimorar os projetos de-senvolvidos em nível de Mestrado e Doutorado: “Os alunos que apre-sentaram seus projetos puderam debater com professores de ou-tros programas de pós-graduação e aperfeiçoar seus estudos com as su-gestões de leituras feitas por eles”.

O evento também esteve aberto aos alunos de graduação que quises-sem participar ou apresentar seus trabalhos.

EDITORIAL

A edição de outubro do Notí-cias Ibilce traz orientações sobre as práticas esportivas de corrida e caminhada em sua matéria de capa. Com o objetivo de oferecer melhor qualidade de vida às comunidades interna e externa, o Ibilce mantém um grupo de corrida e caminhada, com atividades internas aos sába-dos, abertas ao público e orientadas por profissionais de Educação Fïsica. Conheça o trabalho e saiba quais os primeiros passos para uma rotina de exercícios nas páginas 4 e 5.

São também destaques desta edição: na página 3, os aniversári-os de 45 anos do Departamento de Matemática, 25 anos do Programa de Educação Tutorial (PET) Matemática e a vigésima quinta edição da Se- mana da Matemática; na página 6, o Notícias Ibilce traz matéria sobre o evento realizado para celebrar os dez anos do grupo Paca — Postura ativa frente à causa ambiental.

Na página 7, nosso entrevistado, o professor Fábio Fernandes Ville-la, fala sobre o Peja — Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, que há mais de dez anos é desen-volvido no Ibilce.

Confira na página 8 a pesquisa realizada no Programa de Pós-Gra- duação em Biologia Animal do Ibilce laureada com a menção honrosa no “Prêmio Teses 2013”, realizado pela Capes.

Uma ótima leitura!

Congresso Internacional da Pós em Letras reuniu pesquisadores do brasil e do exterior

Evento apresentou a possibilidade relacionar a literatura com outras artes

JOÃO PAULO VANI

DIRETOR: José Roberto Ruggiero

VICE-DIRETORA: Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira COORDENAçÃO: ACI — Assessoria de Comunicação e Imprensa

JORNALISTA RESPONSÁVEL: João Paulo Vani — MTb: 60.596/SP

CONSELhO EDITORIAL: Cláudia Maria de Lima — MTb: 22.829

DISTRIbUIçÃO GRATUITA

UNESPUNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA fILhO”Câmpus de São José do Rio Preto

IbILCE — Instituto de biociências, Letras e Ciências Exatas

Rua Cristovão Colombo, 2265 | Jd. Nazareth | CEP 15054-000 |

PABX: (17) 3221.2200 | FAX 3221.2500

hOME PAGE: www.ibilce.unesp.br

Comentários, dúvidas ou sugestões, entre em contato pelo e-mail:

[email protected]

EDIçÃO: João Paulo Vani

REPORTAGENS E REVISÃO: Bárbara MarquesEder JunoHenrique PelicanoLetícia SantosLigya AlibertiMariana Guirado

DIAGRAMAçÃO: Felipe Cipolato

TIRAGEM: 1.700 exemplares

Congresso possibilitou o debate de projetos de pesquisa, contribuindo com o aprimoramento dos trabalhos

notícias ibilce 3MATEMÁTICA

João Paulo Vani

O Departamento de Matemática do Ibilce foi fundado em 1968 dentro da antiga Fafi — Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, no prédio da Rua General Glicério, sendo atualmente o mais antigo departamento do Institu-to.

Ao completar 45 anos, o Depar-tamento de Matemática percebe a importância de sua atuação ao olhar para a sua história e notar que, de sua estrutura, surgiram outros do-is importantes departamentos para o Ibilce, como lembra Celso Volpe, fundador do Departamento: “Saíram do Departamento de Matemática os Departamentos de Física e da Com-putação e Estatística, ambos criados em 1986”.

O professor Hermes Pedroso é, atualmente, o docente que há mais

Departamento de Matemática celebra 45 anos de fundação e 25 anos do PET em celebração durante a XXV Semana de Matemática

JOÃO PAULO VANI

bODAS DE PRATA EM DOSE DUPLAAs celebrações preparadas pelo De-

partamento de Matemática neste ano de 2013 não se restringiram às cele-brações dos 45 anos do departamento. Em 1988, com a criação do Programa de Educação Tutorial (PET) Matemáti-ca, o primeiro PET Matemárica do Bra-sil, foi realizada a primeira edição da Semana da Matemática. Assim, neste ano, são comemoradas pelo Departa-mento de Matemática duas “Bodas de Prata”. De acordo com a professora Maria Gorete Carreira Andrade, que fez parte da comissão da XXV Sema-na da Matemática e é tutora do PET, os primeiros anos do Programa tinham como meta formar a elite pensante da época. “Os alunos se envolviam com pesquisas e organização de eventos e aprendiam, entre outras coisas, a tra-balhar em grupo”, avalia Gorete.

tempo atua no Departamento de Matemática: “São 35 anos de docên-cia. Depois de todo esse tempo, o mais importante para mim é pensar que pude colaborar com os avanços do curso”, orgulha-se Pedroso.

De acordo com Luciana de Fátima Martins, chefe do Departamento de Matemática, o professor Sérgio Leandro Nascimento Neves, contratado neste ano, é o docente com menos tempo de casa: “Hoje somos um departamento com 29 docentes em dedicação ex-clusiva, com forte atuação no ensino, pesquisa, com expressiva produção bi- bliográfica e extensão, com du-as Olimpíadas de Matemática, sen-do uma local e a outra, nacional. Na pós-graduação, são dois programas, um acadêmico, com mestrado e dou-torado e, desde 2011, contamos com o programa de mestrado profissional”, diz Luciana.

Professores, servidores e alunos se reuniram para as comemorações

notícias ibilce4bEM-ESTAR

Eder Juno

Há muito tempo, o hábito de man-ter a mente e o corpo saudáveis é al-mejado. Pensadores da Antiguidade, como Sócrates, que se dispunham a pensar sobre tudo, já concluíam que para um homem ser completo é neces-sário que o corpo e a mente estejam saudáveis.

Assim, nada mais coerente que ati-vidades físicas voltadas à comunidade acadêmica. Com esse espírito, temos o Grupo de Corrida e Caminhada no Ibilce. Idealizado e organizado pela Vi-ce-Direção, em especial pela vice-di-retora, Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira, o grupo é formado por pro-fessores, servidores e alunos. “Como é uma atividade que eu gostava, quis trazer para o Ibilce. A gente passa a ver a vida de outra forma”, diz Tercí-lia.

A vice-diretora possui várias meda-lhas conquistadas em vitórias e parti-cipações em corridas. Entre as mais importantes está a da maratona “São Silvestre”, da qual ela tem muito orgu-lho. “Para mim, é a medalha mais im-portante, eu cheguei sem desmaiar”, brinca Tercília.

Iniciado em fevereiro de 2012, o grupo realiza três encontros sema-nais, às segundas e quartas-feiras, das 19:30h às 21:00h, no condomínio Quin-

ta do Golfe, e aos sábados, das 8:30h às 10:00h, no Ibilce, ao lado da cantina do Gil.

As atividades do Grupo de Corrida e Caminhada Unesp/Ibilce têm como ob-jetivo principal buscar a melhoria da qualidade de vida dos participantes, por meio do esclarecimento dos bene-fícios da atividade física bem orienta-da. Mas não para por aí.

Fabiane Santana Annibale, aluna de mestrado do programa de Pós-Gra-duação em Biologia Animal, conta que veio participar do grupo visando bene-fícios físicos e acabou conhecendo o seu namorado. “Fui conhecendo o gru-po e pegando amizade com todos, em especial com o Hederson. E já faz mais de um ano que estamos juntos”.

Antônia Saldanha, servidora do Ibil-ce, mais conhecida como Netinha, par-ticipa do grupo desde o início, e é umas das mais assíduas frequentadoras da atividade. Para ela, “tão importante quanto os benefícios físicos é o envol-

Corrida e caminhada no Ibilce: alternativa de saúde para a comunidade

vimento com pessoas diferentes”. Só no ano passado, Netinha participou de três corridas. “Eu sinto falta. Toda pes-soa que começa a correr tem vontade de correr mais e mais. Além do mais, é muito emocionante participar de uma corrida”.

Em agosto deste ano, o grupo de corrida e caminhada foi incluído nas atividades do Movimento Saúde e do grupo Metabolismo Saudável. “O pro-jeto está começando a dar frutos”, conta Maria Tercília.

Dentre os benefícios da corrida e caminhada estão: melhora da circu-lação e redução da pressão arterial, combate à osteoporose, resistência pulmonar, afastamento de depressão, equilíbrio do peso, emagrecimento, controle da vontade de comer, prote-ção contra derrames, combate a dia-betes e sensação de bem-estar.

As atividades oferecidas são tanto para aqueles que pretendem iniciar o hábito de correr, quanto para aqueles que já treinam e gostariam de me-lhorar seu desempenho na corrida. O grupo conta com o acompanhamento de profissionais qualificados na área de Educação Física, que prescrevem um treino específico de acordo com as condições físicas do participante. Toda a comunidade Ibilceana está convida-da a participar.

JOÃO PAULO VANI

Membros do Grupo de Corrida e Caminhada do Ibilce e da Equipe RG do Corpo momentos antes da 3° Corrida de Rua e Caminhada bensaúde

Tão importante quanto os benefícios físicos é

o envolvimento com pessoas diferentes

Antônia Saldanha

notícias ibilce 5

1. faça um exame médicoAntes de começar as atividades de corrida e caminhada, consulte um cardiologista e um ortopedista. O cardiologista irá avaliar o sistema cardiovascular do candidato a atle-ta, enquanto o ortopedista irá ava- liar o aparelho locomotor, observan-do, por exemplo, se os joelhos estão em boas condições para a atividade pretendida.

2. Tenha bons equipamentosUm bom par de tênis, com sistema de amortecimento, ajuda a prote-ger as articulações, pois diminui o impacto da pisada. Além disso, escolha shorts e camiseta de teci-do sintético, que facilitam a perda de calor e são mais leves e con-fortáveis.

3. Não se esqueça de se alongarPara a boa prática de corrida e caminhada, é fundamental aumen-tar a flexibilidade das pernas e a preparação dos músculos. É impor-tante lembrar que o alongamento depois da atividade física deve ser leve para não ultrapassar os limites do corpo.

4. Mantenha-se hidratadoPara quem quer praticar caminha-da e corrida, é importante criar o hábito de beber água, pois essa água será eliminada durante os exercícios.

5. Como escolher um local?Se você está começando os exer- cícios de corrida e caminhada, cuidado com os terrenos irregulares ou íngremes, pois locais assim po-dem contribuir para problemas nas articulações. Prefira a grama ou até mesmo a esteira, se você ainda não está acostumado com a nova ativi-dade.

6. Qual o melhor horário?Procure realizar seus exercícios nos períodos do dia com temperatura mais amena. Observe também um horário com menos trânsito, au-mentando a sua segurança.

7. Posição dos braçosDurante os exercícios, deixe os antebraços paralelos ao solo. Isso quer dizer que, no plano, eles de-vem ficar em um ângulo de 90° em relação ao resto do corpo. Repare,

10 dicas para quem quer começar a praticar corrida e caminhada

porém, que, em subidas e descidas, a postura irá mudar.

8. Olha o sinal vermelho!Essa dica é muito importante para quem corre pelas ruas da cidade. É preciso que o sinal de trânsito seja respeitado, para a segurança do atleta, mas também é preciso que não haja interrupções na ativi-dade. Por isso, quando não for possível prosseguir diante de um sinal vermelho, dê pequenas voltas ou caminhe na calçada enquanto aguarda a luz verde.

9. Respire direitoÉ fácil: inspire pelo nariz e expire pela boca. Cuidado, ao imprimir um ritmo mais veloz ao exercício, para não abrir a boca na hora errada, le-vando mais ar aos pulmões.

10. Tome um banho frioAo terminar a atividade física, alongue-se levemente mais uma vez, como explicado no item 3, e fique embaixo da água em tempera-tura baixa. Uma ducha fria poderá evitar a inflamação dos músculos e minimizar as dores.

JOÃO PAULO VANI

Membros do Grupo de Corrida e Caminhada do Ibilce, com os professores de Educação física Rodrigo e Rogério Lacerda e Gustavo Torquato, durante treino no Instituto

fONTE: REVISTA SAÚDE

notícias ibilce6

coleta de óleo usado (Sebinha), pro-movendo a destinação correta e pre-venindo o descarte indevido do óleo de cozinha; o Papa-pilhas, que forne-ceu à população próxima um ponto acessível para o descarte de resíduos potencialmente perigosos; e a coleta seletiva de lixo para encaminhamen-to à reciclagem.

Outras iniciativas são eventos que visam à redução da produção de lixo e conscientização da comunida-de, como oficinas de compostagem, confecção de sabão com óleo usado, puff de garrafas PET e aproveitamen-to, de forma integral, de alimentos. Também são realizadas palestras e debates que abordam problemáticas ambientais como o desperdício de água, produção excessiva e descarte de lixo, uso indiscriminado de produ-tos descartáveis, poda irresponsável de árvores, entre outros. Além disso, em união ao projeto “Universidade no Bosque”, exerce atividades edu-cativas a pais e crianças visitantes do Bosque (Zoológico Municipal de São José do Rio Preto).

ATITUDE

Mariana Guirado

Neste ano, o grupo Paca (Postura Ativa frente à Causa Ambiental) com-pleta 10 anos. Para comemorar essa data, o grupo organizou um evento que reuniu pessoas para praticar um pouquinho de “postura ativa”. Nos dias 04 e 05 de outubro, o Paca rea-lizou oficinas, palestras, discussão e feira de trocas. Além disso, reuniu seus primeiros integrantes, que divi-diram um pouquinho da história do Paca com todos os participantes.

O grupo surgiu em 2003, por ini-ciativa de alunos do curso de Ciências Biológicas do Instituto e oficializou-se como projeto de extensão em 2008. “Nossa proposta é o desenvolvimen-to de atividades de educação am-biental, tanto dentro quanto fora da universidade, sempre visando à sustentabilidade, à conscientização da comunidade e preocupando-se com a causa ambiental”, explica a integrante Marina Reghini.

Dentre as atividades desenvolvi-das pelo grupo no câmpus merecem destaque: a implantação do ponto de

10 anos de Postura Ativa frente à Causa Ambiental

MARIANA GUIRADO

Evento organizado pelo PACA traz antropóloga e pajé Awa Dju para ministrar uma das palestras sobre práticas que permitem um estilo de vida agradável e sustentável

Grupo PACA celebra jubileu, promovendo iniciativas em prol do meio ambiente

IbILCE 5 ESTRELASTrês dos onze cursos de gra-

duação do Ibilce foram avaliados como cursos cinco estrelas, facul- dades com altíssimo padrão de en-sino, na edição 2014 do Guia do Estudante (GE), da editora Abril: Engenharia de Alimentos, Tradução e Matemática. A lista foi publicada no GE Profissões Vestibular 2014, disponível nas bancas de todo o país desde o dia 11 de outubro.

Para a edição 2013 do Guia do Estudante foram avaliados cerca de 27 mil cursos superiores no país. As estrelas que cada curso recebe in-dicam a média das notas atribuídas por avaliadores de diversas insti- tuições de ensino superior. O corpo de pareceristas é formado por do-centes, coordenadores de cursos e avaliadores do MEC.

Para o coordenador do cur-so de Engenharia de Alimentos, professor Roger Darros-Barbo-sa, a avaliação realizada é bas-tante significativa: “Com esse e outros processos de avaliação, nosso objetivo é o aperfeiçoa-mento contínuo para a manuten- ção da excelência no ensino de graduação, e a ampliação e diver-sificação do acesso à universidade”, revela Roger.

Para o professor Antônio An-drade, coordenador do curso de Matemática à época da avaliação, o resultado não reflete apenas os dias atuais: “Isso é fruto de um trabalho de 45 anos do curso, sempre visando uma grade curricular de qualidade, da formação de excelentes profis-sionais e oferecimento de condições adequadas para a qualificação do-cente”. O atual coordenador do curso, Waldemar Bastos, completa: “Para o ingressante é a confirmação da escolha correta. Mais que isso, é um grande incentivo no início da carreira que escolheu.”

O professor Celso Rocha, coor-denador do curso de Tradução, des- taca a atuação do corpo docente, sempre atento às necessidades dis-centes, como fator de excelência. “Cabe ressaltar, também, que dis-pomos de um projeto político-pe- dagógico atualizado e propiciamos ao nosso aluno um ambiente esti- mulante, reflexivo e prático, fazen-do com que sua aprendizagem con-temple as demandas de um mundo cada vez mais globalizado”, con-clui.

notícias ibilce 7

materiais didáticos e com quatro bol-sistas dos cursos de Letras e Pedago-gia, que ministram as aulas. Realiza-mos reuniões semanais para leituras teóricas e organização de escolha de material didático, além de promover discussões.

N.I.) Como esse trabalho beneficia os alunos que estão envolvidos com o projeto?Para os alunos que se envolvem, sendo eles de Pedagogia, Letras ou Tradução, o EJA é uma experiência nova. Eles es-tão descobrindo o mundo da Educação de adultos e os diversos câmpus que podem atuar como profissionais. Eles estão experimentando para ver se é o que esperam para suas carreiras. Tudo é uma novidade para eles. Até para aqueles que não pensam em trabalhar com EJA, esta é uma ótima experiên-cia. Eu mesmo trabalhei como volun-tário quando estava na graduação em Campinas e, para mim, foi uma expe-riência gratificante.

EDUCAçÃO DE JOVENS E ADULTOS

Letícia Santos

Há mais de dez anos realizado na Unesp, o Programa de Educação de Jovens e Adultos (Peja) mobiliza alu-nos e docentes dos cursos de Letras e Pedagogia da Universidade na alfa-betização digital e escrita de jovens, adultos e idosos.

Fábio Fernandes Villela, do Depar-tamento de Educação e coordenador do projeto no câmpus de Rio Preto, explica como surgiu o projeto e como ele funciona no Ibilce.

N.I.) O que é o Peja?O Peja é um projeto institucional da Unesp que funciona em todos os câmpus que têm Pedagogia e Letras. Cada câmpus tem uma característica específica e uma forma de trabalho na região onde está. O projeto é fi-nanciado pela Pró-Reitoria de Exten-são da Universidade (Proex).

N.I.) Como começou o projeto?O Peja iniciou quando a Unesp fez uma mapeamento e constatou que

Peja alfabetiza jovens, adultos e idosos há mais de 10 anos na Unesp

LETÍCIA SANTOS

a maioria dos seus funcionários tinha deficiência na formação. Havia fun-cionários que não eram alfabetizados ou só tinham o Ensino Fundamental. Assim, foi pensado um projeto para atender a essa demanda. Mas, de-pois de resolvido este problema, o projeto continua com outras ativida-des. Atualmente, há câmpus que tem parceria com a Prefeitura da cidade, como é o caso do Ibilce, e há outros em que alunos e professores de ou-tros cursos que não são dos cursos de Letras e Pedagogia se mobilizam para realizar o projeto.

N.I.) Como o projeto é realizado no Ibilce?Nosso projeto tem um convênio de al-fabetização digital com a Prefeitura de Rio Preto. Damos aulas de infor-mática aos Idosos do CCI (Centro de Convivência de Idosos), além de ter-mos o projeto Paulo Freire de Analfa-betismo zero. Este ano, começamos um trabalho inédito em José Boni-fácio. O projeto conta com o auxílio da Proex para recursos para bolsas e

Programa de Educação de Jovens e Adultos favorece a alfabetização digital e escrita da população

fábio fernandes Villela, coordenador local do Peja, projeto institucional mantido pela Pró-Reitoria de Extensão da Unesp

8TOME CIÊNCIA

henrique Pelicano

Pesquisa desenvolvida por alu-no do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal do Ibilce estuda ecologia (relação das espécies com o meio em que estão) de artrópo-des (aranhas, formigas, borbole-tas e mariposas) ao longo do litoral brasileiro. A tese de doutorado de Thiago Gonçalves Souza poderá ser útil no manejo de florestas.

O estudo foi desenvolvido em restingas — relevo formado por depósitos arenosos, encontrados paralelos à linha da costa — lo-calizadas no litoral de Florianópo-lis até o norte da Bahia (Praia do Forte). “Coletamos artrópodes que vivem em diferentes espécies de plantas — bromélias, palmei-

ras, etc. — para entender como a variação na morfologia (arquite-tura) das plantas influencia na or-ganização das comunidades de artrópodes”, explica Souza.

Souza comenta que dentre os resultados obtidos se constatou que plantas com morfologia dif-erente têm um forte efeito na composição de comunidades de artrópodes. “Cada espécie de plan-ta possui um subconjunto único da comunidade total de artrópodes”, completa.

O pesquisador também conclu-iu que dentro de uma mesma es-pécie de plantas as espécies são mais parecidas morfologicamente entre si do que com outras plan-tas diferentes — mesmo sendo vi- zinhas. “É possível entender que

Pesquisa estuda ecologia de artrópodes em litoral brasileiro

DIVULGAçÃO

a variação morfológica de plan-ta tem um grande efeito sobre a variação morfológica dos artró- podes”, diz Souza. “Desse mo-do, a associação entre artrópo-des e plantas tem reflexos não só na distribuição espacial e temporal dos organismos, mas também na evolução do tamanho e forma dos artrópodes”.

De acordo com Souza, as primei-ras implicações desses resultados são teóricas (ecologia e ecologia evolutiva), mas podem ser pensa-das no manejo de florestas e seus efeitos na fauna que podem ser en-contradas nesses locais.

O trabalho desenvolvido contou com a orientação do professor Gus-tavo Quevedo Romero, docente da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e credenciado ao programa de Pós-Graduação do Ibilce em Biologia Animal, onde le-cionou até 2012 —, e com a co-ori-entação do professor Karl Cottenie, da University of Guelph-Canada.

A pesquisa recebeu menção honrosa do Prêmio Capes de Tese 2013. A premiação ocorrerá no dia 10 de dezembro deste ano. “Um reconhecimento importante do ponto de vista pessoal, uma vez que tem fundamental importância para o início da minha carreira e para a fixação de minha linha de pesquisa”, avalia Souza.

Trabalho recebeu menção honrosa no Prêmio Tese 2013 da Capes

Cada espécie de planta possui um

subconjunto único da comunidade total de

artrópodes