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nº 43 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 04 de novembro de 2011 1 Notícias Federais Assuntos Econômicos.........................................................................................................4 Idec alerta sobre compra coletiva .............................................................................................. 4 Câmara rejeita novo incentivo para produtos da cesta básica .................................................. 5 Meio Ambiente…………… ....................................................................................................6 Projeto torna obrigatório o uso de caixões biodegradáveis....................................................... 6 Infraestrutura……………. .....................................................................................................7 Chega ao Senado MP com incentivo à indústria e autorização para uso do FGTS em obras da Copa………………………… ................................................................................................................ 7 Projeto reduz preços de peças para modernização de portos e ferrovias.................................. 8 Comissão aprova relatórios sobre inspeção de obras em GO e PR ............................................ 8 Questões Institucionais .................................................................................................... 10 CMO aprova relatório preliminar do Plano Plurianual ............................................................ 10 Tributos…………………….. ................................................................................................... 10 Projeto de lei reduz comissão de representante comercial autônomo .................................... 10 Publicado decreto que reduz taxa sobre gasolina .................................................................... 11 Relações de Trabalho....................................................................................................... 12 Comissão aprova redução de jornada de trabalho para jovem aprendiz ................................ 12 Rejeitado incentivo à contratação de trabalhador com mais de 50 anos ................................ 12 INMETRO inicia consulta pública para estabelecer regulamentação do ponto eletrônico ...... 13 Proposta garante direitos trabalhistas a cooperados .............................................................. 13 Projeto amplia a definição de acidente de trabalho ................................................................ 14

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nº 43 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 04 de novembro de 2011

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Notícias Federais

Assuntos Econômicos .........................................................................................................4

Idec alerta sobre compra coletiva .............................................................................................. 4

Câmara rejeita novo incentivo para produtos da cesta básica .................................................. 5

Meio Ambiente…………… ....................................................................................................6

Projeto torna obrigatório o uso de caixões biodegradáveis ....................................................... 6

Infraestrutura……………. .....................................................................................................7

Chega ao Senado MP com incentivo à indústria e autorização para uso do FGTS em obras da

Copa………………………… ................................................................................................................ 7

Projeto reduz preços de peças para modernização de portos e ferrovias .................................. 8

Comissão aprova relatórios sobre inspeção de obras em GO e PR ............................................ 8

Questões Institucionais .................................................................................................... 10

CMO aprova relatório preliminar do Plano Plurianual ............................................................ 10

Tributos…………………….. ................................................................................................... 10

Projeto de lei reduz comissão de representante comercial autônomo .................................... 10

Publicado decreto que reduz taxa sobre gasolina .................................................................... 11

Relações de Trabalho ....................................................................................................... 12

Comissão aprova redução de jornada de trabalho para jovem aprendiz ................................ 12

Rejeitado incentivo à contratação de trabalhador com mais de 50 anos ................................ 12

INMETRO inicia consulta pública para estabelecer regulamentação do ponto eletrônico ...... 13

Proposta garante direitos trabalhistas a cooperados .............................................................. 13

Projeto amplia a definição de acidente de trabalho ................................................................ 14

nº 43 . ano VII .Departamento de Assuntos Legislativos. 04 de novembro de 2011

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STF considera constitucional lei de reajuste do salário mínimo ............................................... 14

Notícias Estaduais

Assuntos Econômicos ....................................................................................................... 15

Publicação do IAPAR discute alternativas ao cultivo do tabaco .............................................. 15

Encontro vai fortalecer a entrada de empresas no comércio internacional ............................ 17

Aprovado projeto que concede nova placa de veículos que foram clonados........................... 18

Gôndolas próprias para produtos destinados a diabéticos, celíacos e intolerantes à lactose . 19

Empresários do setor de fertilizantes comemoram os bons resultados de 2011 ..................... 19

Infraestrutura……………… .................................................................................................. 21

Empresas de pedágio aceitam incluir obras e “lucrar” menos ................................................ 21

Projeto que cria Agência Paraná de Desenvolvimento (APD) segue tramitação na

Assembleia…………………….. ....................................................................................................... 24

Federações do Sul apresentam projeto Sul Competitivo ao BNDES ......................................... 25

Projetos de reajuste de taxas do DETRAN e contratação de PPPs começam a ser analisadas na

CCJ……………………………. ............................................................................................................. 26

Aprovada autorização para construção das usinas de São João e Cachoeirinha .................... 28

Modernizado, porto seco de Cascavel retoma as operações ................................................... 29

Tributos…………………….. ................................................................................................... 31

Projeto que estabelece prazo para aferição de certidões é aprovado em segunda discussão 31

Projeto de lei prevê o parcelamento de IPVA atrasado ............................................................ 32

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Questões Institucionais .................................................................................................... 32

Nova “Constituição” de Curitiba poderá ter sugestões do cidadão ......................................... 32

Deputados adiam por dez sessões projeto que institui feriado em homenagem a Zumbi dos

Palmares………………….. ............................................................................................................. 33

Relações de Trabalho ....................................................................................................... 34

Flexibilização da CLT é rejeitada em audiência pública na Assembleia Legislativa ................. 34

Região Centro Sul discute trabalho decente ............................................................................ 35

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Notícias Federais

Assuntos Econômicos

Direito do Consumidor

Idec alerta sobre compra coletiva Os quatro maiores sites de compras coletivas – Groupon, Peixe Urbano, Clickon e Groupalia – apresentam irregularidades e desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Os problemas vão de uso indevido de informações dos consumidores até a maquiagem de descontos, prática em que o site informa um preço “normal” para o produto ou serviço que está muito acima do valor real. “São quase 2 mil empresas atuando nesse ramo no país e elas precisam saber que o comércio eletrônico também está submetido ao Código de Defesa do Consumidor. Analisamos toda a cadeia de venda, desde os contratos, passando pela oferta e publicidade, e chegando à efetivação da venda”, diz Guilherme Varella, advogado do Idec. Problemas - O Idec encontrou uma série de irregularidades nos sites de compras coletivas; veja algumas delas: Dados pessoais - As empresas compartilham os dados pessoais dos seus usuários cadastrados com terceiros para uso comercial e publicitário, sem identificar quem usa as informações. Responsabilidade - Os sites pesquisados apresentaram cláusulas contratuais que eximiam a empresa de responsabilidade em relação aos produtos e serviços que oferecem e atribuem a obrigação de reparar eventuais prejuízos apenas aos seus parceiros. No entanto, pelo artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, os sites respondem por qualquer problema ocorrido no processo de compra virtual. Arrependimento - Os sites não informavam adequadamente o direito de arrependimento, mas a lei garante ao usuário que compra um produto ou contrata um serviço a distância (por telefone ou pela internet) o direito de desistir do negócio em até sete dias, e de receber seu dinheiro de volta.

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Dicas - Confira algumas recomendações do Idec para usar sites de compras coletivas: - “Passeie” pelo site e analise várias ofertas antes de optar por uma. Isso ajudará a entender melhor a dinâmica do site. - Repare se a oferta traz as seguintes informações essenciais: preço integral, preço com desconto, porcentual do desconto, quanto tempo falta para a promoção expirar, o número mínimo de compradores exigido e quantas pessoas já compraram. - Verifique se há restrições de agendamento prévio, horários e dias específicos, quantidade de acompanhantes, capacidade do local, estoque do produto etc. - Procure na página da empresa fornecedora o mesmo produto ou serviço anunciado com desconto no site de compras coletivas. Compare seu preço “normal” com o da oferta promocional. - Repare no prazo para a utilização do cupom de desconto. Para sites, não há nada errado - Os sites de compra coletiva citados na pesquisa do Idec reiteraram que as informações em suas páginas são claras e que respeitam os itens elencados na pesquisa. Em nota, o Groupon alegou que certifica “se o estabelecimento e o produto ou serviço oferecido estão de acordo com os padrões de qualidade do Groupon e se o parceiro tem a capacidade de atendimento necessária”. “A Groupalia compara preços nos sites de e-commerce para se certificar que o desconto que está oferecendo ao seu usuário realmente é condizente com o que está sendo informado”, ressaltou o comunicado de outro site. O Peixe Urbano informou, também por meio de nota, que atende à legislação. “Nós possuímos uma equipe interna especializada exclusivamente na checagem de qualidade e veracidade das informações prestadas pelas empresas ofertantes”, afirmou. Os responsáveis pelo Clickon não foram encontrados para se posicionar sobre o assunto. Ao Idec, o site informou que apenas intermedeia a relação entre parceiro e usuário, e que, por isso, não pode ser responsabilizado. Fonte: Gazeta do Povo Política Agroindustrial

Câmara rejeita novo incentivo para produtos da cesta básica A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou em parecer terminativo, o Projeto de Lei 1410/07, do deputado Beto Faro (PT-PA), que concederia incentivos adicionais para a produção de alimentos que fazem parte da dieta básica da população e alimentos orgânicos dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O relator da proposta, deputado Rui Costa (PT-BA), explicou que o aumento do subsídio do Pronaf teria impacto no orçamento atual, e o projeto não traz nenhuma previsão de como

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conseguir esses recursos adicionais. Pelo projeto, os produtos da dieta básica teriam desconto de 25% sobre os encargos dos financiamentos do programa. Caso essa produção fosse orgânica, o desconto seria de 35%. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, chegou a ser aprovada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, mas será arquivada por estar em desacordo com as leis orçamentárias, exceto se houver recurso para que seja analisada pelo Plenário. O Pronaf é um programa de crédito para apoio a atividades de agricultores familiares e assentados da reforma agrária. A iniciativa possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, asseguradas com recursos e garantias do Tesouro. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Meio Ambiente

Projeto torna obrigatório o uso de caixões biodegradáveis

A Câmara analisa o Projeto de Lei 1759/11, do deputado Guilherme Mussi (PSD-SP), que torna obrigatório o uso de caixões biodegradáveis para sepultamento de corpos em todos os cemitérios do País. A proposta determina também que os corpos sejam sepultados com manta protetora. Quem descumprir as normas estará sujeito às sanções da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). Segundo o autor, o objetivo da medida é evitar que a sepultura, o solo e o lençol freático (rio subterrâneo) sejam contaminados com necrochorume, substância tóxica resultante da decomposição dos corpos. Atualmente, essas regras já estão previstas em resolução (335/03) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Porém, segundo o parlamentar, a recomendação do órgão não está sendo cumprida pelos cemitérios. “A única forma para que isso aconteça é uma lei federal que determine o uso dessas soluções para cessar as novas contaminações com dano ao meio ambiente”, afirmou Mussi. Tramitação - A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Infraestrutura

Chega ao Senado MP com incentivo à indústria e autorização para uso do FGTS em obras

da Copa O Senado recebeu o Projeto de Lei de Conversão 29/2011, proveniente da Medida Provisória 540/2011. Parte do Plano Brasil Maior, anunciado em agosto pelo governo federal, a medida era originalmente destinada a instituir o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), além de conceder incentivos fiscais para estimular a competitividade externa de vários setores da indústria. A versão aprovada na Câmara dos Deputados em 26 de outubro, com emendas, passou a incluir a permissão de uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em obras da Copa do Mundo de 2014 ou dos Jogos Olímpicos de 2016 e um conjunto de restrições à comercialização e uso de produtos derivados do tabaco no país. O projeto foi incluído na ordem do dia de 8 de novembro. O relator será o senador José Pimentel (PT-CE). Desoneração - O Reintegra, com vigência até 31 de dezembro de 2012, devolverá ao exportador de bens industrializados o equivalente a 0,5% da receita da exportação, nos mesmos moldes da restituição do Imposto de Renda. A empresa poderá usar esses resíduos para quitação de débitos tributários ou pedir seu ressarcimento em dinheiro. Decreto presidencial poderá elevar esse percentual para até 4%. Também destinada ao estímulo da indústria, a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) das montadoras de veículos automotores até 31 de dezembro de 2016. Essa redução, porém, está vinculada ao cumprimento de critérios de competitividade, investimento, inovação tecnológica e uso de componentes brasileiros. Outro artigo reduz até o fim de 2012 a contribuição previdenciária patronal das empresas de tecnologia da informação, que passa a incidir sobre a receita bruta. O mesmo mecanismo, segundo o projeto, será adotado para beneficiar fábricas de vestuário, produtos têxteis, calçados, bolsas, móveis e outros artigos. Copa e Olimpíadas - O PLV 29/2011 recebeu na Câmara uma emenda que autoriza, até 30 de junho de 2014, a aplicação de recursos do FGTS em projetos associados à Copa do Mundo e às Olimpíadas nas respectivas cidades-sedes, incluindo "projetos de infraestrutura aeroportuária, de operações urbanas consorciadas, de transporte e mobilidade urbana, bem como de empreendimentos hoteleiros e comerciais". Em audiência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizada em 1º de novembro, o senador Paulo Paim anunciou que tentará derrubar esse artigo do projeto de lei através da apresentação de emenda.

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Fumo - Em outra emenda, o PLV modifica a Lei 9.294/96, esclarecendo o conceito de "recinto coletivo" para fins de proibição de uso de cigarros, charutos, cachimbos e similares e impondo maiores restrições à propaganda desses produtos. O texto ainda dispõe sobre as advertências sobre males à saúde nas embalagens de "produtos fumígenos vendidos diretamente ao consumidor", impondo, a partir de 2016, um aviso adicional que ocupe 30% de sua face frontal. Fonte: Agência Senado

Projeto reduz preços de peças para modernização de portos e ferrovias Em análise na Câmara, o Projeto de Lei 2128/11 permite a aquisição de peças com valor inferior a 20% do equipamento a que se destinam para a modernização de portos e ferrovias com isenção tributária. De autoria do deputado Alberto Mourão (PSDB-SP), a proposta altera a Lei 11.033/04, que institui o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). Pela legislação, somente podem contar com suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do PIS/Pasep, da Cofins e do Imposto de Importação, quando for o caso, peças com valor superior a 20% das máquinas a que se destinam. Incentivo - Mourão exemplifica que, para uma máquina de 5 milhões de dólares (cerca de R$ 8,9 milhões), o incentivo alcançaria somente a compra de peças de reposição com valores acima de 1 milhão de dólares (em torno de R$ 1,8 milhão). Segundo o deputado, nem sempre o valor das peças atinge esse percentual, até porque a manutenção de máquinas e equipamentos é cotidiana. “Assim, entendemos que tal limite mínimo não auxilia na preservação da estrutura portuária nacional”, sustenta. Como forma de manter o controle do Executivo e evitar fraudes, a proposta autoriza o governo a estabelecer obrigações acessórias, no caso de aquisições ou importações de peças com valor inferior ao atualmente permitido. Tramitação - Em caráter conclusivo, o projeto foi encaminhado para análise das comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão aprova relatórios sobre inspeção de obras em GO e PR A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou dois relatórios de inspeção técnica da Subcomissão de Acompanhamento das Obras do Programa de Aceleração do

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Crescimento (PAC) e do programa Minha Casa, Minha Vida nos estados do Paraná e Goiás. As obras visitadas apresentam ou apresentavam irregularidades de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU). Apesar de terem acolhido as recomendações do TCU, os deputados foram favoráveis à continuidade das obras, por recomendação do relator da subcomissão, deputado Nelson Bornier (PMDB-RJ). Paraná - No Paraná, foram visitadas obras na Estrada Boiadeira - trecho da BR-487 entre Campo Mourão e Cruzeiro do Oeste - e no Contorno Rodoviário Norte de Maringá, na BR-376. As obras na BR-487 não têm indicação de paralização por parte do TCU, mas apenas ajustes no projeto de execução. Entre as recomendações, o TCU é contrário ao uso adicional de cimento em uma das camadas da rodovia, pois a mudança vai ter um impacto significativo no valor do quilômetro construído. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) discorda da posição do TCU e vai enviar justificativa técnica que fundamenta tanto o uso de mais cimento, o que promoverá maior resistência da rodovia e o consequente aumento de sua vida útil, quanto os valores acima das referências habituais. O atraso nas obras, de acordo com os parlamentares, tem provocado prejuízos como os contatados no trecho da rodovia entre Nova Brasília e Tuneiras do Oeste, onde chuvas destruíram serviços de drenagem já executados pelo Dnit. Contorno - Quanto à obra do Contorno Rodoviário Norte de Maringá, os parlamentares foram favoráveis ao início da obra, que é a continuação de outro trecho, já concluído e executado pela mesma empresa vencedora da atual licitação. O TCU recomenda que o contrato do trecho norte seja revisto em cerca de R$ 10,6 milhões, mas o Dnit argumenta que apenas R$ 5,4 poderiam ser considerados sobrepreço. Os parlamentares recomendam que o TCU estude os pareceres técnicos e, se for o caso, reveja sua posição sobre a licitação e os preços. Os deputados consideram os valores corretos e argumentam que, agora, não será possível alterá-los no ato de assinatura do contrato. O Dnit argumentou que o TCU fez recomendações de mudança no processo de licitação quando ele já estava concluído. Goiás - Em Goiás, a subcomissão inspecionou obras da ferrovia Norte-Sul entre Anápolis e Uruaçu. Os deputados disseram que, mesmo que haja irregularidades, o que foi negado pelas autoridades e pela construtora envolvida, uma eventual paralisação provocaria mais prejuízos do que benefícios, já que a obra se encontra em fase de conclusão. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Questões Institucionais

CMO aprova relatório preliminar do Plano Plurianual

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou o relatório preliminar do projeto que institui o Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. Os parlamentares examinam agora os destaques apresentados à matéria (PLN 29/11). O senador Walter Pinheiro (PT-BA) é o relator da proposta. O planejamento governamental para os próximos quatros anos, constante do PPA 2012-2015 e expresso nos programas, metas e iniciativas, aponta para dispêndios superiores a R$ 5,4 trilhões, o que representa incremento de 38% em relação ao PPA 2008-2011. Artigo do PL 29/11 estabelece que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano Brasil Sem Miséria integram as prioridades da Administração Pública Federal e terão tratamento diferenciado durante a execução do PPA. O relatório do senador Walter Pinheiro trabalha com quatro grandes áreas que agregam todos os 65 programas temáticos: Social (25 programas), Infraestrutura (15 programas), Desenvolvimento Produtivo e Ambiental (17 programas) e Especiais (8 programas). O PPA é a peça orçamentária correspondente ao planejamento de médio prazo do governo e deve ser examinado pelo Congresso Nacional até o fim da sessão legislativa de 2011 (22 de dezembro). Fonte: Agência Senado

Tributos

Impostos

Projeto de lei reduz comissão de representante comercial autônomo As comissões pagas aos representantes comerciais autônomos são calculadas sobre o valor total das mercadorias vendidas - e nesse valor está incluído o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Mas a inclusão do IPI é objeto de controvérsia. Um projeto de lei que tramita no Senado retira o IPI da base de cálculo, reduzindo assim o valor das comissões a serem pagas. O projeto (PLS 60/11) foi apresentado no início do ano pelo senador João Vicente Claudino (PTB-PI) e está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O senador afirma que o IPI não faz parte do preço das mercadorias, "tanto que sua cobrança é destacada na nota fiscal". E

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também argumenta que é incorreto o pagamento de comissão sobre um valor, o do IPI, que é recolhido aos cofres públicos pelas empresas. No entanto, no final do ano passado, ao examinar uma ação que tratava da inclusão ou não do IPI na base de cálculo das comissões dos representantes, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o IPI faz parte do valor total das mercadorias. De acordo com essa decisão, o valor total é aquele pago pelo comprador, mesmo que inclua impostos. Em seu relatório sobre a matéria, entregue em maio, o senador José Agripino (DEM-RN) concordou com os argumentos de João Vicente Claudino e defendeu a aprovação do projeto. Agripino cita a decisão do STJ, mas lembra de que ela não foi unânime: o ministro Luis Felipe Salomão, ao analisar recurso da empresa envolvida na ação, defendeu a exclusão do IPI do valor total. O projeto de João Vicente Claudino modifica a Lei 4.886, de 1965, que regula as atividades dos representantes comerciais autônomos. Se for aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde espera decisão terminativa, o texto poderá ser enviado diretamente à Câmara dos Deputados. O atual relator da matéria, que substituiu José Agripino, é o senador Demóstenes Torres (DEM-DF). Fonte: Agência Senado Taxas e Juros

Publicado decreto que reduz taxa sobre gasolina Entra em vigor o decreto que reduz as alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível. De acordo com o texto do decreto, a partir do dia 01 de novembro de 2011 até 30 de junho de 2012, as alíquotas da gasolina passarão de R$ 0,192 por litro para R$ 0,091 para litro e do óleo diesel de R$ 0,07 por litro para R$ 0,047 por litro. O objetivo é amenizar o impacto das flutuações dos preços internacionais do petróleo no bolso do consumidor, garantindo a manutenção da estabilidade dos preços dos combustíveis, segundo o governo. Fonte: Gazeta do Povo

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Relações de Trabalho

Comissão aprova redução de jornada de trabalho para jovem aprendiz

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou a redução da jornada de trabalho do jovem aprendiz de seis para quatro horas por dia. O texto aprovado foi o de uma emenda do Senado ao Projeto de Lei 2898/04, da ex-deputada Ann Pontes, que altera artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto Lei 5452/43). A intenção é garantir que o jovem que trabalha na condição de aprendiz tenha condições de concluir o ensino médio. A matéria já tinha sido aprovada na Câmara, mas foi modificada no Senado. O relator Edson Silva (PSB-CE) esclareceu que, pelo texto, ficam vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. "O limite poderá ser de oito horas se o aprendiz tiver completado o ensino médio. Hoje a lei em vigor só se refere ao ensino fundamental", disse. Tramitação - A proposta já foi aprovada pelas comissões de Educação e Cultura; de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Agora segue para o Plenário da Câmara. Fonte: Blog RT

Rejeitado incentivo à contratação de trabalhador com mais de 50 anos

A Comissão de Finanças e Tributação rejeitou o Projeto de Lei 688/99, do ex-deputado Freire Júnior (TO), que prevê a concessão de incentivo fiscal para empresas que contratarem trabalhadores com mais de 50 anos de idade. O projeto será arquivado, a menos que seja aprovado recurso contra o parecer da comissão, que é terminativo. O relator, deputado Júlio Cesar (PSD-PI), argumentou que a proposta provoca renúncia de receita sem indicar uma forma de compensar a perda de arrecadação. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, "as proposições legislativas que, direta ou indiretamente, importem ou autorizem diminuição de receita ou aumento de despesa da União deverão estar acompanhadas de estimativas desses efeitos, detalhando a respectiva compensação financeira". O relator destacou os resultados do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger), que, segundo ele, vem indiscriminadamente ampliando as oportunidades de emprego para todos os cidadãos brasileiros.

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Pelas mesmas razões, a comissão também rejeitou outras 25 propostas que tramitam apensadas ao PL 688/99 e também criam incentivos fiscais para empresas que contratarem trabalhadores na faixa etária entre 40 e 65 anos. Entre os incentivos estão a redução da contribuição previdenciária a cargo do empregador e a dedução no cálculo do Imposto de Renda. Fonte: Agência Câmara de Notícias

INMETRO inicia consulta pública para estabelecer regulamentação do ponto eletrônico

Consultas públicas iniciadas pelo INMETRO estabelecerão regulamentação (Portaria), regulamento técnico de qualidade e requisitos de avaliação de conformidade do ponto eletrônico. Foram publicadas as Portaria 415 e 416 de 2011, ambas originárias do Ministério da Indústria e Comércio Exterior – MDIC e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO. Elas iniciam o processo de consulta pública para estabelecer regulamentação sobre o ponto eletrônico (registrador eletrônico de ponto), incluindo proposta de portaria, regulamento técnico de qualidade e requisitos de avaliação de conformidade do ponto eletrônico. Segundo as Portarias 415 e 416, a partir de hoje os interessados têm prazo de 30 (trinta) dias para apresentar sugestões e críticas relativos aos textos propostos, que serão disponibilizados no site do INMETRO (www.inmetro.gov.br). Após o prazo de 30 dias, o INMETRO convocará interessados que tenham se manifestado para que sejam indicados representantes para, em discussões posteriores, consolidar os textos finais. Leia as Portarias no link: Portarias INMETRO-MDIC 415 e 416 de 2011 - Ponto Eletrõnico Fonte: Blog RT

Proposta garante direitos trabalhistas a cooperados

A Câmara analisa o Projeto de Lei 1469/11, do ex-deputado Zonta (SC), que estende às cooperativas de trabalho as mesmas obrigações exigidas das empresas na prevenção de acidentes de trabalho. Assim, empresas e cooperativas serão responsáveis pela proteção e segurança da saúde do trabalhador empregado ou cooperado. A proposta também agrava a punição para quem descumprir normas de segurança e medicina do trabalho. Atualmente, a prática é considerada contravenção penal, mas poderá se tornar crime, punível com detenção de até seis meses. A punição maior, segundo Zonta, vai dar efetividade à obrigação de prevenir acidentes de trabalho.

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Além disso, a garantia de proteção do trabalhador e a observância das normas de segurança e medicina do trabalho, de acordo com o projeto, deverão estar expressas no contrato ou estatuto social da empresa ou da cooperativa. Tramitação - A proposta foi distribuída às comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário. Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto amplia a definição de acidente de trabalho

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 1279/11, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que equipara ao acidente de trabalho aquele sofrido em caso de alteração do percurso de casa para a empresa, ou vice-versa. A proposta altera a Lei 8.213/91, que trata dos planos de benefícios da Previdência Social. O autor argumenta que o projeto tem como objetivo proteger o segurado da previdência social na situação excepcional de desvio de percurso. “Entende-se que pequenos desvios no trajeto entre a casa e o trabalho não ferem o espírito da lei, de cunho eminentemente social, e não descaracterizam o sinistro em detrimento do segurado”, afirma. Bezerra citou dados do Ministério da Previdência Social, e ressaltou que os acidentes no percurso casa/trabalho/casa tiveram elevação de 0,8% em 2009, se comparado com o ano anterior. Atualmente a legislação equipara ao acidente de trabalho apenas o acidente no percurso da residência para o local de trabalho e vice-versa. Tramitação - A proposta tramita em caráter conclusivo e será examinada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

STF considera constitucional lei de reajuste do salário mínimo

Em julgamento dia 03/11/2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a Lei 12.382/2011, que definiu novo valor para o salário mínimo e autorizou o Poder Executivo a estabelecer por decreto os reajustes a serem concedidos de 2012 a 2015. A lei foi questionada pelo PSDB, DEM e PPS, em março, por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). Na ação, os partidos alegaram que, segundo a Constituição, o salário mínimo deve ser fixado "em lei", o que tornaria ilegal a previsão de definição por decreto. Segundo os partidos, a garantia dessa prerrogativa ao Executivo violaria o princípio da separação dos poderes, já que representaria uma "usurpação" de atribuição do Congresso Nacional.

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O governo argumentou que a própria lei prevê que o valor estabelecido por decreto deverá obedecer a critérios de reajuste já aprovados no Congresso: inflação do ano anterior medida pelo INPC, mais o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Dessa forma, na prática, o reajuste por decreto apenas formalizaria um cálculo previsto em lei. A relatora da ADI, ministra Cármen Lúcia, concordou com a tese do governo de que a edição de decreto presidencial é mera aplicação de fórmula de reajuste aprovada pelo Congresso. Outros sete ministros votaram no mesmo sentido. Já os ministros Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio insistiram que o valor do salário minímo só pode ser definido em lei anual, sujeita a debate e votação pelos parlamentares. A Lei 12.382/2011 é proveniente do PLC 1/2011, de iniciativa do próprio Executivo, aprovada no Plenário do Senado em 23 de fevereiro. A sessão de discussão do projeto durou mais de sete horas e foi marcada por críticas da oposição, que, além das alegações de inconstitucionalidade, considerou insuficiente o reajuste de R$ 510 para R$ 545, válido para este ano. Fonte: Agência Senado

Notícias Estaduais

Assuntos Econômicos

Publicação do IAPAR discute alternativas ao cultivo do tabaco

O Centro-Sul do Paraná é uma das regiões de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado (em torno de 18% vivem abaixo da linha da pobreza). A população é predominantemente rural e boa parte delas sobrevive da cultura do tabaco (em algumas cidades passa de 50%). A agricultura familiar é predominante e concentra a maior área ao plantio de fumo do estado. Pensando em pesquisar outras potencialidades para essas famílias, um estudo do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) avaliou o consórcio do tabaco com outras culturas em sistema agroecológico. O resultado está no Boletim Técnico Diversificando Áreas com Cultivo do Tabaco, autoria dos pesquisadores Dirk Ahrens, Rafael Fuentes e Róger Milléo. De acordo com Fuentes, o Brasil faz parte de um grupo de países que busca reduzir o consumo de tabaco no mundo. Segundo Fuentes, há seis anos o Ministério do Desenvolvimento Agrário lançou um programa para trazer novas opções aos fumicultores. “O programa trabalha na perspectiva da diversificação da produção e não na substituição de cultivos. O objetivo é criar novas oportunidades de geração de renda e qualidade de vida

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às famílias”, explica o pesquisador. Tendo por base essa perspectiva, o Iapar avaliou sete possibilidades: tabaco convencional com leite; tabaco orgânico com grãos; tabaco orgânico especializado; tabaco orgânico diversificado; tabaco orgânico mais grãos; sistema agroindústria diversificado e ainda sistema de produção de olerícolas e pequenos frutos. As pesquisas foram realizadas nos territórios Vale do Iguaçu e Centro-Sul do Paraná, que congregam 22 municípios. A Emater e os sindicatos dos trabalhadores rurais de Rio Azul e de São Mateus do Sul contribuíram para a escolha das propriedades. Entre as diversas opções estudadas, uma das mais benéficas à saúde foi o sistema agroecológico. Segundo Ahrens, o tabaco orgânico permite que o agricultor não manuseie agrotóxico, mesmo assim ele está sujeito a outros problemas. “Na fase vegetativa, o produtor entra em contato com as folhas de fumo, que contém nicotina, podendo haver intoxicação”, ressalta. Embora algumas famílias tenham apresentado dificuldade para se adequar às regras da certificadores de produtos orgânicos, Ahrens acredita que vale a pena. “As exigências das certificadoras são normais, como para qualquer outro produto com essa característica. Já no primeiro ano de transição, que consiste no banimento dos agroquímicos, há um bônus pago pelas fumageiras sobre o preço, que no terceiro ano pode chegar a 50% do valor do convencional”. O pesquisador, porém, faz uma ressalva. “Os sistemas agroecológicos não contam com uma cadeia produtiva organizada como o do tabaco, para o qual existe crédito, seguro e comercialização regulamentados”. As pesquisas também mostraram que a diversificação é uma das únicas estratégias viáveis para diminuir a dependência do tabaco, que deixa o produtor muito vulnerável do mercado pela forte dependência da indústria fumageira. Os estudos comprovam que o fumo pode ser totalmente substituído nas propriedades desde que haja agregação de valor aos produtos. Dois bons exemplos ocorreram em União Vitória e Rio Azul. Naquela, o tabaco deixou de ser plantado após 10 anos de atividade, o que só foi possível graças ao investimento em hortaliças e frutas orgânicas, que inicialmente eram vendidas em Curitiba e Região Metropolitana. Com os bons resultados, a família decidiu investir em uma agroindústria onde processa mel, uva e pepino em conserva. Além disso, eles entregam mel e feijão em escolas, creches e asilos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Em Rio Azul a família deixou a plantação de fumo ao produzir e processar hortaliças e frutas orgânicas e vendê-las nas cidades. As duas propriedades tiveram o apoio do projeto Rede de Propriedades Familiares Agroecológicas do Iapar. A instituição há mais de 20 anos estuda os sistemas de produção na região. Milléo salienta a necessidade das famílias de agricultores produzirem o próprio alimento. “A opção pelo autoconsumo é importante para a segurança alimentar, além de permitir compensações de renda bastante significativas”, explica. Segundo ele além de assegurar uma dieta mais rica em nutrientes, o autoconsumo pode trazer mais qualidade de vida às famílias. “A renda total de uma família não advém exclusivamente da renda monetária, mas também da renda não mentária, oriunda da contabilização da produção destinada ao

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consumo interno, que diminuiu as despesas com a manutenção alimentar”. Serviço - O Boletim Técnico Diversificando Áreas com Cultivo do Tabaco é dirigido a técnicos e extensionistas. A publicação custa R$ 8,00 e pode ser adquirida na Área de Difusão de Tecnologia do Iapar pelo telefone (43) 3376-2373 ou pelo site www.iapar.br. Fonte: Agência Estadual de Notícias Comércio Exterior

Encontro vai fortalecer a entrada de empresas no comércio internacional

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Rommel Barion, participou do lançamento do Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex Mercosul), iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) realizada em parceria com o Governo do Estado e com apoio da Fiep, que acontece em Curitiba nos próximos dias 1º e 02 de dezembro. O objetivo deste evento é fortalecer o processo de internacionalização de pequenas, micro e médias empresas do Paraná, principalmente nas relações comerciais com os países integrantes do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), bloco econômico que responde por 14,3% das exportações paranaenses e que este ano completa 20 anos de existência. Segundo Barion, a realização do Encomex Mercosul vai ao encontro do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiep, que promove a inserção das empresas de pequeno porte do Estado no mercado internacional. “Estamos focados no comércio internacional. A Fiep é parceira do evento e vai atuar na organização das rodadas de negócio, que é a nossa expertise.”, afirmou. O evento de lançamento do Encomex Mercosul foi realizado no Palácio das Araucárias e contou com a presença da Secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana dos Prazeres, do secretário de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, além de representantes da Prefeitura de Curitiba, Associação Comercial do Paraná (ACP), Federação das Associações Comerciais do Paraná (Faciap), Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Sebrae, Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Associação dos Exportadores do Brasil (AEB), Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio) e da Universidade Positivo (Unicenp), que sediará o encontro em dezembro. Fonte: FIEP

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Direito do Consumidor

Aprovado projeto que concede nova placa de veículos que foram clonados Os proprietários de veículos licenciados no Paraná que tiveram a placa clonada terão direito a novo emplacamento com numeração diferente para seu automóvel. É o que prevê o projeto de lei nº 238/2011, do líder do PMDB, deputado Caíto Quintana, aprovado por unanimidade em primeira discussão. De acordo com o líder do PMDB, ao buscar os detalhes sobre as ocorrências, os proprietários se deparam com uma realidade chocante: tiveram suas placas clonadas. “A partir daí, enfrentam grandes dificuldades para solucionar o problema, até porque o Código Brasileiro de Trânsito (Lei nº 9.503/1997) não previu esta possibilidade, ou seja, nem autorizou e nem proibiu a troca de placas, em qualquer hipótese”, disse o deputado. Trâmite – A proposta legislativa, que ainda depende de votação em segunda e terceira discussão, prevê que a nova placa e a nova documentação não acarretarão custos ao proprietário do veículo, após a comprovação efetiva da clonagem, mediante processo administrativo. O novo emplacamento e a nova documentação serão providenciados pelo Detran-PR (Departamento de Trânsito do Paraná). “Concedida a nova placa, será imediatamente dado baixa no sistema da placa anterior”, destaca o projeto. A proposta, segundo Caíto Quintana, não fere a vedação constitucional do inciso XI do artigo 22, uma vez que não se trata de interferência na legislação de trânsito. Competência – “Trata tão somente da questão de placas clonadas ou copiadas que se referem à identificação e propriedade do veículo, de competência estadual, conforme inciso III do artigo 155 da Carta Magna, podendo, inclusive, ser enquadrado no permissivo legal dos artigos 5º e 1º da Lei nº 9.503/1997, o Código Nacional de Trânsito”, informa o deputado em sua justificativa. Segundo Caíto, a aprovação e sanção do referido projeto irá beneficiar parcela considerável de proprietários de veículos automotores, bem como contribuirá “para inibir a prática desse delito que vem se tornando prática comum em nosso Estado”, concluiu. Fonte: ALEP Bares e restaurantes terão que informar presença de glúten e de lactose em seus produtos Bares, restaurantes e outros estabelecimentos que comercializem produtos alimentícios para consumo imediato podem ficar obrigados a informar em seus cardápios, cartazes ou peças promocionais a eventual presença de glúten ou de lactose nos alimentos oferecidos ao público, sob pena de advertência ou multa de 1.000 a 5.000 UFIR’S. É o que prevê um

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projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa pelo deputado Hermas Junior (PSB), com objetivo de proteger as pessoas portadoras de doença celíaca e pessoas intolerantes à lactose. O projeto foi lido em Plenário com o primeiro apoiamento recebido, segue agora para apreciação nas comissões técnicas do Legislativo. Hermas Junior lembra que o celíaco que não evitar o consumo de alimentos com glúten pode sofrer sérios desconfortos e até mesmo problemas graves, como osteoporose e câncer de intestino. A alergia ou intolerância à lactose pode, igualmente, levar a quadros especialmente graves, inclusive com risco de vida para os que inadvertidamente tenham ingerido a substância. Para Hermas Junior o fato é que todos têm o direito à plena informação, de sorte que possam se prevenir adequadamente, evitando um mal maior. Fonte: ALEP Gôndolas próprias para produtos destinados a diabéticos, celíacos e intolerantes à lactose A exigência da Lei Estadual 16.496, de maio de 2010, para que mercados, supermercados e estabelecimentos similares com mais de três caixas registradoras acomodem – para exibição em espaço único, específico e de destaque – produtos alimentícios recomendados para pessoas com diabetes, intolerantes à lactose e com doença celíaca, será tema de audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa na próxima terça-feira (8), às 10 horas. O evento atende a uma proposição do deputado Marcelo Rangel (PPS), também autor do projeto, na Assembleia Legislativa, que deu origem à Lei. De acordo com a norma, aqueles que descumprirem o comando ficam sujeitos ao pagamento de multas que vão de R$ 500,00 a R$ 25 mil, com valores que podem ainda ser dobrados na hipótese de reincidência – observadas a gravidade da infração, o porte econômico do infrator, a relação entre a sua conduta e o resultado produzido com a omissão. Fonte: ALEP Política Agroindustrial

Empresários do setor de fertilizantes comemoram os bons resultados de 2011

O setor de adubos e fertilizantes do Paraná tem bons motivos para comemorar em 2011. A previsão é que sejam batidos todos os recordes históricos de volume de produção, importações e vendas. Além disso, neste ano inaugurou-se uma nova fase no relacionamento entre os atores dessa cadeia produtiva e a administração do porto de Paranaguá, terminal por onde entra mais da metade dos fertilizantes importados pelo Brasil. “Estou otimista, pois, apesar do Custo Brasil, nós temos hoje um ambiente com boa visão

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de futuro e que o mundo todo está percebendo.”, declarou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, durante a abertura do encontro Clube NPK, evento promovido pelo Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado do Paraná (Sindiabubos) realizado dia 27/10/2011 na sede Jardim Botânico da Fiep (Cietep), em Curitiba. Esta é a sétima edição do encontro, que se caracteriza por ser o maior evento de natureza técnica do Brasil nesta área, reunindo empresários de todo país, além de fornecedores internacionais, operadores portuários e outros integrantes desta cadeia produtiva. Para o presidente do Sindiadubos e diretor da Fiep, José Carlos de Godoi, trata-se de uma oportunidade ímpar para a articulação do setor. “Possibilita o relacionamento entre as empresas e fortalece a relação com os outros elos desta cadeia.”, observa. Nesta edição do encontro houve apresentações de especialistas que trouxeram as estatísticas do setor em 2011 e as perspectivas para 2012. Para este ano a expectativa é que seja batido o recorde histórico de 2007 quando foram entregues 24.608 mil toneladas de fertilizantes em todo país. Segundo o consultor do Sindiadubos, Paulo César Medeiros, até o final de setembro de 2011 a produção já era 5% superior do que a registrada durante todo o ano de 2010. Também a importação de produtos neste período cresceu 39,3% em relação ao ano anterior. Para manter esta rota virtuosa, no entanto, é preciso eliminar alguns gargalos. No Paraná, o problema que mais aflige os empresários do setor é a chamada demurrage, o pagamento pela sobreestadia dos navios que aguardam o desembarque de suas cargas nos portos do Estado. Segundo o tesoureiro do Sindiadubos, Aloísio Teixeira, a média de espera em 2011 (janeiro a setembro) foi de 16,4 dias. Outra questão que diminui a capacidade de desembarque dos navios de carga nos portos paranaenses é a falta de dragagem dos canais de acesso. Para discutir estas questões foi convidado para o encontro o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Airton Vidal Maron, que apresentou um quadro geral sobre a estrutura portuária e os planos para o futuro. “Esse diálogo é essencial para as discussões do setor.”, apontou Godoi. Global Access Program - GAP Um programa que acelera o crescimento e o processo de internacionalização de empresas inovadoras de base tecnológica. Descrição - O Global Access Program - GAP apoia empresas inovadoras de base tecnológica a consolidar suas estratégias de expansão e internacionalização. Todo o trabalho é desenvolvido por estudantesde FEMBA (Fully Employed MBA) da University of California Los Angeles (UCLA - EUA). O programa está no 13º ano e mais de 300 companhias já participaram. Os alunos do FEMBA da UCLA são profissionais com larga experiência em negócio, análise de mercado, finanças e operações. A equipe contribui coletivamente com mais de 2.500 horas para cada empresa que deseja se internacionalizar e desenvolver um plano empresarial estratégico e detalhado, que permite a empresa passar para o próximo estágio de seu desenvolvimento.

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O plano auxilia em ações de lançamento de novos produtos, entradas em novos mercados, inserção de produtos em novos mercados, expansão e estruturação de negócios existentes, propriedade intelectual, aspectos legais de internacionalização, entre outras. Público-alvo - Destinado a empresas inovadoras de base tecnologia, de todos os portes, que buscam a internacionalização de seus negócios. Funcionamento 1 - A empresa deve procurar o C2i para inscrição no processo seletivo, que acontece uma vez ao ano, sempre nos meses de novembro a março. 2 - As empresas selecionadas são apresentadas ao grupo que desenvolverá a estratégia de internacionalização em um evento de três dias, realizado em Los Angeles (EUA). Neste evento é dado início às atividades do programa, que tem duração de seis meses. 3 - Durante o desenvolvimento do programa são realizados estudos de mercado, análise de aderência de produtos e serviços aos países alvo, estudos de viabilidade e diversas outras atividades que permitem a geração do plano estratégico de internacionalização. 4 - Ao final dos seis meses os planos de internacionalização são apresentados aos executivos e investidores em um evento na Anderson Management School, em Los Angeles. Benefícios • Desenvolvimento de estratégia consistente de internacionalização, preparada por profissionais de alta performance, em um ambiente empreendedor e inovador • Exposição dos seus negócios para experientes executivos e fundos de investimento • Desenvolvimento de uma rede de contatos internacionais • Acompanhamento de trabalhos por executivos experientes • Apresentação dos planos de negócio a um grupo empresas, incluindo potenciais distribuidores e investidores • Preparação consistente de um plano de internacionalização • Experiência internacional Fonte: FIEP

Infraestrutura

Empresas de pedágio aceitam incluir obras e “lucrar” menos

Governo do estado e concessionárias de pedágio do Paraná chegaram a um acordo – ainda não formalizado no papel – para reduzir a margem de lucro das empresas e incluir novas obras nos contratos. A primeira melhoria acrescentada no cronograma de obrigações das

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concessionárias – no caso a Ecocataratas – é a duplicação de 14,4 quilômetros da BR-277, no Oeste do estado. No centro da questão está a chamada Taxa Interna de Retorno (TIR). É ela que define qual a rentabilidade que as empresas têm com os investimentos que fazem nas rodovias. Hoje, a TIR praticada está entre 16,5% e 20% sobre os investimentos, mas governo e concessionárias informam que a negociação dos contratos, em curso desde maio, aponta para uma TIR entre 10% e 13%. Ainda não está definido como a duplicação anunciada será paga, o que pode ocorrer por aumento da tarifa ou prorrogação de contrato. Em tese, a mudança no porcentual da TIR não mexe no conteúdo dos contratos em vigor há 13 anos no Paraná e que vencem em 2022. Não altera valor de investimentos já realizados ou impacta na arrecadação das empresas. A alteração só vale para novas obras acrescentadas ao contrato, como a possível duplicação de toda a BR-277, que tem 731 quilômetros e apenas 196 em pista dupla. Duplicação Acordo inicial já previa a obra - O alto índice de acidentes e o fluxo intenso de veículos no percurso entre Matelândia e Medianeira, na Região Oeste, levaram o governo estadual a propor o acréscimo da obra de duplicação de 14,4 quilômetros do trecho. Foi assinada a autorização da obra, avaliada em R$ 49,3 milhões. Os serviços de terraplenagem começam imediatamente, mas a empreiteira que irá pavimentar a rodovia deve ser escolhida apenas nas próximas duas semanas. A duplicação do trecho estava prevista no contrato original de pedágio, mas foi retirada em 2004 juntamente com outras obras, em um acordo para a redução em 30% no valor da tarifa. A decisão de incluir a obra no contrato foi anunciada no final de setembro, depois que uma colisão matou cinco pessoas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, até setembro foram registrados 366 acidentes com 28 mortos no trecho entre Medianeira e Santa Tereza do Oeste. Em 2010, foram 36 óbitos. Para o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, a redução nos porcentuais da TIR é uma forma de fazer com que novas obras que estão sendo idealizadas pelo governo pesem menos na planilha de custos do sistema de pedágio e, por consequência, para os usuários. O diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, diz que é natural obras pedidas agora serem remuneradas com base no atual cenário econômico e não mais pelos indicadores que vigoravam em 1997, quando o contrato de pedágio no Paraná foi fechado. Apesar da redução, o porcentual da TIR negociado ainda é superior ao que foi acordado em 2007, no programa federal de concessão de rodovias, na casa de 8% e 9%. A ABCR faz ressalvas aos índices de 2007 porque, à época, os valores abaixo de 9% já eram considerados impraticáveis por algumas companhias. E o mundo viveu uma grande crise econômica nos anos seguintes, que acabou reajustando para cima as expectativas inflacionárias. “Uma TIR na casa dos 12% é o que o governo federal está considerando

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adequada para o atual momento econômico”, diz Richa Filho. Ainda não existe nenhum aditivo contratual formalizado que estabeleça o chamado fluxo de caixa marginal no Brasil, mas negociações extraoficiais com concessionárias em outros estados já foram baseadas em “novos indicadores para novas obras” e a União trabalha com a perspectiva de prever em contrato essa possibilidade para os futuros editais de concessão de rodovias. Ecocataratas diz que TIR pode chegar a 10% - A duplicação de 14,4 quilômetros da BR-277 deve render, no máximo, 12% de Taxa Interna de Retorno (TIR) para a concessionária Ecocataratas. As demais obras do contrato da empresa são remuneradas com 16,5%. Mas o diretor-superintendente da concessionária, Evandro Vianna, reconhece que é possível reduzir ainda mais o retorno nos novos investimentos e chegar à casa de 10%. A empresa prepara projetos para a inclusão de mais obras no cronograma: a duplicação de todo o trecho de Matelândia a Cascavel, a inclusão de marginais em Guarapuava e a construção de pontes, trincheiras e terceiras-faixas. A próxima obra a ser incluída na negociação com as concessionárias já tem data para ser anunciada. No dia 10 será formalizada a autorização para duplicar o contorno de Mandaguari, na região de Maringá. São 11 quilômetros e o investimento estimado é de R$ 85 milhões. O governo pediu às empresas uma proposta para ampliar o cronograma de obras e os projetos e estimativas de orçamento estão sendo elaborados. Os técnicos trabalham com vários cenários – no panorama considerado ideal, todos os 2,5 mil do chamado Anel de Integração seriam em pista dupla até o final do contrato, mas também estão sendo avaliados projetos que adicionam apenas mais algumas obras ao plano original. Atualmente, 1,9 mil do Anel são de pista simples. Nos próximos 11 anos do contrato de concessão já está prevista a duplicação de 570 quilômetros de rodovias. Os 1.330 quilômetros restantes podem ser transformados em pista dupla, mas representariam investimentos adicionais de, no mínimo, R$ 3 bilhões – valor maior do que tudo que já foi investido em novas obras nos últimos 12 anos de concessão. ANTT estuda adotar “fluxo marginal” - Integrante do Laboratório do Sistema de Transportes (Lastran) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul é um dos principais especialistas em pedágio no país, o professor Luiz Afonso Senna explica que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está planejando usar o sistema de fluxo de caixa marginal nas próximas concessões de rodovias. Para ele, estabelecer esse tipo de variável em contratos já em curso, como é o caso do Paraná, apresenta alguns entraves. “As duas partes, governo e empresas, precisam concordar. E as concessionárias ficam receosas porque precisam abrir mão de garantias que já estavam asseguradas no contrato original”, salienta. O modelo de fluxo de caixa marginal é usado em outros setores, como o de energia elétrica, com estimativa de revisões a cada cinco anos. Sobre a Taxa Interna de Retorno (TIR), o pesquisador acredita que dificilmente será possível

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baixar o porcentual para números inferiores aos praticados nas concessões federais. “Ela é a taxa que zera a relação entre o que vai ser gasto e o que a empresa vai receber. Então, precisa ser tão boa ou melhor do que investir em outra coisa no mercado. Assim, a taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 11,5% é um indicador sobre que negócios são vantajosos”, declara. Fonte: Gazeta do Povo

Projeto que cria Agência Paraná de Desenvolvimento (APD) segue tramitação na Assembleia

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, o projeto de lei nº 821/11, oriundo da mensagem governamental nº 066/11, deve seguir agora para a apreciação da Comissão de Finanças da Casa. A matéria trata da instituição da Agência Paraná de Desenvolvimento – APD – entidade de serviço social autônomo, com sede e foro em Curitiba e vinculada, por cooperação, ao governador, que supervisionará sua gestão e administração. A empresa tem como missão institucional a promoção do desenvolvimento econômico e social do Estado, através da prestação de serviços de atração de investimentos econômicos, com ênfase na identificação de oportunidades de negócios que resultem na conquista de novas empresas e, por consequência, na geração de empregos, no melhor uso dos recursos energéticos e na modernização tecnológica. Investimentos – Estão entre seus objetivos a identificação e proposição de soluções para os problemas de infraestrutura que estejam de alguma forma dificultando o desenvolvimento das atividades econômicas das cadeias produtivas; a articulação entre entes públicos e privados, nacionais ou estrangeiros, para a promoção de oportunidades de negócios e de geração de emprego e renda, fomentando convênios e parcerias público-privadas; o auxílio aos municípios paranaenses no atendimento ao investidor e no desenvolvimento do ambiente de negócios; e a prospecção, no Brasil e no exterior, de oportunidades de investimentos no estado. A APD será constituída com recursos do Tesouro Geral do Estado mediante a abertura de créditos adicionais até o limite de R$ 1.500.000,00 e contará com quadro próprio de pessoal sob o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Sua administração social será exercida por um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e pela diretoria executiva composta por três membros. O Conselho Fiscal também contará com três membros titulares e três suplentes, e o Conselho de Administração será composto pelo diretor-presidente da agência, pelos secretários de Estado da Fazenda, do Planejamento e Coordenação Geral, de Infraestrutura e Logística, da Indústria, do Comércio e Assuntos do MERCOSUL, pelo diretor-presidente da Agência de Fomento do estado do Paraná e pelo procurador-geral do Estado.

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Na justificativa à proposta de instituição, o governador Beto Richa (PSDB) argumenta que “a atuação da APD implicará a consolidação, modernização e expansão das atividades econômicas do Paraná, prospectando, induzindo e atraindo investimentos de maneira a ampliar o desenvolvimento sustentável do Estado”. Fonte: ALEP

Federações do Sul apresentam projeto Sul Competitivo ao BNDES

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Edson Campagnolo, participou em Florianópolis, de um seminário que discutiu o andamento do projeto Sul Competitivo. Desenvolvido pela FIEP em parceria com as Federações das Indústrias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Fiesc e Fiergs), com a poio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Sul Competitivo tem o objetivo de traçar uma radiografia e propor soluções integradas para a infraestrutura logística da região. O evento teve a presença do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que afirmou que a instituição tem interesse no projeto e pode utilizá-lo na definição de prioridades em discussão no governo federal. Para Campagnolo, o seminário foi um passo importante para o fortalecimento da cooperação entre as três Federações da Região Sul. “É fundamental que os três estados estejam alinhados na busca de soluções para uma malha logística interligada”, afirmou. “E este alinhamento deve avançar para outras áreas além da infraestrutura, já que temos demandas muito parecidas e precisamos trabalhar unidos”, completou. Durante o seminário, Luciano Coutinho declarou que o BNDES está aberto para que as Federações apresentem os resultados finais do projeto Sul Competitivo. “Estive com os três presidentes das Federações e combinamos que tão logo os estudos estejam prontos, temos enorme interesse em receber a conclusão. Sabemos da relevância de melhorar a logística do Sul do país, especialmente em ferrovias e portos”, disse. “Há uma diretriz muito firme da presidenta Dilma de trabalhar para um programa de longo prazo de forma a obter um substancial avanço na logística nos estados do Sul e nós sabemos que isso é essencial para melhorar a competitividade e sustentar o impulso de desenvolvimento”, acrescentou. União - O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, afirmou que o evento desta quinta-feira mostra a união das três Federações de Indústrias. “Temos que ter a perspectiva regional e não só pensar em soluções locais para os problemas de infraestrutura de nossa região, que responde por 17% do PIB do país”, disse. “São muitos os problemas de infraestrutura, como é o caso das rodovias, ferrovias, aeroportos e ainda os portos. Mas acreditamos que o projeto Sul Competitivo, realizado com apoio da CNI, apontará soluções possíveis de serem implementadas”, acrescentou. Pelo projeto Sul Competitivo, técnicos da empresa de consultoria Macrologística estão em campo fazendo o mapeamento das 19 principais cadeias produtivas da região, a partir dos

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eixos de transportes que ligam a produção do Sul até o cliente final tanto no Brasil quanto no exterior. Até o momento, já foram realizadas mais de 140 entrevistas pessoais dentro do projeto. “O que está acontecendo é uma inversão de papeis, com a iniciativa privada investindo no planejamento de infraestrutura de longo prazo”, disse Renato Pavan, sócio da Macrologística, que apresentou o trabalho em curso junto com o seu sócio Olivier Girard. O vice-presidente da Federação do Rio Grande do Sul (Fiergs), Humberto Busnello, ressaltou a importância da participação de Luciano Coutinho no seminário. “As sinalizações ao mercado são importantes e o papel do BNDES, como maior banco de desenvolvimento, é fundamental no sentido de sinalizar aos empresários uma redução de custos”, disse Busnello, defendendo uma “drástica queda nos gastos logísticos”. Apoio - Durante o evento, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) assinou documento apoiando o projeto Sul Competitivo. “O BRDE está totalmente integrado. Não só apoiando o projeto, mas também se habilitando para ser o principal banco financiador para os três estados do Sul”, disse o presidente do banco, Renato Viana. Fonte: FIEP Projetos de reajuste de taxas do DETRAN e contratação de PPPs começam a ser analisadas

na CCJ Além da autorização para o Governo do Estado contrair empréstimo de até US$ 350 milhões junto ao Banco Mundial, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa analisou outras duas mensagens do Executivo que prometem grandes debates em Plenário. É o caso do projeto de lei nº 852/11, que dispõe sobre normas para licitação e contratação de parcerias público-privadas (Paraná Parcerias), e o projeto de lei nº 854/11, que altera a Lei nº 11.019, de 27 de dezembro de 1994, que trata da tabela de taxas de serviços cobrados pelo Departamento de Trânsito do Paraná – DETRAN/PR. O presidente da comissão, deputado Nelson Justus (DEM), explicou que as duas matérias estavam sendo incluídas na pauta da reunião naquele momento justamente para permitir que os seus membros a discutissem mais amplamente e formulassem os pedidos de vista que julgassem necessários. Foi o que fez o deputado Tadeu Veneri (PT), o primeiro a pedir vistas dos dois textos, seguido pelos deputados Nereu Moura (PMDB), Cesar Silvestri Filho (PPS) e Fernando Scanavacca (PDT). Novas taxas – De acordo com as tabelas encaminhadas ao Legislativo, o Licenciamento Anual de Veículos, por exemplo, passará a custar R$ 58,14; o Certificado de Registro de Veículo, R$ 86,91; a emissão de Carteira Nacional de Habilitação, R$ 57,60; e a Transferência de Propriedade, R$ 86,77. Na justificativa, o governador Beto Richa (PSDB) lembra que nos últimos anos não foi editada nenhuma lei para atualizar as taxas do DETRAN, apesar da desvalorização da moeda e do aumento dos custos da atividade

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ocorridos no período: “Com isso o DETRAN busca tão somente o equilíbrio financeiro entre receitas e despesas, com vistas à produtividade e qualidade das atividades em desenvolvimento”. Os recursos arrecadados são investidos em infraestrutura, tecnologia da informação, capacitação de funcionários, educação para o trânsito, entre várias outras ações. Destacando que a tabela paranaense se alinha entre as de menor valor da Federação, Richa sublinha ainda que o DETRAN repassa valores para a conservação de estradas (DER), para Assistência ao Menor e, tendo em vista o programa de governo Paraná Seguro, para ações de Segurança Pública (FUNESP/PR): “A medida de destinar verbas à Segurança Pública através do DETRAN vem ao encontro da prevenção de condutas que influenciam não apenas a segurança no trânsito, mas que possuem reflexos em toda a sociedade”. PPPs – A lei federal que instituiu as Parcerias Público-Privadas visando criar alternativas econômicas e jurídicas à administração pública é de 2004. Após sua edição, vários Estados instituíram leis criando programas de parcerias nessas condições. Alguns inclusive já dispunham desse instrumento com base em legislação própria. “O Estado do Paraná sempre foi pioneiro em iniciativas como essa, visando seu desenvolvimento social e econômico, já se fazendo tarde a instituição de tais normas que permitirão a compensação do déficit existente na capacidade de investimento do Estado. É certa, assim, a relevância da adoção dessas Parcerias Público-Privadas pelo Estado do Paraná, pois diversos serão os projetos e programas viabilizados jurídica e economicamente, incrementando a atração do capital privado para a expansão, recuperação e implementação de equipamentos e infraestrutura pública, o que será de fundamental importância se considerado o advento da Copa do Mundo de Futebol em 2014, que terá como uma de suas subsedes a capital do Estado e que, por consequência, gerará efeitos em todo o território estadual”, justifica o governador. Adapar – Mais duas mensagens do Executivo foram apreciadas e aprovadas pela CCJ: o projeto de lei nº 847/11, institui a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná de Desenvolvimento – Adapar – e o projeto de lei nº 848/11, que dispõe sobre os cargos e carreiras dos servidores na estrutura organizacional da agência, entidade autárquica dotada de personalidade jurídica de direito público, com patrimônio e receitas próprias e autonomia administrativa, técnica e financeira, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Sua finalidade institucional é a promoção da defesa agropecuária e da inspeção sanitária dos produtos de origem animal; a prevenção, o controle e a erradicação de doenças dos animais e de pragas vegetais de interesse econômico ou de importância à saúde da população e à segurança, bem como a regularidade e a qualidade dos insumos de uso na agricultura e na pecuária, garantindo à produção agrícola e agroindustrial plenas condições sanitárias para acesso a qualquer mercado. O segundo projeto propõe a criação de carreira própria da agência, composta pelos cargos

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de fiscal de defesa agropecuária, com funções singulares de médico veterinário e engenheiro agrônomo, e de assistente de fiscalização da defesa agropecuária, com função multiocupacional de técnico de manejo e do meio ambiente e de técnico de laboratório. Fonte: ALEP

Aprovada autorização para construção das usinas de São João e Cachoeirinha O pedido de autorização para a construção das usinas hidrelétricas de São João e Cachoeirinha, localizadas no Rio Chopim, foi aprovado Plenário da Assembleia Legislativa, por 42 votos favoráveis. A matéria (projeto de lei nº 642/11) é de autoria do Poder Executivo e passou em primeira discussão, quando são analisadas a constitucionalidade e a legalidade das proposições, depois de muitos debates. O deputado Ênio Verri (PT), líder da Oposição, chegou a apresentar um requerimento pedindo a retirada de pauta do projeto por uma sessão, que foi rejeitado. O requerimento recebeu 29 votos contrários, 11 favoráveis e uma abstenção. Por outro lado, o deputado Ademar Traiano (PSDB), líder do Governo, defendeu a aprovação do projeto lembrando que as obras dependem de planejamento e “existem prazos que precisam ser cumpridos”. Durante os debates houve ainda um questionamento da deputada Luciana em relação à ausência do parecer da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente na Ordem do Dia, a pauta de votações. O deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), presidente desta comissão, e o deputado Pedro Lupion (DEM), relator da matéria, explicaram que o parecer ficou pronto dentro do prazo regimental. De acordo com o presidente Valdir Rossoni (PSDB), esse documento será incluído na próxima votação do projeto. As usinas hidrelétricas denominadas de São João e Cachoeirinha vão integrar o complexo da bacia do Rio Iguaçu, na região Sudoeste do estado, mais precisamente nos municípios de Clevelândia e Honório Serpa. Segundo o documento assinado pelo governador Beto Richa, “trata-se da implantação e exploração das usinas hidrelétricas e respectivas instalações de interesse restrito à central geradora, atuando como produtor independente de energia elétrica, com conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN)”. Conforme a Resolução Normativa nº 1.248, de 12 de fevereiro de 2008, emitida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), foi outorgada à Chopim Energia S.A., a concessão para implantar e explorar as UHE’s São João e Cachoeirinha, objetivo do contrato de Concessão de Geração nº 16/02 - ANEEL. Crescimento – De acordo ainda com a mensagem, os projetos das UHE’s de São João e Cachoeirinha estão inclusos no Programa de Aceleração do Crescimento – 2 (PAC-2), devido à urgência que o Brasil tem em dar especial atendimento à geração de energia. O Executivo informa também que São João e Cachoeirinha deverão operar a partir de 2013, com capacidade suficiente para atender a demanda de uma cidade com aproximadamente

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300 mil habitantes. Bancada do PT apresenta duas emendas ao projeto - A instituição de uma comissão mista com a finalidade de acompanhar o processo de negociação e indenização das famílias atingidas pela construção das usinas hidrelétricas de São João e Cachoeirinha está sendo proposta por uma das duas emendas apresentadas pelos deputados da bancada do PT ao projeto de lei nº 642/11. Assim, a proposição solicitando a autorização para instalação dos empreendimentos, que é de autoria do Poder Executivo, retornou para nova análise das comissões técnicas permanentes da Assembleia Legislativa. A bancada apresentou essa emenda aditiva ao projeto estabelecendo a criação da comissão, que seria presidida por um deputado e formada pelos seguintes membros: um representante do Governo do Estado; um representante da empresa concessionária; um representante do Ministério Público; um representante do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB); três deputados estaduais e um representante dos atingidos. O objetivo dessa comissão seria acompanhar todo o processo de licença ambiental e as negociações envolvendo a retirada das famílias atingidas. A outra emenda aditiva apresentada também pela bancada do PT acrescenta ao projeto que: “O início da construção das usinas a que se refere o presente projeto de lei fica condicionado à efetiva comprovação do atendimento de todas as condicionantes constantes da licença ambiental prévia (de número 23.152) emitida pelo IAP em 12/03/2010”. Fonte: ALEP

Modernizado, porto seco de Cascavel retoma as operações O porto seco instalado no terminal da Ferroeste em Cascavel retoma suas atividades modernizado e apto a funcionar como um centro logístico capaz de não apenas servir a região Oeste, mas integrar estados e países vizinhos, especialmente o Paraguai, com o Porto de Paranaguá. As novas instalações da Estação Aduaneira Interior (Eadi) têm capacidade inicial de transbordo de 200 mil toneladas de grãos, além de uma câmara frigorífica para inspeção de cargas de congelados de origem animal. As obras serão entregues nesta quinta-feira (4), às 14h30, pelo governador Beto Richa e pelo secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. A obra é uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), gestora do Porto Seco, a Ferroeste e o grupo paraguaio Unexpa, que representa um pool de cooperativas de produtores e empresas exportadoras daquele país. “O complexo de silos e terminal de transbordo com tombador para caminhões bi-trem, e mais o armazém alfandegado para carga geral restabelecerão um canal com o Porto de Paranaguá para a movimentação de mercadorias entre o terminal marítimo paranaense e o Paraguai”, destaca o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

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Para o presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, o investimento paraguaio demonstra confiança na logística e no sistema multimodal de transporte que o governo vem implementando no Estado. “Essas ações aumentaram a credibilidade no terminal ferroviário, no Oeste do Estado, que está ganhando o status de centro logístico, com capacidade de atender a região e ser um eficiente elo de transporte e integração entre os países vizinhos, o Mato Grosso do Sul, e extensas regiões de Santa Catarina e mesmo de São Paulo”, disse Theodoro. Paraguai - O Porto Seco passou por reformas e foi modernizado depois que um incêndio ocorrido há dois anos destruiu suas instalações. Com a reativação, os exportadores contarão com estrutura de transbordo de grãos, vindos por rodovia do Paraguai, que, assim voltará a exportar em escala pelo Porto de Paranaguá. A capacidade anual será de 200 mil toneladas de grãos, a partir de 2012, com previsão de dobrar no ano seguinte. Também será inaugurada uma câmara frigorífica para inspeção de cargas de congelados de origem animal. A previsão é que o movimento médio seja de 100 contêineres por mês no primeiro ano, devendo chegar a 500 contêineres/mês em três anos. O Porto Seco amplia a logística paraguaia de exportação e importação. Atualmente, as cargas vão por rodovia e hidrovia, neste caso por território argentino. A partir de agora as cooperativas e empresas paraguaias farão o desembaraço aduaneiro no Porto Seco de Cascavel e despacharão suas cargas para o terminal portuário paranaense. O modal ferroviário também será utilizado para a importação de insumos agrícolas, como adubos e fertilizantes, que são fornecidos principalmente pelo Brasil. Investir na logística ferroviária é uma estratégia para importar a custos mais baixos e retomar os negócios no Porto de Paranaguá por parte dos produtores do Paraguai. O objetivo do Porto Seco, localizado no Terminal da Ferroeste, em Cascavel, na BR-277, saída para Curitiba, é a prestação de serviços públicos de movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas à exportação, para carga geral, carga sólidae granel, em regime de controle e despacho aduaneiro. Outra parceira do projeto é a Receita Federal. Segundo o diretor presidente da Codapar, Silvestre Tino Staniszewski, para viabilizar o projeto, estão sendo investidos R$ 4 milhões na parceria de reativação do Porto Seco. Fonte: Agência Estadual de Notícias

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Tributos

Projeto que estabelece prazo para aferição de certidões é aprovado em segunda discussão O Projeto de Lei nº 646/11, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), e do 1º secretário da Casa, deputado Plauto Miró (DEM), que estabelece prazo para aferição da regularidade tributária e financeira do pagamento de empréstimos e da prestação de contas de recursos públicos recebidos por prefeituras municipais, foi aprovado em segunda discussão. Por unanimidade 45 parlamentares votaram a favor da proposição, que foi aprovada levando em consideração uma emenda substitutiva de Plenário, apresentada no início de outubro, pelo deputado Cesar Silvestri Filho (PPS), que foi julgada constitucional e legal pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A emenda alterou a redação do projeto original, determinando que as prefeituras terão prazo de 30 dias corridos antes do término de cada semestre para apresentar ao Tribunal de Contas a certidão que comprova a regularidade do pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos aos governos estadual ou federal. O prazo vale também para a prestação de contas de recursos anteriormente deles recebidos. O deputado Plauto Miró explica que o projeto de lei estabelece prazo de seis meses para aferição da regularidade tributária e financeira dos municípios. Somente com as certidões em dia é que poderá ocorrer a liberação de novas transferências voluntárias de recursos pelo Estado. Plauto lembra que muitos municípios paranaenses dependem de repasses do Governo, por meio de transferências voluntárias, para a execução de ações que atendam os interesses da população. A aplicação correta desses recursos em benefício dos cidadãos é prevista na Lei Complementar nº 101. De acordo com o 1º secretário da Assembleia, o problema é que o artigo 25 dessa lei estabelece que o beneficiário da transferência voluntária deve comprovar que está em dia com o pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente recebidos, mas não determina o prazo de validade dos documentos comprobatórios. “Este projeto tem o objetivo de fixar prazo e acreditamos que seis meses são suficientes para que os municípios, sem prejuízo da sua efetiva fiscalização, não sejam comprometidos nos seus direitos de receberem novos recursos por meio de transferências”, diz Plauto. O projeto de lei estabelece ainda que as prefeituras não podem ser penalizadas com a suspensão das transferências de recursos quando for verificada alguma irregularidade nas câmaras de vereadores. A intenção, neste caso, é fazer com que a administração municipal não tenha prejuízos em razão de problemas no Legislativo, prejudicando, assim, o gerenciamento financeiro das prefeituras. Fonte: ALEP

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Impostos

Projeto de lei prevê o parcelamento de IPVA atrasado Um projeto apresentado pelo deputado Mauro Moraes (PSDB) prevê o parcelamento de IPVA atrasado em 12 meses. A medida, segundo o autor, permite ao Estado recuperar valores ainda não inscritos em dívida ativa. A iniciativa altera a redação do parágrafo 4º da Lei nº 14.260, de dezembro de 2003, permitindo ao proprietário do veículo com o imposto atrasado o pagamento parcelado do saldo pendente, desde que o mesmo não se encontre em divida ativa. Ou seja, vencido o prazo para o pagamento da última parcela do IPVA atual, se o mesmo não tiver sido quitado, o saldo pendente será acrescido de juros e multas. A partir daí será feito um novo cálculo com base na data em que a parcela deixou de ser quitada. Este valor poderá ser pago em 12 vezes. O mesmo poderá ser feito com as dívidas de exercícios anteriores. Segundo dados da secretaria de Estado da Fazenda, a inadimplência no IPVA é de 30%. Com índices tão altos, “o governo precisa aplicar medidas para recuperar esses valores, aumentando assim a arrecadação do Estado”, justifica o autor. Fonte: ALEP

Questões Institucionais

Nova “Constituição” de Curitiba poderá ter sugestões do cidadão

A população de Curitiba poderá opinar sobre as mudanças na Lei Orgânica Municipal, a “Constituição” da cidade. No próximo dia 10, a Câmara Municipal realizará uma audiência pública para, ao mesmo tempo, apresentar o projeto e colher sugestões da população para a revisão da lei. A reunião será às 10 horas, no plenário da Câmara. Na audiência pública, serão apresentadas as principais mudanças ao documento. Além disso, a população poderá fazer sugestões até o dia 18, quando a comissão que revisará o projeto de lei inicia a análise das emendas ao projeto. Segundo o presidente da comissão, o vereador Paulo Frote (PSDB), esse prazo não poderá ser prorrogado, já que a ideia é que a lei entre em votação até o final do ano. O anteprojeto, apresentado por uma outra comissão encerrada em outubro, pode ser acessado no site da Câmara Municipal. Entretanto, de acordo com a própria lei, esse não é o único momento no qual a população pode sugerir mudanças à Constituição da cidade. A lei prevê a possibilidade de processos de emenda por iniciativa popular. É necessário, entretanto, que 5% do eleitorado de Curitiba

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assine o pedido para que uma proposta vinda diretamente da população seja apreciada em plenário – o que representa mais de 66 mil pessoas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Lei Orgânica - Promulgada em abril de 1990, a Lei Orgânica é a mais importante das leis municipais. Assim como a Constituição Federal está para a legislação do país, ela rege sobre todas as outras leis do município. Entretanto, ao contrário da Constituição Federal, que já recebeu inúmeras emendas desde sua promulgação, em 1988, a lei foi pouco alterada ao longo dos 21 anos nos quais está em vigor. Isso fez com que a lei ficasse defasada em diversos pontos. Além disso, outras leis federais e estaduais, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, além de decisões da Justiça, deixaram alguns artigos da legislação municipal obsoletos, seja em sua terminologia, seja em sua própria aplicação. Outro ponto problemático eram as inconsistências do documento: alguns detalhes eram incoerentes, como, por exemplo, o fato da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) ser votado antes do Plano Plurianual (PPA), nos primeiros anos de cada governo. Por causa de todos esses detalhes, foi necessário montar uma comissão especial para revisar a lei artigo por artigo. A primeira delas foi iniciada em 2007,mas não conseguiu encerrar seus trabalhos antes do término daquela legislatura – e, no final das contas, as mudanças não chegaram a ser votadas em plenário. Segundo Frote, havia duas possibilidades: a Mesa Executiva poderia elaborar o projeto final e colocá-lo em votação ou a própria comissão poderia finalizar o processo. Entretanto, nada foi feito. Em 2009, foi montada a primeira comissão de reforma da lei na legislatura atual, que encerrou seus trabalhos em outubro de 2011. Essa comissão ficou responsável por elaborar as propostas de emenda, aproveitando também o trabalho feito em 2007. Encerrado o trabalho da primeira comissão, uma nova comissão foi montada, com o intuito de rever o trabalho da primeira e levar esse processo, enfim, para o plenário da Câmara. Fonte: Gazeta do Povo Deputados adiam por dez sessões projeto que institui feriado em homenagem a Zumbi dos

Palmares O Plenário da Assembleia Legislativa decidiu adiar por 10 sessões a votação do projeto de lei nº 221/11, de autoria do deputado Professor Lemos (PT), que institui o feriado estadual no dia 20 de novembro, em homenagem ao aniversário de morte de Zumbi dos Palmares, e ao Dia Nacional e Estadual da Consciência Negra. A votação da proposição do Professor Lemos que foi acompanhada por lideranças do Movimento Negro, criou polêmica no Plenário diante da informação de que a presidente Dilma Rousseff deve sancionar nos próximos dias um projeto semelhante: “Se o projeto debatido pela Câmara Federal e Senado for sancionado pela presidente teremos um feriado

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nacional nesta data”, argumentou o deputado Ademar Traiano (PSDB), líder do Governo. O projeto de lei do Senado nº 520/2003 (anexado ao PL nº 4.437/2004) foi enviado para sanção (ou veto) governamental no último dia 25 de outubro. A Presidência da República tem um prazo de 15 dias para sancionar o projeto. Traiano apoiou o requerimento, que recebeu também assinatura de todas as demais lideranças da Casa de Leis, com exceção do PT, pedindo a retirada do projeto de pauta. De acordo com o deputado Reni Pereira (PSB), a melhor alternativa neste momento era adiar a apreciação dessa matéria já que não havia necessidade do Legislativo estadual aprovar um feriado que está sendo encaminhada na esfera federal. Como o requerimento das lideranças pedindo o adiamento, que foi aprovado por 33 votos favoráveis (recebeu 10 votos contrários), não estabelecia prazo para retirada de pauta, o presidente Valdir Rossoni (PSDB) informou que iria cumprir o que diz o Regimento Interno. Pelo Regimento, esse adiamento da votação não pode exceder a 10 sessões. Lemos protestou contra o encaminhamento e lembrou que desde 2009 está discutindo esse tema na Assembleia: “Já está mais do que na hora de reconhecermos esse herói da resistência que foi Zumbi dos Palmares. É um compromisso com os afrodescendentes. Seguiremos trabalhando para garantir a aprovação desse projeto”, desabafou. Fonte: ALEP

Relações de Trabalho

Flexibilização da CLT é rejeitada em audiência pública na Assembleia Legislativa

Federações e representantes sindicais se reuniram em audiência pública que aconteceu no Plenarinho da Assembleia Legislativa por iniciativa do 2º secretário da Casa, deputado Reni Pereira (PSB), em defesa da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. O movimento é nacional e se insurge contra manobras de setores que visam reduzir os direitos dos trabalhadores. Um de seus principais alvos neste momento é a proposta do deputado federal Silvio Costa, de codificar as leis trabalhistas. O evento contou com a presença do coordenador nacional do Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST – Lourenço do Prado; do coordenador do FST paulista, Francisco Bezerra; do presidente da Federação da Construção Civil e do Mobiliário, Geraldo Hantun; do presidente da Coordenação da Federação dos Trabalhadores do Paraná, Vicente Silva; do professor e advogado Sandro Lunardi; da representante da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Priscila Caetano; do secretário municipal do Trabalho, Paulo Bracarense Costa, representando o prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB); além de vários outros dirigentes sindicais regionais e nacionais.

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Bom senso – O deputado Reni Pereira destacou que é preciso avançar, “mas com bom senso, respeitando-se os direitos dos trabalhadores. A CLT tem 68 anos, em alguns pontos precisa ser atualizada. Algumas normas não estão ou não estavam regulamentadas, como ocorreu recentemente com o aviso prévio de noventa dias. Tem muita coisa sendo votada no Congresso Nacional que flexibiliza leis e afronta a CLT, criando insegurança não só para os trabalhadores, mas também para os empregadores”. Segundo ele, o Legislativo pode participar dessa luta com iniciativas como a convocação de audiências públicas para debater amplamente o assunto e marcar uma posição paranaense em defesa dos direitos trabalhistas. O coordenador nacional do Fórum Sindical dos Trabalhadores, Lourenço do Prado, foi na mesma linha, criticando a flexibilização e o que ela traz embutido, e defendeu a permanência da CLT, que “não está ainda madura para ser codificada e engessada. Deve continuar criando e ampliando os direitos do trabalhador. Ela é fundamental para as relações de trabalho e um poderoso instrumento contra iniciativas exageradas que tramitam no Congresso, chegando até mesmo a tentar abolir o descanso semanal remunerado”, protestou. Vicente Silva lembrou como surgiram os Fóruns Sindicais Trabalhistas, em resposta à tentativa do governo em 2005, de reformar a CLT e os sindicatos, comprometendo-lhes a representatividade: “Sociedade e sindicalistas mobilizados conseguiram derrubar a iniciativa. Mas a PEC 369 voltou sorrateiramente a ser examinada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Uma nova mobilização do Fórum conseguiu barrar-lhe a tramitação, fazendo com que fosse retirada de pauta”. Para os sindicalistas, a codificação das leis trabalhistas “é um grande engano, uma proposta que na verdade pretende retirar direitos dos trabalhadores, obedecendo a uma tendência mundial gerada pela globalização econômica”. Fonte: ALEP

Região Centro Sul discute trabalho decente A Secretaria do Trabalho, Emprego e Economia Solidária promoveu dia 28/10/2011, em Ponta Grossa, a última das seis Conferências Macrorregionais sobre o Trabalho Decente. O evento reuniu mais de 300 representantes de instituições governamentais, empregadores e trabalhadores de 58 municípios do Centro-Sul do Paraná – composto pelas regiões de Guarapuava, Irati, Pitanga e União da Vitória. As Conferências Macrorregionais fazem parte do processo preparatório para a I Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente, que acontecerá nos dias 25 e 26 de novembro, em Curitiba. Para o secretário Luiz Claudio Romanelli, a realização das conferências foi um grande avanço para o Paraná, pois permitiu a construção de uma política de proteção, com o objetivo de garantir que os direitos dos trabalhadores não sejam violados.

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“Seguindo o plano de trabalho do governador Beto Richa, estamos garantindo atenção a todos os municípios do Paraná. Os debates em nível regional possibilitaram avanços, de forma abrangente, nas questões que envolvem o combate à informalidade, ao trabalho escravo, à exploração sexual de crianças e adolescentes e à pobreza extrema, que ainda penaliza a população”, destacou Romanelli. Durante os eventos, foram debatidas propostas relacionadas às questões dos princípios e direitos fundamentais do trabalho, da proteção social, do fortalecimento do tripartismo e do diálogo social como instrumento de governabilidade democrática – sempre com o objetivo de promover o trabalho decente como exercício de condições de igualdade, liberdade e segurança. Após aprovação em plenária das propostas levantadas em cada grupo, os conferencistas escolheram 80 delegados que representarão as instituições de empregadores, de trabalhadores e do governo na I Conferência Estadual de Trabalho e Emprego Decente. Mais de 600 delegados, escolhidos nos eventos regionais, participarão do evento. Destes, 50 representarão o Paraná na Conferência Nacional do Trabalho Decente, programada para maio de 2012. Resultados - As conferências macrorregionais, realizadas em parceria com o Grupo Executivo Tripartite do Trabalho Decente e com o apoio da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, abrangeram todo o Paraná e foram realizadas em Pato Branco, Cascavel, Maringá, Londrina, Matinhos e Ponta Grossa. De acordo com a organização dos eventos, mais de 2 mil pessoas participaram dos debates. Fonte: Agência Estadual de Notícias