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Notícias da Faculdade 1

FACULDADEAno XI - nº 54 - Abril/2011 Direito São Bernardo

NOTÍCIAS DA

Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo2 Notícias da Faculdade 3

>>> NOTAS

O Informativo “Notícias da Faculdade” é uma publicação produzida pela Comunicação Social da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, gratuito e dirigido a toda a comunidade. Diretor Marcelo José Ladeira Mauad Vice-Diretor Rui Décio Martins Responsável Editorial Simone Dias e KB Comunicação Colaboradores Coluna Dica de Leitura: Fernando Rogério Jardim; Coluna TCC Nota 10: Carmela Dell’Isola; Coluna Opinião do Professor: Rui Décio Martins Fotografia Marcos Lins e equipe da Comunicação Social Diagramação Simone Dias e Danielle Mattos Revisão KB Comunicação e João Luiz Arthuzo Impressão e acabamento Art Printer Gráficos & Editores.

Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, Autar-quia Municipal, Rua Java 425, Jardim do Mar, São Ber-nardo do Campo/SP, 09750-650.

www.direitosbc.brFone: 4123-0222

Sugestões: [email protected]

EXPEDIENTE <<<

Queridos amigos,

As faculdades de Direito que buscam de fato o ensino de qualidade devem aprofundar e priorizar suas atividades de pesquisa e a produção científica. Esta é uma das conclusões do evento realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio de Janeiro, ao final de março do corrente ano. Além dos integrantes da Comissão de Educação Jurídica da OAB Federal, participaram do encontro diversos técnicos do Ministério da Educação e Cultura. Ali desco-brimos que o Brasil possui hoje 1098 faculdades de Direito, muitas das quais com prestação de serviços de baixa qualidade. Uma das principais formas de se distinguir no mercado, com bons serviços de ensino, é justamente pelo nível de envolvimento com a pesquisa científica. E bem a propósito, nesta revista, dentre tantos assuntos abordados, está uma entrevista que concedi para falar exata-mente sobre a importância do Mestrado para nossa Instituição. Todos sabemos que, hoje, as mais destacadas instituições de ensino superior são as que já possuem os cursos de Pós Stricto Sensu, pois isto evidencia seu nível de comprometimento e engajamento com as atividades de pesquisa científica. Nossa Comunidade Acadêmica precisa envolver-se mais intensamente com este assunto e encarar o desafio, que se afigura como o mais importante projeto de futuro de nossa Faculdade para as próximas décadas. Já fizemos várias reuniões na Casa e outras mais virão, nas próximas semanas. Conclamo a todos os interessados que participem e contribuam ativamente com este debate. A revista traz, ainda, outras matérias importantes, como o sucesso da Semana do Calouro – 2011, da qual participaram convidados (profissionais das diversas carreiras jurídicas), pro-fessores e representantes acadêmicos. Tudo bem organizado, com a inestimável atuação dos nossos funcionários, aos quais rendemos sempre nossa sincera gratidão. Os painéis do 11ª Semana Jurídica e do II Congresso da Faculdade também constam deste informativo. Além disto, procurou-se retratar o Encontro da Mulher e a Aula Magna, eventos que abordaram temas de absoluta relevância, como a homofobia, o Estatuto da Criança e do Adolescente e os Direitos Humanos. Por fim, a revista traz também a visão da Profª. Jozimeire sobre o ensino do Direito na atualidade, ela que é a Coordenadora de nossa Pós-Graduação e uma das integrantes da Comissão de Ensino Jurídico da OAB/SP. Espero que possam desfrutar das próximas páginas com a certeza de que nossa Faculdade está determinada a buscar sempre mais o aprimoramento do ensino jurídico e da prestação dos serviços à Comunidade.

Abraço a todos. Marcelo MauadDiretor

Editorial Sumário

Notas

Semana do Calouro

Regras para painéis do

2º CONGRESSO

Encontro sobre os

Direitos da Mulher 2011

Mestrado

Aula Magna 2011

Ensino do Direito

Opinião do Professor

TCC nota 10

Perfil do Professor

Dica de Leitura

Perfil do Funcionário

7

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16

20

21

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23

3

11

Parceria Direito São Bernardo e Universidade Federal do ABC

Coordenadora da Pós-Graduação da FDSBC passa a integrar a Comissão “A OAB vai à Faculdade”

Colação de Grau

A Colação de Grau dos alunos da 42ª Turma da FDSBC aconteceu em duas cerimônias no início desse ano.

Em uma delas, no dia 07 de janeiro no Anfiteatro da FDSBC, colaram grau 81 alunos. Os pais do aluno Erick Jhonatan Esiquiel receberam das mãos do Vice-Diretor Dr. Rui Décio um diploma sim-bólico post mortem como forma de home-nagem de nossa comunidade acadêmica.

A outra cerimônia foi realizada no dia 25 de fevereiro no Cenforpe, sendo que 202 alunos receberam o grau de bacha-rel em Direito.

A Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo parabeniza a todos os for-mandos e deseja-lhes sucesso na carreira!

A Ordem dos Advogados do Brasil, através de sua Seccional do Estado de São Paulo, está iniciando um novo Pro-jeto, o “OAB vai à Faculdade”, com a participação de advogados voluntários que vão levar e debater conceitos bási-cos referentes à ética, prerrogativas pro-fissionais dos advogados e Exame de Ordem com os estudantes de Direito do Estado, nas 213 instituições de ensino superior públicas ou privadas.

O projeto tem por intuito, por exem-plo, em vista da ausência da disciplina de ética na maioria das grades curricu-lares das faculdades, transmitir ao aluno os principais conceitos relativos a esta área. O advogado é artífice da defesa e da realização de direitos fundamentais dos ci-

dadãos. Para cumprir a lei e ser eficaz em sua missão, o advogado há de oferecer uma contrapartida quanto ao exercício ético. Por isso, há uma fiscalização séria em torno dos atos dos advogados.

Serão organizados, durante o ano de 2011, alguns eventos nas Instituições, para abor-dagem dos temas acima expostos.

A Coordenadora de Pós-Graduação da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, professora Jozimeire Angé-lica Vieira da Silva, além de fazer parte da Comissão Especial de Ensino Ju-rídico da Seccional de São Paulo, agora passa a integrar também a Comissão “A OAB vai à Faculdade” como Membro-Consultora.

Foi realizada em 18/02/2011 uma reu-nião entre o Diretor da FDSBC, Dr. Marcelo José Ladeira Mauad, o Reitor da Universidade Federal do ABC Prof. Dr. Helio Waldman e o Sr. Alberto Alves de Souza, Coordenador Geral de Planeja-mento da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, para

firmar o início de uma ampla parceria entre a Direito São Bernardo e a UFABC.

Essa parceria passa por vários pontos de colabo-ração conjunta, inici-ando com a cessão, pela FDSBC, de parte da sua área localizada atrás do Po-liesportivo, para utilização por um curto período, como

acesso e estacionamento. A UFABC, de seu turno, irá limpar o terreno e colocar cercas no entorno.

Além disso, a parceria abrange o desen-volvimento de pesquisa em conjunto como, por exemplo, na área de regulação de energia e petróleo.

Reparamos erro publicado na revista Notícias da Faculdade nº 52, na coluna escrita pelo Prof. Alberto Gosson Jorge Junior. O título correto é “Informação e Reflexão. Técnica e Dignidade” e não “Informações e reflexão. Técnica de dignidade” como constou.

Necessário também transcrever a expli-cação do próprio professor acerca do título: “Técnica de dignidade conduz à errônea impressão que o autor preten-deu adotar procedimentos, modus ope-randi para se chegar a ser digno! Todos sabemos que não existem “meios” ou processos para se atingir a dignidade. E não foi essa a condução que imprimi ao texto. A dignidade é um valor em si, que a pessoa humana (qualquer que seja seu comportamento social) tem. Até os ani-mais, que antigamente eram equiparados a ‘coisas’ hoje têm aceita sua dignidade.”

Errata18


>>> NOTASNOTAS <<<

Foto

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Lins

Professor da Direito São Bernardo fala no Bom Dia Brasilsobre como ser ressarcido das perdas causadas por temporais

A FDSBC recebe do Ministério da Educação coleção de livros da UNESCO

Aula Magna de Pós-Graduação em Direito e Relações do Trabalho

Aula Magna de Pós-Graduação em Direito Processual Civil

Prof. Ruy Coppola Junior defende tese de Doutorado na PUC/SPEm 02/03/2011, o Prof. Ruy Coppola Junior defendeu sua tese intitulada “A motivação das decisões judiciais como fator de legitimação do processo em sua feição constitucional”. O Professor, que já era Mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP, concluiu os crédi-tos exigidos para a obtenção do título de Doutor em Direito das Relações Sociais, tendo alcançado a média 10.

A banca teve como presidente o Prof. Dr. João Batista Lopes, Doutor em Di-reito Processual Civil pela PUC-SP, e foi constituída pelos Professores Doutores: Manoel de Queiroz Pereira Calça, Dou-tor em Direito Comercial pela PUC-SP; Patrícia Miranda Pizzol, Pós-Doutorada em Direito do Consumidor pela Sapi-enza Università di Roma; Manoel Justino Bezerra Filho, Doutor em Direito Co-mercial pela USP e Luana Pedrosa de Figueiredo Cruz, Doutora em Direito pela PUC-SP.

Em entrevista dada ao programa Bom Dia Brasil - da Rede Globo - na ma-nhã do dia 02 de março, o professor Arthur Rollo falou como ser ressarci-do das perdas causadas por temporais.Para assistir a reportagem na íntegra acesse: http://g1.globo.com/videos/sao-paulo/v/advogado-fala-sobre-co-mo-ser-ressarcido-das-perdas-causadas-por-temporais/1449103/

Com o advento da Lei nº 10.639, os conteúdos relativos à História e Cul-tura Afro-Brasileira passaram a ser obrigatoriamente ministrados no cur-rículo escolar.

Por isso, a tradução da coleção História Geral da África (HGA) é uma inicia-tiva importante.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cul-tura (UNESCO) lançou entre os anos de 1980 e 1993, os oito volumes da coleção, mas para produzi-la foram necessários cerca de 30 anos.

Este trabalho teve a direção de um Co-mitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, sendo dois terços africanos. A tradução da Coleção foi um desafio partilhado entre a Secre-taria de Educação Continuada, Alfa-betização e Diversidade do Ministério

da Educação (Secad/MEC), a Repre-sentação da UNESCO no Brasil e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

A FDSBC recebeu duas Coleções completas e vai disponibilizar uma de-las na biblioteca e outra para a Sala dos Professores.

Lembramos que os interessados tam-bém podem consultar este material no Portal Domínio Publico do MEC, pois os livros estão disponíveis em PDF para o download.

Aconteceu no dia 21 de março a Aula Magna da 7ª Turma de Pós-Graduação em Direito e Relações do Trabalho.

A aula foi proferida pelo Dr. Amauri Mascaro Nascimento, especialista em Teoria do Estado pela USP, especialista em Collective Bargaining pela University of Wisconsin Madison e doutor em Direito

pela USP. Atualmente, é professor titular da USP, docente da PUC-SP e Professor Titular da FMU.

É grande o orgulho para toda a comu-nidade acadêmica da Direito São Ber-nardo receber nesta Casa tão importante jurista e conhecedor do Direito do Tra-balho.

Aula Magna de Pós-Graduação em Direito Tributário

Aula Magna de Pós-Graduação em Direito Previdenciário

Em 25 de março de 2011, foi realizada mais uma Aula Magna de turma de pós-graduação, dessa vez da 3ª Turma de Es-pecialização em Direito Tributário.

A aula foi proferida pelo Profª. Elisa-beth Vicentina de Gennari, Professora Titular de Direito Processual Civil da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, advogada, Pós-Graduada em Direito Processual Civil e Direito Privado pela USP, Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP); do Comitê Brasileiro de Arbitragem (CBar) do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) e do IBAR e pa-recerista nas áreas de Processo, Direito Internacional e Direito Ambiental. Os pós-graduandos em Direito Tributário

Aconteceu no dia 5 de abril a Aula Mag-na da 3ª Turma de Pós-Graduação em Direito Previdenciário.

O Prof. Dr. Wagner Balera foi o palestran-te. Ele é Mestre em Direito Tributário e Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP; Livre-docente em Direito Previdenciário; Professor Titular de Di-reitos Humanos; Coordenador da Sub--Área de Direito Previdenciário e Líder do Núcleo de Capitalismo Humanista na PUC/SP.

Muito conhecimento foi transmitido aos alunos da turma de pós-graduação, que puderam compartilhar da experiência deste excelente profissional.

A Aula Magna da 2ª Turma de Pós-Graduação em Direito Processual Civil foi realizada em 15 de abril de 2011.

A aula foi proferida pelo Prof. Dr. Gil-son Delgado Miranda, Mestre e Dou-tor em Direito pela PUC/SP; Professor da PUC/SP, onde leciona nos cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado; Professor do curso de Pós-Graduação da Sociedade de En-sino Superior Toledo e Juiz de Direito em São Paulo.

Na ocasião, os pós-graduandos pu-deram compartilhar do grande conhe-cimento e experiência deste renomado profissional.

tiveram a oportunidade de aprender com a experiência desta grande proces-sualista e professora da Casa.Em 26/04, foi ministrada a Aula Magna da

1ª Turma de Pós-Graduação em Direito do Consumidor. A Aula foi proferida pelo Prof. Ms. Alexandre David Malfatti, Juiz de Direito (7ª Vara Cível de São Paulo), mes-tre e doutorando em Direitos Difusos e Coletivos pela PUC-SP. Atua como mem-bro do 3º Colégio Recursal do Sistema dos Juizados Especiais Cíveis de São Paulo. É professor da UNIP, PUC-SP e Escola Paulista da Magistratura, nas áreas de Pro-cesso Civil e Direito do Consumidor. Além da excelente apresentação do pa-lestrante, esta foi uma aula memorável para os pós-graduandos e para a Faculdade, já que foi a 1ª aula da 1ª Turma de Pós em Direito do Consumidor.

Aula Magna de Pós-Gradua-ção em Direito do Consumidor


NOTAS <<<

Alunos da FDSBC participam da gravação do programa Apostila

Direito na Palma da Mão 2011 Doação de leite em pó arrecadado na Aula Magna

No dia 1º de abril, a Faculdade de Di-reito de São Bernardo do Campo realizou duas gravações do Programa Apostila, da TV Justiça.

Os alunos que participaram da gravação foram Thais Abdalla Bochour Cunha, Giovana Pamela Celso, Fabíola Regina Awaji, Barbara Devezas da Silva Castro, José Messias Longuinho Mota, Fabio Passoni Fernandes e Camila Mussupapo Cunha.

Os temas abordados nas gravações foram “Adoção” e “Competência da Justiça da Infância”. Os programas irão ao ar dia 8 de maio e dia 29 de maio, respectivamente, às 23h, com reprise na segunda-feira seguinte, às 11h.

Semana do Calouro recepciona novos alunos e reúne especialistas do Direito com muitas atividades

A “Semana do Calouro” começou bastante agitada para os futuros profissionais que ingressaram na Direito São Bernardo este ano. Como não poderia deixar de ser, os veteranos aproveitaram a oportunidade para passar o tradicional “trote” nos calouros. Muita tinta (solúvel em água), farinha e ovo fizeram parte da brincadeira na parte externa da Faculdade. “Acho bacana esta brincadeira saudável para o entrosamento do pessoal. Mas claro que o mais importante é estudar. Quero me dedicar muito para me tornar dele-gado”, diz Victor Bonetti, 19 anos, estudante do 2º ano.

Alunos participam com alegria do trote no entorno da Faculdade

No dia 16 de abril aconte-ceu a primeira edição do evento “Direito na Palma da Mão” do ano de 2011.

Sob a orientação da Profes-sora Rosa Benites Pelicani, participaram 6 estagiários da Assistência Jurídica dos postos Poupatempo e Es-critório-Escola.

Os alunos estavam motivados e se mostraram bastante interessa-dos e satisfeitos com o trabalho desenvolvido.

Houve um total de 16 atendi-mentos.

No dia 18 de abril foi feita a doação do leite em pó arrecadado na Aula Magna 2011. Ao todo, foram recebidas 51 latas e 56 pacotes de 400g de leite em pó. Destes, 30% foram destinados aos munícipes carentes atendidos pelo Escritório-Escola e a outra parte foi doada para a Paróquia Santíssima Vir-gem, localizada próximo a Faculdade.

A FDSBC agradece a colaboração de todos os alunos que contribuíram.

Fotos: Marcos Lins


SEMANA DO CALOURO <<< >>> SEMANA DO CALOURO

No primeiro dia de realização do evento, os novos alunos foram

recebidos no Anfiteatro pelo Dire-tor, Prof. Dr. Marcelo Mauad que,

juntamente com integrantes do corpo docente e representantes da Instituição,

apresentou a Faculdade, explicando so-bre o seu funcionamento e as normas acadêmicas. A Profa. Dra. Eliane Maria Agati Madeira aproveitou para ressaltar que

Os Calouros que compareceram ao Anfiteatro no terceiro dia de realização da “Semana do Calouro” desfrutaram de muitas atividades. Entre elas, a palestra da COLSAN (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), a apresentação dos Órgãos Acadêmicos da Faculdade e tam-bém da Bateria da Direito São Bernardo. Dando início ao evento, a palestra da COLSAN enfatizou a importância de ser um doador e a conscientização do ato. Ana Carolina Santos, enfermeira da Colsan, ressaltou que o espaço cedido pela Faculdade contribuiu muito para a conscientização de uma parcela impor-tante da sociedade: jovens formadores de opinião. “O sangue que você doa é muito especial. Ele é direcionado às pes-soas que precisam de uma nova opor-

O quarto dia da “Semana do Calou-ro” foi marcado, no período matutino, pela aula inaugural do Prof. Dr. Luiz Antônio Mattos Pimenta Araújo, que ministra Direito Civil I na Instituição. Já os alunos da noite contaram com a aula inaugural da Profª. Dra. Denise Auad. O Prof. Pimenta, como é conhecido na Faculdade, falou sobre as diversas carreiras jurídicas, mas o foco de sua apresentação foi explicar a metodologia utilizada nas aulas e também expor al-

O grande destaque do segundo dia foi o Painel de Carreiras Jurídicas, que expôs algumas possibilidades de atuação para os profissionais que se for-mam em Direito. O evento reuniu seis especialistas: Juiz, Advogado, Promotor,

Delegado, Defensor Público e Professor Universitário - que puderam relatar o dia a dia de suas atividades, bem como as pe-culiaridades de cada função, dificuldades e ainda debater casos práticos. O Painel explorou bastante o funcio-

namento do poder judiciário através da troca de experiências e o relato dos profissionais que compõem esta engre-nagem em favor da democratização e desenvolvimento da sociedade. Compondo a mesa, Dr. Arthur Luis Mendonça Rollo, advogado da área de Direito do Consumidor; Dr. Heitor Donizete de Oliveira, Juiz Criminal e Diretor do Fórum de Diadema; Dr. Maximiliano Roberto Ernesto Führer, Promotor de Justiça; Dr. Rafael Rabi-novich, Delegado Seccional de S. B. Campo; a Profa de Direito Romano Dra. Eliane Maria Agati Madeira e o Defensor Público, Dr. Rafael Sábio que se apresentou apenas no período da manhã. Na segunda edição do pai-nel, realizada a noite, a profissional que representou a função foi a ex-aluna Dra. Viviane Remondes Caruso.

“Procurei a melhor Instituição para me graduar. Quero atuar na área de Di-reito Penal e sei que aqui vou adquirir os conhecimentos necessários para isso”, declarou Rafael Galli Perini, 18 anos, enquanto visitava o Campus.

a excelente colocação da Faculdade nos rankings de avaliação reflete o trabalho que é feito há muito tempo pelos profes-sores, direção e alunos. “Na Direito São Bernardo, o professor tem oportunidade de participar das decisões, fazendo com que o profissional se sinta mais ativo e respeitado dentro da Instituição”, declarou a docente. Para complementar a apresentação, os alunos fizeram um tour pelas instalações e conheceram todo o Campus.

De acordo com Dr. Mauad, o evento foi formulado para atender as principais necessidades do calouro, além de auxiliá-lo na adaptação e entrosamento social. “A intenção é contribuir para que a ex-periência dos primeiros dias de aula seja enriquecedora do ponto de vista humano e acadêmico”, finalizou.

Rece

pção

dos

cal

ouro

s

Painel sobre as Carreiras Jurídicas

tunidade de vida”, disse Ana Carolina. Na sequência, Clara Magalhães, Co-ordenadora Geral do Centro Acadêmico XX de Agosto, apresentou todos os in-tegrantes do CAXXA e explicou as fun-cionalidades do Centro. Outra representação, apresentada por Fellipe Curvelo, foi a Associação Atlética XX de Agosto, responsável pela promoção de festas, eventos esportivos e, também, por providenciar a estrutura para treinos. Pela manhã, a Bateria da Direito São Bernardo foi representada por Leonardo Aguiar, que apresentou todos os inte-grantes do grupo, além de expor fotos da Bateria atuando em diversos eventos e

Representações Acadêmicas

gumas dicas práticas para a melhor con-dução da vida acadêmica dos calouros. Com muito dinamismo e propriedade no assunto, o professor interagiu com os alunos e ponderou sobre temas rele-vantes, como a importância de informar-se sobre todos os acontecimentos no país e no mundo. Segundo o especialista em Processo Civil, a reforma política no país é iminente. “Espero que as mudanças se-jam boas para o Brasil e que vocês façam parte deste processo de transformação”.

Aula InauguralProfª Denise Auad

comemorações. À noite, sob o comando de Arthur Martins, uma grande apresenta-ção animou os calouros que prestigiaram o Grupo. “Estamos recebendo bons con-vites para tocar em festas e eventos, isso é muito gratificante. Sem dúvida, é resultado do amor que temos pela Faculdade e de carregar esse nome no peito”, concluiu.


>>> 2º CONGRESSO E 11ª SEMANAJURSEMANA DO CALOURO <<<

No quinto e último dia de atividades, a “Semana do Calouro” preparou duas sessões de cinema, onde os alunos pu-deram debater em grupo, mediados por professores, o conteúdo dos filmes: “Meu nome não é Johnny” exibido no período matutino e o consagrado longa-metragem “Doze homens e uma sen-tença” para a turma do noturno. O debate sobre “Meu nome não é Johnny” foi mediado pelo Prof. Dr. Vladimir Balico, que ministra aulas de

Processo Penal na Direito São Bernar-do. Entre os temas discutidos, destaca-ram-se a descriminalização das drogas, sistema carcerário brasileiro, prisão de usuários de drogas, diminuição da maio-ridade penal e a associação de drogas ao álcool. “A discussão desses tópicos é feita para ampliar a visão dos alunos e fazer com que haja a reflexão sobre as soluções para os problemas expostos”, comentou o professor. O sucesso “Doze homens e uma

sentença” foi classificado pela Profes-sora de Linguagem Jurídica Dra. Ariane Sudatti, que intermediou a discussão, como uma verdadeira aula de argu-mentação jurídica. Para Dra. Ariane, o ponto mais importante do filme foi a construção sólida da argumentação que o personagem fez. “Esta é a premissa para que nós, profissionais do Direito, possa-mos desempenhar bem nosso papel de falar em nome do cliente”, disse.

Prof. Balico media debate sobre o filme “Meu nome não é Johnny”

Profª. Ariane fala sobre temas despertados pelo sucesso “Doze homens e uma sentença”

Filmes

Disse ainda “O melhor marketing da Di-reito São Bernardo são vocês. O sucesso da Instituição vem dos alunos, por isso nos orgulhamos tanto”, finalizou. No período noturno, os alunos par-ticiparam da aula inaugural ministrada pela Dra. Denise Auad, professora de Direito Constitucional, que falou sobre o conceito de Direito. Para a docente, a esfera jurídica é uma das mais importantes da humani-dade, pois lida com um dos piores sen-timentos: o de injustiça. “Um julgamento muda rumos de vidas e isso é muita respon-sabilidade para os profissionais envolvi-dos”, complementou a professora. A educadora finalizou sua apresenta-ção abordando a estrutura da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo e de como ela abre portas. Pediu para que

os alunos sejam críticos e aproveitem a experiência dos professores, a biblio-teca e sempre pratiquem a reflexão. “Se

vocês chegarem ao final do curso com a sensação de que mudaram o senso críti-co, já terá valido a pena”, concluiu

Prof. Pimenta interage com alunos durante aula inaugural

Acontece, nos dias 18, 19 e 20 de outubro, o II Congresso Jurídico-Cientí-fico da Faculdade de Direito de São Ber-nardo do Campo e XI Semanajur. O evento, coordenado pelo Prof. Dr. Vladimir Balico, será realizado no CEN-FORPE, localizado na Rodovia Anchie-ta, km 21,5 sentido Santos, nos períodos da manhã e da noite. O tema principal será “Direito ao Desenvolvimento Humano”, tratando do direito de todo o cidadão ao desen-volvimento humano e propondo um debate sobre o Índice de Desenvolvi-mento Humano - IDH. O sucesso e o desenvolvimento de um país devem estar ligados somente ao dinheiro? Muitos acadêmicos acreditam que o progresso de uma nação está inti-mamente atrelado às oportunidades que o país oferece à população de fazer es-colhas e exercer cidadania. Sendo assim, não seria necessário que o IDH passasse a analisar, também, se as pessoas que levam vidas longas e saudáveis têm condições favoráveis para adquirir conhecimento, desenvolver talentos, tendo liberdade para traçar seus objetivos?

Alunos, inscrevam-se!Inscreva seu artigo no II Congresso Jurídico-Científico da Direito São Bernardo

Pelo segundo ano consecutivo, a Direito São Bernardo abre espaço para apresentação de artigos para os Painéis do Congresso, que serão realizados nas mesmas datas, no período da tarde, nas dependências da FDSBC. Voltado para toda a comunidade acadêmica da Faculdade, estudantes de Direito de outras Instituições e profis-sionais do Direito, o evento faz o inter-câmbio de conhecimento e experiências entre os participantes e os professores-mediadores. Além disso, prioriza debates, estudos científicos e o desenvolvimento de pro-jetos e pesquisas para incentivar a efe-tiva participação de toda a comunidade acadêmica nas reflexões que envolvem o tema geral do evento. Exponha sua opinião sobre o tema e inscreva seu artigo no Congresso. O ar-tigo deve ter no mínimo uma lauda (ou 200 palavras) e as inscrições vão de 08 a 10/09/2011. Só serão admitidos trabalhos relacionados ao tema principal do evento. Você e toda a comunidade acadêmica só têm a ganhar! Confira o regulamento no site da Faculdade.

II Congresso Jurídico-Científico da FDSBC e XI SemanajurData: 18, 19 e 20 de outubro de 2011Tema: Direito ao desenvolvimento humanoPrazo para inscrição de artigos: 08, 09 e 10/09/2011.

Agende-se


>>> ENCONTRO SOBRE OS DIREITOS DA MULHER

Na última tarde de sábado do mês de março, dia 26, a Facul-dade de Direito de São Bernardo do Campo promoveu o tradicio-nal Encontro sobre os Direitos da Mulher, que discute anual-mente temas relevantes envol-vendo a participação feminina. Cerca de 600 convidados, in-

cluindo comunidade acadêmica, au-toridades jurídicas e público em geral acompanharam duas palestras: “A pro-teção à família no Estatuto da Criança e do Adolescente”, apresentada pelo Juiz de Direito Titular da Vara da Infância e do Adolescente da Comarca de São Bernardo do Campo, Dr. Luiz Carlos Ditommaso e a “União Homoafetiva: Consequências Jurídicas”, apresenta-da pela Juíza de Direito, Dra. Claudia Thomé Toni. Abrindo o evento, o Diretor Prof. Dr. Marcelo Mauad, saudou a todos e falou da imensa satisfação da FDSBC

em promover esse já tradicional Encon-tro, onde a figura feminina é enaltecida há uma década. Enfatizou, ainda, a su-peração do evento, que a cada ano traz temas mais interessantes e atuais, para-benizando a todos os envolvidos, em nome da Coordenadora Profª. Dra. Car-

mela Dell’Isola. Dando sequência à apre-sentação, a Dra. Carmela homenageou al-guns alunos e leu um texto, reverenciando o papel da mulher dentro da sociedade. “Ser mulher não é fácil, mas é lindo”, concluiu a coordenadora, passando a palavra ao Juiz Luiz Carlos Ditommaso, que iniciou sua palestra traçando um paralelo sobre a força e a fragilidade da mulher, tanto no campo profissional, fa-miliar e amoroso. Em seguida, explicou no que con-siste o Estatuto da Criança e do Ado-lescente e discorreu sobre as atri-buições do Estado. “É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente o direito à saúde, segurança e educação, direitos estes previstos no Estatuto”, disse Ditommaso, lamentando que na prática não seja bem assim. Abordou também a questão de maus tratos e da adoção, da perda da guarda e

da funcionalidade do processo de rein-tegração à família. “Consiste em garantir o retorno ao convívio familiar de forma segura e condizente com a realidade dos pais ou de familiares extensivos. Não há uma regra definida, é feita uma análise caso a caso para identificar o conflito e indicar a melhor solução para todos, sem-pre focando na preservação da integri-dade física e mental do menor”, concluiu. Já a Dra. Cláudia trouxe questões referentes às relações homoafetivas, des-de a definição de gêneros, preconceitos, mudança de sexo, homofobia, união es-tável e adoção por casais homossexuais. Antes de expor cada tema, a Juíza abriu a apresentação pedindo a todos para se despirem de todo e qualquer preconceito, enfatizando o respeito ao próximo, independente da escolha. “Opção sexual integra a personalidade do indivíduo assim como o nome, a re-ligião e a honra”, exclamou a jurista. Na seqüência, apresentou os gêne-ros e a descrição de cada um, como: o homossexual (indivíduo que sente atra-ção por pessoa do mesmo sexo), trans-sexual (identidade de gênero diferente à designada no nascimento), travesti (se veste e se comporta ao aposto de

Comemorando seus 10 anos, o Encontro reuniu 600 pessoas e abordou temas da atualidade envolvendo convívio familiar.

sua identidade sexual, podendo alterar sua condição física), bissexual (indi-víduo que se sente atraído por pessoas do mesmo sexo e do sexo oposto) e até formas caricatas como Drag Queen (ar-tistas performáticos que se fantasiam do sexo oposto). Duas das discussões que se desta-caram em meio a palestra foram em rela-ção à troca de nomes do transsexual nos documentos e a polêmica adoção entre pessoas do mesmo sexo. Para a Juíza, fere a dignidade do ser humano ter aparência feminina e ser tratado como homem. “Imagina ter cara de Maria e ser chamado de João. O que

acham disso?”, indagou. Outro tema que movimentou a palestra foi a adoção. Segundo a Dra. Cláudia, as pessoas imaginam que uma criança que vive sob os cuidados de ho-mossexuais será abusada sexualmente e verá cenas explícitas de sexo e trocas de carinho. “Infelizmente, é essa a visão da maioria das pessoas”, disse, comple-mentando que é preciso se colocar na posição do outro antes de fazer qualquer análise e pré-julgamento. “O Direito não regula sentimentos”, concluiu. Na ocasião, estiveram presentes o Dr. José Roberto Gil Fonseca, Dire-tor Secretário Adjunto da 39ª Subseção da OAB/SBC, a Dra. Shirley Van Der Zwaan, Presidente da Comissão da In-fância e da Juventude da 38ª Subseção da OAB/SP e a Delegada Dra. Francine Pereira Sanches, ex-aluna da FDSBC e Delegada Assistente da Delegacia da Mulher de São Bernardo do Campo.

“É dever do Estado

assegurar à criança e

ao adolescente o direito à saúde,

segurança e educação,

direitos estes previstos no Estatuto”

“Opção sexual integra a personalidade do indivíduo,

assim como o nome, a religião e

a honra”

ENCONTRO SOBRE OS DIREITOS DA MULHER <<<

Dr. Luiz Carlos Ditommaso

A família foi o foco da 10ª edição doEncontro sobre os Direitos da Mulher

Dra. Cláudia Tomé Toni

10anos

Fotos: Marcos Lins


MESTRADO <<< >>> MESTRADO

Em entrevista, o Prof. Dr. Marcelo José Ladeira Mauad, Diretor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo enaltece o compromisso da FDSBC com a qualidade e excelência no ensino superior e conta sobre o projeto de expansão, em parceria com a PUC, para a Pós-Graduação Stricto Sensu. Dr. Mauad fala ainda da importância e engajamento da comunidade acadêmica para a concretização deste sonho e reforça a responsabilidade e comprometi-mento com pesquisa científica dentro da Instituição.

Quando e como surgiu a ideia de promover o Mestrado?

A criação de um mestrado na FDSBC é um sonho muito antigo. Sem-pre mantivemos a excelência no ensino e, além disso, nosso curso de graduação e programas de estágio estão entre os melhores nas avaliações dos órgãos com-petentes, como o MEC, Inep e CIEE. Uma Instituição com tanta tradição e

prestígio, número 1 no ensino de Di-reito no Grande ABC, deve atender aos anseios da sociedade e do mercado, oferecendo o Stricto Sensu para os profis-sionais da região. Outro fator importante para a cria-ção deste curso é a sustentabilidade da qualidade e tradição do ensino da Di-reito São Bernardo. Várias faculdades municipais têm mais de 50% de vagas ociosas, isso não acontece aqui por conta

do elevado nível de qualidade na presta-ção de serviços educacionais. Entretan-to, não podemos nos acomodar. Temos que, a cada dia, buscar a atualização e manter nossa posição no mercado. Um ensino superior de qualidade importa-se sempre com o aprofundamento do trabalho de pesquisa científica. Essa análise gera melhoria do ensino e isso se torna possível por meio do mestrado.

Qual a área do Direito que será abordada?

O tema, embora esteja em aberto, será naturalmente relacionado com as vocações de nossa região. O ABC conta com um grande número de indústrias e empresas desenvolvidas, com uma classe trabalhista organizada e com enormes desafios no âmbito ambiental. A região é composta por sete municípios, por-tanto possui um setor público forte. Es-sas características serão a matéria prima considerada em nossas pesquisas e, com certeza, influenciarão na escolha do tema geral do nosso mestrado. Por outro lado, o tema deve ser su-ficientemente amplo para que possa contemplar praticamente todas as áreas

do Direito. Naturalmente, professores e alunos do mestrado e da graduação poderão escolher um segmento para fazer suas pesquisas.

A Direito São Bernardo fará alguma parceria para implantação do curso de mestrado? A FDSBC mantém um vínculo histórico com a PUC de São Paulo em nosso vestibular, há mais de 20 anos. As Instituições se conhecem mutua-mente, sem falar que inúmeros profes-sores da FDSBC fizeram seus mestra-dos e doutorados na PUC. Além disso, a Pós-Graduação da PUC/SP é uma das mais bem avaliadas do Brasil, segundo a CAPES. A ideia foi muito bem aceita e devemos ter um mestrado em associa-ção plena. É importante acrescentar que aquela instituição possui historicamente um compromisso humanista muito forte. Há outras razões, mas estas são mais que suficientes para a escolha.

Quais serão as etapas para implan-tação do mestrado?

A primeira etapa é aprovar interna-mente o curso, tanto na Direito São Ber-nardo como na PUC, e celebrar um con-vênio entre as instituições. Esta parceria será levada à Câmara de Vereadores, onde precisaremos aprovar uma lei, visto que haverá repercussões também na es-fera administrativa e gestão da Faculdade.

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“Uma Instituição com tanta tradição e prestí-gio, número 1 no ensino de Direito no Grande ABC, deve atender aos anseios da sociedade e do mercado, oferecendo o Stricto Sensu para os profissionais da região.

Só depois da lei aprovada pela Câmara, poderemos formar o dossiê de docu-mentos que será encaminhado à CAPES, que no prazo de um ano avaliará nosso pedido. Esse processo deve ocorrer até junho deste ano.

Qual o papel da comunidade acadêmica dentro do processo?

Os integrantes da comunidade acadêmica, sejam alunos, professores ou funcionários, precisam se envolver de forma interessada e contribuir para que essa meta se concretize. Isso não é tarefa de um homem só, não é um de-sejo exclusivamente meu como Diretor. Na verdade, eu estou tornando real, de alguma maneira, um sonho, uma reivin-dicação antiga da Instituição, mas obvia-mente não conseguirei isto sozinho. Eu preciso do apoio e incentivo da comuni-dade. Essa é uma resposta que a Direito São Bernardo tem que dar para a popu-lação do ABC, após tantos anos de re-conhecimento. Nós precisamos atender a este anseio dos profissionais de Direito do ABC.

Quais são os pré-requisitos para lecionar no mestrado?

A nossa parceria estabelece que 50% do corpo docente seja da PUC e a outra metade da nossa Instituição. Além disso, a CAPES impõe uma série de exigências para que o professor lecione no mestra-do, e isso só depende do profissional. Dentre as exigências, o profissional deve ter um determinado número de trabalhos publicados em revistas reconhecidas pela CAPES. Também deve ser autor total ou parcial de um livro e os assuntos abordados nestes trabalhos devem estar vinculados ao tema do mestrado. Daí a urgência para a escolha da linha de pes-quisa. Se o professor tiver interesse em elaborar estes artigos e trabalhos, certa-mente encontrará espaço no corpo do-cente do mestrado.

Quais são os benefícios do curso para os alunos da graduação?

Para os alunos da Direito São Ber-nardo, o mestrado gera consequências muito importantes. Uma Faculdade que possui mestrado sinaliza claramente que é uma instituição comprometida com a pesquisa científica. Essa análise não é feita exclusivamente pelos discentes que vão compor as turmas de mestrado, mas deverá ser desenvolvida por toda a Instituição, incluindo principalmente os alunos de graduação e de pós-gradua-ção Lato Sensu, que deverão direcionar as pesquisas para a linha determinada para o mestrado. Dessa forma, seremos identificados pela sociedade e pelo mercado como uma entidade que tem uma forte concentração de pesquisas em determinadas áreas. Isso acaba ge-rando um efeito em cascata para todos os alunos.

Além disso, os professores da casa vão relacionar os trabalhos à linha de pesquisa da Instituição e teremos, então, um acúmulo de conhecimentos e estu-dos em determinada área. Essa pesquisa nos qualifica e ajuda a aprimorar o trabalho dos professores e funcionários da FDSBC. Igualmente, haverá um estímulo permanente para que os alunos desenvolvam essas pes-quisas e saiam daqui especialistas nos as-suntos que escolheram.

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“Para os alunos da DireitoSão Bernardo, o mestrado gera consequências muito importantes. Uma Faculdade que possui mestrado sinaliza claramente que é uma instituição comprometida com a pesquisa científica.

Stricto SensuImportância do mestrado para a Direito São Bernardo

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AULA MAGNA 2011 <<<

A Aula Magna 2011 foi realizada na noite de 28 de março, no auditório do Cenforpe, em São Bernardo do Campo. Dando início à apresentação, o Di-retor da FDSBC, Prof. Dr. Marcelo José Ladeira Mauad falou da respon-sabilidade da Instituição em promover

>>> AULA MAGNA 2011

o tradicional evento e prover, além do conhecimento técnico, discussões como esta, que elevem a formação humanísti-ca do indivíduo. “Uma salva de palmas a todos os envolvidos pela organização, escolha do tema e também do palestran-te”, saudou o Dr. Mauad. O palestrante Dr. Willis Santiago, Livre-Docente em Filosofia do Direito pela Universidade Federal do Ceará e Doutor em Ciência do Direito pela Universidade de Bielefeld (Alemanha), propôs à plateia uma reflexão sobre a extensão dos Direitos Humanos, sua evolução histórica ao longo dos séculos e as constantes mutações no mundo glo-

balizado. Uma das questões apresentadas foi a distinção conceitual entre os Direitos Fundamentais e os Direitos Humanos, pois em ambos os casos o objetivo é a busca pela proteção da dignidade huma-na, diferenciando-se pelas imposições jurídicas básicas do Direito Constitucio-nal e os direitos básicos e/ou naturais da pessoa, reconhecidos pelo Direito Inter-nacional. O Professor concluiu, ao final, pela reafirmação da universalização dos Di-reitos Humanos, em razão da declaração das Nações Unidas, de 10 de dezembro de 1948.

AulaMagna

2011

Dr. Willis Santiago

O renomado filósofo Dr. Willis Santiago Guerra Filho,

referência no Brasil e no mundo no campo dos

Direitos Humanos, trouxe o tema JUSHUMANISMO

para a Aula Magna 2011 da Faculdade de Direito

de São Bernardo do Campo.

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>>> ENSINOENSINO <<<

Ensino de Qualidade

Os desafios na busca do aperfeiçoamento constante

Muitas são as indagações e aborda-gens a respeito do tema “Ensino Jurídi-co de Qualidade”. Mas, afinal, o que os alunos consideram ensino devido? E o corpo acadêmico? Nas últimas décadas as graduações em Direito, de diversas instituições, têm sido alvo de várias críticas, principal-mente pelo número reduzido de bacha-réis aprovados no exame da OAB (Or-dem dos Advogados do Brasil). Justificativas e discussões em torno desta problemática são inúmeras, en-tre elas o crescimento exorbitante do número de faculdades que promovem este curso. Outro argumento, que está intimamente relacionado a este artigo, trata sobre o ensino desenvolvido nas instituições. Intrinsecamente conexo ao ensino desenvolvido nas instituições está a prática docente e a formação con-tínua de professores. No cotidiano, é preciso dar importância a esta formação, para que os docen-tes permaneçam construindo saberes, dadas as microcir-cunstâncias que se apre-sentam e influenciam nas tomadas de de-cisões em sala de aula.

A formação contínua visa o aper-feiçoamento e atualização do conheci-mento teórico e empírico, das técnicas e atitudes necessárias ao exercício da profissão. Quanto mais o professor exercitar as reflexões sobre a prática, mais ele construirá saberes a partir dela e sobre ela. Se as instituições não considerarem essa questão, a formação do professor, no cotidiano, será deficiente. Por outro lado, os docentes precisariam estar aber-tos e disponíveis para essa mudança ne-cessária: o professor como um profis-sional reflexivo. Os benefícios em se adotar uma reflexão sobre a prática são inúmeros, visto que o profissional aprende quando

compreende as razões de seu fazer e consegue expô-las. Ele percebe que se aprende a ter uma prática mais significa-tiva quando se reflete sobre ela, obtendo os fundamentos de seu fazer. A prática reflexiva em encontros de formação contínua e reuniões pedagógi-cas do corpo docente abrangem:• Expor a prática profissional;• Explicar (descrever) procedimentos adotados;• Confrontar ideias;• Posicionar-se diante do outro em re-lação ao próprio fazer;• Fomentar questionamentos;• Responder a questionamentos;• Tomar consciência das teorias pes-soais;• Levantar hipóteses;• Testar hipóteses;• Desenvolver novas estratégias de

atuação;• Aprender com o outro, com-

partilhando o saber-fazer;• Superar dilemas;

• Fazer escolhas;• Estruturar o próprio

trabalho. Essas ações precisam

ocorrer no sentido das perguntas, das respos-

O compromisso com a qualidade e excelência no Ensino Superior é uma das premissas da FDSBC, sem-pre enaltecida pelo Dr. Mauad, Dire-tor da Faculdade. Tendo em vista este princípio, a Faculdade investe nos profissionais da Casa, para manter o corpo docen-te atualizado e qualificado. Oferecer o melhor aos discentes é a meta da Instituição que, no início deste ano, proporcionou a três professoras a participação no Seminário “Ensino

do Direito Processual”, realizado em Cu-ritiba, nos dias 03, 04 e 05 de fevereiro de 2011, promovido pelo IBDP - Instituto Brasileiro de Direito Processual. O objetivo principal do evento foi discutir as práticas atuais e debater idéias de aperfeiçoamento do ensino do Di-reito Processual no Brasil. Nos três dias do Seminário, as pro-fessoras Rosa Benites Pelicani, Carmela Dell’Isola e Elisabeth Vicentina de Gennari participaram de uma série de palestras que abordaram as metodolo-gias jurídicas e a ensinabilidade do pro-cesso civil brasileiro, um novo modo de ensinar o direito com pluralidade de técnicas. Palestrantes puderam apresentar o ensino do Processo Civil em Portugal,

Seminário sobre Ensino do Direito Processual

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as práticas de mediação na faculdade, indagações sobre “qual é a proposta das faculdades de Direito, hoje?”, educação com amor, como exercer a relação professor x aluno e os méto-dos de avaliação. Foram mais de 12 palestras, nas quais as professoras puderam receber novas informações e trocar experiên-cias e idéias com docentes de outras instituições, atualizando e ampliando conhecimentos.

tas e dos erros, voltadas para nós do-centes e para os outros, implicando esse fazer, para que, assim, tornemo-nos pro-fissionais reflexivos. É um passo para a educação de qualidade.

Indicador de qualidade de ensino Um dos maiores e mais relevantes indicadores de qualidade de ensino, é o IGC – Índice Geral de Cursos, criado a partir dos resultados do Exame Na-cional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). O IGC é um indicador de qualidade de instituições de educação superior, que considera, em sua com-posição, a qualidade dos cursos de gradu-ação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). Ele sintetiza em um único instru-mento a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da mesma instituição de ensino. Divulgado anualmente, o resultado final do IGC é expresso em valores contínuos (que vão

* Por Jozimeire Angélica Vieira da Silva, Coordenadora dos cursos de Pós-Graduação da FDSBC, bacharél em Direito e Mestra em Educação.

de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). Notas 1 e 2 são consideradas insatisfatórias. O indicador orienta as visitas in loco dos avaliadores do Instituto Nacional de Educação e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), além de infor-mar a sociedade sobre a qualidade das instituições. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o IGC está cumprindo a função de diminuir as distâncias entre instrumentos de avalia-ção objetivos e as visitas in loco de espe-cialistas às instituições. “As avaliações in loco vem confirmando os indicadores apontados pelo IGC”, disse. Segundo o ministro, o indicador permite aos avaliadores in loco aferir as deficiências apontadas na avaliação objetiva. “Antes da criação do IGC, os resultados eram muito diferentes”. Caso as visitas dos especialistas con-firmem o resultado do IGC, as institui-ções com notas inferiores a 3 têm prazo para recorrer desse resultado. Mantida

a nota baixa, a instituição não poderá abrir novos campi, cursos ou ampliar va-gas em cursos existentes até resolver os problemas indicados, mediante termo de saneamento firmado com a Secretaria de Educação Superior. “Cada caso é avaliado de perto e, nos casos mais graves, pode haver suspensão dos processos seletivos e até o descredenciamento da instituição”, informa a secretária de educação supe-rior do MEC, Maria Paula. Cálculo do IGC – Para a graduação, o cálculo do IGC considera a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) da instituição. O CPC tem como base o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), o quanto o cur-so agrega de conhecimento ao aluno, além de indicadores de corpo docente, infraestrutura e organização didático-pedagógica.

Fonte: http://portal.mec.gov.br


>>> TCC NOTA 10

A REPERCUSSÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº66/10

NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

TCC nota 10

A PSICOGRAFIA COMO MEIO DE PROVA NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO

Por: Eduardo Fioretti - ex-aluno formado em dezembro/2010

Por: Claudia Lopes de Souza - ex-aluna formada em dezembro/2010

Opinião do Professor

QUARESMA ELEITORAL

Por: Fernando Rogério Jardim - professor de Sociologia Geral e Jurídica e Ciência Política e Teoria do Estado da FDSBC

OPINIÃO DO PROFESSOR <<<

Há duas semanas, os Ministros do Supremo (devemos escrever tais pala-vras com maiúsculas, não?) derrubaram a validade da lei conhecida como “ficha limpa” para as eleições realizadas em 2010. Eu poderia discorrer aqui sobre até que ponto os aspectos técnicos das nor-mas jurídicas deveriam ou não se dobrar aos apelos “demagógicos” ou “draconia-nos” vindos das massas; ou se o autismo político das altas esferas legais, com suas tecnicalidades e tecnocracias, deveriam sobrepujar ou não os clamores legítimos dos eleitores — dos quais, aliás, partiu a tal lei. Não vou. Primeiro porque, como sociólogo, entre a moralidade, a legitimidade e a efetividade das leis, vocês já sabem bem de que lado me poria; segundo porque a questão é mais profunda que isso. Serão empossados candidatos duma certa fauna política que acreditávamos ou desejávamos ter sido exterminada pelas urnas ou pelas grades. Mas ora, não podemos esquecer que as eleições 2010 não foram apenas as da ficha limpa, mas também as eleições do “pior não fica”. E quando lembramos que muitas das figu-ras corruptas supracitadas foram eleitas na rabeira de candidatos folclóricos, gra-ças aos mecanismos de aproveitamento de votos para divisão de sobras (que são bons em tese), podemos aqui ligar as duas pontas da história e perceber em que rede nos enrolaram. Mas não é só isso. Desde o fim das últimas utopias, os referenciais ideológicos vêm se apagando e, como conseqüência disso, os partidos brasileiros souberam bem se adaptar ao novo estado de coisas e refazer seus “pro-gramas” e suas “ideologias” rumo ao cen-tro do espectro político. Aqui no Brasil, se o fim do socialismo cobriu de lírios a identificação partidária com as esquerdas, o fim da ditadura cobriu de lama a identi-

ficação partidária com os direitistas. Nada seria melhor que o centro! A posição de centro ainda sinalizou aos partidos políti-cos uma vantagem de lambujem: o centro nunca desagrada a ninguém; lá concen-tram-se o grosso dos votos do eleitorado, excetuando-se os de extrema direita e os de extrema esquerda, relegados doravante a serem tratados como casos mais ou me-nos graves de psicose. Com isso, a tendên-cia generalizada dos partidos desde então foi um jogo duplo: 1º manter a sigla e o nome cada vez mais vazios do grupo, para dar aos antigos filiados a ilusão de que os liberais mantêm-se liberais, os trabalhistas continuam trabalhistas; e 2º encaminhar--se, por meio de concessões e de coalizões, cada vez mais para o centro. Eis o resul-tado geral: no nível macro, o enfraqueci-mento dos partidos e a personalização das eleições na figura de chefões; no nível mi-cro, a percepção do eleitorado de que “os políticos são idênticos”. Voilà! Se os par-tidos não existem e os políticos são todos iguais, votarei no mais diferente! Entenda--se por mais diferente o mais esquisito e fanfarrão. Lembro-me que quando os dinossau-

ros dominavam a Terra e as cédulas eram de papel, essas manifestações humorísti-cas do eleitorado não tinham efeito grave, uma vez ignoradas e computadas como votos nulos. Mas a adoção das urnas ele-trônicas bloqueou essa “sublimação psi-cológica” que era o voto de protesto do cidadão; e então, agora, vivemos “o re-torno do recalcado”: os partidos políticos, percebendo as oportunidades abertas por essa brecha técnica, e tentando direcionar para eles a demanda represada por pro-testo, passaram a trazer, afiliar e apresentar como cabeças-de-legenda as mesmas figu-ras bizarras que fatalmente figurariam nas antigas cédulas de papel, mas que, àquela época, teriam o merecido fim da lata de lixo. Agora, porém, o riso tornou-se sério, porque os palhaços são realmente empos-sados, trazendo consigo os piratas e os ladrões. E assim vão as coisas: 1) os par-tidos vieram para o centro; 2) os eleitores os perceberam como vazios e os políticos como idênticos; 3) passaram então a votar nos mais diferentes; 4) a urna eletrônica en-gessou o protesto; 5) os partidos o usaram; 6) os bizarros trouxeram os corruptos; 7) os corruptos serão agora empossados.

Após estudo dedicado para realiza-ção da Monografia, pude concluir que a psicografia está cada vez mais presente

nos casos levados ao Judiciário. Para que a mensagem psicografada tenha maior aceitação no campo proces-sual, é necessário que seja vista como ciência, isto é, livre de qualquer precon-ceito ou dogmas religiosos. Além disso, deve ser fruto do trabalho de um médium responsável, seguindo al-guns critérios de credibilidade tais como gratuidade, semelhança na grafia, moral mediúnica e observância do meio em que foi obtida. Tais critérios não são regras impos-tas pelos Tribunais ou legisladores, mas contribuem para maior aceitabilidade desse documento junto às outras provas existentes. Juridicamente não há qualquer es-

pécie de impedimento para a utilização desse tipo de prova. A legislação é total-mente omissa quanto ao tema. Tanto no processo penal quanto no cível, a prova psicografada respeita as exigências legais e morais relativas às provas. Respeita também os Princípios Pro-cessuais, tais como, Contraditório e Ampla Defesa e tem como forte aliado, o Princípio do Livre Convencimento Motivado do Juiz. Logo, não há qualquer impedimento legal ou moral que sustente a impossi-bilidade do uso de prova psicografada, sendo este um documento válido, pas-sível de perícias e de livre análise do Magistrado e, portanto, admissível no sistema jurídico brasileiro.

Defendida em janeiro de 2011, esta monografia buscou trazer à tona alguns aspectos da recente Emenda Constitucio-nal n° 66, que acabou por alterar o siste-ma normativo no que tange à dissolução do casamento no Brasil. No entendimen-to de alguns, a alteração é auto-aplicável, com eficácia imediata, ao passo que para outros, é carecedora de regulamentação infra-constitucional. O trabalho seguiu uma linha de pesquisa histórica e tele-ológica, no sentido de buscar a verdadei-ra intenção do legislador ao promover a alteração, chegando o autor à conclusão de que é mais acertada a opinião daqueles

que entendem pela eficácia imediata da norma. Por fim, o trabalho pontuou questões de ordem prática advindas após a promulgação da referida Emenda. O TCC teve como orientador o Professor Dr. Luiz Antonio Mattos Pimenta Araujo, e contou com a presença dos professores Dra. Leonor Azevedo Alves Coelho e Dr. Estevan Lo Ré Pousada na banca exami-nadora, contando ainda com a colabo-ração da professora Dra. Glaucia Luna Meira. O tema é recente e a bibliografia sobre o assunto é ainda escassa, tendo o trabalho se destacado por ser pioneiro na abordagem da questão.

“Serão empossados candidatos duma certa fauna política

que acreditávamos ou desejávamos ter sido exterminada

pelas urnas ou pelas grades. Mas ora, não podemos esquecer

que as eleições 2010 não foram apenas as da ficha limpa,

mas também as eleições do ‘pior não fica’.”

Claudia Lopes de Souza

Eduardo Fioretti


>>> DICA DE LEITURA / PERFIL DO FUNCIONÁRIOPERFIL DO PROFESSOR <<<

Dica de LeituraPor: Fernando Rogério Jardim - professor de Sociologia Geral e Jurídica e Ciência Política e Teoria do Estado da FDSBC

Perfil do Funcionário

Perfil do Professor

Venho relendo Crime e Costume na Sociedade Selvagem. Publicado em 1926 pelo polêmico antropólogo Bronislaw

Malinowski (1884-1942), esse texto clás-sico foi pioneiro em mostrar que os povos então considerados “primitivos” ou “selvagens” (neste caso, os ilhotas da Nova Guiné) têm sua lei baseada não em paixões desenfreadas e animalescas, mas numa firme ordem jurídica. Ao contrário dos ocidentais, suas leis não são codificadas ou particionadas; seus órgãos jurídicos e policiais não são sepa-rados do resto do mundo social; de certa forma, é a sociedade que julga e pune. Os primitivos têm uma lei civil e uma

lei penal, mas não há nenhum castigo que previna as ações contra tais leis, ne-nhum temor religioso ou racional, ne-nhum estigma da opinião pública; o que assegura sua obediência é o fato d’elas virem concatenadas automática e mutu-amente, onde cada obrigação está unida a outras cadeias paralelas de obrigações e de costumes, estendendo-se para lon-gos períodos e vastos aspectos, incluin-do concepções religiosas, ritos, tabus e sistemas de parentela. A lei é uma força indiferenciada sim, mas omnipresente e criadora de coesão social. Como toda obra do autor, embora o livro seja re-cheado de saborosas narrativas sobre ca-sos cotidianos do “universo selvagem”, o interesse aqui não está no que é reve-lado sobre eles, mas na dúvida que lança sobre aquilo que cremos natural em nós: as leis.

Título: CRIME E COSTUME NA SOCIEDADE SELVAGEMAutor: BRONISLAW MALINOWSKIEditora: UNB, 2003

Fazer o curso de Direito sempre foi o sonho da Professora Patrícia Caldeira. E ela já tinha como objetivo seguir a car-reira acadêmica. A incerteza era quanto à carreira a seguir após o curso: magis-tratura, promotoria, advocacia... Procurou fazer estágios na promo-toria, em escritório de advocacia e mes-mo assim não teve certeza do caminho a trilhar. Ela saiu da Faculdade e logo ma-triculou-se no curso preparatório para concursos, que de qualquer forma foi uma excelente oportunidade para re-viver as matérias de toda a graduação. Resolveu então trabalhar em es-critório de advocacia e teve a oportuni-dade de iniciar com temas relacionados à Defesa do Consumidor. Esse foi o começo de sua carreira de advogada, atuando para planos de saúde, médicos, hospitais e labo-ratórios. Como passou a ser um tema freqüente no dia-a-dia da professora Patrícia, foi bus-car uma especialização e fez o curso em Direito das Relações de Consumo. Entusiasmada com o estudo, começou a se in-teressar pelo Mestrado e logo se matriculou, concentrando os estudos em Direito do Consumidor e Processo Cole-tivo. Assim também foi com o Doutorado. “Minha atuação principal acabou sendo relações de con-sumo e em seguida processos coletivos, especialmente ações civis públicas envolvendo cooperativas de trabalho”, lembra a professora. Atualmente continua tra-

balhando com direito do consumidor e fortemente nas ações civis públicas, não mais para cooperativas de trabalho, mas para setores específicos e relacionados à defesa do consumidor. “Tive a sorte de estar ao lado dos grandes mestres do tema e também a oportunidade de fazer parte do PROCON/SP, conhecendo de perto a difícil, mas brilhante atuação desse importante órgão de proteção e de-fesa do consumidor”, conta. Na carreira acadêmica, antes de ingressar no concurso para professor titular da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, lecionou em outras faculdades e universidades e, no início, em várias disciplinas. “Fora do trabalho, tenho o privilégio de ter uma linda família, dois filhos in-

críveis e maravilhosos, que preenchem a minha vida e a torna a cada dia melhor”, diz a professora. A professora Patrícia Caldeira gosta muito dos finais de semana, feriados e férias, momentos que dedica-se aos seus filhos e desfruta com eles de passeios, viagens, cinema ou simplesmente um momento de tranqüilidade, de amor e carinho. “Melhor ainda é poder acordar com eles”, conta ela. Com o filho mais velho, vive o mo-mento da escola, das provas e aprecia estudar com ele, acompanhar as lições e os resultados obtidos. “A família é um porto seguro para todos”. A tarefa difícil, diz ela, mas não im-possível, é conciliar tudo e conseguir dar conta da profissão, da família e dos objetivos pessoais.

“Viver na sociedade de consumo

não é tarefa fácil, mas o importante é não se deixar levar,

sob pena de passar a vida

buscando necessidades criadas,

não exatamente reais.”

Trabalhando na Faculdade desde abril de 1999, Ivete Irene Ricci Hatori iniciou seus trabalhos na Seção de Fi-nanças, principalmente no atendimento ao aluno, trabalhando inclusive no Cen-tro de Apoio ao Aluno. Há 6 anos é encarregada do Serviço de Compras, Materiais e Licitações, onde realiza as aquisições necessárias à Faculdade e promove todos os pro-cessos licitatórios. “Gosto muito do trabalho que realizo hoje em dia. Me encontrei como profissional e me sinto em casa”, diz Ivete.

Casada há 26 anos e mãe de Vinícius, é muito orgulhosa do filho, formado e com uma profissão. “Sou muito caseira. Gosto de estar com a família, ouvir música, descansar a mente.”

Ivete Hatori

Sonhar é uma das melhores coisas da vida,

mas o melhor mesmo é acordar e lutar por cada um de

nossos sonhos!

Foto: Marcos Lins

Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo24

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