noticiário 14 03 2015

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Bombeiros resgatam mais de mil pessoas em praias da região Lixão cresce em áreas no Jardim Vitória Apesar de não registrar óbitos, casos de risco ocorridos nos litorais de Macaé e de Rio das Ostras durante o feriado do Carnaval foram considerados preocupantes. Consumo de álcool está relacionado à maioria dos incidentes PÁG. 5 Apesar do ISS, principal fonte de arrecadação, ter gerado superávit, Macaé consolida novos efeitos negativos da crise www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 14 e segunda- feira, 15 de fevereiro de 2016 Ano XL, Nº 8941 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES MARIANNA FONTES Oscilação na dinâmica do mercado do petróleo pressiona queda na arrecadação de Macaé já no primeiro mês deste ano Canos abandonados surpreendem moradores facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon Os loteamentos Jardim Vitória I e II são um dos bairros mais valorizados em Macaé. O lixão que cresce no entorno tem sido motivo de vergonha e preocupação para quem vive ali. Essa semana, o Bairros em Debate volta ao local pa- ra ver se algumas das melhorias prometidas na última visita foram cumpridas. Apesar de serem famosos pelas ruas tranquilas e belas residências, por trás dessa imagem de bairro-modelo ainda se escondem diversos problemas de infraestrutura. O loteamento fica localizado em um ponto pou- co frequentado, mas a poucos minutos da região central. Apesar de ter sofrido um forte crescimen- to nos últimos anos, é comum ver grandes quanti- dades de casas ainda sendo erguidas. Os diversos terrenos vazios demonstram que a tendência é que o número de residências aumente ainda mais nos próximos anos. Diante disso, é importante que alguns serviços sejam feitos a curto prazo, a fim de evitar que eles se agravem com o passar do tempo. PÁG. 8 N o primeiro mês de 2016, a Capital Nacional do Petróleo registrou o 'encolhimento' de 13% do or- çamento estimado, calculando assim um déficit de R$ 23 mi- lhões, entre o volume de recei- tas arrecadadas e os valores pre- vistos para janeiro. Os números reforçaram o sinal de alerta já emitido pelo governo, diante de efeitos mais profundos em relação à crise do petróleo. Nos primeiros 30 dias deste ano, Macaé consolidou o re- colhimento de quase R$ 162 milhões em impostos. O prin- cipal fator para o registro des- te número é a capacidade da cidade em gerar as chamadas receitas próprias. Para janei- ro, Macaé estimava arrecadar cerca de R$ 51 milhões apenas com o Imposto Sobre Serviços (ISS), principal fonte capaz de promover o equilíbrio fiscal da cidade. Representando o resul- tado das atividades econômicas movimentadas pela dinâmica de produção do petróleo, o ISS gerou um excesso de arrecada- ção de mais de R$ 14 milhões, ao render para a cidade um total de R$ 65 milhões em receitas. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também gerou superávit em ja- neiro para Macaé. Ao prever a arrecadação de R$ 31 milhões, DEFESO DA SARDINHA TERMINA NESTA SEGUNDA ABERTA INSCRIÇÃO PARA RESIDÊNCIA CONFIRA NESTA EDIÇÃO: CADERNO DE EDUCAÇÃO Problema em loteamentos já tem sido relatado pelo jornal há mais de três anos R$ 1,50 a cidade consolidou o recebi- mento de mais de R$ 36 mi- lhões, repassados pelo governo do Estado. Com isso, o excesso de receitas foi de R$ 5 milhões. Porém, os superávits do ICMS e do ISS não foram suficientes para garantir à Capital Nacio- nal do Petróleo o valor total de arrecadação estimado pelo governo. De acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, Macaé previa recolher em janeiro mais de R$ 185 milhões. Como foram obtidos apenas R$ 161 milhões, a cidade amarga o déficit de R$ 23 milhões. PÁG. 3 DÉFICIT DE R$ 23 MILHÕES ECONOMIA, PÁG.11 EDUCAÇÃO, PÁG.9 POLÍTICA BAIRROS EM DEBATE Ano letivo começa nesta segunda ÍNDICE TEMPO POLÍTICA EDUCAÇÃO Cerca de 40 mil alunos retornam às escolas públicas municipais PÁG. 9 WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES Sessões acontecem no Palácio Natálio Salvador Antunes Alunos da educação infantil passam por período de adaptação Câmara abre último período legislativo Após recesso, sessões ordinárias serão retomadas nesta terça PÁG. 3 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 33º C Mínima 20º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS Privatização de presídios é necessária Novas escolas na volta às aulas Odebrecht realiza atualização cadastral Talento e arte em festa de 10 anos Ramiro Campos faz abordagem sobre sistema brasileiro PÁG. 5 Duas novas unidades serão entregues pelo município PÁG. 9 Sistema oferece a usuário acesso digital de dados PÁG. 11 Fotógrafo e publicitário Santiago César Santiago celebra data CAPA

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Page 1: Noticiário 14 03 2015

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Bombeiros resgatam mais de mil pessoas em praias da região

Lixão cresce em áreas no Jardim Vitória

Apesar de não registrar óbitos, casos de risco ocorridos nos litorais de Macaé e de Rio das Ostras durante o feriado do Carnaval foram considerados preocupantes. Consumo de álcool está relacionado à maioria dos incidentes PÁG. 5

Apesar do ISS, principal fonte de arrecadação, ter gerado superávit, Macaé consolida novos efeitos negativos da crise

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016Ano XL, Nº 8941Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

MARIANNA FONTES

Oscilação na dinâmica do mercado do petróleo pressiona queda na arrecadação de Macaé já no primeiro mês deste ano

Canos abandonados surpreendem moradores

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Os loteamentos Jardim Vitória I e II são um dos bairros mais valorizados em Macaé. O lixão que cresce no entorno tem sido motivo de vergonha e preocupação para quem vive ali. Essa semana, o Bairros em Debate volta ao local pa-ra ver se algumas das melhorias prometidas na última visita foram cumpridas. Apesar de serem famosos pelas ruas tranquilas e belas residências, por trás dessa imagem de bairro-modelo ainda se escondem diversos problemas de infraestrutura. O loteamento fica localizado em um ponto pou-co frequentado, mas a poucos minutos da região central. Apesar de ter sofrido um forte crescimen-to nos últimos anos, é comum ver grandes quanti-dades de casas ainda sendo erguidas. Os diversos terrenos vazios demonstram que a tendência é que o número de residências aumente ainda mais nos próximos anos. Diante disso, é importante que alguns serviços sejam feitos a curto prazo, a fim de evitar que eles se agravem com o passar do tempo. PÁG. 8

No primeiro mês de 2016, a Capital Nacional do Petróleo registrou o

'encolhimento' de 13% do or-çamento estimado, calculando assim um déficit de R$ 23 mi-lhões, entre o volume de recei-tas arrecadadas e os valores pre-vistos para janeiro. Os números reforçaram o sinal de alerta já emitido pelo governo, diante

de efeitos mais profundos em relação à crise do petróleo.

Nos primeiros 30 dias deste ano, Macaé consolidou o re-colhimento de quase R$ 162 milhões em impostos. O prin-cipal fator para o registro des-te número é a capacidade da cidade em gerar as chamadas receitas próprias. Para janei-ro, Macaé estimava arrecadar

cerca de R$ 51 milhões apenas com o Imposto Sobre Serviços (ISS), principal fonte capaz de promover o equilíbrio fiscal da cidade. Representando o resul-tado das atividades econômicas movimentadas pela dinâmica de produção do petróleo, o ISS gerou um excesso de arrecada-ção de mais de R$ 14 milhões, ao render para a cidade um total de R$ 65 milhões em receitas. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também gerou superávit em ja-neiro para Macaé. Ao prever a arrecadação de R$ 31 milhões,

DEFESO DA SARDINHA TERMINA NESTA SEGUNDA

ABERTA INSCRIÇÃO PARA RESIDÊNCIA

CONFIRA NESTA EDIÇÃO: CADERNO DE EDUCAÇÃO

Problema em loteamentos já tem sido relatado pelo jornal há mais de três anos

R$ 1,50

a cidade consolidou o recebi-mento de mais de R$ 36 mi-lhões, repassados pelo governo do Estado. Com isso, o excesso de receitas foi de R$ 5 milhões. Porém, os superávits do ICMS e do ISS não foram suficientes para garantir à Capital Nacio-nal do Petróleo o valor total de arrecadação estimado pelo governo. De acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, Macaé previa recolher em janeiro mais de R$ 185 milhões. Como foram obtidos apenas R$ 161 milhões, a cidade amarga o déficit de R$ 23 milhões. PÁG. 3

DÉFICIT DE R$ 23 MILHÕES

ECONOMIA, PÁG.11 EDUCAÇÃO, PÁG.9

POLÍTICA BAIRROS EM DEBATE

Ano letivo começa nesta segunda

ÍNDICE

TEMPO

POLÍTICA EDUCAÇÃO

Cerca de 40 mil alunos retornam às escolas públicas municipais PÁG. 9

WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES

Sessões acontecem no Palácio Natálio Salvador Antunes Alunos da educação infantil passam por período de adaptação

Câmara abre último período legislativoApós recesso, sessões ordinárias serão retomadas nesta terça PÁG. 3

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 33º CMínima 20º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS

Privatização de presídios é necessária

Novas escolas na volta às aulas

Odebrecht realiza atualização cadastral

Talento e arte em festa de 10 anos

Ramiro Campos faz abordagem sobre sistema brasileiro PÁG. 5

Duas novas unidades serão entregues pelo município PÁG. 9

Sistema oferece a usuário acesso digital de dados PÁG. 11

Fotógrafo e publicitário Santiago César Santiago celebra data CAPA

Page 2: Noticiário 14 03 2015

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

CidadeEDIÇÃO: 313 PUBLICAÇÃO: 16 DE DEZEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Câmara aprovou 780 Proposições em 81

Durante os dois períodos ordinários do exer-cício legislativo de 1981, a Câmara Municipal de Macaé, sob a presidência do Vereador Antonio Olinto Bordallo, apreciou 780 proposições, sen-do 25 projetos de lei, 288 requerimentos, 242 in-dicações, e 255 moções, tendo sido proferidos no Grande Expediente 259 discursos.

Coordenador Regional do INCRA visita Macaé

O Dr. Paes Loureiro, Coordenador Regional do Instituto Nacional de Colonização e Refor-ma Agrária - INCRA, encontra-se desde terça-feira em Macaé, fazendo visita à Fazenda São Miguel, em Glicério.

Hoje, às 10 hs também os quatro premiados a nível estadual, Darki Batista dos Santos, Pianor Viana da Costa, Antonio Augusto da Cunha e Natanael Soares da Rocha, estarão visitando aquela localidade, segundo informações da Assessoria de Comunicação Social do INCRA.

“Destaques do Ano” e Elegantes recebem homenagem sexta-feira

Os mais elegantes listados pela colunista Maria Lucia Piersanti, são: Maria Luíza Pinhei-ro, Nita Selem Gonçalves, Lucélia Valença, Leci Cure, Denise Tavares, Marilda Borges, Gessy Camargo, Rosa Maria Neto, Maria Augusta Alvim e Nilcéia Carvalhaes Frossard, na cate-goria feminino, e, Ivan Quintino Teixeira, Ge-raldo Mussi, Luiz Fernando Marques de Souza, Marcos Duboc, Ciro Lopes de Oliveira, Marcio

Cure, Marco Antonio Infante Vieira, Luiz Car-los Riztiman, Ronaldo Câmara e Carlos Emir Mussi, na categoria masculino.

Falta de energia em Cabo Frio deixa TV Globo fora do ar

O Assessor de Turismo da Prefeitura, João Batista Vieira Souza, informou ontem quando encerrávamos esta edição, de que a TV Globo estava fora do ar, devido a falta de energia em Arraial do Cabo, distrito de Cabo Frio, onde está instalada a torre retransmis-sora que emite sinais para Macaé.

Ele afirmou que pretende levar para aque-la localidade um gerador para evitar que fatos como este continuem se repetindo e trazendo problemas para os telespectadores macaenses.

Ocupação irregular cresce em área de restinga na Fronteira

A Secretaria de Ambiente informa que o Parque Atalaia está aberto à visitação: o agendamento é necessário apenas para grupos acima de dez pessoas, por meio do e-mail [email protected]

Se, por um lado, Macaé registra a redução de ocupação de imóveis

situados em áreas de classe média alta, por outro, a ocu-pação irregular da área da restinga da Fronteira segue a passos e a olhos vistos, mas não das autoridades compe-tentes. Ambos os fenômenos gerados pela crise do petró-leo, a situação da Fronteira torna-se mais preocupante por dois pontos distintos: o primeiro é a degradação am-biental sofrida pela área de vegetação nativa do litoral norte da cidade. A outra é a questão social, já que dezenas de famílias passaram a viver em condições improvisadas quanto ao acesso à água e à energia elétrica. A última

reportagem sobre o proces-so de ocupação irregular da restinga foi feita pelo jornal O DEBATE em outubro do ano passado. Quatro meses de-pois, a pequena comunidade ganhava tamanho, com vielas totalmente fora dos padrões, o que implica até nas obras de infraestrutura, uma vez que essas famílias permaneçam ali. A consequência de tudo isso é cada vez mais a redução desse tipo de vegetação, situ-ação que pode causar muitos problemas - alguns deles já presenciados na cidade -, co-mo os dos prejuízos gerados pela ressaca. A restinga tem como função conter os avan-ços do mar na costa terrestre, sendo responsável por segu-rar os impactos do sal.

Região perde R$ 125 miJuntos, os municípios produ-tores de petróleo concentrados no Norte Fluminense e Região dos Lagos perderam mais de R$ 125 milhões neste mês, apenas com a primeira cota da Partici-pação Especial. Um novo déficit está por vir através da liberação da parcela dos royalties do pe-tróleo. Em valor total, Campos dos Goytacazes acumulou na semana passada o maior preju-ízo, ao deixar de arrecadar mais de R$ 74 milhões com a cota, em comparação ao repasse recebido no mesmo mês do ano passado. Já em perdas absolutas, Cabo Frio apresentou o pior cenário entre todos os demais municípios pro-dutores. A cidade turística rece-beu o repasse de R$ 1,2 milhão, enquanto, no ano passado, foram depositados quase R$ 15 milhões. O prejuízo do município é de mais de R$ 13 milhões. Rio das Ostras também amargou um déficit sig-nificativo com o repasse da Parti-cipação Especial. Enquanto, ano passado, foram liberados mais de R$ 17,9 milhões, neste ano, a cida-de só recebeu R$ 3,7 milhões.

KANÁ MANHÃES

WANDERLEY GIL

Page 3: Noticiário 14 03 2015

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016 3

PolíticaEQUILÍBRIO

Município já registra dé�cit de R$ 23 milhões neste anoApesar da principal fonte de arrecadação ter gerado superávit, o ISS, a Capital Nacional do Petróleo consolida novos efeitos negativos da criseMárcio [email protected]

No primeiro mês de 2016, a Capital Nacional do Petróleo registrou o

'encolhimento' de 13% do or-çamento estimado, calculan-do assim um déficit de R$ 23 milhões, entre o volume de receitas arrecadadas e os valo-res previstos para janeiro. Os números reforçaram o sinal de alerta já emitido pelo go-verno, diante de efeitos mais profundos em relação à crise do petróleo.

Nos primeiros 30 dias des-te ano, Macaé consolidou o recolhimento de quase R$ 162 milhões em impostos. O principal fator para o registro deste número é a capacidade da cidade em gerar as chama-das receitas próprias.

Para janeiro, Macaé estima-va arrecadar cerca de R$ 51 milhões apenas com o Imposto Sobre Serviços (ISS), principal

fonte capaz de promover o equi-líbrio fiscal da cidade.

Representando o resulta-do das atividades econômicas movimentadas pela dinâmica de produção do petróleo, o ISS gerou um excesso de arrecada-ção de mais de R$ 14 milhões, ao render para a cidade um total de R$ 65 milhões em receitas.

O Imposto sobre a Circula-ção de Mercadorias e Serviços (ICMS) também gerou supe-rávit em janeiro para Macaé. Ao prever a arrecadação de R$ 31 milhões, a cidade consoli-dou o recebimento de mais de R$ 36 milhões, repassados pelo governo do Estado. Com isso, o excesso de receitas foi de R$ 5 milhões.

Porém, os superávits do ICMS e do ISS não foram sufi-cientes para garantir à Capital Nacional do Petróleo o valor total de arrecadação estimado pelo governo.

De acordo com a Lei Orça-mentária Anual (LOA) de 2016,

Macaé previa recolher em ja-neiro mais de R$ 185 milhões. Como foram obtidos apenas R$ 161 milhões, a cidade amarga o déficit de R$ 23 milhões.

A queda foi impulsionada principalmente pelas perdas com os repasses dos royalties do petróleo que, juntos, somaram um déficit de mais de R$ 7 mi-lhões apenas no primeiro mês.

Outras fontes orçamentárias, como o IPVA, IPTU, ITBI e re-

passes da União também provo-caram a queda na arrecadação do município nos primeiros 30 dias deste ano.

Como já era esperada, a que-da na arrecadação fez o gover-no anunciar medidas que visam contingenciar despesas orçadas em mais de R$ 500 milhões nes-te ano. E a principal ação a ser adotada pela prefeitura será o corte de 600 cargos comissio-nados e funções gratificadas.

KANÁ MANHÃES

Oscilação na dinâmica do mercado do petróleo pressiona queda na arrecadação de Macaé já no primeiro mês deste ano

Fonte Previsão Arrecadação BalançoISSQN R$ 51.279.612,00 R$ 65.862.108,41 R$ 14.582.496,41IPTU R$ 735.164,00 R$ 355.669,80 - R$ 379.494,2ICMS R$ 31.881.753,00 R$ 36.914.338,28 R$ 5.032.585,28IPVA R$ 6.449.162,00 R$ 7.309.434,97 - R$ 860.272,97IPI R$ 1.119.785,00 R$ 991.058,04 - R$ 128.726,96Royalties 1 R$ 24.066.198,00 R$ 19.579.000,56 - R$ 4.487.197,44Royalties 2 R$ 7.875.103,00 R$ 5.352.628,47 - R$ 2.522.474,53

Total Geral R$ 185.078.782,40 R$ 161.931.482,09 - R$ 23.147.300,31

RECEITAS

Previsão X Consolidado em janeiro

Sessão ordinária e Audiência Pública abrem calendário político

LEGISLATIVO

Para esquentar ainda mais os embates entre a ban-cada de governo e o bloco de oposição, formado também pela opinião de parlamentares 'inde-pendentes', o calendário políti-co da cidade será aberto com o tema que divide opiniões e que também está diretamente liga-do com a disputa eleitoral deste ano: a concessão do transporte público municipal.

Após 45 dias de recesso, e um ano de intensos debates, a Câ-mara de Vereadores abre nesta terça-feira (16) a programação das sessões ordinárias do últi-mo ano da atual legislatura. Em virtude de 'atritos' passados, a presença do prefeito Dr. Aluízio

Após 45 dias de recesso, Câmara de Vereadores retoma atividades nesta terça

Júnior (PMDB) no Palácio Na-tálio Salvador Antunes é incerta.

Com o retorno dos trabalhos em plenário, o parlamento abre também a pré-temporada elei-toral, pautada pelos discursos que marcam o momento polí-tico das sessões ordinárias.

E, entre todos os debates já registrados na Casa do Povo, o transporte público segue como o ponto fulcral na relação entre os parlamentares que partici-pam de lados políticos opostos dentro do Legislativo.

Com pedidos de abertura de Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) protoco-lados na secretaria da Casa, o bloco de oposição, liderado pelo vereador Igor Sardinha (PRB), segue com o discurso contrário ao atual sistema de exploração do serviço.

Já a bancada de governo, pre-sidida pelo vereador Julinho do

WANDERLEY GIL

Câmara abre último ano da atual legislatura nesta terça-feira

Aeroporto (PPL), dá o suporte necessário ao Executivo pa-ra implementar o projeto que promoverá a nova concorrência das linhas de transporte, objeto da Audiência Pública que deve acontecer na tarde desta quin-ta-feira (18).

A participação da assistên-cia, formada por assessores e representantes de instituições pública e privada da cidade, dão o tempero essencial para garan-tir, a partir desta semana, um novo período turbulento para a política local.

Como tradição, prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB) deve participar da abertura dos trabalhos na Câmara

NOTA

PONTODE VISTA

Transcorridos os feriados longos, dentre os quais o período de Carnaval que, na prática, chega ao fim neste domingo, com o retorno daqueles que tiveram oportunidade para programar férias, começa na segunda-feira mais um ciclo de atividades, quando o país, de fato, passa a funcionar.

... é seu. Este velho e conhecido ditado popular, utilizado por alguém que pretende não ser responsabilizado, vai sendo adotado em Macaé, também, pelo governo muni-cipal e órgãos do governo estadual e federal.

Os “do contra” estão utilizando a rede social para criticar o governo municipal. Alguns políticos cobram as “mudanças” que não ocorreram e citam que as obras realizadas até agora foram todas projetadas pelo ex-prefeito Riverton Mussi, inclusive as obras de esgotamento sanitário. “Riverton deixou não só a legislação e todo o projeto concluído, assim como homologou o contrato”. A conferir.

Enquanto isso, alguns espaços que deveriam merecer cuidados especiais para proporcionar lazer à população, como o Parque da Cidade e o Ginásio Poliesportivo Engenheiro Maurício Bittencourt, estão jogados às traças. Mesmo com orçamento bilionário, nenhuma ação constou do orçamento, até que a crise chegou ano passado e obrigou a diminuir despesas. Mas tem quem afirme que há jeito.

Até domingo.

A partir desta semana, quando a Câmara Municipal reiniciará suas atividades parlamentares, sabe-se que é grande a lista de vereadores que pretendem, da tribuna, “abrir o bico” cobrando uma série de promessas do governo de Dr. Aluízio que não foram cumpridas. As cobranças serão inúmeras. Enquanto isso, cresce a fila de assessores que pretendem figurar na lista de pré-candidatos a vice-prefeito. Quem vai receber a bênção?

Hora de começar

Toma que o filho...

As escolas abrem suas por-tas, as empresas se adequam ao novo momento, não com muito fôlego, as famílias vão fazendo os ajustes nas contas a pagar com mensalidades escolares, IPVA, IPTU e outras taxas comuns no dia a dia do cidadão. Assim, o dever de casa começa a ser praticado dentro de uma nova realidade, com exceção da clas-se política e ocupantes de cargos comissionados no serviço públi-co que, parece não sentir tanto, porque “ao rezar na cartilha” do governo tem a remuneração garantida no fim do mês, graças aos contribuintes que pagam em dia os incontáveis impostos. Bem, é hora de começar, tam-bém, as atividades no Congres-so Nacional, onde os presiden-tes do Senado e da Câmara dos Deputados, envoltos em alguns escândalos que vão sendo apura-dos pela Procuradoria Geral da República, dependendo do Su-premo Tribunal Federal (STF) por gozarem de foro especial

(que deveria acabar), junto com uma grande lista de parlamenta-res. A partir da próxima semana, vamos voltar a ter informações ainda mais bombásticas, consi-derando que grandes figuras da república estão sendo investi-gadas e, algumas, ainda buscam através do populismo, apoio da população mais desavisada - se é que, no mundo de hoje, ain-da exista. Como os candidatos a vereador, a prefeito e a vice-prefeito, com a nova legislação eleitoral, poderão ser registra-dos até o dia 5 de julho (quan-do terminam as convenções), a dança das cadeiras ainda não acabou. O que ainda gera dúvida é a obrigatoriedade de os parti-dos terem os diretórios registra-dos. Ou seja, para, de forma mais democrática e participativa dos filiados, escolher os pretensos futuros candidatos. Mas como o Carnaval ainda não acabou totalmente, vamos ter alguns “blocos” desfilando de acordo com a vontade do “Rei”.

Não será a última vez que abor-daremos aqui um dos maiores cri-mes ambientais que vêm sendo praticado pela prefeitura, que está permitindo, desde o ano passado, a ocupação da restinga que vai da Fronteira até o Bar do Coco. A praia de São José do Barreto, que acaba no Lagomar, onde começa o Parque Nacional de Jurubatiba - antes local de paisagismo ambien-tal, onde os mais antigos tinham como área de lazer, catando pi-tangas e outros pequenos frutos, protegido sempre quando a Ma-rinha ou o Incra acionava a Polí-cia Federal - continua de maneira célere a ser ocupado, com a edifi-cação de casas de alvenaria, sem que os invasores (que poderiam se organizar, mas não o fazem), soli-citassem a algum órgão ajuda pa-ra manter o arruamento entre as casas, já que, no futuro, o governo municipal vai, obrigatoriamente (os contribuintes que mantêm em dia seus impostos vão pagar uma conta bem alta) dotar o local de infraestrutura com a instalação de água, esgoto, iluminação, rede de águas pluviais, pavimentação, dentre outras que serão exigidas. Se continuar tão acelerada a ocu-pação, não haverá tempo para, no mínimo, tentar organizar a ocu-pação (???), mas como em 2016 temos eleições para prefeito, vice

e vereadores, ninguém se envolve e chuta a bola pra frente. A prefei-tura informou, esta semana, que vem atuando para coibir ocupa-ções irregulares e o trabalho é re-alizado pela Comissão de Pronta Ação. Diz que, no entanto, só po-de atuar em áreas que pertencem ao município. Ora, por ser área de Marinha, ou Patrimônio da União, não estão no município? E mais: que integram a Comissão, a Secretaria de Ordem Pública, De-senvolvimento Social e Direitos Humanos, Secretaria de Serviços Públicos, Secretaria de Ambiente, Procuradoria Geral e Habitação. Diz a nota da prefeitura que como o terreno pertence à União, a fis-calização e atuação cabe à Polícia Federal, sendo o município impe-dido (?) de atuar, e que dois ofícios foram encaminhados à Polícia Fe-deral solicitando adoção de medi-das, mas que não foram recebidas respostas. Bem, não cabe aqui afir-mar que está havendo negligência ou prevaricação. Vale perguntar: acionaram o Ministério Público Federal? Evidente que não! Ve-jam e entendam. Por que o lado norte da cidade merece descaso com a restinga, e no lado sul, na Praia do Pecado, não se permite construir? Difícil saber de quem é a responsabilidade. Mas quando a conta chegar...

PONTADA

Page 4: Noticiário 14 03 2015

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

O ano político/eleitoral de Macaé não poderia ser aber-to com tema melhor: a exploração do transporte mu-nicipal. Em um debate que vai desde o futuro das duas composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) até a concessão do transporte a R$ 1, a análise nas entrelinhas do novo projeto elaborado pelo governo é fundamental para o futuro do serviço, pelos próximos 15 anos.

“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca.” (Amós 5,24). Eis o desejo de Deus, pela boca do Profeta Amós. E isso é possível? Sim, é possível! Deus nos criou, criou a Mãe Terra capaz de alimentar todos os seus filhos, e com saúde. Parece-me que nós, pessoas, estamos viven-do contra a lógica da vida: não cuidamos do mundo, nossa casa comum, não cultivamos o jardim de Deus.

Entrelinhas

Casa comum, nossa responsabilidade

Sem dúvida, as linhas públi-cas municipais são as artérias responsáveis pela rotina econô-mica do município que ainda é responsável pela maior parcela da produção do petróleo nacio-nal, uma posição ainda funda-mental para o Brasil, mesmo diante do cenário de crise.

De acordo com números da secretaria municipal de Mo-bilidade Urbana, mais de três milhões de passageiros são transportados por mês nos mais de 200 coletivos admi-nistrados pela SIT, empresa que detém desde 2001 a con-cessão para explorar o serviço cuja tarifa atual é de R$ 3,17.

Porém, nesses 15 anos - completados em setembro do ano passado - ocorreu uma verdadeira transformação no perfil do transporte público municipal e a demanda dos usuários, mediante prin-cipalmente o exponencial crescimento populacional registrado por Macaé.

Ao longo desses anos, ideias surgiram para aprimorar o serviço, como a integração do transporte de vans, e até mes-mo, a utilização da linha férrea

para o transporte de massas.Desse sonho utópico e me-

galomaníaco restaram apenas duas composições, adquiridas por R$ 15 milhões, que trans-portaram pessoas apenas em seu dia de apresentação, há cerca de cinco anos.

Hoje, as duas composições do VLT podem representar o de-safio do governo em criar um novo sistema eficiente de des-locamento de massas na cidade.

Por mais que haja a neces-sidade da discussão sobre a modernização e a sustentabi-lidade, é fato que o serviço con-tinuará sendo baseado no mo-dal rodoviário. No entanto, há no país opções eficientes para esse tipo de deslocamento.

O mais importante não es-tá apenas no tipo do veículo que vai ser utilizado para atender a população, mas sim de que maneira serão defini-das as regras que irão exercer fiscalização e rigor sobre a empresa que terá nas mãos o poder de conduzir um dos mais lucrativos e disputados serviços, que possuem uma relação direta com a política em todas as suas esferas.

Neste ano de 2016, cele-bramos uma Campanha da Fraternidade Ecumênica, com o tema “Casa Comum: nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. O objetivo geral desta Campanha da Fraternida-de é “assegurar o direito ao saneamento básico para to-das as pessoas e empenhar-nos, à luz da fé, por políticas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Co-mum.” (TB, 26).

O saneamento básico é um direito humano funda-mental, e requer a união de esforços de todos; inclui os serviços públicos de abas-tecimento de água, o ma-nejo adequado dos esgotos sanitários, das águas plu-viais, dos resíduos sólidos, o controle de reservatórios e dos agentes transmissores de doença (TB, 32).

Alguns dados para você se sensibilizar, buscar mais informações e criar novos hábitos:

- O maior problema do saneamento básico, hoje, é a fome;

- Uma criança morre a ca-da 2,5 minutos por não ter acesso à água potável, por

falta de redes de esgotos e por falta de higiene;

- 18% da população brasi-leira ainda não têm acesso à água tratada. Mais de 100 milhões de brasileiros não possuem coleta de esgotos;

- No mundo, um bilhão de pessoas fazem suas necessi-dades a céu aberto;

- Na América Latina, as pessoas têm mais acesso aos celulares do que aos banheiros.

O saneamento básico não é um detalhe na vida. É ne-cessidade imperativa para que nós, filhos de Deus, possamos ter a vida sau-dável que Deus quer para todos. Por isso, nosso Papa Francisco insiste tanto no direito aos três “T”: terra, trabalho e teto.

A Campanha da Fraterni-dade 2016 propõe um olhar mais amoroso para o plane-ta e para a natureza, crian-do assim uma consciência fraterna e lembrando que nossos recursos são limi-tados e precisamos cuidar bem deles para que possa-mos viver bem. Cuidemos do ambiente e das pessoas!

Dom João Inácio Müller - Bispo da diocese de Lorena (SP) e articulista da Revista Canção Nova.

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Apesar de ser um dos pontos principais para o escoamento da produção pesqueira, o pontal do Rio Macaé reflete o cenário de degradação ambiental sofrido por um dos mais importantes recursos naturais, e fonte de água doce, do interior do Rio de Janeiro. A conscientização vale mais que campanhas voltadas a educar aqueles que vivem ou participam da pesca, como base da atividade econômica local.

RetornoApós 45 dias de recesso, a Câmara de Vereadores retorna na terça-feira (16) as atividades no plenário Nacif Salim Selem. Às 10h o Palácio Natálio Salvador Antunes recebe a primeira sessão ordinária de 2016, marcando o início do último ano da atual legislatura. Não restam dúvidas de que as eleições deste ano serão o principal tema dos embates nas bancadas. E ainda falta o parlamento definir como será a formação da Câmara no próximo mandato.

Transporte Vale lembrar também que na quinta-feira (18) a Câmara de Vereadores receberá a equipe da secretaria municipal de Mobi-lidade Urbana com objetivo de promover o debate oficial sobre o projeto da nova concessão do transporte público munici-pal. O encontro acontecerá a partir das 17h, conforme edital publicado pelo Legislati-vo no dia 25 de janeiro. A participação da população é importante para aprimorar a proposta do Executivo.

Segurança Quem circulou pela orla da Praia dos Cavaleiros se surpreendeu com o posi-cionamento do efetivo da Polícia Militar mantido durante os dias de Carnaval. Ao longo da extensão do calçadão, até o acesso da Petrobras pela Praia Cam-pista, estavam posicionados agentes e viaturas, garantindo a segurança do público que aproveitou os dias de folia para curtir a tranquilidade registrada no principal point do litoral macaense.

Obras A Odebrecht Ambiental aproveitou o período em que o ritmo de Macaé foi desacelerado para agilizar a realização de intervenções voltadas a amenizar os efeitos das obras da rede de saneamen-to. No Novo Cavaleiros, ruas tiveram o asfaltamento recuperado, o que ocorreu também no Bairro da Glória. Porém, ou-tras vias dos dois bairros precisam pas-sar pelas mesmas intervenções, diante do registro de novos buracos.

Acesso Dois importantes destinos turísticos de Ma-caé, situados na Serra, carecem de infraes-trutura para serem visitados. Na Areia Bran-ca, famosa pelas belas cachoeiras, a estrada que dá acesso à localidade está tomada por crateras. Em alguns trechos não existe mais o asfalto que foi completamente danificado. Já o acesso ao Sana tornou-se impraticável pelo Frade. E quem for por Casimiro de Abreu acaba estendendo o percurso cortado por es-trada de terra.

Lixo É lamentável que ainda seja possível en-contrar, em diversos pontos da cidade, um grande volume de lixos, entulhos e até móveis abandonados em espaços públicos da cidade. Em pleno Carnaval, este cenário foi flagrado à margem do canal que corta a Avenida Fábio Franco. Mas esta não é apenas uma situação comum no Visconde de Araújo. Bairros como o Miramar, Novo Cavaleiros e Parque Aeroporto encaram a mesma condição.

Biometria Em Macaé, mais de quatro mil eleitores, dos 150 mil aptos a participar do processo eleitoral deste ano, já realizaram o cadastro da biometria. O sistema está disponível para os macaenses que solicitam algum tipo de atendimento nos Cartórios da 254ª e 109ª Zonas Eleitorais da cidade. Não há previsão de que as eleições deste ano sejam realiza-das com o registro biométrico. Porém, quem quiser se adiantar, é só agendar o serviço pelo site do TRE.

Refletores A Fundação de Esporte (Fesporte) fez um esclarecimento informando sobre o inci-dente ocorrido na partida entre o Macaé e o Flamengo, realizada na quarta-feira, dia 3. Segundo a Fundação, houve uma sobre-carga nos refletores que permaneceram li-gados por cerca de cinco horas, durante a realização de dois jogos no mesmo dia. Os equipamentos sofreram reparos no mes-mo dia do incidente, sem qualquer tipo de maiores transtornos.

AulasNesta segunda-feira (15) começa o ano leti-vo nas escolas da rede pública. Em Macaé, mais de 45 mil estudantes estão matricula-dos no sistema, no ano em que houve um aumento significativo de novos estudantes. Mais de 100 escolas já foram preparadas para receber também o corpo docente que podem participar de cursos de aperfeiçoa-mento e de qualificação. A meta é, sem dúvi-das, elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de Macaé.

Macaé deve ganhar novas rotas cicláveis. Para 2016 estão previstas três novas, além de reforço na sinalização e instalação de paraciclos

NOTA

Page 5: Noticiário 14 03 2015

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016 5

PolíciaSEGURANÇA

Tenente-coronel Ramiro Campos fala sobre a privatização de presídios

Michel Foucalt em sua obra clássica sobre prisões e Di-reito Penal (Vigiar e Punir) nos ensina: "A obviedade da prisão se fundamenta também em seu papel de aparelho para transfor-mar os indivíduos". Nesta linha nosso país já vislumbra um no-vo modelo em que tanto a ad-ministração do presídio, como o cumprimento da pena sejam facilitados e mais humanizados, com uma estrutura mais sadia para os presos que serão mais respeitados. Desta monta ad-virão resultados positivos para toda sociedade.

COMO FUNCIONA O SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO?

As penitenciárias têm o ob-jetivo de reeducar o preso para que possa voltar ao convívio social após cumprimento de sua pena, não é novidade que o sistema faliu e que não recupe-ra ninguém, possuímos a quarta maior população carcerária do mundo, 550 mil presos. Faltam mais de 100 mil vagas só para aqueles que já estão presos, sem contar os outros 200 mil que deveriam ser presos em face dos mandados de prisão expedidos. Facilmente compreende-se que o Estado não poderá sozinho, resolver esse problema, que na verdade é de toda a sociedade. Daí surge a tese da privatiza-ção dos presídios, tão somente para chamar a participação da sociedade, através da iniciativa privada, que viria a colaborar com o Estado nessa importan-te e arriscada função de gerir nossas prisões. Tal atividade se resume apenas na administra-ção do espaço físico prisional.

QUAL A VANTAGEM DA PRIVATIZAÇÃO DOS PRESÍDIOS?

A vantagem da privatização é que ela faz cumprir a lei, dando efetivas condições de o preso se recuperar, ao contrário do sis-tema estatal, que só piora o ho-mem preso. A ideia é nova não só no Brasil, mas no planeta. O mundo conhece os presídios privados há cerca de dez anos, havendo hoje duas formas de privatização. Com o primeiro modelo, o americano, não se po-de concordar, diante das nossas restrições constitucionais. Ali, o preso é entregue pelo Estado à iniciativa privada, que o acom-panhará até o final de sua pena, ficando o preso inteiramente nas mãos do administrador. No Brasil, é indelegável o poder ju-risdicional do Estado, que con-templa o tempo que o homem fica encarcerado. Já no modelo francês, que preconizo para o Brasil, o Estado permanece junto à iniciativa privada, numa cogestão. A iniciativa privada vai gerir os serviços da unidade prisional como: alimentação, vestimenta, higiene, lazer, tra-balho etc..., enquanto o Estado administra a pena, cuidando do homem sob o aspecto jurídico, punindo-o em caso de faltas ou premiando-o quando merecer.

NO BRASIL JÁ EXISTE PRESÍDIO PRIVATIZADO?

Há hoje duas experiências

de privatização de presídios no Brasil. A primeira na cidade de Guarapuava (PR), onde se ins-talou, há dois anos, a primeira unidade prisional terceirizada brasileira. Registre-se que, em dois anos, nenhuma rebelião ou fuga ocorreram. Todos os presos trabalham, muitos es-tudam e todas as condições de higiene e saúde são garantidas pelo Estado e fornecidas pela administradora privada. A co-mida é servida de forma que o preso abastece seu prato à von-tade com qualidade. A segunda experiência ocorre em Juazei-ro do Norte (CE), com os mes-mos resultados satisfatórios, destacando-se que os presos, que também lá trabalham, o fa-zem confeccionando joias, sem que tenha havido qualquer in-cidente. Enfim, penso que tais experiências sejam um sucesso e que precisam ser observadas, acredito que essa nova forma de gerenciar é um processo ir-reversível no Brasil diante do sucesso obtido.

COMO FUNCIONA NA PRÁTICA?

Quanto ao pessoal envolvido da empresa contratada, se hou-ver qualquer irregularidade co-mo corrupção ou desvio, o fun-cionário é trocado de imediato, resolvendo-se o problema, dife-rentemente da administração estatal, onde tudo depende de sindicância e processo que às vezes duram meses ou anos; to-dos os presos são monitorados 24 horas com tudo gravado; os funcionários civis são proibidos de conversa ou intimidade com os internos; alimentação de pri-meira qualidade e total limpe-za e higiene nas dependências do presídio. Com relação aos presos, possuem diariamente atividades físicas, educativas, profissionais, sala de aula e ofi-cinas de atividades e lazer, ou seja, o apenado não fica ocioso, inicia suas atividades às 06h da manhã com término às 18h. Na distribuição segue o modelo americano, com alas específicas para cada tipo de crime, não se mistura um traficante de drogas com uma pessoa que cometeu um homicídio, o primeiro pode potencializar o segundo para o tráfico. Por fim cada preso cus-ta à iniciativa privada em média R$ 2.700,00 enquanto é gasto R$ 2.100,00 atualmente pelo sistema público.

VOCÊ ACREDITA NA RESSOCIALIZAÇÃO DOS PRESOS?

Pergunta difícil de respon-der. Minha experiência de 28 anos na área de segurança pú-blica vem mostrando que em relação aos grandes lideres de organizações criminosas, sin-ceramente até hoje não vi ne-nhum recuperado; não acredi-to que Fernandinho Beira-mar, após haver movimentado mi-lhões de dólares a nível Inter-nacional durante muitos anos, após o cumprimento de sua pena, ser admitido socialmen-te em alguma empresa, certa-mente com baixo salário face seu nível cultural, tendo que morar de aluguel e se deslocar de transporte público diaria-mente. Em contrapartida co-nheço muitos ex-presidiários que cumpriram penas mais brandas, e hoje são pessoas totalmente inseridas no meio social, vivendo dignamente de sua atividade laborativa.

NOTA

Exército, Marinha e Prefeitura estarão nas ruas alertando a população para os perigos do transmissor da dengue, da febre chicungunha e também do zika vírus.

O consultor de segurança afirma que a ideia é nova no Brasil, mas, outros países já vivem essa realidade

9° GBM

Corpo de Bombeiros realiza balanço de afogamentos durante carnavalForam registrados cerca de 1.000 afogamentos em Macaé e Rio das Ostras

Ludmila [email protected]

O índice de afogamentos que aconteceram du-rante o carnaval, nas

cidades de Macaé e Rio das Os-tras, foi divulgado nesta semana pelo Corpo de Bombeiros do 9° GBM. Ao todo, mais de 1.000 pessoas se afogaram nas praias, mas nenhuma morte foi regis-trada. O número, no entanto, é preocupante.

De acordo com a Corporação, foram registrados na sexta-feira (5) de carnaval, 19 afogamentos em Macaé e 49 em Rio das Os-tras; no sábado (6), o número é ainda maior em Macaé, com 42 casos, já o município vizinho registrou 43 afogamentos. Do-mingo (7) teve o maior registro de casos, tanto em Macaé quan-to em Rio das Ostras durante todo o carnaval, com 160 casos e 209, respectivamente. De se-gunda-feira (8) a quarta-feira (10) foram registrados um total de 499 afogamentos.

Os motivos para os afoga-mentos são diversos, mas um em especial merece alerta. O consumo de bebida alcoólica é responsável por mais de 50% do número de casos, segundo o Ministério da Saúde. E nove entre cada dez vítimas, são do sexo masculino.

O Brasil é o terceiro país com mais mortes por afogamento no mundo, de acordo com a Or-ganização Mundial de Saúde (OMS). Por ano, cerca de 300 pessoas morrem em todo o mundo, vítimas de afogamento.

Para que uma pessoa se afo-gue, não é necessário grande quantidade de água. Na maioria dos casos, o acidente ocorre de

forma silenciosa, o que dificul-ta o salvamento, mesmo que por profissionais preparados. Nas ocorrências com adultos, os Bombeiros informam que é raro não ter influência da bebi-da alcoólica nos afogamentos.

Os bombeiros orientam pais e responsáveis que procurem não deixar crianças pequenas desacompanhadas ou longe de observação; não frequentar lugares sem a presença de um

guarda-vidas; obedecer à sina-lização e evitar, a todo custo, o banho de mar caso tenha con-sumido bebida alcoólica.

Com o intuito de oferecer conforto e segurança aos mora-dores e turistas que frequentam as praias da região abrangida pelo 9° GBM, as cidades de Ma-caé, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu recebem um reforço do efetivo que ocorre aos sába-dos e domingos, dias de maior

concentração de pessoas nesses locais.

Os guarda-vidas ficam posi-cionados em postos de obser-vação espalhados estrategica-mente pelos três municípios. Em Macaé, os salva-vidas atu-am nas praias do Cavaleiros, Pecado e Imbetiba e em cada Posto ficam dois guardas. Os Postos são equipados com todo o material necessário para a re-alização de salvamentos.

KANÁ MANHÃES

Ao todo, mais de 1.000 pessoas se afogaram nas praias, mas nenhuma morte foi registrada

Salva-vidas recebem apoio durante feriadão

CRUZ VERMELHA

Voluntários da Cruz Vermelha ajudaram nos primeiros socorros às vítimas de afogamento

Durante o recesso de car-naval, que ocorreu do dia 6 de fevereiro ao dia 10, voluntários da Cruz Vermelha, filial Macaé, em parceria com o Corpo de Bombeiros, realizaram a Ação Cruz Vermelha na Praia. O obje-tivo foi dar apoio aos salva-vidas nos primeiros socorros.

A iniciativa aconteceu duran-te todos os dias do feriado pro-longado, das 8h às 17h, na praia dos Cavaleiros. Os voluntários da instituição disponibilizaram pulseiras com identificação pa-ra crianças, protetor solar para os banhistas, além da aferição de pressão arterial e orientação para a população sobre as doen-ças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

CRUZ VERMELHAFILIAL MACAÉ

Inaugurada no município há um pouco mais de um ano, a instituição realiza um impor-tante trabalho social na cida-de, com diversos projetos que visam capacitar a população e não apenas ajudar em casos de

desastres ou situações de ca-lamidades. A instituição atua principalmente com inclusão social das pessoas.

A Cruz Vermelha trabalha ajudando a quem precisa. A ins-tituição faz parte do Movimento Internacional da Cruz Verme-lha e do Crescente Vermelho, consideradas as maiores redes humanitárias do mundo. Neu-tro e imparcial, o movimento oferece proteção e assistência a pessoas afetadas por desastres e conflitos armados, e conta,

atualmente, com cerca de 97 milhões de voluntários, parcei-ros e colaboradores que atuam em 192 países. No Brasil, a Cruz Vermelha está presente desde 1908, levando ajuda humanitá-ria, seja para pessoas atingidas pela seca no Nordeste, seja para quem sofre permanentemente com as enchentes no Rio de Ja-neiro.

A Cruz Vermelha atua em todo o mundo, baseada em se-te princípios fundamentais: humanidade, imparcialidade,

neutralidade, independência, voluntariado, unidade e uni-versalidade. No cumprimento de sua missão humanitária suas ações estão voltadas para as se-guintes áreas essenciais: saúde, educação, socorros, juventude, voluntariado e meio ambiente. Atualmente, a Cruz Vermelha Brasileira está distribuída em quase todo o território nacional por meio de 23 filiais estaduais, que contam com um quadro de cerca de 15 mil voluntários ca-dastrados em todo o Brasil.

DIVULGAÇÃO PM

Voluntários da Cruz Vermelha auxiliaram os guarda-vidas durante o carnaval

Page 6: Noticiário 14 03 2015

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

EconomiaIMPOSTO

Guias para pagamento do IPTU já podem ser retiradasSegundo a prefeitura, pagamento do imposto em cota única garante desconto de 8%

Guilherme Magalhã[email protected]

De acordo com a Se-cretaria Municipal de Fazenda, as guias do

Imposto Predial e Territo-rial Urbano (IPTU) de 2016 já estão disponíveis no site da prefeitura. Atualmente, o banco de dados da reparti-ção tem 83.266 mil imóveis registrados.

A boa notícia é que haverá desconto de 8% no tributo, para quem quitar em cota única o imposto até o dia 31 de março. Já para os que não têm condições de pagar o im-posto de uma vez só, a outra opção é o parcelamento em nove vezes, ou seja, de março a novembro deste ano.

Ainda segundo informa-ções da prefeitura, os car-nês também serão enviados pelo correio, mas isso não desobriga o contribuinte a procurar o documento na repartição fiscal competente.

A expectativa é que cerca de R$ 35 milhões sejam arre-cadados. Em 2015 foram ar-recadados, aproximadamen-te, R$ 63 milhões por meio da tributação do imposto, sendo que cerca de 15% dos

macaenses ficaram inadim-plentes com o pagamento da contribuição. A baixa na expectativa de arrecadação no tributo este ano se deve ao pacote de incentivo fiscal do governo, que deve conce-der isenção de até 100% para algumas empresas alocadas no município.

ISENÇÃOPara quem se enquadra

nos parâmetros de isenção do IPTU, o pedido pode ser

feito na Coordenadoria de Lançamento Tributário, localizada no Centro Admi-nistrativo Luiz Osório (Ce-alo), na Avenida Presidente Sodré. Enquanto isso, para os demais, o pagamento de-ve ser feito na rede bancária informada no carnê, assim como em casas lotéricas.

“Em caso de atraso de al-guma cota, o cidadão ficará sujeito aos acréscimos mo-ratórios legais”, ressaltou a prefeitura.

KANÁ MANHÃES

Expectativa é que cerca de R$ 35 milhões sejam arrecadados

Calendário de Pagamento do IPTU 2016 COTA ÚNICA:

31 de março - desconto de 8%.

COTAS PARCELADAS:1ª - 31 de março2ª - 29 de abril3ª - 31 de maio4ª - 30 de junho5ª - 28 de julho6ª - 31 de agosto7ª - 30 de setembro8ª - 31 de outubro9ª - 30 de novembro

SERVIÇO

Vendas on-line de passagens de ônibus no Carnaval crescem 75%

Mesmo com a crise da eco-nomia nacional, o setor ro-doviário foi bem movimen-tado durante o Carnaval, com destaque para o Estado. Os dados são da ClickBus, uma das principais empre-sas em vendas de passagem de ônibus on-line no país, e indicam que o número de bilhetes comprados supe-rou em, aproximadamente, 75% as vendas efetuadas du-rante a mesma época do ano passado.

Em números específicos, os destinos mais visitados na região Sudeste por turis-tas que viajaram de ônibus para o Carnaval e compraram suas passagens na platafor-ma de vendas foram: Rio de Janeiro (28,3%), São Paulo (20,8%) e Cabo Frio (3,3%). Já as cidades de onde os foli-ões partiram rumo a outros locais foram: Rio de Janeiro (37,8%), São Paulo (26,4%) e Belo Horizonte (2,9%).

Além disso, outro dado curioso é que a data em que

Este ano, Rio foi o destino mais procurado da região sudeste para o feriado

as pessoas mais viajaram de ônibus na região foi o dia 5 de fevereiro, gastando, em média, R$ 171,22.

“Fatores como inflação e taxa de câmbio do dólar mo-tivaram as viagens domés-ticas e a preferência pelo ônibus, ao invés do avião ou carro”, avaliou a empresa em nota.

SETOR GANHA FORÇA COM INFLAÇÃO

De acordo com a última pesquisa de Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem, realizada pelo Mi-nistério do Turismo para me-dir o interesse do brasileiro em viajar nos próximos seis meses, 86,4% das pessoas que farão as malas pretendem vi-sitar destinos turísticos na-cionais. O mesmo levanta-mento também mostra cres-cimento de 7% nas intenções de viagens de ônibus.

“O consumidor que se pla-neja com pouca antecedência encontra no modal rodoviá-rio um preço que não flutua de acordo com a sazonali-dade, além de um conforto superior a outros modais”, pontuou Cesário Martins, co-diretor da ClickBus.

NOTA

Mega-Sena acumulada pode pagar R$ 18 milhões. Em Macaé, lotéricas costumam ficar abertas até 18 horas

Page 7: Noticiário 14 03 2015

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016 7

Page 8: Noticiário 14 03 2015

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

BAIRROS EM DEBATE Jardim Vitória I e II

Lixão cresce em área nobre da cidadeProblema nos loteamentos Jardim Vitória I e II já tem sido relatado pelo jornal há mais de três anos

Marianna [email protected]

Os loteamentos Jardim Vitória I e II são um dos bairros mais valorizados

em Macaé. No entanto, apesar de serem considerados como áreas nobres, poderiam servir de cenário para uma regravação da telenovela Avenida Brasil, exibida pela TV Globo em 2012. O lixão que cresce no entorno tem sido motivo de vergonha e preocupação para quem vive ali.

Essa semana, o Bairros em Debate volta ao local para ver se algumas das melhorias pro-metidas na última visita foram cumpridas. Apesar de ser famo-so pelas ruas tranquilas e belas residências, por trás dessa ima-gem de bairro-modelo ainda se escondem diversos problemas de infraestrutura.

O loteamento fica localizado em um ponto pouco frequen-tado, mas a poucos minutos da região central. Apesar de ter

FOTOS: MARIANNA FONTES

A limpeza ainda é uma das maiores reclamações de quem vive no local

sofrido um forte crescimento nos últimos anos, é comum ver grande quantidade de casas ain-da sendo erguidas. Os diversos terrenos vazios demonstram que a tendência é que o nú-mero de residências aumente ainda mais nos próximos anos. Diante disso, é importante que alguns serviços sejam feitos a curto prazo, a fim de evitar que eles se agravem com o passar do tempo.

“É um bairro que está cres-cendo e bom de se viver, só que precisa de melhorias. Muitas delas podem ser solucionadas a curto prazo, basta o poder pú-blico ter interesse”, frisa a mo-radora Marina Dias.

No topo das reclamações estão os terrenos e calçadas do bairro, que sofrem com o descarte irregular de entulhos e lixo. Segundo os moradores, isso é um problema que já vem sendo relatado, inclusive nas páginas de O DEBATE, mas que parece não ter uma solução.

Segundo a secretaria de Ser-viços Públicos, varrição no bairro Jardim Vitória I e II acontece às se-gundas, quartas e sextas-feiras. Já a coleta de lixo domiciliar acontece nos seguintes dias: terça, quinta e sábado. De acordo ainda com a co-ordenação do trabalho, o quantitati-vo coletado nos bairros somados é de cerca 65 toneladas/mês, poden-do chegar a cinco toneladas/dia.

O monitoramento da coleta via satélite mostra o trabalho sendo realizado rua a rua. No caso de não constar no sistema, um fiscal operacional é deslocado para ave-

riguar o que, de fato, aconteceu. Geralmente, as localidades que não são constatadas no sistema são por interferência na qualidade do sinal recebido.

Pontos vermelhos significam paradas, mostrando uma atenção maior da equipe naquele local, seja por acúmulo de lixo, ou alguma obstrução fazendo o veículo ficar parado na rua. Com esse sistema, também é viável saber a hora em que o veículo da coleta esteve em cada rua.

Sobre os buracos, a manutenção das vias já foi iniciada.

O que diz a prefeitura

Lixões no Jardim Vitória II acompanham o crescimento do bairro

Descarte irregular gera diversos problemasQuem vive no bairro diz que não aguenta mais convi-ver com o problema gerado pelos entulhos e lixos depo-sitados em locais inapropria-dos. Como o bairro cresce a cada dia, os terrenos baldios têm virado depósitos, causan-do muitos transtornos para os vizinhos.

Segundo os moradores, essa prática tem acontecido com frequência em todo o bairro, ge-rando muitos danos para quem vive nas proximidades. Assim, consequentemente, surgiu o problema de zoonoses, como ratos, baratas e até cobras.

Há anos o jornal também vi-nha relatando o problema de um enorme lixão no Jardim Vitória II, próximo à Estrada do Tatu. Para evitar que o pro-blema continuasse acontecen-do, o acesso ao local foi isolado; no entanto, a cerca foi retirada e o transtorno voltou.

Além de entulhos, há uma grande quantidade de canos pretos, abandonados prova-velmente por alguma empre-sa. “Quem faz isso são pessoas geralmente de fora. Não tem dia e nem hora. Quem mora mais distante ainda não é tão prejudicado quanto a gente que mora perto do lixão. É uma situação desconfortável.

Eu tenho até vergonha de tra-zer meus amigos e familiares em casa”, relata um morador que pede para não ser iden-tificado.

Os agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) sempre orientam a população a fazer o descarte adequa-do do lixo, principalmente, quando houver restos de comida. É fundamental re-colher a ração dos animais à noite e acondicionar em depósitos com tampa. Essa medida tem como objetivo evitar a proliferação de ro-edores, que são atraídos por esse tipo de ambiente.

A Prefeitura ressalta que limpeza de terrenos baldios privados é de responsabilida-de dos proprietários. Denún-cias sobre má conservação de terrenos podem ser feitas no protocolo geral.

O governo municipal tam-bém disponibiliza o serviço "Cata Bagulho", que recolhe móveis antigos, entulhos, ele-trodomésticos, entre outros objetos. Os próprios morado-res podem entrar em contato com a secretaria de Limpeza Pública e agendar. A Prefei-tura ressalta que eles só serão recolhidos pela equipe se es-tiverem ensacados.

LOTEAMENTOS NÃO CONTAM COM ÁREAS DE LAZER

Quando se trata de lazer, que é um direito de cada cidadão, ambos - Jardim Vitória I e II - deixam muito a desejar. A po-pulação ressalta a inexistência de praças. Enquanto isso, crian-ças e jovens brincam pelas ruas, situação que pode ser perigosa, dependendo do lugar.

“A maioria dos bairros tem uma praça, mas aqui não temos nada. Eu levo meus filhos para brincar na praia, mas faço isso porque tenho carro. Mas, óbvio, que seria melhor se tivesse uma área de lazer aqui dentro com quadras e parquinho”, diz Ana Fernanda.

A Constituição Brasileira de 1988 diz que, de acordo com o § 3º do Art. 217, cabe ao Poder Público incentivar o lazer, como forma de promoção social. Pro-porcionar áreas de lazer dignas também é um direito das crian-ças e adolescentes, previsto no Estatuto da Criança e do Adoles-cente (ECA). O Art. 59 do ECA frisa que “os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a des-tinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude”.

Ruas estão cheias de buracos Caminhar por algumas ruas do Jardim Vitória I e II re-quer atenção redobrada, e tudo isso por conta dos buracos. Es-sa situação foi relatada diversas vezes ao longo de 2014 e 2015.

Várias vezes a prefeitura chegou a informar que tinha um cronograma de trabalhos de manutenção em toda cida-de, que era feito seguindo um calendário de atendimento. Diversos prazos foram dados, mas, segundo os moradores, a promessa foi cumprida apenas em algumas localidades e o pro-blema ainda afeta boa parte do bairro.

“Depois das chuvas parece que a situação piorou ainda mais. Existem vias que são ín-gremes e o acesso fica mais peri-goso com essas avarias na pista”, reclama Luís Eduardo.

Um dos trechos mais críticos fica próximo ao ponto final de ônibus. Quem passa por ali, mal consegue acreditar que a via é pavimentada. Após anos sem receber manutenção, a pista ficou deteriorada e tomada por

buracos e pelo barro. “Muita gente evita passar por

aqui, já que não há condições

para tal. Quando chove fica um lamaçal, tornando arriscado o carro da gente ficar atolado. O

bairro todo é pavimentado, sen-do que apenas esse trecho ficou assim até hoje”, diz o morador.

Manutenção das ruas é uma das reivindicações de quem vive ali

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016 9

GeralVAGAS

Macaé abre inscrição para o Programa de Residência MédicaAs oportunidades são para as áreas de Clínica Médica, Pediatria e Cirurgia Geral e a previsão é de que os aprovados comecem a atuar em marçoJuliane [email protected]

Atenção, recém-forma-dos em Medicina e que aguardam uma oportuni-

dade para ingressar na especia-lização. A Secretaria de Saúde, em parceria com a Fundação Educacional de Macaé (Fune-mac) vai abrir nesta segunda-feira (15) as inscrições para o Processo Seletivo Simplificado para o Programa de Residência Médica. As vagas oferecidas são para Clínica Médica (6); Pedia-tria (5) e Cirurgia Geral (3). Os interessados podem se inscre-ver até o dia 21 de fevereiro pelo www.macae.rj.gov.br/funemac e a taxa será de R$ 300,00.

Conforme consta no edital, as inscrições só serão confir-madas após o pagamento a ser creditado por meio de depósito identificado (com o número do CPF do candidato com o códi-go de identificação) em caixa presencial do Banco Itaú, em favor da Funemac, inscrito no CNPJ 39.224.019\0001-57, agência 6242, conta corrente 34003-9, até a data limite de 22 de fevereiro.

Já o processo seletivo será realizado no dia 28 de fevereiro (domingo), das 8h às 12h, na Fu-nemac e o resultado será divul-gado no dia 8 de março. As ma-

trículas serão efetuadas nos dias 9 e 10 de março, de 9h às 16h, em locais que serão divulgados por meio do site: www.macae.rj.gov.br/funemac <http://www.ma-

KANÁ MANHÃES

Após ingressar no Programa, os residentes começam a atuar nas unidades públicas de saúde do município

cae.rj.gov.br/funemac>.O Programa é em especial

uma oportunidade para os formandos no município, por meio da UFRJ. De acordo com

o coordenador do curso de Me-dicina, Dr. Irnak Barbosa, o in-teresse de oferecer o programa de Residência Médica na cida-de surgiu em 2009 quando te-

ve início a primeira turma do curso de medicina.

“O Programa começou em 2014 com apenas dois cursos, e hoje já são três com a previsão

de subir para quatro. Estamos aguardando a aprovação final do curso de Medicina Geral e da Família atendendo assim os an-seios do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, que visa até 2018 ampliar o número de médicos e garantir vagas nos programas de Residência de Medicina da Família e Comuni-dade”, disse Dr. Irnak Barbosa.

O Programa de Residência Médica constitui uma modali-dade de ensino de pós-gradu-ação, sob forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, regulamentada pela Lei nº 6.932/81, e pelas Resoluções da Comissão Nacional de Re-sidência Médica da Secretaria de Educação Superior do Mi-nistério da Educação. À cida-de, ele passou a ser oferecido em 2014 com a finalidade de atender aos profissionais que se formavam na área da saúde. A iniciativa é instituída pelo Decreto nº 80.281, de 5 de se-tembro de 1977, e considera-da uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos. Os cursos são coor-denados pela Secretaria Mu-nicipal de Saúde. Atualmente são três modalidades: Clinica Médica, Pediatria e Cirurgia Geral e a previsão da oferta de Medicina da Família.

Ano letivo começa nesta segunda na rede municipalEDUCAÇÃO

Após quase dois meses de des-canso, os estudantes da rede mu-nicipal de ensino de Macaé vão iniciar o ano letivo de 2016 nesta segunda-feira (15). A previsão é de que cerca de 40 mil alunos do Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Ensino Médio, exclusivamente oferecido na Serra, retomem às atividades nas 104 unidades. Os discentes iniciaram as férias em 21 de de-zembro.

De acordo com o órgão muni-cipal, nesta primeira quinzena de aulas, os estudantes passarão

A previsão é de que cerca de 40 mil alunos iniciem as atividades. Na rede estadual, as aulas tiveram início no último dia 2

por período de adaptação e a re-de cumprirá os 201 dias letivos determinados pelo Ministério da Educação. Porém, em virtude das Olimpíadas no Rio de Janeiro, o calendário de recesso escolar de meio de ano terá alteração para os dias 1 a 12 de agosto. Assim, não será na segunda quinzena de julho como é de costume.

Devido ao período de adapta-ção, as unidades que funcionam em tempo parcial terão horário de adaptação até o dia 19 (das 7h30 às 9h30 e das 13h às 15h). Já entre os dias 22 a 26, as unidades funcio-narão das 7h30 às 10h30 e das 13h às 16h.

Já os alunos que estudam em ho-rário integral serão atendidos en-tre os dias 15 a 19, das 7h30 às 9h30. A segunda fase de adaptação para os alunos do turno integral será entre os dias 22 a 26 com aulas das 7h30 às 11h30. E se houver neces-

KANÁ MANHÃES

Nas primeiras semanas os alunos da educação infantil vão sair mais cedo devido ao período de adaptação

sidade, os novos alunos poderão participar de uma terceira etapa de adaptação, das 7h30 às 14h.

Ainda segundo informações do órgão, o processo de adaptação pa-ra os alunos de Educação Infantil é fundamental para a criança. Pois trata-se de um período em que os alunos começam a conhecer o no-vo ambiente e se harmonizam em um espaço coletivo, sendo neces-sária para uma melhor convivência com professores e outros alunos.

O órgão lembra ainda que na adaptação é iniciada a construção de um vínculo entre escola e famí-lia, aparecendo assim o professor como referência e da escola como um lugar seguro.

Este ano a rede registrou uma procura além do esperado para as vagas oferecidas. O secretário de Educação relaciona o fato à atual crise. “A crise pegou muitos pais de surpresa e por isso registramos

uma migração muito grande de alunos da rede particular para a pública”, disse.

Guto lembra que na primeira fa-

se foram 4.571 alunos cadastrados e na segunda mais 3.900, sendo desse total, 2.729 novos. “Ou seja em duas fases de pré-matrícula registramos

uma procura de 8.531 alunos, mais que o dobro do ano passado em que a demanda não passava de quatro mil alunos”, disse.

Inaugurações de escolas na volta às aulasEDUCAÇÃO

A rede municipal de ensino vai iniciar o semestre letivo nesta segun-da-feira (15) e a partir de terça-feira (2) começará a inauguração de duas novas escolas de Educação Infantil. As obras vão contemplar os bairros Parque Aeroporto e Piracema. Ha-verá também a inauguração de dois anexos: um da Escola Municipal Im-boassica e outro da Escola Municipal Esméria P. Reid, no Engenho da Praia.

As cerimônias serão realizadas nos dias 16, da EMEI Professora Maria de Maris, no Parque Aeroporto com seis

A rede municipal vai receber duas novas unidades de educação infantil e dois anexos

salas e a capacidade para atender 240 estudantes; dia 18 da EMEI Marlene Diniz Caldas, na Piracema - dotada de seis salas e receberá 240 estudantes na faixa de dois a cinco anos; dia 23 do Anexo da Escola Municipal Imboassi-ca; dia 25 do Anexo da Escola Esméria Reid, no Engenho da Praia. Todas as inaugurações estão marcadas para as 16h, de acordo com informações do secretário de Educação, Guto Garcia.

Ainda de acordo com o secretário, só neste governo o município ganhou 16 novas unidades, sendo quatro nos últimos quatro meses. “Com essas inaugurações foi possível ampliar o número de vagas na rede para alu-nos com idade entre 2 e 3 anos. Antes tínhamos uma demanda de mais de três mil alunos para serem atendidos.

Hoje, com essa primeira fase da pré-matrícula, conseguimos alocar quase 100% deles. O total de 279 alunos fi-cou faltando alocar”, disse.

Guto ressaltou ainda que a meta é possibilitar a educação para todos com idade maior ou igual a dois anos. “Para esses alunos que não consegui-mos alocar, já estou tentando vagas em outras unidades”, afirmou.

Dos cerca de 40 mil alunos que vão iniciar as aulas, uma média de oito mil são novos e as inaugurações visam atender às demandas assim co-mo dar cada vez mais comodidade aos estudantes. Além das novas escolas, outras unidades também receberão obras de ampliação, entre elas, a es-colas Esméria Pereira Reid (Engenho da Praia), o Ciep Municipalizado Leo-

WANDERLEY GIL

Uma das obras a ser inaugurada é a EMEI Professora Maria de Maris, no Parque Aeroporto

nel de Moura Brizola (Barra) e o Ciep Darcy Ribeiro (Nova Holanda).

De acordo com informações da Prefeitura, os alunos do colégio Es-méria, no Engenho da Praia, terão quatro novos espaços, adequação e reforma do parquinho. Já no Ciep Municipalizado Leonel de Moura Brizola, na Barra, seis salas de aula estão sendo construídas, ampliando a capacidade em 160 vagas. E o Ciep Darcy Ribeiro (Nova Holanda), con-tará com seis novas salas de aula para 80 alunos da Educação Infantil em tempo integral.

“Nosso objetivo é atender 100% de nossas crianças e jovens dentro da sala de aula e, o melhor, oferecen-do condições para que o aluno estude próximo de casa", ressaltou Guto.

Lagoas do Parque Jurubatiba são opções de lazer na cidade. “Estudos recentes mostraram que todas as lagoas do parque estão próprias para banho” - Marcos César dos Santos

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

CLIMA

El Niño ameaça milhões nospaíses em desenvolvimentoO El Niño afeta os padrões de chuvas e as temperaturas em muitas partes do mundoMartinho Santafé

Segundo as projeções, es-te ano o fenômeno será o mais intenso da história.

As implicações para a saúde das populações mais vulneráveis serão grandes devido à menor capacidade de reação frente às consequências do El Niño.

O El Niño é um aquecimen-to que ocorre do centro ao les-te do Oceano Pacífico e afeta os padrões de chuvas e as tem-peraturas em muitas partes do mundo - mais intensamente nas regiões tropicais da África, da Ásia-Pacífica e da América Latina, que são particular-mente vulneráveis a desastres naturais. Tipicamente, alguns lugares recebem muito mais chuvas que o normal, enquan-to outros atravessam períodos de estiagem.

“Nós estamos vendo os de-sastres do El Niño, e acredi-tamos que o impacto na saú-de pública tende a continuar ao longo de 2016”, afirmou o diretor do Departamento de Gerenciamento de Risco e Resposta Humanitária da Organização Mundial da Saú-de (OMS), Richard Brennan. “Para prevenir mortes e doen-ças desnecessárias, os governos devem investir agora em forta-lecer o seu preparo e os seus es-forços responsivos’’.

De acordo como o novo rela-tório da OMS, a seca severa, as enchentes, as chuvas fortes e o aumento na temperatura são efeitos associados a El Niño que podem levar à insegurança alimentar e à desnutrição, sur-tos de doenças, crises hídricas, e a interrupções nos serviços de saúde.

As implicações de saúde são geralmente mais intensas em países em desenvolvimento que possuem menor capacida-de de redução dessas consequ-ências. Segundo as projeções, o atual El Niño de 2015 a 2016 será o pior dos últimos tempos, e comparável ao de 1997-1998, que trouxe consequências drásticas em todo o mundo.

Baseado nas últimas análi-ses da ONU, o relatório estima que 60 milhões de pessoas se-rão impactadas pelo fenômeno neste ano. Até agora, pedidos de ajuda financeira para sete países de alto risco - Etiópia, Lesoto, Quênia, Papua Nova Guiné, Tanzânia e Uganda - al-cançaram 76 milhões de dóla-res. A OMS estima que ainda mais países solicitarão apoio.

Entre as ações de auxílio es-tão: o fornecimento serviços de saúde adicionais aos que neces-sitam, o aumento da vigilância e da vacinação de emergência, a promoção de práticas de saú-de e higiene, melhoria nos sis-temas de água e saneamento, o fortalecimento da logística da cadeia de suprimentos médicos e tratamentos de subnutrição para as crianças de países como a Etiópia.

PESCA SERÁ MAIS PREJUDICADA

O El Niño, fenômeno de aque-cimento das águas do Oceano Pacífico, tem como uma de suas principais consequências a diminuição da atividade pes-queira em virtude da redução dos nutrientes responsáveis por

atrair peixes e demais animais marinhos. No caso do Brasil, várias transformações são ve-rificadas no regime de chuvas, concentrando ou dispersando a sua formação. Qual seria a in-fluência do fenômeno El Niño para a atividade pesqueira e pa-ra o território brasileiro.

Existe uma faixa no oceano conhecida como termoclina, localizada entre 50m e 200m de profundidade, onde ocorre uma queda brusca das temperatu-ras. Abaixo dessa linha há uma maior concentração de nutrien-tes e fitoplâncton, essencial pa-ra a atração dos cardumes. Em áreas tropicais e equatoriais, a termoclina é mais evidente, o que dificulta o fenômeno da ressurgência, quando as águas frias e repletas de nutrientes ultrapassam a termoclina e al-cançam áreas mais próximas da superfície oceânica.

Nas regiões de alta pressão subtropical, os ventos fortes deslocam a água superficial

aquecida, o que ajuda as águas mais profundas a carregarem os nutrientes para as áreas su-perficiais, ou seja, os ventos for-tes contribuem para que ocorra a ressurgência. O El Niño aque-ce as águas e reduz a velocidade dos ventos, dificultando a res-surgência, o que obriga as mais diferentes espécies marinhas a migrarem em direção às regiões mais frias ou mergulharem em águas mais profundas, o que re-sulta em um declínio da ativi-dade pesqueira e deslocamento de espécies de mamíferos, aves, entre outras.

No Brasil ocorrem diversas situações em virtude da dimen-são do território brasileiro. Em síntese, nos anos de El Niño há um aumento da concentração de chuvas na região Sul e um aumento da seca na Amazônia oriental e no Nordeste graças ao enfraquecimento dos ven-tos alísios subtropicais que nor-malmente ajudam a distribuir a umidade. No sul, região subtro-pical mais próxima da formação dos alísios, a umidade perma-nece. No Norte e Nordeste, falta umidade e, consequentemente, as chuvas diminuem.

Outro componente que altera o ciclo das chuvas na Amazônia oriental e no Nordeste está re-lacionado à circulação atmosfé-rica. Com o maior aquecimento no Pacífico Leste, há a formação de um centro de baixa pressão. A ascendência do ar aquecido e úmido provoca chuvas no lito-ral do Peru e do Equador. Após

alcançar maiores altitudes, es-se ar vai se resfriando e ficando mais seco, formando uma zona de alta pressão e subsidência. A descida desse ar frio seco ocorre exatamente na porção oriental da Amazônia, dificul-tando a formação de nuvens e das chuvas para essa região e para o Nordeste.

No Sul e Sudeste, os meses de inverno possuem temperaturas mais amenas quando o El Niño se desenvolve. Nesse caso, o El Niño oferece possibilidades de colheitas mais rentáveis, pois o aumento das chuvas e os in-vernos menos intensos contri-buem para a agropecuária. Na Amazônia, os rios perdem seu volume de água, o que prejudica as comunidades ribeirinhas e a fauna local. O clima mais seco também aumenta as possibili-dades de incêndios florestais, impondo ainda mais riscos pa-ra o ecossistema amazônico. No Nordeste, a redução das chuvas acarreta em prejuízos para di-versas áreas, mas com certeza o Sertão Nordestino representa a localidade mais afetada pela estação seca mais pronunciada.

FENÔMENO É GLOBAL

Nas últimas três décadas, as pessoas aprenderam a temer o El Niño. O fenômeno ocorre entre a costa oeste da América Latina e o Sudeste Asiático, mas seus efeitos podem ser sentidos em todo o mundo - atingindo Japão e a região norte do Pa-

cífico. Várias vezes, ele levou a desastres naturais.

"Ele continua sendo uma anomalia na região equatorial, mas uma anomalia de larga escala que abrange uma par-te ampla da circunferência do globo. Eventos que começam no oceano e se conectam à at-mosfera são transmitidos por longas distâncias por padrões de ondas e anomalias", explica Lydia Gates, pesquisadora do Serviço Meteorológico da Ale-manha (DWD).

"El Niño" e "La Niña" são duas partes do ciclo "Oscilação Sul-El Niño". A cada ano, acon-tece um ou outro. Em termos gerais, "El Niño" é caracteriza-do pelas temperaturas altas na superfície dos mares no Pacífi-co tropical, enquanto "La Niña" é caracterizada pelo frio.

A grosso modo, trata-se de um ciclo anual que, em alguns anos, é pouco sentido. A mu-dança da temperatura na su-perfície do mar interage com a atmosfera sobre o Oceano Pacífico e, em uma temporada extrema, verifica-se o que os cientistas chamam de "evento".

De três a sete anos, acontece um pico: quando quantidade suficiente de água quente - em um "El Niño" - se concentra no leste do Pacífico, próximo a costa do Peru. Como um even-to climático, pode-se perceber que os picos começam no final de dezembro.

"A fase madura de "El Niño" ou "La Niña" é em dezembro,

janeiro e fevereiro, mas o de-senvolvimento acontece antes, em março, abril ou maio. Aí vo-cê começa a observar valores anômalos de temperatura na superfície do mar no Pacífico", diz Gates.

O evento começa no leste do Pacífico e se ramifica pe-lo Equador para o Oeste. Isso aconteceu de forma muito significativa nos anos de 1982, 1997 e está acontecendo nova-mente em 2015. Alguns dizem que o evento atual está sendo o mais forte desde 1997 e que vai durar até abril de 2016.

Gates destaca que, atualmen-te, existe muito calor acumula-do no oceano, mas ela é cautelo-sa com a forma que os dados se apresentam. "Nós só podemos realmente confiar nas amos-tras de julho - sobre o que nós estamos observando na tempe-ratura da superfície do mar - e neste momento esta um pouco menor do que em 1997", diz a cientista.

"Mas considerando isto como uma condição inicial [para uma projeção de três meses], todos os modelos de [prognóstico] pa-recem concordar que chegará a um estado bastante elevado, como os dois maiores, em 1982 e 1997", acrescenta Gates.

Não há uma causa única para o evento "El Niño". É uma com-binação de fatores oceânicos e atmosféricos. Por outro lado, você tem um pico anômalo na temperatura da superfície do mar no leste do Pacífico.

DIVULGAÇÃO

O El Niño é um aquecimento que ocorre do centro ao leste do Oceano Pacífico e afeta os padrões de chuvas e as temperaturas em muitas partes do mundo - mais intensamente nas regiões tropicais da África, da Ásia-Pacífica e da América Latina, que são particularmente vulneráveis a desastres naturais

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016 11

PESCADO

Defeso da sardinha termina nesta segunda-feiraEspécie é considerada uma das mais comercializadas no polo pesqueiro municipal

Guilherme Magalhã[email protected]

Responsável por quase um terço de tudo que é comercializado no polo

pesqueiro municipal em épo-cas autorizadas, a sardinha terá seu defeso encerrado nesta se-gunda-feira (15). Proibida para pesca desde novembro, segun-do os vendedores do Mercado Municipal de Peixes, a partir da liberação, a expectativa é que a espécie volte a ser comerciali-zada por preços que poderão

variar entre R$ 6 e R$ 12.Segundo a subsecretária de

Pesca, Rizete Ribeiro, o muni-cipio de Macaé é um dos prin-cipais fornecedores da espécie para toda região.

“Sem dúvida, é um retorno importante ao quadro de espé-cies que compõem as bancas do mercado municipal, pois a sar-dinha tem um dos preços mais populares de comercialização e movimenta muito a economia pesqueira do município”, resu-miu Rizete.

De acordo com a Fundação

Instituto de Pesca do Estado do Rio Janeiro (Fiperj), o defeso visa assegurar que a “campeã de capturas no Brasil” - e seus chamados “indivíduos juve-nis” - cheguem à fase adulta com o tamanho mínimo para a reprodução e venda (aproxima-damente 17 centímetros).

“A sardinha ficará liberada para venda até junho, quan-do entra em vigor o defeso de inverno, que dura aproxima-damente um mês, e tem como objetivo permitir a reprodução da espécie”, reforçou o órgão

em nota.

OUTRAS ESPÉCIES EM OFERTA

Além da sardinha, no Mer-cado Municipal de Peixes exis-tem mais de 60 outras espécies de pescado. Entre as melhores ofertas estão o pargo (R$ 13 a R$ 15 o quilo); pescadinha (R$ 15); corvina (R$ 15 a R$ 18); anchova (R$ 18); dourado (R$ 20); filé de cação (R$ 25); badejo (R$ 30 a R$ 35); cherne (de R$ 30 a R$ 35) e filé de salmão (R$ 35).

WANDERLEY GIL

Através de Parceria Pública Privada, Odebrecht realiza obras na cidade

SERVIÇO

Odebrecht lança campanha de atualização de cadastro

A Odebrecht Ambiental, responsável pelos serviços de esgoto em Macaé, iniciou uma campanha de atualização ca-dastral: a #PartiuCadastro. O objetivo da campanha é es-timular os clientes para que atualizem suas informações no site da empresa, visando tornar o atendimento mais rápido e o contato mais pessoal.

A partir de agora, os clien-tes de água e esgoto de Macaé podem realizar uma série de serviços pela Internet, no site da Odebrecht Ambiental, como emitir 2ª via da fatura, consul-tar contas pagas e histórico de consumo. As informações es-tarão disponíveis a partir das medições correspondentes a 02/2016.

O site (odebrechtambiental.com/macae) foi reformulado, e agora conta com os serviços on-line e botões para a criação e/ou atualização do cadastro.

Através de procedimento, usuários poderão ter acesso a sistema on-line

Atualmente, a identificação dos usuários pelo site é feita por meio da matrícula - núme-ro que corresponde à ligação do imóvel e está impresso nas faturas - pelo CPF ou CNPJ. Este acesso está mudando. Os clientes passam, então, a se identificar através do e-mail e senha informados no momen-to do cadastro.

Para aqueles clientes que são proprietários ou inquilinos de mais de um imóvel, o cadas-tro vai facilitar bastante. Com o mesmo acesso, é possível consultar os serviços de vários imóveis.

A atualização cadastral tam-bém pode ser feita diretamente na Loja física, localizada na Rua Dr. Júlio Olivier, 238, loja 03 - Centro, Macaé.

É importante ressaltar que o serviço de água, como abaste-cimento, operação e ampliação do sistema, permanecem sob responsabilidade da CEDAE. A Odebrecht Ambiental é res-ponsável pelo sistema de esgo-tamento sanitário da cidade e gestão comercial das contas de água e esgoto.

WANDERLEY GIL

A sardinha é um dos campeões de vendas do Mercado Municipal em épocas autorizadas

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 14 e segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016