O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Edital da prefeitura prevê gasto cinco vezes maior que o calculado pelo TCE

Para concorrência pública relativa a serviço de reforma e manutenção de escolas, o governo estimou despesas em mais de R$ 12,2 milhões. Já o Tribunal de Contas analisou que custos não passariam de R$ 2,9 milhões PÁG. 7

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Macaé (RJ), quinta-feira10 de março de 2016Ano XL, Nº 8962Fundador/Diretor: Oscar Pires

DIVULGAÇÃO PM KANÁ MANHÃES

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POLÍCIA MILITAR 'SUFOCA' TRÁFICO

CADEIA DE PETRÓLEO PODE GANHAR NOVO FÔLEGO

BAIRRO DA GLÓRIA SOFRE COM FALTA D'ÁGUA

R$ 1,00

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 CIDADE, PÁG.2

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

GERALDIVULGAÇÃO PM

WANDERLEY GIL

Jogos de azar são combatidos por operações na região

Maxwell Vaz fez discurso ontem no plenário

Polícia estoura bingo clandestino Máquinas foram encontradas em pontos de Macaé e Rio das Ostras PÁG. 6

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 37º CMínima 23º C

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CIDADE GERAL POLÍTICA CADERNO DOIS

2ª Ação Social da Barra será em abril

Morre em São Paulo Margareth Garcia

Marcel volta a cobrar instalação de CPI

Belas orquídeas enfeitam Macaé

Iniciativa social ajuda famílias carentes da cidade PÁG. 2

Macaense foi acometida por complicações de doença PÁG. 7

Vereador criticou "relação promíscua" de concessão PÁG. 3

Galeria Café com Arte recebe 7ª exposição CAPA

Contrato atual de R$ 77 milhões prorrogado pelo sexto anoO serviço de "recuperação e reparos de escolas” faz parte de contrato assinado em 2010 entre o governo e a Construtora Zadar

Christino Áureo (PSD) não con�rma pré-candidatura a prefeito de MacaéAfirmação de deputado rebate 'escolha' por adversário feita por membros do governo para enfrentar o projeto da reeleição

POLÍTICA

Apresentação de imagens do "Dossiê da Saúde" é rejeitada pela bancada de governo

WANDERLEY GIL

Bloco de oposição criticou atitude da presidência da Casa ao proibir exibição de imagens

Pela segunda vez conse-cutiva, a bancada do governo conseguiu impedir a exibição de vídeos e de imagens que com-põem o relatório elaborado por membros da Comissão Perma-nente de Saúde da Casa sobre a precariedade na infraestrutura das unidades da rede básica de atendimento. A oposição consi-derou o ato como uma 'afronta à democracia'. A discussão de

ontem sobre a apresentação do relatório, que ficou conhecido como o Dossiê da Saúde, levou para o plenário o clima quente registrado também na reunião de terça (8), dia agendado pelos vereadores Igor Sardinha (PRB) e Amaro Luiz (PRB) para a apre-sentação dos dados que compro-vam o sucateamento de postos e unidades, da frota de ambulân-cias, da falta de materiais e da

insatisfação dos servidores que atuam no setor. Se na terça-feira a apresentação não aconteceu por falta de vaga no grande ex-pediente, ontem o debate sobre o Dossiê da Saúde foi prejudica-do devido a um novo posiciona-mento da presidência da Câma-ra sobre a utilização de recursos visuais no plenário, assim como pela rejeição do pedido de Audi-ência Pública sobre o tema. PÁG. 3

Nova tentativa da oposição em apresentar relatório sobre a rede pública foi impedida através de manobra que vetou a exibição de imagens

POLÍTICA

"Implantação do VLT está no Plano de Governo" diz vereadorMaxwell aponta incapacidade de gestão ao falar sobre abandono de composições

POLÍTICA

Apesar de ter sido "escolhido" por membros do governo como adversário do projeto de reelei-ção, Christino Áureo (PSD) segue fora do páreo para a disputa eleitoral de Macaé, neste ano. On-tem (9), o deputado estadual licenciado afirmou a O DEBATE que o seu compromisso em 2016 é o de auxiliar o governador Pezão (PMDB), de quem é secretário de Agricultura. "Minha prio-ridade neste ano será ajudar o governador Pezão a vencer as enormes dificuldades e desafios que o nosso Estado enfrenta e retomar a trajetória de crescimento dos municípios, especialmente de Macaé", disse. PÁG. 3

CIDADEMARIANNA FONTES

Mudança de sentido na Elias Agostinho começou no ano passado

Desrespeito no trânsito é flagrado na Imbetiba Veículos continuam transitando pela contramão na Av. Elias Agostinho PÁG. 2

WANDERLEY GIL

Christino vai se manter no governo do Estado

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, quinta-feira, 10 de março de 2016

Cidade Produtos de Páscoa sofrerão com o peso da inflação. Segundo IBPT, alguns itens comercializados durante a data poderão chegar a registrar quase 50% de imposto.

NOTA

KANÁ MANHÃES

Cedae diz que problema é decorrente de uma bomba que apresentou problemas

TRANSTORNOS

Parte alta da cidade sofre com a falta d'águaMoradores de áreas nobres reclamam de abastecimento ineficiente e gastos com caminhões-pipa

Marianna Fontesmarifontes@odebateon.com.br

No final desse mês, no dia 22 de março, é comemo-rado em todo o planeta o

Dia Mundial da Água. No entan-to, em Macaé muitos cidadãos não têm tido nenhum motivo para celebrar essa data. Isso acontece porque, mesmo sendo um direito de todo ser humano, eles não têm acesso à água em suas torneiras.

É o caso dos moradores do Alto da Glória. Apesar de regis-trar uma das mais altas taxas de IPTU, e estar situado em um ponto privilegiado da cidade, o bairro sofre com o problema de abastecimento. Essa semana, alguns leitores procuraram o jornal O DEBATE para denun-ciar o problema.

“Estamos desde o Natal sem água na torneira. Tem sido um transtorno para todos. Eu já procurei a Cedae várias ve-zes, mas a solução não vem. Na primeira vez falaram que era a bomba que joga para a parte alta. Consertaram e al-gum tempo depois voltamos a sofrer de novo com o abasteci-

mento ineficiente. Na segunda vez alegaram que a bomba não tinha conserto e que eles não tinham nenhuma solução, por enquanto, para isso. Ou seja, simplesmente falaram em ou-tras palavras que não vão resol-ver. É uma pouca vergonha. Se está assim na área nobre, ima-gina na periferia. É um descaso com a população e a prefeitura não toma nenhuma providência contra a companhia”, reclama uma moradora que pede para não ser identificada.

Em tempos de crise, os gastos excessivos com a compra de caminhões-pipa têm afetado drasticamente o orçamento de centenas de famílias. “Somente na minha rua gastamos em me-nos de dois meses cerca de R$ 25 mil com a compra de água. A gente tira comida de dentro de casa para financiar isso. E sem ter a certeza da procedência da água, pois não há fiscalização no município”, relata a moradora.

Quem reforça isso é Mônica, moradora da Rua Sidney Vas-concelos. “Aqui no meu con-domínio sempre falta água. No entanto, de duas semanas para cá piorou muito. Todos estão

comprando água. Um caminhão com 10 mil litros custa, em mé-dia, R$ 400”, explica.

OUTROS BAIRROS APRESENTAM O MESMOPROBLEMA

Na área sul da cidade, mora-dores de outros bairros tam-bém relatam problemas com o abastecimento. É o caso da Granja dos Cavaleiros, que es-tá há quase uma semana sem água. “Ficamos cinco dias sem cair uma gota. Na manhã des-ta quarta-feira (9), voltou, mas depois sumiu das torneiras no-vamente. Estavam fazendo um reparo na subida, então isso pode ter afetado o nosso bairro. Está todo mundo com a cisterna vazia. Se não normalizar, o jeito vai ser comprar caminhão-pipa. E não é só aqui, também há re-clamações no Novo Cavaleiros, Vila Moreira e São Marcos”, conta o presidente da AMO-GRANJA, Dirant Ferraz.

A moradora da Vila Morei-ra, Roberta conta que a Cedae disponibiliza um caminhão-pipa para atender a cidade in-teira. “Eles tiraram a bomba

para consertar no Rio, mas só fizeram a retirada na manhã de hoje (ontem). Disseram que se eu quisesse poderia ir até a sede da empresa, com a conta em mãos, e solicitar um caminhão-pipa, sendo que só tem um da companhia. Se-gundo me informaram, não está faltando água na cidade, mas sim tendo um problema na bomba que fica na Alameda Tenente Célio. Sem ela, a parte alta é afetada”, conta ela, in-formando que a previsão dada é de que a situação se norma-lize ainda nessa semana. “Me deram o prazo de sexta-feira (11), mas a gente sabe que nem sempre cumprem isso. Eu economizei a semana toda o pouco de água que tinha, mas não tenho condições de ficar em casa. Vou para a residência

de conhecidos em Rio das Os-tras até que o abastecimento volte”, completou.

O QUE DIZ A CEDAE

Em nota, a companhia infor-mou que vem a público esclare-cer que a origem do problema de abastecimento em toda a cidade ocorreu na captação de água da Severina, na BR-101. Uma das bombas que realizam a captação sofreu um desgaste e foi enviada para a manutenção nesta quarta-feira (9). Com is-so, a capacidade de produção foi reduzida, principalmente nas partes altas.

Ela ressalta que uma bomba alugada chegará hoje (10), pa-ra que seja realizado o reabas-tecimento na cidade dentro de alguns dias. O restabelecimento

será imediato, mas o prazo esti-pulado pela Cedae é de que até o fim de semana todo o abaste-cimento em Macaé esteja regu-larizado.

É importante enfatizar que o reabastecimento de água é diferente do de luz, por exem-plo. Com uma nova bomba se-rão reiniciados os trabalhos de captação, filtragem, produção e distribuição com manobras es-pecíficas para cada região. Esse trabalho não apresenta retorno imediato.

Segundo a Cedae, manobras especiais visando o reabasteci-mento dos bairros altos, e que estão há mais tempo sem água, serão feitas na madrugada desta quinta-feira. Com isso, há uma grande possibilidade de que nas próximas horas entre algum vo-lume d' água nessas regiões.

DIA 23

2ª Ação Social da Barra acontece em abril

Trazer os serviços para dentro da comunidade. Esse é o principal objetivo do Projeto Social Mão Amiga, que vai rea-lizar no próximo mês a 2ª Ação Social da Barra de Macaé. O evento, que é aberto e gratuito à população, vai acontecer no dia 23 de abril (sábado), a partir das 9h, na Praça Beira Rio. A programação vai ofere-cer aos moradores do bairro, e de todo o entorno, os serviços de advocacia, assistência social, e saúde (medição de pressão, exa-me e teste de diabetes, orienta-ção sobre medicamentos, entre outros).

Para quem quer mudar o vi-

Iniciativa, que é do Projeto Mão Amiga, vai acontecer na Praça Beira Rio

sual e ficar mais bonito(a), cabe-leireiros, manicures e pedicures estarão oferecendo serviços gratuitos. Para as crianças, terá recreação e um lanche com ca-chorro-quente e refrigerante. Também haverá um torneio de futebol de salão.

De acordo com Tiago da Sil-va Antônio, um dos responsá-veis do Projeto Mão Amiga, a expectativa é de que passem cerca de 300 pessoas pelas tendas. “Essa semana vamos nos reunir com o pessoal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que já demons-traram grande interesse em estar mais próximo da nossa comunidade. Também esta-mos buscando o Sindicato dos Comerciários, da prefeitura e da Câmara de Vereadores vi-sando parcerias. O intuito da gente é ajudar, mesmo que se-

ja uma pequena quantidade de pessoas”, explica.

Ele também solicita quem queira ajudar de alguma ma-neira. “Estamos em busca de pessoas que queiram ajudar com a recreação das crianças e com doações de refrigerante, pão para cachorro-quente, pi-poca. Qualquer tipo de contri-buição será muito bem vindo. A maioria dos nossos eventos são feitos graças à população e comerciantes”, enfatiza.

Se você deseja colaborar, pode entrar em contato com Tiago no telefone (22) 99999-0523. O Projeto Social Mão Amiga, que é sem fins lucra-tivos, foi criado com o intuito de integrar essas comunidades carentes, oferecendo aos seus moradores atividades cultu-rais e inclusivas através do esporte e da educação.

DIVULGAÇÃO

1ª edição em julho de 2015 reuniu mais de 500 pessoas

TRÂNSITO

Desrespeito na Orla de Imbetiba

No ano passado, a Avenida Elias Agostinho, na Imbetiba, passou por alterações viárias. Desde então, o trânsito no local segue em sentido único. Para orientar os motoristas, na épo-ca, a secretaria de Mobilidade Urbana instalou placas de si-nalização.

As mudanças foram feitas por conta das obras de urbanização na orla, que teve seu calçadão aumentado e, consequente-mente, causou o estreitamento da pista. Assim, por medida de segurança, o trânsito foi alte-rado.

Apesar disso, alguns conduto-res ainda desrespeitam e transi-tam na contramão. Em janeiro, o caso foi retratado pelo jornal. Na semana passada, a nossa equipe de reportagem voltou a fazer novos flagrantes.

Veículos continuam transitando pela contramão na Av. Elias Agostinho

As infrações foram presen-ciadas durante o dia e à noite, sendo a maioria sempre após às 18h. A secretaria de Mobilida-de Urbana disponibiliza agen-tes de trânsito durante o dia, o que ajuda a coibir a prática, no entanto, após determinado ho-rário, os motoristas abusam e causam transtornos no trânsito.

Esse tipo de situação pode ser presenciado em outros trechos da cidade. Um deles é sempre retratado nas páginas do jornal O DEBATE. Trata-se do semáforo entre a Avenida Rui Barbosa e a rua Tiraden-tes, próximo a um posto de ga-solina, onde o trecho é de mão dupla. É só abrir o sinal para o desrespeito começar. É comum flagrar pessoas cortando outros motoristas pela contramão dia-riamente.

Mesmo parecendo um ato inofensivo, muitos motoristas devem ter esquecido que isso é uma infração de trânsito gravís-sima. De acordo com o Art. 186 do Código de Trânsito Brasilei-

ro (CTB), o motorista que “tran-sitar pela contramão da direção em vias com sinalização de re-gulamentação de sentido único de circulação” está sujeito à pe-nalidade de multa de R$ 127,69 e perda de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Já ultrapassar, pela contramão, outro veículo parado em fila junto ao sinal luminoso é in-fração gravíssima, punida com multa de R$ 191,54 e perda de 7 pontos na CNH.

As autoridades têm como obrigação implantar medi-das para coibir e punir essas infrações, mas cabe sempre lembrar à população que o problema de mobilidade e o respeito no trânsito é um de-ver de cada cidadão.

De acordo com a prefeitura, essas localidades fazem parte de um perímetro que é atendi-do, diariamente, por agentes de trânsito. Os condutores que são flagrados cometendo este tipo de infração estão sujeitos às pe-nalidades previstas no CTB.

MARIANNA FONTES

Mudança de sentido na Elias Agostinho começou no ano passado

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 10 de março de 2016 3

PolíticaEMBATE

Bancada do governo derruba pedido de Audiência sobre o "Dossiê da Saúde"Nova tentativa da oposição em apresentar relatório sobre a rede pública foi impedida através de manobra que vetou a exibição de imagens

Márcio Siqueiramarcio@odebateon.com.br

Pela segunda vez consecu-tiva, a bancada do gover-no conseguiu impedir a

exibição de vídeos e de imagens que compõem o relatório elabo-rado por membros da Comissão Permanente de Saúde da Casa sobre a precariedade na infra-estrutura das unidades da rede básica de atendimento. A oposi-ção considerou o ato como uma 'afronta à democracia'.

A discussão de ontem sobre a apresentação do relatório, que ficou conhecido como o Dossiê da Saúde, levou para o plenário o clima quente registrado tam-

bém na reunião de terça (8), dia agendado pelos vereadores Igor Sardinha (PRB) e Amaro Luiz (PRB) para a apresentação dos dados que comprovam o sucate-amento de postos e unidades, da frota de ambulâncias, da falta de materiais e da insatisfação dos servidores que atuam no setor.

Se na terça-feira a apresen-tação não aconteceu por falta de vaga no grande expediente, ontem o debate sobre o Dossiê da Saúde foi prejudicado devido a um novo posicionamento da presidência da Câmara sobre a utilização de recursos visuais no plenário, assim como pela rejeição do pedido de Audiência Pública sobre o tema.

Presidente da Câmara proíbe exibição de slidesNa sessão de ontem, o presi-dente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso (PPS) apresentou no-vas restrições quanto à utiliza-ção de recursos audiovisuais du-rante os discursos do momento político das sessões em plenário.

Após proibir a exibição de ví-deos no telão, Dr. Eduardo não permitiu também que a opo-sição apresentasse fotos, com o recurso dos slides, durante o discurso sobre o Dossiê da Saú-de, no grande expediente.

A medida acabou prejudican-do Igor e Amaro que pretendiam demonstrar o que eles conside-raram como o "colapso" da saú-

de da cidade."Nunca vi no Congresso

Nacional a exibição de vídeos durante o discurso dos parla-mentares. Eu liguei para a Alerj (Assembleia Legislativa do Esta-do do Rio de Janeiro) e lá isso é proibido. Aqui também não vai ser permitido. Ou se faz uma emenda e altera o regimento, ou segue a minha decisão", disse Dr. Eduardo citando o regimento interno da Casa.

A posição da presidência da Câmara foi considerada por Igor como uma "interpretação casu-ística" das diretrizes que regem as regras do plenário.

Votação em bloco não garante alternativaDiante da posição da presi-dência da Câmara ao considerar a apresentação de imagens do Dossiê da Saúde como um "pro-grama de sensacionalismo", o líder do bloco de oposição, Igor Sardinha (PRB) requereu de forma verbal a realização de uma Audiência Pública, com a utilização de todos os aparatos técnicos disponíveis pela Casa, para a apresentação do relató-rio da Comissão.

A estratégia do vereador era garantir que o encontro permi-tisse a participação da popula-ção na discussão do Dossiê, seja na presença em plenário, seja pela transmissão das reuniões pela internet.

O requerimento pegou de surpresa o líder da bancada de

governo, Julinho do Aeropor-to (PPL), que conduzia a ses-são naquele momento, como primeiro vice-presidente da Casa. Ele solicitou a suspensão da reunião por cinco minutos para que a presidência pudesse deliberar sobre o pedido.

Na antessala da presidên-cia, os vereadores discutiram sobre o requerimento, onde o tom de enfrentamento pôde ser ouvido pela assistência que aguardava o retorno da sessão em plenário.

Com o retorno da sessão, o requerimento de Igor foi co-locado em votação nominal. O pedido de Audiência acabou sendo rejeitado pela maioria dos vereadores presentes, inte-grantes da bancada do governo.

Oposição apontou o "cenário de calamidade"Ao adiar, mais uma vez, a apresentação do Dossiê, Igor Sar-dinha e Amaro Luiz afirmaram que a manobra da bancada de governo tentou evitar a apresen-tação de "cenário de calamidade".

"O que queremos é apresen-tar o que já é conhecido pelos pacientes e pelos servidores da Saúde. Esta Casa precisa saber

sobre o colapso da rede de saú-de da nossa cidade, assim como os outros órgãos de controle", disse Igor.

Já Amaro afirmou que a estra-tégia do governo "não vai calar a oposição".

"Eles tentam nos cercear, mas nós vamos continuar falando", disse o vereador.

WANDERLEY GIL

Bloco de oposição criticou atitude da presidência da Casa ao proibir exibição de imagens anexadas a relatório de Comissão

TRANSPARÊNCIA

Comissão '�ctícia' e aditivo 'fantasma' reforçam pedido de CPI do Transporte

Ao considerar como "pro-míscua" a relação entre o gover-no e a empresa SIT, o vereador Marcel Silvano (PT) voltou a cobrar, ontem, da presidência da Casa, a votação do pedido de instalação da Comissão Parla-mentar de Investigação (CPI) do Transporte. Um dos reque-rimentos que tramitam na Casa desde 2013 já possui o número suficiente de assinaturas para que a devassa seja instaurada.

Na sessão de ontem, Marcel dedicou o seu discurso no gran-de expediente para apresentar um breve histórico cronológico sobre os 10 anos de concessão do transporte público, envol-vendo a criação do Sistema In-tegrado de Transportes (SIT) e a construção dos terminais.

"Nesses 10 anos, terminais construídos com o dinheiro público foram demolidos e o programa do governo chama-do SIT passou a ser o nome da empresa que aglutinou todas as companhias que venceram a concorrência. Só isso já seria

Marcel cobrou da presidência da Casa votação de instalação de devassa

um bom motivo para se iniciar uma investigação", disse.

No entanto, Marcel afirmou que dois fatos registrados no atual governo reforçam a neces-sidade da Câmara de investigar, mais a fundo, a conexão entre a prefeitura e a empresa.

"Em 2013 começou o gover-no que pregava, na eleição, o fim do monopólio. Neste ano, uma comissão foi instituída para dar início à elaboração da nova con-cessão do transporte. Mas onde está o relatório deste trabalho? Onde estão as cópias das reuni-ões dessa Comissão fictícia, se realmente elas foram realiza-das?", questionou.

Marcel criticou a decisão do governo de prorrogar, por mais um ano, a atual concessão do transporte.

"Se o prefeito quiser, nós es-taremos reféns deste contrato por mais de 10 anos. Portanto, eu acredito que a CPI vai forçar a realização de uma nova con-cessão e romperá essa relação promíscua que existe entre o poder concedente e a empresa prestadora do serviço", apontou Marcel.

Após o discurso do vereador, a presidência da Câmara não se pronunciou sobre o pedido.

KANÁ MANHÃES

Marcel Silvano afirmou que CPI exigirá nova concessão do serviço

TRANSPORTE

"Implantação do VLT está no Plano de Governo do prefeito"

Ao citar a sequência de ma-térias produzidas por O DEBA-TE sobre o abandono das duas composições do VLT, o vereador Maxwell Vaz (SDD) apontou a 'incapacidade de gestão' como justificativa para o governo mu-nicipal não ter implementado o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos. Ele relembrou que a proposta está inserida no Plano de Governo do atual prefeito.

"Em 1874 foi inaugurada a es-tação ferroviária de Macaé. Há 142 anos conseguiram construir uma ferrovia sobre o lombo de burro. Será que os gestores do passado são mais competentes que o atual? Hoje, com mais tec-nologia e mais de R$ 1,5 bilhão na conta, o prefeito não foi capaz

Maxwell aponta incapacidade de gestão ao falar sobre abandono de composições

de colocar o VLT para funcio-nar", apontou Maxwell fazendo referência ao total de receitas recolhidas pelo governo em três anos, apenas com royalties e Participação Especial.

Ao considerar como lamentá-vel o abandono do patrimônio público, Maxwell incluiu o VLT na lista que integra o Parque da Cidade e o Ginásio Poliespor-tivo, como equipamentos pú-blicos alvos do que chamou de "perseguição política".

"Por vaidade ou por interesse político, o governo abandonou esses patrimônios públicos que simbolizam o desperdício, de quem comprou, mas também de quem deixou acabar", disse.

Maxwell afirmou que pre-tende elaborar um relatório reunindo as informações sobre as atuais condições desses três patrimônios públicos para ser enviado ao Ministério Público Estadual (MPE).

KANÁ MANHÃES

Vereador afirmou que projeto foi abandonado devido à perseguição política

Chico Machado (PSB) afirmou que se prepara para disparar "o veneno" contra o governo

NOTA

Christino Áureo não con�rma pré-candidatura a prefeito

ELEIÇÕES

Apesar de ter sido "escolhi-do" por membros do governo como adversário do projeto de reeleição, Christino Áureo (PSD) segue fora do páreo pa-ra a disputa eleitoral de Macaé,

Afirmação de deputado rebate 'escolha' feita por membros do governo para disputa neste ano

neste ano.Ontem (9), o deputado es-

tadual licenciado afirmou a O DEBATE que o seu compro-misso em 2016 é o de auxiliar o governador Pezão (PMDB), de quem é secretário de Agri-cultura.

"Minha prioridade neste ano será ajudar o governador Pezão a vencer as enormes dificulda-des e desafios que o nosso Esta-

do enfrenta e retomar a trajetó-ria de crescimento dos municí-pios, especialmente de Macaé, a mais afetada pelo cenário de crise que enfrentamos", disse.

A afirmação de Christino põe fim às especulações sobre a sua pré-candidatura, que surgiram nesta semana.

Na semana passada, o líder do governo na Câmara de Ve-readores, Julinho do Aeropor-

to (PPL), considerou Christi-no Áureo como o adversário mais qualificado para brigar contra o projeto de reeleição do prefeito.

A declaração foi considerada como uma tentativa de enfra-quecer as pré-candidaturas dos vereadores Igor Sardinha (PRB), Chico Machado (PSB), além do empresário André Longobardi (PR).

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, quinta-feira, 10 de março de 2016

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Quem acompanha o cenário político de Macaé às vezes se confunde com a cronologia relacionada principalmente ao processo eleitoral. Pelo discurso do governo, a disputa pela administração da cidade ainda está parada há quatro anos.

A Constituição Federal do Brasil de 1988 declarou igual-dade entre homens e mulheres. Apesar dessa conquista, na prática, ainda há um abismo entre as disposições do direito e da proteção e a efetiva igualdade de gêneros.

Cronologia

Basta de violência contra a mulher

Comum a qualquer período pré-eleitoral, os problemas da cidade que causam as agruras encaradas por grande parte dos 240 mil habitantes, passam a ser utilizados como parâmetro para avaliar o desempenho da atual gestão do município, com comparativos inevitáveis a ou-tras administrações passadas. Mas, para quem defende a per-petuação do projeto do poder, isso é quase um crime.

Sem justificativas plausí-veis para responder aos ques-tionamentos e aos anseios da sociedade, que passa a fazer um comparativo entre o vo-lume de receitas recolhidas pela prefeitura e o real ce-nário de crise, lideranças ligadas ao governo tentam criar um hiato administrati-vo nesses três últimos anos, garantindo que os problemas atuais da cidade ainda são culpa da gestão passada.

Nessa estratégia, a situação de abandono do Parque da Cidade e do Ginásio Polies-portivo Engenheiro Maurício Bittencourt hoje é avaliada pelo governo como um 'erro' de ges-

tões anteriores, o que não exi-me a responsabilidade da atu-al administração de zelar pelo patrimônio público da cidade.

O mesmo passa a acontecer com as discussões que envol-vem a depreciação das duas composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A atual situação de destruição dos dois vagões, vista por quem trafega pela região do Miramar, é atri-buída pelo governo por erros de cálculo e de gastos cometidos pela gestão passada.

A verdade é que, por mais que ex-gestores que comparti-lharam das benesses da admi-nistração passada também fa-zerem parte do governo atual, a gestão do município não foi eficiente para resolver pendên-cias da cidade. E isso era o que se esperava de uma verdadeira mudança.

E, pelo que parece, o mesmo discurso passa a ser utilizado como justificativas para erros gritantes, o que gera na popu-lação a falsa sensação de que Macaé se aproxima da disputa eleitoral, não de 2016, mas sim de 2012.

Para avançar no enfrentamento da violência como um grave pro-blema de saúde pública relacio-nado a gênero e vulnerabilidade, a Lei Maria da Penha 11.340/2006 visa à proteção da mulher e da família e define violência como “Qualquer ação ou omissão base-ada no gênero que lhe cause mor-te, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

No artigo 5º da lei Maria da Pe-nha e a lei 13.104/2015 dispõem so-bre o fenômeno do “feminicídio”, e reconhecem como crime hedion-do, e com agravantes, situações es-pecíficas de vulnerabilidade. Ape-sar desses dispositivos, essas leis ainda não asseguraram a redução da incidência da violência.

Os dados dos primeiros dez me-ses de 2015 mostram a magnitude da violência. Do total de 63.090 denúncias de violência contra a mulher, 31.432 corresponderam a denúncias de violência física (49,82%), 19.182 de violência psicológica (30,40%), 4.627 de violência moral (7,33%), 1.382 de violência patrimonial (2,19%), 3.064 de violência sexual (4,86%), 3.071 de cárcere privado (1,76%) e 332 envolvendo tráfico (0,53%).

Os atendimentos registrados no "180", em 2015, revelaram que 77,83% das vítimas possuem filhos e 80,42% presenciaram ou sofre-ram a violência. Essa realidade posiciona o Brasil nos primei-ros lugares entre os países com maior índice de violência contra a mulher. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que avaliaram um grupo de 83 países mostram que, entre 1980 e 2013, foram assassinadas 106.093 mu-lheres, sendo 4.762 só em 2013. O país tem uma taxa de 4,8 homicí-dios para cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo.

O Mapa da Violência de 2015 mostra que dos 4.762 homicí-dios de mulheres registrados em 2013, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo a maioria desses crimes (33,2%) cometidos por

parceiros ou ex-parceiros. Evi-dências mostram que a cada sete feminicídios, quatro foram pra-ticados por pessoas que tiveram ou tinham relações íntimas de afeto com a mulher. Estimativas do Mapa da Violência 2015, com base em dados de 2013 do Minis-tério da Saúde, alertam para o fato de a violência doméstica e familiar constituir-se como a principal forma de violência letal pratica-da contra as mulheres no Brasil.

Quanto à abrangência desse fenômeno, apesar da maior inci-dência de casos acontecerem nas classes sociais menos favoreci-das, a violência é um fenômeno presente em todas as camadas. O Mapa da Violência 2015 também mostra que em dez anos o número de mortes violentas de mulheres negras aumentou 54%, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Os motivos podem ser os mais diversos: ciúmes, ressenti-mento, inveja, prepotência, ma-chismo, competição, frustração, rejeição; e em alguns casos, os atos de violência não possuem motivo.

Apesar de alguns avanços nas conquistas por direitos das mu-lheres, existem muitas pergun-tas que ficam sem repostas. Por exemplo: Por que a violência ainda é vista por muitos como um fenômeno cultural instituído e aceitável? Que fatores contri-buem para essa triste realidade? Por que a violência ainda é vista por muitos como um fenômeno cultural instituído e aceitável?

Enquanto não encontramos respostas para as questões acima, ressalto que o “dia da mulher” de-ve ser discutido todos os dias do ano. Assim, vamos conquistar a igualdade de diretos.

Raquel Xavier de Souza Saito é coordenadora da Pós-graduação em Saúde da Família da Faculdade Santa Marcelina, Autoridade Sani-tária da Vigilância Epidemiológica (Supervisão Técnica de Saúde de Itaquera) na Prefeitura Municipal de São Paulo

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

NOTA

Moradores pedem abertura de rotatória. Segundo quem vive no Jardim Franco, a acessibilidade no loteamento precisa melhorar.

ClimaUma densa névoa encobriu parte da ci-dade, na manhã de ontem (9). O fenô-meno foi provocado pela relação entre a baixa temperatura das águas do mar e a entrada de uma massa de ar quente que encobre todo o litoral do estado do Rio. De acordo com a previsão meteorológi-ca, podem ocorrer pancadas de chuvas nesta sexta-feira (10) e no sábado (11). Nos próximos dias, a temperatura pode chegar aos 38 graus na cidade.

InvestigaçãoA Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ) propôs a abertura de uma investigação sobre o programa “Prefeitura Móvel”, realizado pelo gover-no de Niterói. Há indícios de que a estra-tégia é utilizar a estrutura administrativa com objetivo de uso eleitoral. Proposta semelhante também foi criada pela pre-feitura de Macaé neste ano, que já visitou bairros do Centro e localidades da região serrana do município.

Esgoto O Aeroporto de Macaé está prestes a finali-zar as obras do novo terminal de passagei-ros, um projeto construído dentro do pacote de investimentos de R$ 70 milhões libera-dos pela Infraero. Porém, o espaço corre o risco de não ser inaugurado. É que a região do Parque Aeroporto ainda não recebeu as obras de saneamento previstas dentro da Parceria Pública Privada (PPP) do Esgoto, assinada desde 2012. Hoje, fica inviável para a autarquia construir uma estação própria de tratamento dos dejetos.

Permuta Cerca de 40 dias após determinar o retorno de todos os servidores efetivos da adminis-tração municipal, cedidos ao quadro da Câ-mara de Vereadores, o governo já autorizou a chamada 'permuta' de funcionários entre os poderes. A medida amplia o quadro de assessorias à disposição dos gabinetes de parlamentares que formam a base de apoio à gestão municipal, uma estratégia ligada ao processo eleitoral. Já a oposição não conta com o mesmo “privilégio”.

Pagamento E, pelo que parece, a preocupação com o índice de comprometimento do orçamento com o custeio da folha de pagamento já não é tão grande assim. Ontem, novos assesso-res foram nomeados para compor o quadro de cargos comissionados disponíveis nas secretarias de Educação, Limpeza Pública e Mobilidade Urbana. Vale destacar que dos 600 profissionais que seriam exonerados, para baixar os gastos com pessoal, apenas 200 foram demitidos.

Negociações Falando nos servidores, os R$ 34 milhões já registrados como excesso de arrecada-ção do ISS (Imposto Sobre Serviço) e do ICMS (Imposto de Circulação de Merca-dorias e Serviços), devem pesar na nego-ciação entre o governo e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Macaé (Sindservi) sobre o reajuste salarial deste ano. Hoje, a queda dos royalties só compro-mete os contratos do lixo e de reforma de praças e escolas, em vigor desde o governo passado.

Algoz Além de escolher o adversário que enfrentará o projeto de reeleição nas urnas, lideranças do governo traçam uma nova estratégia para amenizar as críticas disparadas contra a admi-nistração municipal. Na visão do 'quanto pior, melhor', o alvo passa a ser o governo do Esta-do indicado como o 'algoz' da população que sofre com a crise do abastecimento, a inefici-ência do Detran e a péssima qualidade da RJ 106. Mas, e a aliança entre os dois governos chancelada pelo PMDB?

Defesa E, através dos “porta-vozes”, a adminis-tração municipal tenta culpar o governo passado por problemas ainda comuns à realidade da população macaense. Assim foi com o abandono do Parque da Cidade e do Ginásio Poliesportivo, e também com o inchaço da folha de pagamento. Agora, a destruição das composições do VLT tam-bém possui a mesma resposta. Quem vê de fora questiona: será que as eleições de 2012 ainda não acabaram?

MédicosA Associação Médica de Macaé (AMM) promoveu, ontem, uma reunião, em caráter especial, para discutir as denúncias contra o ponto biométrico e pendências salariais por parte da prefeitura. O encontro reuniu asso-ciados, servidores efetivos do município e médicos prestadores de serviço. A reunião ocorreu uma semana após 15 profissionais renomados e de carreira da cidade pedi-rem exoneração dos seus cargos devido a incompatibilidade com as novas regras do governo.

Apesar da crise ser atribuída à administração do Estado, a manifestação realizada na última terça-feira (8) por professores da rede pública estadual contou também com a adesão de estudantes e membros da sociedade macaense, que cobraram do governo municipal a ampliação do número de vagas de creches do município. Mas não era essa a promessa do 'projeto da mudança'?

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 10 de março de 2016 5

Economia NOTA

Caixa aumenta fi nanciamento para imóveis usados. A partir de agora, será possível fi nanciar até 70% do valor do imóvel pela instituição bancária.

WANDERLEY GIL

Série de medidas de incentivo já foram publicadas no Diário Ofi cial da União

OFFSHORE

Cadeia de petróleo pode ganhar novo fôlegoMedidas propostas pelo governo podem fomentar mais de US$ 100 bilhões em investimentos para o setor

Guilherme Magalhãesguilherme@odebateon.com.br

Ontem (9), o governo fe-deral publicou no Diário Ofi cial da União uma no-

va medida que pode ser crucial para dar fôlego à cadeia de pe-tróleo da região. Com a possibi-lidade de liberar até US$ 120 bi-lhões em investimentos ao setor de óleo e gás, segundo previsões do próprio Ministério de Minas e Energia, o incentivo pode co-meçar a funcionar na prática entre este ano e o próximo.

Segundo o próprio Ministro da pasta, Eduardo Braga, en-tre outras questões, na prática a medida tem foco principal a prorrogação de concessões de campos em atividade, como o da ‘Rodada Zero’, de 1998, e notifi -cação de concessionárias para

retomada da produção em cam-pos parados, além de estudos para contratação sob regime de partilha de áreas unitizáveis (reservas interligáveis).

“Entendemos que esta ação faz parte de uma política de fo-mento à indústria de petróleo e gás, que representa quase 15% do PIB, e destravará investi-mentos que podem chegar a US$ 120 bilhões”, afirmou o ministro em nota, ressaltando que as iniciativas já foram lis-tadas e aprovadas no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Na resolução, o CNPE au-torizou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocom-bustíveis (ANP) no sentido de prorrogar os contratos de con-cessão da ‘Rodada Zero’, quan-do foram abertos os direitos

exclusivos da Petrobras sobre os campos que se encontravam em produção antes da quebra do monopólio da petrolífera nas atividades de exploração e produção de petróleo no país. Na época, o processo competi-tivo também expandiu direitos sobre blocos em exploração e desenvolvimento.

“A prorrogação será feita apenas para campos cuja ex-tensão do prazo de produção se mostre viável para além do período contratual original. As concessionárias interessadas deverão apresentar novo pla-no de desenvolvimento, com indicação de investimentos a serem realizados. O prazo de prorrogação deverá ser com-patível com as expectativas de produção decorrentes do novo plano de desenvolvimento e dos

novos investimentos, limitado a 27 anos", segundo o texto no Diário Ofi cial da União.

NINGUÉM PARADOAinda em resolução ofi cial, o

CNPE também determinou que a ANP notifi que, em até 30 dias, concessionárias de campos sem produção nos últimos seis me-ses para que retomem a ativi-dade nos próximos 12 meses ou transfi ram os direitos sobre

esses campos para outras em-presas. Caso contrário, o órgão deverá iniciar um processo de extinção das concessões das empresas que não cumprirem a determinação.

"Existem campos com ca-pacidade de produzir, mas en-contram-se paralisados, com-prometendo o aproveitamento racional de recursos energéti-cos, a geração de empregos e a arrecadação de royalties pela

União, Estados e municípios", destacou o CNPE em nota.

Por fi m, o CNPE determinou ao Ministério de Minas e Ener-gia que conclua estudos neces-sários para propor ao conselho os parâmetros técnicos e eco-nômicos a serem considerados na contratação sob o regime de partilha de áreas unitizáveis, que extrapolem os blocos con-cedidos e estejam localizadas dentro da área do pré-sal.

COMÉRCIO

Supermercados reduzem encomendas de ovos de Páscoa

Com os índices de pessi-mismo do comércio registran-do números recordes devido à desaceleração do consumo, este ano, os supermercados resolve-ram reduzir as encomendas de ovos de Páscoa. Pelo menos, é isso que apontam os dados de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Su-permercados (Abras), revelan-do que a demanda pelo produto caiu aproximadamente 12% por parte dos varejistas junto aos fornecedores.

Mesmo com o preço médio dos ovos de chocolate tendo au-mentado, ainda segundo a enti-dade, a queda teria ocorrido por um motivo bem simples: pouca demanda para muita oferta. Prova disso é que a expectativa dos estabelecimentos seja a de

Com comerciantes pouco otimistas em relação às vendas, segundo Abras, encomendas caíram 12%

amargar uma queda média de 5,3% nas vendas de Páscoa em comparação com o ano passa-do. Ao mesmo tempo, a Abras calcula que houve uma varia-ção média de 7,8% no preço dos produtos, o que significa que, em termos reais, a expectativa é de queda de 12,2% nas vendas.

“O pessimismo atinge uma das maiores datas para as ven-das no varejo de supermerca-dos. A Abras calcula que a Pás-coa só perde em vendas para o Natal, mas as menores enco-mendas refl etem um cenário de empresários receosos”, opinou a entidade em nota, ressaltan-do que os pedidos do varejo só foram maiores do que o ano passado em categorias mais baratas como, por exemplo, em relação às caixas de bombons, que registraram alta de 1,9% nas encomendas.

Ainda segundo a Abras, além dos ovos de Páscoa, outros sim-bólicos produtos associados à data registraram queda real no valor das encomendas: baca-lhau (9,1%) e a Colomba pascal (5,3%).

MACAÉ COM OVO DE PÁSCOA SUPERVALORIZADO

Esta semana O DEBATE foi às ruas do centro da cidade pa-ra equiparar o preço de alguns ovos de Páscoa, visando des-cobrir se eles realmente valem a pena na comparação do peso em gramas com chocolates em outros formatos. Segundo o le-vantamento, no caso mais dis-crepante, um ovo de chocolate da Kinder Max - que custa R$ 45,77 - equivale a mesma quan-tidade (150 gramas) de uma bar-ra de chocolate da marca Nes-tlé, que custa R$ 7,97. Ou seja, na prática a variação de 574,2% fi ca por conta do brinde.

Em outro exemplo, uma bar-ra da marca Diamante Negro de 150 gramas sai por R$ 9,40, en-quanto um ovo de chocolate do Meu Malvado Favorito, de 100 gramas, sai por R$ 34,74. Isso signifi ca que, mesmo possuindo 50 gramas a menos, o produto que tem como brinde os popu-lares ‘minions’ equivale a 269% a mais que o preço da barra de chocolate.

KANÁ MANHÃES

Cada vez mais caros, ovos de páscoa viram artigos de luxo nos supermercados

DIREITO

Demissão de domésticas começa a ser feita pela internet

Para quem ainda não sabe, a partir desta semana, o processo de demissão de empregados domésticos de-ve começar a ser realizado pelo site do eSocial, ligado à Receita Federal (RF). Ainda em processo de adaptação, o processo é simples e envolve poucos passos.

Segundo a RF, a partir de agora, para registrar o desliga-mento do empregado, além do documento de arrecadação do eSocial (DAE rescisório) com os valores do FGTS, o empre-gador deverá imprimir o ter-mo de rescisão e quitação.

Por outro lado, para as demissões ocorridas entre 1/10/2015 e 7/3/2016, o empre-gador deverá acessar a opção de desligamento e informar apenas o motivo e data do desligamento. Nesses casos, não serão emitidos DAE res-cisório, considerando que o pagamento do FGTS desses desligamentos deve ser fei-to via guia disponível no site da Caixa. Além disso, ainda segundo a RF, esse trabalha-dor não aparecerá nas folhas de pagamentos mensais que serão encerradas após esse registro.

Sistema completoRepleto de polêmicas e re-

clamações desde que foi im-plantado, a RF garante que a ferramenta do eSocial está pronta para a operacionaliza-ção dos direitos e deveres do Empregado Doméstico e do Empregador. Ainda segundo o Fisco, ajustes e melhorias do sistema continuarão a

Empregador deve utilizar ferramenta do eSocial para realizar o processo

ser feitos, mas o ciclo de fun-cionalidades essenciais está completo.

Criado para unificar o re-colhimento dos tributos e de-mais encargos referentes ao trabalhador doméstico, atu-almente o eSocial (também conhecido como Simples Do-

méstico) conta com mais de 1,4 milhão de empregadores cadastrados e emite, men-salmente, mais 1,2 milhão de guias de pagamentos (DAE). Um passo a passo está dispo-nível no próprio site para as dúvidas do empregador do-méstico.

KANÁ MANHÃES

Sistema unifi ca recolhimento dos tributos e demais encargos referentes ao trabalhador doméstico

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, quinta-feira, 10 de março de 2016

Polícia

HOMICÍDIO

Mulher é achada morta em quarto de hotel

Na manhã de quarta-feira (09), uma mulher, aparentan-do a idade de 37 anos, foi en-contrada morta com um corte no pescoço, em um hotel, na Rua Teixeira de Gouveia, no Cajueiros.

Segundo a polícia, ao lado do corpo foram encontradas diver-sas cápsulas de cocaína e uma caneca quebrada, que estava com sangue. A Polícia trabalha com a suspeita de homicídio.

A polícia trabalha com a suspeita de homicídio

Jovens são detidas por trá�co de drogasCONCEIÇÃO DE MACABU

Equipe do Serviço Reser-vado (P2) junto com a equipe do Grupo de Ações Táticas (GAT) deram continuidade a uma operação de combate ao tráfico de drogas, em Concei-ção de Macabu.

De acordo com a Polícia, em uma ação da PM, um suspei-to havia informado que iria receber 5kg de maconha, no município citado. O elemento informou também que a droga seria entregue na rodoviária e as características da mulher.

Lá, os policiais localizaram duas jovens com uma mala. Após abordagem, as suspei-tas indicaram a residência de um elemento conhecido

Em outra ação da PM, material pertencente ao tráfico de drogas também foi apreendido

como “Mutante”, que seria o distribuidor de maconha na localidade. Em seguida, os po-liciais seguiram para a Rua H, no bairro Usina, onde estaria o elemento suspeito. Contudo, com a chegada das viaturas, o

suspeito fugiu em direção a um matagal. Após buscas, os mili-tares encontraram vários ma-teriais enterrados: 750 trouxi-nhas de maconha, 12 munições de calibre 12, cinco tabletes de maconha e uma balança de

DIVULGAÇÃO PM

Polícia encontra 750 trouxinhas de maconha, 12 munições de calibre 12, cinco tabletes de maconha e uma balança de precisão

precisão. A ocorrência foi registrada

na 122ª DP, onde o material ficou apreendido. Uma jovem de 19 anos foi presa, sendo que outra de 14 anos, que estava em companhia da primeira na ro-

doviária, foi apreendida.

ESTRADA DEMACABUZINHO

Na RJ-196, uma denúncia-anônima informou que havia traficantes na mata, estando os mesmos armados e em posse de drogas.

Chegando ao local, a guar-nição observou que vários elementos correram para o interior da mata, sendo encon-trado no local 126 pinos de co-caína, 500g de maconha, uma balança de precisão, diversos materiais para endolação de entorpecentes e um simulacro de fuzil M4.

Apesar da guarnição ter re-alizado buscas na região, não conseguiram localizar o supos-tos traficantes. Em seguida, o material foi encaminhado para a 122ª DP para apreensão.

Polícia segue com operações contra crimes de contravenção

32º BPM

Guarnição da Polícia Mi-litar (PM), em posse de informa-ções através do disque-denúncia, foi até o bairro Visconde de Araújo verificar se em um estabelecimen-to havia máquinas de caça-níqueis.

No endereço, os policiais en-contraram quatro máquinas e localizaram o proprietário do estabalecimento, que foi enca-

Macaé e Rio das Ostras tiveram materiais apreendidos

minhado à 123ª DP. O homem foi ouvido e liberado.

RIO DAS OSTRASJá na cidade vizinha, também

com informações recebidas pelo disque-denúncia, a PM encontrou outro estabelecimento, no bairro Village Rio das Ostras, com quatro máquinas caça-níqueis.

No local, foi encontrado o proprietário do estabelecimen-to. Após perícia, as máquinas apreendidas foram encaminha-das, junto com o proprietário do

local, para a 128ª DP. O homem foi ouvido e liberado.

LEGISLAÇÃODe acordo com a Lei das Contra-

venções Penais, Lei nº 3.688/1941, artigo 50, é ilegal: “Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entra-da ou sem ele. A pena pode variar de três meses a um ano de prisão e multa, estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos móveis e objetos de decoração do local.”

DIVULGAÇÃO PM

As máquinas ficaram apreendidas e o proprietário do local foi ouvido e liberado

MACAÉ

Polícia Militar "sufoca" trá�co de drogasEm uma das operações, policiais trocam tiros com traficantes na Nova Holanda

A Polícia Militar (PM) realizou diversas operações de com-bate ao tráfico de drogas em

vários bairros da cidade. As ações resultaram na prisão de suspeitos e apreensões de drogas, dinheiro, armas e material do tráfico.

Na comunidade Nova Holanda, a guarnição da UPP realizava patru-lhamento quando foi alvejada por traficantes. Os policiais entraram em contato, via rádio, pedindo re-forços e a equipe do Grupo de Ações Táticas (GAT) I e II seguiu para o local. Ao entrarem na comunidade, os policiais avistaram elementos em fuga, supostamente ligados ao tráfico de drogas. Ao perceberam a guarnição, os suspeitos efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra os militares, que revidaram às agressões, iniciando um tiroteio. Na tentativa de fuga, os elementos invadiram uma casa na Rua das Or-quídeas. As guarnições montaram um cerco e procederam a buscas no local, sendo encontrado Anderson Conceição Alves, de 24 anos, apon-tado como "vapor" (responsável pela venda no varejo diretamente aos consumidores) da facção cri-minosa Amigos dos Amigos (ADA), conhecido como “Negro Drama”. O homem estava em cima de uma laje com carregador de pistola calibre 380 no bolso, sendo que, próximo a ele, foi encontrada uma pistola do mesmo calibre. Em seguida, foi encontrada uma bolsa preta que continha 128 papelotes de cocaína, 10 munições de calibre 762 e um rádio-transmissor.

Os policiais continuaram com as buscas e conseguiram prender no in-

terior da casa, Douglas Tavares Crus, de 21 anos, mais conhecido como “DG”, Max Martins, de 27 anos, vulgo “Blackaut” e Lucas da Silva, conheci-do como “Bacth”, que atuavam junto à facção ADA. Em posse dos elemen-tos estava uma bolsa com uma pistola de calibre 40, além de 106 papelotes de cocaína e um rádio-transmissor.

Foi dada voz de prisão aos acusa-dos e todos os quatro foram encami-nhados à 123ª DP, onde foram pre-sos por tráfico de drogas e tentativa de homicídio contra os policiais.

MALVINASDurante outra ação da PM, dois

FOTOS DIVULGAÇÃO PM

Na Favela da Linha, mulher escondia pedras de crack dentro da blusa

homens foram encaminhados pa-ra a Delegacia, um deles apontado como gerente do tráfico de drogas na comunidade Malvinas, e o outro como "vapor" do tráfico.

Segundo a Polícia, guarnições do GAT I e II receberam informações privilegiadas de que o gerente da Malvinas estaria em uma residên-cia na Rua Tatagiba, na comuni-dade citada. No local, os policiais avistaram um elemento, apontado pela polícia como vapor do tráfico. O acusado estava no meio da rua e quando percebeu a aproximação das viaturas tentou se esconder no interior da casa, onde estaria o

gerente. Após ser abordado e re-vistado, a polícia encontrou com o elemento um rádio-transmissor.

As guarnições entraram na re-sidência e revistaram tudo, mas nada de ilícito foi encontrado. Mesmo assim, os suspeitos foram encaminhados à 123ª DP, onde o homem, apontado como gerente da Malvinas, ficou preso pelo cri-me de associação com o tráfico de drogas. Já contra o outro elemento, havia um mandado de apreensão, proveniente da comarca do Rio de Janeiro. Porém, o acusado não foi recolhido por ter mais de 21 anos no momento da apreensão.

PARQUE AEROPORTO Após o recebimento de informa-

ções através do disque-denúncia, uma guarnição da Polícia Militar (PM) foi até a Rua 66, no Parque Aeroporto, verificar denúncia de tráfico de drogas no local.

No endereço, os policiais ob-servaram quando um menor de 16 anos tentou fugir entrando no quintal de uma casa. A equipe conseguiu abordar o suspeito e encontrou uma sacola com 23 pa-pelotes de cocaína. Já no interior da residência foram encontrados mais 14 papelotes de cocaína e R$ 179,00 em espécie.

Diante dos fatos, o jovem foi en-caminhado à 123ª DP, onde ficou apreendido.

FAVELA DA LINHAPoliciais com informações das

características e vestimentas de uma mulher - que estaria venden-do entorpecentes na Rua Fábio Franco, no Cajueiros, na Favela da Linha - seguiu em direção ao local para verificar a denúncia.

No local, uma guarnição encon-trou a suspeita e foi realizada a abordagem. Ao ser indagada sobre a denúncia, a mulher retirou de dentro da sua blusa uma sacola com 28 pedras de crack e um celular. A suspeita Nathalia Adriano Gomes, de 26 anos, foi encaminhada à 123ª DP, onde foi autuada e presa.

ENGENHO DA PRAIATrês homens foram presos e um

menor apreendido com drogas, ar-mas e material do tráfico de dro-gas, no Engenho da Praia.

A polícia informou que guarni-ções do GAT I e II realizavam pa-trulhamento, quando abordaram os suspeitos com o seguinte ma-terial: 22 papelotes de cocaína, 15 trouxinhas de maconha, 17 pedras de crack, R$ 72,00 em espécie, uma pistola 380, uma pistola de 9 mm, dois rádio-transmissores, um aparelho de celular, nove mu-nições de 9 mm e cinco munições de 380.

Os suspeitos foram conduzidos para a 123ª DP, onde três homens, de 22, 19 e 18 anos ficaram presos, sendo que um menor de 17 anos permaneceu apreendido.

Suspeitos foram presos após troca de tiros com policiais na Nova Holanda

Suspeitos estavam com pistolas 9 mm e 380, no Engenho da Praia

Cocaína e dinheiro foram apreendidos com um elemento no Parque Aeroporto

Levantamento estatístico realizado pela Secretaria de Ambiente, apontou crescimento na coleta de óleo vegetal usado em Macaé, no mês de fevereiro de 2016. O número de óleo devidamente recolhido e destinado foi expressivo em comparação aos demais meses do ano passado: 710 litros, que somados ao mês de janeiro (114 litros) resultam num total de 824 litros.

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 10 de março de 2016 7

GeralNOTA

Governo recolheu R$ 1,5 bilhão mas não fez VLT andar em 3 anos. Receitas dos royalties e da Participação Especial seriam suficientes para implementar 20 projetos de transporte sobre trilhos

CONTROLE

Tribunal de Contas veta edital da prefeitura que estimou contrato em R$ 10 milhõesOrçados pelo governo em R$ 12 milhões, serviços foram avaliados pelo TCE em pouco mais de R$ 2 milhões

Os conselheiros do Tri-bunal de Contas do Es-tado do Rio de Janeiro

(TCE-RJ) vetou o processo de licitação da prefeitura de Ma-caé referente à reforma e ma-nutenção de escolas do muni-cípio. Pelo serviço, o governo municipal estimou gastos de R$ 12 milhões, cerca de cinco vezes a mais que o calculado pelo órgão. Com indício de super avaliação, a concorrên-cia pública permanece adiada.

Pelas contas do Tribunal, os serviços consumiriam um total de R$ 2 milhões e 826

mil dos cofres públicos, ou seja, R$ 10 milhões a menos que o valor fixado pela prefei-tura para a concorrência: R$ 12,2 milhões.

Em plenária realizada na noite da última terça-feira (8), os conselheiros do TCE mantiveram o voto do conse-lheiro-relator Marco Antônio Alencar, que decidiu manter adiada a licitação e avaliou que o valor correto para re-forma e manutenção deveria ser limitado em até 2% do valor total de construção das escolas.

DECISÃO GERA ANÁLISE SOBRE CONTRATO DE R$ 77 MILHÕES

Alvo da análise do Tribunal de Contas, a reforma e manutenção das unidades da rede pública de ensino municipal é realizada, atualmente, com base em um contrato assinado ainda na gestão passada, mantido nos três anos da atual administração com prazo de vencimento em julho deste ano. Unindo os dois governos, o acor-do já consumiu mais de R$ 403 milhões dos cofres públicos do município.

A prestação do serviço de “re-

cuperação e reparos em prédios públicos e escolas” faz parte de um contrato assinado em 2010 entre o governo e a Construto-ra Zadar, prevendo como custo inicial despesas de mais de R$ 62 milhões, relativas à reforma e manutenção das escolas e ou-tros serviços, como limpeza e varrição da cidade, drenagem de canais, recuperação de estradas vicinais e aluguel de máquinas.

Antes mesmo do vencimento dos primeiros 12 meses de vigên-cia do contrato, a prestação do serviço sofreu um acréscimo de R$ 15,3 milhões, elevando o cus-

to para o patamar de R$ 77,5 mi-lhões, representando assim quase 25% do valor inicial do certame.

No governo do ex-prefeito Ri-verton Mussi, o contrato foi pror-rogado duas vezes, gerando des-pesas de mais de R$ 178 milhões.

Já na administração atual, o contrato foi prorrogado por cin-co vezes, consolidando gastos de R$ 225 milhões, que devem che-gar à casa dos R$ 256 milhões até julho deste ano.

Somando os dois governos, o contrato já foi executado por cinco anos e seis meses. Atual-mente, a prestação do serviço

está assegurada em um termo aditivo publicado pela secre-taria municipal de Serviços Públicos no mês passado, que prorroga para o próximo dia 11 de julho o vencimento do acordo. Adicionando esse novo prazo, o acordo atravessou dois governos e esteve em vigor mais de seis anos.

De acordo com a Lei Federal 8.666, a Lei das Licitações, os contratos de serviços de caráter contínuo podem ser prorrogados por até cinco anos, ou 60 meses, desde que o processo garanta eco-nomicidade aos cofres públicos.

Morre em São Paulo a macaense Margareth GarciaIsis Maria Borges Gomesisismaria@odebateon.com.br

macaé recebeu com tris-teza e emoção a notícia da morte de Margareth Pereira Garcia, ocorrida nesta terça-feira (8), vítima de câncer de ovário. Aos 61 anos, ela fale-ceu por volta das 23h, quando a irmã, ex-prefeita Marilena Garcia, deu a informação nas redes sociais.

“Com imensa dor, comunico o falecimento da minha irmã Margareth. Agradeço a todos os amigos e amigas que com-partilharam verdadeiramente dos seus últimos anos de vida. Cachoeira Paulista, município da Comunidade Canção Nova, foi a sua escolha para viver e fi-nalizar essa etapa da sua exis-tência. Agradecemos a Deus pela sábia escolha”, declarou Marilena.

Portadora de doença crô-nica, Margareth estava sendo submetida a tratamento médi-co-hospitalar, naquela cidade paulista, conforme postava quase que diariamente nas redes sociais, de onde se co-municava com seus amigos macaenses e familiares.

Nascida em Macaé em 19 de janeiro de 1955, Margare-th era descendente de família tradicional de Macaé, filha dos empresários Magdá e Carlos Augusto Tinoco Garcia, irmão da ex-prefeita Marilena Gar-cia e do médico Paulo César Garcia. Deixou um único filho, Antônio Brito Junior.

Segundo informações da irmã Marilena, Margareth foi uma mulher apaixonada pela vida, alegre, extrovertida. Re-sidiu na Bahia durante os anos em que esteve casada. No ano de 2007, mudou-se para a ci-

dade de Cachoeira Paulista (SP), participando da Comu-nidade Católica Canção Nova, onde foi sepultada às 11h desta quarta-feira (9). Durante os últimos anos, ela lutou muito contra um câncer de ovário.

Pezão negocia dívida com a UniãoREGIÃO

O governador Luiz Fer-nando Pezão se reuniu com o ministro da Fazenda, Nel-son Barbosa, nesta terça-feira (08/3), em Brasília, para rene-gociar a dívida do estado com a União. Acompanhado dos go-vernadores Geraldo Alckmin (SP), Fernando Pimental (MG), Ivo Sartori (RS), Raimundo Co-lombo (SC) e Renan Filho (AL),

Governadores dos seis estados mais prejudicados pela crise apresentam propostas à Fazenda

Pezão pediu ao ministro carên-cia de até três meses no paga-mento dos serviços da dívida do estado do Rio de Janeiro. Os seis estados têm a pior situação financeira da federação.

- É vital para nós ter a rene-gociação da dívida, não só para o Rio, e sim para todos os esta-dos do país. E a gente tem que arranjar uma saída para ter crescimento econômico. Não pode se renegociar a dívida e não crescer. Não vamos sobre-viver. Pedi um prazo razoável para nos ajustarmos. Todos os estados estão com muitas difi-culdades -, afirmou Pezão, des-tacando que o grupo avançou

nas negociações para pactuar uma proposta de alongamento dos débitos.

Os seis governadores apre-sentaram sugestões individuais e esperam um posicionamento do ministro Barbosa até sexta-feira. Estabelecido um consen-so, a proposta será encaminha-da ao Congresso Nacional, já na próxima semana, em forma de projeto de lei complementar.

Outra proposta apresentada pelos governadores é a redução em 20% das prestações do ser-viço da dívida, por um período de dois anos, ou de até 40% du-rante um ano. De acordo com o Ministério da Fazenda, não se

trata de perdão. Os valores a se-rem descontados nos próximos dois anos serão distribuídos nas futuras prestações.

- Já amanhã, o ministro Nel-son Barbosa vai mandar as si-

mulações para todos os gover-nadores e secretários de Fazen-da para que possamos pactuar um acordo. As propostas que fizemos a ele são fundamentais para atravessarmos esse perí-

odo de crise -, observou Pezão. Em 1999, a dívida do Rio ne-

gociada com a União era de R$ 22 bilhões. O estado já quitou R$ 45 bilhões, mas ainda deve R$ 66 bilhões.

CRÉDITO

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, quinta-feira, 10 de março de 2016

FUTURO

Plano Diretor discute programas de inclusão“Desenvolvimento Sociocultural” foi tema de reunião realizada na última terça

Discutir políticas públi-cas de combate a todos os tipos de preconceito,

além de promover a inclusão social e a diminuição das de-sigualdades. Este foi o objetivo da terceira audiência pública que trata do Plano Diretor de Macaé, realizada no início da noite da última terça-feira (8). O encontro foi conduzido pelo vereador Luciano Diniz e contou com a participação de Marcel Silvano, ambos do PT.

O Poder Executivo foi re-presentado pela secretaria ad-junta de Gestão Estratégica e membros de pastas ligadas ao

tema, como Cultura, Desen-volvimento Social e Educação.

“A cidade vive um momen-to de transição em todos os aspectos. A revisão do Plano Diretor é algo que precisa nos mobilizar. Andamos pela cidade e verificamos diversas ocupações irregulares, por exemplo. Precisamos redis-cutir questões como essa e nos prepararmos para o futuro”, alertou Marcel.

Outro ponto bastante de-batido foi a educação. Após questionamento do público, foi confirmado que o Plano Diretor está alinhado com o

Plano Municipal de Educa-ção, aprovado no ano passado e que engloba desde o ensino básico até o superior, com propostas de consolidação e fortalecimento da Cidade Universitária.

Como nas últimas audiên-cias, o gerente do Plano Dire-tor, Glauro Franco, conduziu a leitura dos textos, acompa-nhado da secretária adjunta de Gestão Estratégia, Gisele Mu-niz Moreira dos Santos. Saúde, Direitos Humanos, Segurança Urbana, Esporte e Assistência Social também foram temas abordados.

“Fico satisfeito em ver que esta foi a audiência com maior participação do Poder Execu-tivo. Espero que esta repre-sentatividade continue para os próximos encontros. Ainda re-forço o mesmo convite a todos os cidadãos e representantes da sociedade civil”, disse Lu-ciano Diniz.

Nesta quinta (10), a Câmara Municipal realizará o quarto encontro, com o tema “De-senvolvimento Econômico”. Assim como acontece em to-das as audiências públicas, os interessados podem participar ativamente dos debates.

TIAGO FERREIRA/ASSESSORIA

Legislativo recebe debates sobre o planejamento futuro do município

TIAGO FERREIRA/ASSESSORIA

Welberth Rezende defendeu proposta indicada por profissionais

SERVIÇO

Legislativo pode criar Estatuto do Servidor

Na sessão da Câmara desta quarta-feira (9), os vereado-res discutiram a criação de uma Comissão Especial para elaboração do “Estatuto do Servidor do Legislativo Ma-caense”. A iniciativa partiu do vereador Welberth Rezen-de (PPS) e foi aprovada por unanimidade.

“Os servidores precisam da

Proposta apresentada por Welberth Rezende foi aprovada ontem

regulamentação, que nortea-rá suas vidas e carreiras nesta Casa. Há particularidades que exigem legislação própria e, também por isso, defendo que a Comissão seja composta de forma paritária, contemplan-do toda a categoria”, disse Welberth.

O parlamentar ainda lem-brou que, por não haver esta-tuto próprio, a Casa tem por costume basear-se no estatuto da prefeitura. A proposição, agora, seguirá para análise da Mesa Diretora.