O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Mandado do governo contra incorporações é rejeitado pela Procuradoria da República

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, opina pelo indeferimento de mandado de segurança impetrado pela prefeitura contra pagamento de benefícios determinado pela 2ª Vara Cível de Macaé PÁG. 8

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Macaé (RJ), quarta-feira30 de março de 2016Ano XL, Nº 8979Fundador/Diretor: Oscar Pires

MARIANNA FONTES KANÁ MANHÃES

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INVASÃO SE EXPANDE NO VERDES MARES

VENDAS DE PESCADO CRESCEM ATÉ 60% EM MACAÉ

UFRJ FAZ AÇÃO SOLIDÁRIA DE DOAÇÃO

R$ 1,00

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 EDUCAÇÃO, PÁG.7

Polícia prende suspeitos de tráfico

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

CIDADE POLÍCIA

Dois elementos foram abordados pela PM no Parque Aeroporto PÁG. 6

WANDERLEY GIL DIVULGAÇÃO PM

Fumaça e fogo causam impactos à saúde e ao meio ambiente Trouxinhas e tabletes de maconha estavam com os suspeitos

Queima de lixo passa a ser comum em MacaéAção irregular é registrada em vários bairros mesmo com serviço de coleta PÁG. 2

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 35º CMínima 23º C

Compra R$ 3,6367Venda R$ 3,6379 Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO CIDADE CADERNO DOIS

Suspeitos de roubo são presos pela PM

Oportunidade para curso de extensão

Moradores pedem revitalização de praça

Hoje tem espetáculo? Tem sim, senhor!!!

Dupla é apontada como responsável por assalto PÁG. 6

Atividades são para professores da educação básica PÁG. 7

Área de lazer na Rua Visconde de Quissamã está abandonada PÁG. 2

Teatro do Sesi Macaé celebra o Dia do Circo CAPA

POLÍTICA

Buraco continua aberto no Calçadão após acidente

"O prefeito deveria orientar a sua bancada a votar na CPI para que possa se explicar a esta Casa", propõe Igor Sardinha

Câmara faz análise própria sobre citação do prefeito em planilhas da Odebrecht

O Calçadão da Av. Rui Bar-bosa, no Centro, concentra diversos estabelecimentos co-merciais de Macaé. A grande variedade de lojas e escritórios faz dessa região um dos maiores pontos de circulação de pedes-tres. E foi ali que, há exatamente 15 dias, um homem se acidentou

ao cair em um buraco aberto. Após a queda, a vítima foi reti-rada com a ajuda de populares. Tal situação fez com que várias pessoas questionassem a segu-rança dos bueiros pela cidade. Depois do acidente, o local foi isolado com faixas da Defesa Civil e “tapado” com um banco

de madeira quebrado. Se a me-dida era emergencial, passou a ser definitiva. Duas semanas após o ocorrido, a situação no Calçadão permanece da mesma maneira. Segundo a prefeitura, a responsabilidade pelo reparo está com a empresa de energia elétrica. PÁG. 2

CIDADE

Oposição propõe CPI e amplia denúncia sobre doações"Um 'braço' de Alberto Yousseff consta como doador da campanha a prefeito nas eleições de 2012", denuncia Chico Machado

Situação repete defesa traçada em reunião do governo"Odebrecht fez doação ao PV Nacional que repassou parcela pequena a campanha do prefeito", defende Julinho do Aeroporto

"Nessa lista pode haver equívocos. Portanto, neste momento, é preciso fazer uma pausa nos discursos", declara Dr. Eduardo Cardoso

WANDERLEY GIL

Segundo a prefeitura, buraco é resultado de manutenção em rede elétrica subterrânea

Apesar de repudiar 'condenações precoces' vereadores de oposição e da bancada de governo defenderam argumentos que antecipam investigações sobre lista da construtora apreendida pela Polícia Federal PÁG. 3

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, quarta-feira, 30 de março de 2016

Cidade NOTA

Incinerar lixo se torna ameaça ao meio ambiente

Aterrado do Imburo não vê melhorias. Por estar situado em área rural, os moradores relatam que a infraestrutura não chega até a localidade.

MARIANNA FONTES

Fogo pode ter se propagado após munícipes incendiarem lixo que é descartado de maneira irregular

PERIGO

Na manhã de ontem, nossa equipe flagrou uma queimada nas margens do Canal Macaé-Campos

Marianna Fontesmarifontes@odebateon.com.br

As queimadas geram di-versos danos ao meio ambiente, prejudicando

as espécies da fauna e da flora. Mas não é só na natureza que isso pode causar problemas. O perigo também pode estar próximo à sua casa. Apesar dos alertas dos riscos de queimar lixo nos quintais, e em terrenos baldios, ainda é possível fazer flagrantes desse tipo em Macaé.

Na manhã de ontem (29), anossa equipe de reportagem

fez um flagrante de um incên-dio nas margens do Canal Ma-caé-Campos, próximo ao São José do Barreto. Nesse local já existe o problema do descarte irregular que, somado a esse problema, compromete ainda mais o meio ambiente e a saúde da população no entorno.

Uma situação parecida foi relatada há algumas semanas a menos de 500 metros dali, só que na entrada do Jardim Franco. Na época, nossa equipe acionou a Guarda Ambiental, que foi até o local para contro-lar as chamas.

É importante ressaltar que a queima de lixo nos terrenos é proibida. Também existem outros agravantes, que são os impactos ambientais gerados por conta disso. A maioria dos resíduos que podemos encon-trar no lixo doméstico não foi projetada para ser queimada. Quando expostos a uma deter-minada temperatura elevada podem liberar substâncias tó-xicas perigosas.

Além da degradação ambien-tal - já que essa medida pode contribuir para problemas co-mo o aquecimento global -, isso

acaba piorando a qualidade de vida nas cidades, gerando pro-blemas de saúde pública.

Essa fumaça tóxica polui o ar que é inalado pelos humanos. A situação é ainda pior quan-do a umidade está baixa. Essa fumaça prejudica a saúde da população, principalmente de crianças e pessoas que sofrem de doenças respiratórias, co-mo asma, bronquite e rinite alérgica. De acordo com es-pecialistas, as substâncias químicas podem causar náu-seas, tonturas, dores de cabe-ça, entre outros sintomas.

As perdas com as queimadas são irreparáveis na observação histórica da vegetação formada. Além de prejudicar a evolução de espécies da flora, o fogo tam-bém gera impactos aos animais que habitam esses locais, como insetos, répteis, mamíferos e aves. Além das chamas, a fuma-ça gerada possui elementos tó-xicos, como carbono e enxofre, poluindo o ar. Muitos animais chegam a morrer sufocados ao inalar essa fumaça.

Vale ressaltar que provocar incêndio é considerado crime, previsto na Lei nº 9.605/98. De

acordo com o Art. 41, quando isso é feito em mata ou floresta, pode levar o infrator a pena de reclusão de dois a quatro anos e multa. O mesmo artigo ressalta que se “o crime é culposo, a pe-na é de detenção de seis meses a um ano, e multa”.

Denúncias desse tipo po-dem ser feitas à secretaria de Ambiente de Macaé. Já em caso de incêndio em matas, a população deve acionar a Guarda Ambiental através do telefone (22) 99701-9770. Esse número funciona em tempo integral.

MANUTENÇÃO

Buraco continua aberto no Calçadão

O Calçadão da Av. Rui Bar-bosa, no Centro, concentra diversos estabelecimentos co-merciais de Macaé. A grande variedade de lojas e escritórios faz dessa região um dos maiores pontos de circulação de pedes-tres. E foi ali que, há exatamente 15 dias, um homem se acidentou ao cair em um buraco aberto.

Após a queda, a vítima foi reti-rada com a ajuda de populares. Tal situação fez com que várias pessoas questionassem a segu-rança dos bueiros pela cidade. Depois do acidente, o local foi isolado com faixas da Defesa Civil e “tapado” com um banco de madeira quebrado.

Se a medida era emergencial, passou a ser definitiva. Duas se-

Há cerca de 15 dias um homem se feriu após cair. Local está sinalizado com banco e faixa

manas após o ocorrido, a situa-ção no Calçadão permanece da mesma maneira. Quem passa por ali diariamente ou trabalha reclama do descaso do poder público.

“Foi com um homem adulto, mas imagina se fosse com uma criança ou um idoso? Não é o primeiro caso aqui. É um peri-go. Agora, como que a prefeitura não faz manutenção em um dos pontos de maior circulação de pessoas? Um local que está a poucos metros da sua sede. Vão esperar alguém morrer para tomar providências? É preciso fazer o conserto disso logo”, diz Maria Aparecida, que sempre está de passagem pelo Calçadão.

As denúncias de buracos pela cidade não se restringem ape-nas ao Calçadão. Um exemplo vem ocorrendo na Rua Nova Aurora, no Centro, próximo ao Cemeaes. “É um local que, dependendo da hora, tem um grande movimento de crian-

WANDERLEY GIL

Prefeitura diz que a responsabilidade pelo reparo é da empresa de energia

ças. Aqui, além do Cemeaes, tem uma escola a poucos metros. É perigoso. Corre o risco de al-guém cair. Como a tampa está quebrada, foram colocados dois pedaços de madeira para sinali-zar. Mas mesmo assim isso não é o ideal. A gente pede ao poder público que tenha mais cautela com esse tipo de problema, pois trata-se da segurança da popu-lação”, diz um morador que pe-de para não ser identificado.

A nossa equipe entrou em con-tato com a prefeitura para saber quais medidas seriam tomadas em relação ao buraco no Calça-dão. Segundo ela, a responsabi-lidade do reparo está com a em-presa de energia elétrica, já que toda a fiação da localidade está em tubulações subterrâneas e passam por este ponto. Equipes da empresa estiveram no local no sábado (26), mas não conse-guiram concluir o trabalho. A previsão é de que o reparo seja realizado ainda essa semana.

CENTRO

Moradores pedem revitalização de praça

Em meio a agitação, uma pequena praça, no início da Rua Visconde de Quissamã, no Centro, ainda é sinônimo de tranquilidade. Situada em uma área sem saída, rodeada por ca-sas, esse espaço teria tudo para ser um espaço onde os morado-res poderiam reunir-se na parte da manhã ou no final do dia. Só que ao invés de promover a socialização de crianças, jovens e adultos, o local segue quase que inutilizado, o que acaba atraindo até a marginalidade. Isso ocorre porque o poder pú-blico não aparece há um bom tempo.

Essa semana, moradores pro-curaram o jornal para relatar o caso de abandono da área de la-zer. O único serviço feito é a var-rição no entorno. No entanto, a praça é tomada pelo matagal e pelos entulhos.

“Um dos problemas é a fal-

Área de lazer na Rua Visconde de Quissamã está abandonada

ta de limpeza do local. O mato está altíssimo, o que contribui com o surgimento de animais e também para colocar em risco a segurança. Há muito tempo o serviço não é feito aqui”, conta o morador Ricardo, ressaltando que o parquinho também é ou-tro motivo de preocupação para os pais. “O balanço, que é velho, está todo quebrado, pois não é feita a manutenção. Já teve ca-so de criança que se machucou”, diz.

Segundo a secretaria de Servi-ços Públicos, a limpeza na Rua Visconde de Quissamã é reali-zada diariamente de 00h às 6h. Mediante as denúncias, uma equipe está sendo deslocada ao local para checar alguma não conformidade.

No início desse mês, a prefei-tura apresentou o resultado da análise de quantas praças foram reformadas e criadas de 2014 até então. Segundo o governo municipal, apesar de existi-rem várias pendências, nesse período foram revitalizadas as seguintes áreas de lazer: Praça

Luiz Reid; Praça Washington Luiz; Praça Veríssimo de Melo, no Centro; Praça do HPM (Vir-gem Santa); Praça de Imbetiba; Praça Beira Rio (Barra); Praça da Ampra e Doralice de Freitas (Aeroporto); Praça Visconde e Praça do Rodo; Praça Jorge Marins (Mercado de Peixes); Praça da Malvinas; Praça Cam-po D'Oeste e Praça da Jandira Perlingeiro (Comunidade da Linha /Cajueiros).

A previsão é de que outras localidades recebam projetos de revitalização. Entre elas estão: Praça dos Ferroviários (Centro); Praça Ivair Itagiba (Visconde Araújo); Praça 29 de julho (Granja dos Cavaleiros; Praça São Pedro (Barra); Praça Castelo Branco (Jardim Santo Antônio); Praça Mirante da Lagoa; Praça Santos Dummont (Miramar); Praça Vila Badejo; Praça João Batista e Praça Nova Macaé (Fronteira).

A prefeitura ressaltou que a meta é atender todas as praças do município até o final desse ano.

MARIANNA FONTES

Moradores relatam que crianças já se acidentaram no brinquedo

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 30 de março de 2016 3

PolíticaCRISE

Legislativo faz análise própria sobre citação do prefeito em planilhas da Operação Lava-JatoApesar de repudiar 'condenações precoces' vereadores de oposição e da bancada de governo defenderam argumentos que antecipam investigações sobre lista da Odebrecht apreendida pela Polícia Federal, enviadas por Sérgio Moro ao STFMárcio Siqueiramarcio@odebateon.com.br

AA sessão ordinária de on-tem da Câmara de Verea-dores fez jus à expectati-

va da população ao concentrar debates sobre o principal tema que movimenta o cenário polí-tico da cidade nos últimos dias, responsável também por pro-mover uma nova conexão en-tre Macaé e Brasília através dos

desdobramentos da Operação Lava-Jato: a citação do nome do prefeito na planilha da Ode-brecht, assim como de outros gestores públicos da região, a qual indica supostas doações e repasses de dinheiro voltados à campanha eleitoral de 2012.

Assumindo posições políti-cas conhecidas, os vereadores que se dividem entre o bloco de oposição e a bancada de gover-no surpreenderam, não pelos

discursos de ataque e defesa à administração municipal já esperados, mas sim com argu-mentos que adicionaram novos 'temperos' ao cenário de crise política que se torna iminente, ao adicionar a divulgação da lista da Odebrecht apreendida pela Polícia Federal na etapa 'Acarajé' da Operação Lava-Jato, ao atual momento de de-finições partidárias com vistas ao processo eleitoral deste ano.

Devidamente posicionados, os vereadores da bancada de gover-no repetiram a estratégia de defesa ao prefeito, apresentada aos parla-mentares da situação, assim como aos demais membros da alta cúpu-la da administração municipal, na reunião emergencial realizada na última segunda-feira (28) no Cen-tro de Convenções Jornalista Ro-berto Marinho, sobre a divulgação da planilha da Odebrecht.

Já os vereadores do bloco de

oposição, e também os que ado-taram a linha de independência política na Casa, mostraram-se preparados para uma guerra, visto tamanho arsenal de in-dagações e contra-argumentos prévios de defesa ao governo, que poderão ser utilizados na possível abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de In-vestigação) para dar a oportuni-dade ao Legislativo de realizar a sua própria investigação.

Atônita e reativa, uma assis-tência composta por cerca de 200 pessoas presenciou o deba-te, representando outros cente-nas de macaenses que tentaram acompanhar a sessão de ontem pela internet, no dia em que as falhas constantes do sistema de transmissão gerou um embate com risco de rompimento de contratos para manter a defesa da lisura e da transparência da Mesa Diretora da Casa do Povo.

Oposição propõe CPI e amplia denúncia sobre doações"O prefeito deveria orientar a sua bancada a votar na CPI para que possa se explicar a esta Casa"Ao inaugurar a sequên-cia de discursos políticos que abordaram a citação do nome do prefeito na planilha da Ode-brecht apreendida pela Polícia Federal, o líder do bloco de opo-sição na Câmara, Igor Sardinha (PRB), propôs que o próprio governo lidere uma movimen-tação política na Casa em de-fesa da abertura de Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) que possa dar ao prefeito chances de se explicar à Casa.

"A oposição se refuta em as-sumir a posição condenatória diante dos fatos que ainda es-tão sendo investigados. Nós

não vamos nos portar como o próprio prefeito faz com quem se posiciona de forma contrá-ria ao seu poder. Portanto, eu conclamo o próprio prefeito a orientar sua bancada para que aprove a instalação de uma CPI e que lhe dê chances de se expli-car à Casa aqui em plenário. Não me oponho que a Comissão se-ja majoritariamente composta por membros do governo, pois eu tenho os meus argumentos e defesas que irão tornar este trabalho um divisor de águas na política macaense", defen-deu Igor Sardinha.

Durante a sessão, Igor adi-

cionou comentários relevantes às análises das planilhas que vazaram no último dia 23, em primeira mão, pelo portal de notícias UOL.

"Os valores e datas de doa-ções que constam na prestação de contas do PV Nacional não condizem com as informações registradas nas planilhas. As ex-plicações são vagas. Além disso, há várias citações do nome do prefeito nesses documentos. E esse 'detalhes' sequer foram ob-jetos de comentários alusivos ao governo nas defesas referentes à listagem da Odebrecht Am-biental", disse Igor.

"Um 'braço' de Alberto Yousseff consta como doador da campanha a prefeito nas eleições de 2012"Ao endossar o posiciona-mento assumido pelo bloco de oposição ao cobrar explicações ao governo sobre a citação do prefeito nas planilhas da Ode-brecht apreendidas pela Polícia Federal, o vereador Chico Ma-chado (PDT) surpreendeu ao apresentar dados referentes à prestação de contas da campa-nha das eleições de 2012 que so-aram como uma nova denúncia associada à Operação Lava-Jato.

"Pelo que consta na prestação de contas do prefeito, nas eleições de 2012, disponível no site do TSE, há a doação de R$ 195 mil em no-me de uma pessoa apontada como

'braço-direito' de Alberto Yousse-§, o principal nome da corrupção investigada pela Operação Lava-Jato neste país", disse Chico.

Ao citar nome de empresa in-vestigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal com atuação em Macaé, Chico Machado afirmou que encami-nhará à justiça cópia do dossiê montado por ele através de aná-lises feitas após a divulgação das planilhas da Odebrecht.

"Nós já sabíamos do vaza-mento dessas planilhas antes do fim da sessão passada da Câmara. Mas optamos por não fazer nenhum juízo de valor

com antecedência. Não somos como o prefeito hoje citado na Operação que desvenda o maior esquema de corrupção desse país. Mas fui atrás e investiguei. E descobri que há muita coisa por de trás de uma planilha que o governo tenta desqualificar. Um dos principais doadores da campanha do prefeito está en-volvido nesse esquema, e isso precisa ser investigado. O pre-feito tem sim que se explicar, a nós, a esta Casa e à justiça. Que-ro ver como esse homem que tenta prejudicar quem se opõe a ele, vai encarar os desdobra-mentos da justiça", disse Chico.

Situação repete defesa traçada em reunião do governo"Odebrecht fez doação ao PV Nacional que repassou parcela pequena a campanha do prefeito"O 'mantra' que vem sendo propagado pelo governo como argumento contrário as análi-ses prévias relativas a planilha da Odebrecht apreendida pela Polícia Federal foi repetido on-tem pelo líder da bancada de governo na Câmara, Julinho do Aeroporto (PMDB), nas discus-sões sobre a citação do nome do prefeito em documentos regis-trados pela Operação Lava-Jato.

Devidamente embasado com ponderações previamente defi-nidas pelo governo, em reunião realizada na última segunda-feira (28), Julinho repetiu por diversas vezes que as contas da

campanha do prefeito, nas elei-ções de 2012, foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleito-ral (TSE) e que as doações cita-das na planilha da Odebrecht chegaram ao então candidato Dr. Aluízio através de repasses do diretório nacional do seu partido na época.

"Todos nós que fizemos campanha nas eleições passa-das tivemos 'cotas de abaste-cimento'. E da onde vem esse dinheiro? Uma boa pergunta! Tudo o que aconteceu nas do-ações de campanha foi legal. Mas aos olhos da sociedade há imoralidade. Certamente hou-

ve interesse da Odebrecht, que possui participação grande em Macaé, de doar para o PV Na-cional recursos de campanha. O partido enviou uma pequena parcela para a campanha de Dr. Aluízio, recursos que ajudaram também todos os candidatos da coligação. Tudo o que aconteceu foi de forma legal, dentro do que previa a legislação na época. Nas eleições deste ano, empresas não poderão doar para os can-didatos. Mas antes podia. Hoje o que ocorre nesta Casa é um embate político e nós da banca-da vamos defender o governo", garantiu Julinho.

"Nessa lista pode haver equívocos. Portanto, neste momento é preciso fazer uma pausa nos discursos"No púlpito distante da 'cadeira da presidência', Dr. Eduardo Cardoso (PPS) encer-rou os debates sobre a planilha da Odebrecht e os discursos políticos da sessão ordinária de ontem, fazendo uma defesa po-lítica/pessoal à figura particular do prefeito.

"Em Macaé essa questão da Lava-Jato eu prefiro analisar de forma pessoal. Eu não acre-dito que Dr. Aluízio seja um patrimonialista, que ele esteja na política para acumular bens. Vejo ele republicano, médico de excelência e católico fervoroso. É nisso que eu acredito", disse.

O presidente da Câmara apontou, em seu discurso, a re-alização da reunião emergencial conduzida pelo prefeito com os vereadores da bancada e o se-cretariado, promovida na últi-ma segunda-feira.

E, segundo Dr. Eduardo, hoje é preciso fazer uma pausa nos discursos políticos acalorados para analisar com cautela as in-formações da Lava-Jato.

"Tenho visto o noticiário da Lava-Jato. Há coisas que eu vi pertinente e outras imper-tinentes e também exageros. Nesse momento, eu acredito que há uma necessidade de se

fazer uma pausa dos discursos políticos e deixar as investiga-ções acontecerem. Até porque naquela listagem da Odebrecht pode haver equívocos ou irre-gularidades. E não dá para fazer julgamentos prévios", apontou.

As declarações de Dr. Eduar-do ajudaram a apaziguar o clima tenso entre a bancada de gover-no, da qual faz parte, e do bloco de oposição, que respeita. Mas vai ser difícil frear a transfe-rência dessa análise para o jogo eleitoral que inaugurou os tra-balhos do próprio legislativo no retorno do recesso parlamentar, no mês passado.

Questionamentos de vereadores �caram sem respostasOutros vereadores que participaram do momento po-lítico da sessão ordinária de on-tem da Câmara também contri-buíram com o julgamento pré-vio promovido pelo Legislativo em relação às planilhas da Ode-brecht, posicionamentos que

cobraram do governo maiores explicações sobre os fatos apu-rados pela Operação Lava-Jato.

"Eu tive o cuidado de impri-mir e analisar todas as plani-lhas que vazaram no site do UOL. E constatei que o nome do prefeito é citado oito vezes

na listagem. Isso é doação pa-ra campanha do PV Nacional? Muito estranho e muito ruim para Macaé", disse Maxwell Vaz (SD), membro do bloco de oposição.

Já Amaro Luiz (PRB), tam-bém da oposição, relacionou

a planilha com a presença da Odebrecht na cidade.

"Um contrato milionário existe e precisamos investigar se não estamos diante de uma jogatina com o dinheiro públi-co", disse Amaro.

Vice-líder do governo, Lucia-

no Diniz (PMDB) considerou a divulgação da planilha como um 'lado ruim do jogo de vale-tudo pré-eleitoral'.

Líder da bancada do PMDB na Câmara, Paulo Antunes apontou que o governo não se 'escondeu' ao dar esclarecimen-

tos sobre a planilha."Hoje, a Odebrecht realiza a

maior obra de saneamento da história de Macaé através de um contrato assinado no governo passado. E tudo que está sendo citado foi aprovado pelo TSE na prestação de contas", disse.

Vereadores da oposição reclamaram de cortes na tramissão da sessão durante a manhã de ontem

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, quarta-feira, 30 de março de 2016

OpiniãoNOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Principal alvo combatido pela mobilização do Minis-tério Público Federal (MPF) em defesa das 10 medidas contra a corrupção, a impunidade pode até ser o escudo utilizado por políticos envolvidos, ou citados, nos pro-cessos investigados pela Operação Lava-Jato.

É um absurdo que, impondo à sociedade uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, o Brasil tenha o segundo maior número absoluto de estudantes com bai-xo desempenho em matemática, ciências e leitura, num universo de 64 nações. Os dados, constantes de relató-rio que acaba de ser divulgado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), demonstram que a educação, uma prioridade absoluta, continua relegada a segundo plano em nosso país.

Impunidade

Impostos deseducativos

No entanto, diante da for-ça do trabalho da justiça e da pressão popular, esse te-lhado de vidro, outro nome aplicado em diligências con-tra o crime ao erário, começa a se romper e estilhaçar não apenas em Brasília, mas tam-bém na Capital Nacional do Petróleo.

É fato que os últimos acontecimentos envolven-do as descobertas da Lava-Jato ainda requer análises mais aprofundadas, para se encontrar as conexões que irão comprovar a relação entre empresas e políticos, que vão muito além dos con-tratos baseados em despesas dos cofres públicos.

Desde que foi instaurada, a Operação responsável por trazer às claras o maior es-quema de corrupção no país, tornou célere e transparente as decisões que retiram os en-volvidos nesses esquemas da posição confortável de investi-gados, tornando-os indiciados e até réus em processos que não deixam dúvidas sobre o crime cometido contra a po-pulação brasileira.

E, apesar de ser mais um dos escândalos identificados

pela Lava-Jato, as planilhas da Odebrecht que citam pre-feitos da região, ao que tudo indica, terão o mesmo poder de se prevalecer sobre a im-punidade transfigurada em foros privilegiados ou na pressão exercida pelo poder que emana do povo.

Ainda é cedo para fazer apontamentos ou gerar condenações sobre fatos que ainda estão na linha da apuração. Porém, a sociedade cobra respostas contundentes que não estão claramente evi-denciadas em posicionamen-tos registrados por quem se vê hoje envolvido nas delações premiadas da Lava-Jato.

E, até mesmo a tentativa de esfumaçar o que está ób-vio acaba transformando a posição de vítima, assumida por quem foi citado na plani-lha da Odebrecht, em postu-ra semelhante a de réu frente aos processo que estarão por vir diante da crença baseada na credibilidade e no respei-to ao trabalho realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa da integri-dade e da justiça tão cobra-da pelo povo brasileiro nesse momento de tantas crises.

Dos 12,9 milhões de estu-dantes com 15 anos de ida-de que não têm capacidades básicas para compreender o que leem e não detêm co-nhecimentos essenciais de matemática e ciências, 1,1 mi-lhão são brasileiros. Ficamos à frente apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de alunos na faixa de baixa performance. Em termos percentuais, o Bra-sil é o 10º pior avaliado, atrás de nações como Catar, Peru, Albânia, Argentina, Jordânia, Indonésia, Colômbia, Uruguai e Tunísia.

O estudo da OCDE, intitulado "Alunos de baixo desempenho: por que ficam para trás e como ajudá-los?", tem como referên-cia dados do Programa Interna-cional de Avaliação de Alunos (PISA), realizado pela própria organização. No ranking geral, o Brasil fica em 58º lugar, a seis posições da “lanterna”.

Diante de tal quadro, é im-portante começarmos a res-ponder a pergunta crucial con-tida no título do estudo, sobre como ajudar esses alunos de baixo desempenho. A resposta começa pela necessidade de se administrar melhor os recur-sos destinados à educação, que não são poucos, já que o setor tem verbas constitucionais vinculadas. Há, nitidamente, problemas de gestão, inclusive na aplicação do dinheiro.

São muito baixos os salários dos professores no Brasil, em especial na Educação Básica (Infantil, Ensino Fundamental e o Médio), a cargo dos muni-

cípios e dos Estados. Numero-sas escolas ainda enfrentam problemas em sua estrutura física e é imensa a defasagem em termos de equipamentos e acesso aos recursos digitais em relação ao ensino privado.

Além disso, a carga tributá-ria sobre materiais escolares encarece esses itens importan-tes para a boa escolaridade, di-ficultando o acesso dos alunos de baixa renda. São impostos que contribuem para a desedu-cação! Enquanto isso, o Proje-to de Lei 6.705/2009, aprovado no Senado em 2009, e a PEC 24/2014, que dispõem sobre o fim dos impostos sobre os materiais escolares, continu-am esquecidos pelo Governo Federal.

É inexplicável o pouco ca-so com a matéria. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) já demons-trou que os artigos escolares são taxados em até 47%, como no caso das canetas. O apon-tador e a borracha escolar têm alíquota de 43%; caderno uni-versitário e lápis, 35%. Na mé-dia, os impostos incidentes so-bre itens essenciais do ensino estão entre os mais elevados do Brasil, um país que cobra muito e devolve quase nada à sociedade.

*Rubens F. Passos, economista pela FAAP e MBA pela Duke Uni-versity, é presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Impor-tadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE) e diretor titular do CIESP Bauru.

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Pesquisa realizada pelo Nupem/UFRJ aponta cenário de contaminação em Macaé. Estudo realizado por pesquisadores com os mexilhões de praias de Macaé mostra um exemplo do cenário de poluição das águas, que já foram comprovados em outros estudos.

InsegurançaUm dos pontos mais estratégicos para o mo-nitoramento da cidade não conta mais com a câmara de segurança operada pela PM com apoio da Guarda Municipal. Não se sabe quan-do o equipamento, implantado através do Pro-grama de Desenvolvimento de Macaé e Região (Prodesmar), foi retirado do trevo da Praia Cam-pista, no ponto de cruzamento do trânsito que desce do viaduto e da Costa do Sol, na Rodovia Amaral Peixoto. Porém, a sua ausência afronta as políticas públicas de segurança.

Pirataria Veículos piratas vindos de cidades mais dis-tantes de Macaé passam a operar no serviço clandestino de transporte intermunicipal de passageiros, ocupando até mesmo vagas pú-blicas de estacionamento em pleno centro da cidade. Em condições ruins, os carros ferem não apenas as leis de trânsito, mas causam riscos aos usuários que acessam esse tipo de transporte. E o pior é que todos trafegam a qualquer hora do dia, sem qualquer tipo de fiscalização.

CrimesA Imbetiba, bairro escolhido como o foco de uma das postagens da conta da prefeitura no facebook, ainda é um dos locais que registram a maior incidência de crimes, como assaltos, arrombamentos e invasões de casas e imóveis. Relatos também nas redes sociais não faltam sobre essas práticas que pioraram nos últimos meses. E lembrar que o local era um dos pon-tos da cidade atendidos pelo Proeis (Programa Estadual de Integração na Segurança) não re-novado por falta de pagamento.

RepassesMacaé recebeu nesta semana o terceiro repas-se dos royalties do petróleo. Somado às outras parcelas já pagas pela Secretaria de Tesouro Nacional neste ano, incluindo a cota da Parti-cipação Especial, os cofres públicos já reco-lheram mais de R$ 69 milhões apenas com a compensação pelas atividades realizadas na Bacia de Campos. Ao corresponder 80% do que foi estimado pelo governo, a quantia é representativa em época de crise econômica e institucional.

Atrasos A oposição ao governo na Câmara de Ve-readores aponta que não há o interesse da prefeitura em promover a nova concessão do transporte público. A licitação reduziria o valor atual da tarifa, aliviando os cofres públicos da cidade cortando o pagamento de subsídios que já somam mais de R$ 180 milhões pagos à empresa SIT em três anos e três meses. Mas, mesmo com todas essas vantagens, o edital para a nova exploração do serviço parece estar longe de sair do papel.

Racha A batalha de interesses que criou o racha entre o PMDB e o PT a nível nacional não vai criar instabilidade na relação dos dois partidos em âmbito municipal. É que a entrada do governo no grupo peemedebista gerou insatisfação de militantes petistas históricos, causando assim o rompimento das relações institucionais e pes-soais entre o prefeito e o vice-prefeito. Hoje, os aliados do governo que estavam no PT migra-ram para o PMDB. Com isso o grupo vermelho declarou independência.

Eleições Sob polêmicas e divergências, as eleições para a presidência do Sindicato dos Servi-dores Públicos Municipais de Macaé (Sin-dservi) ocorrem nesta quinta-feira (31), das 9h às 17h. Os mais de 12 mil servidores do quadro efetivo do município podem parti-cipar do pleito e computar seus votos nas urnas que estarão instaladas na sede pró-pria do Sindicato, situada na Rua Manoel Pacheco de Rezende, número 27, no bairro Fronteira.

Opinião O Ministério Público Federal, através da Pro-curadoria Geral da República, opinou de forma contrária à suspensão de segurança contra o pagamento das incorporações dos servidores públicos de Macaé já beneficiados pela legis-lação municipal. O posicionamento do MPF está relacionado a um mandado de segurança impetrado pela prefeitura contra o pagamento dos benefícios, determinado pelo juiz da Se-gunda Vara Cível de Macaé, após acórdão do Tribunal de Justiça.

Posse Três profissionais aprovados em concursos públicos realizados pela prefeitura em 2012 conseguiram na justiça o direito de toma-rem posse dos cargos. Ontem (29) o atual governo deu publicidade à convocação dos mesmos, que passarão a tomar posse dos cargos pertencentes aos quadros das secretarias municipais de Educação e de Saúde. Há outros processos que reivindi-cam posse de candidatos aprovados em concurso, em andamento na justiça.

O sistema de iluminação pública da Rua Télio Barreto segue em funcionamento, mesmo no período diurno. A situação pode ser comprovada no poste situado em frente à Escola Municipal Jofre Frossard, no acesso a Malvinas. Enquanto a população paga mais caro pela 'contribuição' cobrada nas contas de energia, o desperdício no serviço público é evidente.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 30 de março de 2016 5

Economia NOTA

Royalties rendem R$ 18,5 milhões aos cofres da prefeitura. Repasse foi efetivado pela Secretaria de Tesouro Nacional na manhã de ontem.

PESCADO

Vendedores do Mercado de Peixes fazem balanço pós-PáscoaEm alguns casos, comerciantes apontaram elevação de até 60% no fluxo de vendasGuilherme Magalhãesguilherme@odebateon.com.br

Após realizarem os primei-ros balanços referentes a Semana Santa, alguns

vendedores de Mercado Mu-nicipal de Peixes garantiram ter obtido lucros de até 60% na comparação com uma semana comum. Por outro lado, segun-do outros comerciantes do es-tabelecimento, as vendas não teriam sido tão positivas assim.

Mesmo com o sentimento de desânimo frente o consumo dos últimos meses, na sexta-feira passada o local recebeu grande número de clientes à procura dos melhores pescados para a comemoração da Páscoa.

Segundo Cláudio Neto, co-merciante do local, em sua banca o maior fluxo de vendas aconteceu na sexta-feira.

“Não trabalhei na banca todos os dias, mas o que pude perceber é que durante a última semana o movimento se intensificou gradualmente até atingir o ápice na sexta-feira e dar uma ligeira reduzida no sábado, quando as lojas ficaram abertas em horá-rio parcial”, contou.

Já a comerciante Nélia Pinho

garante que as vendas chegaram a registrar um aumento de até 60% na comparação com uma semana comum.

“Em termos de clientela, acho que ninguém teve do que recla-mar. Não foi como em anos an-teriores, mas com certeza deu para vender bem. Prova disso é que em algumas bancas os peixes acabaram bem cedo”, destacou.

Em contrapartida, na opinião do vendedor Marcelo da Silva, o ponto negativo ficou por conta do alto preço com que os pes-cados foram repassados pelos pescadores fornecedores.

“Como nessa época natural-mente existe um número muito maior de comerciantes à pro-cura de pescados em relação ao número de barcos com peixes no cais, eles (os fornecedores) aproveitaram para reajustar os preços. Como consequência, a revenda também acabou sendo prejudicada, pois tivemos que aumentar os preços de algumas espécies. Em contrapartida, o consumidor pôde comprar pei-xes com preços mais em conta como, por exemplo, o dourado, que saiu muito”, explicou o ven-dedor.

WANDERLEY GIL

Na última sexta-feira, Mercado Municipal de Peixes esteve lotado

OPORTUNIDADE

SEBRAE inscreve para sessão de negócios até a próxima sexta-feira

Com o propósito de criar novas redes de fornecedores locais, no próximo dia 7 de abril, empreendedores de Macaé e região terão uma nova opor-tunidade de participar de uma rodada de negócios. O evento acontecerá no Hotel Mercure, na Orla dos Cavaleiros, a partir das 14h. O prazo para se inscre-ver termina na próxima sexta-feira (1º) e as vagas são limitadas

De acordo com informações do Sebrae, responsável pela ini-ciativa, a sessão acontecerá em um sala com diversas mesas de negociações simultâneas.

Evento reunirá empresas de Macaé e região para criar novas redes de fornecedores

“Como o objetivo é estimular o fomento de negócios, promo-vendo a integração empresarial, principalmente entre os seg-mentos da indústria, comércio e serviços da região, cada em-presa terá a oportunidade de fazer uma apresentação objeti-va dos seus produtos e serviços. As apresentações serão feitas em rodízio entre as empresas que participarem do encontro e, ao final, todas as empresas terão si-do apresentadas umas às outras”, explicou o coordenador regional do Sebrae no Norte Fluminense, Gilberto Soares, ressaltando que são esperadas micro, pequenas e médias empresas de variados seg-mentos como papelarias, móveis de escritório, uniformes, opera-doras de telefonia celular, tecno-logia da informação, locadoras de

KANÁ MANHÃES

Sessão de Negócios acontece no próximo dia 7, na Orla dos Cavaleiros

veículos, seguradoras, planos de saúde, serviços de manutenção, limpeza e vigilância.

Segundo Gilberto, este é o se-gundo evento do gênero reali-zado em Macaé.

“Fizemos uma Sessão de Ne-gócios em dezembro passado e o resultado foi muito positivo. Tanto que recebemos pedidos para organizarmos nova sessão. E isso mostra que os empresá-rios estão dispostos a conhecer melhor o mercado, os produtos e serviços disponíveis na nossa região. A realização de negócios entre as empresas locais é posi-tivo para todos”, pontuou.

Para participar da rodada de negócio, os interessados devem procurar a Rede Petro-BC pelo telefone (22) 2796-6122. O va-lor da taxa de inscrição é R$ 50.

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Tarifa de energia não terá taxa extra cobrada em abril

Pela primeira vez des-de que foi implementado em janeiro de 2015, no próximo mês o sistema das bandeiras tarifárias passará a funcionar no módulo verde, quando não é cobrada nenhuma taxa extra na conta de energia. Por outro lado, em abril as contas de luz já devem vir com o reajuste de 7% da Ampla.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente a cobrança extra é de R$ 1,50 a cada 100 quilowat-ts-hora (kWh) de energia con-sumidos, referentes à bandeira amarela que esteve sob vigência em março.

“A passagem significa que a situação da produção de ener-gia do país está mais favorável, já que houve aumento de ener-gia disponível com redução da demanda; e a adição de novas usinas ao sistema elétrico bra-sileiro”, explicou a Aneel.

Ainda segundo o órgão, a eli-minação da cobrança extra em abril não significa que o siste-ma de bandeiras tarifárias será abolido. No ano passado, os bra-sileiros pagaram um total de R$ 14,712 bilhões a mais nas contas de luz devido à cobrança da ban-deira tarifária.

PESO AINDA SERÁ GRANDE EM MACAÉ

Pelo menos neste primeiro mês, os macaenses não deverão sentir tanta diferença no preço das tarifas de energia, já que, desde o último dia 8, a Ampla havia anunciado que subiria a conta cerca de 7% para todos os seus clientes em território es-tadual. Concedido pela própria Aneel, o novo reajuste está em

Por outro lado, aumento de 7% da Ampla passa a ser cobrado no início do próximo mês

validade desde o último dia 15 e deve pesar na conta deste mês.

Em números específicos, para os clientes residenciais da distribuidora, o aumen-to médio ficará em torno de 6,9%. Já para a indústria

atendida pela Ampla, ele será maior: 7,8. No ano passado, o aumento médio para am-bas as modalidades foi bem maior, ficando em 36,4% para as residências e 56,1% para a indústria.

KANÁ MANHÃES

Pela primeira vez desde que foi implementado, sistema funcionará na bandeira verde

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, quarta-feira, 30 de março de 2016

Polícia NOTA

Decreto prevê multa a proprietários de veículos abandonados. Medida tem como objetivo prevenção e controle do Zika vírus no município.

SEM FISCALIZAÇÃO

Ocupação irregular acompanha o crescimento do Verdes MaresEm meio a casas de alto padrão, favelização se expande sem nenhum tipo de controle do poder público

Ludmila Fernandesludmila@odebateon.com.br

Diante do crescimento de-sordenado do município, onde áreas são ocupadas

irregularmente, a favelização tem se tornado comum, em diferentes bairros, até mesmo em áreas nobres. Apesar do rá-pido crescimento, o problema não é recente, e vem aconte-cendo desde quando a cidade apresentava oportunidades de empregos, gerando a migração de pessoas de diferentes partes do país.

É o que pode ser visto em um terreno da Prefeitura, localiza-do entre o bairro Verdes Mares e os condomínios do Bosque Azul. Desde o ano passado, famí-lias ocuparam a área e constru-íram suas casas mantendo-se no local. Contudo, no início da invasão, apenas quatro famílias se faziam presentes, sendo que a prefeitura, ciente da situação, esteve no local providencian-do medidas para a retirada dos ocupantes do terreno. Porém, nada foi concretizado e, hoje, o que pode ser visto é a expansão da invasão, que vem favelizando um bairro em construção.

Em junho do ano passado, mo-radores do bairro procuraram o

: MARIANNA FONTES

Invasão avança em terreno da Prefeitura no bairro Verdes Mares

jornal O DEBATE informando sobre a invasão, e reclamando a respeito das condições precárias que as famílias estavam vivendo, entre elas esgoto a céu aberto e muito lixo. Nossa equipe vol-tou ao bairro e constatou que os problemas permanecem e que, além de não terem solucionado a invasão, há um maior número de casas construídas e de pessoas residindo ali.

Na época, a prefeitura tam-

bém informou ao Jornal O DE-BATE que uma assistente social visitou a localidade, acompanha-da de uma equipe da secretaria de Ordem Pública, para avalia-ção da situação das famílias. Foi realizada uma abordagem e uma pesquisa social com as quatro fa-mílias que estavam morando no terreno. Em seguida, a equipe de assistência social ficou de informar a questão para os de-mais órgãos envolvidos, a fim

de tentar solucionar o proble-ma social das quatro famílias, retirando-as e encaminhado-as a um local apropriado. E so-mente após essa retirada é que seria possível a demolição das casas pela Comissão de Pronta Ação, o que não ocorreu.

Procurada novamente, a pre-feitura informou que a questão tem sido tratada pela Comissão Permanente de Pronta Ação da prefeitura, já que a ação requer

iniciativas integradas de dife-rentes secretarias. Equipes já estiveram no local e uma cons-trução não ocupada foi demo-lida. Na próxima reunião do grupo, na terça-feira (05), este assunto será tratado com novas definições de atuação.

LEGISLAÇÃOAs construções ilegais podem

ser removidas mediante notifi-cação com prazo de 30 dias. Se

a obra estiver em área pública cabe a retirada imediata, sem necessidade de notificação. Há também leis federais que pre-veem a criminalização de quem ocupa ou promove a divisão de áreas sem a autorização do Es-tado. Invasores ficam de um a três anos presos. Grileiros po-dem ficar até cinco anos presos, além de terem que pagar fiança que varia entre 10 e 100 salários mínimos.

Polícia prende suspeitos de trá�co de drogasMACAÉ

A Polícia Militar pren-deu dois elementos suspei-tos de tráfico de drogas no Parque Aeroporto, sendo um deles apontado como gerente da localidade junto à facção criminosa Comando Verme-lho (CV).

Segundo uma denúncia, um homem guardava em sua residência, na Rua 25, mate-riais entorpecentes para um traficante que já se encontra-va preso. No local, as guarni-ções observaram um suspeito saindo do endereço informa-do na denúncia com uma sa-cola. Ao realizar a abordagem e a revista, na sacola foram

Em outra operação, dois são encaminhados a DP suspeitos de roubo

encontradas 190 trouxinhas de maconha e dois tabletes pequenos da mesma droga.

Ato contínuo, os policiais entraram na casa e pren-deram o homem apontado como gerente e fornecedor das drogas. Os dois suspei-tos, Paulo Victor de Souza Barreto, gerente do CV, de 31 anos, e Sérgio Souza as Silva, vapor do CV, de 34 anos, fo-ram encaminhados à 123ª DP e permaneceram presos.

CENTROJá no Centro, guarnições

realizaram patrulhamento em busca de elementos que estariam praticando roubos na região, a fim de encontrá-los, a partir das informações recebidas da Sala de Opera-ções da PM.

Na Rua Velho Campos, os

DIVULGAÇÃO PM

No Parque Aeroporto, dois são presos em posse

de 190 trouxinhas de maconha e dois tabletes

pequenos da mesma droga

policiais observaram dois ho-mens com as características da denúncia, sendo que, após revista foram encontrados três aparelhos de celulares que seriam provenientes de roubos.

Em seguida, os policiais en-caminharam os suspeitos de 23 e 18 anos para a 123ª DP, onde uma vítima de roubo reconheceu um deles como autor do delito. Este ficou preso e o outro foi ouvido e liberado.

Acusados de roubo são presos na RJ-182CARAPEBUS

Após um roubo na tarde de segunda-feira (28), ao Posto Ipi-ranga, localizado no Centro de Carapebus, policiais do Grupo de Ações Táticas (GAT) da 2ª Cia e guarnição do Setor Kilo obtiveram êxito prendendo em flagrante dois suspeitos de terem cometido o assalto, nas margens da RJ-182.

Segundo a polícia, Fabrício da Fonseca Nazário Azevedo, de 26 anos, e Osmar Rocha Da-masseno, de 42 anos, seriam dos bairros Donana e Goyta-cazes, da cidade de Campos. Os acusados teriam assumido que

Elementos são oriundos do município de Campos dos Goytacazes

pertencem à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). Com eles foram encontrados um revólver de calibre 38, com a numeração raspada e cinco munições intactas, uma espin-garda de calibre 12, com quatro munições intactas, além de R$ 244,00 em espécie, que teria si-do subtraído do posto.

A Polícia Militar também en-controu o veículo que teria sido usado durante o roubo, mode-lo Renault Sandero, que estava com uma placa que pertence a outro veículo. Já na 130ª DP, para onde os suspeitos foram encami-nhados, os policiais constataram que a placa correta do Sandero é KWG-7241 e o carro é produto de roubo, no município de Niterói. Os suspeitos ficaram presos, após a vítima do posto reconhecê-los.

DIVULGAÇÃO PM

Veículo utilizado para assalto estava com placa adulterada e foi constatado como produto de roubo em Niterói

DIVULGAÇÃO PM

Armas e dinheiro estavam em posse dos suspeitos de roubo ao Posto Ipiranga em Carapebus

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 30 de março de 2016 7

GeralNOTA

Educação Inclusiva promove capacitação de profissionais. Sistema utilizado na rede pública propõe formação através do uso de ferramentas multifuncionais.

SOLIDARIEDADE

UFRJ promove Ação Solidária e incentiva doação de SangueA coleta será realizada no próximo dia 7 no pátio da Cidade Universitária a partir das 9hJuliane Reis Juliane@odebateon.com.br

Doar sangue é uma prática louvável e que salva vi-das. No entanto, o gesto

de solidariedade tem sido cada vez menos frequente. Em Ma-caé e região não tem sido dife-rente e o resultado é que os es-toques nos hemocentros estão cada vez mais reduzidos.

Visando incentivar a prática, no próximo dia 7, a Universida-de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Campus Macaé Pro-fessor Aloísio Teixeira, vai rea-lizar a Ação Solidária de Doação de Sangue. A iniciativa aberta a toda população e região interes-sada em participar vai aconte-cer a partir das 9h no pátio da Cidade Universitária, em fren-te ao Shopping Plaza Macaé, Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, bairro Granja dos Cavaleiros. A atividade vai contar com a pre-sença da Unidade Móvel do He-mocentro Regional de Campos dos Goytacazes.

Para fazer a doação, os inte-ressados devem atender aos seguintes requisitos: ter mais de 18 e menos de 60 anos; pe-sar mais de 50 kg; se homem, deve ter doado há mais de 60 dias; se mulher, deve ter doado

há mais de 90 dias; não estar grávida; não estar amamen-tando; já ter ultrapassado pe-lo menos 3 meses de parto ou aborto.

Além disso, o doador não pode ter tido hepatite após os 10 anos de idade; ter tido contato com o inseto barbeiro, trans-missor da Doença de Chagas; ter contraído o vírus da malária ou ter visitado região de malária nos últimos 6 meses; não pode sofrer de Epilepsia; não ter ou ter tido sífilis; não deve ser dia-bético; não deve ter tatuagens recentes (menos de 1 ano); não ter recebido transfusão de san-gue ou hemoderivados nos úl-timos 10 anos; não deve ingerir bebidas alcoólicas nas 24hs que antecedem a doação.

É necessário também estar alimentado, ter dormido pelo menos 6 horas nas vinte e qua-tro que antecedem a doação, e não se expor ao risco de contrair o vírus da AIDS, tendo compor-tamentos como não usar pre-servativos em relações sexuais, ter tido mais de dois parceiros sexuais nos últimos 3 meses e usar drogas injetáveis

Ainda de acordo com as infor-mações do setor de comunica-ção da universidade, antes da doação o doador vai passar por

KANÁ MANHÃES

O gesto de solidariedade salva vidas, mas mesmo assim a baixa nos estoques dos hemocentros continua

uma entrevista de triagem clíni-ca, na qual podem ser detecta-das algumas condições adicio-nais que possam impedir sua

doação. Após cada doação serão realizados os seguintes exames em seu sangue: Tipagem san-güínea ABO e Rh; Pesquisa de

anticorpos eritrocitários irre-gulares; Teste de Coombs Di-reto; Fenotipagem do Sistema Rh Hr (D,C,E.c,e) , Fenotipagem

de outros sistemas; Testes soro-lógicos para Hepatite B, Hepati-te C, Doença de Chagas, Sífilis, HIV (AIDS), HTLV I/II.

GRATUITO

Oportunidade para curso de extensão da UFRJ

A U n i v e r s i da d e Fe -deral do Rio de Janeiro (UFRJ), Campus Macaé Pro-fessor Aloísio Teixeira, en-cerra nesta quarta-feira (30) o prazo de inscrição para o curso de extensão “Investi-gação Científica na Educação Básica”. Os interessados po-derão se inscrever pelo e-mail: ensinoquimicamacae@gmail.com. No campo assunto deve-

As atividades são voltadas para professores da educação básica e demais interessados

rá constar “Inscrição Curso Investigação Científica”.

A divulgação do resultado es-tá marcada para o dia 4 de abril e os encontros estão previstos para acontecer nos dias 12 e 26 de abril, 10 e 24 de maio.

A atividade voltada para professores da educação bási-ca e demais interessados tem como finalidade problemati-zar a investigação científica enquanto estratégia didática na educação básica.

De acordo com a organiza-ção, o curso tem implicações para a aprendizagem em Ci-ências, para a construção de pesquisas visando apresen-tação em feiras de Ciências

KANÁ MANHÃES

Os encontros presenciais serão realizados na Cidade Universitária entre os dias 12 de abril e 24 de maio

e para a participação de es-tudantes da educação básica em pesquisas realizadas na UFRJ-Macaé.

As aulas serão ministradas pelos professores Dr. Bruno P. Monteiro, Dr. Leonardo Mo-reira e Msc. Nilcimar Souza.

O curso será oferecido on-line (68h/a), com quatro en-contros presenciais obrigató-rios, em um total de 12 horas. Os encontros presenciais se-rão realizados na Cidade Uni-versitária, das 9h às 12h, em terças-feiras pré-agendadas.

As atividades serão reali-zadas por meio de debates, pesquisas, estudo de casos e grupos de trabalho.

OPORTUNIDADE

Inscrição para o Educa Mais Brasil encerra amanhã

O Programa Educa Mais Brasil encerra nesta quinta-feira (31) as inscrições para o processo seletivo referente ao primeiro semestre letivo deste ano, e que podem ser feitas pe-lo <www.educamaisbrasil.com.br>. Em todo país estão sendo oferecidas mais de 200 mil bol-sas de estudo, com até 70% de desconto para diversos cursos e instituições.

Para os interessados em bus-car a qualificação profissional apenas no próximo semestre, as inscrições para o Programa ficam abertas durante todo o ano. Para o estado do Rio de Janeiro estão sendo disponi-bilizadas mais de 47 mil vagas neste semestre. Para Macaé as oportunidades são para Edu-cação Básica, Graduação, Pós-Graduação, Cursos de Idiomas, Cursos Técnicos, Preparatório para Concursos, EJA-Educação de Jovens e Adultos, Cursos Profissionalizantes e Pré-Ves-tibular.

Das opções de cursos de gra-duação com vagas para Macaé estão: Administração, Enge-nharia de Produção, Gestão de Recursos Humanos, Logística, Pedagogia, Gestão de Recursos Humanos, Processos Geren-ciais, Gestão pública, Ciências Contábeis, Marketing, MBA Executivo em Gestão de Pes-soas, MBA em Gestão da Qua-lidade.

Já para cursos técnicos, en-tre as opções estão: Técnico em Meio Ambiente, Técnico em Segurança do Trabalho, Téc-nico em Logística, Técnico em

As inscrições são gratuitas. Para o estado do Rio são mais de 47 mil vagas

Eletrotécnica, Técnico em Me-cânica. Além dos cursos de idio-mas: Libras, Inglês, Espanhol e Italiano. Há vagas também para cursos profissionalizan-tes de Analista Administrativo, Animador 3D, Autocad e Web Designer.

Outras informações refe-rentes ao Programa podem ser obtidas através da Central

de Atendimento nos telefones 4007-2020 para capitais e re-giões metropolitanas ou 0800 724 7202 para demais localida-des.

A iniciativa é considerada o maior programa de inclusão educacional do país. Para con-correr a uma das vagas, os in-teressados podem se inscrever gratuitamente.

CRÉDITO

Entre os cursos com vagas para Macaé estão Administração, Engenharia de Produção, Gestão de Recursos Humanos, Logística e Pedagogia

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Geral Macaé, quarta-feira, 30 de março de 2016

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Macaé (Sindiservi) qualifi-

cou ontem como vitória simbólica o posicionamento da Procurado-ria Geral da República em des-favor do mandado de segurança interposto pela prefeitura, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o pagamento das incorporações.

Suspenso por força de decreto desde o ano passado, o restabele-cimento da inclusão do benefício nos vencimentos dos servidores, contemplados pela legislação mu-nicipal, havia sido determinado pela 2ª Vara Cível de Macaé após acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) no início do mês.

Em caráter opinativo, o des-pacho do Procurador-geral da República, Rodrigo Janot foi emitido no final da tarde da últi-ma segunda-feira (28) e já consta no sistema do Ministério Público Federal (MPF).

Em seu parecer, Janot descon-sidera o argumento do governo em apontar 'lesão' ao erário mu-nicipal, ao analisar que o paga-mento das incorporações está re-lacionado à legislação vigente há anos no município. O Procurador considerou também o fato do Tri-bunal de Justiça não ter acatado o pedido de liminar contra a vigên-cia das leis municipais que regem o benefício, interposto pela pre-feitura junto ao pedido da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), na tentativa de eliminar de vez as regras que regem e lega-lizam o processo de incorporação.

No despacho, Janot reconhece

VITÓRIA

Mandado do governo contra incorporações é rejeitado pela Procuradoria da República

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, opina pelo indeferimento de mandado de segurança impetrado pela prefeitura contra pagamento de benefícios

a competência do instrumento ser analisado pelo Supremo Tri-bunal Federal, já que os questio-namentos jurídicos estão emba-sados na constitucionalidade, ou não, de legislação municipal. Mas aponta que o “pedido de suspen-são não comporta deferimento”.

Na análise da Procuradoria Geral da República, o pedido de mandado de segurança é inter-pretado como 'natureza recursal', ou seja, uma tentativa do governo em reverter a decisão do Tribunal de Justiça e da 2ª Vara Cível de Macaé.

No despacho, Rodrigo Janot re-bate o argumento do governo por 'lesão ao erário' e a consideração de 'benefício flagrante inconstitu-cional', ao reafirmar que o bene-fício está respaldado por legisla-

ção em vigor. Cita o despacho: “a conveniência em se reconhecer o direito a determinada vantagem já se concretizou em norma legal, apta, até o momento, a produzir seus efeitos típicos”.

O Procurador considera ainda que os valores considerados como lesivos pelo governo já deveriam constar no orçamento municipal, discutido e aprovado no ano an-terior, invalidando o argumento de risco financeiro referente ao pagamento das incorporações.

Na análise, Janot aponta tam-bém que a discussão judicial sobre a constitucionalidade das incorporações não pode preju-dicar o “servidor de boa-fé”, já que a legislação que rege o bene-fício está em vigor há anos. Cita o despacho: “a representação da

inconstitucionalidade, única pro-vidência do município noticiada nos autos, foi autuada somente em 2015, e de forma precipitada, diante do deferimento de medida liminar pelo Tribunal de Justiça fluminense.

No despacho, o Procurador-geral da República aponta ainda a necessidade de razoabilidade

na gestão pública. Cita a análise: “não é demais lembrar que com-pete ao administrador público a prática de atos fundados na ra-zoabilidade, mas a liberdade de atuar está restrita às respectivas lei de regência, não sendo per-mitidas, em princípio, condutas extravagantes ou contrárias às fórmulas legalmente prescritas”.

Em 10 laudas, o parecer do Pro-curador-geral da República pode ser considerado como uma prévia do que será considerado pelo STF, em relação ao mandado de segu-rança contra o pagamento das incorporações impetrado pela prefeitura. O Supremo ainda vai emitir decisão sobre o mandado de segurança.