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48581.003311/2016-00 Nota Técnica nº 381/2016-SGT/SRG/SCG/ANEEL Em 21 de novembro de 2016. Processo: 48500.001367/2016-10 Assunto: Análise das contribuições da Audiência Pública nº 38/2016, referente à proposta de regulamentação das Leis nº 13.203/2015 e nº 13.299/2016 que versam sobre a ampliação do alcance do desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão para fontes incentivadas. I - DO OBJETIVO 1. Apresenta a avaliação das contribuições da Audiência Pública nº 38/2016, referente à proposta para regulamentação do art. 6º da Lei nº 13.203, de 8 de dezembro de 2015 e do art. 2º da Lei nº 13.299, de 21 de junho de 2016 que tratam da ampliação do alcance do desconto na tarifa de uso dos sistemas de distribuição e transmissão, TUSD e TUST, para fontes incentivadas. II - DOS FATOS 2. A Lei nº 9.427/1996, com redação dada pela Lei nº 9.648/1998, estabeleceu que a ANEEL estipulará percentual de redução não inferior a 50% a ser aplicado às Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão – TUST e Distribuição – TUSD para empreendimentos hidráulicos de potência superior a 1.000 kW e igual ou inferior a 30.000 kW destinado a produção independente ou autoprodução, mantidas as características de pequena central hidrelétrica. O comando legal foi regulamentado no art. 22 da Resolução ANEEL nº 281/1999. 3. Na Lei nº 10.438/2002 o desconto foi estendido aos empreendimentos a partir de fontes eólica e biomassa, assim como os de cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, dentro dos limites de potências já estabelecidos, além de incidir também sobre o consumo da energia comercializada por esses empreendimentos. A Resolução nº 219/2003 deu nova redação ao artigo 22 da Resolução nº 281/1999, adequando- o ao novo comando legal. 4. A Lei nº 10.762/2003 ampliou a redução tarifária para os consumidores ou conjunto de consumidores com potência instalada maior ou igual a 500 kW que comercializem energia com as fontes

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48581.003311/2016-00

Nota Técnica nº 381/2016-SGT/SRG/SCG/ANEEL

Em 21 de novembro de 2016.

Processo: 48500.001367/2016-10

Assunto: Análise das contribuições da Audiência Pública nº 38/2016, referente à proposta de regulamentação das Leis nº 13.203/2015 e nº 13.299/2016 que versam sobre a ampliação do alcance do desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão para fontes incentivadas.

I - DO OBJETIVO

1. Apresenta a avaliação das contribuições da Audiência Pública nº 38/2016, referente à proposta para regulamentação do art. 6º da Lei nº 13.203, de 8 de dezembro de 2015 e do art. 2º da Lei nº 13.299, de 21 de junho de 2016 que tratam da ampliação do alcance do desconto na tarifa de uso dos sistemas de distribuição e transmissão, TUSD e TUST, para fontes incentivadas.

II - DOS FATOS

2. A Lei nº 9.427/1996, com redação dada pela Lei nº 9.648/1998, estabeleceu que a ANEEL estipulará percentual de redução não inferior a 50% a ser aplicado às Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão – TUST e Distribuição – TUSD para empreendimentos hidráulicos de potência superior a 1.000 kW e igual ou inferior a 30.000 kW destinado a produção independente ou autoprodução, mantidas as características de pequena central hidrelétrica. O comando legal foi regulamentado no art. 22 da Resolução ANEEL nº 281/1999. 3. Na Lei nº 10.438/2002 o desconto foi estendido aos empreendimentos a partir de fontes eólica e biomassa, assim como os de cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, dentro dos limites de potências já estabelecidos, além de incidir também sobre o consumo da energia comercializada por esses empreendimentos. A Resolução nº 219/2003 deu nova redação ao artigo 22 da Resolução nº 281/1999, adequando-o ao novo comando legal.

4. A Lei nº 10.762/2003 ampliou a redução tarifária para os consumidores ou conjunto de consumidores com potência instalada maior ou igual a 500 kW que comercializem energia com as fontes

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Fl. 02 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

enunciadas no comando legal, bem como para empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 1.000 kW.

5. De forma a adequar o regulamento ao novo comando legal, foi expedida a Resolução Normativa - REN nº 77/2004, que estabeleceu os procedimentos vinculados à redução das TUST e TUSD, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência instalada igual ou inferior a 1.000 kW, os de geração caracterizados como pequena central hidrelétrica e aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, de potência instalada menor ou igual a 30.000 kW, destinados à produção independente ou autoprodução, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada.

6. Nesse comando normativo foi preservado o desconto de 100% para aqueles já beneficiados pelo texto original da Resolução nº 281/1999, que eram as centrais geradoras que iniciaram a operação antes de 31 de dezembro de 2003. Para as demais, foi estabelecido o percentual de desconto em 50%.

7. A Lei nº 10.848/2004, com redação dada pela Lei nº 11.943/2009, define quais empreendimentos de geração podem ser considerados como para a expansão e comercialização da oferta de energia elétrica.

8. A REN nº 166/2005 estabeleceu as disposições consolidadas relativas ao cálculo da TUSD e da Tarifa de Energia Elétrica – TE, discriminando as componentes sobre as quais o percentual de desconto incidia, conforme a nova estrutura tarifária.

9. A Lei nº 11.488/2007 ampliou o benefício, ao alterar a condição de “potência instalada” para “potência injetada”. Como resultado, a REN nº 271/2007 alterou a REN nº 77/2004 e adicionalmente estabeleceu desconto de 100% para empreendimentos que utilizem como insumo energético, no mínimo, 50% de biomassa composta de resíduos sólidos urbanos e/ou de biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, assim como lodos de estações de tratamento de esgoto. 10. A REN nº 464/2011, que aprova os Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET referente ao Módulo 7 – Estrutura Tarifária das Concessionárias de Distribuição, definiu que a incidência do percentual de redução para as unidades consumidoras conectadas ao sistema de distribuição será estabelecida pelo Submódulo 7.1 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET.

11. Em 2012, por meio da REN nº 481, o desconto para empreendimentos com base em fonte solar que entrarem em operação comercial até 31 de dezembro de 2017 foi elevado para 80%, aplicável nos 10 primeiros anos de operação da usina.

12. A Lei nº 12.839, de 9 de julho de 2013, alterou a Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, estabelecendo que a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE deve prover recursos para compensar descontos aplicados nas tarifas de uso dos sistemas elétricos de distribuição e nas tarifas de energia elétrica, conforme regulamentação do Poder Executivo. O Decreto nº 7.891, de 23 de janeiro de 2013, regulamentou a matéria.

13. A Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de 2015, trouxe nova redação ao §5º, definindo quais empreendimentos podem comercializar energia com os consumidores especiais. 14. A Lei nº 13.203 de 08 de dezembro de 2015, alterou o art. 26 da Lei nº 9.427/1996, in verbis:

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Fl. 03 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

“Art. 26. ......................................................................

“§ 1o Para o aproveitamento referido no inciso I do caput deste artigo, para os empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 3.000 kW (três mil quilowatts) e para aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada, conforme regulamentação da Aneel, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 30.000 kW (trinta mil quilowatts), a Aneel estipulará percentual de redução não inferior a 50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia:

I – comercializada pelos aproveitamentos; e

II – destinada à autoprodução, desde que proveniente de empreendimentos que entrarem em operação comercial a partir de 1o de janeiro de 2016.

§ 1o-A Para empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa e, conforme regulamentação da Aneel, cogeração qualificada, a Aneel estipulará percentual de redução não inferior a 50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia proveniente de tais empreendimentos, comercializada ou destinada à autoprodução, pelos aproveitamentos, desde que a potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e menor ou igual a 300.000 kW (trezentos mil quilowatts) e atendam a quaisquer dos seguintes critérios:

I – resultem de leilão de compra de energia realizado a partir de 1o de janeiro de 2016; ou

II – venham a ser autorizados a partir de 1o de janeiro de 2016.”

15. Em 22 de junho de 2016, foi publicada a Lei nº 13.299/2016 que ampliou o desconto para fontes de biomassa e aproveitamento de potencial hidráulico, conforme descrito a seguir:

“Art. 2º O art. 26 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte § 1º-B:

“Art. 26 Cabe ao Poder Concedente, diretamente ou mediante delegação à ANEEL, autorizar (...) VI - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a 3.000 kW (três mil quilowatts) e igual ou inferior a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts), destinado à produção independente ou autoprodução, independentemente de ter ou não característica de pequena central hidrelétrica. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)

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Fl. 04 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

(...)

§ 1º-B. Os aproveitamentos com base em fonte de biomassa cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e menor ou igual a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts) que não atendam aos critérios definidos no § 1º-A, bem como aqueles previstos no inciso VI do caput, terão direito ao percentual de redução sobre as tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição previsto no § 1º , limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 kW (trinta mil quilowatts) de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.”

16. Em junho de 2016, foi aprovada pela Diretoria da ANEEL a instauração da Audiência Pública nº 38, por meio de intercâmbio documental, com vistas a colher subsídios e informações adicionais para revisão da Resolução Normativa nº 77/2004, que trata da ampliação do alcance do desconto na TUSD e TUST para fontes incentivadas. 17. A Audiência Pública nº 38/2016 recebeu 77 contribuições que foram agrupadas e analisadas no “Relatório de Análise de Contribuições da AP nº 38/2016”, no Anexo 2 desta nota técnica.

18. A Lei nº 13.360, de 17 de novembro de 2016, trouxe nova redação ao §1º do art. 26 da Lei nº 9.427/1996, adequando-o à nova definição de potência das centrais geradoras hidrelétricas – empreendimentos hidrelétricos com potência instalada menor ou igual a 5.000 kW; e incluiu o §1º-C, estabelecendo que os empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada que tiverem suas outorgas de autorização prorrogadas não farão jus ao percentual de redução aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição.

III – DA ANÁLISE

19. A Audiência Pública nº 038/2016 propõe alteração da REN nº 77/2004, para refletir as alterações nas disposições relativas ao desconto na TUST e TUSD, oriundas das Leis nº 13.097/2015, 13.203/2015 e 13.299/2016. 20. Foram recebidas 77 contribuições à minuta de resolução normativa, de 26 agentes: ABEEólica, Abiape, Abrace, Abraceel, Abragel, Abraget, ABSolar, Adriano Anaia Pereira, Apine, Atiaia Energia S/A, BP Biocombustíveis, Celesc, Cemig, Cogen, Conselho de Consumidores da Cemig, CPFL Energia, EDP Energias do Brasil, Elektro, Esfera Energia, Assessoria em Energia Elétrica F/G Agro LTDA, Raízen – Bioenergia, Siamig, Sifaeg, Única, Usina Barra Grande de Lençóis, Votorantim Energia. 21. As contribuições podem ser agrupadas basicamente em 3 temas:

i. Data inicial de aplicação da redução tarifária; ii. Aplicação da redução tarifária para leilões de compra de energia não classificada como nova; iii. Alteração das reduções tarifárias vigentes.

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Fl. 05 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

22. Além destas, foram registradas contribuições sobre temas que não faziam parte do escopo da presente AP (não consideradas), principalmente sobre a operacionalização da aplicação dos benefícios tarifários, matéria esta que está sendo tratada na AP 67/2016 – que trata da alteração das Regras de Comercialização. 23. O gráfico a seguir detalha o aproveitamento das contribuições.

(número de contribuições;representatividade(%))

Gráfico 01.- Contribuições AP 38/2016 24. O Anexo 2 desta Nota Técnica apresenta o texto final da minuta de Resolução Normativa a ser encaminhado para apreciação da Diretoria da ANEEL. III.1 Data inicial de aplicação da redução tarifária 25. A proposta submetida à Audiência Pública prevê o início da aplicação da redução tarifária após a publicação da Resolução Normativa e aprovação das Regras de Comercialização. Diversas contribuições solicitaram aplicação diferente da proposta apresentada na AP. Enquanto algumas sugerem sua aplicação a partir da edição das próprias Leis, outras solicitaram a aplicação na data de aprovação da Resolução ou mesmo após solicitação do empreendedor nos casos cabíveis. Há também sugestão de determinar prazo para alteração das Regras de Comercialização e ou início da vigência.

34; 44%

15; 20%

8; 10%

20; 26%

Contribuições AP 38/2016

Não aceita Parcialmente aceita Aceita Não considerada

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Fl. 06 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

26. As Leis nº 13.203/2015 e nº 13.299/2016 definem a redução tarifária em patamar não inferior a 50%. Coube à ANEEL, por meio de Resolução Normativa determinar o percentual da redução tarifária e as condições associadas à sua aplicação, de modo que a aplicação do dispositivo somente se configura com a publicação da regra, ou seja, da Resolução Normativa. Desta forma, entende-se que o comando legal carece de regulamentação para sua aplicação.

27. Adicionalmente, com base no normativo editado pela ANEEL é que poderão ser definidos os descontos a serem aplicados nos atos de outorga. Assim, o direito ao benefício somente deve ser garantido após a definição do desconto em ato específico para a central geradora, publicado pela ANEEL, o que somente ocorrerá após o pleito do interessado e a análise pela área técnica competente do cumprimento dos requisitos para a concessão da redução nas tarifas. Assim, é fundamental o estabelecimento da regra.

28. A REN nº 77/2004 originalmente já trazia a regra de que compete ao empreendedor solicitar o desconto quando este não estava definido no seu ato de outorga, e que a vigência do desconto deveria ser a partir da publicação do ato com a sua definição.

29. Ademais, não é possível à CCEE1 aplicar um novo dispositivo normativo a partir das regras vigentes. Isso porque a inovação trazida pela Lei implica na reformulação das Regras de Comercialização. Assim, somente com a aprovação das novas Regras de Comercialização tem-se a possibilidade da CCEE aplicá-las. A alteração das Regras de Comercialização, versão 2017, está sendo conduzida em processo específico na Audiência Pública nº 67/2016.

30. Cabe destacar que também devem ser alterados diversos dispositivos na Resolução Normativa nº 247/2006, que se encontra em revisão na Audiência Púbica nº 41/2015. III.2 Aplicação da redução tarifária para leilões de compra de energia não classificada como nova 31. A Lei nº 13.203/2015 determinou a aplicação da redução tarifária para o empreendimento que comercialize em leilão de compra de energia realizado a partir de 1º de janeiro de 2016. O texto submetido para contribuições na Audiência Pública apresenta sua aplicação aos leilões de energia nova. 32. Estariam alcançados nesse entendimento de energia nova os empreendimentos que atendem ao disposto nos §6º e 7º do art. 2º da Lei nº 10.848/2004, o que configura os leilões que buscam a expansão da oferta de energia elétrica, in verbis:

“Art.2o (...)

§ 6o Entendem-se como novos empreendimentos de geração aqueles que até o início de processo público licitatório para a expansão e comercialização da oferta de energia elétrica:

I - não sejam detentores de outorga de concessão, permissão ou autorização; ou

1 CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

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II - sejam parte de empreendimento existente que venha a ser objeto de ampliação, restrito ao acréscimo de capacidade.

§ 7º-A Poderão participar das licitações, para expansão da oferta de energia, os empreendimentos de geração que tenham obtido outorga de concessão licitada nos termos desta Lei ou de autorização, desde que atendam os seguintes requisitos:

I – não tenham entrado em operação comercial em até um ano antes da data de realização da licitação; ou

II – (VETADO)”

33. Sobre este escopo, consideradas as restrições específicas de cada certame, são atualmente definidos os leilões A-5, A-3, Leilões de Energia de Reserva - LER e Leilões de Fontes Alternativas - LFA. Desta forma, o texto normativo será adequado nos mesmos termos atualmente empregados nas portarias do Ministério de Minas e Energia – MME, para referenciar-se a “Leilões de energia Nova, de Fontes Alternativas e de Reserva.2” 34. Busca-se desta forma garantir a aplicação do desconto para os empreendimentos que estão se viabilizando pela venda da energia no leilão. Desta forma cumpre-se o disposto no inciso I do art. 1º-A da Lei 9.427/1996, a qual define que possuem direito ao desconto os empreendimentos que resultem de leilão de compra de energia realizados a partir de 1º de janeiro de 2016. 35. Foram registradas contribuições no sentido de ampliar esse escopo de forma a abranger também as ampliações de empreendimentos existentes. 36. Cabe observar que o objetivo do subsídio deve se pautar pela concessão de benefícios para corrigir falhas de mercado e conferir competitividade para determinado segmento. O Relatório produzido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa do Senado Federal, denominado “Descontos na TUST e na TUSD para fontes incentivadas: uma avaliação”, dos consultores Edmundo Montalvão e Rutelly Marques da Silva3 traz quais seriam os princípios norteadores do subsídio para estas fontes de energia, e fundamentam a visão aqui apresentada.

37. Entende-se que a redução tarifária proposta pelo legislador tem por objetivo viabilizar a expansão da capacidade de geração do sistema.

38. Contudo, deve-se atentar à particularidade do caso das ampliações. A parcela existente já se viabilizou, em alguns casos percebendo o desconto previsto no texto anterior da Lei, e não deve fazer jus a um benefício de redução da tarifa que não estava previsto na sua percepção de custos, e, portanto, não considerado quando da sua viabilização para fins de precificação da energia vendida. Este entendimento está aderente à avaliação de que a intenção do legislador, ao editar tais subsídios, é a viabilização do empreendimento de geração para fins de expansão do sistema. Caso seja aplicado o desconto para esta parcela em operação, o empreendedor

2 Vide exemplo: inciso I, art. 5º da Portaria MME nº 104/2016 referente ao 2º LER/2016 3 https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/textos-para-discussao/td165

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se beneficiará com um excedente que maximizará seus ganhos, em detrimento dos consumidores que terão suas tarifas oneradas para recuperar este custo por meio da CDE e da TUST4.

39. Ainda pode-se criar um incentivo distorcido para que empreendimentos existentes que não possuam desconto tarifário busquem um aumento marginal mínimo da capacidade instalada somente para fazer jus ao desconto, inclusive sobre a parcela existente do empreendimento que não possuía desconto.

40. A aplicação do desconto sobre a parcela ampliada resultaria em um conflito entre a ampliação do inciso I, §1º-A com a do §1º do art. 26 da Lei nº 9.427/96. Para uma central que ampliar seu parque gerador e injetar acima de 30 MW ela deverá perder o desconto que percebia sobre os primeiros 30MW injetados pois não irá cumprir o disposto no §1º.

41. Assim, cada parcela deverá ser tratada em separado. Os próprios termos do inciso II do art. 2º da lei 10.848/2004, restringem que a ampliação se trata de algo separado da parcela existente para fins de participação nos leilões. Da mesma forma, o ato de outorga permite a identificação da parcela de potência ampliada.

42. Nestes casos, entende-se que o direito ao desconto deve se dar somente na parcela resultante da ampliação que atenda aos termos do comando legal, sagrando-se vencedora de leilão de energia nova, reserva ou de fontes alternativas. Sobre a parcela existente deve-se garantir a aplicação do desconto somente se esta parcela já possuía o desconto anteriormente. 43. Nestas condições, duas formas são possíveis. Caso a ampliação tenha uma nova conexão dissociada da existente, com medição exclusiva, garante-se a apuração específica da potência e da energia associada à parcela de potência instalada resultante da ampliação. 44. Caso não seja viabilizada a ampliação por meio de uma conexão exclusiva, as Regras de Comercialização deverão tratar esta separação por meio da modelagem da central geradora, segregada em duas partes: a existente e a ampliação.

45. Cumpre ainda observar que com o comando legal da Lei nº 13.299/2016 (inclusão do §1º-B, art. 26 da Lei nº 9.427/96), para as centrais geradoras com base em fonte de biomassa que não participarem de leilões de energia nova, alcançando no máximo 50 MW de potência injetada, permanecerão com o desconto vigente limitado a 30MW de potência injetada. Esse dispositivo também define que os empreendimentos hidrelétricos com potência entre 5 MW e 50MW, sem característica de PCH, terão direito ao desconto, limitada à aplicação do desconto ao 30 MW de potência injetada nos sistemas.

46. Nesta visão é minimizado o impacto no subsídio tarifário concedido vis a vis o incentivo para viabilização de nova geração, uma vez que para as ampliações que participarem de leilão de energia o desconto somente incide na tarifa da central geradora. No caso da central geradora que não participar de leilões de energia nova, o desconto estará limitado a 30 MW injetado, incidindo na geração e no consumo, sendo que o impacto financeiro do subsídio dado à carga é muito superior ao da geração5.

4 Os subsídios na TUST são recuperados pela própria tarifa, e não são considerados na CDE 5 Conforme Nota Técnica nº 149/2016-SGT/SRG/ANEEL, no orçamento da CDE/2016, o subsídio da carga foi de aproximadamente R$ 1 bilhão face ao da geração de R$ 236 milhões.

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Fl. 09 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III.3 Alteração das reduções tarifárias vigentes 47. Houve contribuição para alteração das regras de desconto vigentes. Foi sugerida a extensão da redução tarifária de 80% para empreendimentos com base em fonte solar àqueles que entrarem em operação comercial até o ano de 2020. 48. A principal justificativa para adoção de um desconto diferenciado para a fonte solar foi apresentada pelo Diretor-Relator no Voto do processo que deu origem à REN nº 481/2012 nos seguintes temos:

“O aumento do desconto nas tarifas de uso para fontes solares é importante nesse momento, pois o custo da geração solar ainda é elevado, o que resulta em desvantagem competitiva frente às demais fontes renováveis de energia. Este incentivo inicial aos produtores conduzirá a um processo de ganhos de escala e evolução tecnológica que tende a promover a diminuição desses custos. Dessa forma, considerando ainda o fato de que os custos dos equipamentos de geração já vêm apresentando redução a um ritmo acelerado, espera-se que a partir de 2018 não sejam mais necessários descontos na TUSD e TUST superiores a 50%.”

49. À época, o custo estimado da geração solar era de aproximadamente R$ 600/MWh6. Contudo, este custo tem reduzido significativamente, como pode ser observado no LER/2014 que resultou na contratação de 31 empreendimentos ao preço médio de R$ 215,12/MWh. 50. Mesmo com a redução dos custos, o 1º LER de 2015 permitiu um preço máximo mais elevado (R$ 349,00/MWh). Esse Leilão prevê o início do suprimento a partir de 1º de agosto de 2017 (ainda dentro do prazo de vigência do desconto de 80%) e teve 382 projetos cadastrados, totalizando 12.528 MW de capacidade instalada. Já o 2º LER de 2015, cuja contratação prevê entrega a partir de 1º de novembro de 2018, portanto, após o prazo do desconto de 80%, contou com o cadastro recorde de 649 empreendimentos de geração solar, representando uma capacidade instalada de quase 21.000 MW. Logo, a redução do desconto de 80% para 50% não foi motivo para desencorajar os investidores a participarem do certame.

51. A concessão de desconto diferenciado para uma determinada fonte só se justifica nos casos em que seja caracterizada a particularidade dessa forma de produção de energia frente às demais fontes, e os potenciais benefícios advindos da concessão do desconto. 52. A premissa da regulamentação das Leis nº 13.203/2015 e nº 13.299/2016 é manter os percentuais vigentes, bem como sua aplicação, considerando que não existem estudos que demonstrem a real necessidade de alteração do subsídio atualmente concedido. 53. Assim, o normativo proposto pretende somente ampliar o rol dos empreendimentos com a redução tarifária, de forma a dar cumprimento ao dispositivo legal. Não se confirma neste momento a necessidade de ampliação do prazo, uma vez que esta alteração iria impactar as tarifas que subsidiam este incentivo, sem a comprovada necessidade.

6 Nota Técnica n. 25/2011-SRD/SRC/SRG/SCG/SEM/SER/SPE/ANEEL que subsidiou a abertura da AP 42/2011, que culminou na REN n. 481/2012.

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Fl. 010 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

54. Conforme análise apresentada na Nota Técnica nº 149/2016-SGT-SRG/ANEEL que subsidiou a proposta submetida na AP nº 38/20167, é significativo o custo dos subsídios já concedidos e os que serão ampliados com a inclusão de novos beneficiários. A alteração dos percentuais de desconto concedido foge ao escopo da presente análise. III.4 Demais considerações

55. Desde o surgimento da regra de aplicação dos descontos para fontes incentivadas, o art. 26, §1º, da Lei nº 9.427/1996 e adjacentes que tratam do tema sofreram inúmeras alterações sempre no sentido de ampliação do seu escopo: inclusão pela Lei n. 9.648/1998; alterações promovidas pelas Leis nº 10.438/2002; nº 10.762/2003; 11.488/2007; nº 13.097/2015; nº 13.203/2015 e nº 13.299/2016. 56. Observa-se que cada alteração traz complexidades para a operacionalização do desconto. Atualmente, diversos são os fatores que devem ser observados na aplicação do desconto, como o tipo de fonte, o porte da central, a potência injetada, a data de operação, o ambiente de contratação, sendo inclusive alguns excludentes ou sobrepostos para a garantia do direito ao desconto. 57. Assim, torna-se complexa a aplicação do desconto equivalente no faturamento do uso dos sistemas de transmissão e distribuição.

58. Do lado da geração, o conceito de demanda faturada não é coincidente com a potência injetada, parâmetro utilizado para definir a parcela que terá direito ao desconto.

59. Do lado da carga, o desafio está em refletir o desconto apurado sobre uma grandeza elétrica de potência (demanda) da geração no faturamento da carga (demanda), sendo que a grandeza elétrica que relaciona a geração à carga é a energia adquirida. Soma-se a este desafio a possibilidade desta aquisição ocorrer de diversas fontes, com diversos descontos.

60. Assim, as Regras de Comercialização deverão tratar estas complexas relações para obtenção do percentual de desconto a ser aplicado no faturamento do uso da geração e da carga. 61. Na busca de auxiliar este entendimento no escopo do que trata a Resolução Normativa n. 77/2004, o Anexo 1 apresenta uma tabela que resume as condições para aplicação das regras, de acordo com as características da geração e da energia comercializada ou de autoprodução, na busca de auxiliar a aplicação dos dispositivos legais e normativos. 62. Ainda, diversas contribuições dizem respeito à aplicação das regras de comercialização, sendo que deverão ser tratadas na Audiência Pública nº 67/2016.

A proposta de ato normativo também define a base tarifária de aplicação do desconto com a alteração do PRORET, conforme já explicitado na Nota Técnica nº 149/2016-SGT/SRG/ANEEL, disponibilizada na abertura da presente Audiência Pública. Outra alteração foi a adequação do texto para considerar as centrais hidrelétricas entre 1.000 kW e 5.000 kW, incluídas pelas Lei nº 13.097/2015 e Lei nº 13.360/2016, e que ainda não tinham sido consideradas.

7 Disponível em http://www.aneel.gov.br/audiencias-publicas

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Fl. 011 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

63. Outra proposta incluída no ato normativo foi considerar a restrição legal de aplicação dos percentuais de redução nas tarifas a empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada que tiverem suas outorgas de autorização prorrogadas. Tal restrição, nos termos do §1º-C do art. 26 da Lei nº 9.427/1996, foi adicionado pela Lei nº 13.360/2016.

64. Por fim, foram adequadas as citações às normas que regulamentam o acesso aos sistemas de distribuição e transmissão. IV - DO FUNDAMENTO LEGAL 65. São fundamentos legais e infra legais:

Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996;

Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002;

Lei nº 10.762, de 11 de novembro de 2003;

Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007;

Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de 2015;

Lei nº 13.203, de 8 de dezembro de 2015;

Lei nº 13.299, de de 21 de junho de 2016;

Lei nº 13.360, de 17 de novembro de 2016;

Resolução 281, de 1º de outubro de 1999;

Resolução nº 219, de 23 de abril de 2003; e

Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004.

V - DA CONCLUSÃO 66. Em face da análise das contribuições recebidas na Audiência Pública nº 038/2016, propõe-se minuta de Resolução Normativa que consta no Anexo 3.

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Fl. 012 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

VI - DA RECOMENDAÇÃO 67. Recomenda-se o encaminhamento da análise das contribuições da AP n° 038/2016 para apreciação da Diretoria da ANEEL.

ANDRÉ MEISTER

SGT

DENIS PEREZ JANNUZZI

SGT

LUCIANA PEIXOTO GONÇALVES DE OLIVEIRA SRG

VINICIUS GROSSI DE OLIVEIRA SRG

ANA CLÁUDIA CIRINO DOS SANTOS SCG

De acordo

DAVI ANTUNES LIMA Superintendente de Gestão Tarifária – SGT

CHRISTIANO VIEIRA DA SILVA Superintendente de Regulação dos Serviços de Geração – SRG

LUDIMILA LIMA DA SILVA Superintendente Adjunta de Concessões e Autorizações de Geração – SCG

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ANEXO 1 – TABELA DE APLICAÇÃO DAS REGRAS

Potência instalada

(kW)

Potência injetada

(kW) Autoprodução Condição Artigo da Lei %

HIDRÁULICA

CGH ≤ 5.000 - - - §1º do art. 26 50

PCH 5.000 a 30.000

≤ 30.000 - - §1º do art. 26 50

PCH 5.000 a 30.000

≤ 30.000 Operação comercial a partir de 1º/1/2016

- §1º do art. 26 50

PCH 5.000 a 30.000

≤ 30.000 - Operação comercial entre 1/10/1999

a 31/12/2003 §1º do art. 26 100

UHE 5.000 até

50.000 ≤ 50.000 - Todas § 1º-B do art. 26 50*

* Desconto limitado a 30.000 kW de potência injetada

SOLAR

- ≤ 30.000

Operação comercial a partir de 1º/1/2016

- §1º do art. 26 50

-

30.000 a 300.000

- Leilão ou outorga a partir de

1º/1/2016 § 1º-A do art. 26 50

- ≤ 30.000 -

Percentual em ato autorizativo e operação comercial até 31/12/2003

§1º do art. 26 100

- ≤ 30.000 -

Operação comercial entre 23/04/2003 e 31/12/2003

§1º do art. 26 100

- ≤ 30.000 - Outorga antes de 1º/1/2016 e

operação comercial após 31/12/2017 §1º do art. 26 50

- ≤ 30.000 - Operação comercial até 31/12/2017 §1º do art. 26 80**

**Aplicável nos 10 primeiros anos de operação da usina

EÓLICA

- ≤ 30.000

Operação comercial a partir de 1º/1/2016

- §1º do art. 26 50

-

30.000 a 300.000

- Leilão ou outorga a partir de

1º/1/2016 § 1º-A do art. 26 50

- ≤ 30.000 -

Percentual em ato autorizativo e operação comercial até 31/12/2003

§1º do art. 26 100

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Fl. 014 da Nota Técnica n° 381/2016 – SGT/SRG/SCG/ANEEL, de 21/11/2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Potência instalada

(kW)

Potência injetada

(kW) Autoprodução Condição Artigo da Lei %

- ≤ 30.000 -

Operação comercial entre 23/04/2003 e 31/12/2003

§1º do art. 26 100

- ≤ 30.000 Outorga anterior a 1º/1/2016 §1º do art. 26 50

BIOMASSA

- ≤ 30.000

Operação comercial a partir de 1º/1/2016

- §1º do art. 26 50

-

30.000 a 300.000

- Leilão ou outorga a partir de

1º/1/2016 § 1º-A do art. 26 50

-

30.000 a 50.000

- - § 1º-B do art. 26 50*

- ≤ 30.000 -

Percentual em ato autorizativo e operação comercial até 31/12/2003

§1º do art. 26 100

- ≤ 30.000 -

Operação comercial entre 23/4/2003 e 31/12/2003

§1º do art. 26 100

- ≤ 30.000 - Outorga anterior a 1º/1/2016 §1º do art. 26 50

- ≤ 30.000 -

Biomassa composta de no mínimo 50% de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou

biodigestores de resíduos vegetais ou animais

§1º do art. 26 100

* Desconto limitado a 30.000 kW de potência injetada

COGERAÇÃO QUALIFICADA

- ≤ 30.000

Operação comercial a partir de 1º/1/2016

- §1º do art. 26 50

-

30.000 a 300.000

- Leilão ou outorga a partir de

1º/1/2016 § 1º-A do art. 26 50

- ≤ 30.000 -

Percentual em ato autorizativo e operação comercial até 31/12/2003

§1º do art. 26 100

- ≤ 30.000 -

Operação comercial entre 23/04/2003 e 31/12/2003

§1º do art. 26 100

- ≤ 30.000 - Outorga anterior a 1º/1/2016 §1º do art. 26 50

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ANEXO 2 – Minuta de Resolução Normativa

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA N° , DE (dia) DE (mês) DE 2016.

Altera a Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto

de 2004, que estabelece procedimentos vinculados à

redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de

transmissão e de distribuição, e dá outras

providências.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL,

no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o

disposto no inciso III, art. 4º, Anexo I, do Decreto nº 2.335, de 6 de outubro de 1997, no art. 9º da Lei

nº 9.648, de 28 de maio de 1998, no art. 7º do Decreto nº 2.655, de 2 de julho de 1998, no art. 26, da

Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, com a redação alterada pelo art. 6º da Lei nº 13.203, de 8 de

dezembro de 2015, e pelo art. 2º da Lei nº 13.299, de 21 de junho de 2016, e o que consta no Processo

nº 48500.001367/16-10, revolve:

Art. 1º Os arts. 1º, 2º, 3º, 5º e 7º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004,

passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução

das tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD,

aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000

(cinquenta mil) kW, e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração

qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de

transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW.

§1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou

aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual

estabelecido no caput deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo

empreendedor, caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da

solicitação.

§2º A redução tarifária a que se refere o caput não será aplicada aos empreendimentos

com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada que tiverem suas

outorgas de autorização prorrogadas.

“Art. 2º Fica estipulado o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser

aplicado às tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, incidindo na

produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, para:

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I.- empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 5.000 (três mil) kW,

ou superior a 5.000 (três mil) kW e igual ou inferior a 30.000 (trinta mil) kW, mantidas as

características de Pequena Central Hidrelétrica - PCH, cuja potência injetada nos sistemas

de transmissão ou distribuição seja igual ou inferior a 30.000 (trinta mil) kW;

II.- empreendimentos com base em fonte solar, eólica, de biomassa ou cogeração

qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de

transmissão ou distribuição seja igual ou inferior a 30.000 (trinta mil) kW;

III.- empreendimentos com base em fonte solar, eólica, de biomassa ou cogeração

qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de

transmissão ou distribuição seja superior a 30.000 (trinta mil) kW e igual ou inferior a

300.000 (trezentos mil) kW que sejam vencedores de leilão de energia nova realizado a

partir de 1º de janeiro de 2016;

IV.- empreendimentos com base em fonte solar, eólica, de biomassa ou cogeração

qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de

transmissão ou distribuição seja superior a 30.000 (trinta mil) kW e igual ou inferior a

300.000 (trezentos mil) kW que sejam autorizados a partir de 1º de janeiro de 2016;

§1º Não deve incidir o percentual de desconto às tarifas de uso dos sistemas de

transmissão e distribuição aplicadas ao consumo da energia destinada à autoprodução,

para os empreendimentos de que tratam os incisos I e II e que entrarem em operação

comercial antes de 1º de janeiro de 2016.

§2º Para fins do disposto no inciso III deste artigo, são considerados leilões de energia

nova aqueles destinados à expansão da oferta de energia, assim classificados, não

restritivamente, os leilões: A-5, A-3, de energia de reserva (LER) e de fontes alternativas

(LFA).

§3º Terá direito ao percentual de redução somente a parcela da ampliação dos

empreendimentos de que trata o inciso III que comercialize energia em leilão de energia

nova realizado a partir de 1º de janeiro de 2016.

§4º Para os empreendimentos com base em fonte solar que entrarem em operação

comercial até 31 de dezembro de 2017, o percentual de redução será de 80%(oitenta por

cento) aplicável nos 10 (dez) primeiros anos de operação da central geradora, aplicando-

se o valor definido no caput deste artigo para os anos subsequentes.

“Art. 3º (...)

I – (...);

II – (...);

III – aqueles a partir de fonte eólica, de biomassa, e cogeração qualificada, conforme

regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou

distribuição seja menor ou igual a 30.000 (trinta mil) kW, e que iniciaram a operação

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comercial no período entre 23 de abril de 2003 e 31 de dezembro de 2003, de acordo com

a Resolução nº 219, de 2003;

(...)”

“Art. 5º A contratação e o faturamento do acesso e uso deverão observar as regras e

resoluções da ANEEL, os Procedimentos de Rede e os Procedimentos de Distribuição de

Energia Elétrica no sistema Elétrico Nacional - PRODIST, além de observar os seguintes

critérios:

I.- (...);

II - (...);

III - o percentual de redução não incidirá sobre as tarifas de uso dos sistemas de

transmissão e distribuição aplicadas ao faturamento dos contratos de reserva de

capacidade. ”

“Art. 7º O valor correspondente à redução percentual, configura direito da concessionária

de distribuição, a ser compensado no primeiro reajuste ou revisão tarifária após a

correspondente apuração, devendo ser registrado pela concessionária em conta específica

que será estabelecida pela ANEEL. ”

Art. 2º Incluir o art. 2º-A na Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004:

“Art. 2º-A Fica estipulado o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser

aplicado às tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, incidindo na

produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução,

limitada sua aplicação a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de

transmissão e distribuição, para os seguintes empreendimentos que não se enquadrem

nas condições dispostas nos incisos III e IV do art. 2º:

I.- empreendimentos com base em fonte de biomassa cuja potência injetada no sistema

seja inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW;

II.- empreendimentos hidrelétricos de potência superior a 5.000 (três mil) kW e igual ou

inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW.

§1º Deve incidir o percentual de desconto às tarifas de uso dos sistemas de transmissão e

distribuição aplicadas ao consumo da energia destinada à autoprodução, para os

empreendimentos de que tratam os incisos I e II e que entrarem em operação comercial

a partir de 1º de janeiro de 2016. ”

Art. 3º A ementa da Resolução Normativa nº 77, de 2004, passa a vigorar com a seguinte

redação:

“Estabelece os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas

elétricos de transmissão e de distribuição, para empreendimentos hidrelétricos e aqueles

com base em fonte solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada. ”

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Art. 4º Alterar o Submódulo 7.1 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET,

acrescentando a seguinte redação:

“13.5. DESCONTO PARA FONTES INCENTIVADAS

38. O percentual de redução ao qual se refere o inciso II do art. 5º da Resolução

Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, será aplicado sobre a função de custo TUSD

TRANSPORTE. ”

Art. 5º Revogar o art. 3º-A da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004.

Art. 6º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia após a aprovação das

Regras de Comercialização.

Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROMEU DONIZETE RUFINO

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ANEXO 3 – Relatório de Análise de Contribuições da AP nº 038/2016

ANÁLISE DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 038/2016

Instituição Texto ANEEL Texto Instituição Justificativa Instituição Aproveitamento

Justificativa ANEEL /

Novo texto ANEEL

1 ABEEOLICA

Art. 1º Os arts. 1º, 2º e 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW. § 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual de redução deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor, caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação. (...)”

Art. 1º Os arts. 1º, 2º e 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW. § 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual de redução deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor., caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação. O ato resultante da solicitação deverá ser publicado em até 30 (trinta) dias contados da referida solicitação, sendo que o percentual de redução será aplicado a partir da data de protocolo da solicitação pelo

A aplicação ao desconto deverá ser feita a partir da data de solicitação pelo empreendedor, evitando assim que o empreendedor seja impactado por qualquer eventual atraso na publicação do ato resultante de sua solicitação. Adicionalmente, a definição do prazo garantirá a celeridade e eficácia do processo.

Não aceita

O estabelecimento de prazo para a administração é impróprio e o direito ao desconto deve começar a partir da definição do percentual de desconto que se dá pela publicação do ato no Diário Oficial.

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empreendedor. (...)”

2 ABEEOLICA Art. 2º Incluir o art. 2º-A na Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004:

Art. 2º Incluir os art. 2º-A, 2º-B e 7º-A na Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004:

Alteração de texto para inclusão de novos artigos conforme contribuições seguintes.

Não aceita

Não aceita a inclusão dos artigos (Vide abaixo).

3 ABEEOLICA

Art. 2º “Art 2º-A Fica estipulado aos empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja maior que 30.000 (trinta mil) kW e menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, desde que atendam a uma das seguintes condições: I – o empreendimento comercialize energia em leilão de compra de energia nova realizado a partir de 1º de janeiro de 2016; ou II - o ato autorizativo do empreendimento seja posterior a 1º de janeiro de 2016.”

Art. 2º “Art 2º-A da REN nº 077/2004 - A Fica estipulado aos empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja maior que 30.000 (trinta mil) kW e menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, desde que atendam a uma das seguintes condições: I – o empreendimento comercialize energia em leilão de compra de energia nova realizado a partir de 1º de janeiro de 2016; ou II - o ato autorizativo do empreendimento seja posterior a 1º de janeiro de 2016. Parágrafo Único. Para usinas alcançadas pelo disposto no caput, que tenham comercializado energia em ambos os ambientes de contratação, regulada e livre, a destinação da energia incentivada para cada um dos ambientes de contratação será realizada de maneira proporcional ao montante comercializado no ambiente regulado.”

A Lei nº 13.203/2015, a qual motiva a alteração da Resolução Normativa nº 077/2004, não faz distinção entre os leilões de fontes alternativas, nova e/ou reserva. Adicionalmente, deve-se deixar clara a aplicação da regulamentação proposta para as usinas que tenham vendido energia tanto no ACR quanto no ACL. Para usinas alcançadas no § 1º-B, do art. 26, da Lei nº 9.074/1996, que tenham vendido energia em ambos os ambientes de contratação, propõe-se que a destinação da energia incentivada para cada um dos ambientes de contratação seja feita de maneira proporcional aos montantes dispostos em cada um dos ambientes. Assim, um gerador que vendeu 75% de sua garantia física no ambiente regulado terá 75% do montante de energia incentivada destinada a este ambiente e os 25% restantes podem ser utilizados a critério do agente gerador.

Parcialmente aceita

A redução tarifária proposta na Lei tem por objetivo viabilizar a implantação de novos empreendimentos. Os empreendimentos existentes já se viabilizaram. Deve-se contudo esclarecer o termo energia nova para que sejam considerados os demais leilões (LFA, LER, etc). Adicionalmente, a Regra de Comercialização estabelecerá a forma de tratamento dos descontos frente aos contratos do ACR e ACL.

4 ABEEOLICA Art. 2º “Art. 2º-B Fica estipulado aos aproveitamentos hidráulicos e

Art. 2º “Art. 2º-B Fica estipulado aos

Regulamentação da Lei nº 13.299/2016, que estabelece tal norma aos aproveitamentos com

Não aceita A Lei n. 9427/96 estabelece de forma clara a

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àqueles com base em fonte de biomassa, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil) kW e menor ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW, que não atendam aos critérios definidos no Art. 2º-A, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.”

aproveitamentos hidráulicos e àqueles com base em fonte de biomassa empreendimentos a que se refere o art. 1º, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão eou distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil) kW e menor ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW, que não atendam aos critérios definidos no Art. 2º-A, terão direito ao percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, previsto no caput desse artigo, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição, por período de comercialização. §1º Nos montantes de injeção de potência superiores a 30.000 (trinta mil) kW nos sistemas de transmissão e distribuição, deverá ser aplicada a TUST/TUSD, sem a aplicação do desconto que trata o caput, somente sobre a parcela adicional de injeção de potência. §2º Para fins da adequada aplicabilidade do comando que trata o caput deste artigo, nas regras de comercialização, deverão ser estabelecidos 2 (dois) perfis de comercialização: (i) até 30.000 (trinta mil) kW e (ii) maior que 30.000 (trinta mil quilowatts) kW e menor que 50.000 kW (cinquenta mil

base em fonte de biomassa e hidráulica. Adicionalmente, aplicamos a todos os empreendimentos que são tratados no Art. 2º-A da REN nº 77/2004, conforme proposto na Minuta de Resolução Normativa em questão, visando o tratamento isonômico para as fontes de energia renováveis. Além do tratamento isonômico entre as fontes, tal aperfeiçoamento garante a manutenção de um desconto importante e relevante para as outras fontes incentivadas e permite que uma energia antes “engessada” seja produzida e contribua com o sistema. Esse pleito está inclusive na emenda 031 à Medida Provisória Nº 735/2016, conforme trecho abaixo.

Para a justificativa da aplicação do desconto por período de comercialização ver o comentário do item inserido na REN nº 77/2004, Art 7º-A, mostrado a seguir.

aplicação da redução tarifária aos empreendimentos com base em fonte de biomassa e hidráulicos. Não compete à ANEEL estender o benefício a outras fontes. A forma de aplicação do desconto será estabelecida nas regras de comercialização.

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quilowatts).

5 ABEEOLICA Não há.

Art. 2º “Art. 7º-A A apuração do desconto aplicado às tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição atenderá ao disposto nas regras de comercialização, conforme regulamentação específica.”

A Resolução Normativa nº 247/2006, que dispõe sobre comercialização de energia elétrica, oriunda de empreendimentos de fontes incentivadas, em seu art. 4º, §2º e §4º disciplina a penalidade de perda de desconto na TUST/TUSD, sendo aplicada no caso de mais de 3 (três) períodos (intervalo de 1 hora) de comercialização em que a potência injetada pelo empreendimento de geração no sistema de transmissão é superior a 30 MW, contabilizados num período de um mês, conforme descrito a seguir:

REN nº 247/2006, em seu Art 4º, tem-se: § 2º No caso de mais de 3 períodos de comercialização em que a energia elétrica injetada pelo empreendimento de geração que utiliza fonte primária incentivada, nos sistemas de transmissão ou distribuição, for superior ao montante de 30 MWméd, contabilizados no período de um mês, será aplicada, a título de penalidade, a perda do desconto previsto no § 1º do art. 3º, para fins de processamento das Regras de Comercialização atinentes ao cálculo do desconto associado ao Agente Gerador Incentivado. § 3º Em caso de reincidência de apuração do disposto no § 2º, em um período de 12 meses, a CCEE deverá cancelar a modelagem desse empreendimento de geração realizada em nome do Agente Gerador Incentivado, sendo vedado o acolhimento de nova modelagem por um período de 12 meses. § 4º Nas situações previstas nos §§ 2º e 3º, é nulo o percentual de redução a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição que incidem no empreendimento de geração.

No entanto, em decisões acerca da aplicação de desconto na TUST em caso de comercialização no ambiente de contratação regulado (ACR), tem sido utilizado critério distinto ao disposto na regulamentação, sob a justificativa de que a REN nº 247/2006 se limita a tratar de comercialização com consumidor especial. Entendemos que tal fato fere o princípio da isonomia, e ignora todo o conceito constante em Nota Técnica da ANEEL e Regras da CCEE. Diante do exposto, tendo em vista os questionamentos ocorridos, e a ausência de regulamentação específica para perda de desconto da TUST em caso de comercialização no ACR, há

Não considerada

Não é escopo da Audiência Pública, pois a matéria é regulada em outra REN e nas Regras de Comercialização.

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necessidade de ser desenvolvida uma regra única e esclarecer a regra que estabelece a perda do desconto quando da ultrapassagem acima de 30 MW em mais de 3 ocorrências no período de 1 hora.

6 ABEEOLICA

Art.5º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia após a aprovação das Regras de Comercialização

Art.5º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia após a aprovação das Regras de Comercialização., que deverá ocorrer em até 60 (sessenta) dias após publicação desta Resolução.

A inclusão de prazo para aprovação das regras de comercialização garantirá a celeridade e eficácia do processo.

Não aceita

O estabelecimento de prazo para a administração é impróprio. As regras serão aprovadas conforme cronograma da AP 67/2016.

7 ABEEOLICA Não há.

As alterações propostas ensejam na adequação dos seguintes instrumentos, pelo menos: - Art. 1º da Resolução Normativa nº 247/2006 - Caderno Algébrico nº 15 das Regras de Comercialização, Cálculo do Desconto Aplicado à TUSD/TUST, aprovado pela Resolução Normativa ANEEL nº 683/2015, de modo que o item 17.1.2 passa a viger com a seguinte redação: “17.1.2 Para os agentes da categoria geração, o desconto a ser aplicado à TUSD/TUST relacionado a cada uma de suas usinas será corresponde ao valor do desconto definido em ato regulatório, considerado o limite máximo de potência injetada de 30 MW. Quando for identificada injeção de potência superior à 30 MW, não será aplicado o desconto, sobre essa parcela adicional, na composição efetiva da TUSD/TUST.”

Avaliar a necessidade de alterar as demais regulamentações vigentes, de forma a garantir a aplicabilidade dos aprimoramentos propostos.

Não considerada

Conforme informado na Nota Técnica, a REN 247/2006 se encontra em Audiência Pública e as Regras de Comercialização serão revistas como resultado da AP 67/2016.

8 ABIAPE

Assim, um dos critérios definidos na Lei 9.427/1996 para elegibilidade ao desconto consiste no empreendimento resultar de leilão de compra de energia realizado a partir de 1º de janeiro de 2016. Ao usar o termo “Energia Nova” o Art. 2º exclui outros empreendimentos abarcados pela Lei, quais sejam: os participantes do Ambiente de Contratação Livre e os que

Parcialmente aceita

A redução tarifária proposta na Lei tem por objetivo viabilizar a implantação de novos empreendimentos. Os empreendimentos existentes já se viabilizaram e não

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comercializam no Ambiente de Contratação Regulada por meios outros que não os Leilões Energia Nova (por exemplo, Leilões de Fontes Alternativas – LFA e Leilões de Energia Reserva – LER). A minuta não segue, portanto, a orientação da política atual e traz preocupação aos agentes.

fazem jus ao desconto na tarifa. Desta forma, será adequada a redação para que sejam considerados os demais leilões (LFA, LER, etc) Adicionalmente, a Regra de Comercialização estabelecerá a forma de tratamento dos descontos frente aos contratos do ACR e ACL.

9 ABIAPE

A ABIAPE recomenda que na AP de Regras de Comercialização sejam realizadas discussões relativas ao tratamento da sazonalização e dos empreendimentos com mais de um perfil de desconto (por exemplo, usinas de biomassa com potência injetada de 50 MW e desconto de 50% somente sobre 30 MW).

Não considerada

A contribuição foge ao escopo da presente AP. A contribuição deverá ser encaminhada na AP específica.

10 ABRACE

Propomos que a Aneel, cuja missão é “Proporcionar condições favoráveis para que mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade”, realize uma Consulta Pública à sociedade, procurando elaborar um diagnóstico de quais fontes de geração de energia elétrica realmente necessitam de subsídios, a profundidade desses descontos e o tempo de duração para cada uma dessas fontes se tornarem competitivas nos certames de energia.

Não considerada

A contribuição foge ao escopo da AP, contudo será considerada em momento oportuno.

11 ABRACE

Assim sendo, embora a legislação faça a previsão de um percentual de redução não inferior a 50% a ser aplicado às tarifas de uso TUST e TUSD, concordamos com a minuta de resolução que não prevê reduções superiores a 50%.

Aceita Concorda com a proposta da ANEEL.

12 ABRACEEL

Na análise da Agência, parágrafo 9 da NT 226, ao que se refere a regras de comercialização, “como o desconto será aplicado sobre uma parcela da demanda do empreendimento, esta condição deve ser refletida na energia comercializada, por meio da aplicação do desconto proporcional nas tarifas dos consumidores que adquirem esta energia” (grifo nosso). Pelo exposto no parágrafo, entende-se que toda a energia injetada pelos geradores deverá receber desconto na Tusd e Tust, porém, de maneira proporcional a potência injetada de 30MW. Diante o exposto, a Abraceel propõe que, para os empreendimentos alcançados no disposto no § 1º-B, do art. 26, da Lei nº 9.074/1996,

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

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que o desconto seja aplicado nos primeiros 30 MW injetados em cada período de comercialização.

13 ABRACEEL

Não é clara a aplicação da regulamentação proposta às usinas que tenham vendido energia tanto no ACR quanto no ACL. Para usinas alcançadas no § 1º-B, do art. 26, da Lei nº 9.074/1996, que tenham vendido energia em ambos os ambientes de contratação, a Abraceel propõe que a consideração do desconto destinado a energia incentivada para cada um dos ambientes de contratação seja feita de maneira proporcional aos montantes dispostos em cada um dos ambientes. Assim, um gerador que vendeu 75% de sua garantia física no ambiente regulado terá 75% do montante de energia incentivada destinada a este ambiente e os 25% restantes podem ser utilizados a critério do agente gerador.

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

14 ABRAGEL

Art. 1º Os arts. 1º, 2º e 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW.” § 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual de redução deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor, caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação.

Art. 1º Os arts. 1º, 2º e 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW.” § 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual de redução deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor, caso em que a vigência

A ABRAGEL recomenda que a aplicação do desconto seja feita a partir da data de edição da Lei 13.203/2015.

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, resultante da solicitação do interessado e da análise dos requisitos para a definição do desconto, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras de comercialização (resolução normativa).

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será a partir da publicação do ato resultante da solicitação. e vigerá à partir da edição da Lei 13.303/2015.

15 ABRAGEL

Art. 2º Incluir o art. 2º-A na Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004: ...................... “Art. 2º-B Fica estipulado aos aproveitamentos hidráulicos e àqueles com base em fonte de biomassa, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil) kW e menor ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW, que não atendam aos critérios definidos no Art. 2º-A, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.

Art. 2o Incluir o art. 2º-A na Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004: ...................... “Art. 2º-B Fica estipulado aos aproveitamentos hidráulicos igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW, e àqueles com base em fonte de biomassa cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil) kW e menor ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW, que não atendam aos critérios definidos no Art. 2º-A, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, limitando-se, em ambos os casos, a aplicação do desconto a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.

§ 1º O desconto de que trata o caput vigerá à partir da edição da Lei 13.299/2016 e será objeto de ato específico a ser publicado pela ANEEL. § 2º Os valores pagos a maior, no período compreendido entre a edição da Lei 13.299/2016 e a publicação do ato de que trata o parágrafo anterior, serão deduzidos pela Distribuidora nas faturas subsequentes, em até 12 (doze) meses.

A ABRAGEL entende que o texto sugerido no caput do Art. 2º-B deve ser ajustado de forma coerente à alteração promovida pelo §1º, art. 26, da Lei 13.303/2015 e art. 2º da Lei 13.299/2016, que modifica a redação do inciso VI, art. 26, Lei 9.427, de 26 de dezembro de 1996. A ABRAGEL recomenda que a aplicação do desconto seja feita a partir da data de edição da Lei 13.299/2016, que estabeleceu o direito ao benefício, e que os pagamentos feitos em a maior pela Geradora desde a publicação do referido diploma sejam diferidos pela Distribuidora nas faturas subsequentes, em até 12 meses.

De forma análoga ao limite de tolerância de 5% estabelecido pelo artigo 93 da Resolução Normativa ANEEL 414/2010, no que se refere à ultrapassagem do MUSD contratado pelas geradoras junto às distribuidoras, a ABRAGEL entende ser razoável considerar essa tolerância na avaliação do enquadramento das centrais como PCH. Por outro lado, considerando que a ultrapassagem ocorrerá em situações eventuais e peculiares, é razoável também que o regulador defina um limite temporal para a mesma.

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, resultante da solicitação do interessado e da análise dos requisitos para a definição do desconto, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras de comercialização (resolução normativa). O texto foi adequado para a aplicabilidade do desconto para as usinas hidrelétricas face a menção sobre a potência instalada vis a vis a biomassa que trata da potência injetada. Não há previsão legal para o proposto no § 3º.

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§ 3º As usinas enquadradas como Pequenas Centrais Hidrelétricas, preservarão seu enquadramento nos termos da legislação vigente, desde que a potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição não ultrapasse 105% (cento e cinco por cento) do limite de potência definido para o desconto de que trata o caput, respeitado o período máximo de 1.440 (mil quatrocentos e quarenta) horas anuais.

16 ABRAGEL

Art. 5º Alterar o Caderno Algébrico nº 15 das Regras de Comercialização, Cálculo do Desconto Aplicado à TUSD/TUST, aprovado pela Resolução Normativa ANEEL nº 683/2015, de modo que o item 17.1.2 passa a viger com a seguinte redação:

“17.1.2 Para os agentes da categoria geração, o desconto a ser efetivamente aplicado à TUSD/TUST relacionado a cada uma de suas usinas será corresponde ao valor do desconto definido em ato regulatório, exceto quando for identificada ultrapassagem do valor de 30 MW de potência injetada, sendo nesse caso, nulo o desconto efetivamente aplicado a TUSD/TUST considerado o limite máximo de potência injetada de 30 MW. Quando for identificada injeção de potência superior à 30 MW, não será aplicado o desconto, sobre essa parcela adicional, na

A ABRAGEL entende que este ajuste se faz necessário de forma a compatibilizar o Caderno Algébrico nº 15 das Regras de Comercialização, Cálculo do Desconto Aplicado à TUSD/TUST, aprovado pela Resolução Normativa ANEEL nº 683/2015, com o que dispõe a Lei 13.299/2016.

Não aceita

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

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composição efetiva da TUSD/TUST.”

17 ABRAGEL

Art. 6º A CCEE deverá encaminhar para aprovação da ANEEL dentro de 60 (sessenta) dias, o conjunto de alterações nas Regras de Comercialização prevendo a possibilidade de criação de perfis de geração distintos, para acomodar de modo segregado as parcelas de energia com e sem o desconto aplicado sobre a TUSD/TUST na geração e no consumo.

A ABRAGEL sugere que, para os empreendimentos alcançados pela Lei 13.299/2016, a regulamentação do desconto na TUST/TUSD deve prever a segregação das parcelas de energia comercializadas com e sem o incentivo.

Não aceita

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

18 ABRAGEL

Art. 7º Revogar os §§ 2º, 3º e 4º, art. 4º, da Resolução Normativa ANEEL nº 247, de 21 de dezembro de 2006.

A ABRAGEL entende que este ajuste se faz necessário de forma a compatibilizar a Resolução Normativa nº 247/2006 como o que dispõe a Lei 13.299/2016.

Não aceita

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016 e da AP 41/2015.

19 ABRAGEL

Art. 5º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia após a aprovação das Regras de Comercialização.

Art. 58º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia: após a aprovação das Regras de Comercialização. I - No consumo, após a aprovação das Regras de Comercialização; e II - Na geração, no ato de publicação desta Resolução.

A ABRAGEL entende que o desconto no lado do consumo dar-se por meio das Regras de Comercialização, quando da verificação do lastro de energia incentivada. Já no lado da geração, o desconto é aplicado à partir de ato publicado pela ANEEL. Nesse sentido, entende-se ser adequado o tratamento distinto entre consumo e geração.

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, resultante da solicitação do interessado e da análise dos requisitos para a definição do desconto, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras (resolução normativa).

20 ABRAGET

Na transmissão não há previsão de fundo de custeio para esta cobertura dos descontos, como ocorre com a TUSD que prevê possibilidade de cobertura do desconto via CDE, conforme disposto no Decreto nº 7.891, de 2013: “Art. 1º A CDE, além de suas demais finalidades, custeará os seguintes descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica, nos

Não Aceita

As alterações sugeridas devem ser tratadas em Lei.

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termos do inciso VII do caput do art. 13 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002: I - redução na tarifa de uso do sistema de distribuição incidente na produção e no consumo da energia comercializada por empreendimento enquadrado no §1º do art. 26 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996;” Sugestão da ABRAGET: uma alternativa para blindar a TUST da cobertura de descontos seria estender para a CDE esta atribuição.

21 ABSOLAR

Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolucao, os procedimentos vinculados a reducao das tarifas de uso dos sistemas eletricos de transmissao e de distribuicao, aplicaveis aos empreendimentos hidreletricos com potencia igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e aqueles com base em fontes solar, eolica, biomassa ou cogeracao qualificada conforme regulamentacao da ANEEL, cuja potencia injetada nos sistemas de transmissao ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW.” § 1º Para os empreendimentos de geracao detentores de concessao ou autorizacao, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato nao contempla a referida reducao, o percentual de reducao devera ser solicitado a ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor, caso em que a vigencia sera a partir da publicacao do ato resultante da solicitacao.

Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolucao, os procedimentos vinculados a reducao das tarifas de uso dos sistemas eletricos de transmissao e de distribuicao, aplicaveis aos empreendimentos hidreletricos com potencia igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e aqueles com base em fontes solar, eolica, biomassa ou cogeracao qualificada conforme regulamentacao da ANEEL, cuja potencia injetada nos sistemas de transmissao ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW.” § 1º Para os empreendimentos de geracao detentores de concessao ou autorizacao, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato nao contempla a referida reducao, o percentual de reducao devera ser solicitado a ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor., caso em que a vigencia sera a partir da publicacao do ato resultante da solicitacao. O ato resultante da solicitacao devera ser publicado em ate 30

Sugerimos que a aplicacao do desconto seja feita a partir da data de solicitacao pelo empreendedor, pois dessa forma o empreendedor nao seria impactado por qualquer eventual atraso na publicacao do Ato.

Não aceita

O estabelecimento de prazo para a administração é impróprio e o direito ao desconto deve começar a partir da definição do percentual de desconto que se dá pela publicação do ato no Diário Oficial.

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dias, sendo que o percentual de redução sera aplicado a partir da data de protocolo da solicitacao pelo empreendedor.

22 ABSOLAR

Art. 7º-A A Apuracao do desconto aplicado as tarifas de uso dos sistemas de transmissao e distribuição atendera ao disposto nas regras de comercializacao, conforme regulamentacao especifica.

A Resolucao Normativa nº 247/2006, que dispõe sobre comercializacao de energia eletrica, oriunda de empreendimentos de fontes incentivadas, em seu art. 4º, §2º e §4º disciplina a penalidade de perda de desconto na TUST/TUSD, sendo aplicada no caso de mais de 3 (tres) periodos (intervalo de 1 hora) de comercializacao em que a potencia injetada pelo empreendimento de geracao no sistema de transmissao e superior a 30 MW, contabilizados num periodo de um mes. No entanto, em decisoes acerca da aplicacao de desconto na TUST em caso de comercializacao no ACR, tem sido utilizado criterio distinto ao disposto na Regulamentacao, sob a justificativa de que a Resolucao 247/2006 se limita a tratar de comercializacao com consumidor especial. Entendemos que tal fato fere o principio da isonomia, e ignora todo o conceito constante em Nota Tecnica da ANEEL e Regras da CCEE. Diante do exposto, tendo em vista os questionamentos ocorridos, e a ausencia de regulamentacao especifica para perda de desconto da TUST em caso de comercializacao no ACR, há necessidade de ser desenvolvida regra unica, que devera estabelecer: (i) que a apuracao do desconto da TUST e afeta ao “mundo comercial” e, portanto, deve ser feita no ambito da CCEE e (ii) que a metodologia deve ser similar a REN 247/2006, ou seja, permitindo ate 3 ocorrencias de 1 hora.

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

23 ABSOLAR

Art. 5º As alteracoes dispostas neste regulamento terao eficacia apos a aprovacao das Regras de Comercializacao.

Art. 5º As alteracoes dispostas neste regulamento terao eficacia apos a aprovacao das Regras de Comercializacao, que devera ocorrer em ate 60 dias apos publicacao desta Resolucao.

A inclusao de prazo para aprovacao das regras de comercializacao e necessaria para garantir a celeridade e eficacia do processo.

Não aceita

As Regras de Comercialização serão revisadas, conforme rito da ANEEL. A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

24 ABSOLAR

Art. 3º-A Para a fonte solar referida no art. 1º fica estipulado o desconto de 80% (oitenta por cento), para os empreendimentos que entrarem em operação comercial ate 31 de dezembro de 2017, aplicavel nos 10 (dez) primeiros anos de operacao da usina, nas tarifas de uso dos sistemas eletricos de transmissao e de distribuicao – TUST e TUSD,

Art. 3º-A Para a fonte solar referida no art. 1º fica estipulado o desconto de 80% (oitenta por cento), para os empreendimentos que entrarem em operacao comercial ate 31 de dezembro de 2020,

A energia solar fotovoltaica passa por um momento historico de insercao na matriz eletrica brasileira. A Resolucao Normativa Nº 481 de 2012 (REN 481/2012), estabelecida pela ANEEL, foi um marco importante para apoiar a insercao desta fonte no pais. Apesar de nao criar, diretamente, demanda para a fonte solar, a REN 481/2012 estabeleceu um desconto

Não aceita

Conforme especificado na NT 149/2016-SGT/ARG/ANEEL: “Em face de tais avaliações, e ainda, não afastando que na distribuição também é crescente o

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incidindo na producao e no consumo da energia comercializada. §1º O desconto de que trata o caput, sera reduzido para 50% (cinquenta por cento) apos o decimo ano de operacao da usina. §2º Os empreendimentos que entrarem em operação comercial apos 31 de dezembro de 2017 farao jus ao desconto de 50%.

aplicavel nos 10 (dez) primeiros anos de operacao da usina, nas tarifas de uso dos sistemas eletricos de transmissao e de distribuicao – TUST e TUSD, incidindo na producao e no consumo da energia comercializada. §1º O desconto de que trata o caput, sera reduzido para 50% (cinquenta por cento) apos o decimo ano de operacao da usina. §2º Os empreendimentos que entrarem em operação comercial apos 31 de dezembro de 2020 farao jus ao desconto de 50% (cinquenta por cento) nas referidas tarifas.

de 80% (oitenta por cento), para os empreendimentos solares que entrarem em operação comercial ate 31 de dezembro de 2017, aplicavel nos 10 (dez) primeiros anos de operacao da usina, nas tarifas de uso dos sistemas eletricos de transmissao e de distribuicao – TUST e TUSD, incidindo na producao e no consumo da energia comercializada. Passados os dez primeiros anos, o desconto e reduzido para 50% (cinquenta por cento), desconto similar ao aplicado para fontes renovaveis mais maduras e competitivas. Tal desconto representa um incentivo importante para a fonte, ja que a fonte solar nao foi incluida em outros programas estrategicos para o desenvolvimento de fontes renovaveis do pais, em especial o PROINFA, responsavel por um ganho de competitividade significativo para as fontes participantes: eolica, biomassa e PCH. Como resultado do fomento tardio ao desenvolvimento da fonte solar na matriz eletrica do pais, o setor eletrico possui atualmente menos de 23 MW em usinas solares fotovoltaicas outorgadas e efetivamente conectadas a rede de transmissao e distribuicao gerando energia eletrica. Isso representa somente 0,02% da capacidade de geracao do pais, conforme dados do Banco de Informacoes de Geracao (BIG) da ANEEL. Estes numeros confirmam que a fonte esta em uma fase ainda emergente e não consolidada na matriz eletrica brasileira, o que justifica a manutencao de um desconto diferenciado na TUST e TUSD, a exemplo da REN 481/2012, ate que a fonte esteja bem estabelecida no pais. No entanto, o desconto de 80% na TUST e na TUSD e disponibilizado apenas para os empreendimentos que entrarem em operacao comercial ate 31 de dezembro de 2017. Isso significa que, de 2016 em diante, o beneficio nao podera ser aproveitado pela fonte solar em novos leiloes, ja que os empreendimentos contratados nestes leiloes entrarão em operacao apos 2017. A expiracao deste beneficio acarretaria em um risco de aumento direto nos custos para os empreendimentos da fonte solar, tanto no Ambiente de Contratacao Regulada (ACR) quanto no Ambiente de Contratacao Livre (ACL). Desse modo, a perda deste beneficio ocorreria em momento bastante inoportuno para o setor solar fotovoltaico, pois foi apenas a partir de 2014 que a fonte

incremento de fontes incentivadas, dentre as quais a geração solar, que possui um desconto de 80%, entende-se adequado não alterar os percentuais de desconto já definidos na regulamentação vigente, dando somente cumprimento da Lei nº 13.203/2015 quanto ao alcance de novas centrais geradoras.”

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teve a sua primeira contratacao atraves de um leilao de energia realizado pelo governo federal. Adicionalmente, a manutencao do desconto da REN 481/2012 contribui para o estabelecimento de uma cadeia produtiva fotovoltaica em territorio nacional, indo ao encontro dos objetivos do governo federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES) de estabelecer no pais, com solidez e competitividade, uma cadeia produtiva do setor fotovoltaico, ao longo dos proximos anos. Pelos motivos acima expostos, a ABSOLAR propõe que a aplicacao do desconto de 80% sobre a TUST e TUSD para a fonte solar seja alinhada com o cronograma do Plano de Nacionalizacao Progressiva do BNDES, ou seja, tenha como data limite para obtencao do beneficio o final do ano de 2020.

25 Adriano Anaia

Pereira

“Art. 2º-B Fica estipulado aos aproveitamentos hidráulicos e àqueles com base em fonte de biomassa, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil) kW e menor ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW, que não atendam aos critérios definidos no Art. 2º-A, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.

“Art. 2º-B Fica estipulado aos aproveitamentos hidráulicos com potência superior a 3.000 kW e igual ou inferior a 50.000 kW, e àqueles com base em fonte de biomassa, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil) kW e menor ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW, que não atendam aos critérios definidos no Art. 2º-A, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição. § 1º As distribuidoras deverão informar à ANEEL, para fins de fiscalização, todo e qualquer acréscimo de MUSD solicitado

O art. 2º da Lei nº 13.299/2016 incluiu o § 1º-B no art. 26 da Lei nº 9.427/1996, com a seguinte redação: “§ 1º-B. Os aproveitamentos com base em fonte de biomassa cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e menor ou igual a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts) que não atendam aos critérios definidos no § 1o-A, bem como aqueles previstos no inciso VI do caput, terão direito ao percentual de redução sobre as tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição previsto no § 1o, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 kW (trinta mil quilowatts) de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.”Os empreendimentos elencados no inciso VI do caput (art. 26), de que trata o § 1º-B do art. 26 da Lei nº 9.427/1996, são os aproveitamentos de potencial hidráulico de potência superior a 3.000 kW e igual ou inferior a 50.000 kW, destinado à produção independente ou autoprodução, independentemente de ter ou não característica de pequena central hidrelétrica. O acréscimo do § 1º justifica-se, tendo em vista que as centrais de geração beneficiadas por essa medida são as que não atendam aos critérios definidos no § 1º-A do art. 26 da Lei nº 9.427/1996, e considerando o que estabelece o item 5.3.1 da Seção 3.6 do Módulo 3 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST, o MUSD contratado por

Parcialmente aceita

A redação foi adequada para contemplar o que consta das Leis 13.203/2015 e 13.299/2016. Em relação ao §1º não compete a ANEEL o monitoramento do MUSD contratado das centrais geradoras, bem como entendemos desnecessário vincular o monitoramento do MUSD contratado com o desconto.

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por responsável por empreendimento de geração de que trata o caput.

central geradora deve ser determinado pelo valor declarado de sua máxima potência injetável no sistema, a qual deve ter valor igual, no mínimo, à potência instalada subtraída a mínima carga própria. Ante ao exposto anteriormente, somente seria possível aumentar o MUSD contratado mediante redução da carga própria. O que se busca com a proposta é evitar subsídios indevidos.

26 ATIAIA

Art. 1º Os arts. 1º, 2º e 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW.” § 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual de redução deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor, caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação. § 2º Para os empreendimentos de geração com o percentual de redução já estabelecido em ato autorizativo, fica mantida a incidência desse percentual com aplicação inclusive no consumo, neste caso com vigência a partir de 19 de agosto de 2004.

§ 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual de redução deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor, caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação. da data de publicação da Lei nº 13.303/2015.

A ATIAIA ENERGIA sugere que a aplicação do desconto seja feita a partir da data de edição da Lei 13.203/2015.

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, resultante da solicitação do interessado e da análise dos requisitos para a definição do desconto, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras de comerciliação (resolução normativa).

27 ATIAIA

“Art. 2º-B Fica estipulado aos aproveitamentos hidráulicos e àqueles com base em fonte de biomassa, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil) kW e menor ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW, que não atendam aos critérios definidos no Art. 2º-A, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, limitando-se a

“Art. 2º-B Fica estipulado aos aproveitamentos hidráulicos e àqueles com base em fonte de biomassa, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil) kW e menor ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW para ambos os casos, que não atendam aos critérios definidos no Art. 2º-A, o percentual de redução de 50%

A ATIAIA ENERGIA propõe a alteração do texto sugerido no caput do Art. 2º-B para deixar mais claro que os limites de potência injetada citados se aplicam aos aproveitamentos hidráulicos, bem como aos aproveitamentos com base em fonte de biomassa, conforme previsto no § 1º-B do art. 26, Lei 9.427, de 26 de dezembro de 1996, inserido pelo art. 2º da Lei 13.299/2016. A ATIAIA ENERGIA recomenda que a aplicação do desconto seja feita a partir da data de publicação da Lei nº 13.299/2016, que estabeleceu o direito ao benefício, e que os pagamentos feitos à maior pela Geradora desde a publicação do

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras (resolução normativa). Não há previsão legal para o proposto no § 3º.

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aplicação do desconto a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.

(cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 (trinta mil) kW de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.

§ 1º O desconto de que trata o caput vigerá à partir da data de publicação da Lei n° 13.299/2016 e será objeto de ato específico a ser publicado pela ANEEL. § 2º Os valores pagos a maior, no período compreendido entre a data de publicação da Lei nº 13.299/2016 e a publicação do ato de que trata o parágrafo anterior, serão deduzidos pela Distribuidora ou Transmissora nas faturas subsequentes, em até 12 (doze) meses. § 3º As usinas enquadradas como Pequenas Centrais Hidrelétricas, preservarão seu enquadramento nos termos da legislação vigente, desde que a potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição não ultrapasse 105% (cento e cinco por cento) do limite de 30.000 (trinta mil) kW.

referido diploma sejam diferidos pela Distribuidora nas faturas subsequentes, em até 12 meses.

De forma análoga ao limite de tolerância de 5% estabelecido pelo art. 37 referente à cobrança de ultrapassagem dos consumidores da Resolução Normativa ANEEL 506/2012, a ATIAIA ENERGIA entende ser razoável considerar essa tolerância na avaliação do enquadramento das centrais como PCH, pois para usinas com potência instalada próximas de 30MW, geralmente, é possível gerar e injetar no sistema potências um pouco acima de 30MW nos períodos de maior vazão afluente, que ocorrem em 2 ou 3 meses por ano, já que no projeto das máquinas sempre há alguma margem de segurança e as turbinas conseguem engolir mais água e produzir energia com potência acima da nominal, sem causar danos aos equipamentos ou expor as instalações à riscos.

28 ATIAIA

Art. 5º Alterar o Caderno Algébrico nº 15 das Regras de Comercialização, Cálculo do Desconto Aplicado à TUSD/TUST, aprovado pela Resolução Normativa ANEEL nº 683/2015, de modo que o item 17.1.2 passa a viger com a seguinte redação:

“17.1.2 Para os

A ATIAIA ENERGIA entende que este ajuste se faz necessário de forma a compatibilizar o Caderno Algébrico nº 15 das Regras de Comercialização, Cálculo do Desconto Aplicado à TUSD/TUST, aprovado pela Resolução Normativa ANEEL nº 683/2015, com o que dispõe a Lei nº 13.299/2016.

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

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agentes da categoria geração, o desconto a ser efetivamente aplicado à TUSD/TUST relacionado a cada uma de suas usinas será corresponde ao valor do desconto definido em ato regulatório, exceto quando for identificada ultrapassagem do valor de 30 MW de potência injetada, sendo nesse caso, nulo o desconto efetivamente aplicado a TUSD/TUST considerado o limite máximo de potência injetada de 30 MW. Quando for identificada injeção de potência superior à 30 MW, não será aplicado o desconto, sobre essa parcela adicional, na composição efetiva da TUSD/TUST.”

29 ATIAIA

Art. 6º A CCEE deverá encaminhar para aprovação da ANEEL dentro de 60 (sessenta) dias, o conjunto de alterações nas Regras de Comercialização prevendo a possibilidade de criação de perfis de geração distintos, para acomodar de modo segregado as parcelas de energia com e sem o desconto aplicado sobre a TUSD/TUST na geração e no consumo.

A ATIAIA ENERGIA sugere que, para os empreendimentos alcançados pela Lei nº 13.299/2016, a regulamentação do desconto na TUST/TUSD deve prever a segregação das parcelas de energia comercializadas com e sem o incentivo.

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

30 ATIAIA

Art. 7º Revogar os §§ 2º, 3º e 4º, art. 4º, da Resolução Normativa ANEEL nº 247, de 21 de dezembro de 2006.

A ATIAIA ENERGIA entende que este ajuste se faz necessário de forma a compatibilizar a Resolução Normativa nº 247/2006 como o que dispõe a Lei nº 13.299/2016.

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

31 ATIAIA

Art. 5º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia após a aprovação das Regras de Comercialização.

Art. 58º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia: após a aprovação das Regras de Comercialização. I - No consumo, após a aprovação das Regras de Comercialização; e

A ATIAIA ENERGIA entende que o desconto no lado do consumo dar-se por meio das Regras de Comercialização, quando da verificação do lastro de energia incentivada. Já no lado da geração, o desconto é aplicado a partir de ato publicado pela ANEEL. Nesse sentido, entende-se ser adequado o tratamento distinto entre consumo e geração.

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, resultante da solicitação do

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II - Na geração, no ato de publicação desta Resolução.

interessado e da análise dos requisitos para a definição do desconto, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras (resolução normativa).

32 BP

Combustíveis

5. Conforme disposto no § 1º-B, do art. 26, da Lei nº 9.074/1996, foram alcançados pelo desconto as centrais geradoras existentes e novas com base em biomassa e aproveitamentos hidráulicos com potência injetada de 30 MW até 50 MW, bem como os consumidores que comercializam energia elétrica com estes geradores. Ressalta-se que o desconto é limitado a 30 MW de potência injetada.

Não há sugestões de alteração no texto. Apenas considerações à título de contribuição para análise da ANEEL.

Ressaltamos a importância dessa medida para o setor sucroenergético, uma vez que várias centrais geradoras a biomassa possuem capacidade ociosa em função das usinas não terem sido projetadas exclusivamente para a geração de energia. Isto é, em função dos seus projetos, do processo produtivo de açúcar / etanol e de oscilações da produção e moagem de cana-de-açúcar durante a safra, algumas usinas conseguiram gerar mais energia, por exemplo, por meio de compra de bagaço de outras usinas ou mesmo de cavaco ou palha. Todavia, em alguns casos isso acarretaria a ultrapassagem da injeção de 30 MW, inviabilizando financeiramente a compra dessa biomassa. E com a manutenção do desconto dos 30 MW, várias usinas passarão a poder utilizar toda a sua capacidade ociosa, produzindo mais energia limpa e sem onerar a CDE, uma vez que a TUSDg de 30 MW a 50 MW será paga integralmente, sem desconto e, portanto, sem onerar a tarifa de energia, em linha com o princípio de modicidade tarifária.

Aceita Não há sugestões, apenas considerações.

33 BP

Combustíveis

9. Como o desconto será aplicado sobre uma parcela da demanda do empreendimento, esta condição deve ser refletida na energia comercializada, por meio da aplicação do desconto proporcional nas tarifas dos consumidores que adquirem esta energia.

Não há sugestões de alteração no texto. Apenas considerações à título de contribuição para análise da ANEEL.

É importante ressaltar que a aplicação de um desconto proporcional nas tarifas dos consumidores poderá ter impacto relevante no mercado de comercialização, uma vez que todos os contratos de compra e venda de energia incentivada com desconto de 50%, 100% ou 0% na TUSD/T estabelecem ressarcimento do vendedor ao comprador (ou vice-versa) no caso de ser aferido desconto diferente do pactuado em contrato, que nunca são valores diferentes de 50%, 100% ou 0%. Desta forma, recomenda-se que as regras e procedimentos de comercialização não sejam adequados de forma a se ter um desconto único e “contaminado” por usina, mantendo-se parcelas de i0 e i5 por empreendimento. Desta forma, do lado do consumidor, se manteriam operações separadas de compra de energia i5, i1 ou i0, conforme é feito atualmente, facilitando sua gestão e tomadas de decisão. Do lado da distribuidora, entede-se

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

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que seriam aplicados descontos proporcionalizados à tarifa do consumidor por tipo de energia comprada de acordo com a matriz de descontos apurada pela CCEE.

34 Celesc

No intuito de colaborar com este processo construtivo, resumimos as contribuições acerca da proposta elaborada pelas Superintendências de Gestão Tarifária e Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração a respeito da metodologia proposta: a) Preocupação da Celesc D. com a majoração excessiva de elegíveis ao desconto e significativo impacto tarifário que repercutirá sobre os consumidores mesmo para empreendimentos que entraram em operação comercial a partir de 1º de janeiro de 2016.

Aceita Não há sugestões, apenas considerações.

35 Cemig

Art. 2º Incluir o art. 2º-A na Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004: “Art. 2º-A Fica estipulado aos empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja maior que 30.000 (trinta mil) kW e menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, desde que atendam a uma das seguintes condições: I – o empreendimento comercialize energia em leilão de compra de energia nova realizado a partir de 1º de janeiro de 2016; ou II – o ato autorizativo do empreendimento seja posterior a 1º de janeiro de 2016. ”

Art. 2º Incluir o art. 2º-A na Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004: “Art. 2º-A Fica estipulado aos empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja maior que 30.000 (trinta mil) kW e menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW, o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, desde que atendam a uma das seguintes condições: I – o empreendimento comercialize energia em leilão de compra de energia nova leilões A-5, A-3, LFA e LER realizados a partir de 1º de janeiro de 2016; ou II – o ato autorizativo do empreendimento seja posterior a 1º de janeiro de 2016. ”

A Lei nº 13.203/2015, não faz distinção entre os leilões de fontes alternativas, nova e/ou reserva

Aceita

A redução tarifária proposta na Lei tem por objetivo viabilizar a implantação de novos empreendimentos. Os empreendimentos existentes já se viabilizaram e não fazem jus ao desconto na tarifa. Desta forma, será adequada a redação para que sejam considerados os demais leilões (LFA, LER, etc)

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Cogen, Raizen, Siamig, Sifaeg, Única, Usina

19. Trata-se, portanto, de valor já significativo que irá aumentar de forma potencializada com a nova

Não há. Trata-se de apresentar considerações e pedir

O novo comando legal ampliou o alcance dos beneficiados com o desconto na TUSD ou TUST, mas

Parcialmente aceita

Será considerado o desconto somente sobre a

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Barra Grande de Lençóis S/A (* agrupadas pois a contribuição é

idêntica)

disposição legal, pois o desconto agora alcançará geradores de maior porte, principalmente biomassa, e, portanto, teremos mais energia incentivada a ser comercializada. Como se vê, o subsídio associado ao desconto concedido para a carga é mais de 4 vezes superior ao provocado pela geração. Isso se deve principalmente pelo valor da tarifa da carga, superior ao da geração e pela característica do mercado. (grifo nosso). 23. Uma estimativa de impacto financeiro decorrente da ampliação do desconto advindo da nova Lei foi feita a partir do subsídio fonte incentivada a valores de 2016 na medida das potências contratadas nesta condição (16,7 GW), agregando as variações anuais de potência constantes do Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica – PDE 2024, obedecendo a atual proporção de distribuição do subsídio entre transmissão (RB) e distribuição, (...). 24. Em 8 anos, considerando o desconto mínimo de 50%, estima-se um aumento de 267% da

esclarecimentos sobre o teor do “Texto/ANEEL”.

apenas para empreendimentos com base em fonte renovável cuja potência injetada no sistema seja menor ou igual a 300.000 kW, obedecendo a duas condições: I – o empreendimento comercialize energia em leilão de compra de energia nova realizado a partir de 1º de janeiro de 2016; ou II – o ato autorizativo do empreendimento seja posterior a 1º de janeiro de 2016. Com a nova disposição legal, a ANEEL estimou um aumento significativo no valor a ser arrecadado por meio da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, e, mais, o Regulador atribuiu peso representativo ao fato à fonte biomassa, por serem projetos de maior porte (conforme item 19 da Nota Técnica em assunto). Com relação a isto, apresentamos as seguintes ponderações: (1) a nova disposição legal beneficiará exclusivamente novos empreendimentos, outorgados a partir de janeiro de 2016. Dado que a ANEEL entende que a referida Lei não abrange as ampliações de empreendimentos existentes, para o setor sucroenergético os benefícios trazidos pela Lei se restringirão apenas aos novos empreendimentos, com escala superior de injeção superior a 30.000 kW. (2) na condição explicitada em (1), o setor sucroenergético tem previsão de apenas uma nova unidade (greenfield) a ser instalada na safra 2016/17 e nenhum projeto greenfield está previsto em projeto para os próximos anos. Esse cenário vem desde 2011, pois de lá até hoje apenas sete greenfields foram implementados no setor sucroenergético. Projetos greenfields, que são, em essência, os efetivos beneficiários da alteração em Lei, somente retornarão quando houver a definição do papel do etanol e da bioeletricidade na matriz energética do país, aliada a uma política setorial estimulante e previsível para esses produtos bioenergéticos. (3) deve ser considerado ainda que em relação aos empreendimentos greenfields com energia comercializada no ACR não haverá aumento significativo no montante de subsidio a ser arrecadado por meio da CDE, referente à energia comercializada junto aos consumidores livres e especiais, uma vez que o agente é obrigado, usualmente, a comercializar no mínimo 70% da garantia física do empreendimento naquele ambiente, conforme as regras de edital de leilões regulados. Dadas as ponderações acima,

parcela da ampliação. Nos dados apresentados na NT 149/2016-SGT/SRGH, a estimativa de acréscimo de geração com direito a redução tarifária foi realizada a partir do parque gerador existente com desconto e os acréscimos percentuais anuais de fontes renováveis informados no Plano Decenal da EPE.

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solicitamos: 1) que a ANEEL apresente e esclareça, por tipo de fonte de geração, a memória de cálculo e os resultados que permitiram ao Regulador apresentar os motivos que o subsidiaram a afirmação disposta no item 24 da Nota Técnica nº 149/2016-SGT-SRG/ANEEL (“Em 8 anos, considerando o desconto mínimo de 50%, estima-se um aumento de 267% da receita associada ao desconto tarifário.”).

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Barra Grande de Lençóis S/A (* agrupadas pois a contribuição é

idêntica)

26. A Resolução Normativa nº 77/2004 necessita ser adequada ao novo comando da Lei nº 13.203/15 para considerar os empreendimentos maiores que 30.000 kW e menores ou iguais a 300.000 kW que forem autorizados após 1º de janeiro de 2016, ou que vendam energia em leilão realizado após 1º de janeiro de 2016. Consoante ao objetivo de se alcançar os novos empreendimentos, trata-se de leilão de energia nova (A-5, A-3, LER, dentre outros).

Não há. Trata-se de apresentar considerações e pedir esclarecimentos sobre o teor do “Texto/ANEEL”.

A Lei nº 13.203 de 8 de dezembro de 2015, inseriu o § 1o-A no art. 26 da Lei nº 9.427/1996, alterando o limite de injeção na rede, com direito à redução nas tarifas de uso do sistema, desde que sejam determinados empreendimentos que, in verbis, I – resultem de leilão de compra de energia realizado a partir de 1º de janeiro de 2016; ou II – venham a ser autorizados a partir de 1o de janeiro de 2016. Em nenhum momento, a redação da alteração promovida em Lei estabelece “leilões de energia nova”, mas sim a expressão “leilão de compra de energia realizado a partir de 1o de janeiro de 2016”. No marco regulatório do setor elétrico, existem leilões de compra de energia de empreendimentos existentes. No caso específico da fonte biomassa (CVU nulo), a metodologia de revisão da Garantia Física permite o reconhecimento de aumento de Garantia Física, por meio de ganhos em eficiência energética e/ou aumento de combustível, desde que a comercialização deste “delta” de Garantia Física se dê, por exemplo, em leilões de energia existente. Portanto, mesmo comercializando energia em leilão de energia existente, há investimentos significativos que são promovidos pelos agentes geradores e têm a viabilidade condicionada à venda em Leilão A-1. Desta forma, obedecendo ao disposto em Lei, solicitamos esclarecimentos sobre: (1) como a ANEEL tratará eventuais empreendimentos que comercializem energia em leilões de energia existente, conforme os dispositivos do edital e a partir de 2016? (2) quais serão os requisitos técnicos para comprovar que o empreendimento é resultante de leilão de compra de energia realizado a partir de 1º de janeiro de 2016?

Não aceita

A redução tarifária proposta na Lei tem por objetivo viabilizar a implantação de novos empreendimentos. Os empreendimentos existentes já se viabilizaram e não fazem jus ao desconto na tarifa. Os leilões tem data de realização definida em Portaria do MME. Ainda, os empreendimentos participantes e vencedores de cada certame são publicados pela CCEE e ANEEL.

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Barra Grande de Lençóis S/A (*

28. Deve-se também deixar claro na regra que não são alcançados pelos incisos II do § 1º e do § 1º-A da referida Lei as ampliações de empreendimentos existentes, pois

Não há. Trata-se de apresentar considerações e pedir esclarecimentos sobre o teor do

Entendemos que um dos objetivos do Legislador, ao promover as alterações no artigo 26 da Lei 9.427, de 26 de dezembro de 1996, foi garantir os benefícios da Lei

Aceita

Será considerado o desconto somente sobre a parcela da ampliação.

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53 agrupadas pois a contribuição é

idêntica)

o escopo das alterações se restringe a novas autorizações.

“Texto/ANEEL”. também para investimentos que resultem em aumento da capacidade instalada, não necessariamente ligado a novas outorgas, mas restringindo os benefícios àquele acréscimo. No setor sucroenergético, é usual investimentos em geração a partir da biomassa proporcionarem aumento de capacidade instalada, mas dentro de uma mesma outorga, pois estão em um mesmo sítio. Caso prevaleça o entendimento disposto pela ANEEL no item 28 da referida Nota Técnica, esses investidores serão incentivados a instaurar todo um processo moroso, custoso e burocrático para a obtenção de nova outorga, dentro de um mesmo sítio, para se enquadrar na Lei, sendo que o aumento de capacidade para o Sistema permanecerá o mesmo. Entendemos que a burocracia onerosa é desnecessária e pode ser evitada, dado que o objetivo é estimular o investimento em energia renovável e sustentável [que efetivamente ocorrerá]. Os custos de transação apenas contribuirão para onerar o investimento, distanciando-o da modicidade tarifária. Diante disto, para fins de regulamentação setorial, pedimos esclarecimentos se é possível aplicar os novos comandos legais também para a parte de empreendimento existente que venha a ser objeto de ampliação, com os benefícios supracitados restritos ao acréscimo da capacidade instalada. Sendo possível, a título de contribuição, sugerimos inserir o seguinte parágrafo no art. 2º-A na Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004: “§ X O empreendimento estabelecido no caput do art. 2º-A poderá ser caracterizado como parte de empreendimento existente desde que aquele venha a ser objeto de ampliação, independentemente da emissão de nova outorga, respeitando-se os incisos I e II do art. 2º-A, com os benefícios supracitados restritos ao acréscimo da capacidade instalada.”

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Barra Grande de Lençóis S/A (* agrupadas pois a contribuição é

idêntica)

9. Como o desconto será aplicado sobre uma parcela da demanda do empreendimento, esta condição deve ser refletida na energia comercializada, por meio da aplicação do desconto proporcional nas tarifas dos consumidores que adquirem esta energia.

Não há. Trata-se de apresentar considerações e pedir esclarecimentos sobre o teor do “Texto/ANEEL”.

A ANEEL estabeleceu que a operacionalização caberá a CCEE, posteriormente a publicação da REN. Há grandes preocupações de nossa Instituição com relação à: (1) regulamentação da aplicação do desconto da TUSD/T na energia comercializada. A Instituição entende que não pode haver um desconto único proporcional para a energia comercializada. Vale um exemplo: a usina que gera 40 MW deve vender 30 MW de Incentivada

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

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Especial com 50% de desconto e 10 MW de Convencional Especial sem desconto, e não 40 MW de Incentivada Especial com 37,5% de desconto. Um desconto único e “contaminado” poderia eventualmente inviabilizar o objetivo dos dispostos em Lei e prejudicar compromissos contratuais já firmados pelas usinas, além de causar transtornos no ACL; e (2) destinação final da energia entre ACR e ACL, quanto a sua classificação (I0 ou I5).

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Barra Grande de Lençóis S/A (* agrupadas pois a contribuição é

idêntica)

Art. 5º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia após a aprovação das Regras de Comercialização.

Art. 5º No caso do desconto aplicado aos consumidores por meio da comercialização de energia incentivada ou da energia incentivada destinada à autoprodução, as alterações dispostas neste regulamento terão eficácia impreterivelmente até o mês de referência de janeiro de 2017. Art. 6º As alterações dispostas neste regulamento deverão ser incorporadas nas Regras e Procedimentos de Comercialização de maneira a permitir a execução das disposições estabelecidas no art. 5º desta Resolução. Parágrafo único. Caso não sejam incorporadas as alterações nas Regras e Procedimentos de Comercialização no tempo necessário para cumprimento dos dispostos no art. 5º desta Resolução, fica a CCEE autorizada e obrigada a adotar Mecanismo Auxiliar de Cálculo – MAC para execução da contabilização. Art. 7º A CCEE deve apresentar para aprovação da ANEEL, em até 30 (trinta) dias da publicação desta Resolução, proposta das alterações necessárias nas Regras e Procedimentos de Comercialização mencionadas no art. 6º desta Resolução. Art. 8º No caso do desconto aplicado aos produtores de energia

De acordo com a ANEEL, a eficácia das alterações dispostas neste regulamento estará condicionada à edição de normativos que orientem a operacionalização, strictu sensu, dos novos comandos regulatórios trazidos pelas Leis 13.203/2015 e 13.299/2016. No direito público vigora o princípio da legalidade estrita, segundo a qual na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. As Leis 13.203/2015 e 13.299/2016 trazem estas autorizações – desde a publicação no Diário Oficial da União – para a aplicabilidade imediata de seus ditames quanto ao desconto na tarifa de uso dos sistemas de distribuição e transmissão para fontes incentivadas. Até pode-se compreender eventual dificuldade de aplicabilidade das referidas Leis, pelo menos no aspecto da comercialização da energia incentivada. Contudo, e até por isto, não podemos prescindir de estabelecermos um cronograma na própria Resolução Normativa quanto à eficácia dos efeitos das Leis 13.203/2015 e 13.299/2016. É importante, por exemplo, estabelecer uma data-base com pelo menos 45 dias de antecedência da data de sazonalização, para que a CCEE divulgue as Regras e Procedimentos de Comercialização, pertinentes a aplicabilidade das referidas Leis. O prazo supracitado é importante ser cumprido para que os agentes possam se adaptar as novas regras, inclusive considerando as obrigações contratuais existentes. Em síntese, no caso do desconto aplicado aos consumidores por meio da comercialização de energia incentivada, é prudente a ANEEL impor prazos regulamentares tanto para a CCEE quanto para a própria Agência que transmitam segurança e previsibilidade aos agentes envolvidos no tema e permitam a aplicabilidade dos ditames das Leis 13.203/2015 e 13.299/2016, homologadas pelo Congresso Nacional. No caso do desconto na

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, resultante da solicitação do interessado e da análise dos requisitos para a definição do desconto, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras (resolução normativa). A Lei carece de regulamentação e, portanto, não é autoaplicada imediatamente.

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incentivada, autorizados pela ANEEL, as alterações dispostas neste regulamento em face da publicação da Lei nº 13.203, de 8 de dezembro de 2015, e da Lei nº 13.299, de 21 de junho de 2016, terão eficácia a partir do mês subsequente ao da publicação das referidas Leis.

TUSD/TUST aplicado aos produtores de energia incentivada, pela regulamentação vigente, não são necessárias as verificações feitas pelas Regras de Comercialização, uma vez que o resultado da matriz de energia incentivada refere-se ao desconto aplicado ao consumidor, resultante da comercialização desta energia. Logo, entende-se que o desconto incidente na TUSD/TUST dos produtores de energia incentivada concedido pela Lei nº 13.203/2015 e nº 13.299/2016 são autoaplicáveis, não havendo a necessidade de alteração das Regras de Comercialização.

66 Concemig

O Conselho é inteiramente favorável à proposta da ANEEL de manutenção dos percentuais de descontos de TUSD e TUST ora aplicados para os novos empreendimentos abrangidos pelas referida Leis 13203/2015 e 13299/2016.

A abrangência dos empreendimentos enquadráveis nos descontos de TUSD e TUST tem aumentado de forma sistemática, implicando em volumes cada vez maiores de subsídios a serem bancados pelos consumidores cativos via CDE. O Conselho entende como válidos alguns incentivos, especialmente os destinados às fontes renováveis. Todavia entendemos também que é hora de limitar estes subsídios, evitando que cresçam exponencialmente. Há que se levar em conta também que para os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste o ônus com o aumento da CDE é ainda maior, em função do critério de rateio do referido encargo entre regiões.

Aceita

Concorda com a proposta apresentada na AP.

67 CPFL Energia

§2º ............................................................. § 3º. No caso de empreendimentos destinados à autoprodução, somente terão direito ao desconto aqueles que entrarem em operação comercial, comprovada em ato expedido pela ANEEL, a partir de 1º de janeiro de 2016.”

“§ 3º. No caso de empreendimentos destinados à autoprodução, somente terão direito ao desconto aqueles que entrarem em operação comercial,comprovada em ato expedido pela ANEEL, a partir de 1º de janeiro de 2016. Contudo, os descontosserão aplicados a partir do 1º ciclo de faturamento após a publicação desta resolução.”

A adequação do texto é necessária para explicitar que o desconto só será válido a partir da data da publicação da resolução, para não restar dúvidas ou gerar pleitos futuros de concessão de desconto retroativo a janeiro/2016.

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, resultante da solicitação do interessado e da análise dos requisitos para a definição do desconto, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras (resolução normativa). Dependerá também da aprovação das Regras de Comercialização. Para concessão do desconto aos autoprodutores será verificada a data de entrada

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em operação comercial da usina.

68 CPFL Energia

“Art. 3º (...) I - aqueles com o referido percentual de redução, para a produção, já estabelecido em ato autorizativo e que iniciaram a operação comercial até 31 de dezembro de 2003, conforme Resolução nº 281, de 1999;

"Art. 3° ( ... ) I – aqueles com o referido percentual de redução, para a produção, já estabelecido em ato autorizativo e que iniciaram a operação comercial até 31 de dezembro de 2003, conforme Resolução nº 281, de 1999, e Resolução nº 506, de 2012;

A Resolução 281, de 1999, unificava as condições gerais de contratação do acesso aos sistemas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. A partir de 2012, a contratação do acesso foi dividida em duas resoluções distintas, permanecendo a ReN 281/1999 tratando apenas do acesso às Transmissoras e a ReN 506/2012 do acesso às Distribuidoras. Assim, consideramos oportuno corrigir a referência aos regulamentos.

Não aceita

A citação à Resolução 281/99 não versa sobre a regra de contratação mas ao antigo direito ao desconto disposto no seu artigo 22.

69 CPFL Energia Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

“Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Contudo, as distribuidoras de energia terão o prazo de 120 dias, a partir da data de publicação desta resolução para ajustar os seus processos e sistemas às novas regras estabelecidas.”

O prazo é necessário para a adequação dos sistemas comerciais, considerando a complexidade dos ajustes necessários.

Não aceita

Não vemos necessidade de adequação de sistemas. Trata-se de apenas ajustes na relação de beneficiários.

70 EDP Energias

Entende-se adequado limitar a aplicação do desconto ao percentual mínimo de 50%, de forma a dar o cumprimento da Lei nº 13.299/2016.

Aceita

Concorda com a proposta da ANEEL e apresenta considerações sobre o tema.

71 EDP Energias

A EDP acredita que será necessário um tratamento nas regras de comercialização, para que o porte das usinas seja respeitado, e isso não interfira na comercialização de energia especial.

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

72 Elektro

(i) mantenha os descontos no limite mínimo, conforme proposta das NTs 149/2016 e 226/2016 – SGT-SRG/ANEEL

Aceita

Concorda com a proposta da ANEEL e apresenta considerações sobre o tema.

73 Elektro

(ii) reveja a fórmula de cálculo das compensações por transgressões técnicas e comerciais, limitando-se à utilização da TUSD Fio B como base de cálculo. Isso porque tais compensações são calculadas com base na tarifa de uso do sistema de distribuição, que abrange a TUSD Encargos, com a componente CDE. Assim sendo, é possível observar casos em que, embora a distribuidora tenha mantido ou melhorado os indicadores de qualidade, o pagamento de compensações dobrou em 2015.

Não considerada Não é escopo da Audiência Pública

74 Esfera Energia

Texto da minuta de REN da Nota Técnica nº 226/2016: “Art. 5º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia após a aprovação das Regras de Comercialização. ”

“Art. 5º As alterações dispostas neste regulamento terão eficácia após a aprovação das Regras de Comercialização, no

Pela regulamentação vigente, o desconto das usinas repassado aos consumidores por meio da comercialização de energia incentivada é resultante das Regras de Comercialização, através da checagem dos recursos e requisitos

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a

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caso do desconto aplicado aos consumidores por meio da comercialização de energia incentivada ou da energia incentivada destinada à autoprodução, e no mês subsequente ao da aprovação desta Resolução, no caso do desconto aplicado aos produtores de energia incentivada, autorizados pela Aneel. ”

de lastro de energia incentivada, processados pelo cálculo da matriz de desconto da comercialização de energia incentivada. Assim, como a Lei nº 13.203/2015 e da Lei nº 13.299/2016 alteram os limites de potência das usinas que são passíveis de desconto na TUSD/TUST, é matéria das Regras de Comercialização definir como os efeitos de tais leis serão aplicados no lastro para venda dessas usinas ou no lastro destinado à autoprodução, além dos seus respectivos efeitos no resultado da matriz de desconto de comercialização de energia incentivada. Entretanto, no caso do desconto na TUSD/TUST aplicado aos produtores de energia incentivada, 2 pela regulamentação vigente, não são necessárias as verificações feitas pelas Regras de Comercialização, uma vez que o resultado da matriz de energia incentivada refere-se ao desconto aplicado ao consumidor, resultante da comercialização desta energia. Logo, entende-se que o desconto incidente na TUSD/TUST dos produtores de energia incentivada concedido pelas Leis nº 13.203/2015 e nº 13.299/2016 são autoaplicáveis, mediante a autorização da Aneel, não havendo a necessidade de alteração das Regras de Comercialização. Deste modo, como por exemplo, uma usina à biomassa de 250 MW de MUSD/MUST contratado, autorizada após 1º de janeiro de 2016, possuirá desconto de 50% (Lei nº 13.203). E no caso de uma usina à biomassa de 40 MW de MUSD/MUST contratado, autorizada antes de 1º de janeiro de 2016, possuirá 50% desconto sobre 30 MW e 0% de desconto sobre 10 MW, resultando num desconto ponderado de 37,5% sobre 40 MW (Lei nº 13.299). Como as distribuidoras e o ONS possuem os dados da medição injetada pelos os agentes de geração, em caso de ultrapassagem dos limites de potência injetada estabelecidos nas Leis citadas, tanto as distribuidoras como o ONS não aplicariam os descontos nas faturas emitidas.

central geradora em ato da ANEEL, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras de comercialização (resolução normativa).

75 FG AGRO

Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004: “Art. 2º-A Fica estipulado aos empreendimentos a que se refere o art. 1º, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e menor ou igual a 300.000 kW o percentual de redução de 50%

1. Entendemos que para a TUSD / TUST a cobrança pela Distribuidora / Transmissora do Gerador, o tratamento do Desconto será de fácil apuração: Exemplo: TUSD/T Contratada

Definir com antecedência os critérios para tratamento da parcela com Desconto e sem desconto.

Não considerada

A matéria está sendo tratada no âmbito da AP 67/2016.

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(cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, desde que atenda a uma das seguintes condições: I – o empreendimento comercialize energia em leilão de compra de energia nova realizado a partir de 1º de janeiro de 2016; ou II – o ato autorizativo do empreendimento seja posterior a 1º de janeiro de 2016.”

de 150.000 kW Desconto 50% sobre 30.000 kW Sem desconto sobre 120.000 kW 2. No entanto, para o desconto da parcela de exportação, vinculada aos contratos de venda, precisamos estabelecer os critérios para aplicação do Desconto da TUSD/T para a comercialização da energia, se haverá alguma prioridade entre ACR e ACL. Exemplo: Gerador exporta 50 MW e possui 20 MW de contratos no ACR. ( ) 50 MW de energia com 25% desconto, ou; ( ) 10 MW de energia 50% para ACL+ 20 MW de energia I-zero, ou; ( ) 30 MW de energia 50% para o ACL e os 20 MW do ACR não tem desconto. 3. Se gerador exportar 300 MW, terá 30 MW de I50% e 270 MW de I-Zero?

76 FG AGRO

Sugerimos que seja tratada também o Artigo 2.o da Lei 13799 de 21 de junho de 2016, que incluiu o parágrafo 1.o B no Artigo 26 da Lei 9.427 de 26 de dezembro de 1996: § 1o-B. Os aproveitamentos com base em fonte de biomassa cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e menor ou igual a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts) que não atendam aos critérios definidos no § 1o-A, bem como aqueles previstos no inciso VI do caput, terão direito ao percentual de redução sobre as tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de

Apesar de não ser objeto desta Audiência Pública, entendemos que trata-se do mesmo assunto com as mesmas implicações.

Aceita

O assunto foi tratado em Nota Técnica complementar da AP.

Page 46: Nota Técnica nº 381/2016-SGT/SRG/SCG/ANEEL Processo: … · 2016-12-01 · 5. De forma a adequar o regulamento ao novo comando legal, foi expedida a Resolução Normativa - REN

distribuição previsto no § 1o, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 kW (trinta mil quilowatts) de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição.

77 Votorantim

Art. 1º Os arts. 1º, 2º e 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW. § 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual de redução deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor, caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação. (...)”

Art. 1º Os arts. 1º, 2º e 3º da Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW. § 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual de redução deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor., caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação. O ato resultante da solicitação deverá ser publicado em até 30 (trinta) dias contados da referida solicitação, sendo que o percentual de redução será aplicado a partir da data de protocolo da solicitação pelo empreendedor. (...)”

Não aceita

O desconto somente será efetivo após a definição do direito do desconto específico para a central geradora em ato da ANEEL, resultante da solicitação do interessado e da análise dos requisitos para a definição do desconto, o que somente poderá ocorrer após a definição das regras (resolução normativa). O estabelecimento de prazo para a administração é impróprio.

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