nosso campus #12 - julho 2014

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As TICs na educação A Independência da Bahia no contexto brasileiro Vídeo em Libras aborda o universo estudantil no câmpus NOSSO Informativo mensal do Câmpus de Salvador campus Jul 2014 Ano 2 N° 12

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Informativo mensal do IFBA Câmpus Salvador

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Page 1: Nosso Campus #12 - Julho 2014

As TICs na educação

A Independênciada Bahia no contexto brasileiro

Vídeo em Librasaborda o universo estudantil no câmpus

NOSSOInformativo mensal do Câmpus de Salvador

campusJul 2014 Ano 2 N° 12

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2 Julho 2014

Com a palavra...

Reitora pro tempore Aurina Santana, Diretor Geral do Câmpus Salvador Albertino Nascimento, Chefe da Divisão de Comunicação Andréa Costa - DRT-BA 1962, Jornalista responsável Verusa Pinho - DRT -BA 3546, Reportagem Gabriela Cirqueira e Verusa Pinho, Projeto gráfico Gustavo Pontas, Diagramação Felippe Moura e Lilian Caldas, Revisão Andréa Costa, Apoio administrativo Valdinice Alcântara, Impressão Grasb | Periodicidade Mensal, Tiragem 1.000 exemplares, Circulação Câmpus Salvador e Reitoria | Endereço Rua Emídio dos Santos, s/n, Barbalho - Salvador/BA, CEP: 40301-015 | Telefone (71) 2102-9509 | Facebook IFBA_Salvador_Oficial | Site www.ifba.edu.br | E-mail [email protected]

A internet é um serviço, uma estrutura, um ambiente, que está cada dia mais presente e influen-te em nossas vidas. Os aparelhos portáteis, por exemplo, cada vez menores e mais poderosos, têm tornado as pessoas dependentes, profissional e psicologicamente, da tecnologia.

Tendo nas redes sociais o seu maior exemplo, a internet permite que pessoas se conheçam, aproxi-mem e se reaproximem, mante-nham contatos profissionais e que se exponham como nunca antes. Permite, também, o acesso, a gera-ção e a difusão de conhecimentos, uma vitrine na qual o ser humano é um dos produtos expostos.

É senso comum que a inter-net é uma “terra de ninguém”, sem qualquer tipo de regulação, o que não constitui uma realidade. O Bra-sil, por exemplo, sentiu a necessi-dade de legislar o que acontece na rede e definir as responsabilidades legais, inclusive dos prestadores de serviço e do poder público. A falta de legislação era um empecilho e deixava brechas para a prática de atos ilícitos.

No documento enviado pela Subchefia de Assuntos Parlamen-

tares à presidente Dilma Rousseff, há informações de que o Brasil ti-nha, na época [em 2011], “sessen-ta e oito milhões de internautas, com taxa de crescimento de mais de um milhão a cada três meses”. São bons números, mas, ao mes-mo tempo, preocupantes, porque

manos e à diversidade, conforme consta no seu art. 2º. O capítulo II delimita os direitos dos usuá-rios, garantindo, principalmente, a inviolabilidade da intimidade e o sigilo do acesso. Na sequência, o capítulo III regula a provisão de co-nexão e aplicações na internet, com base na neutralidade e isonomia de transmissão, comutação ou rotea-mento de pacotes. Já nos capítulos X e XI, são respeitadas a guarda e a disponibilização dos registros de acesso, preservando a privacidade do internauta.

A lei em questão se mostra como um grande avanço para a so-ciedade brasileira, permitindo uma ação mais contundente da justiça nos casos ilícitos. Há muitos avan-ços a serem alcançados, tais como uma melhor educação e iniciativas de inclusão digital - além da formal - e a melhoria das estruturas de te-lecomunicação. O Marco Civil da internet é uma ferramenta impor-tante, mas não deve ser usada para subjugar a liberdade, o direito e a justiça. O respeito a esses conceitos deve ser o seu principal objetivo.

Ronaldo PedreiraProfessor de informática

mostram que providências legais e estruturais seriam necessárias para monitorar as relações virtuais e ga-rantir os direitos e deveres de usu-ários, provedores de acesso, aplica-tivos e dos órgãos governamentais.

A Lei 12.965/14, conhecida como Marco Civil da internet, tem por fundamento o respeito à liber-dade de expressão, aos direitos hu-

“A falta de legislação era

um empecilho e deixava brechas

para a prática de atos ilícitos”

Envie o seu artigo, de 30 a 40 linhas, ou sugestão de pauta para [email protected], com nome completo, curso ou setor, além de contatos telefônicos. Serão desconsideradas as produções de caráter político-partidário e/ou religioso, bem como conteúdos preconceituosos e depreciativos a grupos e/ou pessoas.

Um passo para legislar o incontrolável

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Cultural

O Dois de Julho imprime sua marca

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Por meio da Lei nº12.819/2013, o Dois de Julho passou de celebração local para data histórica do calendá-rio nacional, consolidando o dia da Independência da Bahia como um dos principais destaques na luta pela libertação do Brasil da condi-ção de colônia portuguesa. Mesmo com a declaração oficial de 1822 às margens do rio Ipiranga em São Pau-lo, foi em terras baianas que nomes, como Maria Quitéria e Joana Angé-lica, marcaram o movimento pre-cursor de emancipação do país, que durou de 1821 a 1823.

Com projeto de doutorado na Universidade de Évora, em Portugal, a professora de história do Câmpus Salvador Laís Viena analisa as par-ticularidades das celebrações dos estados da Bahia e de Goa (Índia). Para a docente, as comemorações do Dois de Julho são uma relevante celebração da identidade política e histórica baiana. “Os festejos são re-

pletos de simbolismos, que buscam retratar o processo de independên-cia da Bahia. A festa também tem se mostrado como um importante lu-gar de debates e protestos, que, na maioria das vezes, ocupa pequeno espaço nos relatos jornalísticos, mas segue no cerne do Dois de Julho, quando a população baiana vai às ruas lutar por seus direitos.”

A professora salienta, ainda, o papel crucial da Bahia no processo de rompimento com o domínio de Portugal. “Muitas vezes a história do Brasil conta a independência como um grande acordo político inter-nacional e nulo em manifestações populares. Na disciplina de história, costumamos indagar ‘e se a Bahia tivesse permanecido fiel a Portugal? Como pensaríamos o Brasil territo-rialmente, politicamente e cultural-mente sem a Bahia?’ O Dois de Julho foi uma afirmação das províncias, assim como ocorreu no Piauí e Ma-ranhão, do desejo em se separar de Portugal”, explica.

Quanto à participação popular nas lutas pela independência, no-mes femininos como Joana Angéli-ca e Maria Quitéria ganharam no-toriedade. A professora de história do câmpus Vera Nathalia Silva cita, também, a importância de outras mulheres esquecidas pelos livros.

“Considerando que as mulheres estiveram ausentes na história

oficial por tanto tempo, o desta-que dado a essas personagens

é fundamental, porém não podemos esquecer que

muitas outras continuam esquecidas. A luta em

uma guerra se dá, do

mesmo modo, por pequenos gestos de resistência e apoio ao movimen-to. Algo que muitas mulheres, de diferentes classes sociais, etnias e idades fizeram”, ressalta.

A opinião é compartilhada pela colega Laís Viena: “Na escrita da história tradicional, tantas vezes machista e misógina, a mulher apa-rece vitimizada. Além das já citadas e conhecidas pelos baianos, mui-tas outras personagens estiveram à frente das lutas. Um exemplo é Maria Felipa de Oliveira, negra ita-paricana, que participou ativamente dos combates, ajudando a impedir o desembarque de tropas portugue-sas na ilha e organizando o envio de mantimentos para as lutas na região do Recôncavo.”

Hoje, o cenário do Brasil conti-nua marcado por protestos e mani-festações para melhorias no país. A professora Vera destaca que a par-ticipação popular no movimento baiano de emancipação serve como inspiração para a capacidade de mo-bilização contemporânea. “Em tem-pos de descrédito com a classe políti-ca, o Dois de Julho nos leva a pensar sobre a responsabilidade de cada um de nós na condução dos destinos de nosso país enquanto cidadãos.”

A docente Laís completa a de-claração: “Em uma análise da polí-tica atual, o dia 2 de julho deve ser debatido, discutido e relembrado por quem faz política e história - to-dos nós. A Independência do Brasil na Bahia traz uma ideia de luta e combate, contrariando a visão can-tada no hino nacional de que o povo brasileiro sempre esteve deitado em berço esplêndido”, conclui.

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“As tecnologias têm encurtado distâncias, modi�icado a ideia de espaço e criado novas possibilidades para o ensino”

Em um mundo cada vez mais tecnológico, as insti tuições de ensino têm se adaptado ao uso das conhecidas tecnologias da informação e comunicação (TICs) em sala de aula. Desde 2010, o Grupo de Pesquisa em Educação e Tecnologias (GPETec) do Câm-pus Salvador do IFBA desenvol-ve trabalhos sobre o impacto da tecnologia no processo de ensino e aprendizagem, com destaque para a análise dos sujeitos sociais, tais como o estudante e o profes-sor.

Com sede em Salvador, a equipe, formada, especialmen-te, por doutores e doutorandos, também agrega pesquisadores do Câmpus Simões Filho. Além de parti cipar de eventos cientí fi -cos, nacionais e internacionais, e realizar diversas publicações em revistas indexadas e classifi cadas no sistema Qualis de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamen-to de Pessoal de Nível Superior (Capes), o grupo já publicou livros de autoria própria, bem como em coautoria com pesquisadores de outras insti tuições, como a obra “Educação e formação: diferen-tes contextos”, lançada, este ano, pela Edufb a.

A equipe do Nosso Campus entrevistou Romilson Sampaio,

coordenador do GPETec, que destaca como as tecnologias mu-daram a relação do ser humano com o mundo, especialmente no espaço educati vo, além da res-ponsabilidade das escolas e dos docentes quanto ao seu uso.

NC - Como o GPETec avalia a relação das TICs no dia a dia de uma insti tuição de ensino?

RS - Atualmente, os estudan-tes já estão habituados a lidar com as tecnologias digitais. É pre-ciso que a escola se aproprie des-sa linguagem para acompanhar a cultura do seu tempo, impedindo que haja um descompasso entre o contexto acadêmico e o mun-do fora dos de seus muros. Nesse senti do, uma insti tuição e seus professores precisam estar pre-parados para a uti lização dessas tecnologias, explorando suas po-tencialidades na educação.

NC - Quais estudos já foram desenvolvidos pelo grupo e a que resultados chegaram?

RS - Realizamos diversas pesquisas sobre a uti lização das tecnologias digitais no proces-so de ensino e aprendizagem. Uma delas trata da sua uti liza-ção como um recurso mediador para a cooperação entre crian-ças. Já publicamos os resultados dessa pesquisa em congressos,

livros e revistas, dentre os quais se destaca o arti go “Aprenden-do matemáti ca com objetos de aprendizagem”, publicado na Revista Ciências & Cognição [pe-riódico cientí fi co multi disciplinar que publica produções de auto-res nacionais e internacionais e disponibiliza o conteúdo de forma gratuita]; e o capítulo “Crianças e objetos digitais de aprendiza-gem: refl exões práti cas” do livro “Educação e formação: diferentes contextos”, que e tem como or-ganizadora a professora Ana Rita Almeida, vice-líder do GPETec.

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“As tecnologias têm encurtado distâncias, modi�icado a ideia

possibilidades para o ensino”

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NC - Quais os principais de-safi os enfrentados pelos docen-tes ao explorarem os recursos tecnológicos nas suas discipli-nas?

RS - Um dos grandes desafi os é a falta de preparação da escola e dos docentes para o correto uso pedagógico dessas tecnologias, pois não podemos ter a ilusão de que a simples uti lização de tecno-logias digitais é o sufi ciente para melhorar o processo de ensino--aprendizagem. Como destaca o professor Fernando Almeida da PUC-SP [Ponti fí cia Universidade Católica de São Paulo], a tecnolo-gia potencializa o que existe, ou seja, se existe um programa de baixa qualidade educacional, essa tecnologia irá apenas potenciali-zar essa baixa qualidade, pois ela não tem o poder de consertá-la, como algumas pessoas podem acreditar.

NC - De que maneira o uso de tecnologias auxilia no proces-so de ensino e aprendizagem? Há malefí cios nessa relação?

RS - Existem diversas formas de uti lização, tais como a internet, para fazer pesquisas e trazer novi-dades para a discussão em sala de aula; soft wares educati vos, para aprofundar determinados assun-tos discuti dos pelo professor; am-bientes virtuais de aprendizagem, permiti ndo extrapolar os limites da sala de aula, dentre outras. Com relação aos benefí cios ou malefí cios dessa uti lização, salien-tamos que a tecnologia não pode ser responsabilizada pelo sucesso ou fracasso do processo de ensino e aprendizagem, pois a responsa-bilidade está no uso que é feito dela. Se existe uma boa proposta pedagógica nessa uti lização, os resultados tendem a ser positi vos.

NC - Quais recursos são ofe-recidos pelo IFBA para dinamizar as aulas?

RS - Os recursos oferecidos são diversos, como laboratórios de informáti ca, datashow e in-ternet, com ambiente virtual de aprendizagem.

NC - Existem ati vidades co-ordenadas pelos docentes do câmpus que incenti vem a uti liza-ção de ferramentas tecnológicas para troca de conhecimento com os alunos?

RS - As tecnologias mudaram as relações humanas com o mun-do e, consequentemente, com o espaço educati vo. Vários artefatos foram incorporados à dinâmica acadêmica e infl uenciaram o pro-cesso de ensino e aprendizagem. Do mesmo modo, a presença das tecnologias digitais da informação e comunicação no coti diano das pessoas é uma realidade da qual a escola não pode fugir. As tecno-logias têm encurtado distâncias, modifi cado a ideia de espaço e criado novas possibilidades para o ensino, como é o caso da edu-cação a distância. Já em relação à aprendizagem, é inegável que as tecnologias mudaram as relações com o conhecimento, pois dispo-mos de recursos digitais que, se uti lizados com um planejamento, confi guram-se em novas formas de linguagem, novos signos, que nos permitem interagir e apren-der. O fato é que a tecnologia precisa ser bem uti lizada, seja nos ambientes formais, como a esco-la, seja em espaços informais. En-fi m, não é a tecnologia em si que modifi ca o modo de aprender, mas o uso que os envolvidos no processo de aprendizagem fazem dela. Afi nal, a aprendizagem é um processo que envolve uma intera-ção com a realidade, com outras pessoas e ela se torna ainda mais proveitosa, do ponto de vista pe-dagógico, quando se pode conci-liar com a tecnologia.

RS - Sim. Temos como exem-plo os professores que uti lizam o ambiente virtual de aprendizagem (Moodle) e alguns professores que uti lizam soft wares educati vos para aprofundar determinados assuntos com os alunos, através de repositórios de recursos digi-tais, como o Banco Internacional de Objetos Educacionais (Bioe), do Ministério da Educação (MEC).

NC - De que modo o avanço tecnológico mudou a perspecti va de aprendizado na contempora-neidade?

“Não é a tecnologia em si que modi�ica o

modo de aprender, mas o uso que os envolvidos

no processo de aprendizagem

fazem dela”

NC - Quais os principais de-safi os enfrentados pelos docen-tes ao explorarem os recursos tecnológicos nas suas discipli-nas?

RS - é a falta de preparação da escola e dos docentes para o correto uso pedagógico dessas tecnologias, pois não podemos ter a ilusão de

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proveitosa, do ponto de vista pe-dagógico, quando se pode conci-liar com a tecnologia.

) e alguns professores educati vos

para aprofundar determinados assuntos com os alunos, através de repositórios de recursos digi-

Banco Internacional (Bioe),

do Ministério da Educação (MEC).NC - De que modo o avanço

tecnológico mudou a perspecti va de aprendizado na contempora-

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Curtas

A Comissão Interna de Sustentabilidade Am-biental (Cisa) do Câmpus Salvador do IFBA foi tema de monografia defendida por Tatiane Muniz, na es-pecialização de gestão ambiental em municípios da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Com o título “Gestão ambiental nas instituições de en-sino: desafios da implantação da Comissão Interna de Sustentabilidade do Instituto Federal da Bahia (Câmpus Salvador)”, o estudo descreve aspectos positivos e desafios da Cisa em seu primeiro ano de existência, por meio de entrevistas com servidores e estudantes, que destacaram o Nosso Campus como uma das principais fontes de informação so-bre a comissão.

Cisa

A Diretoria Adjunta de Engenharia e Manu-tenção do Câmpus Salvador (Demag) informa que, em junho deste ano, ocorreu a limpeza de 15 re-servatórios de armazenamento de água potável da instituição. A ação foi desenvolvida por empresa especializada. Os procedimentos operacionais pa-dronizados verificaram o controle de potabilidade da água, em conformidade com as exigências da le-gislação sanitária federal, estadual e do município.

Tanque limpoAo contrário do que foi divulgado na página 8, da

edição de junho do Nosso Campus, a professora de in-glês Fabrícia Andrade assumiu a Assessoria Internacio-nal do Câmpus Salvador, desde abril deste ano, substi-tuindo a professora de português Catiane Rocha. Além de [email protected], há mais um e-mail para contato com o setor: [email protected]. E as mudanças não param por aí. O horário de funcionamen-to foi ampliado: de segunda a sexta-feira, permanece o atendimento pela tarde, das 14h às 18h, e nas terças e quartas, inclui o turno da manhã, das 8h30 às 12h.

Ops...!

“Controle de qualidade em mamografia e hu-manização no atendimento.” Esse é o tema que está sendo debatido durante o ciclo de palestras do Programa de Radiologia e Saúde da Mulher, do Câmpus Salvador do IFBA, desde o dia 12 de julho. São oferecidas 100 vagas por palestra, destina-das a estudantes e profissionais de radiologia. Os encontros acontecerão sempre aos sábados e se-guem até o dia 30 de agosto. Haverá certificado de participação, enviado posteriormente por e-mail. Os interessados podem conferir a programação completa pelo site www.radiologia.ifba.edu.br, onde também é possível efetuar a inscrição.

Palestras

Três estudantes do Câmpus Salvador - Paulo Rober-to Sousa, 4º ano de eletrotécnica; Ronaldo Xavier, 3º ano de mecânica, e Catarina Serafim, 2º ano de edificações -, orientados pela professora de história Virna Moreira, elaboraram perfil sobre a ditadura militar, a partir de en-trevista com o professor de geografia Helmut Schwar-zelmuller. O trabalho é fruto da participação do grupo na 6ª Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB). Apesar de não chegarem à última fase da competição, que acontecerá no mês de agosto, em Campinas, no es-tado de São Paulo, os jovens decidiram compartilhar o conteúdo do texto, levando em consideração que 2014 é um momento histórico, por relembrar os 50 anos do regime militar no país. Segundo Helmut, que conviveu com a censura instaurada naquele período, o que restou da ditadura foi o comportamento dos agentes policiais. Confira o conteúdo completo do perfil no Portal IFBA.

Perfil da ditadura

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Saberes in prática

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O outro lado do somO ensino da língua portuguesa ganha, diariamente,

novas perspecti vas com a professora Joseane do Santos, que leciona a disciplina para estudantes surdos, no Câm-pus Salvador do IFBA. Fruto de uma ati vidade avaliati va da matéria no últi mo ano leti vo, o DVD “O aluno surdo no IFBA” explora o mundo visual da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para mostrar como os surdos se comuni-cam, e apresenta aos novos estudantes, com a mesma necessidade específica, espaços e atividades essenciais no cotidiano escolar.

O trabalho foi desenvolvido por quatro estudantes surdos do 1º ano do ensino técnico integrado, que reali-zaram pesquisas sobre a história do Insti tuto e entrevistas com gestores e demais servidores, a fi m de apresentar aos calouros a trajetória da insti tuição, com suas mudanças de nomenclatura, além de aspectos do Manual do Aluno. O produto fi nal, um DVD, não possui qualquer ti po de áudio, apenas imagens traduzidas para Libras.

Segundo a professora Joseane, a ideia surgiu da di-fi culdade que os alunos ti nham para se localizar dentro do câmpus e se tornou uma proposta de inclusão. “Es-távamos trabalhando conteúdos sobre gêneros textuais, como entrevistas, então listei os assuntos que ti nham semelhança e sugeri a elaboração de um trabalho que os aproximasse dos diversos espaços insti tucionais.”

A docente pretende tornar a ati vidade uma forma de avaliação permanente na disciplina. “Neste semestre, os calouros já estão cobrando a parti cipação na produção.

O trabalho obteve uma repercussão que não imagináva-mos. Já estamos pensando em incluir legenda em língua portuguesa, menu interati vo e outros detalhes nos próxi-mos vídeos”, destaca.

O estudante de eletrônica André Luís, responsável pela edição do material, em parceria com o colega André Paiva, reforça que a produção do vídeo está baseada na necessidade de recepcionar os calouros surdos. “Os novos alunos não conhecem os seus direitos na insti tuição, a his-tória do IFBA e os diversos recursos que ele oferece, como monitorias e atendimento do NAPNE [Núcleo de Atendi-mento às Pessoas com Necessidades Educacionais Especí-fi cas]. Pelo nosso DVD, eles poderão conhecer o Insti tuto e os locais de apoio e orientação”, comenta.

O jovem ressalta que a produção do vídeo serviu para superar desafi os e conhecer melhor a própria língua portuguesa. “Fizemos as gravações na língua de sinais, mas escrevíamos os textos em português. Também não sabíamos como organizar os programas ou fazer cortes nas imagens gravadas, então estudamos mais o portu-guês e cada um desses detalhes, que são pequenos, mas fundamentais para o trabalho”, conclui.

No início deste ano leti vo, os jovens apresentaram o DVD aos recém-chegados ao Insti tuto e entregaram cópia da produção para setores como a Diretoria de Ensino e a Diretoria Adjunta Pedagógica e de Atenção ao Estudante. Os interessados em assisti r ao vídeo podem se dirigir ao NAPNE, onde há um exemplar disponível para consulta.

Alunos surdos produzem DVD em Libras

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de avaliação permanente na disciplina. “Neste semestre, os calouros já estão cobrando a parti cipação na produção.

Os interessados em assisti r ao vídeo podem se dirigir ao NAPNE, onde há um exemplar disponível para consulta.

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Canal do Estudante

Único representante da Bahia dentre os quatro melhores rendimentos da X Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), o jovem Thiago Matheus Rios, estudante do 4º ano do curso técnico integrado de quími-ca, no Câmpus Salvador do IFBA, parti cipou da competi ção internacional na Indonésia de 6 a 13 de julho. Além de provas teóricas, Thiago teve a oportunidade de realizar trei-namento intensivo no Rio de Janeiro, de 25 a 31 de maio, quando recebeu medalha e kit educacional, contendo material de estu-do, mochila, pen drive e jaleco.

“Minha preparação para a olimpíada, desde a primeira fase, foi com os livros da biblioteca do IFBA, além das aulas de bio-logia. Fora isso, alguns slides e aposti las dos anos anteriores que eu ti nha guardado também me ajudaram. Obviamente, a pes-quisa das provas e de certos assuntos na web foi de suma importância, já que mui-tas questões da OBB são mais específi cas e não se encontram nos livros do ensino mé-dio. Fiquei muito animado com a 25ª Olim-píada Internacional de Biologia, pois este é um ano comemorati vo para o evento e a Ilha de Bali é simplesmente maravilhosa. Estou muito orgulhoso de mim mesmo!”, relata o jovem, que já foi medalhista das

olimpíadas Norte/Nordeste de Química (ONNeQ) - com o bronze - e Brasileira de Química (OBQ) - onde conquistou ouro -, ambas em 2013.

A docente Roberta Lordelo, in tegrante do Departamento de Tecnologias em Saúde e Biologia do câmpus, destaca o incenti vo que a olimpíada oferece aos jovens na bus-ca do conhecimento, e completa: “Estamos muito felizes enquanto professores pela realização do Thiago e do IFBA, insti tuição que temos muito orgulho de fazer parte.”

Thiago é o único baiano na final da Olimpíada

olimpíadas Norte/Nordeste de Química (ONNeQ) - com o bronze - e Brasileira de Química (OBQ) - onde conquistou ouro -,

A docente Roberta Lordelo, in tegrante do Departamento de Tecnologias em Saúde e Biologia do câmpus, destaca o incenti vo que a olimpíada oferece aos jovens na bus-ca do conhecimento, e completa: “Estamos

Thiago é o único baiano na final da Olimpíada

olimpíadas Norte/Nordeste de Química (ONNeQ) - com o bronze - e Brasileira de Química (OBQ) - onde conquistou ouro -,

A docente Roberta Lordelo, in tegrante do Departamento de Tecnologias em Saúde e Biologia do câmpus, destaca o incenti vo que a olimpíada oferece aos jovens na bus-ca do conhecimento, e completa: “Estamos

Thiago é o único baiano

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Delegação brasileira na Indonésia

“Estou muito orgulhoso”, comemora o estudante