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EPIDEMIOLOGIA, DIANÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLO Normatização de Trabalhos Científicos 2011

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EPIDEMIOLOGIA, DIANÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLONormatização de Trabalhos Científicos

2011

Normatização de Trabalhos Científicos

� Doutorado pela Faculdade de Medicina da USP

� Revisor de Revistas Internacionais (HEART e Maturitas)

� Revisor da Revista da Associação Médica Brasileira

� Professor de Metodologia Científica

� Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da FMC

Israel Nunes Alecrin

Afinal, para que servem as normas?

� As normas nos auxiliam a organizar as pesquisa e trabalhos que desenvolvemos.

� Também servem para auxiliar a compreensão por outras pessoas daquilo que escrevemos e dos experimentos que realizamos.

� Por isso devemos aprender as normas e métodos de pesquisa e utilizá-las sempre que for possível.

� Auxiliar o discente nesse processo de aprendizado é o propósito da disciplina de Metodologia Científica.

Normatização de Trabalhos Científicos

A IES não pode limitar-se ao ensino pela simples

transmissão de conhecimento adquirido, conservando,

assim, o patrimônio cultural do passado.

A Constituição Federal do Brasil de 1988

Normatização de Trabalhos Científicos

Ensino Pesquisa

Extensão

IES

1. Simpatia para o tratamento de anemia – pôr um prego, a meia noite, em uma garrafa de cerveja preta, deixar na geladeira por 7 dias e tomar uma colher de sopa durante três meses.

2. Creme de babosa para o tratamento de Câncer

3. Medicamento cura 100% de uma doença que cursa com febre, icterícia, mal estar, dor abdominal, vômitos.

4. No princípio criou Deus os céus e a terra.

5. Ser ou não ser, eis a questão (Shakespeare)

6. O estrogênio melhora a função cardíaca diastólica do VE em mulheres após a menopausa com HAS e Disfunção diastólica.

Ciência e Conhecimento

Normatização de Trabalhos Científicos

Conhecimento → É uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido (apropriando-se dele)

Tipos: Sensível - pelos 5 sentidos.Intelectual – o que ocorre com realidades

como conceitos (idéias), prin-cípios e leis

Ciência e Conhecimento Científico

Ciência : É o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber.

O CONHECIMENTO VULGAR OU POPULAR

OBSERVAÇÃO, TRANSMISSÃO DE GERAÇÃO À GERAÇÃO

� Caracteriza-se pela forma, modo, método e os

instrumentos do “conhecer”.

� Nasce da experiência do dia-a-dia como fruto da

experiência circunstancial.

� São visões restritas e pessoais ou grupais.

� Uma criança conhece seus pais e fala a língua materna� Todos sabem distinguir um gato de um cachorro;� O perigo ao encontrar um leão solto

Conhecimento Teológico

� Valorativo e Inspiracional

� Não verificável

� Exato e Infalível

Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância. Sócrates

O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete. Aristóteles

Conhecimento Filosófico

Quem é o homem? De onde ele vem? Para onde ele vai?

� Valorativo e Reflexivo� Não verificável� Exato e Infalivel

399 a.C

384 a.C

� Ele possui um ideal de objetividade, construindo imagens da realidade, verdadeiras e impessoais, que exigem o ultrapassar dos limites da vida cotidiana.

O conhecimento científico

Modo racional, métodos científicos, por que e como os fenômenos ocorrem, na tentativa de evidenciar os fa tos

� Real � Racional � Verificável � Falível� Quase exato

O método científico

OS PROCESSOS DO MÉTODO CIENTÍFICO

� Observação

� Hipótese

� Experimentação

� Dedução

� Indução

� Teoria

Albert Einstein (1879-1955)

Os processos do método científico

A menopausa precoce é causa de osteoporose e DCV.

OBSERVAÇÃO

HIPÓTESE

Newton observou o fenômeno da queda de uma maça e relacionou ao da atração dos planetas pelo sol.

EXPERIMENTAÇÃO

Efeitos agudos e crônicos do estrogênio sobre a função cardíaca.

O método científico

Teoria da Gravidade

Os processos do método científico

INDUÇÃO

� Lavar as mãos impede febre puerperal(Semmelweis, 1840)

• Todos os seres humanos são vertebrados; logo, sou um vertebrado (verdade geral para particular – sem exceder a premissa, como ocorre com os sofismas). Ex.

• Os axiomas ou postulados são obtidos através de deduções matemáticas ( não são tão óbvias).

DEDUÇÃO

O método científico

É o caminho inverso.

C² = b² + a²

TEORIA

Os processos do método científico

Teorias científicas reúnem um determinado número de leis particulares sob a forma de uma lei superior – determinadas as leis procuram-se explicá-las .

Hipótese – é verificável experimentalmente e resulta em explicação por meio de leis naturais.

Teoria – não é verificável experimentalmente. Éinterpretativa e tem a função de coordenar e unificar o saber científico (possibilita novas descobertas)

O método científico

Teoria da Gravidade Teoria da Evolução

Como o conhecimento científico é produzido?

� Os conhecimentos científicos são produzidos a

partir de PESQUISA.

� A pesquisa, por sua vez, tem que ser embasada. Não

se pode defender uma tese a partir do “eu acho”.

� Existe um rigor na produção desse conhecimento que

deve ser baseado em dados e informações, as quais

muitas vezes não estão à disposição do pesquisador

ou que nunca foram coletados.

Conhecimento Científico

EPIDEMIOLOGIA, DIANÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLOA Pesquisa Científica

2010

O que é pesquisa?

Para que fazer pesquisa?

Pesquisa Científica

� A pesquisa é um processo de reflexão,

sistemático, controlado e crítico que permite

gerar NOVOS conhecimentos e confirmar ou

rejeitar algum conhecimento prévio

Pesquisa Científica

É uma atividade voltada para a SOLUÇÃO DE

PROBLEMAS por meio dos processos do MÉTODO

CIENTÍFICO

� Na graduação

� Pós- graduação

� Profissão

� Dificuldades da prática profissional (dúvidas)

� Vaidade

� Ganhar mais dinheiro

� Pressão profissional

� Aprimoramento (Necessidade de melhores informações

� Ser um pesquisador

Por que fazer pesquisa?

Pesquisa Científica

E como surgem as “idéias” para a pesquisa ?

Com as dúvidas e as dificuldades:Na graduação, Pós- graduação e exercício da profissão

De acordo com a área de atuação e o tipo de pergunta é que se escolhe o tipo de pesquisa e o MÉTODO CIENTÍFICO

Pesquisa Científica

OS PROCESSOS DO MÉTODO CIENTÍFICO

• Observação

• Hipótese

• Experimentação

• Dedução

• Indução

• Teoria

Método é uma palavra que vem das raízes gregas meta, que significa fim e odos, que quer dizer caminho. Portanto, método é, literalmente, "caminho para um fim". Já pesquisa é a busca . Se a pesquisa é busca, ela é feita de atividades ; se o método écaminho , ele é percorrido por passos.

Pesquisa Científica

Método x Processo

� Processo - é a técnica que é aplicada especificamente para o Plano Metodológico; é a forma de como executar para alcançar os objetivos (como percorrer o caminho)

� Método - entende-se como um dispositivo ordenado, um procedimento sistemático, compondo um Plano Geral – é o CAMINHO

Ex: atravessar um rio. Fazer um ECO

� revisar o que já se pesquisou e se escreveu sobre o tema ou

� Problematizar o objeto de pesquisa para estabelecer o eixo da discussão, tendo em vista confrontar dados;

� pesquisar fatos novos, mediante a observação direta, indireta ou da experimentação;

� fazer novas descobertas, seja de fatos ainda não percebidos, seja de relações ainda não estabelecidas (teoria).

Pesquisando e seguindo um “caminho”

E como solucionamos nossas dúvidas?

A Pesquisa Científica

� Objetivo : delimita um campo, ou seja, um objetivo.

� Metódico : segue um caminho para chegar ao fim.

� Demonstrável : refazendo o caminho, demonstra o fim.

� Comprovável : estabelece meios de prova.

� Público : exigindo comunicação entre os pesquisadores

(comunidade científica) e deles com a sociedade geral.

Porque a pesquisa não pode ser um resumão ou cópia?

O conhecimento científico é objetivo, metódico,

demonstrável e comprovável:

A Pesquisa Científica

Tipos de Pesquisa

A Pesquisa Científica

TIPOS DE PESQUISA

1. Documental

2. Bibliográfica

3. Observacional (descritiva)

4. Experimental / Intervenção / Ensaio Clínico

(analítica)

Pesquisa Bibliográfica

� Este tipo de pesquisa, elege uma problemática de pesquisa e, a partir disso, estabelece um escopo para ser pesquisado na literatura (livros, periódicos, monografias, dissertações, teses, anais

� Formação universitária: transmite fundamentação teórica das ciências, e a assimilação é feita através do ensino em classe, nas aulas, mas égarantida pelo estudo pessoal do estudante

Pesquisa documental

� A pesquisa documental é muito próxima da pesquisa bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes primárias (manuscritas ou não), pois vale-se de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que, ainda, podem ser reelaborados de acordo com a problemática da pesquisa. Os documentos primários podem ser obtidos em:

� Arquivos públicos (leis, atas, relatórios, registros, escrituras, certidões de nascimento, casamento etc) ou particulares (escolas, faculdades, sindicatos etc)

� Fontes estatísticas (IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística)

Pesquisa Observacional x Experimental

Observacional - Papel passivo na observação dos eventos que ocorrem com os sujeitos do estudo

Experimental - Papel mais ativo, aplicando uma intervenção e depois analisando seu efeito nos sujeitos do estudo

Pesquisa observacional / Tipos Estudos

Exposição(preditoras / FR)

Doença(desfecho)

Estudo Transversal

Estudo de Caso-Controle

Estudo de Coorte

Relato de CasosTransversalCaso-controleCoorte

DADOS INDIVIDUAIS

Metanálises

Ecológicos

DADOS AGREGADOS• Descritivos

• Analíticos (compara grupos)

Estudo de Intervenção (Experimental ou Ensaio Clíni co)

Pesquisa Qualitativa

� A pesquisa qualitativa fornece uma compreensão profunda de certos fenômenos sociais, apoiados no aspecto subjetivo da ação social, visto que foca fenômenos complexos e/ou fenômenos únicos.

Fonte: HAGUETTE - 1995

� A pesquisa quantitativa supõe uma população de objetos de observação comparável entre si;

� A pesquisa quantitativa enfatiza os indicadores numéricos e percentuais sobre determinado fenômeno pesquisado;

Pesquisa Quantitativa

Tipos de pesquisa

MARCONI; LAKATOS - 2007.

Pesquisa Descritiva / Exploratória

� A pesquisa descritiva : observa, registra, correlaciona

e descreve fatos ou fenômenos de uma determinada

realidade sem manipulá-los e sua relações entre os

fatores de risco e sua consequências (desfechos).

� Exploratória: desenvolver, esclarecer e modificar

conceitos e idéias com a finalidade de formular

problemas mais precisos e hipóteses para estudos

posteriores. ( levantamento bibliográfico e documental).

Forma de apresentar, basicamente, a pesquisa observacional

Conhecemos os tipos de pesquisa.

Agora precisamos decidir qual a

magnitude de evidências pretendemos

alcançar.

A Pesquisa Científica

1. Dissertações (Mestrado)

2. Teses ( Doutorado)

Stricto

Sensu

Lato

SensuTrabalhos de Conclusão de Curso (TCC)

Estado da Arte

Publicação de Artigo Científico

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), entende que os trabalhos acadêmicos do tipo monografia podem ser de três tipos:

MONOGRAFIA

� Monos = único; Grafo = escrever (Escrito que trata de um único assunto)

� Trabalho que reduz sua abordagem a um único assunto, a um único problema

� Caracteriza-se mais pela unicidade, pela delimitação do tema do que pelo seu valor didático, extensão e generalidade

� É o resultado da investigação (pesquisa) que pode ter diversas graduações, a depender do estágio do curso de graduação ou pós-graduação

Tese: visa à obtenção do título de doutor (inovador)

� Documento produzido por trabalho experimental ou exposição de um estudo científico. Elaborado com base em investigação original,

constituindo-se em real contribuição para a especialidade.

Dissertação : Visa à obtenção do título de mestre (análise)

� Pesquisa experimental ou exposição de estudo científico retrospectivo, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura e a capacidade de sistematização.

Tipos de Pesquisa / Monografias

TCC (trabalho de conclusão de curso) – Trabalhos acadêmicos.

� Trabalhos acadêmicos que resultam de estudo de um tema e expressa conhecimento do assunto escolhido. Deve ser feito sob acoordenação de um orientador.

Precisamos do Projeto de Pesquisa

� O projeto de pesquisa é considerado a estratégia

lógica de um estudo.

� Trata-se de um plano de trabalho voltado para

determinação de um roteiro , voltado para a

organização da pesquisa.

Temos definido o tipo de conhecimento, método científico e seu processo, tipos de pesquisas, magnitude do estudo. Agora estamos prontos para iniciar a pesquisa ? SIM !

Pesquisa Científica

Projeto de Pesquisa Científica

Maria Bernardete M. Alves e Marili I. Lopes

AnexosApêndices

GlossárioReferências

Texto

Sumário

Lista de Símbolos

Lista de Abreviaturas

Lista de Tabelas

Lista de IlustraçõesLista de IlustraçõesAbstract

Resumo

Epígrafe

Agradecimentos

Dedicatória

Folha de Aprovação

ERRATA

Folha de Rosto

CAPA

(Capa)

Pré– textuais (

Sumário)

Textuais Pós

-textu

ais

Projeto de Pesquisa

Estrutura da monografia

Estrutura de um Trabalho Científico Monográfico (NB R14724)

1. Capa2. Lombada*3. Folha de Rosto 4. Ficha Catalográfica5. Errata*6. Folha de Aprovação7. Dedicatória*8. Agradecimentos*9. Resumo 10. Abstract11. Lista de Ilustrações*12. Lista de Tabelas*13. Lista de Abreviaturas,

Siglas e Símbolos*14. Sumário

Pré-textuais Textuais

Pós-textuais

*Opcionais

15. Texto (Introdução, Objetivos, Métodos, Resultados, Discussão, Conclusão)

16. Referências

17. Glossário*

18. Apêndices*

19. Anexos *

20. Índice*

Projeto de Pesquisa

Elementos da Pesquisa

� Levantamento de algum problema;

� Pergunta e dúvidas a serem solucionadas

� Meios escolhidos para chegar a esta solução (método)

� Solução

Título

O mais sintetizado e amplo possível

Atraente e atual

O mais sintetizado e amplo possível

Atraente e atual

Escrevendo um projeto de pesquisa

INTRODUÇÃO

Escrevendo um projeto de pesquisa

Conceituação, informações clínica e epidemiológica

(grupo etário comprometido e Saúde Pública), pesquisas

mostrando os aspectos etiológicos e fisiopatológicos,

contextualização (evidências atuais) do tema e razões

que justifica a realização da pesquisa para confirmar ( ou

rejeitar) nossas hipóteses ou responder os objetivos.

Conceituação, informações clínica e epidemiológica

(grupo etário comprometido e Saúde Pública), pesquisas

mostrando os aspectos etiológicos e fisiopatológicos,

contextualização (evidências atuais) do tema e razões

que justifica a realização da pesquisa para confirmar ( ou

rejeitar) nossas hipóteses ou responder os objetivos.

Escrevendo um projeto de pesquisa

Introdução

� Dificuldades da prática profissional;

� Adversidades vivenciadas no seu dia-a-dia;

� Literatura científica.

Problema, a pergunta, a dúvida

Escrevendo um projeto de pesquisa

Objetivos da pesquisaDeve ser o mais “PRECISO” possível e consistente

Norteará o Tipo de Pesquisa e Delineamento do estudo

Por que o objetivo é a parte mais importante da pesq uisa?

Objetivos nunca alcançados!

Objetivo alcançável

Geral: define, de modo amplo, o que se pretende alcançar

Específicos: definem determinados aspectos que se pretende estudar /

compreender e explicar.

� Factível (Viabilidade): é possível tratar do tema tecnicamente

(existem meios), cientificamente (existem estudos),

cronologicamente e recursos;

� Interessante – para o pesquisador

� Nova (Inovadora) – Confirma ou rejeita achados anteriores;

expande achados prévios e fornece novos conhecimentos

(achados)

� Ética

� Relevância – científica, para diretrizes clínicas e de saúde, e

nortear futuras pesquisas

Justificativa da pesquisaCritérios FINER

� Local do estudo e Plano de Trabalho� População e amostra (Conveniência ou probabilística)

Critérios de inclusão e exclusão � Aspectos Éticos (CEP)� Delineamento do estudo – tipo estudo (o Método

Científico)� Descrição detalhada dos procedimentos, intervenções ou

teste diagnósticos� Variáveis e medidas (Categóricas – nominal ou ordinal;

Contínua / discreta ou ordenada)� Análise dos dados (Análise estatística)

Casuística e Métodos

Definiremos tipo de pesquisa e os métodos de acordo com a “pergunta” da pesquisa

Categóricas – nominal -

dicotômicas, (sexo e tipo

sanguíneo, estado vital) e ordinal

(Grau de queimadura)

Contínuas ou Discretas

(intervalares) – peso, número de

cigarros, altura

O que é?

Como mensurar?

Quem vai mensurar?

Como será analisada?

Variáveis preditoras e de desfechoDependentes e independentes

Casuística e Métodos – Variáveis

DLP x DCV; Tabagismo x Câncer de pulmão; ACO x TVPDLP x DCV; Tabagismo x Câncer de pulmão; ACO x TVP

Como descrever as variáveis de estudo Tipos de variáveis

ENTREVISTA

1. Clareza: entrevistador pode explicar as questões

2. Riqueza – coleta de dados mais complexos e completos

3. Controle – o entrevistador

pode controlar a ordem das questões

QUESTIONÁRIO

1. Economia – ↓ o tamanho da

equipe

2. Uniformização – instruções

escritas reduzem interferênci-

as do entrevistador

3. Anonimato – estimula

respostas mais honestas

Casuística e Métodos – coleta dados

Formulário

OS PROCESSOS DO MÉTODO CIENTÍFICO

• Observação

• Hipótese

• Experimental

• Dedução

• Indução

• Teoria

Questão Desenho ideal

Etiologia Coorte

Diagnóstico Padrão ouro

Prognóstico Coorte

Tratamento Experimental

Casuística e Métodos – o Método Científico

ESTUDOS OBSERVACIONAIS

Exposição(preditoras / FR)

Doença(desfecho)

Estudo Transversal (Prevalência ou Seccional)

Estudo de Caso-Controle

Estudo de Coorte

Estudo Experimental

(Intervenção ou Ensaio Clínico)

Randomizados,

Duplo-cegos ,Controlado por placebos

Tipos de Estudos / Pesquisa

Estudo Experimental

DESENHO DA PESQUISAPESQUISADOR

X

Papel passivo na observação dos eventos que ocorrem com os sujeitos do estudo

Papel mais ativo, aplicando uma intervenção e depois analisando seu efeito nos sujeitos do estudo

ESTUDOS OBSERVACIONAIS ESTUDOS INTERVENÇÃO

Ver e observar são a mesma coisa?

� Ver é uma percepção natural, casual e passiva� Observar é “ver percebendo”, “ ver antecipando”, “ver

com uma intenção”� Observar é ver estabelecendo relações e conexões, a

partir de nossa experiência e do conhecimento que játemos

ESTUDO TRANSVERSAL - DELINEAMENTO

Prevalência: nº casos novos e antigos = (a+c) / N

Seleção da amostra e formação dos grupos para observação simultânea de exposição e doença

Expostos e Não-Doentes

Expostos e Doentes

Não-Expostose Doentes

Não-Expostose Não-Doentes

a b c d

AMOSTRA

POPULAÇÃO (N)

Estudo de caso-controle

Meninas com Câncer de vagina (Casos)

Meninas sem Doença (Controles)

Uso materno de hormônio (Dietilestrilbestrol)

Mais Exemplos

CA pulmão X

Tabagismo

Focomelia X

Talidomida

CA de fígado X

Hepatite B

DELINEAMENTO DO ESTUDO DE CASO-CONTROLE

Expostos (a)

Não Expostos (b)

Expostos (c)

Não Expostos (d)

Medida da exposição

Não Doentes

DoentesAmostraCasos

AmostraControles

POPULAÇÃO

NURSES’ HEALTH STUDY (Estudo sobre a Saúde das Enfermeiras)

� Montagem da coorte (11 estados dos EUA): em 1976 foram convidadas enfermeiras de 25 a 42 anos (121.700 enfermeiras)

� Medida das variáveis preditoras e dos potenciais confundidores. Questionário sobre hábitos alimentares e fatores de risco adicionais de 2/2 anos durante 20 anos; e, uma série de doenças

� Acompanhamento da coorte e medição dos desfechos (DCV, Neoplasias e outras)

� Câncer de cólon e reto x ingestão de fibras: não diminuiu (Fuchs et al.NEJM 1999;340:169-76)

ESTUDOS DE COORTE

Neoplasias

Doença Cardiovascular

etc

20 anos

Com Desfecho ( a )

Não-Expostos(Grupo controle)

ExpostosGrupo estudo

sem Desfecho ( b )

Com Desfecho ( c )

sem Desfecho ( d )

FR +

FR -

n Medição

População

Estudo de Coorte ou Incidência

Delineamento

Relação entre AVC e HAS

ESTUDO TRANSVERSAL

ESTUDO DE COORTE

Indivíduos com

HAS e indivíduos

Normotensos

Indivíduos que tiveramAVC,morreram por AVC eindvs vivos sem AVC

Acompanhamento de 10 anos

Indivíduos no ambulatório de Cardiologia: faço um questionário

perguntando se tiveram AVC e se são hipertensos

O pesquisador observa um grupo de pessoas fumantes ao longo do tempo e outro grupo de pessoas não fumantes e observa o aparecimento de doenças respiratórios

O pesquisador seleciona um grupo de pessoas com doenças respiratórios e outro grupo de pessoas (com características similares) mas sem problemas respiratórios - e então avalia a proporção de fumantes em cada grupo

Estudos observacionais

ESTUDO DE COORTE

ESTUDO CASO-CONTROLE

Melhora ( a )

Grupo PlaceboGrupo Controle

MedicamentoGrupo Estudo

Não melhora ( b )

Melhora ( c )

Não melhora ( d )

Amostra Alocação

Desfecho

Medidas basais

População

ENSAIO CLÍNCO - DELINEAMENTO

INTERVENÇÃO

Estudos Experimentais

� Fase Pré-Clínica: Estudos em cultura de células e em

animais

� Fase 1: Estudo não-cego e não-controlado em voluntários

Testar a farmacologia clínica e a toxicidadeFeita com poucos sujeitos sadios

� Fase 2: Começa a expandir p/ ver a Eficácia e Efetividade 1 + 2: estritamente controlados

� Fase 3: ENSAIO CLÍNICO (Intervenção)Testa a Eficácia e Efetividade em grande escala

� Fase 4: Associada com a comercialização da droga (Efeitos colaterais ou adversos)

Estudos de intervenção

� ENSAIO CLÍNICO :

� Controlado (Critérios de inclusão e exclusão e grupo placebo, medida das variáveis basais)

� Randomizado (grupos e intervenção são sorteados - aleatoriamente)

�Duplo cego (o investigador e o sujeito não sabem o que está usando)

�Prospectivos e com grupo de comparação�Avaliação da efetividade terapêutica ou

intervenções Preventivos

� Existe diferença entre os grupos?

� Existe associação? (correlação)

� Existe predição? (Regressão)

� Análise de sobrevida

Análise estatística

VPP:a / (a + b)

CASO CONTROLE

OR (=RC): ad / bc

VPN:d / ( c+ d)

ESTUDO DE COORTE

Incidência (I) = a+ c/ total

Ie= a ÷ a+b Ine= c ÷ c+d

RR = a / (a+b) ÷ c/(c+d)

RR = Ie ÷ Ine RAt= Ie-Ine

PrevalênciaP: a+c ÷ totalPex: a ÷ a+bPnex: c ÷ c+dRP: Pe ÷ P neEP: Pe - Pne

S: a/(a + c) E: d/(b+ d)

A: a + d / N

DOENÇA / TESTE PADRÃO-OURO

SIM NÃO TOTAL

TESTE DIAGEXPOSIÇÃOTRATAMENTO

a SIM

NÃO

b

c d

(a + b)

(c + d)

(a + c) (b + d) (a+b+c+d)TOTAL

Análise dos dados

� COORTE: RR = Ie / IneRat = Ie – Ine

� ENSAIO CÍNICO: RRA = Ine - Ie ATENÇÃO

Calculando o RA, RR, RRA, RRR e NNT

ENSAIO CLÍNICO

RAe = Ie RAne = Ine

RRA = RAne – RAe

RRR = (1 – RR) x 100%

NNT = 1/RRA

RR = RR = RiscoRisco RelativoRelativoIeIe = = IncidênciaIncidência nosnos expostosexpostos = = RAeRAeIneIne = = IncidIncid. . nosnos nãonão expostosexpostos = = RAneRAneRA=RA=riscorisco absolutoabsolutoRRA= RRA= ReduReduççãoão do do riscorisco absolutoabsolutoRRR= RRR= ReduReduççãoão do do RiscoRisco RelativoRelativoNNT= nNNT= nºº necessnecessááriorio parapara tratartratar

No ESTUDO DE COORTE – espera-se encontrar maior número de desfecho nos expostos enquanto no ENSAIO CLÍNICO é o contrário.

Análise dos dados

Resultados

apresentados de forma clara, objetiva

utilizando tabelas, gráficos ou figuras

(quando muito amplo – apresentar os

resultados positivos)

apresentados de forma clara, objetiva

utilizando tabelas, gráficos ou figuras

(quando muito amplo – apresentar os

resultados positivos)

Resultados Resultados

Discussão

1. Discute-se os resultados da sua pesquisa comparando

com os da literatura atual (revista de alto impacto)

2. Demonstra a diferença ou concordância entre os seus

resultados e o de outros autores (métodos e “n”)

3. Pode explicar o motivo dos seus resultados.

4. É muito importante por a relevância clínica da sua

pesquisa (aplicabilidade e contribuição para sociedade)

5. Limitações da pesquisa

1. Discute-se os resultados da sua pesquisa comparando

com os da literatura atual (revista de alto impacto)

2. Demonstra a diferença ou concordância entre os seus

resultados e o de outros autores (métodos e “n”)

3. Pode explicar o motivo dos seus resultados.

4. É muito importante por a relevância clínica da sua

pesquisa (aplicabilidade e contribuição para sociedade)

5. Limitações da pesquisa

Conclusão

Em 3 a 4 linhas responde-se a pergunta

ou objetivos da sua pesquisa (nada de ter

“alucinações”)

Entrega final

Redação final, digitação e encadernação

Redação preliminar do trabalho

Análise dos dados

Tabulação dos dados

Coleta dos dados em campo

Revisão bibliográfica

Elaboração do projeto

212121212121

JUNMAIABRMARFEVJANPERÍODO

ETAPAS

Cronograma

Referências

� ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas

� Vancouver

1. Título (capa)

2. Folha de rosto

3. Sumário

4. Resumo e abstract*

5. Introdução

6. Objetivos (e a pergunta, hipótese e justificativa? Não?)

Projeto de pesquisa deve conter

7. Casuística e métodos

8. Cronograma

9. Orçamento*

10.Referências

11.Anexos: questionário e

termo de consentimento

livre e esclarecido

1. Hulley BH, Cummings SR, Browner WS et al.Delineando a Pesquisa Clínica: uma abordagem epidemiológica. 3ª ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008.

2. Fletcher RH. Epidemiologia Clínica: Elementos Esse nciais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996

3. Greenberg RS, Daniels SR, Flanders WD, Eley JW.Epidem iologia clínica. 3ªed. – Porto Alegre: Artmed, 2005

4. Rouquayrol MZ, Almeida FN. Epidemiologia e saúde . 6. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003.

5. Sackett DL. Medicina Baseada em evidências: prátic a e ensino. 2.ed – Porto Alegre: Artmed, 2003.

6. Vieira S, Hossne, WS. Metodologia científica para área de saúde. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.

7. Pereira, MG. Epidemiologia : teoria e prática. 7. reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

8. Jekel JF. Epidemiologia, Bioestatística e Medicina Preventiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

9. Thomas SB & Quinn SC. The TusKegee Syphilis Study (1932 - 1972). American Journal of Public Health. 81. P. 1498 - 150 6, 1991.

10. http://portalbu.ufsc.br/

REFERÊNCIAS