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Normatização de Trabalhos Científicos
� Doutorado pela Faculdade de Medicina da USP
� Revisor de Revistas Internacionais (HEART e Maturitas)
� Revisor da Revista da Associação Médica Brasileira
� Professor de Metodologia Científica
� Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da FMC
Israel Nunes Alecrin
Afinal, para que servem as normas?
� As normas nos auxiliam a organizar as pesquisa e trabalhos que desenvolvemos.
� Também servem para auxiliar a compreensão por outras pessoas daquilo que escrevemos e dos experimentos que realizamos.
� Por isso devemos aprender as normas e métodos de pesquisa e utilizá-las sempre que for possível.
� Auxiliar o discente nesse processo de aprendizado é o propósito da disciplina de Metodologia Científica.
Normatização de Trabalhos Científicos
A IES não pode limitar-se ao ensino pela simples
transmissão de conhecimento adquirido, conservando,
assim, o patrimônio cultural do passado.
A Constituição Federal do Brasil de 1988
Normatização de Trabalhos Científicos
Ensino Pesquisa
Extensão
IES
1. Simpatia para o tratamento de anemia – pôr um prego, a meia noite, em uma garrafa de cerveja preta, deixar na geladeira por 7 dias e tomar uma colher de sopa durante três meses.
2. Creme de babosa para o tratamento de Câncer
3. Medicamento cura 100% de uma doença que cursa com febre, icterícia, mal estar, dor abdominal, vômitos.
4. No princípio criou Deus os céus e a terra.
5. Ser ou não ser, eis a questão (Shakespeare)
6. O estrogênio melhora a função cardíaca diastólica do VE em mulheres após a menopausa com HAS e Disfunção diastólica.
Ciência e Conhecimento
Normatização de Trabalhos Científicos
Conhecimento → É uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido (apropriando-se dele)
Tipos: Sensível - pelos 5 sentidos.Intelectual – o que ocorre com realidades
como conceitos (idéias), prin-cípios e leis
Ciência e Conhecimento Científico
Ciência : É o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber.
O CONHECIMENTO VULGAR OU POPULAR
OBSERVAÇÃO, TRANSMISSÃO DE GERAÇÃO À GERAÇÃO
� Caracteriza-se pela forma, modo, método e os
instrumentos do “conhecer”.
� Nasce da experiência do dia-a-dia como fruto da
experiência circunstancial.
� São visões restritas e pessoais ou grupais.
� Uma criança conhece seus pais e fala a língua materna� Todos sabem distinguir um gato de um cachorro;� O perigo ao encontrar um leão solto
Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância. Sócrates
O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete. Aristóteles
Conhecimento Filosófico
Quem é o homem? De onde ele vem? Para onde ele vai?
� Valorativo e Reflexivo� Não verificável� Exato e Infalivel
399 a.C
384 a.C
� Ele possui um ideal de objetividade, construindo imagens da realidade, verdadeiras e impessoais, que exigem o ultrapassar dos limites da vida cotidiana.
O conhecimento científico
Modo racional, métodos científicos, por que e como os fenômenos ocorrem, na tentativa de evidenciar os fa tos
� Real � Racional � Verificável � Falível� Quase exato
O método científico
OS PROCESSOS DO MÉTODO CIENTÍFICO
� Observação
� Hipótese
� Experimentação
� Dedução
� Indução
� Teoria
Albert Einstein (1879-1955)
Os processos do método científico
A menopausa precoce é causa de osteoporose e DCV.
OBSERVAÇÃO
HIPÓTESE
Newton observou o fenômeno da queda de uma maça e relacionou ao da atração dos planetas pelo sol.
EXPERIMENTAÇÃO
Efeitos agudos e crônicos do estrogênio sobre a função cardíaca.
O método científico
Teoria da Gravidade
Os processos do método científico
INDUÇÃO
� Lavar as mãos impede febre puerperal(Semmelweis, 1840)
• Todos os seres humanos são vertebrados; logo, sou um vertebrado (verdade geral para particular – sem exceder a premissa, como ocorre com os sofismas). Ex.
• Os axiomas ou postulados são obtidos através de deduções matemáticas ( não são tão óbvias).
DEDUÇÃO
O método científico
É o caminho inverso.
C² = b² + a²
TEORIA
Os processos do método científico
Teorias científicas reúnem um determinado número de leis particulares sob a forma de uma lei superior – determinadas as leis procuram-se explicá-las .
Hipótese – é verificável experimentalmente e resulta em explicação por meio de leis naturais.
Teoria – não é verificável experimentalmente. Éinterpretativa e tem a função de coordenar e unificar o saber científico (possibilita novas descobertas)
O método científico
Teoria da Gravidade Teoria da Evolução
Como o conhecimento científico é produzido?
� Os conhecimentos científicos são produzidos a
partir de PESQUISA.
� A pesquisa, por sua vez, tem que ser embasada. Não
se pode defender uma tese a partir do “eu acho”.
� Existe um rigor na produção desse conhecimento que
deve ser baseado em dados e informações, as quais
muitas vezes não estão à disposição do pesquisador
ou que nunca foram coletados.
Conhecimento Científico
� A pesquisa é um processo de reflexão,
sistemático, controlado e crítico que permite
gerar NOVOS conhecimentos e confirmar ou
rejeitar algum conhecimento prévio
Pesquisa Científica
É uma atividade voltada para a SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS por meio dos processos do MÉTODO
CIENTÍFICO
� Na graduação
� Pós- graduação
� Profissão
� Dificuldades da prática profissional (dúvidas)
� Vaidade
� Ganhar mais dinheiro
� Pressão profissional
� Aprimoramento (Necessidade de melhores informações
� Ser um pesquisador
Por que fazer pesquisa?
Pesquisa Científica
E como surgem as “idéias” para a pesquisa ?
Com as dúvidas e as dificuldades:Na graduação, Pós- graduação e exercício da profissão
De acordo com a área de atuação e o tipo de pergunta é que se escolhe o tipo de pesquisa e o MÉTODO CIENTÍFICO
Pesquisa Científica
OS PROCESSOS DO MÉTODO CIENTÍFICO
• Observação
• Hipótese
• Experimentação
• Dedução
• Indução
• Teoria
Método é uma palavra que vem das raízes gregas meta, que significa fim e odos, que quer dizer caminho. Portanto, método é, literalmente, "caminho para um fim". Já pesquisa é a busca . Se a pesquisa é busca, ela é feita de atividades ; se o método écaminho , ele é percorrido por passos.
Pesquisa Científica
Método x Processo
� Processo - é a técnica que é aplicada especificamente para o Plano Metodológico; é a forma de como executar para alcançar os objetivos (como percorrer o caminho)
� Método - entende-se como um dispositivo ordenado, um procedimento sistemático, compondo um Plano Geral – é o CAMINHO
Ex: atravessar um rio. Fazer um ECO
� revisar o que já se pesquisou e se escreveu sobre o tema ou
� Problematizar o objeto de pesquisa para estabelecer o eixo da discussão, tendo em vista confrontar dados;
� pesquisar fatos novos, mediante a observação direta, indireta ou da experimentação;
� fazer novas descobertas, seja de fatos ainda não percebidos, seja de relações ainda não estabelecidas (teoria).
Pesquisando e seguindo um “caminho”
E como solucionamos nossas dúvidas?
A Pesquisa Científica
� Objetivo : delimita um campo, ou seja, um objetivo.
� Metódico : segue um caminho para chegar ao fim.
� Demonstrável : refazendo o caminho, demonstra o fim.
� Comprovável : estabelece meios de prova.
� Público : exigindo comunicação entre os pesquisadores
(comunidade científica) e deles com a sociedade geral.
Porque a pesquisa não pode ser um resumão ou cópia?
O conhecimento científico é objetivo, metódico,
demonstrável e comprovável:
A Pesquisa Científica
TIPOS DE PESQUISA
1. Documental
2. Bibliográfica
3. Observacional (descritiva)
4. Experimental / Intervenção / Ensaio Clínico
(analítica)
Pesquisa Bibliográfica
� Este tipo de pesquisa, elege uma problemática de pesquisa e, a partir disso, estabelece um escopo para ser pesquisado na literatura (livros, periódicos, monografias, dissertações, teses, anais
� Formação universitária: transmite fundamentação teórica das ciências, e a assimilação é feita através do ensino em classe, nas aulas, mas égarantida pelo estudo pessoal do estudante
Pesquisa documental
� A pesquisa documental é muito próxima da pesquisa bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes primárias (manuscritas ou não), pois vale-se de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que, ainda, podem ser reelaborados de acordo com a problemática da pesquisa. Os documentos primários podem ser obtidos em:
� Arquivos públicos (leis, atas, relatórios, registros, escrituras, certidões de nascimento, casamento etc) ou particulares (escolas, faculdades, sindicatos etc)
� Fontes estatísticas (IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística)
Pesquisa Observacional x Experimental
Observacional - Papel passivo na observação dos eventos que ocorrem com os sujeitos do estudo
Experimental - Papel mais ativo, aplicando uma intervenção e depois analisando seu efeito nos sujeitos do estudo
Pesquisa observacional / Tipos Estudos
Exposição(preditoras / FR)
Doença(desfecho)
Estudo Transversal
Estudo de Caso-Controle
Estudo de Coorte
Relato de CasosTransversalCaso-controleCoorte
DADOS INDIVIDUAIS
Metanálises
Ecológicos
DADOS AGREGADOS• Descritivos
• Analíticos (compara grupos)
Estudo de Intervenção (Experimental ou Ensaio Clíni co)
Pesquisa Qualitativa
� A pesquisa qualitativa fornece uma compreensão profunda de certos fenômenos sociais, apoiados no aspecto subjetivo da ação social, visto que foca fenômenos complexos e/ou fenômenos únicos.
Fonte: HAGUETTE - 1995
� A pesquisa quantitativa supõe uma população de objetos de observação comparável entre si;
� A pesquisa quantitativa enfatiza os indicadores numéricos e percentuais sobre determinado fenômeno pesquisado;
Pesquisa Quantitativa
Tipos de pesquisa
MARCONI; LAKATOS - 2007.
Pesquisa Descritiva / Exploratória
� A pesquisa descritiva : observa, registra, correlaciona
e descreve fatos ou fenômenos de uma determinada
realidade sem manipulá-los e sua relações entre os
fatores de risco e sua consequências (desfechos).
� Exploratória: desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e idéias com a finalidade de formular
problemas mais precisos e hipóteses para estudos
posteriores. ( levantamento bibliográfico e documental).
Forma de apresentar, basicamente, a pesquisa observacional
Conhecemos os tipos de pesquisa.
Agora precisamos decidir qual a
magnitude de evidências pretendemos
alcançar.
A Pesquisa Científica
1. Dissertações (Mestrado)
2. Teses ( Doutorado)
Stricto
Sensu
Lato
SensuTrabalhos de Conclusão de Curso (TCC)
Estado da Arte
Publicação de Artigo Científico
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), entende que os trabalhos acadêmicos do tipo monografia podem ser de três tipos:
MONOGRAFIA
� Monos = único; Grafo = escrever (Escrito que trata de um único assunto)
� Trabalho que reduz sua abordagem a um único assunto, a um único problema
� Caracteriza-se mais pela unicidade, pela delimitação do tema do que pelo seu valor didático, extensão e generalidade
� É o resultado da investigação (pesquisa) que pode ter diversas graduações, a depender do estágio do curso de graduação ou pós-graduação
Tese: visa à obtenção do título de doutor (inovador)
� Documento produzido por trabalho experimental ou exposição de um estudo científico. Elaborado com base em investigação original,
constituindo-se em real contribuição para a especialidade.
Dissertação : Visa à obtenção do título de mestre (análise)
� Pesquisa experimental ou exposição de estudo científico retrospectivo, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura e a capacidade de sistematização.
Tipos de Pesquisa / Monografias
TCC (trabalho de conclusão de curso) – Trabalhos acadêmicos.
� Trabalhos acadêmicos que resultam de estudo de um tema e expressa conhecimento do assunto escolhido. Deve ser feito sob acoordenação de um orientador.
Precisamos do Projeto de Pesquisa
� O projeto de pesquisa é considerado a estratégia
lógica de um estudo.
� Trata-se de um plano de trabalho voltado para
determinação de um roteiro , voltado para a
organização da pesquisa.
Temos definido o tipo de conhecimento, método científico e seu processo, tipos de pesquisas, magnitude do estudo. Agora estamos prontos para iniciar a pesquisa ? SIM !
Pesquisa Científica
Maria Bernardete M. Alves e Marili I. Lopes
AnexosApêndices
GlossárioReferências
Texto
Sumário
Lista de Símbolos
Lista de Abreviaturas
Lista de Tabelas
Lista de IlustraçõesLista de IlustraçõesAbstract
Resumo
Epígrafe
Agradecimentos
Dedicatória
Folha de Aprovação
ERRATA
Folha de Rosto
CAPA
(Capa)
Pré– textuais (
Sumário)
Textuais Pós
-textu
ais
Projeto de Pesquisa
Estrutura da monografia
Estrutura de um Trabalho Científico Monográfico (NB R14724)
1. Capa2. Lombada*3. Folha de Rosto 4. Ficha Catalográfica5. Errata*6. Folha de Aprovação7. Dedicatória*8. Agradecimentos*9. Resumo 10. Abstract11. Lista de Ilustrações*12. Lista de Tabelas*13. Lista de Abreviaturas,
Siglas e Símbolos*14. Sumário
Pré-textuais Textuais
Pós-textuais
*Opcionais
15. Texto (Introdução, Objetivos, Métodos, Resultados, Discussão, Conclusão)
16. Referências
17. Glossário*
18. Apêndices*
19. Anexos *
20. Índice*
Projeto de Pesquisa
Elementos da Pesquisa
� Levantamento de algum problema;
� Pergunta e dúvidas a serem solucionadas
� Meios escolhidos para chegar a esta solução (método)
� Solução
Título
O mais sintetizado e amplo possível
Atraente e atual
O mais sintetizado e amplo possível
Atraente e atual
Escrevendo um projeto de pesquisa
Conceituação, informações clínica e epidemiológica
(grupo etário comprometido e Saúde Pública), pesquisas
mostrando os aspectos etiológicos e fisiopatológicos,
contextualização (evidências atuais) do tema e razões
que justifica a realização da pesquisa para confirmar ( ou
rejeitar) nossas hipóteses ou responder os objetivos.
Conceituação, informações clínica e epidemiológica
(grupo etário comprometido e Saúde Pública), pesquisas
mostrando os aspectos etiológicos e fisiopatológicos,
contextualização (evidências atuais) do tema e razões
que justifica a realização da pesquisa para confirmar ( ou
rejeitar) nossas hipóteses ou responder os objetivos.
Escrevendo um projeto de pesquisa
Introdução
� Dificuldades da prática profissional;
� Adversidades vivenciadas no seu dia-a-dia;
� Literatura científica.
Problema, a pergunta, a dúvida
Escrevendo um projeto de pesquisa
Objetivos da pesquisaDeve ser o mais “PRECISO” possível e consistente
Norteará o Tipo de Pesquisa e Delineamento do estudo
Por que o objetivo é a parte mais importante da pesq uisa?
Objetivos nunca alcançados!
Objetivo alcançável
Geral: define, de modo amplo, o que se pretende alcançar
Específicos: definem determinados aspectos que se pretende estudar /
compreender e explicar.
� Factível (Viabilidade): é possível tratar do tema tecnicamente
(existem meios), cientificamente (existem estudos),
cronologicamente e recursos;
� Interessante – para o pesquisador
� Nova (Inovadora) – Confirma ou rejeita achados anteriores;
expande achados prévios e fornece novos conhecimentos
(achados)
� Ética
� Relevância – científica, para diretrizes clínicas e de saúde, e
nortear futuras pesquisas
Justificativa da pesquisaCritérios FINER
� Local do estudo e Plano de Trabalho� População e amostra (Conveniência ou probabilística)
Critérios de inclusão e exclusão � Aspectos Éticos (CEP)� Delineamento do estudo – tipo estudo (o Método
Científico)� Descrição detalhada dos procedimentos, intervenções ou
teste diagnósticos� Variáveis e medidas (Categóricas – nominal ou ordinal;
Contínua / discreta ou ordenada)� Análise dos dados (Análise estatística)
Casuística e Métodos
Definiremos tipo de pesquisa e os métodos de acordo com a “pergunta” da pesquisa
Categóricas – nominal -
dicotômicas, (sexo e tipo
sanguíneo, estado vital) e ordinal
(Grau de queimadura)
Contínuas ou Discretas
(intervalares) – peso, número de
cigarros, altura
O que é?
Como mensurar?
Quem vai mensurar?
Como será analisada?
Variáveis preditoras e de desfechoDependentes e independentes
Casuística e Métodos – Variáveis
DLP x DCV; Tabagismo x Câncer de pulmão; ACO x TVPDLP x DCV; Tabagismo x Câncer de pulmão; ACO x TVP
Como descrever as variáveis de estudo Tipos de variáveis
ENTREVISTA
1. Clareza: entrevistador pode explicar as questões
2. Riqueza – coleta de dados mais complexos e completos
3. Controle – o entrevistador
pode controlar a ordem das questões
QUESTIONÁRIO
1. Economia – ↓ o tamanho da
equipe
2. Uniformização – instruções
escritas reduzem interferênci-
as do entrevistador
3. Anonimato – estimula
respostas mais honestas
Casuística e Métodos – coleta dados
Formulário
OS PROCESSOS DO MÉTODO CIENTÍFICO
• Observação
• Hipótese
• Experimental
• Dedução
• Indução
• Teoria
Questão Desenho ideal
Etiologia Coorte
Diagnóstico Padrão ouro
Prognóstico Coorte
Tratamento Experimental
Casuística e Métodos – o Método Científico
ESTUDOS OBSERVACIONAIS
Exposição(preditoras / FR)
Doença(desfecho)
Estudo Transversal (Prevalência ou Seccional)
Estudo de Caso-Controle
Estudo de Coorte
Estudo Experimental
(Intervenção ou Ensaio Clínico)
Randomizados,
Duplo-cegos ,Controlado por placebos
Tipos de Estudos / Pesquisa
Estudo Experimental
DESENHO DA PESQUISAPESQUISADOR
X
Papel passivo na observação dos eventos que ocorrem com os sujeitos do estudo
Papel mais ativo, aplicando uma intervenção e depois analisando seu efeito nos sujeitos do estudo
ESTUDOS OBSERVACIONAIS ESTUDOS INTERVENÇÃO
Ver e observar são a mesma coisa?
� Ver é uma percepção natural, casual e passiva� Observar é “ver percebendo”, “ ver antecipando”, “ver
com uma intenção”� Observar é ver estabelecendo relações e conexões, a
partir de nossa experiência e do conhecimento que játemos
ESTUDO TRANSVERSAL - DELINEAMENTO
Prevalência: nº casos novos e antigos = (a+c) / N
Seleção da amostra e formação dos grupos para observação simultânea de exposição e doença
Expostos e Não-Doentes
Expostos e Doentes
Não-Expostose Doentes
Não-Expostose Não-Doentes
a b c d
AMOSTRA
POPULAÇÃO (N)
Estudo de caso-controle
Meninas com Câncer de vagina (Casos)
Meninas sem Doença (Controles)
Uso materno de hormônio (Dietilestrilbestrol)
Mais Exemplos
CA pulmão X
Tabagismo
Focomelia X
Talidomida
CA de fígado X
Hepatite B
DELINEAMENTO DO ESTUDO DE CASO-CONTROLE
Expostos (a)
Não Expostos (b)
Expostos (c)
Não Expostos (d)
Medida da exposição
Não Doentes
DoentesAmostraCasos
AmostraControles
POPULAÇÃO
NURSES’ HEALTH STUDY (Estudo sobre a Saúde das Enfermeiras)
� Montagem da coorte (11 estados dos EUA): em 1976 foram convidadas enfermeiras de 25 a 42 anos (121.700 enfermeiras)
� Medida das variáveis preditoras e dos potenciais confundidores. Questionário sobre hábitos alimentares e fatores de risco adicionais de 2/2 anos durante 20 anos; e, uma série de doenças
� Acompanhamento da coorte e medição dos desfechos (DCV, Neoplasias e outras)
� Câncer de cólon e reto x ingestão de fibras: não diminuiu (Fuchs et al.NEJM 1999;340:169-76)
ESTUDOS DE COORTE
Neoplasias
Doença Cardiovascular
etc
20 anos
Com Desfecho ( a )
Não-Expostos(Grupo controle)
ExpostosGrupo estudo
sem Desfecho ( b )
Com Desfecho ( c )
sem Desfecho ( d )
FR +
FR -
n Medição
População
Estudo de Coorte ou Incidência
Delineamento
Relação entre AVC e HAS
ESTUDO TRANSVERSAL
ESTUDO DE COORTE
Indivíduos com
HAS e indivíduos
Normotensos
Indivíduos que tiveramAVC,morreram por AVC eindvs vivos sem AVC
Acompanhamento de 10 anos
Indivíduos no ambulatório de Cardiologia: faço um questionário
perguntando se tiveram AVC e se são hipertensos
O pesquisador observa um grupo de pessoas fumantes ao longo do tempo e outro grupo de pessoas não fumantes e observa o aparecimento de doenças respiratórios
O pesquisador seleciona um grupo de pessoas com doenças respiratórios e outro grupo de pessoas (com características similares) mas sem problemas respiratórios - e então avalia a proporção de fumantes em cada grupo
Estudos observacionais
ESTUDO DE COORTE
ESTUDO CASO-CONTROLE
Melhora ( a )
Grupo PlaceboGrupo Controle
MedicamentoGrupo Estudo
Não melhora ( b )
Melhora ( c )
Não melhora ( d )
Amostra Alocação
Desfecho
Medidas basais
População
ENSAIO CLÍNCO - DELINEAMENTO
INTERVENÇÃO
Estudos Experimentais
� Fase Pré-Clínica: Estudos em cultura de células e em
animais
� Fase 1: Estudo não-cego e não-controlado em voluntários
Testar a farmacologia clínica e a toxicidadeFeita com poucos sujeitos sadios
� Fase 2: Começa a expandir p/ ver a Eficácia e Efetividade 1 + 2: estritamente controlados
� Fase 3: ENSAIO CLÍNICO (Intervenção)Testa a Eficácia e Efetividade em grande escala
� Fase 4: Associada com a comercialização da droga (Efeitos colaterais ou adversos)
Estudos de intervenção
� ENSAIO CLÍNICO :
� Controlado (Critérios de inclusão e exclusão e grupo placebo, medida das variáveis basais)
� Randomizado (grupos e intervenção são sorteados - aleatoriamente)
�Duplo cego (o investigador e o sujeito não sabem o que está usando)
�Prospectivos e com grupo de comparação�Avaliação da efetividade terapêutica ou
intervenções Preventivos
� Existe diferença entre os grupos?
� Existe associação? (correlação)
� Existe predição? (Regressão)
� Análise de sobrevida
Análise estatística
VPP:a / (a + b)
CASO CONTROLE
OR (=RC): ad / bc
VPN:d / ( c+ d)
ESTUDO DE COORTE
Incidência (I) = a+ c/ total
Ie= a ÷ a+b Ine= c ÷ c+d
RR = a / (a+b) ÷ c/(c+d)
RR = Ie ÷ Ine RAt= Ie-Ine
PrevalênciaP: a+c ÷ totalPex: a ÷ a+bPnex: c ÷ c+dRP: Pe ÷ P neEP: Pe - Pne
S: a/(a + c) E: d/(b+ d)
A: a + d / N
DOENÇA / TESTE PADRÃO-OURO
SIM NÃO TOTAL
TESTE DIAGEXPOSIÇÃOTRATAMENTO
a SIM
NÃO
b
c d
(a + b)
(c + d)
(a + c) (b + d) (a+b+c+d)TOTAL
Análise dos dados
� COORTE: RR = Ie / IneRat = Ie – Ine
� ENSAIO CÍNICO: RRA = Ine - Ie ATENÇÃO
Calculando o RA, RR, RRA, RRR e NNT
ENSAIO CLÍNICO
RAe = Ie RAne = Ine
RRA = RAne – RAe
RRR = (1 – RR) x 100%
NNT = 1/RRA
RR = RR = RiscoRisco RelativoRelativoIeIe = = IncidênciaIncidência nosnos expostosexpostos = = RAeRAeIneIne = = IncidIncid. . nosnos nãonão expostosexpostos = = RAneRAneRA=RA=riscorisco absolutoabsolutoRRA= RRA= ReduReduççãoão do do riscorisco absolutoabsolutoRRR= RRR= ReduReduççãoão do do RiscoRisco RelativoRelativoNNT= nNNT= nºº necessnecessááriorio parapara tratartratar
No ESTUDO DE COORTE – espera-se encontrar maior número de desfecho nos expostos enquanto no ENSAIO CLÍNICO é o contrário.
Análise dos dados
Resultados
apresentados de forma clara, objetiva
utilizando tabelas, gráficos ou figuras
(quando muito amplo – apresentar os
resultados positivos)
apresentados de forma clara, objetiva
utilizando tabelas, gráficos ou figuras
(quando muito amplo – apresentar os
resultados positivos)
Resultados Resultados
Discussão
1. Discute-se os resultados da sua pesquisa comparando
com os da literatura atual (revista de alto impacto)
2. Demonstra a diferença ou concordância entre os seus
resultados e o de outros autores (métodos e “n”)
3. Pode explicar o motivo dos seus resultados.
4. É muito importante por a relevância clínica da sua
pesquisa (aplicabilidade e contribuição para sociedade)
5. Limitações da pesquisa
1. Discute-se os resultados da sua pesquisa comparando
com os da literatura atual (revista de alto impacto)
2. Demonstra a diferença ou concordância entre os seus
resultados e o de outros autores (métodos e “n”)
3. Pode explicar o motivo dos seus resultados.
4. É muito importante por a relevância clínica da sua
pesquisa (aplicabilidade e contribuição para sociedade)
5. Limitações da pesquisa
Conclusão
Em 3 a 4 linhas responde-se a pergunta
ou objetivos da sua pesquisa (nada de ter
“alucinações”)
Entrega final
Redação final, digitação e encadernação
Redação preliminar do trabalho
Análise dos dados
Tabulação dos dados
Coleta dos dados em campo
Revisão bibliográfica
Elaboração do projeto
212121212121
JUNMAIABRMARFEVJANPERÍODO
ETAPAS
Cronograma
1. Título (capa)
2. Folha de rosto
3. Sumário
4. Resumo e abstract*
5. Introdução
6. Objetivos (e a pergunta, hipótese e justificativa? Não?)
Projeto de pesquisa deve conter
7. Casuística e métodos
8. Cronograma
9. Orçamento*
10.Referências
11.Anexos: questionário e
termo de consentimento
livre e esclarecido
1. Hulley BH, Cummings SR, Browner WS et al.Delineando a Pesquisa Clínica: uma abordagem epidemiológica. 3ª ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008.
2. Fletcher RH. Epidemiologia Clínica: Elementos Esse nciais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996
3. Greenberg RS, Daniels SR, Flanders WD, Eley JW.Epidem iologia clínica. 3ªed. – Porto Alegre: Artmed, 2005
4. Rouquayrol MZ, Almeida FN. Epidemiologia e saúde . 6. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003.
5. Sackett DL. Medicina Baseada em evidências: prátic a e ensino. 2.ed – Porto Alegre: Artmed, 2003.
6. Vieira S, Hossne, WS. Metodologia científica para área de saúde. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
7. Pereira, MG. Epidemiologia : teoria e prática. 7. reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
8. Jekel JF. Epidemiologia, Bioestatística e Medicina Preventiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
9. Thomas SB & Quinn SC. The TusKegee Syphilis Study (1932 - 1972). American Journal of Public Health. 81. P. 1498 - 150 6, 1991.
10. http://portalbu.ufsc.br/
REFERÊNCIAS