normas

43
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ vigilancia_controle_qualidade_agua.pdf ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e Considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, que configura infrações à legislação sanitária federal e estabelece as sanções respectivas; Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes; Considerando a Lei nº 9.433, de 1º de janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989; Considerando a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos;

Upload: lidia-nery

Post on 16-Nov-2015

4 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Sobre a norma 518

TRANSCRIPT

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_controle_qualidade_agua.pdf

ADVERTNCIAEste texto no substitui o publicado no Dirio Oficial da Unio

Ministrio da SadeGabinete do MinistroPORTARIA N 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011Dispe sobre os procedimentos de controle e de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano e seu padro de potabilidade.O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, no uso das atribuies que lhe conferem os incisos I e II do pargrafo nico do art. 87 da Constituio, eConsiderando a Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977, que configura infraes legislao sanitria federal e estabelece as sanes respectivas;Considerando a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes;Considerando a Lei n 9.433, de 1 de janeiro de 1997, que institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituio e altera o art. 1 da Lei n 8.001, de 13 de maro de 1990, que modificou a Lei n 7.990, de 28 de dezembro de 1989;Considerando a Lei n 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispe sobre normas gerais de contratao de consrcios pblicos;Considerando a Lei n 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento bsico, altera as Leis ns 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e revoga a Lei n 6.528, de 11 de maio de 1978;Considerando o Decreto n 79.367, de 9 de maro de 1977, que dispe sobre normas e o padro de potabilidade de gua;Considerando o Decreto n 5.440, de 4 de maio de 2005, que estabelece definies e procedimentos sobre o controle de qualidade da gua de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgao de informao ao consumidor sobre a qualidade da gua para consumo humano; eConsiderando o Decreto n 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a Lei n 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento bsico, resolve:Art. 1 Esta Portaria dispe sobre os procedimentos de controle e de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano e seu padro de potabilidade.CAPTULO IDAS DISPOSIES GERAISArt. 2 Esta Portaria se aplica gua destinada ao consumo humano proveniente de sistema e soluo alternativa de abastecimento de gua.Pargrafo nico. As disposies desta Portaria no se aplicam gua mineral natural, gua natural e s guas adicionadas de sais, destinadas ao consumo humano aps o envasamento, e a outrasguas utilizadas como matria-prima para elaborao de produtos, conforme Resoluo (RDC) n 274, de 22 de setembro de 2005, da Diretoria Colegiada da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA).Art. 3 Toda gua destinada ao consumo humano, distribuda coletivamente por meio de sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua, deve ser objeto de controle e vigilncia da qualidade da gua.Art. 4 Toda gua destinada ao consumo humano proveniente de soluo alternativa individual de abastecimento de gua, independentemente da forma de acesso da populao, est sujeita vigilncia da qualidade da gua.CAPTULO IIDAS DEFINIESArt. 5 Para os fins desta Portaria, so adotadas as seguintes definies:I - gua para consumo humano: gua potvel destinada ingesto, preparao e produo de alimentos e higiene pessoal, independentemente da sua origem;II - gua potvel: gua que atenda ao padro de potabilidade estabelecido nesta Portaria e que no oferea riscos sade;III - padro de potabilidade: conjunto de valores permitidos como parmetro da qualidade da gua para consumo humano, conforme definido nesta Portaria;IV - padro organolptico: conjunto de parmetros caracterizados por provocar estmulos sensoriais que afetam a aceitao para consumo humano, mas que no necessariamente implicam risco sade;V - gua tratada: gua submetida a processos fsicos, qumicos ou combinao destes, visando atender ao padro de potabilidade;VI - sistema de abastecimento de gua para consumo humano: instalao composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captao at as ligaes prediais, destinada produo e ao fornecimento coletivo de gua potvel, por meio de rede de distribuio;VII - soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua para consumo humano: modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer gua potvel, com captao subterrnea ou superficial, com ou sem canalizao e sem rede de distribuio;VIII - soluo alternativa individual de abastecimento degua para consumo humano: modalidade de abastecimento de gua para consumo humano que atenda a domiclios residenciais com umanica famlia, incluindo seus agregados familiares;IX - rede de distribuio: parte do sistema de abastecimento formada por tubulaes e seus acessrios, destinados a distribuir gua potvel, at as ligaes prediais;X - ligaes prediais: conjunto de tubulaes e peas especiais, situado entre a rede de distribuio de gua e o cavalete, este includo;XI - cavalete: kit formado por tubos e conexes destinados instalao do hidrmetro para realizao da ligao de gua;XII - interrupo: situao na qual o servio de abastecimento de gua interrompido temporariamente, de forma programada ou emergencial, em razo da necessidade de se efetuar reparos, modificaes ou melhorias no respectivo sistema;XIII - intermitncia: a interrupo do servio de abastecimento de gua, sistemtica ou no, que se repete ao longo de determinado perodo, com durao igual ou superior a seis horas em cada ocorrncia;XIV - integridade do sistema de distribuio: condio de operao e manuteno do sistema de distribuio (reservatrio e rede) de gua potvel em que a qualidade da gua produzida pelos processos de tratamento seja preservada at as ligaes prediais;XV - controle da qualidade da gua para consumo humano: conjunto de atividades exercidas regularmente pelo responsvel pelo sistema ou por soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua, destinado a verificar se a gua fornecida populao potvel, de forma a assegurar a manuteno desta condio;XVI - vigilncia da qualidade da gua para consumo humano: conjunto de aes adotadas regularmente pela autoridade de sade pblica para verificar o atendimento a esta Portaria, considerados os aspectos socioambientais e a realidade local, para avaliar se a gua consumida pela populao apresenta risco sade humana;XVII - garantia da qualidade: procedimento de controle da qualidade para monitorar a validade dos ensaios realizados;XVIII - recoleta: ao de coletar nova amostra de gua para consumo humano no ponto de coleta que apresentou alterao em algum parmetro analtico; eXIX - passagem de fronteira terrestre: local para entrada ou sada internacional de viajantes, bagagens, cargas, contineres, veculos rodovirios e encomendas postais.CAPTULO IIIDAS COMPETNCIAS E RESPONSABILIDADESSeo IDas Competncias da UnioArt. 6 Para os fins desta Portaria, as competncias atribudas Unio sero exercidas pelo Ministrio da Sade e entidades a ele vinculadas, conforme estabelecido nesta Seo.Art. 7 Compete Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS/MS):I - promover e acompanhar a vigilncia da qualidade da gua para consumo humano, em articulao com as Secretarias de Sade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios e respectivos responsveis pelo controle da qualidade da gua;II - estabelecer aes especificadas no Programa Nacional de Vigilncia da Qualidade da gua para Consumo Humano (VIGIAGUA);III - estabelecer as aes prprias dos laboratrios de sade pblica, especificadas na Seo V desta Portaria;IV - estabelecer diretrizes da vigilncia da qualidade da gua para consumo humano a serem implementadas pelos Estados, Distrito Federal e Municpios, respeitados os princpios do SUS;V - estabelecer prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano a serem pactuados na Comisso Intergestores Tripartite; eVI - executar aes de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano, de forma complementar atuao dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.Art. 8 Compete Secretaria Especial de Sade Indgena (SESAI/MS) executar, diretamente ou mediante parcerias, includa a contratao de prestadores de servios, as aes de vigilncia e controle da qualidade da gua para consumo humano nos sistemas e solues alternativas de abastecimento de gua das aldeias indgenas.Art. 9 Compete Fundao Nacional de Sade (FUNASA) apoiar as aes de controle da qualidade da gua para consumo humano proveniente de sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua para consumo humano, em seu mbito de atuao, conforme os critrios e parmetros estabelecidos nesta Portaria.Art. 10. Compete Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) exercer a vigilncia da qualidade da gua nas reas de portos, aeroportos e passagens de fronteiras terrestres, conforme os critrios e parmetros estabelecidos nesta Portaria, bem como diretrizes especficas pertinentes.Seo IIDas Competncias dos EstadosArt. 11. Compete s Secretarias de Sade dos Estados:I - promover e acompanhar a vigilncia da qualidade dagua, em articulao com os Municpios e com os responsveis pelo controle da qualidade da gua;II - desenvolver as aes especificadas no VIGIAGUA, consideradas as peculiaridades regionais e locais;III - desenvolver as aes inerentes aos laboratrios de sade pblica, especificadas na Seo V desta Portaria;IV - implementar as diretrizes de vigilncia da qualidade dagua para consumo humano definidas no mbito nacional;V - estabelecer as prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano a serem pactuados na Comisso Intergestores Bipartite;VI - encaminhar aos responsveis pelo abastecimento degua quaisquer informaes referentes a investigaes de surto relacionado qualidade da gua para consumo humano;VII - realizar, em parceria com os Municpios em situaes de surto de doena diarrica aguda ou outro agravo de transmisso fecal-oral, os seguintes procedimentos:a) anlise microbiolgica completa, de modo a apoiar a investigao epidemiolgica e a identificao, sempre que possvel, do gnero ou espcie de microorganismos;b) anlise para pesquisa de vrus e protozorios, no que couber, ou encaminhamento das amostras para laboratrios de referncia nacional, quando as amostras clnicas forem confirmadas para esses agentes e os dados epidemiolgicos apontarem a gua como via de transmisso; ec) envio das cepas de Escherichia coli aos laboratrios de referncia nacional para identificao sorolgica;VIII - executar as aes de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano, de forma complementar atuao dos Municpios, nos termos da regulamentao do SUS.Seo IIIDas Competncias dos MunicpiosArt. 12. Compete s Secretarias de Sade dos Municpios:I - exercer a vigilncia da qualidade da gua em sua rea de competncia, em articulao com os responsveis pelo controle da qualidade da gua para consumo humano;II - executar aes estabelecidas no VIGIAGUA, consideradas as peculiaridades regionais e locais, nos termos da legislao do SUS;III - inspecionar o controle da qualidade da gua produzida e distribuda e as prticas operacionais adotadas no sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua, notificando seus respectivos responsveis para sanar a(s) irregularidade(s) identificada(s);IV - manter articulao com as entidades de regulao quando detectadas falhas relativas qualidade dos servios de abastecimento de gua, a fim de que sejam adotadas as providncias concernentes a sua rea de competncia;V- garantir informaes populao sobre a qualidade dagua para consumo humano e os riscos sade associados, de acordo com mecanismos e os instrumentos disciplinados no Decreto n 5.440, de 4 de maio de 2005;VI - encaminhar ao responsvel pelo sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua para consumo humano informaes sobre surtos e agravos sade relacionados qualidade da gua para consumo humano;VII - estabelecer mecanismos de comunicao e informao com os responsveis pelo sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua sobre os resultados das aes de controle realizadas;VIII - executar as diretrizes de vigilncia da qualidade dagua para consumo humano definidas no mbito nacional e estadual;IX - realizar, em parceria com os Estados, nas situaes de surto de doena diarrica aguda ou outro agravo de transmisso fecaloral, os seguintes procedimentos:a) anlise microbiolgica completa, de modo a apoiar a investigao epidemiolgica e a identificao, sempre que possvel, do gnero ou espcie de microorganismos;b) anlise para pesquisa de vrus e protozorios, quando for o caso, ou encaminhamento das amostras para laboratrios de referncia nacional quando as amostras clnicas forem confirmadas para esses agentes e os dados epidemiolgicos apontarem a gua como via de transmisso; ec) envio das cepas de Escherichia coli aos laboratrios de referncia nacional para identificao sorolgica;X - cadastrar e autorizar o fornecimento de gua tratada, por meio de soluo alternativa coletiva, mediante avaliao e aprovao dos documentos exigidos no art. 14 desta Portaria.Pargrafo nico. A autoridade municipal de sade pblica no autorizar o fornecimento de gua para consumo humano, por meio de soluo alternativa coletiva, quando houver rede de distribuio de gua, exceto em situao de emergncia e intermitncia.Seo IVDo Responsvel pelo Sistema ou Soluo Alternativa Coletivade Abastecimento de gua para Consumo HumanoArt. 13. Compete ao responsvel pelo sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua para consumo humano:I - exercer o controle da qualidade da gua;II - garantir a operao e a manuteno das instalaes destinadas ao abastecimento de gua potvel em conformidade com as normas tcnicas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e das demais normas pertinentes;III - manter e controlar a qualidade da gua produzida e distribuda, nos termos desta Portaria, por meio de:a) controle operacional do(s) ponto(s) de captao, aduo, tratamento, reservao e distribuio, quando aplicvel;b) exigncia, junto aos fornecedores, do laudo de atendimento dos requisitos de sade estabelecidos em norma tcnica da ABNT para o controle de qualidade dos produtos qumicos utilizados no tratamento de gua;c) exigncia, junto aos fornecedores, do laudo de inocuidade dos materiais utilizados na produo e distribuio que tenham contato com a gua;d) capacitao e atualizao tcnica de todos os profissionais que atuam de forma direta no fornecimento e controle da qualidade da gua para consumo humano; ee) anlises laboratoriais da gua, em amostras provenientes das diversas partes dos sistemas e das solues alternativas coletivas, conforme plano de amostragem estabelecido nesta Portaria;IV - manter avaliao sistemtica do sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua, sob a perspectiva dos riscos sade, com base nos seguintes critrios:a) ocupao da bacia contribuinte ao manancial;b) histrico das caractersticas das guas;c) caractersticas fsicas do sistema;d) prticas operacionais; ee) na qualidade da gua distribuda, conforme os princpios dos Planos de Segurana da gua (PSA) recomendados pela Organizao Mundial de Sade (OMS) ou definidos em diretrizes vigentes no Pas;V - encaminhar autoridade de sade pblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios relatrios das anlises dos parmetros mensais, trimestrais e semestrais com informaes sobre o controle da qualidade da gua, conforme o modelo estabelecido pela referida autoridade;VI - fornecer autoridade de sade pblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios os dados de controle da qualidade da gua para consumo humano, quando solicitado;VII - monitorar a qualidade da gua no ponto de captao, conforme estabelece o art. 40 desta Portaria;VIII - comunicar aos rgos ambientais, aos gestores de recursos hdricos e ao rgo de sade pblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios qualquer alterao da qualidade da gua no ponto de captao que comprometa a tratabilidade da gua para consumo humano;IX - contribuir com os rgos ambientais e gestores de recursos hdricos, por meio de aes cabveis para proteo do(s) manancial(ais) de abastecimento(s) e das bacia(s) hidrogrfica(s);X - proporcionar mecanismos para recebimento de reclamaes e manter registros atualizados sobre a qualidade da gua distribuda, sistematizando-os de forma compreensvel aos consumidores e disponibilizando-os para pronto acesso e consulta pblica, em atendimento s legislaes especficas de defesa do consumidor;XI - comunicar imediatamente autoridade de sade pblica municipal e informar adequadamente populao a deteco de qualquer risco sade, ocasionado por anomalia operacional no sistema e soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua para consumo humano ou por no conformidade na qualidade da gua tratada, adotando-se as medidas previstas no art. 44 desta Portaria; eXII - assegurar pontos de coleta de gua na sada de tratamento e na rede de distribuio, para o controle e a vigilncia da qualidade da gua.Art. 14. O responsvel pela soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua deve requerer, junto autoridade municipal de sade pblica, autorizao para o fornecimento de gua tratada, mediante a apresentao dos seguintes documentos:I - nomeao do responsvel tcnico habilitado pela operao da soluo alternativa coletiva;II - outorga de uso, emitida por rgo competente, quando aplicvel; eIII - laudo de anlise dos parmetros de qualidade da gua previstos nesta Portaria.Art. 15. Compete ao responsvel pelo fornecimento de gua para consumo humano por meio de veculo transportador:I - garantir que tanques, vlvulas e equipamentos dos veculos transportadores sejam apropriados e de uso exclusivo para o armazenamento e transporte de gua potvel;II - manter registro com dados atualizados sobre o fornecedor e a fonte de gua;III - manter registro atualizado das anlises de controle da qualidade da gua, previstos nesta Portaria;IV - assegurar que a gua fornecida contenha um teor mnimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L; eV - garantir que o veculo utilizado para fornecimento degua contenha, de forma visvel, a inscrio "GUA POTVEL" e os dados de endereo e telefone para contato.Art. 16. A gua proveniente de soluo alternativa coletiva ou individual, para fins de consumo humano, no poder ser misturada com a gua da rede de distribuio.Seo VDos Laboratrios de Controle e VigilnciaArt. 17. Compete ao Ministrio da Sade:I - habilitar os laboratrios de referncia regional e nacional para operacionalizao das anlises de maior complexidade na vigilncia da qualidade da gua para consumo humano, de acordo com os critrios estabelecidos na Portaria n 70/SVS/MS, de 23 de dezembro de 2004;II - estabelecer as diretrizes para operacionalizao das atividades analticas de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano; eIII - definir os critrios e os procedimentos para adotar metodologias analticas modificadas e no contempladas nas referncias citadas no art. 22 desta Portaria.Art. 18. Compete s Secretarias de Sade dos Estados habilitar os laboratrios de referncia regional e municipal para operacionalizao das anlises de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano.Art. 19. Compete s Secretarias de Sade dos Municpios indicar, para as Secretarias de Sade dos Estados, outros laboratrios de referncia municipal para operacionalizao das anlises de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano, quando for o caso.Art. 20. Compete aos responsveis pelo fornecimento degua para consumo humano estruturar laboratrios prprios e, quando necessrio, identificar outros para realizao das anlises dos parmetros estabelecidos nesta Portaria.Art. 21. As anlises laboratoriais para controle e vigilncia da qualidade da gua para consumo humano podem ser realizadas em laboratrio prprio, conveniado ou subcontratado, desde que se comprove a existncia de sistema de gesto da qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC 17025:2005.Art. 22. As metodologias analticas para determinao dos parmetros previstos nesta Portaria devem atender s normas nacionais ou internacionais mais recentes, tais como:I - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater de autoria das instituies American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) e Water Environment Federation (WEF);II - United States Environmental Protection Agency (USEPA);III - normas publicadas pela International Standartization Organization (ISO); eIV - metodologias propostas pela Organizao Mundial da Sade (OMS).CAPTULO IVDAS EXIGNCIAS APLICVEIS AOS SISTEMAS E SOLUESALTERNATIVAS COLETIVAS DE ABASTECIMENTODE GUA PARA CONSUMO HUMANOArt. 23. Os sistemas e as solues alternativas coletivas de abastecimento de gua para consumo humano devem contar com responsvel tcnico habilitado.Art. 24. Toda gua para consumo humano, fornecida coletivamente, dever passar por processo de desinfeco ou clorao.Pargrafo nico. As guas provenientes de manancial superficial devem ser submetidas a processo de filtrao.Art. 25. A rede de distribuio de gua para consumo humano deve ser operada sempre com presso positiva em toda sua extenso.Art. 26. Compete ao responsvel pela operao do sistema de abastecimento de gua para consumo humano notificar autoridade de sade pblica e informar respectiva entidade reguladora e populao, identificando perodos e locais, sempre que houver:I - situaes de emergncia com potencial para atingir a segurana de pessoas e bens;II - interrupo, presso negativa ou intermitncia no sistema de abastecimento;III - necessidade de realizar operao programada na rede de distribuio, que possa submeter trechos a presso negativa;IV - modificaes ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas de abastecimento; eV - situaes que possam oferecer risco sade.CAPTULO VDO PADRO DE POTABILIDADEArt. 27. A gua potvel deve estar em conformidade com padro microbiolgico, conforme disposto no Anexo I e demais disposies desta Portaria. 1 No controle da qualidade da gua, quando forem detectadas amostras com resultado positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios presuntivos, aes corretivas devem ser adotadas e novas amostras devem ser coletadas em dias imediatamente sucessivos at que revelem resultados satisfatrios. 2 Nos sistemas de distribuio, as novas amostras devem incluir no mnimo uma recoleta no ponto onde foi constatado o resultado positivo para coliformes totais e duas amostras extras, sendo uma montante e outra jusante do local da recoleta. 3 Para verificao do percentual mensal das amostras com resultados positivos de coliformes totais, as recoletas no devem ser consideradas no clculo. 4 O resultado negativo para coliformes totais das recoletas no anula o resultado originalmente positivo no clculo dos percentuais de amostras com resultado positivo. 5 Na proporo de amostras com resultado positivo admitidas mensalmente para coliformes totais no sistema de distribuio, expressa no Anexo I a esta Portaria, no so tolerados resultados positivos que ocorram em recoleta, nos termos do 1 deste artigo. 6 Quando o padro microbiolgico estabelecido no Anexo I a esta Portaria for violado, os responsveis pelos sistemas e solues alternativas coletivas de abastecimento de gua para consumo humano devem informar autoridade de sade pblica as medidas corretivas tomadas. 7 Quando houver interpretao duvidosa nas reaes tpicas dos ensaios analticos na determinao de coliformes totais e Escherichia coli, deve-se fazer a recoleta.Art. 28. A determinao de bactrias heterotrficas deve ser realizada como um dos parmetros para avaliar a integridade do sistema de distribuio (reservatrio e rede). 1 A contagem de bactrias heterotrficas deve ser realizada em 20% (vinte por cento) das amostras mensais para anlise de coliformes totais nos sistemas de distribuio (reservatrio e rede). 2 Na seleo dos locais para coleta de amostras devem ser priorizadas pontas de rede e locais que alberguem grupos populacionais de risco sade humana. 3 Alteraes bruscas ou acima do usual na contagem de bactrias heterotrficas devem ser investigadas para identificao de irregularidade e providncias devem ser adotadas para o restabelecimento da integridade do sistema de distribuio (reservatrio e rede), recomendando-se que no se ultrapasse o limite de 500 UFC/mL.Art. 29. Recomenda-se a incluso de monitoramento de vrus entricos no(s) ponto(s) de captao de gua proveniente(s) de manancial(is) superficial(is) de abastecimento, com o objetivo de subsidiar estudos de avaliao de risco microbiolgico.Art. 30. Para a garantia da qualidade microbiolgica da gua, em complementao s exigncias relativas aos indicadores microbiolgicos, deve ser atendido o padro de turbidez expresso no Anexo II e devem ser observadas as demais exigncias contidas nesta Portaria. 1 Entre os 5% (cinco por cento) dos valores permitidos de turbidez superiores ao VMP estabelecido no Anexo II a esta Portaria, para gua subterrnea com desinfeco, o limite mximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 uT, assegurado, simultaneamente, o atendimento ao VMP de 5,0 uT em toda a extenso do sistema de distribuio (reservatrio e rede). 2 O valor mximo permitido de 0,5 uT para gua filtrada por filtrao rpida (tratamento completo ou filtrao direta), assim como o valor mximo permitido de 1,0 uT para gua filtrada por filtrao lenta, estabelecidos no Anexo II desta Portaria, devero ser atingidos conforme as metas progressivas definidas no Anexo III a esta Portaria. 3 O atendimento do percentual de aceitao do limite de turbidez, expresso no Anexo II a esta Portaria, deve ser verificado mensalmente com base em amostras, preferencialmente no efluente individual de cada unidade de filtrao, no mnimo diariamente para desinfeco ou filtrao lenta e no mnimo a cada duas horas para filtrao rpida.Art. 31. Os sistemas de abastecimento e solues alternativas coletivas de abastecimento de gua que utilizam mananciais superficiais devem realizar monitoramento mensal de Escherichia coli no(s) ponto(s) de captao de gua. 1 Quando for identificada mdia geomtrica anual maior ou igual a 1.000 Escherichia coli/100mL deve-se realizar monitoramento de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. no(s) ponto(s) de captao de gua. 2 Quando a mdia aritmtica da concentrao de oocistos de Cryptosporidium spp. for maior ou igual a 3,0 oocistos/L no(s) pontos(s) de captao de gua, recomenda-se a obteno de efluente em filtrao rpida com valor de turbidez menor ou igual a 0,3 uT em 95% (noventa e cinco por cento) das amostras mensais ou uso de processo de desinfeco que comprovadamente alcance a mesma eficincia de remoo de oocistos de Cryptosporidium spp. 3 Entre os 5% (cinco por cento) das amostras que podem apresentar valores de turbidez superiores ao VMP estabelecido no 2 do art. 30 desta Portaria, o limite mximo para qualquer amostra pontual deve ser menor ou igual a 1,0 uT, para filtrao rpida e menor ou igual a 2,0 uT para filtrao lenta. 4 A concentrao mdia de oocistos de Cryptosporidium spp. referida no 2 deste artigo deve ser calculada considerando um nmero mnino de 24 (vinte e quatro) amostras uniformemente coletadas ao longo de um perodo mnimo de um ano e mximo de dois anos.Art. 32. No controle do processo de desinfeco da gua por meio da clorao, cloraminao ou da aplicao de dixido de cloro devem ser observados os tempos de contato e os valores de concentraes residuais de desinfetante na sada do tanque de contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria. 1 Para aplicao dos Anexos IV, V e VI deve-se considerar a temperatura mdia mensal da gua. 2 No caso da desinfeco com o uso de oznio, deve ser observado o produto concentrao e tempo de contato (CT) de 0,16 mg.min/L para temperatura mdia da gua igual a 15 C. 3 Para valores de temperatura mdia da gua diferentes de 15 C, deve-se proceder aos seguintes clculos:I - para valores de temperatura mdia abaixo de 15C: duplicar o valor de CT a cada decrscimo de 10C.II - para valores de temperatura mdia acima de 15C: dividir por dois o valor de CT a cada acrscimo de 10C. 4 No caso da desinfeco por radiao ultravioleta, deve ser observada a dose mnima de 1,5 mJ/cm2para 0,5 log de inativao de cisto de Giardia spp.Art. 33. Os sistemas ou solues alternativas coletivas de abastecimento de gua supridas por manancial subterrneo com ausncia de contaminao por Escherichia coli devem realizar clorao da gua mantendo o residual mnimo do sistema de distribuio (reservatrio e rede), conforme as disposies contidas no art. 34 a esta Portaria. 1 Quando o manancial subterrneo apresentar contaminao por Escherichia coli, no controle do processo de desinfeco da gua, devem ser observados os valores do produto de concentrao residual de desinfetante na sada do tanque de contato e o tempo de contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria ou a dose mnima de radiao ultravioleta expressa no 4 do art. 32 a desta Portaria. 2 A avaliao da contaminao por Escherichia coli no manancial subterrneo deve ser feita mediante coleta mensal de uma amostra de gua em ponto anterior ao local de desinfeco. 3 Na ausncia de tanque de contato, a coleta de amostras de gua para a verificao da presena/ausncia de coliformes totais em sistemas de abastecimento e solues alternativas coletivas de abastecimento de guas, supridas por manancial subterrneo, dever ser realizada em local montante ao primeiro ponto de consumo.Art. 34. obrigatria a manuteno de, no mnimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dixido de cloro em toda a extenso do sistema de distribuio (reservatrio e rede).Art. 35. No caso do uso de oznio ou radiao ultravioleta como desinfetante, dever ser adicionado cloro ou dixido de cloro, de forma a manter residual mnimo no sistema de distribuio (reservatrio e rede), de acordo com as disposies do art. 34 desta Portaria.Art. 36. Para a utilizao de outro agente desinfetante, alm dos citados nesta Portaria, deve-se consultar o Ministrio da Sade, por intermdio da SVS/MS.Art. 37. A gua potvel deve estar em conformidade com o padro de substncias qumicas que representam risco sade e cianotoxinas, expressos nos Anexos VII e VIII e demais disposies desta Portaria. 1 No caso de adio de flor (fluoretao), os valores recomendados para concentrao de on fluoreto devem observar a Portaria n 635/GM/MS, de 30 de janeiro de 1976, no podendo ultrapassar o VMP expresso na Tabela do Anexo VII a esta Portaria. 2 As concentraes de cianotoxinas referidas no Anexo VIII a esta Portaria devem representar as contribuies da frao intracelular e da frao extracelular na amostra analisada. 3 Em complementao ao previsto no Anexo VIII a esta Portaria, quando for detectada a presena de gneros potencialmente produtores de cilindrospermopsinas no monitoramento de cianobactrias previsto no 1 do art. 40 desta Portaria, recomenda-se a anlise dessas cianotoxinas, observando o valor mximo aceitvel de 1,0 g/L. 4 Em complementao ao previsto no Anexo VIII a esta Portaria, quando for detectada a presena de gneros de cianobactrias potencialmente produtores de anatoxina-a(s) no monitoramento de cianobactrias previsto no 1 do art. 40 a esta Portaria, recomenda-se a anlise da presena desta cianotoxina.Art. 38. Os nveis de triagem que conferem potabilidade da gua do ponto de vista radiolgico so valores de concentrao de atividade que no excedem 0,5 Bq/L para atividade alfa total e 1Bq/L para beta total.Pargrafo nico. Caso os nveis de triagem citados neste artigo sejam superados, deve ser realizada anlise especfica para os radionucldeos presentes e o resultado deve ser comparado com os nveis de referncia do Anexo IX desta Portaria.Art. 39. A gua potvel deve estar em conformidade com o padro organolptico de potabilidade expresso no Anexo X a esta Portaria. 1 Recomenda-se que, no sistema de distribuio, o pH da gua seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5. 2 Recomenda-se que o teor mximo de cloro residual livre em qualquer ponto do sistema de abastecimento seja de 2 mg/L. 3 Na verificao do atendimento ao padro de potabilidade expresso nos Anexos VII, VIII, IX e X, eventuais ocorrncias de resultados acima do VMP devem ser analisadas em conjunto com o histrico do controle de qualidade da gua e no de forma pontual. 4 Para os parmetros ferro e mangans so permitidos valores superiores ao VMPs estabelecidos no Anexo X desta Portaria, desde que sejam observados os seguintes critrios:I - os elementos ferro e mangans estejam complexados com produtos qumicos comprovadamente de baixo risco sade, conforme preconizado no art. 13 desta Portaria e nas normas da ABNT;II - os VMPs dos demais parmetros do padro de potabilidade no sejam violados; eIII - as concentraes de ferro e mangans no ultrapassem 2,4 e 0,4 mg/L, respectivamente. 5 O responsvel pelo sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua deve encaminhar autoridade de sade pblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios informaes sobre os produtos qumicos utilizados e a comprovao de baixo risco sade, conforme preconizado no art. 13 e nas normas da ABNT.CAPTULO VIDOS PLANOS DE AMOSTRAGEMArt. 40. Os responsveis pelo controle da qualidade da gua de sistemas ou solues alternativas coletivas de abastecimento degua para consumo humano, supridos por manancial superficial e subterrneo, devem coletar amostras semestrais da gua bruta, no ponto de captao, para anlise de acordo com os parmetros exigidos nas legislaes especficas, com a finalidade de avaliao de risco sade humana. 1 Para minimizar os riscos de contaminao da gua para consumo humano com cianotoxinas, deve ser realizado o monitoramento de cianobactrias, buscando-se identificar os diferentes gneros, no ponto de captao do manancial superficial, de acordo com a Tabela do Anexo XI a esta Portaria, considerando, para efeito de alterao da frequncia de monitoramento, o resultado da ltima amostragem. 2 Em complementao ao monitoramento do Anexo XI a esta Portaria, recomenda-se a anlise de clorofila-a no manancial, com frequncia semanal, como indicador de potencial aumento da densidade de cianobactrias. 3 Quando os resultados da anlise prevista no 2 deste artigo revelarem que a concentrao de clorofila-a em duas semanas consecutivas tiver seu valor duplicado ou mais, deve-se proceder nova coleta de amostra para quantificao de cianobactrias no ponto de captao do manancial, para reavaliao da frequncia de amostragem de cianobactrias. 4 Quanto a densidade de cianobactrias exceder 20.000 clulas/ml, deve-se realizar anlise de cianotoxinas na gua do manancial, no ponto de captao, com frequncia semanal. 5 Quando as concentraes de cianotoxinas no manancial forem menores que seus respectivos VMPs para gua tratada, ser dispensada anlise de cianotoxinas na sada do tratamento de que trata o Anexo XII a esta Portaria. 6 Em funo dos riscos sade associados s cianotoxinas, vedado o uso de algicidas para o controle do crescimento de microalgas e cianobactrias no manancial de abastecimento ou qualquer interveno que provoque a lise das clulas. 7 As autoridades ambientais e de recursos hdricos definiro a regulamentao das excepcionalidades sobre o uso de algicidas nos cursos d'gua superficiais.Art. 41. Os responsveis pelo controle da qualidade da gua de sistema e soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua para consumo humano devem elaborar e submeter para anlise da autoridade municipal de sade pblica, o plano de amostragem de cada sistema e soluo, respeitando os planos mnimos de amostragem expressos nos Anexos XI, XII, XIII e XIV. 1 A amostragem deve obedecer aos seguintes requisitos:I - distribuio uniforme das coletas ao longo do perodo; eII - representatividade dos pontos de coleta no sistema de distribuio (reservatrios e rede), combinando critrios de abrangncia espacial e pontos estratgicos, entendidos como:a) aqueles prximos a grande circulao de pessoas: terminais rodovirios, terminais ferrovirios entre outros;b) edifcios que alberguem grupos populacionais de risco, tais como hospitais, creches e asilos;c) aqueles localizados em trechos vulnerveis do sistema de distribuio como pontas de rede, pontos de queda de presso, locais afetados por manobras, sujeitos intermitncia de abastecimento, reservatrios, entre outros; ed) locais com sistemticas notificaes de agravos sade tendo como possveis causas os agentes de veiculao hdrica. 2 No nmero mnimo de amostras coletadas na rede de distribuio, previsto no Anexo XII, no se incluem as amostras extras (recoletas). 3 Em todas as amostras coletadas para anlises microbiolgicas, deve ser efetuada medio de turbidez e de cloro residual livre ou de outro composto residual ativo, caso o agente desinfetante utilizado no seja o cloro. 4 Quando detectada a presena de cianotoxinas na gua tratada, na sada do tratamento, ser obrigatria a comunicao imediata s clnicas de hemodilise e s indstrias de injetveis. 5 O plano de amostragem para os parmetros de agrotxicos dever considerar a avaliao dos seus usos na bacia hidrogrfica do manancial de contribuio, bem como a sazonalidade das culturas. 6 Na verificao do atendimento ao padro de potabilidade expressos nos Anexos VII, VIII, IX e X a esta Portaria, a deteco de eventuais ocorrncias de resultados acima do VMP devem ser analisadas em conjunto com o histrico do controle de qualidade da gua. 7 Para populaes residentes em reas indgenas, populaes tradicionais, dentre outras, o plano de amostragem para o controle da qualidade da gua dever ser elaborado de acordo com as diretrizes especficas aplicveis a cada situao.CAPTULO VIIDAS PENALIDADESArt. 42. Sero aplicadas as sanes administrativas previstas na Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977, aos responsveis pela operao dos sistemas ou solues alternativas de abastecimento degua que no observarem as determinaes constantes desta Portaria, sem prejuzo das sanes de natureza civil ou penal cabveis.Art. 43. Cabe ao Ministrio da Sade, por intermdio da SVS/MS, e s Secretarias de Sade dos Estados, do Distrito Federal dos Municpios, ou rgos equivalentes, assegurar o cumprimento desta Portaria.CAPTULO VIIIDAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIASArt. 44. Sempre que forem identificadas situaes de risco sade, o responsvel pelo sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua e as autoridades de sade pblica devem, em conjunto, elaborar um plano de ao e tomar as medidas cabveis, incluindo a eficaz comunicao populao, sem prejuzo das providncias imediatas para a correo da anormalidade.Art. 45. facultado ao responsvel pelo sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua solicitar autoridade de sade pblica a alterao na frequncia mnima de amostragem de parmetros estabelecidos nesta Portaria, mediante justificativa fundamentada.Pargrafo nico. Uma vez formulada a solicitao prevista no caput deste artigo, a autoridade de sade pblica decidir no prazo mximo de 60 (sessenta) dias, com base em anlise fundamentada no histrico mnimo de dois anos do controle da qualidade da gua, considerando os respectivos planos de amostragens e de avaliao de riscos sade, da zona de captao e do sistema de distribuio.Art. 46. Verificadas caractersticas desconformes com o padro de potabilidade da gua ou de outros fatores de risco sade, conforme relatrio tcnico, a autoridade de sade pblica competente determinar ao responsvel pela operao do sistema ou soluo alternativa coletiva de abastecimento de gua para consumo humano que:I - amplie o nmero mnimo de amostras;II - aumente a frequncia de amostragem; eIII - realize anlises laboratoriais de parmetros adicionais.Art. 47. Constatada a inexistncia de setor responsvel pela qualidade da gua na Secretaria de Sade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, os deveres e responsabilidades previstos, respectivamente, nos arts. 11 e 12 desta Portaria sero cumpridos pelorgo equivalente.Art. 48. O Ministrio da Sade promover, por intermdio da SVS/MS, a reviso desta Portaria no prazo de 5 (cinco) anos ou a qualquer tempo.Pargrafo nico. Os rgos governamentais e no governamentais, de reconhecida capacidade tcnica nos setores objeto desta regulamentao, podero requerer a reviso desta Portaria, mediante solicitao justificada, sujeita a anlise tcnica da SVS/MS.Art. 49. Fica estabelecido o prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da data de publicao desta Portaria, para que os rgos e entidades sujeitos aplicao desta Portaria promovam as adequaes necessrias ao seu cumprimento, no que se refere ao monitoramento dos parmetros gosto e odor, saxitoxina, cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. 1 Para o atendimento ao valor mximo permitido de 0,5 uT para filtrao rpida (tratamento completo ou filtrao direta), fica estabelecido o prazo de 4 (quatro) anos para cumprimento, contados da data de publicao desta Portaria, mediante o cumprimento das etapas previstas no 2 do art. 30 desta Portaria. 2 Fica estabelecido o prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da data de publicao desta Portaria, para que os laboratrios referidos no art. 21 desta Portaria promovam as adequaes necessrias para a implantao do sistema de gesto da qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC 17025:2005. 3 Fica estabelecido o prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da data de publicao desta Portaria, para que os rgos e entidades sujeitos aplicao desta Portaria promovam as adequaes necessrias no que se refere ao monitoramento dos parmetros que compem o padro de radioatividade expresso no Anexo VIII a esta Portaria.Art. 50. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero adotar as medidas necessrias ao fiel cumprimento desta Portaria.Art. 51. Ao Distrito Federal competem as atribuies reservadas aos Estados e aos Municpios.Art. 52. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.Art. 53. Fica revogada a Portaria n 518/GM/MS, de 25 de maro de 2004, publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, do dia 26 seguinte, pgina 266.ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHAANEXOShttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html

PORTARIA N518/GM Em 25 de maro de 2004.Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilncia da qualidade da gua para consumo humano e seu padro de potabilidade, e d outras providncias.O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, INTERINO, no uso de suas atribuies e considerando o disposto no Art. 2do Decreto n79.367, de 9 de maro de 1977,RESOLVE:Art. 1 Aprovar a Norma de Qualidade da gua para Consumo Humano, na forma do Anexo desta Portaria, de uso obrigatrio em todo territrio nacional.Art. 2 Fica estabelecido o prazo mximo de 12 meses, contados a partir da publicao desta Portaria, para que as instituies ou rgos aos quais esta Norma se aplica, promovam as adequaes necessrias a seu cumprimento, no que se refere ao tratamento por filtrao de gua para consumo humano suprida por manancial superficial e distribuda por meio de canalizao e da obrigao do monitoramento de cianobactrias e cianotoxinas.Art. 3 de responsabilidade da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal a adoo das medidas necessrias para o fiel cumprimento desta Portaria.Art. 4 O Ministrio da Sade promover, por intermdio da Secretaria de Vigilncia em Sade SVS, a reviso da Norma de Qualidade da gua para Consumo Humano estabelecida nesta Portaria, no prazo de 5 anos ou a qualquer tempo, mediante solicitao devidamente justificada de rgos governamentais ou no governamentais de reconhecida capacidade tcnica nos setores objeto desta regulamentao.Art. 5 Fica delegada competncia ao Secretrio de Vigilncia em Sade para editar, quando necessrio, normas regulamentadoras desta Portaria.Art. 6 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.Art. 7Fica revogada a Portaria n1469, de 29 de dezembro de 2000, publicada no DOU n1-E de 2 de janeiro de 2001 , Seo 1, pgina n19.GASTO WAGNER DE SOUSA CAMPOSNORMA DE QUALIDADE DA GUA PARA CONSUMO HUMANOCaptulo IDAS DISPOSIES PRELIMINARESArt. 1 Esta Norma dispe sobre procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e vigilncia da qualidade da gua para consumo humano, estabelece seu padro de potabilidade e d outras providncias.Art. 2 Toda a gua destinada ao consumo humano deve obedecer ao padro de potabilidade e est sujeita vigilncia da qualidade da gua.Art. 3 Esta Norma no se aplica s guas envasadas e a outras, cujos usos e padres de qualidade so estabelecidos em legislao especfica.Captulo IIDAS DEFINIESArt. 4 Para os fins a que se destina esta Norma, so adotadas as seguintes definies:I - gua potvel gua para consumo humano cujos parmetros microbiolgicos, fsicos, qumicos e radioativos atendam ao padro de potabilidade e que no oferea riscos sade;II - sistema de abastecimento de gua para consumo humano instalao composta porconjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada produo e distribuio canalizada de gua potvel para populaes, sob a responsabilidade do poder pblico, mesmo que administrada em regime de concesso ou permisso;III - soluo alternativa de abastecimento de gua para consumo humano toda modalidade de abastecimento coletivo de gua distinta do sistema de abastecimento de gua, incluindo, entre outras, fonte, poo comunitrio, distribuio por veculo transportador, instalaes condominiais horizontal e vertical;IV - controle da qualidade da gua para consumo humano conjunto de atividades exercidas de forma contnua pelos responsveis pela operao de sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua, destinadas a verificar se a gua fornecida populao potvel, assegurando a manuteno desta condio;V - vigilncia da qualidade da gua para consumo humano conjuntode aes adotadas continuamente pela autoridade de sade pblica, para verificar se a gua consumida pela populao atende esta Norma e para avaliar os riscos que os sistemas e as solues alternativas de abastecimento de gua representam para a sade humana;VI - coliformes totais (bactrias do grupo coliforme) - bacilos gram-negativos, aerbios ou anaerbios facultativos, no formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de desenvolver na presena de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produo de cido, gs e aldedo a 35,0 0,5oC em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da enzima -galactosidase. A maioria das bactrias do grupo coliforme pertence aos gneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vrios outros gneros e espcies pertenam ao grupo;VII - coliformes termotolerantes - subgrupo das bactrias do grupo coliforme que fermentam a lactose a 44,5 0,2oC em 24 horas; tendo como principal representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal;VIII - Escherichia Coli - bactria do grupo coliforme que fermenta a lactose e manitol, com produo de cido e gs a 44,5 0,2oC em 24 horas, produz indol a partir do triptofano, oxidase negativa, no hidroliza a uria e apresenta atividade das enzimas galactosidase e glucoronidase, sendo considerada o mais especfico indicador de contaminao fecal recente e de eventual presena de organismos patognicos;IX - contagem de bactrias heterotrficas - determinao da densidade de bactrias que so capazes de produzir unidades formadoras de colnias (UFC), na presena de compostos orgnicos contidos em meio de cultura apropriada, sob condies pr-estabelecidas de incubao: 35,0, 0,5oC por 48 horas;X - cianobactrias - microorganismos procariticos autotrficos, tambm denominados como cianofceas (algas azuis), capazes de ocorrer em qualquer manancial superficial especialmente naqueles com elevados nveis de nutrientes (nitrognio e fsforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos sade; eXI - cianotoxinas - toxinas produzidas por cianobactrias que apresentam efeitos adversos sade por ingesto oral, incluindo:a) microcistinas - hepatotoxinas heptapeptdicas cclicas produzidas por cianobactrias, com efeito potente de inibio de protenas fosfatases dos tipos 1 e 2A e promotoras de tumores;b) cilindrospermopsina - alcalide guanidnico cclico produzido por cianobactrias, inibidor de sntese protica, predominantemente hepatotxico, apresentando tambm efeitos citotxicos nos rins, bao, corao e outros rgos; ec) saxitoxinas - grupo de alcalides carbamatos neurotxicos produzido por cianobactrias, no sulfatados (saxitoxinas) ou sulfatados (goniautoxinas e C-toxinas) e derivados decarbamil, apresentando efeitos de inibio da conduo nervosa por bloqueio dos canais de sdio.Captulo IIIDOS DEVERES E DAS RESPONSABILIDADESSeo IDo Nvel FederalArt. 5 So deveres e obrigaes do Ministrio da Sade, por intermdio da Secretaria de Vigilncia em Sade - SVS:I. - promover e acompanhar a vigilncia da qualidade da gua, em articulao com as Secretarias de Sade dos Estados e do Distrito Federal e com os responsveis pelo controle de qualidade da gua, nos termos da legislao que regulamenta o SUS;II - estabelecer as referncias laboratoriais nacionais e regionais, para dar suporte s aes de maior complexidade na vigilncia da qualidade da gua para consumo humano;III - aprovar e registrar as metodologias no contempladas nas referncias citadas no artigo 17 desta Norma;IV - definir diretrizes especficas para o estabelecimento de um plano de amostragem a ser implementado pelos Estados, Distrito Federal ou Municpios, no exerccio das atividades de vigilncia da qualidade da gua, no mbito do Sistema nico de Sade SUS; eV - executar aes de vigilncia da qualidade da gua, de forma complementar, em carter excepcional, quando constatada, tecnicamente, insuficincia da ao estadual, nos termos da regulamentao do SUS.Seo IIDo Nvel Estadual e Distrito FederalArt. 6 So deveres e obrigaes das Secretarias de Sade dos Estados e do Distrito Federal:I - promover e acompanhar a vigilncia da qualidade da gua em sua rea de competncia, em articulao com o nvel municipal e os responsveis pelo controle de qualidade da gua, nos termos da legislao que regulamenta o SUS;II - garantir, nas atividades de vigilncia da qualidade da gua, a implementao de um plano de amostragem pelos municpios, observadas as diretrizes especficas a serem elaboradas pela SVS/MS;III - estabelecer as referncias laboratoriais estaduais e do Distrito Federal para dar suporte s aes de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano; eIV - executar aes de vigilncia da qualidade da gua, de forma complementar, em carter excepcional, quando constatada, tecnicamente, insuficincia da ao municipal, nos termos da regulamentao do SUS.Seo IIIDo Nvel MunicipalArt. 7 So deveres e obrigaes das Secretarias Municipais de Sade:I - exercer a vigilncia da qualidade da gua em sua rea de competncia, em articulao com os responsveis pelo controle de qualidade da gua, de acordo com as diretrizes do SUS;II - sistematizar e interpretar os dados gerados pelo responsvel pela operao do sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua, assim como, pelos rgos ambientais e gestores de recursos hdricos, em relao s caractersticas da gua nos mananciais, sob a perspectiva da vulnerabilidade do abastecimento de gua quanto aos riscos sade da populao;III - estabelecer as referncias laboratoriais municipais para dar suporte s aes de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano;IV - efetuar, sistemtica e permanentemente, avaliao de risco sade humana de cada sistema de abastecimento ou soluo alternativa, por meio de informaes sobre:a) a ocupao da bacia contribuinte ao manancial e o histrico das caractersticas de suas guas;b) as caractersticas fsicas dos sistemas, prticas operacionais e de controle da qualidade da gua;c) o histrico da qualidade da gua produzida e distribuda; ed) a associao entre agravos sade e situaes de vulnerabilidade do sistema.V - auditar o controle da qualidade da gua produzida e distribuda e as prticas operacionais adotadas;VI - garantir populao informaes sobre a qualidade da gua e riscos sade associados, nos termos do inciso VI do artigo 9 desta Norma;VII - manter registros atualizados sobre as caractersticas da gua distribuda, sistematizados de forma compreensvel populao e disponibilizados para pronto acesso e consulta pblica;VIII - manter mecanismos para recebimento de queixas referentes s caractersticas da gua e para a adoo das providncias pertinentes;IX - informar ao responsvel pelo fornecimento de gua para consumo humano sobre anomalias e no conformidades detectadas, exigindo as providncias para as correes que se fizerem necessrias;X - aprovar o plano de amostragem apresentado pelos responsveis pelo controle da qualidade da gua de sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua, que deve respeitar os planos mnimos de amostragem expressos nas Tabelas 6, 7, 8 e 9;XI - implementar um plano prprio de amostragem de vigilncia da qualidade da gua, consoante diretrizes especficas elaboradas pela SVS; eXII - definir o responsvel pelo controle da qualidade da gua de soluo alternativa.Seo IVDo Responsvel pela Operao de Sistema e/ou Soluo AlternativaArt. 8 Cabe aos responsveis pela operao de sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua, exercer o controle da qualidade da gua.Pargrafo nico. Em caso de administrao, em regime de concesso ou permisso do sistema de abastecimento de gua, a concessionria ou a permissionria a responsvel pelo controle da qualidade da gua.Art. 9 Aos responsveis pela operao de sistema de abastecimento de gua incumbe:I - operar e manter sistema de abastecimento de gua potvelpara a populao consumidora, em conformidade com as normas tcnicas aplicveis publicadas pela ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas e com outras normas e legislaes pertinentes;II - manter e controlar a qualidade da gua produzida e distribuda, por meio de:a) controle operacional das unidades de captao, aduo, tratamento, reservao e distribuio;b) exigncia do controle de qualidade, por parte dos fabricantes de produtos qumicos utilizados no tratamento da gua e de materiais empregados na produo e distribuio que tenham contato com a gua;c) capacitao e atualizao tcnica dos profissionais encarregados da operao do sistema e do controle da qualidade da gua; ed) anlises laboratoriais da gua, em amostras provenientes das diversas partes que compem o sistema de abastecimento.III - manter avaliao sistemtica do sistema de abastecimento de gua, sob a perspectiva dos riscos sade, com base na ocupao da bacia contribuinte ao manancial, no histrico das caractersticas de suas guas, nas caractersticas fsicas do sistema, nas prticas operacionais e na qualidade da gua distribuda;IV - encaminhar autoridade de sade pblica, para fins de comprovao do atendimento a esta Norma, relatrios mensais com informaes sobre o controle da qualidade da gua, segundo modelo estabelecido pela referida autoridade;V - promover, em conjunto com os rgos ambientais e gestores de recursos hdricos, as aes cabveis para a proteo do manancial de abastecimento e de sua bacia contribuinte, assim como efetuar controle das caractersticas das suas guas, nos termos do artigo 19 desta Norma, notificando imediatamente a autoridade de sade pblica sempre que houver indcios de risco sade ou sempre que amostras coletadas apresentarem resultados em desacordo com os limites ou condies da respectiva classe de enquadramento, conforme definido na legislao especfica vigente;VI - fornecer a todos os consumidores, nos termos do Cdigo de Defesa do Consumidor, informaes sobre a qualidade da gua distribuda, mediante envio de relatrio, dentre outros mecanismos, com periodicidade mnima anual e contendo, no mnimo, as seguintes informaes:a) descrio dos mananciais de abastecimento, incluindo informaes sobre sua proteo, disponibilidade e qualidade da gua;b) estatstica descritiva dos valores de parmetros de qualidade detectados na gua, seu significado, origem e efeitos sobre a sade; ec) ocorrncia de no conformidades com o padro de potabilidade e as medidas corretivas providenciadas.VII - manter registros atualizados sobre as caractersticas da gua distribuda, sistematizados de forma compreensvel aos consumidores e disponibilizados para pronto acesso e consulta pblica;VIII - comunicar, imediatamente, autoridade de sade pblica e informar, adequadamente, populao a deteco de qualquer anomalia operacional no sistema ou no conformidade na qualidade da gua tratada, identificada como de risco sade, adotando-se as medidas previstas no artigo 29 desta Norma; eIX - manter mecanismos para recebimento de queixas referentes s caractersticas da gua e para a adoo das providncias pertinentes.Art. 10. Ao responsvel por soluo alternativa de abastecimento de gua, nos termos do inciso XII do artigo 7 desta Norma, incumbe:I - requerer, junto autoridade de sade pblica, autorizao para o fornecimento de gua apresentando laudo sobre a anlise da gua a ser fornecida, incluindo os parmetros de qualidade previstos nesta Portaria, definidos por critrio da referida autoridade;II - operar e manter soluo alternativa que fornea gua potvelem conformidade com as normas tcnicas aplicveis, publicadas pela ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas, e com outras normas e legislaes pertinentes;III - manter e controlar a qualidade da gua produzida e distribuda, por meio de anlises laboratoriais, nos termos desta Portaria e, a critrio da autoridade de sade pblica, de outras medidas conforme inciso II do artigo anterior;IV - encaminhar autoridade de sade pblica, para fins de comprovao, relatrios com informaes sobre o controle da qualidade da gua, segundo modelo e periodicidade estabelecidos pela referida autoridade, sendo no mnimo trimestral;V - efetuar controle das caractersticas da gua da fonte de abastecimento, nos termos do artigo 19 desta Norma, notificando, imediatamente, autoridade de sade pblica sempre que houver indcios de risco sade ou sempre que amostras coletadas apresentarem resultados em desacordo com os limites ou condies da respectiva classe de enquadramento, conforme definido na legislao especfica vigente;VI - manter registros atualizados sobre as caractersticas da gua distribuda, sistematizados de forma compreensvel aos consumidores e disponibilizados para pronto acesso e consulta pblica;VII - comunicar, imediatamente, autoridade de sade pblica competente e informar, adequadamente, populao a deteco de qualquer anomalia identificada como de risco sade, adotando-se as medidas previstas no artigo 29; eVIII - manter mecanismos para recebimento de queixas referentes s caractersticas da gua e para a adoo das providncias pertinentes.Captulo IVDO PADRO DE POTABILIDADEArt.11. A gua potvel deve estar em conformidade com o padro microbiolgico conforme Tabela 1, a seguir:Tabela 1Padro microbiolgico de potabilidade da gua para consumo humanoPARMETROVMP(1)

gua para consumo humano(2)

Escherichia coli ou coliformes termotolerantes(3)Ausncia em 100ml

gua na sada do tratamento

Coliformes totaisAusncia em 100ml

gua tratada no sistema de distribuio (reservatrios e rede)

Escherichia coli ou coliformes termotolerantes(3)Ausncia em 100ml

Coliformes totaisSistemas que analisam 40 ou mais amostras por ms:Ausncia em 100ml em 95% das amostras examinadas no ms;Sistemas que analisam menos de 40 amostras por ms:

Apenas uma amostra poder apresentar mensalmente resultado positivo em 100ml

NOTAS:(1) Valor Mximo Permitido.(2) gua para consumo humano em toda e qualquer situao, incluindo fontes individuais como poos, minas, nascentes, dentre outras.(3) a deteco de Escherichia coli deve ser preferencialmente adotada. 1 No controle da qualidade da gua, quando forem detectadas amostras com resultado positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios presuntivos, novas amostras devem ser coletadas em dias imediatamente sucessivos at que as novas amostras revelem resultado satisfatrio. 2 Nos sistemas de distribuio, a recoleta deve incluir, no mnimo, trs amostras simultneas, sendo uma no mesmo ponto e duas outras localizadas a montante e a jusante. 3 Amostras com resultados positivos para coliformes totais devem ser analisadas para Escherichia coli e, ou, coliformes termotolerantes, devendo, neste caso, ser efetuada a verificao e confirmao dos resultados positivos. 4 O percentual de amostras com resultado positivo de coliformes totais em relao ao total de amostras coletadas nos sistemas de distribuio deve ser calculado mensalmente, excluindo as amostras extras (recoleta). 5 O resultado negativo para coliformes totais das amostras extras (recoletas) no anula o resultado originalmente positivo no clculo dos percentuais de amostras com resultado positivo. 6 Na proporo de amostras com resultado positivo admitidas mensalmente para coliformes totais no sistema de distribuio, expressa na Tabela 1, no so tolerados resultados positivos que ocorram em recoleta, nos termos do 1deste artigo. 7 Em 20% das amostras mensais para anlise de coliformes totais nos sistemas de distribuio, deve ser efetuada a contagem de bactrias heterotrficas e, uma vez excedidas 500 unidades formadoras de colnia (UFC) por ml, devem ser providenciadas imediata recoleta, inspeo local e, se constatada irregularidade, outras providncias cabveis. 8 Em complementao, recomenda-se a incluso de pesquisa de organismos patognicos, com o objetivo de atingir, como meta, um padro de ausncia, dentre outros, de enterovrus, cistos de Giardia spp e oocistos de Cryptosporidium sp. 9 Em amostras individuais procedentes de poos, fontes, nascentes e outras formas de abastecimento sem distribuio canalizada, tolera-se a presena de coliformes totais, na ausncia de Escherichia coli e, ou, coliformes termotolerantes, nesta situao devendo ser investigada a origem da ocorrncia, tomadas providncias imediatas de carter corretivo e preventivo e realizada nova anlise de coliformes.Art. 12. Para a garantia da qualidade microbiolgica da gua, em complementao s exigncias relativas aos indicadores microbiolgicos, deve ser observado o padro de turbidez expresso na Tabela 2, abaixo:Tabela 2Padro de turbidez para gua ps-filtrao ou pr-desinfecoTRATAMENTO DA GUAVMP(1)

Desinfeco (gua subterrnea)1,0 UT(2)em 95% das amostras

Filtrao rpida (tratamento completo ou filtrao direta)1,0 UT(2)

Filtrao lenta2,0 UT(2)em 95% das amostras

NOTAS:(1) Valor mximo permitido.(2) Unidade de turbidez. 1 Entre os 5% dos valores permitidos de turbidez superiores aos VMP estabelecidos na Tabela 2, o limite mximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 UT, assegurado, simultaneamente, o atendimento ao VMP de 5,0 UT em qualquer ponto da rede no sistema de distribuio. 2 Com vistas a assegurar a adequada eficincia de remoo de enterovrus, cistos de Giardia spp e oocistos de Cryptosporidium sp., recomenda-se, enfaticamente, que, para a filtrao rpida, se estabelea como meta a obteno de efluente filtrado com valores de turbidez inferiores a 0,5 UT em 95% dos dados mensais e nunca superiores a 5,0 UT. 3 O atendimento ao percentual de aceitao do limite de turbidez, expresso na Tabela 2, deve ser verificado, mensalmente, com base em amostras no mnimo dirias para desinfeco ou filtrao lenta e a cada quatro horas para filtrao rpida, preferivelmente, em qualquer caso, no efluente individual de cada unidade de filtrao.Art. 13. Aps a desinfeco, a gua deve conter um teor mnimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatria a manuteno de, no mnimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuio, recomendando-se que a clorao seja realizada em pH inferior a 8,0 e tempo de contato mnimo de 30 minutos.Pargrafo nico. Admite-se a utilizao de outro agente desinfetante ou outra condio de operao do processo de desinfeco, desde que fique demonstrado pelo responsvel pelo sistema de tratamento uma eficincia de inativao microbiolgica equivalente obtida com a condio definida neste artigo.Art. 14. A gua potvel deve estar em conformidade com o padro de substncias qumicas que representam risco para a sade expresso na Tabela 3, a seguir:Tabela 3Padro de potabilidade para substncias qumicas que representam risco sadePARMETROUNIDADEVMP(1)

INORGNICAS

Antimniomg/L0,005

Arsniomg/L0,01

Briomg/L0,7

Cdmiomg/L0,005

Cianetomg/L0,07

Chumbomg/L0,01

Cobremg/L2

Cromomg/L0,05

Fluoreto(2)mg/L1,5

Mercriomg/L0,001

Nitrato (como N)mg/L10

Nitrito (como N)mg/L1

Selniomg/L0,01

ORGNICAS

Acrilamidag/L0,5

Benzenog/L5

Benzo[a]pirenog/L0,7

Cloreto de Vinilag/L5

1,2 Dicloroetanog/L10

1,1 Dicloroetenog/L30

Diclorometanog/L20

Estirenog/L20

Tetracloreto de Carbonog/L2

Tetracloroetenog/L40

Triclorobenzenosg/L20

Tricloroetenog/L70

AGROTXICOS

Alaclorg/L20,0

Aldrin e Dieldring/L0,03

Atrazinag/L2

Bentazonag/L300

Clordano (ismeros)g/L0,2

2,4 Dg/L30

DDT (ismeros)g/L2

Endossulfang/L20

Endring/L0,6

Glifosatog/L500

Heptacloro e Heptacloro epxidog/L0,03

Hexaclorobenzenog/L1

Lindano (g-BHC)g/L2

Metolaclorog/L10

Metoxiclorog/L20

Molinatog/L6

Pendimetalinag/L20

Pentaclorofenolg/L9

Permetrinag/L20

Propanilg/L20

Simazinag/L2

Trifluralinag/L20

CIANOTOXINAS

Microcistinas(3)g/L1,0

DESINFETANTES E PRODUTOS SECUNDRIOS DA DESINFECO

Bromatomg/L0,025

Cloritomg/L0,2

Cloro livre(4)mg/L5

Monocloraminamg/L3

2,4,6 Triclorofenolmg/L0,2

Trihalometanos Totalmg/L0,1

NOTAS:(1) Valor Mximo Permitido.(2) Os valores recomendados para a concentrao de on fluoreto devem observar legislao especfica vigente relativa fluoretao da gua, em qualquer caso devendo ser respeitado o VMP desta Tabela.(3) aceitvel a concentrao de at 10 g/L de microcistinas em at 3 (trs) amostras, consecutivas ou no, nas anlises realizadas nos ltimos 12 (doze) meses.(4) Anlise exigida de acordo com o desinfetante utilizado. 1 Recomenda-se que as anlises para cianotoxinas incluam a determinao de cilindrospermopsina e saxitoxinas (STX), observando, respectivamente, os valores limites de 15,0 g/L e 3,0 g/L de equivalentes STX/L. 2 Para avaliar a presena dos inseticidas organofosforados e carbamatos na gua, recomenda-se a determinao da atividade da enzima acetilcolinesterase, observando os limites mximos de 15% ou 20% de inibio enzimtica, quando a enzima utilizada for proveniente de insetos ou mamferos, respectivamente.Art. 15. A gua potvel deve estar em conformidade com o padro de radioatividade expresso na Tabela 4, a seguir:Tabela 4Padro de radioatividade para gua potvelPARMETROUNIDADEVMP(1)

Radioatividade alfa globalBq/L0,1(2)

Radioatividade beta globalBq/L1,0(2)

NOTAS:(1) Valor mximo permitido.(2) Se os valores encontrados forem superiores aos VMP, dever ser feita a identificao dos radionucldeos presentes e a medida das concentraes respectivas. Nesses casos, devero ser aplicados, para os radionucldeos encontrados, os valores estabelecidos pela legislao pertinente da Comisso Nacional de Energia Nuclear - CNEN, para se concluir sobre a potabilidade da gua.Art. 16. A gua potvel deve estar em conformidade com o padro de aceitao de consumo expresso na Tabela 5, a seguir:Tabela 5Padro de aceitao para consumo humanoPARMETROUNIDADEVMP(1)

Alumniomg/L0,2

Amnia (como NH3)mg/L1,5

Cloretomg/L250

Cor AparenteuH(2)15

Durezamg/L500

Etilbenzenomg/L0,2

Ferromg/L0,3

Mangansmg/L0,1

Monoclorobenzenomg/L0,12

Odor-No objetvel(3)

Gosto-No objetvel(3)

Sdiomg/L200

Slidos dissolvidos totaismg/L1.000

Sulfatomg/L250

Sulfeto de Hidrogniomg/L0,05

Surfactantesmg/L0,5

Toluenomg/L0,17

TurbidezUT(4)5

Zincomg/L5

Xilenomg/L0,3

NOTAS:(1) Valor mximo permitido.(2) Unidade Hazen (mg PtCo/L).(3) critrio de referncia(4) Unidade de turbidez. 1 Recomenda-se que, no sistema de distribuio, o pH da gua seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5. 2 Recomenda-se que o teor mximo de cloro residual livre, em qualquer ponto do sistema de abastecimento, seja de 2,0 mg/L. 3 Recomenda-se a realizao de testes para deteco de odor e gosto em amostras de gua coletadas na sada do tratamento e na rede de distribuio de acordo com o plano mnimo de amostragem estabelecido para cor e turbidez nas Tabelas 6 e 7.Art. 17. As metodologias analticas para determinao dos parmetros fsicos, qumicos, microbiolgicos e de radioatividade devem atender s especificaes das normas nacionais que disciplinem a matria, da edio mais recente da publicao Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, de autoria das instituies American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) e Water Environment Federation (WEF), ou das normas publicadas pela ISO (International Standartization Organization). 1 Para anlise de cianobactrias e cianotoxinas e comprovao de toxicidade por bioensaios em camundongos, at o estabelecimento de especificaes em normas nacionais ou internacionais que disciplinem a matria, devem ser adotadas as metodologias propostas pela Organizao Mundial da Sade (OMS) em sua publicao Toxic cyanobacteria in water: a guide to their public health consequences, monitoring and management. 2 Metodologias no contempladas nas referncias citadas no 1e caput deste artigo, aplicveis aos parmetros estabelecidos nesta Norma, devem, para ter validade, receber aprovao e registro pelo Ministrio da Sade. 3 As anlises laboratoriais para o controle e a vigilncia da qualidade da gua podem ser realizadas em laboratrio prprio ou no que, em qualquer caso, deve manter programa de controle de qualidade interna ou externa ou ainda ser acreditado ou certificado por rgos competentes para esse fim.Captulo VDOS PLANOS DE AMOSTRAGEMArt. 18. Os responsveis pelo controle da qualidade da gua de sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua devem elaborar e aprovar, junto autoridade de sade pblica, o plano de amostragem de cada sistema, respeitando os planos mnimos de amostragem expressos nas Tabelas 6, 7, 8 e 9.Tabela 6Nmero mnimo de amostras para o controle da qualidade da gua de sistema de abastecimento, para fins de anlises fsicas, qumicas e de radioatividade, em funo do ponto de amostragem, da populao abastecida e do tipo de manancialPARMETROTIPO DE MANANCIALSADA DO TRATAMENTO (NMERO DE AMOSTRAS POR UNIDADE DE TRATAMENTO)SISTEMA DE DISTRIBUIO (RESERVATRIOS E REDE)

Populao abastecida

250.000 hab.

Coliformes totais101 para cada 500 hab.30 + (1 para cada 2.000 hab.)105 + (1 para cada 5.000 hab.)Mximo de 1.000

NOTA: na sada de cada unidade de tratamento devem ser coletadas, no mnimo, 2 (duas) amostra semanais, recomendando-se a coleta de, pelo menos, 4 (quatro) amostras semanais.Tabela 9Nmero mnimo de amostras e freqncia mnima de amostragem para o controle da qualidade da gua de soluo alternativa, para fins de anlises fsicas, qumicas e microbiolgicas, em funo do tipo de manancial e do ponto de amostragem.PARMETROTIPO DE MANANCIALSADA DO TRATAMENTO(para gua canalizada)NMERO DE AMOSTRAS RETIRADAS NO PONTO DE CONSUMO(1)(para cada 500hab.)FREQNCIA DE AMOSTRAGEM

Cor, turbidez, pH e coliformes totais(2)Superficial11Semanal

Subterrneo11Mensal

CRL(2) (3)Superficial ou Subterrneo11Dirio

NOTAS:(1) Devem ser retiradas amostras em, no mnimo, 3 pontos de consumo de gua.(2) Para veculos transportadores de gua para consumo humano, deve ser realizada 1 (uma) anlise de CRL em cada carga e 1 (uma) anlise, na fonte de fornecimento, de cor, turbidez, PH e coliformes totais com freqncia mensal, ou outra amostragem determinada pela autoridade de sade pblica.(3) Cloro residual livre. 1 A amostragem deve obedecer aos seguintes requisitos:I - distribuio uniforme das coletas ao longo do perodo; eII - representatividade dos pontos de coleta no sistema de distribuio (reservatrios e rede), combinando critrios de abrangncia espacial e pontos estratgicos, entendidos como aqueles prximos a grande circulao de pessoas (terminais rodovirios, terminais ferrovirios, etc.) ou edifcios que alberguem grupos populacionais de risco (hospitais, creches, asilos, etc.), aqueles localizados em trechos vulnerveis do sistema de distribuio (pontas de rede, pontos de queda de presso, locais afetados por manobras, sujeitos intermitncia de abastecimento, reservatrios, etc.) e locais com sistemticas notificaes de agravos sade tendo como possveis causas agentes de veiculao hdrica. 2 No nmero mnimo de amostras coletadas na rede de distribuio, previsto na Tabela 8, no se incluem as amostras extras (recoletas). 3 Em todas as amostras coletadas para anlises microbiolgicas deve ser efetuada, no momento da coleta, medio de cloro residual livre ou de outro composto residual ativo, caso o agente desinfetante utilizado no seja o cloro. 4 Para uma melhor avaliao da qualidade da gua distribuda, recomenda-se que, em todas as amostras referidas no 3deste artigo, seja efetuada a determinao de turbidez. 5 Sempre que o nmero de cianobactrias na gua do manancial, no ponto de captao, exceder 20.000 clulas/ml (2mm3/L de biovolume), durante o monitoramento que trata o 1do artigo 19, ser exigida a anlise semanal de cianotoxinas na gua na sada do tratamento e nas entradas (hidrmetros) das clnicas de hemodilise e indstrias de injetveis, sendo que esta anlise pode ser dispensada quando no houver comprovao de toxicidade na gua bruta por meio da realizao semanal de bioensaios em camundongos.Art. 19. Os responsveis pelo controle da qualidade da gua de sistemas e de solues alternativas de abastecimento supridos por manancial superficial devem coletar amostras semestrais da gua bruta, junto do ponto de captao, para anlise de acordo com os parmetros exigidos na legislao vigente de classificao e enquadramento de guas superficiais, avaliando a compatibilidade entre as caractersticas da gua bruta e o tipo de tratamento existente. 1 O monitoramento de cianobactrias na gua do manancial, no ponto de captao, deve obedecer freqncia mensal, quando o nmero de cianobactrias no exceder 10.000 clulas/ml (ou 1mm3/L de biovolume), e semanal, quando o nmero de cianobactrias exceder este valor. 2 vedado o uso de algicidas para o controle do crescimento de cianobactrias ou qualquer interveno no manancial que provoque a lise das clulas desses microrganismos, quando a densidade das cianobactrias exceder 20.000 clulas/ml (ou 2mm3/L de biovolume), sob pena de comprometimento da avaliao de riscos sade associados s cianotoxinas.Art. 20. A autoridade de sade pblica, no exerccio das atividades de vigilncia da qualidade da gua, deve implementar um plano prprio de amostragem, consoante diretrizes especficas elaboradas no mbito do Sistema nico de Sade - SUS.Captulo VIDAS EXIGNCIAS APLICVEIS AOS SISTEMAS E SOLUES ALTERNATIVAS DE ABASTECIMENTO DE GUAArt. 21. O sistema de abastecimento de gua deve contar com responsvel tcnico, profissionalmente habilitado.Art. 22. Toda gua fornecida coletivamente deve ser submetida a processo de desinfeco, concebido e operado de forma a garantir o atendimento ao padro microbiolgico desta Norma.Art. 23. Toda gua para consumo humano suprida por manancial superficial e distribuda por meio de canalizao deve incluir tratamento por filtrao.Art. 24. Em todos os momentos e em toda sua extenso, a rede de distribuio de gua deve ser operada com presso superior atmosfrica. 1 Caso esta situao no seja observada, fica o responsvel pela operao do servio de abastecimento de gua obrigado a notificar a autoridade de sade pblica e informar populao, identificando perodos e locais de ocorrncia de presso inferior atmosfrica. 2 Excepcionalmente, caso o servio de abastecimento de gua necessite realizar programa de manobras na rede de distribuio, que possa submeter trechos a presso inferior atmosfrica, o referido programa deve ser previamente comunicado autoridade de sade pblica.Art. 25. O responsvel pelo fornecimento de gua por meio de veculos deve:I - garantir o uso exclusivo do veculo para este fim;II - manter registro com dados atualizados sobre o fornecedor e, ou, sobre a fonte de gua; eIII - manter registro atualizado das anlises de controle da qualidade da gua. 1 A gua fornecida para consumo humano por meio de veculos deve conter um teor mnimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L. 2 O veculo utilizado para fornecimento de gua deve conter, de forma visvel, em sua carroceria, a inscrio: GUA POTVEL.Captulo VIIDAS PENALIDADESArt. 26. Sero aplicadas as sanes administrativas cabveis, aos responsveis pela operao dos sistemas ou solues alternativas de abastecimento de gua, que no observarem as determinaes constantes desta Portaria.Art. 27. As Secretarias de Sade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios estaro sujeitas a suspenso de repasse de recursos do Ministrio da Sade e rgos ligados, diante da inobservncia do contido nesta Portaria.Art. 28. Cabe ao Ministrio da Sade, por intermdio da SVS/MS, e s autoridades de sade pblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, representadas pelas respectivas Secretarias de Sade ou rgos equivalentes, fazer observar o fiel cumprimento desta Norma, nos termos da legislao que regulamenta o Sistema nico de Sade SUS.Captulo VIIIDAS DISPOSIES FINAISArt. 29. Sempre que forem identificadas situaes de risco sade, o responsvel pela operao do sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua e as autoridades de sade pblica devem estabelecer entendimentos para a elaborao de um plano de ao e tomada das medidas cabveis, incluindo a eficaz comunicao populao, sem prejuzo das providncias imediatas para a correo da anormalidade.Art. 30. O responsvel pela operao do sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua pode solicitar autoridade de sade pblica a alterao na freqncia mnima de amostragem de determinados parmetros estabelecidos nesta Norma.Pargrafo nico. Aps avaliao criteriosa, fundamentada em inspees sanitrias e, ou, em histrico mnimo de dois anos do controle e da vigilncia da qualidade da gua, a autoridade de sade pblica decidir quanto ao deferimento da solicitao, mediante emisso de documento especfico.Art. 31. Em funo de caractersticas no conformes com o padro de potabilidade da gua ou de outros fatores de risco, a autoridade de sade pblica competente, com fundamento em relatrio tcnico, determinar ao responsvel pela operao do sistema ou soluo alternativa de abastecimento de gua que amplie o nmero mnimo de amostras, aumente a freqncia de amostragem ou realize anlises laboratoriais de parmetros adicionais ao estabelecido na presente Norma.Art. 32. Quando no existir na estrutura administrativa do Estado a unidade da Secretaria de Sade, os deveres e responsabilidades previstos no artigo 6desta Norma sero cumpridos pelo rgo equivalente.

http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2004/GM/GM-518.htm